3. A origem do Arcadismo
O nome
“arcadismo” vem
da Arcádia,
região da Grécia,
habitada por
pastores e
protegida pelo
deus Pan.
4. O arcadismo é uma escola literária surgida
na Europa no século XVIII. Também é
denominado
como setecentismo ou neoclassicismo.
5. Contexto Histórico na Europa
• Século XVIII - "Século das Luzes".
• Absolutismo
• Sistema colonial
• Busca de uma explicação racional para o mundo
• Iluminismo.
• Razão como fonte de todo o conhecimento
• Revolução Industrial
• Evolução da tecnologia aplicada à produção de
mercadorias
• Desenvolvimento das relações assalariadas
6. Contexto Histórico no Brasil
Como no Brasil não existiu uma Arcádia como em
Portugal, a concentração do arcadismo brasileiro
foi principalmente em Vila Rica ( hoje Ouro Preto),
Minas Gerais, onde um grupo de intelectuais se
destacou na arte literária e na prática política, com
grande participação na Inconfidência Mineira, seu
aparecimento teve relação direta com o grande
crescimento urbano verificado nas cidades mineiras
do século XVIII, cuja base econômica era a
extração de ouro.
7. Marco inicial:
“obras poéticas”, de Cláudio Manoel da Costa e a
fundação da Arcádia Ultramarina, movimento poético-lírico
que dá início ao arcadismo, em 1768.
Marco final:
Publicação do livro de poemas Suspiros Poéticos e
Saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836.(
Romantismo).
8. Característic
aso Exaltação da Natureza
Partindo de um desejo bucólico, o Arcadismo estava
sempre em busca pelos valores da Natureza, fazia
muitas referências a terra e ao mundo natural.
o Exaltação ao homem puro
Exaltavam a pureza, a beleza e a ingenuidade do
homem primitivo que ainda não fora corrompido pelos
padrões sociais.
o Inspiração greco-romana
Para os árcades, a arte greco-romana era considerada
um modelo de perfeição, equilíbrio, beleza e
simplicidade.
9. Bucolismo
Nativismo
Pastoralismo
Adoção de pseudônimos
pastoris
Preferência pela
cultura clássica
Universalismo e
respeito às formas
fixas
Exploração satírica da
realidade burguesa
10. Fugere Urben (Fuga da
Cidade) – voltaram-se para a
natureza;
Lócus amoenus (lugar ameno)
– fugir da agitação dos
centros urbanos;
Carpe diem (aproveite o dia)
– aproveitar o tempo
presente;
Áurea mediocritas (áurea
mediocridade) – louvação à
vida equilibrada, espontânea,
humilde, em contato com a
natureza;
Inutilia truncat (cortem-se
Princípios do
Arcadismo
11. Produções Literárias no
Arcadismo Poesia Épica
• Cláudio Manuel da Costa (poema Villa Rica)
• Santa Rita Durão (poema Caramuru)
• José Basílio da Gama (poema O Uruguai)
Poesia Lírica
• Tomás Antônio Gonzaga (Poemas As Liras de
Marília de Dirceu).
Poesia Satírica
• Tomás Antônio Gonzaga (Poemas Cartas
Chilenas)
13. Cláudio Manuel ( Glauceste Satúrnio)
o Também conhecido como o
"guardador de rebanhos"
Glauceste Satúrnio, seu
pseudônimo, Cláudio Manoel
da Costa nasceu na cidade
de Mariana (em Minas
Gerais).
o Os temas iniciais de sua
obra giram em torno das
reflexões morais e das
contradições da vida com
forte inspiração nos
15. Frei Santa Rita Durão
Mineiro de Mariana, Minas Gerais.
Sua obra consiste basicamente no
Caramuru, poema épico do
descobrimento da Bahia, que narra
as aventuras de Diogo Álvares
Correia.
Entre os personagens destacam-se:
o português Diogo Correia, o
Caramuru; e as índias Moema e
Paraguaçu. Moema era apaixonada
por Diogo, mas é Paraguaçu quem se
casa com ele. Quando os dois estão
indo para Paris, Moema se lança ao
mar nadando atrás do navio e acaba
morrendo afogada.
17. Tomás Antônio Gonzaga ( Dirceu)
Nasceu em Minas Gerais, filho
de Portugueses ligados à
mineração. Estudou
humanidades no Rio de
Janeiro e Direito em Coimbra.
Exerceu cargo de jurisdição
em Vila Rica (atual Ouro
Preto), capital da capitania de
Minas Gerais. Aí começou sua
amizade com Cláudio Manuel
da Costa e seu romance com
Maria Joaquina Dorotéia de
Seixas, que passaria a ser
identificada com A Marília de
seus poemas.
18. Obras:
As liras de Marília de Dirceu
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Poesia lírica : Poesia satírica :
19. Basílio da Gama
José Basílio da Gama nasceu em 1741 na
cidade de São José do Rio das Mortes, atual
Tiradentes, em Minas Gerais. Falece em
Lisboa no dia 31 de julho de 1795.
Características principais do poema:
- exaltação da natureza e do "bom selvagem",
atribuindo aos jesuítas a culpa pelo
envolvimento dos índios na luta;
- rompimento da estrutura poética camoniana;
- inovação no gênero épico: versos
decassílabos brancos, isto é, sem rima, sem
divisão de estrofes e divididos em apenas cinco
cantos;
- ao contrário da tradição épica, o poema
conta um acontecimento recente na história do
país;
- inicia o poema pela narração;
- discursos permeados por ideias iluministas;
20. Obras:
Canto I:
Saudação ao General Gomes Freire de
Andrade.
Chegada de Catâneo.
Desfile das tropas.
Andrade explica as razões da guerra.
A primeira entrada dos portugueses
enquanto esperam reforço espanhol.
(...)
Poesia épica:
O Uraguai