3. ORIGEM DO NOME ARCADISMO
O NOME ARCADISMO
PROVÉM DA PALAVRA
ARCÁDIA, REGIÃO BUCÓLICA
DA GRÉCIA, HABITADA POR
PASTORES E TIDA COMO
IDEAL DE INSPIRAÇÃO
POÉTICA.
4. A ARCÁDIA TEM RELEVO
MONTANHOSO E ERA
VISTA COMO UM
LUGAR ESPECIAL EM QUE
OS HABITANTES
ASSOCIAVAM O
TRABALHO À POESIA,
CANTANDO O PARAÍSO
RÚSTICO EM QUE VIVIAM.
8. NEOCLASSICISMO
PORQUE O ARCADISMO É
UMA VOLTA À
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
GRECO-ROMANA,
PROPONDO-SE A EXPLORAR
A ESTÉTICA DESTA ÉPOCA E
TAMBÉM A DO
RENASCIMENTO, NO
SÉCULO XVI.
13. MARCO FINAL:
PUBLICAÇÃO DO LIVRO DE POEMAS
SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES,
DE GONÇALVES DE MAGALHÃES, EM 1836.
(ROMANTISMO)
14.
15. ANTROPOCENTRIS
MO
X
TEOCENTRISMO
HOMEM NÃO SABE
SE APROVEITA A
VIDA OU SE SEGUE A
DEUS.
AMBIENTE
SOMBRIO
EXESSO, EXAGERO
VIDA CAMPESTRE
RESTAURAÇÃO DO
EQUILÍBRIO
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
ILUMINISMO
USO DA RAZÃO
APROVEITAR A VIDA
SENTIMENTOS UNIVERSAIS
20. O ILUMINISMO
DOMÍNIO DA RAZÃO SOBRE A VISÃO TEOCÊNTRICA;
ILUMINAR AS TREVAS EM QUE SE ENCONTRAVA A
SOCIEDADE.
21. O SÉCULO DAS LUZES
É A DENOMINAÇÃO QUE SE DEU AO SÉCULO XVIII PELA
POSTURA MENTAL DE OPOSIÇÃO AO OBSCURANTISMO DO
SÉCULO ANTERIOR E PELA ADOÇÃO DO PROGRESSO, DO
SABER, DA CIÊNCIA E DA RAZÃO COMO FUNDAMENTOS
DO BEM-ESTAR SOCIAL.
27. A REVOLUÇÃO FRANCESA
Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1791,
alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se
encerra com o golpe de estado do 18 de brumário de Napoleão Bonaparte.
O ILUMINISMO FOI MAIS
INTENSO NA FRANÇA,
ONDE INFLUENCIOU A
REVOLUÇÃO FRANCESA
ATRAVÉS DE SEU LEMA:
LIBERDADE, IGUALDADE E
FRATERNIDADE.
28. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em
nível econômico e social. Iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
37. O Brasil sofria com os abusos políticos e com a
cobrança de altas taxas e impostos.Os
brasileiros que encontravam ouro deviam
pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo
ouro encontrado acabava nos cofres
portugueses.
39. INCONFIDÊNCIA MINEIRA
A Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza
separatista ocorrida na então capitania de Minas Gerais contra o domínio português.
41. OS INCONFIDENTES
O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel
da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira.
45. OS INCONFIDENTES
CHEGARAM A DEFINIR ATÉ
MESMO UMA NOVA
BANDEIRA PARA O BRASIL.
ELA SERIA COMPOSTA POR
UM TRIANGULO
VERMELHO NUM FUNDO
BRANCO, COM A
INSCRIÇÃO EM LATIM:
LIBERTAS QUAE SERA
TAMEN (LIBERDADE AINDA
QUE TARDIA).
46. OS INCONFIDENTES
HAVIAM MARCADO O
DIA DO MOVIMENTO
PARA UMA DATA EM
QUE A DERRAMA SERIA
EXECUTADA. DESTA
FORMA, PODERIAM
CONTAR COM O APOIO
DE PARTE DA
POPULAÇÃO QUE
ESTARIA REVOLTADA.
47. A DERRAMA
Imposto cobrado para complementar os débitos que os mineradores acumulavam junto à Coroa Portuguesa.
Considerado abusivo, esse imposto tinha muita rejeição pelos mineradores. Era uma prática opressora e injusta, onde em uma
data específica divulgado por Portugal, cada região de exploração deveria entregar para a metrópole portuguesa cerca de 1.500
quilos de ouro por ano. Caso não alcançassem este objetivo mínimo, soldados da Coroa portuguesa invadiam todas as casas
daquela comunidade e recolhiam os bens das famílias até cumprir o valor devido.
48. PORÉM, UM DOS
INCONFIDENTES,
JOAQUIM SILVÉRIO DOS
REIS, DELATOU O
MOVIMENTO PARA AS
AUTORIDADES
PORTUGUESAS, EM
TROCA DO PERDÃO DE
SUAS DÍVIDAS COM A
COROA.
49. TODOS OS INCONFIDENTES FORAM PRESOS, ENVIADOS PARA A CAPITAL (RIO
DE JANEIRO) E ACUSADOS PELO CRIME DE INFIDELIDADE AO REI. ALGUNS
INCONFIDENTES GANHARAM COMO PUNIÇÃO O DEGREDO PARA A ÁFRICA E
OUTROS UMA PENA DE PRISÃO. PORÉM, TIRADENTES, APÓS ASSUMIR A
LIDERANÇA DO MOVIMENTO, FOI CONDENADO A FORCA EM PRAÇA PÚBLICA.
50. EM 21 DE ABRIL DE 1792,
TIRADENTES PERCORREU O
TRAJETO, CHEGANDO À
CADEIA PÚBLICA DA REGIÃO,
FOI ENFORCADO APÓS A
LEITURA DE SUA SENTENÇA
CONDENATÓRIA.
51. ALÉM DE ENFORCADO, TIRADENTES FOI
DECAPITADO E ESQUARTEJADO, SUA
CABEÇA EXPOSTA EM VILA RICA E AS
PARTES DE SEU CORPO DEPENDURADAS
EM POSTES AO LONGO DO CAMINHO
NOVO, QUE ELE TANTAS VEZES
PERCORREU. SEUS BENS FORAM
CONFISCADOS E SUA MEMÓRIA
DECLARADA INFAME.
55. • FUGERE URBEM: FUGA DA CIDADE. AFIRMAÇÃO DAS
QUALIDADES DA VIDA NO CAMPO. VOLTARAM-SE PARA A
NATUREZA.
56. • LOCUS AMOENUS: (LUGAR AMENO) – FUGIR DA AGITAÇÃO DOS
CENTROS URBANOS, VALORIZAÇÃO DAS COISAS COTIDIANAS,
SIMPLES, FOCALIZADAS PELA RAZÃO E PELO BOM SENSO.
LOCUS AMOENUS
57. • AUREA MEDIOCRITAS: CARACTERIZAÇÃO DE UM
LUGAR AMENO, ONDE OS AMANTES SE ENCONTRAM PARA
DESFRUTAR DOS PRAZERES DA NATUREZA.
AUREA MEDIOCRITAS
58. • CARPE DIEM: (APROVEITE O DIA) – APROVEITAR O TEMPO
PRESENTE;TRATA DA PASSAGEM DO TEMPO COMO ALGO QUE
TRAZ A VELHICE, A FRAGILIDADE E A MORTE, TORNANDO
IMPERATIVO APROVEITAR O MOMENTO PRESENTE DE MODO
INTENSO.
59. .
• INUTILIA TRUNCAT: ELIMINAÇÃO DOS EXCESSOS, CORTEM-SE AS
INUTILIDADES – LINGUAGEM SIMPLES E OBJETIVA.
Se me viras com teus olhos
Nesta masmorra metido,
De mil ideias funestas,
E cuidados combatido,
Qual seria, ó minha Bela,
Qual seria o teu pesar?
À força da dor cedera,
E nem estaria vivo,
Se o menino Deus vendado,
Extremoso, e compassivo,
Com o nome de Marília
INUTILIA TRUNCAT
60.
61. 1) PASTORALISMO
O poeta do Arcadismo imagina-se, na
hora de produzir poemas, um “pastor de
ovelhas”. É de supor que um pastor não
disponha de linguagem sofisticada. Daí a
ideia de simplicidade no escrever. O
próprio tema da poesia converge para
assuntos bucólicos, amorosos, com
riachos, campinas, fontes, rebanho,
ovelhas, cajado. A própria condição de
amar e ser feliz é condicionada à
convivência campestre.
Arcadismo: características
62. PREFERÊNCIA PELA CULTURA CLÁSSICA:
BUSCA DE RESTAURAÇÃO DOS IDEAIS DE
SOBRIEDADE E EQUILÍBRIO DA
ANTIGUIDADE CLÁSSICA EM
CONTRAPOSIÇÃO AOS EXCESSOS DO
PERÍODO ANTERIOR, O BARROCO.
(É conhecido como Antiguidade Clássica o longo período histórico onde as
civilizações grega e romana se destacaram de modo excepcional em meio a
qualquer outra sociedade nos mais variados aspectos do desenvolvimento
humano. Início: séculos VII-VIII a.C. Já o seu final localiza-se entre 300 a 600).
Arcadismo: características
63. ADOÇÃO DE PSEUDÔNIMOS PASTORIS.
A ARCÁDIA, MORADA DOS PASTORES,
REPRESENTAVA O LUGAR IDEAL PARA A
OBTENÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA
SABEDORIA. É POR ESSE MOTIVO QUE
MUITAS VEZES OS POETAS ÁRCADES SE
AUTODENOMINAVAM PASTORES E
ADOTAVAM PSEUDÔNIMOS GREGOS E
LATINOS.
Arcadismo: características
64. BUSCA DA SIMPLICIDADE
A fórmula básica do Arcadismo
pode ser representada assim:
Verdade = Razão = Simplicidade
Arcadismo: características
65. IMITAÇÃO DA NATUREZA
Ao contrário do Barroco, que é urbano, há no
Arcadismo um retorno à ordem natural. Como
na literatura clássica, a natureza adquire um
sentido de simplicidade, harmonia e verdade.
O bucolismo (integração serena entre o
indivíduo e a paisagem física) torna-se um
imperativo social, e os neoclássicos retornam
às fontes da antiguidade que definiam a
poesia como cópia da natureza.
Arcadismo: características
66. AUSÊNCIA DE SUBJETIVIDADE
O escritor árcade não anda com o
próprio eu. Adota uma forma pastoril:
Cláudio Manuel da Costa é Glauceste
Satúrnio, Tomás Antônio Gonzaga é
Dirceu, Silva Alvarenga é Alcino
Palmireno, Basílio da Gama é Termindo
Sipílio. Quando o poeta declara seu amor
à pastora, o faz de uma maneira elegante
e discreta, exatamente porque as regras
desse jogo exigem o respeito à etiqueta
afetiva.
Arcadismo: características
68. Arcadismo no Brasil: Autores
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA (1729 - 1789)
Nasceu em Mariana, filho de um rico minerador
português. Estudou com os jesuítas no Rio de
Janeiro e formou-se em Direito na cidade de
Coimbra. Voltando para o Brasil, estabeleceu-se
em Vila Rica, exercendo a advocacia. Ocupou
altos cargos na máquina burocrática colonial.
Quando foi preso por suposta participação na
Inconfidência, pela qual manifestara vagas
simpatias, era um dos homens mais ricos e
poderosos da província. Deprimido e
amedrontado, acabou suicidando-se na prisão.
Obras: Obras poéticas (1768), Vila Rica (1839)
69. Quem chora ausente aquela formosura
por Cláudio Manuel da Costa
Quem chora ausente aquela formosura,
Em que seu maior gosto deposita,
Que bem pode gozar, que sorte, ou dita,
Que não seja funesta, triste, e escura!
A apagar os incêndios da loucura
Nos braços da esperança Amor me incita:
Mas se era a que perdi, glória infinita,
Outra igual que esperança me assegura!
Já de tanto delírio me despeço;
Porque o meu precipício encaminhado
Pela mão deste engano reconheço.
Triste! A quanto chegou meu duro fado!
Se de um fingido bem não faço apreço,
Que alívio posso dar a meu cuidado!
70. TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA (1744-1810)
Vida: Filho de um magistrado brasileiro, nasceu, no
entanto, em Porto, Portugal. A família retornou ao Brasil
quando o menino contava sete anos. Aqui estudou com
os jesuítas, na cidade da Bahia. Com dezessete anos foi
para Coimbra estudar Direito. Por algum tempo exerceu
a profissão de advogado em terras portuguesas, mas
em 1782 foi nomeado Ouvidor de Vila Rica, capital de
Minas Gerais. Ocupou altos cargos jurídicos e em 1787
tratou casamento com Maria Joaquina Dorotéia de
Seixas, a futura Marília dos poemas. Ele tinha mais de
quarenta anos e ela era pouco mais do que uma
adolescente. A detenção (será?) pelo envolvimento na
Conjuração Mineira impediu o enlace. Ficou preso três
anos numa prisão no Rio de Janeiro e depois foi
condenado a dez anos de degredo em Moçambique.
Lá se casou com a filha de um rico traficante de
escravos e voltou a ocupar postos importantes na
burocracia portuguesa. Morreu na África em 1810.
Obras: Marília de Dirceu (Parte I - 1792; Parte II -
1799; Parte III - 1812), Cartas Chilenas (1845)
Arcadismo no Brasil: Autores
71. Arcadismo no Brasil: Autores
Escreveu uma das obras líricas mais
estimadas e lidas no país:
Marília de Dirceu.
As vinte e três liras iniciais de Marília
de Dirceu são autobiográficas dentro
dos limites que as regras árcades
impõem à confissão pessoal. Assim
um pastor (que é o poeta) celebra, em
tom moderadamente apaixonado, as
graças da pastora Marília, que
conquistou o seu coração.
72. Tu, Marília, agora vendo
Do Amor o lindo retrato
Contigo estarás dizendo
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto
Que ele foi quem me venceu.
73. O Desejo da Vida Comum
Na verdade, o pastor Dirceu é um pacato funcionário público que
sonha com a tranquilidade do matrimônio, alheio a qualquer
sobressalto, certo de que a domesticidade gratificará Marília. Por isso,
ele trata de ressaltar a estabilidade de sua situação econômica:
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal* e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, frutas, azeite.
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
74. Desvios Sensuais
Estando ligado às concepções rígidas do Arcadismo, Tomás Antônio
Gonzaga tende à generalização insossa dos sentimentos e ao amor
comedido e discreto. Mas há vários momentos, em Marília de Dirceu,
que indicam um desejo de confidência e onde aparecem atrevimentos
eróticos surpreendentes. São momentos de emoção genuína: o poeta
lembra que o tempo passa, que com os anos os corpos se
entorpecem, e convoca Marília para o "carpe diem" renascentista:
Ornemos nossas testas com as flores,
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
75. Arcadismo no Brasil: Autores
Cartas chilenas
Sob o pseudônimo de Critilo, Tomás Antônio
Gonzaga ironiza nas Cartas chilenas a
prepotência e os desmandos do governador
Luís da Cunha Meneses, apelidado no texto de
Fanfarrão Minésio.
Ainda há algumas dúvidas a respeito da autoria
desta obra satírica, mas todos os indícios
apontam para o autor de Marília de Dirceu. O
que já se tornou consenso é o caráter pessoal
dos ataques, não havendo nenhuma insinuação
nativista ou desejo de sublevação
revolucionária nos mesmos.
76. Amigo Doroteu, prezado amigo,
Abre os olhos, boceja, estende os braços
E limpa das pestanas carregadas
O pegajoso humor, que o sono ajunta.
Critilo, o teu Critilo é quem te chama;
Ergue a cabeça da engomada fronha,
Acorda, se ouvir queres coisas raras.
"Que coisas ( tu dirás ), que coisas podes
Contar que valham tanto, quanto vale
Dormir a noite fria em mole cama,
Quando salta a saraiva nos telhados
E quando o sudoeste e outros ventos
Movem dos troncos os frondosos ramos?"
É doce este descanso, não to nego.
77. ALVARENGA PEIXOTO (1743-1792)
VIDA: FOI UM ADVOGADO E POETA BRASILEIRO. FOI
DETIDO E JULGADO POR PARTICIPAR DA
INCONFIDÊNCIA MINEIRA, TENDO SIDO CONDENADO
AO DEGREDO PERPÉTUO NA ÁFRICA. FREQUENTAVA A
ENTÃO VILA RICA. DEIXOU A MAGISTRATURA,
OCUPANDO-SE DA LAVOURA E MINERAÇÃO NA
REGIÃO DO SUL DE MINAS GERAIS. NOME ÁRCADE:
ALCINDO PALMIRENO
OBRAS: DONA BÁRBARA HELIODORA, POESIA A MARIA
IFIGÊNIA, POESIA, 1793 ESTELA E NIZE, POESIA EU NÃO
LASTIMO O PRÓXIMO PERIGO, POESIA EU VI A LINDA
JÔNIA, POESIA SONHO POÉTICO, POESIA
Arcadismo no Brasil: Autores
78. No cárcere, escreveu "Bárbara Bela", onde exaltava a dor da distância da
mulher:
"Bárbara Bela
Do norte estrela
Que o meu destino
Sabe guiar
De ti ausente
Triste somente
As horas passo
A suspirar
Pôr entre as penhas
De incultas brenhas
Cansa-me a vista
De te buscar
Porém não vejo
Mais te desejo,
Sem esperança
De te encontrar
Eu também queria
A noite e o dia
Contigo pode passar
Mas orgulhosa
Sorte invejosa,
D’esta fortuna
Me quer privar
Tu, Entre os braços,
Temos abraços
Da filha amada
Pode gozar,
Priva-me da estrela
De ti e D’ela
Busca dou modos
De me matar!".