2. A Origem do Arcadismo
O Arcadismo é uma
escola literária surgida na
Europa no século XVIII,
razão por que também é
denominada como sete-
centismo ou neoclassi-
cismo.
O nome “Arcadismo” é
uma referencia à Arcádia,
região campestre do
Peloponeso, na Grécia
antiga, tida como ideal de
inspiração poética.
3. Características
A principal característica
desta escola é a exalta-
ção da natureza e de tudo
que lhe diz respeito. É
por isto que muitos
poetas ligados ao arca-
dismo adotaram pseudô-
nimos de pastores gre-
gos ou latinos (pois o
ideal de vida válido era o
de uma vida bucólica).
4. No Brasil e em Portugal, a
experiência neoclássica na
literatura se deu em torno dos
modelos do Arcadismo ita-
liano, com a fundação de
academias literárias, simula-
ção pastoral, ambiente cam-
pestre, etc.
Esses ideais de vida simples e
natural vêm ao encontro dos
anseios de um novo público
consumidor em formação, a
burguesia, que historicamente
lutava pelo poder e denunci-
ava a vida luxuosa da nobreza
nas cortes.
5. Arcadismo no Brasil
Desenvolve-se no Brasil com
o Arcadismo a primeira pro-
dução literária adaptada à
vida da colônia, já que os
temas estão ligados à paisa-
gem local. Surgem vários
autores do gênero em Minas
Gerais, centro de riqueza na
época. Embora eles não che-
guem a criar um grupo nos
moldes das arcádias, consti-
tuem a primeira geração
literária brasileira.
6. Principais características do
arcadismo no Brasil
OPOSIÇÃO AO BARROCO – Proposta de linguagem simples, de frases na
ordem direta e de palavreado de uso popular, ou seja, o contrário das
pregações do seiscentismo.
VERSOS BRANCOS – Ao contrário do Barroco, o poeta árcade pode usar o
verso branco (sem rima), numa atitude que simboliza liberdade na criação.
No Brasil, Basílio da Gama foi o mais ousado: compôs o livro O Uruguai
(poema épico) sem fazer uso da rima.
A POESIA COMO IMITAÇÃO DA NATUREZA – Os árcades copiavam os
modelos clássicos antigos ou renascentistas, numa flagrante falta de
originalidade. O poeta buscava, na natureza, os modelos de beleza,
bondade e perfeição. Falta, pois, ao árcade a capacidade de inventar,
comum nos poetas do Barroco, do Romantismo, do Simbolismo e do
Modernismo.
7. COMPROMISSO COM A BELEZA, O BEM, A PERFEIÇÃO – Compromisso
com a poesia descritiva e objetiva. Nesse aspecto, a poesia árcade faz
lembrar a época parnasiana. Há mais preocupação com situações do que
com emoções.
PASTORALISMO – O poeta do Arcadismo imagina-se, na hora de produzir
poemas, um “pastor de ovelhas”. É de supor que um pastor não disponha
de linguagem sofisticada. Daí a ideia de simplicidade no escrever. O próprio
tema da poesia converge para assuntos bucólicos, amorosos, com riachos,
campinas, fontes, rebanho, ovelhas, cajado. A própria condição de amar e
ser feliz é condicionada à convivência campestre.
USO DE PSEUDÔNIMOS – O poeta árcade adota nome falso porque se
considera um “pastor de ovelhas”. É como se o escritor tivesse duas
identidades: uma real, outra especial, usada apenas para compor poesias.
Tomás Antônio Gonzaga, o nosso maior poeta árcade, era advogado e
político na vida real. Na momento de compor poemas, transformava-se em
Dirceu, um simples (às vezes nem tanto) pastor de ovelhas.
8. PRESENÇA DE MUSAS – Diz-se que a condição precípua para ser poeta, no
Arcadismo, era estar apaixonado. Exageros à parte, a maioria dos poetas
árcades brasileiros notabilizaram-se fazendo poesias líricas para suas
amadas. Alguns comedidos (caso de Gonzaga que se inspirava em uma só
mulher: Marília), outros mais ousados (caso de Cláudio Manuel da Costa
que fazia poemas para Nise e Eulina), a verdade é que poucos se
aventuraram à lavra pura e simples da poesia dissociada da figura feminina.
9. Principais representantes
do Arcadismo no Brasil
A transição do barroco para o Arcadismo se dá com a publicação,
em 1768, do livro Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa
(1729-1789), um dos integrantes da Inconfidência Mineira.
10. Principais representantes
do Arcadismo no Brasil
Entre os árcades se destacam ainda o português que viveu no
Brasil e participou da Inconfidência Mineira, Tomás Antônio
Gonzaga (1744-1810), autor de Marília de Dirceu.
15. Conclusão
Apesar do engajamento pessoal, a produção literária desses
autores não está a serviço da política. A escola predomina até o
início do século XIX, quando surge o Romantismo.
1º ANO
Matheus Max