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História A
Filosofia das Luzes

Daniela Paiva,
nº8
A Apologia da Razão e do
Progresso
O século XVIII é o século das Luzes ou do Iluminismo.
Este conceito evoca, antes de mais, a luz da Razão
(inteligência, esclarecimento). A crença no valor da
Razão como motor do progresso rapidamente
extravasou o campo científico para se aplicar à reflexão
sobre o funcionamento das sociedades em geral.
Acreditava-se que a Razão seria a Luz que guiaria a
Humanidade.
Iluminismo


O iluminismo constituía uma mentalidade, cujo aspecto
fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da
razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas
da vida, da ciência e do homem.



A ciência teve um papel de relevo no movimento filosófico do
«Século das Luzes», assumindo-se como um agente poderoso de
progresso social pelo facto de permitir uma melhoria
considerável das condições de vida do homem.



Seria, necessário libertá-lo, iluminando-o, de forma a que
pudesse ainda desfrutar das vantagens do progresso. A difusão
do iluminismo criava uma fé imensa no progresso de toda a
humanidade.
O Direito Natural e o Valor do
Indivíduo
A corrente filosófica iluminista acreditava na existência de
um direito natural – um conjunto de direitos próprios da
natureza humana (e, como tal, naturais), nomeadamente:
•
•
•
•
•

A igualdade entre todos os homens;
A liberdade de todos os homens;
O direito à posse de bens;
O direito a um julgamento justo;
O direito à liberdade de consciência
O Direito Natural e o Valor do
Indivíduo
O pensamento iluminista defendia,
que estes direitos eram universais,
isto é, diziam respeito a todos os
seres humanos e, por isso, estavam
acima das leis de cada Estado.
Os Estados deveriam usar o poder
politico como meio de assegurar os
direitos naturais do Homem e de
garantir a sua felicidade.
Paralelamente, o Iluminismo
pugnava pelo individualismo: cada
indivíduo deveria ser valorizado,
independentemente dos grupos em
que se integrasse.
A Defesa do Contrato Social e
da Separação dos Poderes
Jean-Jacques Rosseau defende a
soberania do povo.
É o povo que, de livre
vontade, transfere o poder para os
governantes mediante um pacto (ou
contrato social).
Consegue, desta forma, respeitar a
vontade da maioria sem perder a sua
liberdade.
Em troca, os governantes têm de
actuar com justiça, sob pena de serem
depostos.
A Defesa do Contrato Social e
da Separação dos Poderes
Montesquieu, defende a
teoria da separação dos
poderes (legislativo,
executivo e judicial)
como garantia de
liberdade dos cidadãos.
Esta teoria exerceu uma
influência enorme nas
revoluções liberais, que
adotaram, como
princípio básico, nas
suas constituições
políticas.
Humanitarismo e Tolerância







Os iluministas insurgiram-se contra os atropelos à dignidade
moral, efectuada pelo direito penal – Sobre os Delitos e as
Penas;
Outra bandeira das luzes foi a tolerância religiosa: reforço da
defesa da liberdade de consciência;
Defesa da separação entre a igreja e o Estado;
Crença no deísmo, isto é, crença num ser supremo, ordenador
do Universo;
Combate à intolerância, ao fanatismo e à
superstição, características das trevas e não da luz irradiada
pela Razão.
Humanitarismo e Tolerância
Voltaire advoga a
tolerância religiosa e a
liberdade de consciência:
o pensamento religioso
que criou, o deísmo,
rejeita as religiões
instituídas, centrando-se
na adoração a um Deus
bom, justo e poderoso,
criador do Universo.
Meios de Divulgação do
Iluminismo
•

Enciclopédia Ou Dicionário Racional das Ciências e das Artes e
dos Ofícios;

Salões aristocráticos;
• Clubes privados;
• Cafés mais populares;
• Academias;
• Imprensa periódica.
Os artigos da Enciclopédia permitiram um contacto fácil e
rápido com os avanços da ciência e da técnica e com o
mundo das ideias do Iluminismo.
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História A - Filosofia das Luzes

  • 1. História A Filosofia das Luzes Daniela Paiva, nº8
  • 2. A Apologia da Razão e do Progresso O século XVIII é o século das Luzes ou do Iluminismo. Este conceito evoca, antes de mais, a luz da Razão (inteligência, esclarecimento). A crença no valor da Razão como motor do progresso rapidamente extravasou o campo científico para se aplicar à reflexão sobre o funcionamento das sociedades em geral. Acreditava-se que a Razão seria a Luz que guiaria a Humanidade.
  • 3. Iluminismo  O iluminismo constituía uma mentalidade, cujo aspecto fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem.  A ciência teve um papel de relevo no movimento filosófico do «Século das Luzes», assumindo-se como um agente poderoso de progresso social pelo facto de permitir uma melhoria considerável das condições de vida do homem.  Seria, necessário libertá-lo, iluminando-o, de forma a que pudesse ainda desfrutar das vantagens do progresso. A difusão do iluminismo criava uma fé imensa no progresso de toda a humanidade.
  • 4. O Direito Natural e o Valor do Indivíduo A corrente filosófica iluminista acreditava na existência de um direito natural – um conjunto de direitos próprios da natureza humana (e, como tal, naturais), nomeadamente: • • • • • A igualdade entre todos os homens; A liberdade de todos os homens; O direito à posse de bens; O direito a um julgamento justo; O direito à liberdade de consciência
  • 5. O Direito Natural e o Valor do Indivíduo O pensamento iluminista defendia, que estes direitos eram universais, isto é, diziam respeito a todos os seres humanos e, por isso, estavam acima das leis de cada Estado. Os Estados deveriam usar o poder politico como meio de assegurar os direitos naturais do Homem e de garantir a sua felicidade. Paralelamente, o Iluminismo pugnava pelo individualismo: cada indivíduo deveria ser valorizado, independentemente dos grupos em que se integrasse.
  • 6. A Defesa do Contrato Social e da Separação dos Poderes Jean-Jacques Rosseau defende a soberania do povo. É o povo que, de livre vontade, transfere o poder para os governantes mediante um pacto (ou contrato social). Consegue, desta forma, respeitar a vontade da maioria sem perder a sua liberdade. Em troca, os governantes têm de actuar com justiça, sob pena de serem depostos.
  • 7. A Defesa do Contrato Social e da Separação dos Poderes Montesquieu, defende a teoria da separação dos poderes (legislativo, executivo e judicial) como garantia de liberdade dos cidadãos. Esta teoria exerceu uma influência enorme nas revoluções liberais, que adotaram, como princípio básico, nas suas constituições políticas.
  • 8. Humanitarismo e Tolerância      Os iluministas insurgiram-se contra os atropelos à dignidade moral, efectuada pelo direito penal – Sobre os Delitos e as Penas; Outra bandeira das luzes foi a tolerância religiosa: reforço da defesa da liberdade de consciência; Defesa da separação entre a igreja e o Estado; Crença no deísmo, isto é, crença num ser supremo, ordenador do Universo; Combate à intolerância, ao fanatismo e à superstição, características das trevas e não da luz irradiada pela Razão.
  • 9. Humanitarismo e Tolerância Voltaire advoga a tolerância religiosa e a liberdade de consciência: o pensamento religioso que criou, o deísmo, rejeita as religiões instituídas, centrando-se na adoração a um Deus bom, justo e poderoso, criador do Universo.
  • 10. Meios de Divulgação do Iluminismo • Enciclopédia Ou Dicionário Racional das Ciências e das Artes e dos Ofícios; Salões aristocráticos; • Clubes privados; • Cafés mais populares; • Academias; • Imprensa periódica. Os artigos da Enciclopédia permitiram um contacto fácil e rápido com os avanços da ciência e da técnica e com o mundo das ideias do Iluminismo. •