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FILOSOFIA
FILOSOFIA
MODERNA
MODERNA
Professora: Ane Prates
Turmas 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112
A filosofia moderna começa no século XV quando tem início a Idade Moderna e permanece até o século
XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea.
Ela marca uma transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os homens
e Deus, para o pensamento antropocêntrico, marca da modernidade, que eleva a humanidade a um
novo status como o grande objeto de estudo.
O racionalismo e o empirismo, correntes de pensamento construídas no período, demonstram essa
mudança. Ambos visam dar respostas sobre a origem do conhecimento humano. O primeiro associando
à razão humana e o segundo, baseando-se na experiência.
A Idade Média esteve sempre fundamentada no conceito de teocentrismo (Deus no centro do mundo) e
no sistema feudal. A filosofia moderna trouxe grandes mudanças à sociedade da época, reunindo
diversas descobertas científicas (nos campos da astronomia, ciências naturais, matemática, física, etc.) o
que deu lugar ao pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo).
FILOSOFIA MODERNA
a passagem do feudalismo para o capitalismo;
o surgimento da burguesia;
a formação dos estados nacionais modernos;
o absolutismo;
o mercantilismo;
a reforma protestante;
as grandes navegações;
a invenção da imprensa;
a descoberta do novo mundo;
o início do movimento renascentista.
Nesse momento, o humanismo tem um papel centralizador oferecendo uma posição mais ativa do ser
humano na sociedade. Ou seja, como um ser pensante e com maior liberdade de escolha. Diversas
transformações ocorreram no pensamento europeu da época dos quais se destacam:
Contexto Histórico
Antropocentrismo e Humanismo
Cientificismo
Valorização da natureza
Racionalismo (razão)
Empirismo (experiências)
Liberdade e idealismo
Renascimento e iluminismo
Filosofia laica (não religiosa)
As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes conceitos:
Principais Características
O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que ressalta a
importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre
para realizar suas ações no mundo.
A palavra vem do do grego: anthropos "humano" e kentron "centro" que
significa homem no centro, surgiu questionando o Teocentrismo sistema
onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo.
O ser humano, para o antropocentrismo, é racional, crítico, questionador da
sua própria realidade e responsável, portanto pelos seus pensamentos e
ações. Busca a verdade por meio de análises e do método racional e
científico, através de provas e explicações, de preferência, matemáticas.
Essa independência humana de Deus levou o ser humano a refletir, criar,
difundir e produzir conhecimento de outra forma, possibilitou grandes
descobertas científicas e o surgimento do individualismo.
Antropocentrismo
O homem vitruviano - Leonardo Da
Vinci
Por oposição, o Teocentrismo está relacionado à religião, que explica os fenômenos naturais a partir
da vontade de um ser superior. Toda a sociedade, em seu aspecto social, cultural e econômico,
deveria se basear segundo Deus. Foi um conceito muito difundido durante a Idade Média quando a
religião possuía um papel importante na vida da sociedade.
Diferenças entre Teocentrismo e Antropocentrismo
Durante o século XV e XVI, a Europa passou por várias transformações econômicas e sociais. Alguns
acontecimentos marcantes da época foram as grandes navegações, invenção da imprensa, reforma
protestante, declínio do sistema feudal, surgimento da burguesia, cientificismo racionalista e empirista,
etc. Por isso, o antropocentrismo representou a passagem do feudalismo ao capitalismo mercantil, ou
ainda, da passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
Humanismo e Antropocentrismo
Valorização do pensamento racional. Os Iluministas consideravam a razão e a possibilidade de se
questionar e investigar como o melhor instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento;
Defendiam os direitos dos indivíduos por acreditarem que todos deveriam ter seus direitos naturais,
como à vida e liberdade, protegidos;
Eram críticos aos regimes absolutistas e autoritários, que até então dominavam o cenário europeu.
Por isso defendiam uma maior divisão do poder do Estado;
Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos perante a lei;
Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora não fossem contra a crença em
Deus;
Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado mercantilismo;
Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero.
O próprio nome do movimento nos remete a luz – não é à toa que esse período é conhecido como
“Século das Luzes” -, que pretende se contrapor a herança medieval que ficou conhecida como “Idade
das Trevas”, quando todo o conhecimento era subordinado à religião. As principais características do
período são:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/filosofia-moderna
Iluminismo
Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a limitação do poder do estado
sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e
outros. Para mais, o pensamento iluminista é vivido no campo econômico, visto que os mesmos
defendiam a ideia de uma economia de livre mercado e liberal.
O Iluminismo também influenciou o direito. A exemplo das obras de John Locke e Montesquieu, que
trataram bastante sobre os direitos naturais e divisão de poderes, pode ser citado como influência direta
a tripartição dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, tal influência pode ser
percebida na mudança das regras do jogo que propiciaram que as sociedades vivessem em sistemas
mais democráticos e republicanos.
Por fim, como sintetizou Immanuel Kant, o Iluminismo proporcionou as ferramentas para com que o
homem saísse da “menoridade”, para assim explorar as possibilidades de progresso através de sua
própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias, e foi o que ocorreu.
Hoje, podemos ver o resultado disso em avanços na ciência, que trouxe progresso em todas as áreas de
conhecimento.
https://www.politize.com.br/iluminismo/
Racionalismo: A escola Racionalista é marcada pelo cientificismo e pela valorização da razão em
detrimento as ideias religiosas.
Nesse sentido, os racionalistas modernos foram críticos de traços da Filosofia posterior, ao tentar
delimitar a maneira de se obter o conhecimento correto. Porém, o que define o racionalismo, em primeira
e mais completa instância, é o fato de que eles defendiam que o conhecimento verdadeiro é obtido por
meio de um exercício estritamente racional, sem recorrer aos dados da experiência prática, mas
recorrendo ao puro raciocínio por meio da abstração intelectual.
Principais correntes da Filosofia Moderna
Entre alguns filósofos racionalistas destacam-se:
René Descartes (1596-1650) – é o filósofo que mais cai no ENEM. Conhecido pela frase “penso, logo
existo”, o pensador era cético quanto aos sentidos e valorizava o conhecimento dominado pela razão. Foi
criador do método cartesiano, o qual seguia as regras da evidência, análise, ordem e enumeração.
Descartes é considerado o “pai da filosofia moderna” e faz parte da corrente racionalista.
David Hume (1711-1776) – tinha fortes argumentos céticos, o que causou grande repercussão na
época. Chegou a ser acusado de heresia pela Igreja Católica e foi um grande crítico do racionalismo.
Para ele, o conhecimento estava relacionado às impressões sensoriais, como a visão, o tato, a
audição, olfato e o paladar, e as ideias que surgem na consciência.
Principais correntes da Filosofia Moderna
Descartes Hume
Empirismo: Para os filósofos empiristas, o conhecimento verdadeiro só pode ser obtido mediante
dados coletados pela experiência empírica. O conhecimento, segundo eles, nasce quando ouvimos,
vemos, sentimos, degustamos etc. Os dados fornecidos por essas experiências sensoriais são
transformados em ideias, mas nascem com a experiência e nela encontram a sua corretude."
Entre alguns filósofos racionalistas destacam-se:
Thomas Hobbes (1588-1679) – empirista, defendia a ideia de que não existia representação mental e
entendimento sem a prévia experiência. Era defensor da monarquia e acreditava que o ser humano
era inclinado para o mal e, por isso, precisava de uma intervenção forte, aplicada por leis. Criador da
frase “ o homem é o lobo do homem”, tinha em mente que o ser humano nutria uma necessidade de
se livrar desse estado natural para então se relacionar socialmente.
Hobbes
Principais correntes da Filosofia Moderna
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) – considerado um dos mais renomados pensadores do Iluminismo,
Rousseau tinha uma tese de que o ser humano viveria melhor em seu estado natural, em liberdade. Era
contrário aos ideais de Hobes e acreditava que as leis, o governo e a moral instituída na sociedade
corrompia o homem.
John Locke (1632-1704) – considerado um dos filósofos mais influentes da modernidade, John Locke
defendia o empirismo e a liberdade individual, tornando-se precursor de muitas ideias apresentadas no
Iluminismo francês no século XVII.
Rousseau Locke
Principais correntes da Filosofia Moderna
Contratualistas
Thomas Hobbes Jaques Rousseau John Locke
Os chamados "contratualistas" são os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma
espécie de acordo - um contrato - a fim de garantir a sobrevivência.
O ser humano, segundo os contratualistas, vivia no chamado Estado Natural (ou estado de
natureza), onde não conhecia nenhuma organização política.
A partir do momento em que o ser humano se sente ameaçado, passa a ter necessidade de se
proteger. Para isso, vai precisar de alguém maior e imparcial, que possa garantir seus direitos
naturais.
Assim, o ser humano aceita abdicar sua liberdade para se submeter às leis da sociedade e do Estado.
Por sua parte, o Estado se compromete em defender o homem, o bem comum e dar condições para
que ele se desenvolva. Esta relação entre o indivíduo e o Estado é chamado de contrato social.
O que é o Contratualismo?
Para Hobbes, os homens precisavam de um Estado forte, pois a ausência de um poder superior resultava
na guerra. O ser humano, que é egoísta, se submetia a um poder maior, somente para que pudesse viver
em paz e também ter condição de prosperar
Não por acaso, Hobbes chama o "Estado" de Leviatã, um dos nomes que o diabo recebe na Bíblia, com o
propósito de reforçar que é a natureza perversa do homem que o faz buscar a união com outros homens.
O Estado, por sua parte, terá o dever de evitar conflitos entre os seres humanos, velar pela segurança e
preservar a propriedade privada.
Desta maneira, somente o rei, que concentra o poder das armas e da religião, poderia garantir que os
homens vivessem em harmonia.
Thomas Hobbes (1588-1679)
Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso
restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte.
O problema é que não existia um juiz, um poder acima dos demais que pudesse fiscalizar se todos estão
gozando dos direitos naturais. Então, para solucionar este vazio de poder, os homens vão concordar,
livremente, em se constituir numa sociedade política organizada.
O homem poderá influir diretamente nas decisões políticas da sociedade civil seja através do exercício da
democracia direta ou delegando a outra pessoa seu poder de decisão. Este é o caso da democracia
representativa, na qual os cidadãos elegem seus representantes.
Por sua parte, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a
propriedade privada.
John Locke (1632-1704)
Ao contrário de Hobbes e Locke, Rousseau vai defender que o homem, no seu estado natural, vivia em
harmonia e se interessava pelos demais. Para Rousseau, a vida numa sociedade em vias de industrialização
não favoreceu os homens no seu aspecto moral.
À medida que o desenvolvimento técnico foi ganhando espaço, o ser humano se tornou egoísta e
mesquinho, sem compaixão pelo seu semelhante.
Por sua vez, a sociedade tornou-se corrupta e corrompia o ser humano com suas exigências para suprir a
vaidade e o aparentar daquela sociedade.
Desta maneira, Rousseau relaciona o aparecimento da propriedade privada com o surgimento das
desigualdades sociais.
Assim era preciso que surgisse o Estado a fim de garantir as liberdades civis e evitar o caos trazido pela
propriedade privada.
As ideias de Rousseau serão aproveitadas por vários participantes da Revolução Francesa e também,
posteriormente, ao longo de todo século XIX pelos teóricos do socialismo
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Resumo:
Referências:
https://osociologo.wordpress.com/2018/03/07/resumo-os-contratualistas/
https://www.politize.com.br/iluminismo/
https://www.todamateria.com.br/contratualismo/
https://www.todamateria.com.br/estado-natureza/
https://www.todamateria.com.br/filosofos-iluministas/
https://www.ex-isto.com/2022/06/iluminismo-liberalismo.html
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FILOSOFIA MODERNA.pdf

  • 2. A filosofia moderna começa no século XV quando tem início a Idade Moderna e permanece até o século XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea. Ela marca uma transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os homens e Deus, para o pensamento antropocêntrico, marca da modernidade, que eleva a humanidade a um novo status como o grande objeto de estudo. O racionalismo e o empirismo, correntes de pensamento construídas no período, demonstram essa mudança. Ambos visam dar respostas sobre a origem do conhecimento humano. O primeiro associando à razão humana e o segundo, baseando-se na experiência. A Idade Média esteve sempre fundamentada no conceito de teocentrismo (Deus no centro do mundo) e no sistema feudal. A filosofia moderna trouxe grandes mudanças à sociedade da época, reunindo diversas descobertas científicas (nos campos da astronomia, ciências naturais, matemática, física, etc.) o que deu lugar ao pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo). FILOSOFIA MODERNA
  • 3. a passagem do feudalismo para o capitalismo; o surgimento da burguesia; a formação dos estados nacionais modernos; o absolutismo; o mercantilismo; a reforma protestante; as grandes navegações; a invenção da imprensa; a descoberta do novo mundo; o início do movimento renascentista. Nesse momento, o humanismo tem um papel centralizador oferecendo uma posição mais ativa do ser humano na sociedade. Ou seja, como um ser pensante e com maior liberdade de escolha. Diversas transformações ocorreram no pensamento europeu da época dos quais se destacam: Contexto Histórico
  • 4. Antropocentrismo e Humanismo Cientificismo Valorização da natureza Racionalismo (razão) Empirismo (experiências) Liberdade e idealismo Renascimento e iluminismo Filosofia laica (não religiosa) As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes conceitos: Principais Características
  • 5. O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre para realizar suas ações no mundo. A palavra vem do do grego: anthropos "humano" e kentron "centro" que significa homem no centro, surgiu questionando o Teocentrismo sistema onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo. O ser humano, para o antropocentrismo, é racional, crítico, questionador da sua própria realidade e responsável, portanto pelos seus pensamentos e ações. Busca a verdade por meio de análises e do método racional e científico, através de provas e explicações, de preferência, matemáticas. Essa independência humana de Deus levou o ser humano a refletir, criar, difundir e produzir conhecimento de outra forma, possibilitou grandes descobertas científicas e o surgimento do individualismo. Antropocentrismo O homem vitruviano - Leonardo Da Vinci
  • 6. Por oposição, o Teocentrismo está relacionado à religião, que explica os fenômenos naturais a partir da vontade de um ser superior. Toda a sociedade, em seu aspecto social, cultural e econômico, deveria se basear segundo Deus. Foi um conceito muito difundido durante a Idade Média quando a religião possuía um papel importante na vida da sociedade. Diferenças entre Teocentrismo e Antropocentrismo Durante o século XV e XVI, a Europa passou por várias transformações econômicas e sociais. Alguns acontecimentos marcantes da época foram as grandes navegações, invenção da imprensa, reforma protestante, declínio do sistema feudal, surgimento da burguesia, cientificismo racionalista e empirista, etc. Por isso, o antropocentrismo representou a passagem do feudalismo ao capitalismo mercantil, ou ainda, da passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Humanismo e Antropocentrismo
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  • 8. Valorização do pensamento racional. Os Iluministas consideravam a razão e a possibilidade de se questionar e investigar como o melhor instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento; Defendiam os direitos dos indivíduos por acreditarem que todos deveriam ter seus direitos naturais, como à vida e liberdade, protegidos; Eram críticos aos regimes absolutistas e autoritários, que até então dominavam o cenário europeu. Por isso defendiam uma maior divisão do poder do Estado; Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos perante a lei; Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora não fossem contra a crença em Deus; Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado mercantilismo; Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero. O próprio nome do movimento nos remete a luz – não é à toa que esse período é conhecido como “Século das Luzes” -, que pretende se contrapor a herança medieval que ficou conhecida como “Idade das Trevas”, quando todo o conhecimento era subordinado à religião. As principais características do período são: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/filosofia-moderna Iluminismo
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  • 10. Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a limitação do poder do estado sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e outros. Para mais, o pensamento iluminista é vivido no campo econômico, visto que os mesmos defendiam a ideia de uma economia de livre mercado e liberal. O Iluminismo também influenciou o direito. A exemplo das obras de John Locke e Montesquieu, que trataram bastante sobre os direitos naturais e divisão de poderes, pode ser citado como influência direta a tripartição dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, tal influência pode ser percebida na mudança das regras do jogo que propiciaram que as sociedades vivessem em sistemas mais democráticos e republicanos. Por fim, como sintetizou Immanuel Kant, o Iluminismo proporcionou as ferramentas para com que o homem saísse da “menoridade”, para assim explorar as possibilidades de progresso através de sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias, e foi o que ocorreu. Hoje, podemos ver o resultado disso em avanços na ciência, que trouxe progresso em todas as áreas de conhecimento. https://www.politize.com.br/iluminismo/
  • 11. Racionalismo: A escola Racionalista é marcada pelo cientificismo e pela valorização da razão em detrimento as ideias religiosas. Nesse sentido, os racionalistas modernos foram críticos de traços da Filosofia posterior, ao tentar delimitar a maneira de se obter o conhecimento correto. Porém, o que define o racionalismo, em primeira e mais completa instância, é o fato de que eles defendiam que o conhecimento verdadeiro é obtido por meio de um exercício estritamente racional, sem recorrer aos dados da experiência prática, mas recorrendo ao puro raciocínio por meio da abstração intelectual. Principais correntes da Filosofia Moderna
  • 12. Entre alguns filósofos racionalistas destacam-se: René Descartes (1596-1650) – é o filósofo que mais cai no ENEM. Conhecido pela frase “penso, logo existo”, o pensador era cético quanto aos sentidos e valorizava o conhecimento dominado pela razão. Foi criador do método cartesiano, o qual seguia as regras da evidência, análise, ordem e enumeração. Descartes é considerado o “pai da filosofia moderna” e faz parte da corrente racionalista. David Hume (1711-1776) – tinha fortes argumentos céticos, o que causou grande repercussão na época. Chegou a ser acusado de heresia pela Igreja Católica e foi um grande crítico do racionalismo. Para ele, o conhecimento estava relacionado às impressões sensoriais, como a visão, o tato, a audição, olfato e o paladar, e as ideias que surgem na consciência. Principais correntes da Filosofia Moderna Descartes Hume
  • 13. Empirismo: Para os filósofos empiristas, o conhecimento verdadeiro só pode ser obtido mediante dados coletados pela experiência empírica. O conhecimento, segundo eles, nasce quando ouvimos, vemos, sentimos, degustamos etc. Os dados fornecidos por essas experiências sensoriais são transformados em ideias, mas nascem com a experiência e nela encontram a sua corretude." Entre alguns filósofos racionalistas destacam-se: Thomas Hobbes (1588-1679) – empirista, defendia a ideia de que não existia representação mental e entendimento sem a prévia experiência. Era defensor da monarquia e acreditava que o ser humano era inclinado para o mal e, por isso, precisava de uma intervenção forte, aplicada por leis. Criador da frase “ o homem é o lobo do homem”, tinha em mente que o ser humano nutria uma necessidade de se livrar desse estado natural para então se relacionar socialmente. Hobbes Principais correntes da Filosofia Moderna
  • 14. Jean Jacques Rousseau (1712-1778) – considerado um dos mais renomados pensadores do Iluminismo, Rousseau tinha uma tese de que o ser humano viveria melhor em seu estado natural, em liberdade. Era contrário aos ideais de Hobes e acreditava que as leis, o governo e a moral instituída na sociedade corrompia o homem. John Locke (1632-1704) – considerado um dos filósofos mais influentes da modernidade, John Locke defendia o empirismo e a liberdade individual, tornando-se precursor de muitas ideias apresentadas no Iluminismo francês no século XVII. Rousseau Locke Principais correntes da Filosofia Moderna
  • 16. Os chamados "contratualistas" são os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma espécie de acordo - um contrato - a fim de garantir a sobrevivência. O ser humano, segundo os contratualistas, vivia no chamado Estado Natural (ou estado de natureza), onde não conhecia nenhuma organização política. A partir do momento em que o ser humano se sente ameaçado, passa a ter necessidade de se proteger. Para isso, vai precisar de alguém maior e imparcial, que possa garantir seus direitos naturais. Assim, o ser humano aceita abdicar sua liberdade para se submeter às leis da sociedade e do Estado. Por sua parte, o Estado se compromete em defender o homem, o bem comum e dar condições para que ele se desenvolva. Esta relação entre o indivíduo e o Estado é chamado de contrato social. O que é o Contratualismo?
  • 17. Para Hobbes, os homens precisavam de um Estado forte, pois a ausência de um poder superior resultava na guerra. O ser humano, que é egoísta, se submetia a um poder maior, somente para que pudesse viver em paz e também ter condição de prosperar Não por acaso, Hobbes chama o "Estado" de Leviatã, um dos nomes que o diabo recebe na Bíblia, com o propósito de reforçar que é a natureza perversa do homem que o faz buscar a união com outros homens. O Estado, por sua parte, terá o dever de evitar conflitos entre os seres humanos, velar pela segurança e preservar a propriedade privada. Desta maneira, somente o rei, que concentra o poder das armas e da religião, poderia garantir que os homens vivessem em harmonia. Thomas Hobbes (1588-1679)
  • 18. Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte. O problema é que não existia um juiz, um poder acima dos demais que pudesse fiscalizar se todos estão gozando dos direitos naturais. Então, para solucionar este vazio de poder, os homens vão concordar, livremente, em se constituir numa sociedade política organizada. O homem poderá influir diretamente nas decisões políticas da sociedade civil seja através do exercício da democracia direta ou delegando a outra pessoa seu poder de decisão. Este é o caso da democracia representativa, na qual os cidadãos elegem seus representantes. Por sua parte, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a propriedade privada. John Locke (1632-1704)
  • 19. Ao contrário de Hobbes e Locke, Rousseau vai defender que o homem, no seu estado natural, vivia em harmonia e se interessava pelos demais. Para Rousseau, a vida numa sociedade em vias de industrialização não favoreceu os homens no seu aspecto moral. À medida que o desenvolvimento técnico foi ganhando espaço, o ser humano se tornou egoísta e mesquinho, sem compaixão pelo seu semelhante. Por sua vez, a sociedade tornou-se corrupta e corrompia o ser humano com suas exigências para suprir a vaidade e o aparentar daquela sociedade. Desta maneira, Rousseau relaciona o aparecimento da propriedade privada com o surgimento das desigualdades sociais. Assim era preciso que surgisse o Estado a fim de garantir as liberdades civis e evitar o caos trazido pela propriedade privada. As ideias de Rousseau serão aproveitadas por vários participantes da Revolução Francesa e também, posteriormente, ao longo de todo século XIX pelos teóricos do socialismo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)