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Histórias da Terra e do Mar - A História da Gata Borralheira  ,[object Object]
Disciplina: Língua Portuguesa
Docente: Fátima Alves
Discente: André Monforte, 7ºC, nº4,[object Object]
Biografia Sophiade Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004. Esta foi uma das mais importantes poetisas e escritoras portuguesas do século XX. Além disso, também ganhou o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões. Sophia tem origem dinamarquesa pelo lado paterno, e foi criada na velha aristocracia portuense, onde foi educada pelos valores tradicionais da moral cristã. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico  e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores.
Algumas obras publicadas     Poesia Poesia (1945) O Dia do Mar (1947)              Coral (1950) No Tempo Dividido (1954)       O Cristo Cigano (1961) Geografia (1967) Antologia (1968)
   Contos Infantis A Menina do Mar (1958) A Fada Oriana(1958) Noite de Natal (1959) Cavaleiro da Dinamarca (1964) O Rapaz de Bronze (1965) A Floresta (1968) O Tesouro (1970) A Árvore (1985)
Resumo 		Numa fresca noite de Junho, Lúcia, uma rapariga de dezoito anos, vai ao seu primeiro baile acompanhada pela sua tia. Chegada ao baile, a jovem atravessou a grande entrada iluminada, onde logo encontrou os donos da casa.   		Após as apresentações, Lúcia dirigiu-se ao salão de baile acompanhada pela filha dos donos  que de imediato a apresentou às suas amigas. Estas depressa a ignoraram. De repente, a música parou, os pares desfizeram-se e reuniram-se num grupo. Após esta breve reunião  a música começou a tocar e rapidamente se fizeram novos pares. Lúcia ficou sozinha. Ninguém a tinha convidado para dançar. Decidiu então, ir para uma cadeira vazia que se encontrava no outro lado da sala.  		Entretanto, passou por um espelho e, mais uma vez, verificou que se encontrava horrível: o seu vestido era feio; os seus sapatos estavam fora de moda e em mau estado, com o forro azul da biqueira roto, e além do mais estes não lhe serviam. Olhando para o espelho, achou que estava muito pálida e resolveu ir maquilhar-se, para assim melhorar o seu aspecto.
		Depois de se maquilhar, regressou à sala de baile e agora sim, dirigiu-se para a cadeira vazia que se encontrava no outro lado da sala.     	Momentos depois, para sua surpresa, um belíssimo rapaz convidou-a para dançar. Um pouco incrédula aceitou o convite.  		Durante a dança, para desgraça de Lúcia, aconteceu o impensável, saiu-lhe um sapato. Porém, Lúcia continuou a dançar não fazendo caso da situação, com medo que soubessem que aquele sapato roto e velho era seu. Quando a música acabou, os pares desfizeram-se e um criado levou o sapato que estava perdido no centro da sala . 		 O rapaz e a jovem rapariga resolveram então sentar-se no sofá e ela de imediato lhe disse que tinha sede. Ouvindo o que esta lhe dissera, decidiu ir buscar-lhe uma bebida. Aproveitando a situação, Lúcia levantou-se e saiu da sala. Dirigiu-se para um pequeno quarto que estava vazio. Lá, havia uma varanda onde ela, um pouco envergonhada, se escondeu.  		Ali, na varanda da casa, começou a pensar na proposta que a sua tia lhe havia feito. Esta tinha-lhe dito que se viesse viver com ela que conseguiria subir na vida e tornar-se rica. Lúcia, na altura, rejeitara o convite, porém, naquele momento, com a cara encostada à pedra fria da parede, decidiu que iria aceitar o convite pois queria mudar o rumo da sua vida. Jurou que um dia haveria de voltar àquela casa mas, dessa vez com sapatos bordados de brilhantes.
Passados alguns dias, Lúcia foi viver com a tia. A partir daí, a sua vida modificou-se por completo: casou com um homem rico e obteve muitos êxitos.  Passados vinte anos, recebeu um convite para ir a um baile no primeiro dia de Junho. Um baile na mesma casa, onde, outrora, tinha ido com um vestido horroroso e com um par de sapatos velhos e esburacados. Chegado o dia do grande baile, Lúcia apareceu no limiar da sala de baile. Esta estava deslumbrante com os seus sapatos bordados de brilhantes. Ninguém acreditava no que via. De imediato, surgiu um movimento de espanto e quase de escândalo de todos os que se encontravam na festa. Porém, não fazendo caso disso, Lúcia começou a dançar.  		Era já o meio da noite quando decidiu que tinha de voltar ao quarto  onde, há vinte anos atrás, se fora esconder de vergonha. Lá, tudo estava igual. Enquanto observava todo o interior do quarto, a porta abriu-se de repente e apareceu um homem de bela aparência. Este, inclinou-se, segurou o braço da rapariga e apenas lhe pediu para o acompanhar até à varanda. Disse-lhe que a tinha espiado e que sabia que ela há 20 anos atrás, tinha optado por outro caminho.
 Depois de lhe contar como a conhecera, este pediu-lhe o sapato do seu pé esquerdo. Indignada a rapariga rejeitou o pedido. Tentando convencer Lúcia a dar-lhe o sapato disse-lhe que durante aqueles vinte anos ela nunca sofrera uma humilhação, e que tivera uma vida maravilhosa e que o seu sapato era o preço do mundo. Muito tensa e nervosa, a rapariga acabou por deixar-lhe tirar o sapato. O homem inclinou-se, tirou-lhe o sapato de brilhantes e calçou-lhe o sapato de farrapos. Quando ao clarear do dia encontraram a rapariga morta, ninguém quis acreditar no que via. Mas o mais estranho, era o facto de ela ter no pé esquerdo um sapato forrado de seda azul, roto e esburacado e no seu pé direito um sapato bordado de brilhantes. Chamado o médico apenas constatou que a morte tinha sido causada por síncope cardíaca. 		Este acontecimento foi discutido durante vários meses, mas, com o tempo caiu no esquecimento.

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  • 1.
  • 4.
  • 5. Biografia Sophiade Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004. Esta foi uma das mais importantes poetisas e escritoras portuguesas do século XX. Além disso, também ganhou o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões. Sophia tem origem dinamarquesa pelo lado paterno, e foi criada na velha aristocracia portuense, onde foi educada pelos valores tradicionais da moral cristã. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores.
  • 6. Algumas obras publicadas Poesia Poesia (1945) O Dia do Mar (1947) Coral (1950) No Tempo Dividido (1954) O Cristo Cigano (1961) Geografia (1967) Antologia (1968)
  • 7. Contos Infantis A Menina do Mar (1958) A Fada Oriana(1958) Noite de Natal (1959) Cavaleiro da Dinamarca (1964) O Rapaz de Bronze (1965) A Floresta (1968) O Tesouro (1970) A Árvore (1985)
  • 8. Resumo Numa fresca noite de Junho, Lúcia, uma rapariga de dezoito anos, vai ao seu primeiro baile acompanhada pela sua tia. Chegada ao baile, a jovem atravessou a grande entrada iluminada, onde logo encontrou os donos da casa. Após as apresentações, Lúcia dirigiu-se ao salão de baile acompanhada pela filha dos donos que de imediato a apresentou às suas amigas. Estas depressa a ignoraram. De repente, a música parou, os pares desfizeram-se e reuniram-se num grupo. Após esta breve reunião a música começou a tocar e rapidamente se fizeram novos pares. Lúcia ficou sozinha. Ninguém a tinha convidado para dançar. Decidiu então, ir para uma cadeira vazia que se encontrava no outro lado da sala. Entretanto, passou por um espelho e, mais uma vez, verificou que se encontrava horrível: o seu vestido era feio; os seus sapatos estavam fora de moda e em mau estado, com o forro azul da biqueira roto, e além do mais estes não lhe serviam. Olhando para o espelho, achou que estava muito pálida e resolveu ir maquilhar-se, para assim melhorar o seu aspecto.
  • 9. Depois de se maquilhar, regressou à sala de baile e agora sim, dirigiu-se para a cadeira vazia que se encontrava no outro lado da sala. Momentos depois, para sua surpresa, um belíssimo rapaz convidou-a para dançar. Um pouco incrédula aceitou o convite. Durante a dança, para desgraça de Lúcia, aconteceu o impensável, saiu-lhe um sapato. Porém, Lúcia continuou a dançar não fazendo caso da situação, com medo que soubessem que aquele sapato roto e velho era seu. Quando a música acabou, os pares desfizeram-se e um criado levou o sapato que estava perdido no centro da sala . O rapaz e a jovem rapariga resolveram então sentar-se no sofá e ela de imediato lhe disse que tinha sede. Ouvindo o que esta lhe dissera, decidiu ir buscar-lhe uma bebida. Aproveitando a situação, Lúcia levantou-se e saiu da sala. Dirigiu-se para um pequeno quarto que estava vazio. Lá, havia uma varanda onde ela, um pouco envergonhada, se escondeu. Ali, na varanda da casa, começou a pensar na proposta que a sua tia lhe havia feito. Esta tinha-lhe dito que se viesse viver com ela que conseguiria subir na vida e tornar-se rica. Lúcia, na altura, rejeitara o convite, porém, naquele momento, com a cara encostada à pedra fria da parede, decidiu que iria aceitar o convite pois queria mudar o rumo da sua vida. Jurou que um dia haveria de voltar àquela casa mas, dessa vez com sapatos bordados de brilhantes.
  • 10. Passados alguns dias, Lúcia foi viver com a tia. A partir daí, a sua vida modificou-se por completo: casou com um homem rico e obteve muitos êxitos. Passados vinte anos, recebeu um convite para ir a um baile no primeiro dia de Junho. Um baile na mesma casa, onde, outrora, tinha ido com um vestido horroroso e com um par de sapatos velhos e esburacados. Chegado o dia do grande baile, Lúcia apareceu no limiar da sala de baile. Esta estava deslumbrante com os seus sapatos bordados de brilhantes. Ninguém acreditava no que via. De imediato, surgiu um movimento de espanto e quase de escândalo de todos os que se encontravam na festa. Porém, não fazendo caso disso, Lúcia começou a dançar. Era já o meio da noite quando decidiu que tinha de voltar ao quarto onde, há vinte anos atrás, se fora esconder de vergonha. Lá, tudo estava igual. Enquanto observava todo o interior do quarto, a porta abriu-se de repente e apareceu um homem de bela aparência. Este, inclinou-se, segurou o braço da rapariga e apenas lhe pediu para o acompanhar até à varanda. Disse-lhe que a tinha espiado e que sabia que ela há 20 anos atrás, tinha optado por outro caminho.
  • 11. Depois de lhe contar como a conhecera, este pediu-lhe o sapato do seu pé esquerdo. Indignada a rapariga rejeitou o pedido. Tentando convencer Lúcia a dar-lhe o sapato disse-lhe que durante aqueles vinte anos ela nunca sofrera uma humilhação, e que tivera uma vida maravilhosa e que o seu sapato era o preço do mundo. Muito tensa e nervosa, a rapariga acabou por deixar-lhe tirar o sapato. O homem inclinou-se, tirou-lhe o sapato de brilhantes e calçou-lhe o sapato de farrapos. Quando ao clarear do dia encontraram a rapariga morta, ninguém quis acreditar no que via. Mas o mais estranho, era o facto de ela ter no pé esquerdo um sapato forrado de seda azul, roto e esburacado e no seu pé direito um sapato bordado de brilhantes. Chamado o médico apenas constatou que a morte tinha sido causada por síncope cardíaca. Este acontecimento foi discutido durante vários meses, mas, com o tempo caiu no esquecimento.
  • 12. A minha personagem favorita Na “História da Gata Borralheira”, a minha personagem favorita é Lúcia, uma jovem rapariga de 18 anos que vai ao seu primeiro baile, acompanhada da sua madrinha, que também era sua tia. Ao longo da história ela narra todas as dificuldades por que passa mas, no final, esta acaba por morrer duma forma misteriosa e um pouco chocante. Escolhi Lúcia para minha personagem favorita porque me identifico muito com ela pois é uma rapariga corajosa, embora por vezes tímida e porque ela se mostra muito aberta com os leitores.
  • 13. Apreciação geral da obra apresentada Na minha opinião, esta é uma obra interessante. Este tem um enredo bastante intrigante. O livro apresenta uma qualidade que nos faz «prender» à história, criando expectativas ao leitor sobre o que vai acontecer no final. A história apresenta um desenlace triste pois a protagonista, Lúcia, acaba por morrer de uma forma misteriosa e um pouco trágica. É um livro que gostei muito de ler e que recomendo a todos vós.