O documento discute dois conceitos de assimilação: (1) para Piaget, é o processo cognitivo de incorporar novos elementos do ambiente aos esquemas existentes, permitindo a ampliação destes; (2) na gramática, é o fenômeno fonético onde um fonema transfere características a um vizinho, tornando-os semelhantes. Também aborda exemplos como a redução do ditongo "ou" a "o" no português brasileiro e a monotongação do ditongo "ei".
2. ASSIMILAÇÃO
PARA PIAGET
É o processo cognitivo de
colocar (classificar) novos
eventos em esquemas
existentes. É a incorporação
de elementos do meio externo
(objeto, acontecimento, ...) a
um esquema ou estrutura do
sujeito.
Em outras palavras, é o
processo pelo qual o indivíduo
cognitivamente capta o
ambiente e o organiza
possibilitando, assim, a
ampliação de seus esquemas.
Na assimilação o indivíduo
usa as estruturas que já
possui.
NA GRAMÁTICA
Fenômeno fonético em que
um fonema transmite algumas
das suas características
sonoras a um fonema vizinho
tornando-o igual ou com
propriedades semelhantes a si
próprio. Por outras palavras,
trata-se de um fenômeno em
que um som se aproxima de
outro quanto ao seu modo ou
ponto de articulação.
A assimilação é uma
designação mais ampla para
sonorização (um fonema
surdo torna-se sonoro em
contacto com um fonema
sonoro) e ensurdecimento (um
fonema sonoro torna-se surdo
por influência de um fonema
surdo).
4. ASSIMILAÇÃO
Ex:
Falando – falano
Comendo – comeno
Cantando – cantano
Essa assimilação
também acontece em
outras línguas ou
localidades:
Beira Alta (Portugal)
No Catalão, língua da
Catalunha (Barcelona)
Alguns dialetos
italianos.
5. REDUÇÃO DO DITONGO
OU EM O OU
HOMOFONIA
A explicação para este fenômeno fonológico é
simples. São comuns, no português brasileiro, a
redução do ditongo “ou” a “o”: dizemos:
Oro – ouro
Poco – pouco
Vô - vou
Isso ocorre com diversas formas verbais terminadas
em -ou: “sou”, “dou”, “‘tou” tornam-se comumente
“sô”, “dô” e “tô”.
Além disso, há a tendência de, na oralidade, omitir-se
o “r” final, sobretudo de verbos no infinitivo: falamos
“cantá” em vez de “cantar”, “brincá” em vez de
“brincar” e, no caso em análise, “sê” em vez de “ser”.
6. REDUÇÃO DO DITONGO
EI EM E OU
MONOTONGAÇÃO
Neste caso acontece a monotongação em alguns casos,
onde se escreve “EI” e pronuncia o “E”.
Ex:
Beijo – bêjo
Brasileiro – brasilêro
Cheiro – chêro
Jeito – jeito
Peito – peito
Beiço – beiço
Ditongo é o encontro de duas vogais na mesma sílaba.
A semivogal /y/, escrita no ditongo ei, é um som palatal.
7. A autora demonstra a necessidade de
cautela em julgamentos sobre a maneira
como as pessoas falam.
“QUE NEM TUDO O QUE SE DIZ SE
ESCREVE E NEM TUDO O QUE SE
ESCREVE SE DIZ....”
IRENE