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O que é cultura? 
Antropologia cultural.
ANTROPOLOGIA: 
a ciência da alteridade. 
A Antropologia é o estudo do homem 
como ser biológico, social e cultural. 
Sendo cada uma destas dimensões por si 
só muito ampla, o conhecimento 
antropológico geralmente é organizado 
em áreas que indicam uma escolha 
prévia de certos aspectos a serem 
privilegiados como a “Antropologia Física 
ou Biológica” (aspectos genéticos e 
biológicos do homem), “Antropologia 
Social” (organização social e política, 
parentesco, instituições sociais), 
“Antropologia Cultural” (sistemas 
simbólicos, religião, comportamento) e 
“Arqueologia” (condições de existência 
dos grupos humanos desaparecidos). 
Além disso podemos utilizar termos 
como Antropologia, Etnologia e 
Etnografia para distinguir diferentes 
níveis de análise ou tradições 
acadêmicas. 
Qualquer que seja a definição 
adotada é possível entender a 
antropologia como uma forma de 
conhecimento sobre a diversidade 
cultural, isto é, a busca de 
respostas para entendermos o 
que somos a partir do espelho 
fornecido pelo “Outro”; uma 
maneira de se situar na fronteira 
de vários mundos sociais e 
culturais, abrindo janelas entre 
eles, através das quais podemos 
alargar nossas possibilidades de 
sentir, agir e refletir sobre o que, 
afinal de contas, nos torna seres 
singulares, humanos.
Cultura 
Antropologia é portanto a área da sociologia 
responsável por estudar as diferentes culturas 
do mundo. Mas o que é cultura? 
Assim sendo, podemos dizer que, a cultura 
corresponde ao conjunto de crenças, 
visões de mundo, modos de fazer e bens 
materiais de um povo durante um 
determinado período histórico. 
Exemplos: 
O conceito de cultura que conhecemos hoje, foi 
elaborado pelo antropólogo inglês Edward 
Burnett Tylor (1832 – 1917) juntando dois 
conceitos diferentes: KULTUR e CIVILIZATION; 
Kultur, palavra de origem alemã que 
designa os aspectos espirituais de uma 
comunidade. 
Civilization, palavra de origem francesa 
que designa os feitos materiais 
(tecnologia) de um povo.
Cultura Valor: Corresponde a ideia 
de que um indivíduo possa ter mais 
cultura do que outro. Exemplo: 
Cultura Alma-coletiva: Corresponde 
a ideia de grupo, de pertencer a 
algo “maior” que a soma dos 
indivíduos, indica a existência de 
uma identidade coletiva. Exemplo: 
Cultura Mercadoria: Corresponde ao ato 
de transformar a alma de um povo em 
Félix Guattari, antropólogo Francês um objeto de consumo. Exemplo: 
que divide a cultura de três formas 
distintas.
Pero Vaz de Caminha 
Antropologia desenvolve-se por 
volta dos séculos XVI-XIX , através 
da analise de cartas e 
questionários respondidos os 
viajantes e analisadas por 
especialistas europeus. 
Nesse sentido destaca-se a carta 
escrita por Pero Vaz de Caminha 
sobre a descoberta do Brasil;
Trecho da Carta 
"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como 
pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco 
mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do 
joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor 
natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e 
suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso 
desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de 
sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que 
parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o 
Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse 
ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase 
tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. 
Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não 
quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. 
Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem 
quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, 
mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de 
rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e 
depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as 
contas e para 1ª Descriçãoo cdoal aCrudltouCraa p“iBtãroa,sicloemirao”.se dariam ouro por aquilo."
Questão Importante: Podemos escolher a cultura a qual vamos pertencer? 
Atualmente, sabe-se que a 
incorporação de uma 
cultura se faz por meio da 
convivência com outros 
membros de uma 
comunidade, do 
aprendizado de sua língua, 
da participação em seus 
ritos, suas festas etc... 
NINGUÉM NASCE 
SABENDO. 
As pessoas fazem parte 
desta ou daquela cultura 
graças ao processo de 
aprendizado. É o que 
chamamos de 
socialização. Não há 
programação genética 
nem capacidades 
biológicas geneticamente 
estabelecidas. 
EX: UM CHINÊS DE OLHOS 
AZUIS.
Um Chinês de olhos azuis 
A que conclusão se pode chegar sobre os padrões 
culturais demonstrados pelo jovem americano? 
Há alguns anos, conheci em Nova York um jovem que não falava uma 
palavra em inglês e estava evidentemente perplexo com os costumes 
americanos. Pelo “sangue”, era tão americano como qualquer outro, 
pois seus pais haviam nascido em Indiana e tinham ido para a China 
como missionários. 
Órfão desde a infância, o rapaz fora criado por uma família chinesa, 
numa aldeia distante. Todos os que o conheceram o acharam mais 
chinês do que americano. O fato de ter olhos azuis e cabelos claros 
impressionava menos que o andar, os movimentos dos braços e das 
mãos, a expressão facial e os modos de pensar que caracterizavam os 
chineses. 
A herança biológica era americana, mas a formação cultural fora 
chinesa. Ele voltou para a China. 
KLUCKHOHN, Clyde. Antropologia: um espelho para o homem. Belo 
Horizonte: Itatiaia, 1963.p. 30.
Socio-biologia. 
Vamos pensar: 
“O que determina o comportamento de uma pessoa”? 
“De onde vem as mais diferentes personalidades”? 
“O que justifica a existência de tantos gostos diferentes”? 
“As pessoas nascem com talento pra determinadas atividades, 
ou aprendem isso”? 
“ Por que algumas pessoas são carinhosas e atenciosas enquanto 
outros explodem em violência por qualquer coisa”? 
“A sexualidade de um individuo, é questão de escolha ou é 
natural”? Muitas pessoas acreditam em equívocos 
velhos e persistentes a respeito das origens 
do comportamento humano:
Determinismos 
Determinismo Geográfico: 
A diversidade cultura é resultado das 
variações do meio ambiente, do 
clima, da vegetação (...) 
Os diversos tipos de determinismos foram combatidos por inúmeros 
antropólogos ao longo da história, em especial destacamos o trabalho de Franz 
Boas (1858 – 1942) e Margareth Mead (1901 – 1978). 
Boas demonstrou por meio de diversas pesquisas de campo, que existe uma 
grande diversidade cultural em ambientes semelhantes. 
Os povos latinos são mais sensuais 
que os outros porque vivem nos 
trópicos; 
Povos de regiões frias são mais 
trabalhadores; 
Os nordestinos são preguiçosos 
devido ao calor; 
Determinismo Biológico: 
A diversidade cultural é resultado da 
biológica, está no DNA é inato aos 
seres humanos (...) 
Todos os índios não gostam de 
trabalhar, são nômades e polígamos 
por natureza; 
As mulheres são dóceis e delicadas 
por natureza enquanto os homens 
são fortes e agressivos;
Sexo e temperamento 
Entre os Arapesh não existe 
diferença entre homens e 
mulheres, ambos são 
E na nossa sociedade, branca, 
capitalista, cristã e monogâmica 
Mead investigou o modo como os indivíduos 
recebiam os elementos de sua cultura e a 
maneira como isso formulava sua 
personalidade. Sua pesquisa tinha como 
objetivo as condições de socialização da 
personalidade feminina e masculina. Ao analisar 
os Arapesh, os Mundugomor e os Chambuli, três 
povos da Nova Guiné, na Oceania, Mead 
percebeu diferenças significativas: 
educados para serem dóceis 
e sensíveis, servir uns aos 
outros. 
Entre os Mundugumor 
não existe diferença, 
homens e mulheres são 
educados para a 
agressividade e para 
homens e mulheres são 
educados rivalidade. 
da mesma forma, ou 
de maneira diferente? 
Entre os Chambuli, finalmente 
encontrei diferença. As mulheres 
são educadas para serem 
extrovertidas, empreendedoras, 
dinâmicas, enquanto os homens 
são sensíveis, preocupados com a 
aparência e muitas vezes 
invejosos.
Atividades 
• Ler os textos “Compreensão sociológica” das 
páginas 7 e 8 e responder as atividades.
Cultura Vs Natureza 
Pensem comigo: 
Qual a origem da cultura? 
A teoria mais aceita até pouco tempo atrás dizia 
que, ao longo da evolução da espécie, de um 
momento para o outro, o ser humano desenvolveu 
a capacidade biológica de desenvolver cultura. 
Recentemente, a antropologia 
tem mudado de ideia. Hoje 
acreditasse que o processo de 
formação da cultura acontece 
O cérebro precisou evoluir, para simultaneamente produzirmos ao 
e 
utilizarmos a cultura. 
desenvolvimento orgânico do 
cérebro humano.
Etnocentrismo Vs Relativismo Cultural 
O que é etnocentrismo? 
Existe em nós seres humanos uma 
tendência (natural ou cultural) de 
avaliar nossas características 
pessoais (coisas) como sendo melhor 
do que a dos outros. 
Quando o assunto é cultura, essa 
tendência é ainda maior. 
Colocamos a nossa cultura como 
sendo superior a outras culturas,. 
Exemplos: Religião, Moda, Política. 
O que é relativismo cultural? 
Etnocentrismo é uma forma de 
preconceito cultural. Quando 
julgamos uma cultura diferente da 
nossa de acordo com nossos padrões 
estamos sendo etnocêntricos. 
O relativismo consiste em analisar 
uma cultura de acordo com os 
padrões da própria cultura, ou seja, 
evitando comparações. 
Relativizar é, compreender uma 
cultura diferente de acordo com a 
própria cultura.
Cultura brasileira: diversidade e 
conflitos. 
A sociedade brasileira é considerada 
simplex ou complexa? 
Todas as sociedades possuem culturas, seja 
sociedades consideradas simples ou as sociedades 
consideradas complexas: 
A produção cultural em uma sociedade 
dividida em classes (complexa) é neutra ou 
também é uma produção de classes? 
Sociedade simples: Refere-se as sociedades onde 
não existe divisão social do trabalho; 
Para muitos antropólogos ( Marshall Sahlins) a produção 
cultural e simbólica de uma sociedade capitalista está 
relacionada as próprias relações capitalistas de produção. 
Sociedades complexas: Refere-se as sociedades 
onde existe uma forte divisão social do trabalaho. 
Essa divisão gera consequentemente uma divisão 
de classes;
A sociedade brasileira é multifacetada, ou seja, 
composta por diferentes classes sociais, habito mais 
urbanos ou mais rurais, diferenças culturais 
regionais, diversas religiões, crenças, etnias. 
Ou seja, a cultura é contraditória como a 
sociedade é exemplo: 
Candomblé e Umbanda, qual é a diferença? 
Seria então, possível dizer que existe uma cultura 
DOMINANTE no Brasil? 
Da mesma forma que nossa sociedade é dividida em 
classes e relativamente racista essas contradições 
aparecem na religião: 
Eduardo Viveiro de Castro e Gilberto velho afirmam 
que a cultura é a produção simbólica de uma 
sociedade e traz em sí todas as suas contradições. 
Candomblé é um religião negra e pobre, enquanto a 
Umbanda é uma religião branca e rica.
Vamos fazer? 
1 – O que significa dizer que a cultura é uma 
produção simbólica que traz em si todas as 
contradições da sociedade? 
2 - Segundo os antropólogos Gilberto Velho e Eduardo Viveiro 
de Castro, podemos afirmar que existe uma cultura nacional 
ou cultura brasileira? 
3 – O que foi o processo de branqueamento? Qual era seu 
objetivo e o contexto social em que esse projeto foi pensado? 
4 – Quem foram os principais imigrantes a virem para o Brasil? Por 
que vieram? 
5 – Descreva as característica do projeto nacionalista de Getúlio 
Vargas?
Diversidade e questão afro-brasileira 
Quebrando o tabu: 
Enquanto países como a África do Sul, e mesmo 
regiões dos Estados Unidos apresentavam uma 
política Vivemos de mesmo segregação uma democracia racial explicita, racial? 
no Brasil 
isso nunca Existe ocorreu racismo (no exceto Brasil? 
escravidão). Mesmo 
assim, o racismo Os brasileiros sempre são esteve racistas? 
presente em 
nossa história de maneira enrustida, disfarçada. 
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Racismo a Brasileira 
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Essas ideias estão justificando a violência 
e a exploração dos europeus em suas 
colônias, a confinação dos índios em 
reservas, as leis da segregação racial na 
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em Ruanda. 
O Racismo na História 
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manifestaram de forma “direta” contra o 
racismo quando a UNESCO – órgão ligado à 
Não existe sociedade ou agrupamento humano que não reflita ou 
emita juízos de valor sobre as diferenças humanas; 
ONU redigiu o documento chamado: 
Declaração das raças da UNESCO (1955). 
No século XIX nasce a ideia de raças, e, a crença de que um é superior 
a outra; 
Nesse documento cientistas argumentavam 
Essa crença (infundada) justificou, durante muito tempo, a escravidão, 
o domínio de determinados povos sobre outros, todo tipo de 
preconceito e genocídios; 
que, não existia dados concretos que 
comprovassem a superioridade da raça 
Branca sobre as demais. 
Essas ideias eram elaboradas por intelectuais e cientistas do século XIX 
como o Conde de Gobineau (1816-1882) na obra, Ensaio sobre a 
desigualdade das raças humanas, de 1855. 
Atividade: ler o texto Raça e a Declaração das raças da UNESCO página 20
Enquanto isso no Brasil... 
Conde Arthur de Gobineau 
esteve no Brasil em 1869 
analisando a questão das 
raças e concluiu que a única 
solução para o país era 
incorporar pessoas de raça 
superior (Brancos 
europeus) como forma de 
evitar os prejuízos 
provocados pela mistura 
das raças. (o que ele 
chamou de degeneração). 
O racismo adota roupagens diferentes, muda ao longo da 
história e, muda de acordo com os lugares. Por isso o 
racismo no Brasil sempre foi dissimulado, nunca oficial. 
A solução 
proposta por 
Gobineau, de 
certa forma foi 
No século XIX, o brasil era descrito como um país Política mestiço 
de 
por viajantes, onde as raças se misturavam Branqueamento 
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perigosa; 
aceita: 
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brasileira estaria fadado ao fracasso, ou seja, o país não 
teria futuro.
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O que é cultura

  • 1. O que é cultura? Antropologia cultural.
  • 2. ANTROPOLOGIA: a ciência da alteridade. A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem privilegiados como a “Antropologia Física ou Biológica” (aspectos genéticos e biológicos do homem), “Antropologia Social” (organização social e política, parentesco, instituições sociais), “Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião, comportamento) e “Arqueologia” (condições de existência dos grupos humanos desaparecidos). Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e Etnografia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições acadêmicas. Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”; uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal de contas, nos torna seres singulares, humanos.
  • 3. Cultura Antropologia é portanto a área da sociologia responsável por estudar as diferentes culturas do mundo. Mas o que é cultura? Assim sendo, podemos dizer que, a cultura corresponde ao conjunto de crenças, visões de mundo, modos de fazer e bens materiais de um povo durante um determinado período histórico. Exemplos: O conceito de cultura que conhecemos hoje, foi elaborado pelo antropólogo inglês Edward Burnett Tylor (1832 – 1917) juntando dois conceitos diferentes: KULTUR e CIVILIZATION; Kultur, palavra de origem alemã que designa os aspectos espirituais de uma comunidade. Civilization, palavra de origem francesa que designa os feitos materiais (tecnologia) de um povo.
  • 4.
  • 5. Cultura Valor: Corresponde a ideia de que um indivíduo possa ter mais cultura do que outro. Exemplo: Cultura Alma-coletiva: Corresponde a ideia de grupo, de pertencer a algo “maior” que a soma dos indivíduos, indica a existência de uma identidade coletiva. Exemplo: Cultura Mercadoria: Corresponde ao ato de transformar a alma de um povo em Félix Guattari, antropólogo Francês um objeto de consumo. Exemplo: que divide a cultura de três formas distintas.
  • 6.
  • 7. Pero Vaz de Caminha Antropologia desenvolve-se por volta dos séculos XVI-XIX , através da analise de cartas e questionários respondidos os viajantes e analisadas por especialistas europeus. Nesse sentido destaca-se a carta escrita por Pero Vaz de Caminha sobre a descoberta do Brasil;
  • 8. Trecho da Carta "Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para 1ª Descriçãoo cdoal aCrudltouCraa p“iBtãroa,sicloemirao”.se dariam ouro por aquilo."
  • 9.
  • 10. Questão Importante: Podemos escolher a cultura a qual vamos pertencer? Atualmente, sabe-se que a incorporação de uma cultura se faz por meio da convivência com outros membros de uma comunidade, do aprendizado de sua língua, da participação em seus ritos, suas festas etc... NINGUÉM NASCE SABENDO. As pessoas fazem parte desta ou daquela cultura graças ao processo de aprendizado. É o que chamamos de socialização. Não há programação genética nem capacidades biológicas geneticamente estabelecidas. EX: UM CHINÊS DE OLHOS AZUIS.
  • 11. Um Chinês de olhos azuis A que conclusão se pode chegar sobre os padrões culturais demonstrados pelo jovem americano? Há alguns anos, conheci em Nova York um jovem que não falava uma palavra em inglês e estava evidentemente perplexo com os costumes americanos. Pelo “sangue”, era tão americano como qualquer outro, pois seus pais haviam nascido em Indiana e tinham ido para a China como missionários. Órfão desde a infância, o rapaz fora criado por uma família chinesa, numa aldeia distante. Todos os que o conheceram o acharam mais chinês do que americano. O fato de ter olhos azuis e cabelos claros impressionava menos que o andar, os movimentos dos braços e das mãos, a expressão facial e os modos de pensar que caracterizavam os chineses. A herança biológica era americana, mas a formação cultural fora chinesa. Ele voltou para a China. KLUCKHOHN, Clyde. Antropologia: um espelho para o homem. Belo Horizonte: Itatiaia, 1963.p. 30.
  • 12. Socio-biologia. Vamos pensar: “O que determina o comportamento de uma pessoa”? “De onde vem as mais diferentes personalidades”? “O que justifica a existência de tantos gostos diferentes”? “As pessoas nascem com talento pra determinadas atividades, ou aprendem isso”? “ Por que algumas pessoas são carinhosas e atenciosas enquanto outros explodem em violência por qualquer coisa”? “A sexualidade de um individuo, é questão de escolha ou é natural”? Muitas pessoas acreditam em equívocos velhos e persistentes a respeito das origens do comportamento humano:
  • 13. Determinismos Determinismo Geográfico: A diversidade cultura é resultado das variações do meio ambiente, do clima, da vegetação (...) Os diversos tipos de determinismos foram combatidos por inúmeros antropólogos ao longo da história, em especial destacamos o trabalho de Franz Boas (1858 – 1942) e Margareth Mead (1901 – 1978). Boas demonstrou por meio de diversas pesquisas de campo, que existe uma grande diversidade cultural em ambientes semelhantes. Os povos latinos são mais sensuais que os outros porque vivem nos trópicos; Povos de regiões frias são mais trabalhadores; Os nordestinos são preguiçosos devido ao calor; Determinismo Biológico: A diversidade cultural é resultado da biológica, está no DNA é inato aos seres humanos (...) Todos os índios não gostam de trabalhar, são nômades e polígamos por natureza; As mulheres são dóceis e delicadas por natureza enquanto os homens são fortes e agressivos;
  • 14. Sexo e temperamento Entre os Arapesh não existe diferença entre homens e mulheres, ambos são E na nossa sociedade, branca, capitalista, cristã e monogâmica Mead investigou o modo como os indivíduos recebiam os elementos de sua cultura e a maneira como isso formulava sua personalidade. Sua pesquisa tinha como objetivo as condições de socialização da personalidade feminina e masculina. Ao analisar os Arapesh, os Mundugomor e os Chambuli, três povos da Nova Guiné, na Oceania, Mead percebeu diferenças significativas: educados para serem dóceis e sensíveis, servir uns aos outros. Entre os Mundugumor não existe diferença, homens e mulheres são educados para a agressividade e para homens e mulheres são educados rivalidade. da mesma forma, ou de maneira diferente? Entre os Chambuli, finalmente encontrei diferença. As mulheres são educadas para serem extrovertidas, empreendedoras, dinâmicas, enquanto os homens são sensíveis, preocupados com a aparência e muitas vezes invejosos.
  • 15.
  • 16. Atividades • Ler os textos “Compreensão sociológica” das páginas 7 e 8 e responder as atividades.
  • 17. Cultura Vs Natureza Pensem comigo: Qual a origem da cultura? A teoria mais aceita até pouco tempo atrás dizia que, ao longo da evolução da espécie, de um momento para o outro, o ser humano desenvolveu a capacidade biológica de desenvolver cultura. Recentemente, a antropologia tem mudado de ideia. Hoje acreditasse que o processo de formação da cultura acontece O cérebro precisou evoluir, para simultaneamente produzirmos ao e utilizarmos a cultura. desenvolvimento orgânico do cérebro humano.
  • 18. Etnocentrismo Vs Relativismo Cultural O que é etnocentrismo? Existe em nós seres humanos uma tendência (natural ou cultural) de avaliar nossas características pessoais (coisas) como sendo melhor do que a dos outros. Quando o assunto é cultura, essa tendência é ainda maior. Colocamos a nossa cultura como sendo superior a outras culturas,. Exemplos: Religião, Moda, Política. O que é relativismo cultural? Etnocentrismo é uma forma de preconceito cultural. Quando julgamos uma cultura diferente da nossa de acordo com nossos padrões estamos sendo etnocêntricos. O relativismo consiste em analisar uma cultura de acordo com os padrões da própria cultura, ou seja, evitando comparações. Relativizar é, compreender uma cultura diferente de acordo com a própria cultura.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Cultura brasileira: diversidade e conflitos. A sociedade brasileira é considerada simplex ou complexa? Todas as sociedades possuem culturas, seja sociedades consideradas simples ou as sociedades consideradas complexas: A produção cultural em uma sociedade dividida em classes (complexa) é neutra ou também é uma produção de classes? Sociedade simples: Refere-se as sociedades onde não existe divisão social do trabalho; Para muitos antropólogos ( Marshall Sahlins) a produção cultural e simbólica de uma sociedade capitalista está relacionada as próprias relações capitalistas de produção. Sociedades complexas: Refere-se as sociedades onde existe uma forte divisão social do trabalaho. Essa divisão gera consequentemente uma divisão de classes;
  • 23. A sociedade brasileira é multifacetada, ou seja, composta por diferentes classes sociais, habito mais urbanos ou mais rurais, diferenças culturais regionais, diversas religiões, crenças, etnias. Ou seja, a cultura é contraditória como a sociedade é exemplo: Candomblé e Umbanda, qual é a diferença? Seria então, possível dizer que existe uma cultura DOMINANTE no Brasil? Da mesma forma que nossa sociedade é dividida em classes e relativamente racista essas contradições aparecem na religião: Eduardo Viveiro de Castro e Gilberto velho afirmam que a cultura é a produção simbólica de uma sociedade e traz em sí todas as suas contradições. Candomblé é um religião negra e pobre, enquanto a Umbanda é uma religião branca e rica.
  • 24. Vamos fazer? 1 – O que significa dizer que a cultura é uma produção simbólica que traz em si todas as contradições da sociedade? 2 - Segundo os antropólogos Gilberto Velho e Eduardo Viveiro de Castro, podemos afirmar que existe uma cultura nacional ou cultura brasileira? 3 – O que foi o processo de branqueamento? Qual era seu objetivo e o contexto social em que esse projeto foi pensado? 4 – Quem foram os principais imigrantes a virem para o Brasil? Por que vieram? 5 – Descreva as característica do projeto nacionalista de Getúlio Vargas?
  • 25. Diversidade e questão afro-brasileira Quebrando o tabu: Enquanto países como a África do Sul, e mesmo regiões dos Estados Unidos apresentavam uma política Vivemos de mesmo segregação uma democracia racial explicita, racial? no Brasil isso nunca Existe ocorreu racismo (no exceto Brasil? escravidão). Mesmo assim, o racismo Os brasileiros sempre são esteve racistas? presente em nossa história de maneira enrustida, disfarçada. Existe um racismo à brasileira?
  • 26. Racismo a Brasileira Ler o texto página 19. Ver os vídeos: O que podemos concluir com a leitura do texto? Onde se manifesta nossa racismo? Que fatores sociais justificam nosso racismo?
  • 27. Essas ideias estão justificando a violência e a exploração dos europeus em suas colônias, a confinação dos índios em reservas, as leis da segregação racial na África e nos EUA, o Nazismo na Alemanha, e mais recente o genocídio em Ruanda. O Racismo na História Só depois da 2º guerra mundial é que as nações do mundo ocidental se “O racismo é tão antigo quanto a própria humanidade”; manifestaram de forma “direta” contra o racismo quando a UNESCO – órgão ligado à Não existe sociedade ou agrupamento humano que não reflita ou emita juízos de valor sobre as diferenças humanas; ONU redigiu o documento chamado: Declaração das raças da UNESCO (1955). No século XIX nasce a ideia de raças, e, a crença de que um é superior a outra; Nesse documento cientistas argumentavam Essa crença (infundada) justificou, durante muito tempo, a escravidão, o domínio de determinados povos sobre outros, todo tipo de preconceito e genocídios; que, não existia dados concretos que comprovassem a superioridade da raça Branca sobre as demais. Essas ideias eram elaboradas por intelectuais e cientistas do século XIX como o Conde de Gobineau (1816-1882) na obra, Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas, de 1855. Atividade: ler o texto Raça e a Declaração das raças da UNESCO página 20
  • 28. Enquanto isso no Brasil... Conde Arthur de Gobineau esteve no Brasil em 1869 analisando a questão das raças e concluiu que a única solução para o país era incorporar pessoas de raça superior (Brancos europeus) como forma de evitar os prejuízos provocados pela mistura das raças. (o que ele chamou de degeneração). O racismo adota roupagens diferentes, muda ao longo da história e, muda de acordo com os lugares. Por isso o racismo no Brasil sempre foi dissimulado, nunca oficial. A solução proposta por Gobineau, de certa forma foi No século XIX, o brasil era descrito como um país Política mestiço de por viajantes, onde as raças se misturavam Branqueamento de forma perigosa; aceita: Dessa forma, o projeto de construção de uma nação brasileira estaria fadado ao fracasso, ou seja, o país não teria futuro.
  • 29. Culturalismo brasileiro: A partir da década de 30 do século passado, a mistura de raças passou a ser visto como algo positivo, influenciando uma rica produção cultural em diversas áreas como a música e a literatura. • Complete a coluna apontando as principais produções culturais baseadas na temática da miscigenação de raças: