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Unidade II – O olhar sobre o “outro” na história
do pensamento Antropológico
 A noção de determinismo, etnocentrismo e relativismo.
 Etnocentrismo
 Conceito:
 Etnocentrismo é a visão de mundo onde o nosso próprio grupo social é tomado
como centro de tudo e de todos, os outros são pensados e sentidos através dos
nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é existência.
 No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a
diferença;
 No plano afetivo, como sentimento de medo, hostilidade.
 Aparecimento de elementos de ordem intelectual/racional e emocional/afetivo.
 È um fenômeno arraigado na historia das sociedades e nas nossas vidas.
Etnocentrismo
 Porque existe este sentimento?
 Choque cultural – constatação da diferença – ela existe e vive muito bem.
 A diferença é ameaçadora e fere nossa identidade cultural.
 Grupo do “eu” – faz sua visão a única possível, a melhor, a natural, a superior, a
certa.
 O grupo do “outro” fica, nesta lógica, absurdo, anormal ou ininteligível.
 Resulta num considerável reforço da identidade do “nosso” grupo.
 A atitude etnocêntrica pode gerar violência e que não tem condição ou não é
dado condições de falar sobre si mesma.
 O Etnocentrismo passa por um julgamento do valor da cultura do “outro” nos
termos da cultura do “eu”.
 As vezes o etnocentrismo implica uma apreensão do “outro” que se reveste de
uma forma bastante violenta. Exemplo: índios, política indigenista século XVIII
e XIX.
 Herman Von Ihering (1910) - diretor do museu Paulista – defendia o extermínio
dos Kaingang do Sul.
Etnocentrismo
 Etnocentrismo é unanimidade entre as sociedades em todas as
épocas.
 Questões etnocêntricas – experiência de um choque cultural. De um
lado o grupo do “eu” que come, dorme, casa igual e o grupo do “outro”
que faz tudo diferente, exemplo gosta de ser assim e resolve seus
problemas satisfatoriamente a sua maneira.
 Este choque gerador do etnocentrismo nasce, na constatação das
diferenças. A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria
identidade cultural. O monologo etnocêntrico funciona assim: como
aquele mundo de doidos pode funcionar? Eles devem estar errados ou
tudo que eu sei está errado! Dúvida ameaçadora?!Não a vida deles não
presta, é selvagem, Barbara e primitiva.
Alteridade
 É a capacidade de conviver com o diferente,
de proporcionar um olhar interior a partir das
diferenças. Significa que eu reconheço o
“outro” também como sujeito de iguais
direitos. É exatamente essa constatação das
diferenças que gera a alteridade.
(Voltaire-Tratado Sobre a Tolerância)
Relativismo
 Idéia que contrapõe ao etnocentrismo: relativização.
 Olhar numa perspectiva diferente, na perspectiva do outro,
compreender sua razões; olhar sem exercer o juízo de valor, e
sim olhar no sentido de conhecer, de ouvir o que o outro tem
para a dizer.
 Relativizar não é transformar a diferença em hierarquia –
superiores e inferiores – como os estágios culturais do
evolucionismo bem ou mal, mas vê-la na sua dimensão de
riqueza por ser diferente.
Determinismo Biológico
 São velhas e persistentes teorias que atribuem capacidades especificas inatas
a “raça” ou a outros grupos humanos. Muita gente acredita que os nórdicos são
mais inteligentes que os negros. Alemães habilidade mecânica. Norte
americanos são empreendedores e interesseiros. Portugueses trabalhadores e
pouco inteligente. Os ciganos são nômades por instinto. Japoneses são
trabalhadores, traiçoeiros e cruéis.
 Os antropólogos estão totalmente convencidos que as diferenças genéticas não
são determinantes das diferenças culturais. Kessing, “não existe correlação
significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos
comportamentos culturais. Quando a criança humana normal pode ser educada
em qualquer cultura se for colocada desde o inicio em situação conveniente de
aprendizado”.
 Dar exemplo: criança européia colocada no campo
criança xinguana morando em Ipanema classe média alta.
Determinismo Biológico
 A espécie humana se diferencia anatomicamente e fisiologicamente, mas é
falso que as diferenças de comportamento existente entre pessoas de sexos
diferentes sejam determinados biologicamente. A divisão sexual do trabalho
mostra que ele é determinado culturalmente e não em função de uma
racionalidade biológica. Exemplo: carregar água/ mulher; homem maneja arco;
BB e carreira diplomática só homem; Israel exercito com mulheres tão bom
quanto antes. Grupo Tupi, quando a mulher dá a luz é o homem que vai para a
rede resguardar, considerando importante para saúde dele e do bebê.
 O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo
que chamamos de endoculturação. Um menino e uma menina agem
diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma
educação diferenciada.
Determinismo Geográfico
 O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico
condicionam a diversidade cultural. São explicações existentes desde a
antiguidade.
 Estas teorias que foram desenvolvidas principalmente por geógrafos do final do
século XIX e inicio do século XX, ganharam grande popularidade. Livro
Civilization e Climate (1915) Huntington, formula uma relação entre a latitude e
os centros de civilização, considerando o clima como fator importante na
dinâmica do progresso.
 A partir de 1920, autores como Boas, Kroeber e Wissler refutam este tipo de
determinismo e demonstram que existe uma limitação na influencia geográfica
sobre os fatores culturais. É comum e possível existir uma grande diversidade
cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.
 Exemplo: Esquimó: alimentação, casa = pobreza glacial não impede
desenvolver arte em esculturas de pedra. Resolve suas desputas em
sofisticadas competição de canções.
Determinismo Geográfico
 Exemplo: os xinguanos (Kamayurá, Kalapalo, Trumai, Waurá, etc)
comem peixes e aves, interditados para animais de grande porte.
 Os Kayubi, norte do Xingu, comem esses animais.
 Determinismo geográfico: “ação mecânica das forças naturais sobre
uma humanidade puramente receptiva”.
 Posição moderna da antropologia: “a cultura age seletivamente” e não
casualmente sobre seu ambiente; “explorando determinadas
possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças
decisivas estão na própria cultura e na história da cultura”.
 As diferenças existentes entre os homens, portanto não podem ser
explicitadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu
aparato biológico ou pelo seu meio ambiente.

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  • 1. Unidade II – O olhar sobre o “outro” na história do pensamento Antropológico  A noção de determinismo, etnocentrismo e relativismo.  Etnocentrismo  Conceito:  Etnocentrismo é a visão de mundo onde o nosso próprio grupo social é tomado como centro de tudo e de todos, os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é existência.  No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença;  No plano afetivo, como sentimento de medo, hostilidade.  Aparecimento de elementos de ordem intelectual/racional e emocional/afetivo.  È um fenômeno arraigado na historia das sociedades e nas nossas vidas.
  • 2. Etnocentrismo  Porque existe este sentimento?  Choque cultural – constatação da diferença – ela existe e vive muito bem.  A diferença é ameaçadora e fere nossa identidade cultural.  Grupo do “eu” – faz sua visão a única possível, a melhor, a natural, a superior, a certa.  O grupo do “outro” fica, nesta lógica, absurdo, anormal ou ininteligível.  Resulta num considerável reforço da identidade do “nosso” grupo.  A atitude etnocêntrica pode gerar violência e que não tem condição ou não é dado condições de falar sobre si mesma.  O Etnocentrismo passa por um julgamento do valor da cultura do “outro” nos termos da cultura do “eu”.  As vezes o etnocentrismo implica uma apreensão do “outro” que se reveste de uma forma bastante violenta. Exemplo: índios, política indigenista século XVIII e XIX.  Herman Von Ihering (1910) - diretor do museu Paulista – defendia o extermínio dos Kaingang do Sul.
  • 3. Etnocentrismo  Etnocentrismo é unanimidade entre as sociedades em todas as épocas.  Questões etnocêntricas – experiência de um choque cultural. De um lado o grupo do “eu” que come, dorme, casa igual e o grupo do “outro” que faz tudo diferente, exemplo gosta de ser assim e resolve seus problemas satisfatoriamente a sua maneira.  Este choque gerador do etnocentrismo nasce, na constatação das diferenças. A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural. O monologo etnocêntrico funciona assim: como aquele mundo de doidos pode funcionar? Eles devem estar errados ou tudo que eu sei está errado! Dúvida ameaçadora?!Não a vida deles não presta, é selvagem, Barbara e primitiva.
  • 4. Alteridade  É a capacidade de conviver com o diferente, de proporcionar um olhar interior a partir das diferenças. Significa que eu reconheço o “outro” também como sujeito de iguais direitos. É exatamente essa constatação das diferenças que gera a alteridade. (Voltaire-Tratado Sobre a Tolerância)
  • 5. Relativismo  Idéia que contrapõe ao etnocentrismo: relativização.  Olhar numa perspectiva diferente, na perspectiva do outro, compreender sua razões; olhar sem exercer o juízo de valor, e sim olhar no sentido de conhecer, de ouvir o que o outro tem para a dizer.  Relativizar não é transformar a diferença em hierarquia – superiores e inferiores – como os estágios culturais do evolucionismo bem ou mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferente.
  • 6. Determinismo Biológico  São velhas e persistentes teorias que atribuem capacidades especificas inatas a “raça” ou a outros grupos humanos. Muita gente acredita que os nórdicos são mais inteligentes que os negros. Alemães habilidade mecânica. Norte americanos são empreendedores e interesseiros. Portugueses trabalhadores e pouco inteligente. Os ciganos são nômades por instinto. Japoneses são trabalhadores, traiçoeiros e cruéis.  Os antropólogos estão totalmente convencidos que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Kessing, “não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Quando a criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura se for colocada desde o inicio em situação conveniente de aprendizado”.  Dar exemplo: criança européia colocada no campo criança xinguana morando em Ipanema classe média alta.
  • 7. Determinismo Biológico  A espécie humana se diferencia anatomicamente e fisiologicamente, mas é falso que as diferenças de comportamento existente entre pessoas de sexos diferentes sejam determinados biologicamente. A divisão sexual do trabalho mostra que ele é determinado culturalmente e não em função de uma racionalidade biológica. Exemplo: carregar água/ mulher; homem maneja arco; BB e carreira diplomática só homem; Israel exercito com mulheres tão bom quanto antes. Grupo Tupi, quando a mulher dá a luz é o homem que vai para a rede resguardar, considerando importante para saúde dele e do bebê.  O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação. Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.
  • 8. Determinismo Geográfico  O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. São explicações existentes desde a antiguidade.  Estas teorias que foram desenvolvidas principalmente por geógrafos do final do século XIX e inicio do século XX, ganharam grande popularidade. Livro Civilization e Climate (1915) Huntington, formula uma relação entre a latitude e os centros de civilização, considerando o clima como fator importante na dinâmica do progresso.  A partir de 1920, autores como Boas, Kroeber e Wissler refutam este tipo de determinismo e demonstram que existe uma limitação na influencia geográfica sobre os fatores culturais. É comum e possível existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.  Exemplo: Esquimó: alimentação, casa = pobreza glacial não impede desenvolver arte em esculturas de pedra. Resolve suas desputas em sofisticadas competição de canções.
  • 9. Determinismo Geográfico  Exemplo: os xinguanos (Kamayurá, Kalapalo, Trumai, Waurá, etc) comem peixes e aves, interditados para animais de grande porte.  Os Kayubi, norte do Xingu, comem esses animais.  Determinismo geográfico: “ação mecânica das forças naturais sobre uma humanidade puramente receptiva”.  Posição moderna da antropologia: “a cultura age seletivamente” e não casualmente sobre seu ambiente; “explorando determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura”.  As diferenças existentes entre os homens, portanto não podem ser explicitadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente.