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CRIOPRESERVAÇÃO DE SEMENTES DE TRÊS
ESPÉCIES DE MARACUJAZEIRO
LAURA MARIA MOLINA MELETTI ; WILSON BARBOSA ; RENATO F. de A. VEIGA
1

1

1

INSTITUTO AGRONÔMICO (IAC) – C. Postal 28, CEP: 13001-970 Campinas, SP (lmmm@iac.sp.gov.br)

MATERIAL E MÉTODOS

INTRODUÇÃO

Figura 1. maracujá-amarelo
(Passiflora edulis f. flavicarpa

Os Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) têm mantido ex situ parte
da grande diversidade genética do gênero Passiflora, com altos custos de
manutenção, problemas fitossanitários e climáticos, que podem acelerar a
erosão genética, especialmente de genótipos exóticos. A manutenção de
BAGs in vitro carece de protocolos de regeneração e conservação, que
limitam seu uso intensivo, além de exigir infra-estrutura e mão-de-obra
especializadas.
A criopreservação tem sido uma técnica eficiente para a conservação
de recursos fitogenéticos, especialmente aqueles com sementes
recalcitrantes ou intermediárias. Conserva uma estrutura vegetal a
temperatura ultra-baixas (-196° a –150 °C), paralisando o metabolismo e
impedindo sua deterioração fisiológica. Mas não se sabe ainda como a
maioria das espécies se comporta em relação ao congelamento.

OBJETIVO: avaliar a qualidade fisiológica de sementes de três
Figura 2. maracujámaçã (Passiflora edulis)

1

espécies de maracujá submetidas à criopreservação,com diferentes
umidades de armazenamento, a fim de estabelecer protocolos para a
criopreservação.

Três genótipos distintos: P. serrato-digitata; P. nitida e
P. edulis (maracujá-roxo; roxo-miúdo; amarelo e maçã)
Dois níveis de umidade: inicial e 20%
Armazenamento em temperatura ambiente ou com
criopreservação (tambores com nitrogênio líquido a -196 º C,
por 10 dias, seguidos de 24 h em ambiente de –20° C e 5 °C.
Após tratamento, as sementes permaneceram 3 dias em
condições de laboratório. Testes de avaliação de qualidade
foram feitos em seguida.
Delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições e
50 sementes por tratamento, em cada condição de umidade.
Avaliações: teste de germinação padrão (TPG) e vigor,
pela primeira contagem do TPG, comprimento de plântula e
emergência em viveiro (%E), aos 30 dias após a semeadura.
TABELA 1. Valores médios dos testes de germinação, emergência em viveiro e

RESULTADOS E DISCUSSÃO

comprimento de plântulas, indicativos da qualidade das sementes de seis acessos de
Passiflora, sob duas umidades, submetidos ou não a criopreservação em nitrogênio
líquido a (-196ºC), por 10 dias. Umidade mínima das sementes = 20%. Campinas, safra

Figura 3. maracujá-roxo
(Passiflora edulis))

Figura 4. Passiflora nitida

P. nitida comportou-se como recalcitrante, com danos quando as
sementes foram secas a menos de 22% de umidade. A criopresevação
provocou ruptura do tegumento das sementes. Independente da
umidade, a germinação e a emergência não ocorreram.
P. serrato-digitata mostrou-se intermediária, aceitando secagem
até o nível de 15% de umidade, mas com redução de germinação após
criopreservação. Não houve efeito do frio sobre o comprimento das
plântulas.
Em P. edulis, o maracujá-roxo e o roxinho-miúdo tiveram redução
na germinação e no comprimento das plântulas após o frio, tendo o
primeiro se beneficiado na emergência (Tabela 1). Para o m-amarelo e
o maçã, o frio foi benéfico para a maioria das características avaliadas
(Tabela 1). De forma geral, a criopreservação pode ser utilizada para
esta espécie, sem a necessidade de crioprotetores e sem prejuízo à
qualidade das sementes (Tabela 1).
Novas pesquisas devem avaliar melhor o Nível Crítico de Umidade
na Criopreservação (NCUC), por genótipo. Os dados sugerem que o
genótipo é mais determinante que a umidade de armazenamento.

2004.
Germinação
Espécie
(tipo)

Emergência

Comprimento

TPG (%)

Viveiro (%)

plântula (cm)

ambiente

CRIO

ambiente

CRIO

ambiente

CRIO

0,00

0,00

0,00

0,00

-

-

2. P. serrato-digitata

11,5 d

7,2 d

0,00

0,00

7,92 B

8,81 B

3. P. edulis (roxo-miúdo)

50,0 c

44,2 c

0,00

0,00

9,81 A

9,60 A

4. P. edulis (roxo)

95,0 a

82,0 b

6,7 b

12,3 a

9,95 A

9,09 A

5. P. edulis (amarelo)

85,5 b

98,0 a

38,3 a

40,0 a

8,12 B

8,83 B

6. P. edulis (maçã)

94,0 a

100,0 a

8,27 b

16,6 a

9,00 A

7,99 B

1. P. nitida

Médias seguidas pela mesma letra na horizontal não diferem entre si, pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.

CONCLUSÔES
Nos genótipos com sementes recalcitrantes (P. nitida) ou
intermediárias (P. serrato-digitata), a criopreservação não
favorece a qualidade fisiológica das sementes. Nos
genótipos comerciais com alta taxa de germinação, beneficia
a emergência em viveiro e a própria germinação.
 A criopreservação em Passifloras deve ser estudada por
genótipo, dado ao comportamento diferencial observado.

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2004 cbf poster crioconservação

  • 1. Popilho: Popilho: CRIOPRESERVAÇÃO DE SEMENTES DE TRÊS ESPÉCIES DE MARACUJAZEIRO LAURA MARIA MOLINA MELETTI ; WILSON BARBOSA ; RENATO F. de A. VEIGA 1 1 1 INSTITUTO AGRONÔMICO (IAC) – C. Postal 28, CEP: 13001-970 Campinas, SP (lmmm@iac.sp.gov.br) MATERIAL E MÉTODOS INTRODUÇÃO Figura 1. maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Os Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) têm mantido ex situ parte da grande diversidade genética do gênero Passiflora, com altos custos de manutenção, problemas fitossanitários e climáticos, que podem acelerar a erosão genética, especialmente de genótipos exóticos. A manutenção de BAGs in vitro carece de protocolos de regeneração e conservação, que limitam seu uso intensivo, além de exigir infra-estrutura e mão-de-obra especializadas. A criopreservação tem sido uma técnica eficiente para a conservação de recursos fitogenéticos, especialmente aqueles com sementes recalcitrantes ou intermediárias. Conserva uma estrutura vegetal a temperatura ultra-baixas (-196° a –150 °C), paralisando o metabolismo e impedindo sua deterioração fisiológica. Mas não se sabe ainda como a maioria das espécies se comporta em relação ao congelamento. OBJETIVO: avaliar a qualidade fisiológica de sementes de três Figura 2. maracujámaçã (Passiflora edulis) 1 espécies de maracujá submetidas à criopreservação,com diferentes umidades de armazenamento, a fim de estabelecer protocolos para a criopreservação. Três genótipos distintos: P. serrato-digitata; P. nitida e P. edulis (maracujá-roxo; roxo-miúdo; amarelo e maçã) Dois níveis de umidade: inicial e 20% Armazenamento em temperatura ambiente ou com criopreservação (tambores com nitrogênio líquido a -196 º C, por 10 dias, seguidos de 24 h em ambiente de –20° C e 5 °C. Após tratamento, as sementes permaneceram 3 dias em condições de laboratório. Testes de avaliação de qualidade foram feitos em seguida. Delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições e 50 sementes por tratamento, em cada condição de umidade. Avaliações: teste de germinação padrão (TPG) e vigor, pela primeira contagem do TPG, comprimento de plântula e emergência em viveiro (%E), aos 30 dias após a semeadura. TABELA 1. Valores médios dos testes de germinação, emergência em viveiro e RESULTADOS E DISCUSSÃO comprimento de plântulas, indicativos da qualidade das sementes de seis acessos de Passiflora, sob duas umidades, submetidos ou não a criopreservação em nitrogênio líquido a (-196ºC), por 10 dias. Umidade mínima das sementes = 20%. Campinas, safra Figura 3. maracujá-roxo (Passiflora edulis)) Figura 4. Passiflora nitida P. nitida comportou-se como recalcitrante, com danos quando as sementes foram secas a menos de 22% de umidade. A criopresevação provocou ruptura do tegumento das sementes. Independente da umidade, a germinação e a emergência não ocorreram. P. serrato-digitata mostrou-se intermediária, aceitando secagem até o nível de 15% de umidade, mas com redução de germinação após criopreservação. Não houve efeito do frio sobre o comprimento das plântulas. Em P. edulis, o maracujá-roxo e o roxinho-miúdo tiveram redução na germinação e no comprimento das plântulas após o frio, tendo o primeiro se beneficiado na emergência (Tabela 1). Para o m-amarelo e o maçã, o frio foi benéfico para a maioria das características avaliadas (Tabela 1). De forma geral, a criopreservação pode ser utilizada para esta espécie, sem a necessidade de crioprotetores e sem prejuízo à qualidade das sementes (Tabela 1). Novas pesquisas devem avaliar melhor o Nível Crítico de Umidade na Criopreservação (NCUC), por genótipo. Os dados sugerem que o genótipo é mais determinante que a umidade de armazenamento. 2004. Germinação Espécie (tipo) Emergência Comprimento TPG (%) Viveiro (%) plântula (cm) ambiente CRIO ambiente CRIO ambiente CRIO 0,00 0,00 0,00 0,00 - - 2. P. serrato-digitata 11,5 d 7,2 d 0,00 0,00 7,92 B 8,81 B 3. P. edulis (roxo-miúdo) 50,0 c 44,2 c 0,00 0,00 9,81 A 9,60 A 4. P. edulis (roxo) 95,0 a 82,0 b 6,7 b 12,3 a 9,95 A 9,09 A 5. P. edulis (amarelo) 85,5 b 98,0 a 38,3 a 40,0 a 8,12 B 8,83 B 6. P. edulis (maçã) 94,0 a 100,0 a 8,27 b 16,6 a 9,00 A 7,99 B 1. P. nitida Médias seguidas pela mesma letra na horizontal não diferem entre si, pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. CONCLUSÔES Nos genótipos com sementes recalcitrantes (P. nitida) ou intermediárias (P. serrato-digitata), a criopreservação não favorece a qualidade fisiológica das sementes. Nos genótipos comerciais com alta taxa de germinação, beneficia a emergência em viveiro e a própria germinação.  A criopreservação em Passifloras deve ser estudada por genótipo, dado ao comportamento diferencial observado.