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AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845
Artigo Científico
ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32
www.cstr.ufcg.edu.br/acsa
MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE
ACEROLA (Malphigia emarginata D.C)
Eudes de Almeida Cardoso
Professor Dr. Sc. do DCV/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: eudes@ufersa.edu.br
Roseano Medeiros da Silva
Graduando em Agronomia/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: roseanomedeiros@ufersa.edu.br
Ana Verônica Menezes de Aguiar
Graduanda em Agronomia/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: ana_aguiar_@live.com
Ricardo Gomes Aragão
Engº Agrônomo pela UFERSA. Mossoró – RN. E-mail: gppassiflora_ufersa@hotmail.com
RESUMO – A acerola é uma fruta conhecida pelo seu elevado valor de vitamina C e por ser amplamente
adaptada as condições do Semi-Árido. No entanto a maioria dos pomares apresenta uma produção
desuniforme e baixa qualidade de frutos. A enxertia é o método mais viável, mas necessitando-se ainda de
estudos para determinar qual o método se adapta as condições do Semi-Árido. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a eficiência de diferentes métodos de propagação por enxertia na produção de mudas de acerola em
condições de viveiro. O experimento foi instalado no viveiro de produção de mudas do Departamento de
Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Foi utilizado o delineamento experimental
em blocos ao acaso, com quatro tratamentos, compostos pelos métodos de enxertia: T1 – garfagem em fenda
cheia; T2 – garfagem em bisel; T3 – garfagem lateral; T4 – borbulhia em placa e 4 repetições de sete plantas
por parcela. Aos 50 dias após a enxertia avalio-se a porcentagem de pegamento das mudas enxertadas. A
enxertia por garfagem do tipo fenda cheia obteve 100% de taxa de pegamento, sendo a mais promissora, nas
condições em que foi desenvolvido o experimento e a enxertia de borbulhia em placa obteve o menor
percentual, com 46, 43%.
Palavras - chave: Malphigia emarginata D.C, propagação, enxertia.
GRAFTING METHODS FOR THE PRODUCTION OF SEEDLINGS
ACEROLA (Malphigia emarginata D.C)
ABSTRACT – Acerola is a fruit known for its high vitamin C and is widely adapted to the semi-arid.
However the majority of orchards has an uneven production and low fruit quality. Grafting is the most
feasible, but needing further study is to determine which method fits the conditions of the Semi-Arid. The
objective of this study was to evaluate the effectiveness of different methods of propagation by grafting on
seedlings of cherry in nursery conditions. The experiment was installed in the nursery to produce seedlings of
Department of Sciences vegetables of Universidade Federal Rural do Semi-Árido. We used the experimental
design of randomized blocks with four treatments, composed by grafting: T1 – grafting by cleft grafting; T2 –
grafting on bevel; T3 – grafiting side; T4 – budding board and 4 repetitions, each plot was composed of seven
plants. At 50 days after grafting to evaluate the percentage of fixation of the grafted. The type of grafting for
cleft grafting obtained 100% rate of fixation, the most promising, the conditions under which the experiment
was developed budding and grafting card had the lowest percentage, with 46, 43%.
Keywords: Malphigia emarginata D.C, propagation, grafting.
INTRODUÇÃO
A acerola (Malphigia emarginata D.C) é
conhecida pelos elevados teores de vitamina C.
Também é conhecida como cereja das Antilhas,
sendo uma planta originaria da América Tropical e
de fácil adaptação ao clima e solo do Semi-Árido
nordestino (COUCEIRO, 1985). O Brasil se destaca
AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845
Artigo Científico
ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32
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como o primeiro produtor mundial de acerolas
(Malpighia emarginata Sesse & Moc. ex DC), sendo
a região Nordeste responsável por grande parte da
produção nacional (FAO, 2010).
De acordo com vários autores, a maioria dos
pomares existentes no Brasil são formados a partir de
mudas oriundas de sementes, o que tem como
resultado uma produção desuniforme, em relação a
produtividade, qualidade do fruto e época de
produção (GONZAGA NETO et al., 1994; SALLA
et al., 2002; RITZINGER et al., 2003; BRUNINI et
al., 2004).
Para Gonzaga Neto (1995), embora a
propagação vegetativa seja considerada um método
mais difícil para a obtenção de mudas em escala
comercial e de custo mais elevado, ainda é preferível
a sua adoção em relação a utilização de sementes,
pois assegura a obtenção de plantas uniformes e com
características determinadas.
Lima; Cunha (2004), definem a enxertia como
o processo que une duas plantas, uma contribuindo
com o sistema radicular, sendo denominada cavalo
ou porta-enxerto, e outra contribui com a parte aérea
e conseqüentemente com a frutificação, denominada
cavaleiro ou enxerto. A enxertia ocorre quando um
fragmento de uma planta se desenvolva por meio de
uma gema, sobre outra planta, que lhe sirva de
suporte, retirando água e nutrientes do solo, para o
desenvolvimento do novo individuo. Isto ocorre
devido à junção das partes envolvidas nesta operação
(LIMA, 2009).
O êxito na enxertia depende de diversos
fatores, tais como: habilidade do enxertador,
incompatibilidade entre as espécies, condições
ambientais, idade do porta-enxerto, sanidade do
material, técnica da enxertia e oxidação dos tecidos
(FACHINELLO, 2005).
A enxertia por garfagem é recomendada para
a cultura da goiaba, bem como para a acerola, a qual
apresenta índices satisfatórios, quando realizado nos
meses secos e com temperaturas amenas (Hamilton,
1975 citado por GONZAGA NETO, 1995).
Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi
avaliar a eficiência de diferentes métodos de
propagação por enxertia em condições de viveiro em
Mossoró/RN.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado no viveiro de
produção de mudas (50% de interceptação luminosa)
do Departamento de Ciências Vegetais da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido -
UFERSA. Localizada no município de Mossoró, Rio
Grande do Norte, a 5°11’ de longitude sul e 37°20’
de longitude oeste, temperatura média anual de
27,4°C, altitude de 18 m e uma precipitação média de
765,8 mm. Segundo a classificação climática de
Thornthwaite, o clima de Mossoró é do tipo DdA ‘a’,
semi-árido e megatérmico (CARMO FILHO et al.,
1989).
Utilizou- se o delineamento experimental em
blocos casualizados (DBC), com quatro tratamentos,
compostos pelos métodos de enxertia: T1 – garfagem
em fenda cheia; T2 – garfagem em bisel; T3 –
garfagem lateral; T4 – borbulhia em placa, e 4
repetições de sete plantas por parcela.
Os porta-enxertos foram obtidos por
sementes, de frutos previamente selecionados de um
plantio comercial em Baraúna/RN. As sementes
foram dispostas em sementeiras e após 30 DAP, as
plantas foram repicadas para sacos de polietileno
preto, nas dimensões 11 x 19 cm, contendo como
substrato uma mistura de areia, esterco de curral e
húmus de minhoca na proporção 4: 2: 1. As mudas
foram mantidas sobre telado com 50% de
interceptação luminosa durante todo o experimento.
Os porta-enxertos foram considerados aptos para o
processo quando apresentaram o diâmetro do caule
medindo cerca de 35 mm.
Os enxertos (garfos) foram coletados de
ramos ponteiros retirados da parte mediana de plantas
matrizes selecionadas em um pomar comercial em
Baraúna/RN, apresentando bom aspecto
fitossanitário. Os garfos selecionados eram semi-
lenhosos, apresentavam diâmetro aproximados aos
dos porta-enxertos. As enxertias foram realizadas aos
120 dias após o plantio dos porta-enxertos, quando os
mesmos apresentavam em média 30 cm de altura.
No método garfagem em fenda cheia, o porta-
enxerto foi decapitado a 1/3 de sua altura, com um
corte longitudinal a com cerca de 1,5 cm. O garfo foi
cortado em forma de cunha com aproximadamente
1,5 cm sendo introduzido na fenda do porta-enxerto
para um maior contado dos câmbios. Posteriormente
foi realizado o amarrio e a proteção da área
enxertada.
Na garfagem em bisel ou inglês simples, o
porta-enxerto foi decapitado a 1/3 de sua altura,
sendo realizado o corte em bisel com
aproximadamente 1,5 cm, no mesmo e no garfo, para
que os câmbios ficassem em perfeito contato e em
seguida fez-se o amarrio e a proteção.
AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845
Artigo Científico
ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32
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Tabela 1 – Análise de variância para a média de porcentagem de pegamento da enxertia (PE), aos 50 DAE em
função do método de enxertia utilizado em acerola. Mossoró-RN, 2009.
Fontes de Variação G.L
Quadrado Médio
PE
Tratamentos 3 1906,482673*
Resíduo 12 89,984029
Total 19 -
C.V (%) - 12,5
**significativo a 1% de probabilidade pelo teste F a 5% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade pelo teste
F; n.s não significativo.
Tabela 2 - Valores médios de porcentagem de pegamento das enxertias (PE), número de enxertos realizados
(NER) e número de enxertos vivos aos 50 DAE em função do método de enxertia utilizado em acerola.
Mossoró-RN, 2009.
Tratamentos¹ NER NEV
Variável
PE (%)²
T1 Garfagem em fenda cheia 28 28 100,00 a
T2 Garfagem em bisel 28 27 96,43 a
T3 Garfagem Lateral 28 27 96,43 a
T4 Borbulhia 28 13 46,43 b
¹Médias com a mesma letra na coluna fazem parte do mesmo agrupamento pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ²Os
dados de porcentagem foram transformados em arc.sen√X%/100.
Na garfagem lateral, a parte aérea do porta-
enxerto foi preservada, sendo realizado um corte
lateral inclinado a 1/3 de sua altura, até a metade do
diâmetro. Em seguida o enxerto, cortado em forma
de cunha foi introduzido lateralmente, promovendo o
maior contato entre as partes, depois foi realizado o
amarrio e a proteção.
No método da borbulhia, a parte aérea do
porta-enxerto, também foi preservada, consistindo
em retirar parte da casca do caule do mesmo, de
modo a propiciar o encaixe da gema retirada do
garfo, que tinha as mesmas proporções da parte
retirada da casca do porta-enxerto, em seguida foi
realizado o amarrio de a proteção.
Quanto a fixação dos enxertos, o amarrio foi
realizado com fitilho de polietileno transparente. A
proteção da região enxertada, nos métodos de
garfagem foi realizada com saquinhos de polietileno
transparente de 4,0 x 20,0 cm. Na borbulhia, após o
amarrio, colocou-se uma folha do próprio enxerto
para servir de proteção da área enxertada. Essa
proteção teve como objetivo cria um microclima,
funcionando como uma câmara úmida para as
garfagem e proteger da incidência direta dos raios
solares para a borbulhia.
A retirada das fitas de fixação foi realizada
após 20 dias após a operação, e a retirada da proteção
foi realizada a medida que se observou o surgimento
de brotações. Aos 15 DAE foi realizada a
decapitação do porta-enxertos para os métodos de
fenda lateral e borbulhia, afim de favorecer o
crescimento das novas brotações do enxerto.
Aos 50 DAE o índice de pegamento dos
enxertos foi analisado, sendo que a partir dos 30 dias,
realizou-se uma contagem a cada 10 dias.
Considerou-se como enxerto bem sucedido aqueles
que apresentavam brotações formadas no enxerto.
Os dados obtidos foram transformados em
arc.sen√x/100, para fins de análise estatística. No
caso de significância, efetuaram-se comparações pelo
teste de Tukey ao nível de 5% de significância
(GOMES, 1985).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a análise de variância,
observamos que a porcentagem de pegamento dos
enxertos, mostrou diferença significativa ao nível de
5% de probabilidade (Tabela 1).
Segundo o teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade, os métodos de enxertia por garfagem
no topo em fenda cheia, em bisel ou inglês simples e
lateral apresentaram percentuais de pegamento
superiores ao método de borbulhia em placa,
entretanto não ocorreram diferenças significativas
entre os métodos de garfagem testados (Tabela 2).
AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845
Artigo Científico
ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32
www.cstr.ufcg.edu.br/acsa
Os resultados obtidos não concordam com os
obtidos por Gonzaga Neto (1995), que testando os
métodos de garfagem no topo em fenda cheia e a
inglês simples em ambiente telado com enxertos
protegidos com saquinho transparente em acerola,
obteve porcentagem de pegamento de 73,3% e 40%
respectivamente.
Os altos percentuais obtidos neste trabalho
nos métodos de enxertia por garfagem, podem estar
relacionados com o microclima criado com a
proteção do saco de polietileno transparente, que
reduz a transpiração na região do enxerto.
As porcentagens de pegamento obtidas neste
trabalho foram superiores quando comparadas aos
resultados obtidos por Araújo (1994), quando testou
o método da garfagem no topo em fenda cheia em
duas épocas, inverno e verão, em porta-enxertos com
6 meses de idade, obtendo 82,5% e 67,5%
respectivamente.
Gonzaga Neto (1995), testou a borbulhia em
placa em ambiente telado e enxertos protegidos,
obteve 86,7% de pegamento, não concordando com o
baixo percentual de pegamento alcançado neste
experimento, de 46,43%, provavelmente devido a
espessura do porta-enxerto, dificultando a operação,
bem como a época de retirada das gemas.
Nas condições em que foi realizado o
experimento, os métodos de garfagem mostraram
melhores resultados.
A garfagem do tipo fenda cheia obteve a
maior porcentagem de pegamento. No entanto, o
método de borbulhia em placa não se mostrou com
uma alternativa viável, apresentando a menor taxa de
pegamento.
CONCLUSÃO
Nas condições em que foi conduzido o
experimento, a enxertia de garfagem no topo em
fenda cheia obteve a maior taxa de pegamento
(100%).
A enxertia de garfagem no topo em fenda
cheia é a mais indicada para ser utilizada na
propagação da acerola.
REFERÊNCIAS
BRUNINI, M. A.; MACEDO, N. B.; COELHO, C.
V.; SIQUEIRA, G. F. Caracterização física e
química de acerolas provenientes de diferentes
regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura,
Jaboticabal, v. 26, p. 486-489, 2004.
CARMO FILHO, F.; ESPÍNOLA SOBRINHO, J.;
AMORIM, A. P. Dados meteorológicos de Mossoró
(janeiro de 1898 a dezembro de 1986). Mossoró:
ESAM/FGD, v. 341, 1987. 325p. (Coleção
Mossoroense).
COUCEIRO, E. M. Curso de extensão sobre a
cultura da acerola. Recife: UFRPE, 45p. 1985.
FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.;
NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E. Propagação
vegetativa por estaquia. In: FACHINELLO, J. C.;
HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C. Propagação
de plantas frutíferas. Brasília, DF: Embrapa
Informação Tecnológica, 2005, 221p.
FAO, 2010. Atualizado em 16/12/2009.
Produtividade das culturas do mundo. Disponível
em : < http://faostat.fao.org/. Acesso em : 20 de
Agosto de 2009.
GONZAGA NETO, L. AMARAL, M. G. do;
SAURESSING, M. E. Propagação vegetativa em
aceroleira. II Produção de muda em telado. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 13, 1994, Salvador, BA.
Resumos ..., v. 1 p. 72, Salvador, BA, 1994.
GONZAGA NETO, L. Propagação vegetativa:
enxertia em aceroleira. In: SÃO JOSÉ, A. R.;
ALVES, R. E (Ed.) Acerola no Brasil, produção e
mercado. Vitória da Conquista, BA: DFZ/UESB,
1995, p. 42 – 46.
HAMILTON. R. A. The propagation of guava by
forkert budding. Ceiba. Tegucigalpa, 1975, p. 23 -30
LIMA, A. de A.; CUNHA, M. A. P. Maracujá:
Produção e qualidade na passicultura. Cruz das
Almas: EMBRAPA MANDIOCA E
FRUTICULTURA, 2004. 396p.
LIMA, C. A. Otimização de métodos de propagação
de maracujazeiro via estaquia e enxertia. 2009. 105f.
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Agronomia e
Medicina Veterinária, Universidade de Brasília,
Brasília. 2009.
RITZINGER, R. ; SOARES FILHO, W. S.;
OLIVEIRA, J. R. P. . Variedades e melhoramento..
In: RITZINGER, R.; KOBAYASHI, A. K.;
OLIVEIRA, J. R. P. (Org.). A cultura da aceroleira.
AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845
Artigo Científico
ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32
www.cstr.ufcg.edu.br/acsa
1. ed. Cruz das Almas, BA: Embrapa Mandioca e
Fruticultura Tropical, p. 65-72, 2003.
SALLA, M. F. S.; RUAS, C. F.; RUAS, P. M.;
CARPENTIERI-PIPOLO, V. Uso de marcadores
moleculares na análise da variabilidade genética
em acerola (Malpighia emarginata D.C.). Revista
Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, p. 15-
22, 2002.

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MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA

  • 1. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845 Artigo Científico ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32 www.cstr.ufcg.edu.br/acsa MÉTODOS DE ENXERTIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLA (Malphigia emarginata D.C) Eudes de Almeida Cardoso Professor Dr. Sc. do DCV/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: eudes@ufersa.edu.br Roseano Medeiros da Silva Graduando em Agronomia/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: roseanomedeiros@ufersa.edu.br Ana Verônica Menezes de Aguiar Graduanda em Agronomia/UFERSA. Mossoró - RN. E-mail: ana_aguiar_@live.com Ricardo Gomes Aragão Engº Agrônomo pela UFERSA. Mossoró – RN. E-mail: gppassiflora_ufersa@hotmail.com RESUMO – A acerola é uma fruta conhecida pelo seu elevado valor de vitamina C e por ser amplamente adaptada as condições do Semi-Árido. No entanto a maioria dos pomares apresenta uma produção desuniforme e baixa qualidade de frutos. A enxertia é o método mais viável, mas necessitando-se ainda de estudos para determinar qual o método se adapta as condições do Semi-Árido. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes métodos de propagação por enxertia na produção de mudas de acerola em condições de viveiro. O experimento foi instalado no viveiro de produção de mudas do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro tratamentos, compostos pelos métodos de enxertia: T1 – garfagem em fenda cheia; T2 – garfagem em bisel; T3 – garfagem lateral; T4 – borbulhia em placa e 4 repetições de sete plantas por parcela. Aos 50 dias após a enxertia avalio-se a porcentagem de pegamento das mudas enxertadas. A enxertia por garfagem do tipo fenda cheia obteve 100% de taxa de pegamento, sendo a mais promissora, nas condições em que foi desenvolvido o experimento e a enxertia de borbulhia em placa obteve o menor percentual, com 46, 43%. Palavras - chave: Malphigia emarginata D.C, propagação, enxertia. GRAFTING METHODS FOR THE PRODUCTION OF SEEDLINGS ACEROLA (Malphigia emarginata D.C) ABSTRACT – Acerola is a fruit known for its high vitamin C and is widely adapted to the semi-arid. However the majority of orchards has an uneven production and low fruit quality. Grafting is the most feasible, but needing further study is to determine which method fits the conditions of the Semi-Arid. The objective of this study was to evaluate the effectiveness of different methods of propagation by grafting on seedlings of cherry in nursery conditions. The experiment was installed in the nursery to produce seedlings of Department of Sciences vegetables of Universidade Federal Rural do Semi-Árido. We used the experimental design of randomized blocks with four treatments, composed by grafting: T1 – grafting by cleft grafting; T2 – grafting on bevel; T3 – grafiting side; T4 – budding board and 4 repetitions, each plot was composed of seven plants. At 50 days after grafting to evaluate the percentage of fixation of the grafted. The type of grafting for cleft grafting obtained 100% rate of fixation, the most promising, the conditions under which the experiment was developed budding and grafting card had the lowest percentage, with 46, 43%. Keywords: Malphigia emarginata D.C, propagation, grafting. INTRODUÇÃO A acerola (Malphigia emarginata D.C) é conhecida pelos elevados teores de vitamina C. Também é conhecida como cereja das Antilhas, sendo uma planta originaria da América Tropical e de fácil adaptação ao clima e solo do Semi-Árido nordestino (COUCEIRO, 1985). O Brasil se destaca
  • 2. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845 Artigo Científico ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32 www.cstr.ufcg.edu.br/acsa como o primeiro produtor mundial de acerolas (Malpighia emarginata Sesse & Moc. ex DC), sendo a região Nordeste responsável por grande parte da produção nacional (FAO, 2010). De acordo com vários autores, a maioria dos pomares existentes no Brasil são formados a partir de mudas oriundas de sementes, o que tem como resultado uma produção desuniforme, em relação a produtividade, qualidade do fruto e época de produção (GONZAGA NETO et al., 1994; SALLA et al., 2002; RITZINGER et al., 2003; BRUNINI et al., 2004). Para Gonzaga Neto (1995), embora a propagação vegetativa seja considerada um método mais difícil para a obtenção de mudas em escala comercial e de custo mais elevado, ainda é preferível a sua adoção em relação a utilização de sementes, pois assegura a obtenção de plantas uniformes e com características determinadas. Lima; Cunha (2004), definem a enxertia como o processo que une duas plantas, uma contribuindo com o sistema radicular, sendo denominada cavalo ou porta-enxerto, e outra contribui com a parte aérea e conseqüentemente com a frutificação, denominada cavaleiro ou enxerto. A enxertia ocorre quando um fragmento de uma planta se desenvolva por meio de uma gema, sobre outra planta, que lhe sirva de suporte, retirando água e nutrientes do solo, para o desenvolvimento do novo individuo. Isto ocorre devido à junção das partes envolvidas nesta operação (LIMA, 2009). O êxito na enxertia depende de diversos fatores, tais como: habilidade do enxertador, incompatibilidade entre as espécies, condições ambientais, idade do porta-enxerto, sanidade do material, técnica da enxertia e oxidação dos tecidos (FACHINELLO, 2005). A enxertia por garfagem é recomendada para a cultura da goiaba, bem como para a acerola, a qual apresenta índices satisfatórios, quando realizado nos meses secos e com temperaturas amenas (Hamilton, 1975 citado por GONZAGA NETO, 1995). Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes métodos de propagação por enxertia em condições de viveiro em Mossoró/RN. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado no viveiro de produção de mudas (50% de interceptação luminosa) do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA. Localizada no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, a 5°11’ de longitude sul e 37°20’ de longitude oeste, temperatura média anual de 27,4°C, altitude de 18 m e uma precipitação média de 765,8 mm. Segundo a classificação climática de Thornthwaite, o clima de Mossoró é do tipo DdA ‘a’, semi-árido e megatérmico (CARMO FILHO et al., 1989). Utilizou- se o delineamento experimental em blocos casualizados (DBC), com quatro tratamentos, compostos pelos métodos de enxertia: T1 – garfagem em fenda cheia; T2 – garfagem em bisel; T3 – garfagem lateral; T4 – borbulhia em placa, e 4 repetições de sete plantas por parcela. Os porta-enxertos foram obtidos por sementes, de frutos previamente selecionados de um plantio comercial em Baraúna/RN. As sementes foram dispostas em sementeiras e após 30 DAP, as plantas foram repicadas para sacos de polietileno preto, nas dimensões 11 x 19 cm, contendo como substrato uma mistura de areia, esterco de curral e húmus de minhoca na proporção 4: 2: 1. As mudas foram mantidas sobre telado com 50% de interceptação luminosa durante todo o experimento. Os porta-enxertos foram considerados aptos para o processo quando apresentaram o diâmetro do caule medindo cerca de 35 mm. Os enxertos (garfos) foram coletados de ramos ponteiros retirados da parte mediana de plantas matrizes selecionadas em um pomar comercial em Baraúna/RN, apresentando bom aspecto fitossanitário. Os garfos selecionados eram semi- lenhosos, apresentavam diâmetro aproximados aos dos porta-enxertos. As enxertias foram realizadas aos 120 dias após o plantio dos porta-enxertos, quando os mesmos apresentavam em média 30 cm de altura. No método garfagem em fenda cheia, o porta- enxerto foi decapitado a 1/3 de sua altura, com um corte longitudinal a com cerca de 1,5 cm. O garfo foi cortado em forma de cunha com aproximadamente 1,5 cm sendo introduzido na fenda do porta-enxerto para um maior contado dos câmbios. Posteriormente foi realizado o amarrio e a proteção da área enxertada. Na garfagem em bisel ou inglês simples, o porta-enxerto foi decapitado a 1/3 de sua altura, sendo realizado o corte em bisel com aproximadamente 1,5 cm, no mesmo e no garfo, para que os câmbios ficassem em perfeito contato e em seguida fez-se o amarrio e a proteção.
  • 3. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845 Artigo Científico ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32 www.cstr.ufcg.edu.br/acsa Tabela 1 – Análise de variância para a média de porcentagem de pegamento da enxertia (PE), aos 50 DAE em função do método de enxertia utilizado em acerola. Mossoró-RN, 2009. Fontes de Variação G.L Quadrado Médio PE Tratamentos 3 1906,482673* Resíduo 12 89,984029 Total 19 - C.V (%) - 12,5 **significativo a 1% de probabilidade pelo teste F a 5% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; n.s não significativo. Tabela 2 - Valores médios de porcentagem de pegamento das enxertias (PE), número de enxertos realizados (NER) e número de enxertos vivos aos 50 DAE em função do método de enxertia utilizado em acerola. Mossoró-RN, 2009. Tratamentos¹ NER NEV Variável PE (%)² T1 Garfagem em fenda cheia 28 28 100,00 a T2 Garfagem em bisel 28 27 96,43 a T3 Garfagem Lateral 28 27 96,43 a T4 Borbulhia 28 13 46,43 b ¹Médias com a mesma letra na coluna fazem parte do mesmo agrupamento pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ²Os dados de porcentagem foram transformados em arc.sen√X%/100. Na garfagem lateral, a parte aérea do porta- enxerto foi preservada, sendo realizado um corte lateral inclinado a 1/3 de sua altura, até a metade do diâmetro. Em seguida o enxerto, cortado em forma de cunha foi introduzido lateralmente, promovendo o maior contato entre as partes, depois foi realizado o amarrio e a proteção. No método da borbulhia, a parte aérea do porta-enxerto, também foi preservada, consistindo em retirar parte da casca do caule do mesmo, de modo a propiciar o encaixe da gema retirada do garfo, que tinha as mesmas proporções da parte retirada da casca do porta-enxerto, em seguida foi realizado o amarrio de a proteção. Quanto a fixação dos enxertos, o amarrio foi realizado com fitilho de polietileno transparente. A proteção da região enxertada, nos métodos de garfagem foi realizada com saquinhos de polietileno transparente de 4,0 x 20,0 cm. Na borbulhia, após o amarrio, colocou-se uma folha do próprio enxerto para servir de proteção da área enxertada. Essa proteção teve como objetivo cria um microclima, funcionando como uma câmara úmida para as garfagem e proteger da incidência direta dos raios solares para a borbulhia. A retirada das fitas de fixação foi realizada após 20 dias após a operação, e a retirada da proteção foi realizada a medida que se observou o surgimento de brotações. Aos 15 DAE foi realizada a decapitação do porta-enxertos para os métodos de fenda lateral e borbulhia, afim de favorecer o crescimento das novas brotações do enxerto. Aos 50 DAE o índice de pegamento dos enxertos foi analisado, sendo que a partir dos 30 dias, realizou-se uma contagem a cada 10 dias. Considerou-se como enxerto bem sucedido aqueles que apresentavam brotações formadas no enxerto. Os dados obtidos foram transformados em arc.sen√x/100, para fins de análise estatística. No caso de significância, efetuaram-se comparações pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância (GOMES, 1985). RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a análise de variância, observamos que a porcentagem de pegamento dos enxertos, mostrou diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade (Tabela 1). Segundo o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, os métodos de enxertia por garfagem no topo em fenda cheia, em bisel ou inglês simples e lateral apresentaram percentuais de pegamento superiores ao método de borbulhia em placa, entretanto não ocorreram diferenças significativas entre os métodos de garfagem testados (Tabela 2).
  • 4. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845 Artigo Científico ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32 www.cstr.ufcg.edu.br/acsa Os resultados obtidos não concordam com os obtidos por Gonzaga Neto (1995), que testando os métodos de garfagem no topo em fenda cheia e a inglês simples em ambiente telado com enxertos protegidos com saquinho transparente em acerola, obteve porcentagem de pegamento de 73,3% e 40% respectivamente. Os altos percentuais obtidos neste trabalho nos métodos de enxertia por garfagem, podem estar relacionados com o microclima criado com a proteção do saco de polietileno transparente, que reduz a transpiração na região do enxerto. As porcentagens de pegamento obtidas neste trabalho foram superiores quando comparadas aos resultados obtidos por Araújo (1994), quando testou o método da garfagem no topo em fenda cheia em duas épocas, inverno e verão, em porta-enxertos com 6 meses de idade, obtendo 82,5% e 67,5% respectivamente. Gonzaga Neto (1995), testou a borbulhia em placa em ambiente telado e enxertos protegidos, obteve 86,7% de pegamento, não concordando com o baixo percentual de pegamento alcançado neste experimento, de 46,43%, provavelmente devido a espessura do porta-enxerto, dificultando a operação, bem como a época de retirada das gemas. Nas condições em que foi realizado o experimento, os métodos de garfagem mostraram melhores resultados. A garfagem do tipo fenda cheia obteve a maior porcentagem de pegamento. No entanto, o método de borbulhia em placa não se mostrou com uma alternativa viável, apresentando a menor taxa de pegamento. CONCLUSÃO Nas condições em que foi conduzido o experimento, a enxertia de garfagem no topo em fenda cheia obteve a maior taxa de pegamento (100%). A enxertia de garfagem no topo em fenda cheia é a mais indicada para ser utilizada na propagação da acerola. REFERÊNCIAS BRUNINI, M. A.; MACEDO, N. B.; COELHO, C. V.; SIQUEIRA, G. F. Caracterização física e química de acerolas provenientes de diferentes regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, p. 486-489, 2004. CARMO FILHO, F.; ESPÍNOLA SOBRINHO, J.; AMORIM, A. P. Dados meteorológicos de Mossoró (janeiro de 1898 a dezembro de 1986). Mossoró: ESAM/FGD, v. 341, 1987. 325p. (Coleção Mossoroense). COUCEIRO, E. M. Curso de extensão sobre a cultura da acerola. Recife: UFRPE, 45p. 1985. FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E. Propagação vegetativa por estaquia. In: FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C. Propagação de plantas frutíferas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2005, 221p. FAO, 2010. Atualizado em 16/12/2009. Produtividade das culturas do mundo. Disponível em : < http://faostat.fao.org/. Acesso em : 20 de Agosto de 2009. GONZAGA NETO, L. AMARAL, M. G. do; SAURESSING, M. E. Propagação vegetativa em aceroleira. II Produção de muda em telado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13, 1994, Salvador, BA. Resumos ..., v. 1 p. 72, Salvador, BA, 1994. GONZAGA NETO, L. Propagação vegetativa: enxertia em aceroleira. In: SÃO JOSÉ, A. R.; ALVES, R. E (Ed.) Acerola no Brasil, produção e mercado. Vitória da Conquista, BA: DFZ/UESB, 1995, p. 42 – 46. HAMILTON. R. A. The propagation of guava by forkert budding. Ceiba. Tegucigalpa, 1975, p. 23 -30 LIMA, A. de A.; CUNHA, M. A. P. Maracujá: Produção e qualidade na passicultura. Cruz das Almas: EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA, 2004. 396p. LIMA, C. A. Otimização de métodos de propagação de maracujazeiro via estaquia e enxertia. 2009. 105f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília. 2009. RITZINGER, R. ; SOARES FILHO, W. S.; OLIVEIRA, J. R. P. . Variedades e melhoramento.. In: RITZINGER, R.; KOBAYASHI, A. K.; OLIVEIRA, J. R. P. (Org.). A cultura da aceroleira.
  • 5. AGROPECUÁRIA CIENTÍFICA NO SEMI-ÁRIDO ISSN 1808-6845 Artigo Científico ACSA - Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.06, n 04 outubro/dezembro 2010 p. 28 - 32 www.cstr.ufcg.edu.br/acsa 1. ed. Cruz das Almas, BA: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, p. 65-72, 2003. SALLA, M. F. S.; RUAS, C. F.; RUAS, P. M.; CARPENTIERI-PIPOLO, V. Uso de marcadores moleculares na análise da variabilidade genética em acerola (Malpighia emarginata D.C.). Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, p. 15- 22, 2002.