O documento discute a ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos, descrevendo zonas anatômicas normais e lesões, e apresentando casos clínicos.
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
1. Ultrassonografia diagnóstica do
Sistema Locomotor de Equinos
Pedro Augusto Cordeiro Borges
Médico Veterinário CRMV-RN/0953
Residente em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais
22. • Fatores que influenciam no resultado
Tempo de acontecimento da lesão
Flexão do membro
Inabilidade em operar o transdutor
Diagnóstico de Injúrias
23. • Genovese et al.
Tipo 0: tendão aumentado sem alterar ecogenicidade
Tipo 1: lesões levemente hipoécoicas porém maior parte ecogênica
Tipo 2: Metade da lesão hipoécoica e outra metade anecóica
Tipo 3: Na maior parte anecóica
Tipo 4: Anecóica
Diagnóstico de Injúrias
Área da lesão x Escore x 0,025
24. • Classificação do alinhamento longituinal
Escore 0: 76-100% de fibras alinhadas
Escore 1: 51-75% de fibras alinhadas
Escore 2: 26-50% de fibras alinhadas
Escore 3: 0-25% de fibras alinhadas
Diagnóstico de Injúrias
25. • Considerações Finais
Comparar o membro afetado e o normal
Acompanhar a lesão
Pensar em alternativas terapêuticas
Conhecer suas limitações
Diagnóstico de Injúrias
30. Outros Métodos de Diagnóstico por
Imagem do Sistema Locomotor de Equinos
31. Termografia
• Definição: O termógrafo é um equipamento que
realiza a leitura de ondas eletromagnéticas de
frequências infravermelhas emitidas pela
superfície de um corpo
EDDY, A.L.; VAN HOOGMOED, L.M.; SNYDER,J.R.
33. Termografia
• Realização do exame
Manter o animal parado no ambiente por 30 minutos antes do exame
A sombra e livre de vento
Mensurar temperatura e umidade local
Não sedar
Vistas laterais, dorsal, torácica e lombar
Sujeito a influencia de grande número de fatores externos
34. Termografia
• Interpretação do exame
“Hot spots” “Cold Spots”
inflamação Redução da circulação
Isquemia
Fibrose
Cicatriz antiga
36. Lombalgia
Histórico de incomodo ao montar
Regime de trabalho intenso
Responsivo as provas de dor no exame físico
37. Lombalgia
Após 15 dias de tratamento
- Cetoprofeno
- E-S-E Super
- Vitamina C
- Repouso
Volta a atividade com uso de sela
com silicone
38. Considerações finais
• Exame útil
• Cuidados quanto a interpretação
• Não tomar conclusões unicamente pelo que
mostra a termografia
39. Ultrassonografia diagnóstica do
Sistema Locomotor de Equinos
Pedro Augusto Cordeiro Borges
Médico Veterinário CRMV-RN/0953
Residente em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais
40. Zona IA: 0-4 cm distal ao
osso acessório
do carpo (DOAC); Zona IB, 4-8
cm DOAC; Zona
IIA, 8-12 cm DOAC; Zona IIB,
12 -16 cm DOAC;
Zona IIIA, 16-20 cm DOAC;
Zona IIIB, 20-24 cm
DOAC; Zona IIIC, 24-28 cm
DOAC
Notas do Editor
A US tem se mostrado uma técnica valiosa a Medicina Equina pois, além de permitir determinar a localização exata da lesão, permite quantificar a extensão, a gravidade, bem como acompanhar o processo de reparação tecidual.
Deve ser encarada como um exame complementar a inspeção e palpação, não uma substituição destes, pois esse conjunto melhora significativamente a qualidade do diagnóstico
A principal aplicação da ultrassonografia diagnóstica no sistema locomotor equino é nas enfermidades dos tendões e ligamentos das regiões metacarpianas e metatarsianas
Além do uso no diagnóstico, o US pode ser utilizado no auxilio a procedimentos cirúrgicos
A ordem na qual o exame é feito fica a critério do médico veterinário. Na maioria das vezes opta-se por realizar primeiro uma abordagem transversal e em seguida partir para a abordagem longitudinal.
A abordagem transversal proporciona boa visualização de alterações na forma e tamanho transversal dos tendões e ligamentos enquanto a abordagem longitudinal permite melhor visualização do alinhamento axial das fibras tendineas bem como alteração na ecogênicidade e morfologia das mesmas.
Para se facilitar a interpretação das imagens ultrasonograficas dividi-se a região metacarpiana em 6 zonas
Cada uma dessas zonas apresenta particularidades anatômicas que devem ser consideradas
Existe uma metragem adequada para determinar especificamente cada zona, entretanto de maneira geral cada uma das zonas tem aproximadamente a largura de quatro dedos da mão
Cerca de 30% das claudicações em equinos devem-se a tendinite do tendão flexor digital superficial, está é a zona mais propensa a lesões
A lesão do TFDS geralmente leva a edema de toda a região metacarpiana enquanto que a lesão do TFDP na maioria das vezes concentra o edema logo acima do boleto, sendo também de ocorrência mais rara.
Cerca de 30% das claudicações em equinos devem-se a tendinite do tendão flexor digital superficial, está é a zona mais propensa a lesões
A lesão do TFDS geralmente leva a edema de toda a região metacarpiana enquanto que a lesão do TFDP na maioria das vezes concentra o edema logo acima do boleto, sendo também de ocorrência mais rara.
O ligamento anular palmar não é uma estrutura distinta, ele corre entre a pele e subcutâneo e a bainha digital
Embaixo é possível observar os dois ossos sesamoides proximais e entre eles o ligamento intersesamoide
O que se vê nas varreduras longitudinais da zona 1, é principalmente uma menor ecogênicidade do TFDS. O TFDS apresenta fibras que se organizam como um embrulhado de um charuto ou as linhas internas de uma corda, por exemplo. Além disso, é possível se observar um espaço anecóico entre o tendão flexor digital profundo e o ligamento acessório. Este espaço é em parte preenchido por fluido contido no canal cárpico.
Não é em todas as ocasiões que você vai ver esse espaço bem definido como está no desenho, pois em grande parte das vezes “transborda-se” um pouco de ecogenicidade do TFDP
Na zona 2, por exemplo, na imagem que se segue, no primeiro corte, não é possível delimitar o espaço totalmente anecogênico como é visto já no segundo corte longitudinal. Ressalta-se aqui mais uma vez a necessidade de conhecer a anatomia e a ecogênicidade normal dos tendões e ligamentos
O ligamento acessório começa a ter seu fim e o suspensório parte para se dividir em seus dois ramos
Na imagem não da pra diferenciar perfeitamente o suspensorio e alem disso se descer a probe um pouco mais na mesma zona, o suspensorio não sera mais visualizado de maneira alguma
A parte anecogênica marcada pelo “P” é a “bolsa palmar”
A probe localizada na superficie de um ramo do ligamento suspensorio: é possível visualizar o alinhamento das fibras do ligamento e distamente o ramo se insere na superficie abaxial do osso sesamoide
A PARTE DE QUARTELA EU NÃO IREI ADENTRAR POIS NÃO TEMOS COSTUME DE ENCARA-LA NA NOSSA ROTINA, SENDO NECESSÁRIO QUE EU ME APROFUNDE MAIS TEORICAMENTE E REALIZE VARREDURAS PRÁTICAS DA REGIÃO PARA QUE POSSO ABORDAR O TEMA DE MANEIRA CONCISA
Na quartela o suspensorio já se divide em dois ramos e aparecem outras estruturas, como os ligamentos sesamoides reto e obliquo
Em princípios gerais o diagnóstico de injurias de tendões e ligamentos por meio da US é baseado em alterações tamanho, forma e ecogenicidade
Deve se considerar fatores que podem influenciar os resultados e levar a diagnósticos errôneos
- em casos de tendinites agudas, o excessivo edema e inflamação podem levar a perda da ecogênicidade das fibras
- a flexão do membro pode diminuir a ecogênicidade dos tendões
- a falta de habilidade em operar a prôbe pode não fornecer a imagem mais adequada
O ideal é que o exame seja repetido ao longo do tratamento e que no momento da primeira avaliação ultrassonografica considere-se o tempo de acontecimento da lesão
Esse método é subjetivo e tem de se considerar o tempo de ocorrêncida da lesão, pois como foi dito anteriormente lesões agudas podem apresentar demasiado edema e inflamação o que pode levar a falsa impressão de redução demasiada da ecogênicidade
Animais com score geral menor que 2,3 tem 83% de chance de voltar a plenitude esportiva enquanto animais com escore acima de 3,9 reduzem essa chance para 57%
A monitoração do processo de cura pode ser realizada pela avaliação do alinhamento longitudinal das fibras, considerando-se para gerar esse score a zona mais lesionada do campo de visão
Cerca
Cerca de 20 a 60% dos animais de corrida que tem lesão do TFDS voltam a atividade, porém o índice de reicindiva é de 80%
O processo de cicatrização do tendão é lento
O tendão trabalha no limite fisiológico dando uma pequena margem de segurança, logo qualquer desarranjo minimo que seja, no padrão axial das fibras tendineas prejudica o movimento do equino
Condotron injetavél: Aminoglicosideos + Sulfato de condroitina reler o papel do aminoglicosideo como antiinflamatorio dos tendões e do sulfato de condoitrina no fortalecimento das cartilagens articulares de maneira a beneficiar o procoesso de recuperação das tendinites
Us terapeutico: Fator ativador de fibroblastos + modo pulsado, analgesia da região
Outras opções: PRP
As principais vantagens da termografia são a possibilidade de diagnóstico precoce de processos inflamatórios, detecção de dor assintomatica, ser um exame que não tem contra-indicação e que não stressa o animal, bem como servir de guia para realização de outros exames
Desvantagens: Não a especificidade, é demorado, caro e vários fatores ambientais podem influenciar diretamente na realização do exame
Sempre associar ao exame clínico e aos demais exames complementares