2. O que é pânico? Ataque de pânico é uma crise de ansiedade muito elevada que dura em média uns minutos, ainda que se possa prolongar acima de 1 hora Os sintomas mais comuns incluem: Coração a bater rapidamente Sudação e/ou alterações de temperatura Dificuldade em respirar Tontura Tremuras e formigueiros Sensação de irrealidade e/ou de urgência Sensação de morte eminente ou loucura
3. Ataques e perturbação Podem ocorrer ataques de pânico esporadicamente sem que exista perturbação de pânico; para que esta última seja diagnosticada: Preocupação com a possibilidade de se ter um novo ataque e/ou Preocupação quanto às consequências de um ataque de pânico e/ou Alteração nos comportamentos habituais devido à presença de ataques de pânico
4. Agorafobia É habitual acompanhar a perturbação de pânico Refere-se ao medo em estar em locais de onde possa ser difícil ou embaraçoso sair ou receber ajuda no caso de um ataque de pânico Locais habituais incluem centros comerciais, filas de trânsito, pontes, auto-estradas, locais públicos fechados ou com muita gente Normalmente estes locais são evitados, muitas vezes com grave prejuízo de autonomia e qualidade de vida
5. A Primavera e o pânico Nos primeiros dias de calor do ano, os psicólogos especializados em pânico estão habituados a ver as suas agendas sobrelotadas… Sem que exista uma boa explicação científica para isto, ou estudos publicados, esta mudança de temperatura faz disparar a sintomatologia dos quadros ansiosos em geral e do pânico em particular
6. Porquê? Apenas podemos especular, mas os sintomas mais frequentes do pânico são muito próximos aos sintomas produzidos pela adaptação do corpo a uma temperatura mais alta Alterações na respiração Maior esforço cardíaco Sudação Além disso, as alergias, a maior dificuldade em dormir, (pelo calor e pelo maior nº de horas de sol), a mudança brusca de luminosidade, a maior exposição a locais públicos induzida pelo “sair de casa” mais frequente, entre outros, pode criar uma agitação física e corporal que mimetiza sintomas da ansiedade.
7. O que fazer? Se sofre de pânico, não se assuste se entrar numa fase de maior susceptibilidade Apenas dura uns dias, necessários à adaptação do organismo Seja preventivo: antes de começar o calor, aumente as actividades de relaxamento e exercício físico para criar reservas que funcionem como antídoto No caso de entrar num período pior, lembre-se que é pânico e não um problema físico; procure ajuda de um profissional de saúde mental
8. Como pode ajudar? Se convive com alguém que sofre de pânico, lembre-a(o) de que, nesta fase, a maioria das pessoas que sofre de ansiedade piora temporariamente Recorde-a(o) de exercícios de relaxamento que conheça e insista num estilo de vida mais tranquilo nesta fase Controlar a luz e o calor no ambiente que a(o) rodeia pode ser útil E… tenha paciência e calma! A ansiedade não se regula com força de vontade, da mesma forma que uma dor de cabeça ou uma perna partida não passa nem se cura apenas porque as pessoas querem estar bem!
9. Como se trata? Os estudos e a nossa experiência demonstram que o pânico se trata com elevada eficácia em psicoterapia, o que não requer medicação Na Oficina de Psicologia fazemos uma primeira intervenção em grupo, para aprendizagem de técnicas de regulação ansiosa e para quebrar o ciclo do evitamento Depois, seguimos com trabalho individual (quando necessário) para lidar com os aspectos muito individuais da apresentação do pânico de cada um
10. Quanto mais rápido, melhor! Por vários motivos, as pessoas pedem ajuda para tratar situações de pânico, em média, por volta de 10 anos desde os 1ºs sintomas… Quanto mais precoce a intervenção, mais rapidamente se consegue tratar A perturbação de pânico, com ou sem agorafobia, provoca sofrimento elevado e degradação significativa da qualidade de vida.
11. Se é o seu caso, procure ajuda especializada! Tratar o pânico e a agorafobia é fundamental!