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Autarquia Educacional do Belo Jardim – AEB
Faculdade do Belo Jardim – FBJ
Curso de Licenciatura Plena em Geografia
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE:
O CASO DO RIO UNA
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablícia Corrêia Leite
Belo Jardim – PE
Dezembro – 2015
2
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablícia Corrêia Leite
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE:
O CASO DO RIO UNA
Projeto de pesquisa apresentado ao
Curso de Geografia na Faculdade do
Belo Jardim – FBJ como requisito da
disciplina de Prática Pedagógica VII.
Orientador: Prof. Dr. Natalício de Melo
Belo Jardim – PE
Dezembro – 2015
3
Cibelle Aparecida Silva de Oliveira
Thais Fablícia Corrêia Leite
OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA
NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE:
O CASO DO RIO UNA
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em: ____/____/____
Profª Dr. Natalício de Melo Rodrigues
AEB/FABEJA
Orientador
Profª Esp. Jorge Coelho da Silveira Neto
AEB/FAEJA
Examinador (a)
Profª Esp. Luzia M. C. S. Chaves.
AEB/FABEJA
Examinador (a)
4
AGRADECIMENTOS
Ao Eterno Deus, o Senhor das nossas vidas, sem o qual nada seria possível sem a
permissão do Altíssimo.
Às nossas famílias pelo apoio, paciência e dedicação, em especial as nossas mães
(Maria Marlene Silva de Oliveira e Tereza Leite da Silva Correia) que desde sempre
acreditou em nós e a cooperação em momentos difíceis foi fundamental.
Aos nossos pais guerreiros (José Wellington da Silva e Fausto dos Santos Correia)
que mesmo estando longe sua presença foi sempre sentida e notada, agradecemos aos
momentos que nos entendeu de uma forma inexplicável de compreender.
A Instituição AEB – FBJ pela oportunidade de fazer о curso, sеυ corpo docente,
direção е administração que oportunizaram аo um sonho, ao um horizonte superior.
Agradecemos aos Professores de Geografia por nos proporcionarem um
conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da
educação no processo de formação profissional em nossas vidas.
Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues pela paciência, dedicação e contribuição na
realização deste trabalho e, também por ter feito parte da nossa formação acadêmica.
Aos nossos irmãos е sobrinhos, que nós momentos da nossa ausência, dedicados
exclusivamente аo estudo superior, sempre fizeram entender que о futuro é feito а partir
da constante dedicação no presente.
Não se esquecendo de agradecemos também, aos colegas que sempre estiveram
conosco durante este curso, que sempre iram estar presente, pois sempre nos
compreenderam e ajudaram da melhor forma possível para que concluíssemos juntos
este curso.
Portanto, a amizade de vocês é fonte de alegria e de motivação para seguir em
frente.
Agradecemos também todos àqueles que direta ou indiretamente, contribuíram
para realização deste trabalho.
5
“De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos
sempre começando..., A certeza de que precisamos
continuar..., A certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar..., Portanto, devemos: Fazer da
interrupção um caminho novo... Da queda um passo de
dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...”. (Fernando Pessoa)
6
Lista de figuras
Figura 1 Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente
começou pelo ser humano matando a fauna e flora e também,
invadindo a vegetação em uma área preservada.
17
Figura 2 Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora
modificada pela ação do homem para a construção de uma barragem.
18
Figura 3 Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e porções que já
foram extraídos modificando ao meio ambiente.
20
Figura 4 Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupação das casas nas
margens, e assim é depositado esgoto, lixo doméstico, entulhos, mas
quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrerá um
desastre.
21
Figura 5 Óleo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e
mata animais.
23
Figura 6 Exemplo de uma rua poluída com a ação do “Chorume”, o que causa
preocupação ao meio ambiente.
24
Figura 7 Material pesado este é um dos poluentes que chama a atenção, pois é
bastante agravante sua poluição.
25
Figura 8 Produto químico com alto risco de poluição sendo exposto ao ar livre, o
perigo é grande de contaminação.
26
Figura 9 Fertilizantes Químicos sendo expostos ao solo. 27
Figura 10 Poluição Térmica que acontece através das usinas que transmitem
constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua
fauna e flora.
28
Figura 11 Observam-se animais cobertos de petróleo nos oceanos, o vazamento
deste combustível traz danos incalculáveis para os ecossistemas
aquáticos.
29
Figura 12 Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes
que são transmitidos ao ar livre pelas indústrias e destruindo a fauna e
flora.
30
Figura 13 Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem
constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao
individuo.
31
Figura 14 A figura mostra esgoto doméstico sendo despejando ao ar livre
trazendo modificações ambientais.
32
Figura 15 A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de
indústrias que não sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte é
em uma área pertencente ao rio aumenta a sua DBO.
35
Figura 16 Observa-se na ilustração o “Rio Citarum” que é o rio mais poluído do
mundo.
37
Figura 17 Rio indiano que se encontra poluído, no Yamuna diariamente é
depositado resíduos sólidos de indústrias e das residências, torna a
água incapaz de ser usada.
38
Figura 18 Lago Karachay na Rússia, tendo em seu espaço total uma radiação tão
forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago.
40
Figura 19 Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao
norte da China.
41
Figura 20 O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de
"O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente,
vive uma espécie de renascimento.
43
Figura 21 Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte
prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto há bastante
44
7
vegetação, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando
desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia.
Figura 22 O Rio Colorado se localiza na América do Norte, passa por vários
cânions e se destacando na paisagem, formando diversos designers
rochosos.
45
Figura 23 Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio
Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes.
46
Figura 24 O Rio Tietê localizado na cidade de São Paulo, passa por gravíssimos
problemas ambientais.
47
Figura 25 Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre
pelos despejos de resíduos sólidos vindos das indústrias que se
desenvolvem aceleradamente e resíduos domésticos.
48
Figura 26 Baía de Guanabara, um senário belíssimo, mas porem poluídos
jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradáveis.
49
Figura 27 Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua aágua
alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos há também a
presença de residuos solidos devido ao lançamento de lixo no enotorno
ou nas ruas.
51
Figura 28 Observa-se um grande número de mortande da fauna animal marinha
em decorrencia do lançamento de residuos solidos e liquidos nos rios
oriundos de esgotamento urbano sem tratamento.
52
Figura 29 Os córregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares
que muitas vezes sem tratamento são lançados diretamente nos rios
que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio
ambiente urbano.
54
Figura 30 Mapas das bacias hidrográficas de Pernambuco a Bacia do Una
aparece denominada pelo código G12 em tom rosa.
56
Figura 32 Imagem retirada próximo à nascente do Rio Una que se localiza na
cidade de Capoeiras-PE.
59
Figura 33 Percurso do Rio Uma em São Bento do Uma: a linha em cor amarela
elucida os limites do contorno da área urbana do município de São
Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na área urbana
do município, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para
pesquisa de TCC.
59
Figura 34: Imagem retirada da “Rua São Tiago”, onde o rio Una passa com mais
intensidade nos tempos chuvosos.
62
Figura 35 Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua
trajetória e segui seu rumo até sair e começar na área rural.
62
Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o
que é um caso preocupante em áreas próximas ao Rio.
63
Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um
trabalho que garante a subsistência de bastante moradores que vivem
em São Bento do Una – PE.
64
Figura 38: Festa da Galinha no município de São Bento do Una garante uma
economia diferenciada sendo vista e conhecida até fora do nosso
Estado.
65
Figura 39: Observa – se gado Nelore que é uma raça de gado bovino originária da
Índia.
66
Figura 40: Observa – se a fabrica alimentícia “Bom Leite”, um grande exemplo
para a cidade tanto de sonhos como de investimentos.
67
Figura 41: A empresa garante para a cidade uma fonte de empregos e alimentos
de excelente qualidade.
68
Figura 42 Observa-se alguns trabalhadores das “Granjas Almeida” trabalhando 69
8
junto com as maquinas e manuseando equipamentos específicos.
Figura 43 Imagem que retrata uma realidade vivida pelos trabalhadores das
“Granjas Almeida”.
70
Figura 44 Imagem retrata uma realidade da maioria das cidades que populares
poluem suas próprias ruas.
72
Figura 45 Observa-se um forte desmatamento nas proximidades do Rio Una. 72
Figura 46 Observa-se a retirada de sedimentos do rio para a construção de tijolos
pra serem comercializados.
73
Figura 47 As imagens retrata uma realidade das cidades que se caracteriza
atraves de ocupações proximas as margens do rio.
74
Figura 48 Nas duas imagens o que estar em destaque é a ausencia da mata ciliar
que é fundamental nas margens dos rios
74
Figura 49 Observa-se um pequeno trecho do rio Una, mas que passa por
problemas socioambientais pois existe um forte lançamento de esgotos
diario dentro do mesmo o que garante a perda do Rio.
75
Figura 50 Margem do Rio Una com sua cobertura de mata ciliar praticamente
destruída.
76
Figura 51 Imagem retirada do Bairro Duque de Caxias na cidade de São Bento,
onde são próximas as margens do Una.
76
Figura 52 Observam-se áreas do rio Una em São Bento, modificada pela ação do
homem.
77
Figura 53 Ponte sobre o rio uma observa-se a Rua Liberato Siqueira vista da
ponte sobre o Rio Una (antiga barragem).
77
Figura 54 Observa-se a ação humana que vem modificando as margens do meio
natural.
78
Lista de tabelas e quadros
Tabela 1 Principais poluentes das aguas dos rios. 22
Tabela 2 Observa-se no quadro uma representação dos objetos e o tempo
que cada um leva para se decompor.
33
Figura 32: Localização do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de
Pernambuco.
58
Tabela 3 O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados
do IBGE.
61
Tabela 4 Retrata a produção de leite no Município de São bento do Una – PE. 68
Tabela 5 Mostra de forma geral a produção de ovos do Município. 68
Lista de abreviaturas
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, 14
ONU – Organização das Nações Unidas. 16
ONG – Organização Não Governamental. 21
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio. 34
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 43
RJTV – É um telejornal local da cidade do Rio de Janeiro e Grande Rio. 49
ETE’s - Estações de Tratamento de Esgoto. 35
CO2 – É uma substância química formada por dois átomos de oxigênio e um de
carbono.
35
OD - Oxigênio Dissolvido. 35
NO3 – Nitrato 35
NO2 – Óxido Nítrico. 35
PO e POI – Puro de Origem (PO) e Puro de Origem Importada (POI). 65
9
RESUMO
O problema da poluição urbana ocorre desde o século XIX, na Inglaterra no início da
revolução industrial, hoje, depois que o mundo passou por três revoluções industriais e
pelo crescimento populacional, esse se encontra com uma população de mais ou menos
6 bilhões de pessoas consumindo e gerando lixo e poluição. Este trabalho tem como
objetivo o caso do “Rio Una” na cidade de São Bento, uma pesquisa que demostra sobre
a grande preocupação que são os impactos ambientais que envolvem a degradação dos
recursos hídricos, na bacia hidrográfica do “Una em São Bento do Una – PE”, a cidade
com uma área: 712.90 Km2, altitude: 650m e com sua localização na Microrregião do
Vale do Ipojuca, Mesorregião do Agreste. É assunto principal deste trabalho que, aponta o
processo de urbanização como o causador dessa problemática. A pesquisa buscou
analisa o duplo processo industrialização/urbanização e o seu desenrola até os dias
atuais, a níveis mundial, nacional e local, com a estruturação das cidades para servir o
capital provocando a exclusão e segregação sócia espacial que leva uma grande
população a procurar lugares impróprios para morar, e assim causando graves
consequências ao meio ambiente, dentre elas a mais grave é a degradação dos recursos
hídricos, visto que este se configura como o recurso natural mais importante ao planeta
(ser humano). Os Impactos negativos no meio ambiente, que por si só estão diretamente
relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos
automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e
a produção constante de lixo. Lixo que são depositados diretamente em córregos e
principalmente em lugares inadequados. Percebe, portanto, que não são apenas as
grandes empresas que afetam o meio, mas de uma maneira geral o ser humano tem sua
interferência nas condições naturais, com pequenas atitudes, provoca impactos
ambientais dia após dia. A área escolhida para ilustra à problemática da degradação a
nível local é o rio Una na cidade de São Bento do Una – PE, esta sendo modificada
constantemente ao longo dos tempos, mas para isso ter uma reviravolta é preciso uma
conscientização ambiental de forma geral que envolva todas as esferas ambientais e
sociais. Onde será mostrada uma situação questionadora do “Rio Una em São Bento do
Una – PE”, principalmente das áreas ao entorno, que em certo ponto prejudicam
familiares ficando imunes a doenças transmissíveis pelo ambiente contaminado. As
principais conclusões deste trabalho demonstra a necessidade de se fazer uma relação
entre o processo de urbanização e a degradação dos recursos hídricos, além de destaca
a importância do meio ambiente na vida dos protagonistas.
Palavras-chave: Degradação. Impactos Ambientais. População. Recursos Hídricos.
10
ABSTRACT
The problem of urban pollution occurs since the nineteenth century in England at the
beginning of the industrial revolution , today , after the world has experienced three
industrial revolutions and population growth, this is a population of about 6 billion people
consuming and generating garbage and pollution. This work is the objective case of " Una
River " in São Bento, a survey that demonstrates about the great concern are the
environmental impacts involving the degradation of water resources in the basin of "Una in
São Bento - PE " , the city with an area : 712.90 km2 , altitude: 650m and its location in
Micro region Valley Ipojuca, mesoregion the Wasteland. It is the main subject of this work,
says the urbanization process as the cause of this problem. The research sought to
analyze the dual process industrialization / urbanization and its unfolding to the present
day, the global, national and local levels, with the structuring of cities to service the capital
causing exclusion and spatial partner segregation that takes a large population to seek
places unfit for living, and thus causing serious consequences to the environment, among
which the most serious is the degradation of water resources, since it is configured as the
most important natural resource on the planet (human). The negative impacts on the
environment, which in themselves are only directly related to the increasing number of
urban areas, the increase in motor vehicles, the irresponsible use of resources, excessive
consumption of material goods and the constant production of waste. Waste that are
deposited directly into streams and mainly in inappropriate places. You see, therefore, that
not only large companies that affect the environment, but in general the human being has
its interference in natural conditions, with small actions, causes environmental impacts day
after day. The area chosen to illustrate the problem of local degradation is the river Una in
São Bento do Una - PE, is being modified constantly over time, but for this to have a twist
it takes an environmental awareness in general that involving all the environmental and
social spheres. Which will show a questioning situation of "Una River in São Bento do Una
- PE", mainly from the surrounding areas, that at some point undermine family getting
immune to communicable diseases by contaminated environment. The main conclusions
of this work demonstrates the need to make a relationship between the process of
urbanization and the degradation of water resources, and highlights the importance of the
environment in the lives of the protagonists.
Keywords: degradation. Environmental impacts. Population. Water resources.
11
SUMÁRIO
Agradecimentos
Lista de Figuras
Lista de Tabelas e quadros
Lista de abreviaturas e siglas
RESUMO
1. INTRODUÇÃO 13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 15
2.1. O que é Impacto Ambiental 15
2.2 Principais problemas ambientais que impactos os rios. 15
2.2.1 Desmatamento. 16
2.2.2 Construção de Barragens. 18
2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios. 19
2.2.4 Ocupação de Terraços Próximos aos Rios. 20
2.3. Os principais poluentes da água: 22
2.3.1 Óleo de cozinhas. 23
2.3.2 O Chorume. 23
2.3.3 Metais pesados. 24
2.3.4. Lixo nuclear. 25
2.3.5. Fertilizantes químicos. 26
2.3.6 Poluição térmica. 27
2.3.7 Lançamento de derivados do Petróleo. 28
2.3.8. Chuva ácida. 28
2.3.9. Lançamento de resíduos sólidos. 29
2.3.10. Esgoto doméstico. 30
2.4. O problema das escalas temporais de decomposição do lixo
urbano.
31
2.5. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). 32
2.6. Condições ambientais dos principais rios no mundo. 34
2.6.1 Poluições em rios do continente asiático. 35
2.6.2 Poluição em rios no Continente Europeu. 40
2.6.3. Poluição no Continente africano. 42
12
2.6.4 Poluição no continente americano. 43
2.6.5. Poluição dos rios no Brasil. 45
2.7 O caso da Baía de Guanabara palco das olimpíadas. 47
2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente. 48
2.9 Poluições dos Recursos Hídricos na Área Urbana. 52
3. MATERIAL E MÉTODOS. 53
4. LOCALIZAÇAO DO OBJETO DE ESTUDO. 56
4.1 As bacias hidrográficas de Pernambuco. 56
4.2 A bacia do rio Una. 57
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 61
5.1 Descrições das atividades econômicas nas áreas urbana e rural
de São Bento do Una.
61
5.2 Descrição do Perfil de Elevação da amostragem urbana objeto da
pesquisa.
62
5.3 Espaço Urbano. 63
5.4. Espaço Rural. 63
5.4.1 Agricultura. 64
5.4.2 Avicultura. 65
5.4.3 Pecuária. 65
5.3 Descrições dos impactos ambientais no Rio Una 70
6. CONCLUSÃO 79
7. REFERENCIAS 80
13
1. INTRODUÇÃO
A expansão do desenvolvimento econômico traz como consequência o aumento da
utilização de recursos da natureza, como fonte de matéria-prima tornando-se um
agravante aos problemas ambientais causados pela ação antrópica e aumentando a
preocupação da sociedade frente às questões ambientais. Mas apenas quando se
percebeu o agravamento dos problemas ambientais, um dos possíveis caminhos para
diminuir os desastres ambientais seria que existisse equilíbrio entre o ser humano e a
natureza, pois o mesmo se recupera ao longo dos tempos, mas nem sempre isso é
possível. As ações humanas têm provocado muitas transformações nos ecossistemas, o
lançamento, por exemplo, de matéria orgânica nos rios, pode provocar desequilíbrios
ecológicos.
Com a construção do espaço geográfico o homem provoca grandes mudanças no
seu entorno, na região e em escala maior no planeta, tanto é que existem áreas em que a
degradação do ambiente já alcançou condições de irreversibilidade, onde já se formam
pequenos desertos que podem se expandir para áreas vizinhas. Faz-se necessário e
urgente que o ser humano compreenda e respeite o meio ambiente, utilizando-o ao seu
favor de maneira equilibrada que não provoque a destruição das maravilhas que o mesmo
tem a oferecer.
O manejo adequado de ecossistemas, como por exemplo: os rios e lagoas,
manguezais, estuários, recifes de corais, e outros, garante a manutenção de muitas
espécies de animais, das quais depende a sobrevivência de grande parte da população.
Quanto à relação meio ambiente e saúde é possível afirmar que algumas doenças são
transmitidas principalmente pelas condições em que determinados ambientes se
encontram. A partir de um ambiente contaminado é possível contrair, por exemplo, a
verminose, doenças respiratórias, problemas de audição. Está sempre em evidencia que
a ação impensada do ser humano sobre a natureza trás consequências desastrosas para
toda a humanidade (PERONI, 2011).
Em relação ao precioso liquido indispensável para a vida na terra, a água é muito
superior ao total consumido pela população, porém por conta da má distribuição desigual
a mesma poderá um dia acabar levando em consideração a “degradação dos recursos
hídricos”, é preciso que se tenha um manejo adequado dos recursos hídricos, adequando-
os ao uso que garanta água de qualidade desejáveis e aos diversos fins. Colocando toda
questão ambiental a nível global a população encontra-se em um grande dilema: como
14
crescer, como avançar, como produzir, como acompanhar os grandes avanços
tecnológicos, sem atingir fortemente a população e consequentemente ao meio ambiente.
Ao pensamento global se torna mais dificultoso se encontra um equilíbrio prazeroso para
ambas as partes (WEBER, 2008. P. 20-27).
Falar em “degradação ambiental” é muito simples o difícil é adotar no dia a
dia hábito que realmente tenha efeito diretamente na nossa rotina. A maioria da
população procura um culpado para os problemas, um culpado para os problemas
ecológicos, e eu pessoa, humana o que tenho feito? Qual a minha ação ao ver, por
exemplo, um lixão no meu bairro? Pois bem é fácil fechar os olhos e jogar a
responsabilidade para os governantes, mais eu, simples cidadão o que tenho feito de
concreto para colaborar um pouco a manter o equilíbrio em ambientes que estão com
problemas sérios com o lixo da população. São fatos questionadores que nos leva a
refletir.
Assim essa pesquisa cientifica a nível TCC – trabalho de conclusão de curso –
denominada Impactos Ambientais na Rede de Drenagem Urbana na Cidade de São
Bento do Una: O Caso do Rio Una. Elucida primeiramente o conceito de impacto
ambiental, como esses impactos se relacionam com os assentamentos urbanos
começando na escala maior enfatizado com os impactos ambientais hídricos se
estabelecem nos principais rios dos continentes do mundo. Na escala mediana tem o
Brasil como foco, o rio Tiete em São Paulo e a Bahia de Guanabara que será palco das
olimpíadas em 2016. Em outro momento discutem o conceito de DBO, a temporariedade
e decomposição dos resíduos sólidos lançados nos rios, os dez principais tipos de
poluentes.
Por fim na escala espacial menor teve como objetivo os impactos ambientais do rio
Una na cidade de São Bento ao Una, onde se verificou a comprovação das teorias da
fundamentação teórica.
15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
2.1. O que é Impacto Ambiental
De acordo com SANTOS (2006): A avaliação de “Impacto Ambiental” é um
instrumento formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o
início do processo, que se faz um estudo dos impactos ambientais de uma ação proposta
e de suas alternativas, bem como sobre a qualidade ambiental e os recursos naturais.
Sendo assim envolve uma mudança no meio ambiente que é causada graças às ações
derivadas do ser humano. Mas tendo dois eixos que são positivo ou negativo, sendo que
o negativo representa uma quebra no equilíbrio ecológico, que provoca graves prejuízos
no meio ambiente, e leva ao meio ambiente a destruição de sua fauna e flora o que
demora anos para se recuperar.
Um motivo com diversas modalidade e divergências, tem início com pequenos atos
e que são questionadores cada vez mais, transforma o que antes era belo em desrespeito
com o ambiente que se restaura e persiste ao longo dos tempos. Uma alteração com
inúmeros significados sendo causada principalmente graças á atividade do ser humano.
Mas os “Impactos” pode ser tanto positivo como negativo com uma diferença entre
ambos, sendo que o negativo representa uma quebra no equilíbrio ecológico, sendo
refletidas transformações como, por exemplo: destruição da mata ciliar, poluição dos
recursos hídricos, queimadas, mudanças climáticas, extinção de animais, inundações,
erosões e etc. São situações que devastam locais e belezas agredidas pelas mãos dos
habitantes.
2.2 principais problemas ambientais que impactos os rios.
Um dos principais problemas que envolvem impactos ambientais principalmente
em rios é o crescimento de cidades, pois avança e ocupa limites antes naturais, como é o
caso dos rios que percorrem área urbana e tem seus terraços ocupados com a
construção de casas, ruas, vilas e por fim cidades. Quase sempre essas ocupações
ocorrem sem que haja planejamento urbano adequado, por conta disso causam riscos ao
meio natural e ao próprio ser humano.
Outras modificações atuais visíveis é a retirada de áreas verdes das proximidades
do rio para a construção de prédios, residências, fábricas e outros tipos de construção.
Invadindo habitats e destruindo áreas naturais.
16
Um trecho com pouca área verde pode aumenta e muito a poluição atmosférica,
além de ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em períodos
chuvosos. Os rios que tem seu trajeto que permeiam uma determinada cidade e que
cresce rapidamente, sem ordem de desenvolvimento e sem planejamento, podem sofrer
também com a grande quantidade de lixo e esgoto doméstico que são jogados em suas
águas. Populares que contamina espaços naturais e ao mesmo tempo modifica-o. Como
sabemos o crescimento populacional sem sombra de duvidas gera o aumento bastante
significativo na produção de resíduos sólidos.
Alguns exemplos de áreas que sofrem com caso de contaminação/poluição são as
regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e entre outras, ou
seja, onde o giro de pessoas acontece com mais intensidade. Alguns dos impactos
relacionados aos rios são: Desmatamentos, construção de barragens, retirada de solos,
ocupação de terraços de rios, etc.
2.2.1 Desmatamento:
Uma das grandes preocupações contemporâneas envolve o desmatamento
também chamado de desflorestamento é um processo de remoção e agressão total ou
mesmo parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, esse processo
ocorre para fins econômicos, visando à utilização comercial da madeira das árvores e
também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. A atividade
mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas também aparecem como
causas de tal ocorrência.
Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois,
embora tente controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à
medida que seus sistemas econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão
mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento da
fronteira agrícola sobre as áreas da Floresta Amazônica. No entanto, recentemente, o
país foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma ampla área verde, mas que vem
desflorestando duas vezes mais do que é desmatado anualmente no território brasileiro.
Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU),
atualmente são desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a
perda não tão somente de vegetações, mas também de várias espécies animais, pois o
seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode
17
tornar-se ameaçado. Para combater o desmatamento no mundo e também no território
brasileiro, é necessária a adoção de medidas em diferentes escalas, do individual ao
governamental.
Cada cidadão deve fazer sua parte, evitando que, nas áreas urbanas, o número de
árvores por habitante não seja muito pequeno, preservando a vegetação existente e
procurando cultivar novas espécies. Os governos também possuem a função de adotar
medidas de conservação das áreas naturais com vigilância, fiscalização e repressão dos
agressores a áreas de reservas naturais.
Figura 1: Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente começou pelo ser humano
matando a fauna e flora e também, invadindo a vegetação em uma área preservada. Fonte: Site
desmatamento/causa (agosto, 2014).
No caso do Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro a
sofrer com esse processo foi a Mata Atlântica, que hoje conta com cerca de 7% de sua
área original. Os Pampas e a Mata de Araucária também passaram por graves processos
de desmatamento, o que também vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse último
profundamente devastado durante a segunda metade do século XX. A Amazônia parece
ser o próximo alvo e, embora os últimos anos o desmatamento tenha apresentando
diminuições, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de árvores a cada
ano.
18
2.2.2 Construção de Barragens:
A Construção de uma Barragem envolve diversas anomalias, pois é uma barreira
artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades da água que
por ali passa. A sua utilização serve, sobretudo para abastecimento de zonas
residenciais, agrícolas, industriais, para produção de energia eléctrica e etc.
As barragens foram, desde o início da história da Humanidade, fundamentais ao
desenvolvimento. A sua construção devia-se, sobretudo à escassez de água no período
seco e à consequente necessidade de armazenamento de água. Á nível mundial,
algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo,
no Egito, Médio Oriente e Índia.
Na Índia apareceram barragens de aterro de perfil homogéneo com
descarregadores de cheias para evitar acidentes. Com a Revolução Industrial, houve a
necessidade de construir um crescente número de barragens, o que permitiu o
progressivo aperfeiçoamento das técnicas de projeto e construção. Apareceram então as
primeiras barragens de aterro modernas e completas de avanços tecnológicos.
Figura 2: Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ação do homem
para a construção de uma barragem. Fonte: Construções e Serviços (Abril, 2012).
As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto
através da chuva como também pela captação da água caudal do rio existente. Faz-se a
19
barragem unindo as duas margens aprisionando a água. As barragens são muito
importantes para o mundo moderno, pois são elas que permitem que haja água potável
canalizada nas grandes metrópoles mundiais e fornecem-nos a energia elétrica, tão
necessária ao nosso dia a dia.
É por esse fato que antes de se construir uma barragem se fazer necessário
estudo de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecológico
que tem como função preservar os ecossistemas já existentes no rio e respectivas
margens. No entanto, nos últimos 50 anos o desempenho e os impactos ambientais das
grandes barragens transformaram os rios, enquanto que estudos demonstram que entre
40 a 80 milhões de pessoas foram deslocadas para outras áreas.
2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios:
Uma área de rio que sua margem é retirada além de solo sua vegetação, se torna
um percurso perigo em constante deslizamento por toda área, mas uma das principais
funções ecológicas dos ribeirinhos é proteger as margens dos rios, impedindo o aporte de
sedimentos ao leito, conservando a quantidade e a qualidade da água. Trechos em
constate mudanças relacionados com impactos ambientais faz com que estes locais
sejam protegidos por lei, constituindo-se em áreas de preservação permanente da flora e
fauna. Infelizmente, devido ao crescimento demográfico intenso e a ocupação do
ambiente pelo homem, de forma não planejada, percebe-se uma degradação atual
generalizada destes ambientes, principalmente nas cidades.
Este quadro agrava-se ainda mais, quando se trata de bacias hidrográficas que
passa por dentro da cidade, como é o caso do Município de São Bento do Una-PE. Neste
contexto, é indispensável à reversão desta situação alarmante, através de ações de
recuperação dos ambientes ciliares e áreas de influência, não deixando de considerar a
presença do homem.
A vegetação existente ao longo dos rios funciona como um obstáculo natural ao
escoamento das águas, que ficam retidas e são absorvidas, em grande parte, pela mata,
evitando que uma quantidade exagerada de partículas sólidas seja arrastada e
consequentemente depositada nos leitos dos rios. Além de evitar o assoreamento do leito
dos rios, a mata ciliar consiste num ecossistema peculiar que abriga uma diversidade
florística e faunística de vital importância para o equilíbrio de toda uma região.
20
Figura 3: Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e porções que já foram extraídos
modificando ao meio ambiente. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.
Ao interferir em áreas naturais ocorre que mudanças significantes e notáveis são
vistas, podendo causar problemas diversos. O dano ambiental é de caráter permanente e,
portanto, deve ser reparado o mais depressa possível. Afinal, se assim não ocorrer, seus
efeitos poderão ser sentidos muito tempo depois por toda a sociedade, podendo inclusive
atingir proporções municipais, estaduais, federais e assim por diante.
2.2.4 Ocupação de Terraços Próximos aos Rios:
Ocupação em locais impróprios de moradia vem ao longo dos anos crescendo
junto com o processo de expansão urbana associada ao crescimento populacional e
desenvolvimento econômico. Assim inicia-se uma intensa intervenção em ambientes
naturais. Com isto pode acontece diversos problemas erosivos por toda a área e extensão
até onde se segui a questão de ocupação em locais que não são adequados. Áreas com
essas denominações durante o período chuvoso tornam-se propicias a acidentes como,
por exemplo, deslizes, desmoronamento, assoreamento e etc. No Brasil a ocupação ilegal
para fins habitacionais, em especial as áreas próximas a rios e mananciais é fácil
justamente pela facilidade de ocupação. Porém devido à falta de infraestrutura
21
habitacional, principalmente no quesito saneamento básico, da ocupação dessas áreas
decorrem vários problemas ambientais tais como a contaminação da água.
Além disso, o modo como estas casas são edificadas nesses locais não é
adequado o que favorece a contaminação dos indivíduos que nelas residem por diversos
tipos de patologias. Além destes problemas gera outro de ordem constitucional: o conflito
entre dois direitos fundamentais, o direito à moradia e o direito a um meio ambiente sadio
e ecologicamente equilibrado para as atuais futuras gerações que estão por vi.
Um dos casos envolvendo a ocupação de terraços próximos as margens de rios
são relacionados à ação antrópica, que nada mais é alterações realizadas pelo homem no
planeta Terra. Tendo em vista que as formas de exploração de determinada região são
realizadas somente pela população visando atividades de subsistência, representada pela
destruição das margens e da vegetação e assim ocupando o espaço. Isso pode ser
notado ao analisa a seguinte imagem onde mostra ocupações irregulares próximo de
onde passa o rio. (Figura 4).
Figura 4: Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupação das casas nas margens, e assim é
depositado esgoto, lixo doméstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente
ocorrerá um desastre. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Março, 2013).
O planeta Terra e coberto por 71% por ela, sem a água não seria possível à
existência de nós seres Humanos. No entanto ironicamente o sistema econômico a qual a
sociedade é organizada economicamente para atender as necessidades tem anomalias e
22
por ter objetivo lucro e ideologia de natureza é infinita levou no presente século ao conflito
homem-natureza. Nessa luta desigual são os seres Humanos os maiores poluidores
desse bem indispensável.
2.3. Os principais poluentes da água.
Na pesquisa bibliográfica que utilizou para embasamento teórico relacionado a
impactos ambientais sobre a questão hídrica foco deste TCC percebeu-se que os
principais poluentes presentes nas águas de rios relacionam-se a uma lista de pelo
menos dez tipos de poluentes:
Os principais poluentes das águas de rios:
Tipo: Categoria:
1. Óleo de cozinha; Doméstico;
2. Chorume; Doméstico e Industrial;
3. Metais pesados; Industrial Pesado;
4. Lixo nuclear; Industrial Energético;
5. Fertilizantes químicos; Agricultura;
6. Poluição térmica; Industrial Energético;
7. Petróleo; Industrial Térmico;
8. Chuva ácida; Siderurgias;
9. Resíduos sólidos; Domestico, Comercial, Industrial;
10. Esgoto doméstico. Domestico.
Tabela 1: Principais poluentes das aguas dos rios.
Autores: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablícia Correa Leite 2015.
Esgoto doméstico são todos os resíduos líquidos que saem de uma propriedade.
Caracterizado pela água do chuveiro, descargas da privada, das pias e ralos. Quando
despejado em rios ou córregos contaminam o meio ambiente. A água proveniente dos
esgotos é composta por inúmeros elementos, no entanto os que se destacam são os
compostos orgânicos ricos em microrganismos que ao encontrarem o meio ambiente se
desenvolve de forma rápida. Podendo causar doenças e infecções. Quanto à política ou
23
forma de controle seria nunca em hipótese alguma despejar esgoto em rios ou córregos,
caso não seja possível efetuar o tratamento do esgoto através de empresas
especializadas deve-se acondicionar o esgoto em buracos denominados fossas sépticas
ou em biodigestores. O ideal é que a água de pias e ralos esteja separa da água da
privada, pois cada uma apresenta resíduos diferentes. Entre os principais resíduos que
compõe o esgoto doméstico destacam-se:
2.3.1 Óleo de cozinhas
Um litro de óleo de cozinha pode contaminar até um milhão de litros de água. Os
óleos vegetais provoca um aumento excessivo na quantidade de nutrientes (fósforo
e nitrogénio) favorecendo a proliferação de determinadas algas
e consequente eutrofização, o que causa a morte de peixes e outros animais, além de
odor e aspecto extremamente desagradáveis. Quanto a solução desse tipo a política seria
armazenar todo o óleo utilizado em sua cozinha em recipientes isentos de vazamentos,
descartá-los em locais apropriados para descarte.
Figura 5: Óleo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais.
Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.2 O Chorume
O Chorume é um liquido que possui um nível alto de poluição que precisa ser visto
como algo que pode ser evitado a partir do momento que a população entenda que com
24
ações de respeito ao meio ambiente é possível se não acabar mais diminuir a quantidade
de Chorume no planeta, uma das muitas dicas é direcionar o lixo produzido para o devido
lugar. Essa substância é encontrada em aterros sanitários, lixões e também em
cemitérios, sendo que o nome dado ao líquido resultante da decomposição de cadáveres
é o necrochorume. É um poluente viscoso, de cor escura e possui cheiro fortemente
desagradável que procede de reações e processos físicos, químicos e biológicos
juntamente com a água das chuvas que percorrem através da massa de líquido aterrada.
Sendo um agente poluente, causa sérios danos ao meio ambiente, pois além da
baixa biodegradabilidade, possui metais pesados os quais os organismos são incapazes
de eliminar, acumulando-os. Embora muitos metais sejam essenciais para o crescimento
dos organismos e para suas reações biológicas, o seu acúmulo em altos níveis é tóxico e
causa sérios riscos.
Figura 6: Exemplo de uma rua poluída com a ação do “Chorume”, o que causa preocupação ao meio
ambiente. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.3 Metais pesados
Assim como todos os poluentes do meio ambiente o metal pesado é um dos
agravantes ao meio ambiente que mais chamam a atenção, pois o ser humano tem
produzido cada vez mais esse material pela vasta gama de atividades desordenadas, sem
limites, podemos destacar dentre tantos os resíduos, o lixo mesmo em si que são
25
jogados, por exemplo, nos rios, nas próprias ruas, em nossas casas, tudo sem o menor
senso de responsabilidade com a degradação das riquezas naturais.
Geralmente resultantes de processos industriais, substância como mercúrio, o
chumbo e o cádmio são classificados como metais pesados e tem uma capacidade tóxica
altíssima eles se acumulam no organismo e podem causar sérios problemas como o
câncer ou outras doenças.
A medida para se evitar esse tipo de desastre cabem às indústrias: todos os
rejeitos do processo produtivo devem ser corretamente destinados; além disso, essas
empresas precisam ser fiscalizadas monitoradas. Caso a indústria não realize o
tratamento adequado, esses metais serão lançados nos rios; contaminado todo o curso
de água.
Figura 7: Material pesado este é um dos poluentes que chama a atenção, pois é bastante agravante sua
poluição. Fonte: Química Ambiental em 2015.
2.3.4. Lixo nuclear
É um forte causador de doenças que levam a morte caso o ser humano fique em
contato com lixo nuclear, o que precisa ser devidamente destinado assim como todos os
poluentes da natureza deve ser, porém esse necessita ser um pouco mais de
responsabilidade para que não só, animais rios assim como outras riquezas naturais não
sejam afetados. Com a criação das usinas nucleares os problemas provenientes com a
sua emissão também aumentará. Esses resíduos são existentes através de todo o
26
processo, desde a fase de mineração até a fase final de reprocessamento do combustível
nuclear. O mesmo sendo encontrado na natureza permanecerá por um bom tempo como
uma fonte de poluição e perigo.
Figura 8: Produto químico com alto risco de poluição sendo exposto ao ar livre, o perigo é grande de
contaminação. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.5. Fertilizantes químicos
Apesar de sua utilidade é um agravante ao meio ambiente, muito usado por
agricultores para a melhora da qualidade das produções, no entanto é preciso cautela por
que o ser humano é atingido diretamente a partir da ingestão dos alimentos que
receberam o uso de fertilizantes.
27
Figura 9: Fertilizantes Químicos sendo expostos ao solo. Fonte: Química Ambiental em 2015.
Os fertilizantes são compostos químicos utilizados na agricultura para aumenta a
quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente conseguir um ganho de
produtividade. Atualmente, são muito utilizados, ainda que paguemos um alto preço por
isso. Entre os problemas estão: a degradação da qualidade do solo, a poluição de fontes
de água e da atmosfera e aumento da resistência de pragas.
Existem dois grandes grupos de fertilizante: “os inorgânicos e os orgânicos”;
ambos podem ser naturais ou sintéticos.
Os “inorgânicos”, mas comuns levam nitrogênio, fosfatos, potássio, magnésio ou
enxofre e a maior vantagem desse tipo de fertilizantes esta no fato de conter grandes
concentrações de nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente
pelas plantas. Já os fertilizantes “orgânicos” são feitos a partir de produtos naturais, como
húmus, farinha de ossos, torta de mamona, algas e esterco.
2.3.6 Poluição térmica
Surge a partir do aquecimento das águas, aumento da temperatura, essa poluição
acontece através da água utilizada na refrigeração, usinas nucleares e outras industriais.
Outro agravante do problema é a junção da água poluída por resíduos químicos com a
água quente, aí teremos tanto a poluição aquática como a térmica. Com certeza não
28
haverá vida neste meio, e é assim que a cada dia nossos rios vêm sendo
progressivamente agredidos pelo homem.
Figura 10: Poluição Térmica que acontece através das usinas que transmitem constantemente materiais
que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora. Fonte: Poluição/Térmica blog spot em 2011.
2.3.7 Lançamento de derivados do Petróleo
O petróleo apesar do que muitos pensam não é uma descoberta nova, por
exemplo, os povos egípcios já usavam esse material, no Brasil, o petróleo já era utilizado
na época do regime imperial, no entanto é o Brasil considerado o grande detentor dessa
riqueza.
O petróleo é um tipo de combustível fóssil de origem animal e vegetal formado
geologicamente há milhões de anos. É uma substância líquida oleosa de coloração
escura encontrada em muitos lugares no mundo, que pode ser extraída no continente, em
terra firme e também no assoalho oceânico.
O vazamento de petróleo pode ocorrer em navios petroleiros, nas plataformas de
extração e nos oleodutos de distribuição, causando danos enormes ao meio ambiente.
29
Figura 11: Observam-se animais cobertos de petróleo nos oceanos, o vazamento deste combustível traz
danos incalculáveis para os ecossistemas aquáticos. Fonte: blog. Planalto 13 de ago. de 2015
2.3.8. Chuva ácida
Acontece com o aumento da concentração de óxidos de enxofre e nitrogênio na
atmosfera. Os óxidos e óxido de carbono são chamados de ácidos porque em contato
com a chuva geram ácidos. Atualmente, a chuva ácida é um dos principais problemas
ambientais nos países industrializados. Ela é formada a partir de uma grande
concentração de poluentes químicos que são despejados na atmosfera diariamente.
Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustíveis fosseis, formam
nuvem neblinas e até mesmo neve.
Este tipo de chuva pode até mesmo provoca o descontrole de ecossistema, ao
exterminar tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode
também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares,
por exemplo.
30
Figura 12: Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que são transmitidos ao ar
livre pelas indústrias e destruindo a fauna e flora. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).
2.3.9. Lançamento de resíduos sólidos
São todos os restos de sólidos ou semissólidos das produções humanas, objetos
que não servem para a principal função a que foram construídos, podem ser reutilizados
para outros fins, por exemplo, como insumo para outras atividades. O lançamento de lixo
nas ruas pode gerar sérios problemas ambientais em varias partes do planeta e causar
prejuízos gravíssimos a natureza.
Ao jogar o lixo na rua depois de uma chuva, esse lixo muito provavelmente vai
parar no sistema de “Drenagem da Cidade” e este muito provavelmente vai conduzir este
lixo para os rios que o levara até os mares.
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Figura 13: Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem
dentro de um ambiente desolador ao individuo. Fonte: Educação Ambiental em 2015.
2.3.10. Esgoto doméstico
São todos os formados pelo uso da água em trabalhos domésticos. O saneamento
é um item básico e que deveria ser assegurado a todos os habitantes das áreas urbanas.
Mas, infelizmente, não é o que acontece. Por negligência dos órgãos públicos, o esgoto é
jogado em locais inapropriados e que acaba chegando até os rios e lagos.
Hoje, 70% da poluição encontrada nas águas dos lagos e rios são provenientes da
rede de esgoto doméstica. Os outros 30% vem do lixo jogado pelos cidadãos. Os níveis
de poluição das águas chegaram a um ponto em que fica cada vez mais difícil reverter à
situação.
Tendo em vista que o esgoto doméstico é composto por toda a água e resíduos
que percorre os encanamentos de casas, hospitais e todos os estabelecimentos
comerciais. Ou seja, pode-se dizer que é todo o lixo que produzimos utilizando a água,
que desce por todas as pias e vasos sanitários, além do chuveiro e ralos espalhados pela
casa. Toda essa complexidade tem em seu destino final os rios, que recebe qualquer
forma de poluição, prejudicando toda área que o compreende, e assim a água da chuva
que corre pelas calçadas das ruas também se misturam nas redes de esgoto,
acontecendo um ciclo vicioso de degradação.
32
Figura 14: A figura mostra esgoto doméstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificações
ambientais. Fonte: Química Ambiental em 2015.
2.4. O problema das escalas temporais de decomposição do lixo urbano.
Um dos principais problemas do lixo não tratado que não tem destino adequado em
aterros ou de não ter uma coletado eficientes nas áreas urbanas, ou ainda lançados pelos
moradores oriundos de ausência de educação doméstica e ambiental certamente são as
ruas, depois os córregos e depois os rios, isso geralmente ocorre porque a educação
ambiental nas escolas ou mídia, etc., não tem suficiente para as pessoas entenderem que
não estamos fora da natureza e sim dentro dela, é parte dela, a cidade não está suspensa
no espaço sideral e sim inserida na natureza, desse modo não tem como lançar o lixo
aqui ou mais ali porque tudo no entorno é natureza, quando na verdade é possível usar
técnicas de tratamentos de resíduos, primeiro comprando menos, usar mais os produtos
que compramos reciclar o possível, e no lançar ao lixo o mínimo. Após essa etapa os
resíduos podem ser reciclados e evitados de ser lançados em rios etc.
Cada material que usamos e que logo após o uso descartamos são compostos de
materiais diferentes, logo sua decomposição também é diferentes, assim cada objeto de
acordo com sua composição química e física leva determinado tempo para decompor.
Alguns dos mais comuns são plásticos, papel, etc. (Figura 15).
33
Tipo Tempo de decomposição
Papel; De 3 a 6 meses;
Caixa de Papelão; No mínimo 6 meses;
Embalagem de Leite; Também uns 6 meses;
Pano; De 6 meses a 1 ano;
Filtro de Cigarro; 5 anos;
Chiclete; 5 anos;
Madeira Pintada; 13 anos;
Boia de Isopor; Por volta de 80 anos;
Copinho de Plástico; Quase 100 anos;
Garrafa Plástica; Mais de 100 anos;
Latinha de Cerveja; Mais de 100 anos;
Linha de Pesca; Além de 600 anos;
Fralda Descartável; Cerca de 450 anos;
Lixo Radioativo; Uns 250.000 anos;
Vidro; Cerca de 1 milhão de anos;
Pneu. Não sabe ao Certo.
Tabela 2: Observa-se no quadro uma representação dos objetos e o tempo que cada um leva para se
decompor. Autores: Cibele Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablícia Correia Leite. 2015.
2.5. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
A estabilização ou decomposição biológica da matéria orgânica lançada ou
presente na água envolve o consumo de oxigênio (molecular) dissolvido na água, nos
processos metabólicos desses organismos biológicos aeróbicos. Em função do citado
anteriormente, a redução da taxa de oxigênio dissolvido em um recurso hídrico pode
indicar atividade bacteriana decompondo matéria orgânica. Logo, surge o conceito da
34
demanda de oxigênio em relação à matéria orgânica, sendo muito utilizadas as demandas
bioquímicas de oxigênio (DBO) e a química de oxigênio (DQO).
Entende-se por DBO a quantidade de oxigênio molecular necessária à estabilização
da matéria orgânica carbonada decomposta aerobiamente por via biológica e DQO, a
quantidade de oxigênio molecular necessária à estabilização da matéria orgânica por via
química. Microrganismo e vegetais heterótrofos, quando em grande numero podem
reduzir o OD a nível zero. Sendo que a proliferação de tais organismos depende das
fontes de alimento, ou seja, matéria orgânica. A demanda de oxigênio provocada pela
introdução de despejos orgânicos em recurso hídrico é uma demanda respiratória, uma
vez que a oxidação desse material é realizada exclusivamente por via enzimática, logo se
trata de uma demanda bioquímica de oxigênio. (VALENTE, 2009)
Com todo esse processo a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) corresponde à
quantidade de oxigênio necessário para ocorrer à oxidação da matéria orgânica
biodegradável sob condições aeróbicas. É a quantidade de oxigênio utilizada na oxidação
bioquímica da matéria orgânica, num determinado período de tempo, é expressa
geralmente em miligramas de oxigênio por litro. A Demanda Bioquímica de Oxigênio é o
parâmetro mais empregado para medir a poluição, a determinação de DBO é importante
para verificar-se a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica.
Esta medida da quantidade de oxigênio consumido no processo biológico de
oxidação da matéria orgânica permite chegar à conclusão: grandes quantidades de
matéria orgânica utilizam grandes quantidades de oxigênio, assim, quanto maior o grau
de poluição, maior a DBO.
35
Figura 15: A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indústrias que não sevem
para uso, entretanto esse tipo de descarte é em uma área pertencente ao rio aumenta a sua DBO.
Fonte: Química Ambiental em 2015.
O valor da Demanda Bioquímica de Oxigênio é usado para estimar a carga
orgânica dos efluentes e dos recursos hídricos, e com estes valores é possível calcular
qual a necessidade de aeração (oxigenação) para degradar esta matéria orgânica nas
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s). Processos de transformação da matéria
orgânica que permitem determinar a DBO: 1- Demanda carbonácea (presença de CO2):
inicialmente os microrganismos utilizam o oxigênio dissolvido (OD) para transformar o
carbono em CO2; 2- Demanda nitrogenada (nitratos e nitritos): os microrganismos utilizam
o oxigênio dissolvido (OD) para transformar os compostos nitrogenados em nitratos (NO3-
) e nitritos (NO2-). (LÍRIA ALVES DE SOUZA, 2010. P. 41-53).
2.6. Condições ambientais dos principais rios no mundo
Atualmente os problemas ambientais estão sendo algo bastante visado e
percebido, em todo o mundo, pois são fatos e acontecimentos que afetam todo o
equilíbrio ambiental tanto da fauna como da flor, sendo eles múltiplos vastos e de enorme
gravidade, prejudicando todos os seus biomas. Entre as principais ameaças estão à
poluição da água, do ar e do solo, o desmatamento, o depósito e disposição de lixo em
locais inadequados, o desperdício de alimentos e de recursos naturais, tudo isso se
reflete no aquecimento global.
36
Todas elas têm sua raiz na explosão demográfica, na acelerada expansão urbana
e agropecuária, e no proporcional aumento no consumo geral de recursos, podendo agir
em separado, mas em geral fazendo-o em combinação, e desencadeiam uma série de
impactos negativos sobre a biodiversidade, fazendo declinar populações, extinguindo
espécies, privando-as de comida e abrigo, e provocando-lhes doenças, redução em seu
crescimento, anomalias genéticas e outros males (Antônio, 2008. P. 62-67.).
A poluição hídrica corresponde ao um processo extremo tanto de descuido como
falta de respeito, o que se observa bastante em metrópoles, cidades, ruas, e etc., são
espaços com contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, e
chegando ao ponto máximo tendo seu fim em mares e oceanos.
Entre os principais rios do mundo destacam-se, por exemplo: só para cita alguns,
na Ásia o Rio Citarum, na África o rio Nilo, no Continente Europeu rio Tâmisa, no
continente americano Rio Colorado, Nos rios no Brasil o caso do Tiete, Baía de
Guanabara e entre outros.
2.6.1 Poluições em rios do continente asiático
O Rio Citarum na Índia localiza-se ao oeste da ilha de Java, na Indonésia, há
duas décadas seu longo percurso era limpo, onde todos próximos passavam a maioria
dos dias, era o centro de atenção da região. A 40 km a leste de Jacarta, há um rio com
mais de 300 quilômetros de extensão. Por milhares de anos, o rio Citarum foi um recurso
importante para. Hoje, continua sustentando a pesca, agricultura, geração de energia
elétrica e saneamento básico para quase 30 milhões de habitantes.
Quando a população vivenciou uma explosão de desenvolvimento, pouca atenção
foi dada para os principais componentes da infraestrutura. O tratamento adequado para a
eliminação de resíduos foi amplamente negligenciado. Como resultado, os fabricantes e
os moradores abusaram do rio, deixando o Citarum como um dos cursos de água mais
poluídos do mundo.
A geografia da ilha fez com que o rio Citarum se tornasse uma escolha fácil para as
empresas com considerações de exportação. Infelizmente, ele também era um veículo
conveniente para a eliminação de resíduos e o súbito enriquecimento da região fez com
que não se ressaltasse essa preservação das águas do rio. O crescimento descontrolado
37
da indústria tem abusado cada vez mais do rio Citarum. A qualidade da água se deteriora
significativamente no exterior das fábricas, onde tubos de evacuação expelem uma
mistura tóxica criando uma imagem assustadora e revoltante do rio (Segundo Sonia
10.2010).
A principal causa da poluição de rios, lagos e lagoas são
iguais no mundo inteiro; o crescimento exponencial da
população exige mais exploração dos recursos naturais
acima da capacidade de recuperação natural do
ecossistema. Quanto mais pessoas se acomodam numa
cidade, mais água é consumida, mais esgoto é lançado,
mais lixo é descartado, e mais indústrias aparecem.
As cidades que não tem planejamento e estruturas para esse crescimento
desordenado acabam descuidando do meio ambiente, o que leva a desmatamentos,
poluição do ar, ilhas de calor, engarrafamentos extensos, surgimento de lixões,
proliferação de doenças, poluição das águas, entre outros problemas.
Figura 16: Observa-se na ilustração o “Rio Citarum” que é o rio mais poluído do mundo, além de serem
depositados todos os resíduos sólidos das residências, todos os resíduos das indústrias são jogados no seu
entorno. Fonte: Blog Meio Ambiental e consequências (Abril, 2015).
Desafio é atravessar e conseguir vê a água, depois de tantos anos o “Rio Citarum”
e toda sua margem são absurdamente sujos, sendo o primeiro rio mais poluído do mundo.
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O rio Citarum, perto de Jacarta, capital da Indonésia, é o depósito de lixo doméstico de
nove milhões de pessoas. Incluindo ainda resíduos industriais de cerca de 500 fábricas, e
a maioria usa e abusa de materiais totalmente químicos.
O Rio Yamuna se localizado na Índia, é um dos rios mais polidos do mundo, seu
percurso é próximo ao Taj Mahal, absorve enormes quantidades de lixo industrial,
resíduos agrícolas e esgoto, não tratado de diversas outras cidades que ficam mais
próximas, incluindo Nova Delhi, a capital da Índia. Todas depositam diversas quantidades
de lixo em seu percurso. Sua água não pode ser bebida, e muito menos usada para
algum fim, o que força a formação de poços artesanais, e a compra de água filtrada. Ou
seja, sendo luxo total água potável para a população indiana.
Figura 17: Rio indiano que se encontra poluído, no Yamuna diariamente é depositado resíduos sólidos de
indústrias e das residências, torna a água incapaz de ser usada. Fonte: Blog Alberto Pasqualini (Outubro,
2013).
Ao longo dos dias com o aumento da poluição no rio Yamuna, ao lado do Taj
Mahal, na Índia, causa dezenas de morte de animais marinhos, desenvolve-se também
um mau cheiro claro e especifico dessa área poluída. Quantos e quantos animais
marinhos e terrestres são mortos por conta desses rejeitos (um papelzinho de bala, uma
sacolinha de picolé, um pedaço de papel sem importância) são materiais que não faz
diferença onde é jogado, mas porem juntadas com vários outros materiais sem valor
39
econômico ai tem diferença. Ou seja, trata-se de um problema socioambiental mundial de
elevada gravidade.
Ao longo dos anos as autoridades buscam recuperar as condições atuais do Rio
Yamuna são de degradação em seu percurso e, sobretudo em suas margens, o que leva
as condições existentes são os esgotos domésticos e o lixo industrial, são as principais
causas da poluição do rio. Mas o governo da Índia busca melhora a qualidade da água na
Bacia do Rio Yamuna. Através do controle em despejos residuais na bacia, pois além de
ser um dos rios mais importantes e sagrados da Índia. Milhões de pessoas no país
dependem do rio, que tem 1.376 km de extensão, para fins domésticos, industriais e
agrícolas.
Ao observar o Lago Karachay, que se localiza na Rússia visivelmente não nota se
o grau de poluição, embora a olho nu seja bonito e límpido, emite 200 vezes mais
radiação do que seria considerado normal, sendo suficiente para matar qualquer individuo
em menos de uma hora de exposição ao Lago.
Tudo isso começou em meados da década de 1940, quando o governo da extinta
União Soviética construiu uma “cidade secreta” (Chelyabinsk-40) em uma área escondida
pelos montes Urais, que serviria de base para a produção de armas nucleares. Em 1948,
o primeiro reator do local já estava funcionando, transformando urânio em plutônio –
carga que era enviada para fábricas de bombas.
O Lago tem sua extensão de 673 km e média de 50 km. Com todos esses
problemas depois de três anos infectando, o governo soviético enviou pesquisadores para
se certificar de que a situação estava sob controle. Os cientistas descobriram que, em
apenas uma hora, o rio emitia 25% da radioatividade liberada na região durante um ano
inteiro. Essa constatação fez com que milhares de famílias fossem realocadas.
40
Figura 18: Lago Karachay na Rússia, tendo em seu espaço total uma radiação tão forte que pode mata
qualquer pessoa exposta ao lago. Fonte: PASQUALINI em 24 de Nov de 2009
Apenas três anos mais tarde, foram enviados técnicos para investigar se o despejo
de resíduos não estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras áreas
dificilmente emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma unidade de medida para radiação)
em um ano, o rio Techa emitia 5 Röntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o
governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos
afetados (PASQUALINI, 2009. P. 28-39).
O “Rio Amarelo” é localizado na China, ao seu longo percebe-se que cerca de três
quartos de seu curso encontra-se totalmente poluído, o motivo claro para esse impacto
ambiental são as fábricas que despejam resíduos industriais no rio. Com extensão de
5.464km e bacia de 745.000km2, nasce ao norte do Tibet e ao longo de seu curso muda
várias vezes de direção.
41
Figura 19: Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao norte da China. O rio Amarelo
(Hwang Ho) é o segundo maior rio do país, nasce no planalto do Tibete e percorre 5464 quilómetros até ao
mar Amarelo, drenando uma bacia de cerca de 770 000 Km2. Fonte: Site Papo Fisico em 2013.
A denominação do nome que parece ser um pouco estranho deve-se a enorme
quantidade de lodo que é depositado ao seu percurso e é transportado, sendo por isso
considerado o rio mais lamacento do mundo. Mas assim tendo um grande poder de
sedimentação.
No decorrer da história, as enchentes têm produzido inundações catastróficas e até
mesmo modificações no curso do rio, com perda de milhões de vidas e destruição de
grandes extensões de terras cultivadas. Por isso o rio Amarelo recebeu a designação de
"desgraça da China". A irregularidade do débito, com estiagens no inverno e enchentes
no verão, dificulta a navegabilidade, assim como seu aproveitamento para a irrigação.
Tampouco tem permitido o desenvolvimento de grandes cidades em suas margens (Júlio
Battisti 2012).
2.6.2 Poluição em rios no Continente Europeu
Na Inglaterra o grande rio Tâmisa, que por muitos estudiosos foi considerando
totalmente morto, sem vida marinha, mas atualmente se renova com uma recuperação
exemplar. Segundo Oscar Deina em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o
42
declararam "biologicamente mortas”. A situação era pouco melhor do que um século
antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor".
Dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tâmisa ficou conhecido também como
rio fedorento em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do
mau cheiro – até hoje, foram quase 120 anos de investimento na despoluição das águas
do rio que cruza a cidade de Londres. Milhares de milhões de libras mais tarde,
remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o Tâmisa, que hoje conta com
121 espécies de peixes. Se a poluição começou ainda nos anos de 1610, quando a água
do rio deixou de ser considerada potável, a despoluição só foi começar a partir de meados
do século XIX, na época em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro.
A decisão de construir um sistema de captação de esgotos também deve muito às
epidemias de cólera das décadas de 1850 e 1860. A infraestrutura construída então
continua até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao
longo dos anos. Na época, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente
captava os dejetos produzidos na região metropolitana de Londres e os despejava no
Tâmisa alguns quilômetros rio abaixo (NINI apud Wikipédia 2010).
Na época, a solução funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por
alguns anos. No entanto, com o crescimento da população, a mancha de esgoto foi
subindo o Tâmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto.
Foi então que as primeiras estações de tratamento de esgoto da cidade foram
construídas. No início de março de 2010, o rio teve o nível mais baixo já registrado, o que
revelou uma enorme quantidade de lixo, especialmente de garrafas e sacos de plástico. A
ONG Thames21 tenta realizar a limpeza periódica do rio. Em dez anos, ela contabiliza
que foram retiradas do rio cerca de 250 000 sacolas plásticas (NINI apud Wikipédia 2010).
43
Figura 20: O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de "O Grande Fedor" e
declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espécie de renascimento.
Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. Acesso 20/05/ 2015).
2.6.3. Poluição no Continente africano
O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no
lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente. O famoso Rio Nilo
berço de uma grande civilização é conhecido como principal rio que banha o Egito. E
também o segundo maior rio do mundo em extensão com 6.650 km, perdendo apenas
para o Rio Amazonas. Um destaque bastante perceptível.
O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em
formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo
com 6.650 quilômetros. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria. O
rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar
Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo. Tem extrema
importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito. Numa região desértica, o rio
assumiu funções prioritárias na grande sociedade envolvendo uma civilização grandiosa.
44
Figura 21: Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se
que ao seu trajeto há bastante vegetação, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento
por onde passa trazendo vida em abundancia. Fonte: Educaçao ambiental. (Outubro, 2012).
Atualmente, o rio assume um mérito de privilegiado e assim se torna com grande
importância e função, principalmente na região do Egito. É usado para varias funções
como via de transporte, irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica.
2.6.4 Poluição no continente americano
Rio Colorado é um rio dos Estados Unidos da América e do México. É o rio que
atravessa o Grand Canyon. O rio Colorado corta a região mais árida da América do Norte.
A sua bacia hidrográfica tem 632.000 km², e vai desde as Montanhas Rochosas do
Colorado até o Golfo da Califórnia, no México, passando por cinco estados americanos.
Ao todo, tem 2320 km de extensão e é um dos rios mais longos da América do Norte (P.
Genebaldo Freire Dias, 2012. P. 27-32).
O curso inferior do rio, que forma a fronteira entre a Baixa Califórnia e de Sonora, é
essencialmente uma gota ou um riacho seco hoje devido ao uso do rio como fonte de
irrigação do Vale Imperial. Antes de meados do século 20, o Delta do Rio Colorado
proporcionou um rico estuário pantanoso que agora é essencialmente desidratado, mas
ainda assim é um importante recurso ecológico.
45
Figura 22: O Rio Colorado se localiza na América do Norte, passa por vários cânions e se destacando na
paisagem, formando diversos designers rochosos. Fonte: Blog Gestão Ambiental. (Novembro, 2011).
O mesmo em seu curso alto e médio, o rio segue por um terreno acidentado,
atravessando vários cânions, como o famoso e conhecido mundialmente como o Grand
Canyon. Como resultado, o volume de água na bacia está a diminuir. Os anos de 2000 a
2004 foram os únicos cinco anos consecutivos na história gravada com água abaixo da
média.
Outro caso é o “Rio do Riachuelo”, pois o mesmo passa por um processo de
limpeza da bacia do rio Matanza-Riachuelo, que em seu curso final faz fronteira com a
capital argentina, mostra um progresso notável. Mas o grande desafio a ser alcançado é a
descontaminação de todo seu trajeto, pois estar séculos praticamente sem vida.
A bacia do rio Riachuelo, tem uma extensão de 60 km e tem seu curso existente na
cidade de Buenos Aires ao sul. Na Argentina e em seu entorno 15.000 indústrias
despejam dejetos no rio e atualmente nota-se que as indústrias químicas são
responsáveis por mais de um terço da poluição deste corpo hídrico. Pesquisas relatam
que aproximadamente 60% das cerca de 20 mil pessoas que moram nas proximidades
deste rio vivem em áreas considerada inapropriadas para os humanos, só mostra uma
realidade e um conflito entre homem contra o meio ambiente.
46
Figura 23: Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam
cada vez mais a carga de poluentes. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Março, 2013).
Segundo o bioquímico Oscar Deina, as mudanças estão a acontecer às margens
do rio, que marcam o limite sul da cidade de Buenos Aires, têm florestas, e não mais o
lixo e assentamentos humanos irregulares. O lixo no leito foi removido, e controles
sistemáticos das indústrias e obras são realizados para tratar águas residuais.
2.6.5. Poluição dos rios no Brasil
Um dos mais conhecidos Rios do mundo. Localizado na grande Metrópole, e por
fim desenvolvida São Paulo. Tem seu nome característico e reconhecido por ser poluído
em sua grande extensão, atualmente encontra-se em caso de decomposição de sua rede
de drenagem o que preocupa a população local.
O rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no município
paulista de Salesópolis, a 22 km do oceano Atlântico e a 96 km da Capital. Ao contrário
de outros rios, ele subverte a natureza: como não consegue vencer os picos rochosos
rumo ao litoral, em vez de buscar o mar - como a maior parte dos rios que corre para o
mar – o Tietê atravessa a Região Metropolitana de São Paulo e segue para o interior do
Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num percurso de quase 1.100 km.
47
Figura 24: O Rio Tietê localizado na cidade de São Paulo, passa por gravíssimos problemas ambientais, as
margens e sua água servem como deposito de lixo urbano. Fonte: Blog Espaço Ambiental. (Setembro,
2008).
O Tietê começou a ficar poluído há não muito tempo, na década de 1960 foi que
ele começou a ficar conhecido pela poluição, pois carrega bactérias nocivas à saúde.
Podendo causar doenças como, por exemplo: cóleras, hepatites, micoses, corizas,
verminoses e entre outras, tendo casos graves ao se expor diretamente com esse
ambiente poluído.
No caso do ‘Rio Iguaçu’ localizado no Rio de Janeiro, sua nascente é na Serra do
Tinguá. Tem extensão de 43 km, desaguando na Baía da Guanabara. Antigamente, havia
ainda um afluente importante, o rio Pilar, hoje assoreado. Esse rio foi de fundamental
importância para o desenvolvimento da região da Baixada Fluminense, especialmente
para a criação da cidade de Nova Iguaçu. O porto de Iguaçu, que se localizava nesse rio,
foi o segundo mais importante porto fluvial do Estado do Rio de Janeiro, especialmente
entre 1830 e 1860.
Este Rio só perde para o Tietê, pois é considerado o segundo rio mais poluído do
Brasil. Como todos os outros rios Brasileiros toda a sujeira é composta de resíduos
domésticos, próximos e até mesmo moradias distante são carregadas diariamente e os
48
outros são detritos altamente nocivos jogados pelas indústrias, que poluem sem
conscientização ambiental.
Figura 25: Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de
resíduos sólidos vindos das indústrias que se desenvolvem aceleradamente e resíduos domésticos. Fonte:
Blog Verde. (Março, 2014).
Contudo, com o tempo, o rio Iguaçu perdeu sua importância estratégica. A
ocupação econômica da Baixada Fluminense derrubou as matas nativas, o que causou o
assoreamento dos rios e a diminuição de sua vazão.
2.7 O caso da Baía de Guanabara palco das olimpíadas
A Baía de Guanabara em si, ocupa uma área de aproximadamente 380 km²,
incluindo a superfície de suas ilhas, pedras e ilhotas. A maior largura é de 28 km, atingida
entre a foz dos rios São João de Meriti e Guapi-Macacu e a maior extensão são de 38 km
entre a foz do rio Magé até a barra da baía. A barra possui 1.500m de extensão, e é
dividida em dois canais pela ilha de Cotunduba (COELHO, 2007).
A Baía de Guanabara também abriga grande quantidade de ilhas, destacando-se a
Ilha do Governador, com seus mais de 40 km². As mais de 80 ilhas presentes no interior
da Baía possuem características diferentes. O principal ecossistema da Bacia
Hidrográfica da Baía de Guanabara é a Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais
49
ameaçados do mundo, mas também fazem parte de sua paisagem os brejos e
manguezais (COELHO, 2007).
Figura 26: Baía de Guanabara, um senário belíssimo, mas porem poluídos jogados em ambientes
inadequados tendo fins desagradáveis. Fonte: RJTV (Maio, 2015).
Em 20 anos, os programas de despoluição da Baía de Guanabara, no Rio, já
consumiram R$ 10 bilhões em empréstimos. Hoje, o governo diz que ainda precisa de
mais 20 anos e pelo menos R$ 20 bilhões para recuperar toda a área. Desse total, R$ 13
bilhões poderiam ser gastos nos próximos 5 anos pra melhorar um pouco a situação se a
iniciativa privada ajudar. O governo diz que não tem dinheiro pra fazer isso sozinho. A
Baía de Guanabara é a terceira maior do mundo. Ao todo, 55 rios e canais desaguam
nela, levando muita sujeira. Conforme mostrou o RJTV, atualmente, ela recebe cerca de 8
mil litros de esgoto por segundo e cerca de 100 toneladas de lixo por dia. Há dez anos, a
média era de 15 mil litros de esgoto por segundo, Afirma Júlio Battisti.
2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente
Milton Santos (1996), por sua vez, enfatizou o papel do Capitalismo Tecnológico e seu
impacto no meio natural. Destacou que, hoje a natureza sofre, antes de qualquer coisa,
um processo de instrumentalização, tornando-se um processo social e, com isso
“desnaturalizada”. O meio natural sempre esteve em pauta no debate ambiental, mas
hoje a Ecologia e outras ciências são influenciadas pelo surgimento de novos paradigmas.
50
Hoje em dia grandes empresas passaram a incluir a questão do ambientalismo em
sua agenda havendo uma parceria com vida e saúda. Entretanto, a maioria de nossos
problemas ambientais comuns ainda persiste, uma vez que seu tratamento requer uma
transformação nos meios de produção industriais e de consumo, ou seja, uma mudança
transformadora na nossa organização social para assim não prejudicar ao meio ambiente
e de nossas vidas pessoais cuidando dos nossos atos e refletindo sobre eles para assim
não haver catástrofes no nosso meio ambiente que luta pela sua sobrevivência no meio
de tantas controvérsias atuais.
Um dos mais importantes movimentos sociais que já existiu foi à chamada
“Revolução Ambiental”, através desta revolução ouve uma visão de mundo e
principalmente de localidade, respeitando ao meio, se preocupando com o que ocorre
com os rios e com o fim do lixo domestico e industrial, mas uma conscientização
significante e transformadora pode muda o comportamento do cidadão. Assim a
humanidade, pela primeira vez, percebeu que os recursos naturais são finitos e que seu
uso incorreto pode representar o fim de sua própria existência. Assim o mesmo a se
prejudicar com problemas visíveis a todos.
Os maiores problemas vistos são a industrialização acelerada, rápido crescimento
demográfico, escassez de alimentos e entre outros que favorecem ao problema
relacionado. Uma das consequências atuais é o desmatamento que por sua vez é a
destruição da biodiversidade, particularmente nas áreas tropicais que resultam em
Mudanças climáticas, complicando ainda mais a vida do ser humano (MELO 2008). E
consequentemente trazendo problemas seríssimos a sociedade e seus habitantes.
A ciência e a tecnologia desenvolveram-se muito rapidamente a partir do início do
século XX e a intensificação da atividade industrial tornou suas técnicas de produção
cada vez mais sofisticadas e foram multiplicadas ocupando território físico e
comprometendo cada vez mais o meio ambiente
51
Figura 27: Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua aágua alem de poluida por
residuos liquidos de esgotos urbanos há também a presença de residuos solidos devido ao lançamento de
lixo no enotorno ou nas ruas cidades, em geral são arrastados para os corregos pelos vento ou por chuvas.
Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.
Com o desenvolvimento das indústrias os gases e seus derivados tem sua marca
registrada ainda mais forte na atualidade, descontrolando ao meio ambiente e fazendo
com que ocorra reações esperadas, mais não evitadas. Esses gases são empregados
nas mais variadas modalidades industriais, tendo funcionalidade diversa em seu campo e
area de aplicação.Isso aumentou em excesso a emissão de gases poluentes na
atmosfera, sem que, a princípio, houvesse preocupação com as consequências que
poderiam ser provocadas. Essa Atividade Humana foi ficando crucial para o meio
ambiente matando e destruindo, espécies,mata ciliar,solos fertil e degrada areas perfeitas
até então.( MELO, 2008).
Com todos esses acontecimentos agindo a todo instante transformando vidas em
risco, percebe-se que as mudanças climáticas vem se modificando ao longo dos tempos
começando a serem percebidas e por sua vez atribuidas ao aquecimento global.
Compreendeu-se com tudo isso que caso os seres humanos continuem a emitir gases
industriais em larga escala ainda mais podemos chegar a fins destruidores.
52
Figura 28: Observa-se um grande número de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do
lançamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento. Essas
condições alteram o meio ambiente, em sonsequencia provoca danos a saude publica, a economia pelo
esterminio da pratica da pesca, entre outros males.
Fonte: Educaçao ambiental em ação. (Abril, 2006).
Reconhece-se que as mudanças climáticas evidentes são problemas reais, e que
as atividades humanas têm papel fundamental nessas alterações, facilitando essas
causas com efeitos percebidos. Sendo assim, é preciso que todos se esforcem para
diminuir o problema antes que seja tarde de ocorrer uma recuperação de areas
totalmentes destruidas. Com a poluição dos rios, lagos e zonas costeiras, o impacto é
imenso e todas essas ações causadas pelo ser humano tem causado uma degradação
ambiental contínua, despejando crescentes depósitos de resíduos dejetos industriais e
orgânicos diretamente no meio ambiente que sofre com causas assustadoras sendo
vistas e percebidas cada vez com uma proporção intensa a anterior.
Mudanças climáticas, extração predatória de recursos naturais e minerais,
transformações no uso dos solos estão dizimando a fauna e a flora em diversas regiões
do mundo. O conhecimento é algo fundamental para a resolução dos problemas que
estão evidentes ao mundo, tendo assim uma necessidade forte de posição política e tanto
populacional na realidade dos fatos, pensando em formas concretas e eficazes para
combater, prevenir, precaver e resguardar nosso planeta de todos os riscos apresentados
contra o meio ambiente.
53
2.9 Poluições dos Recursos Hídricos na Área Urbana
O sistema urbano típico das cidades é algo bastante complicado, pois apresenta
hoje um ciclo imperfeito. A água é captada da natureza limpa para uso, mas são
devolvidas com qualidades diferentes e prejudiciais com resíduos que caracterizam a
poluição da água e dos mananciais, fontes importantes para a sobrevivência da vida
terrestre. O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento é favoráveis a
ocorrer erros gigantescos no espaço ambiental resultando em prejuízos significativos para
a sociedade. Uma das principais consequências atuais é do crescimento da rede urbana
aumentando a poluição doméstica e industrial, aumentando ao desenvolvimento de
doenças, poluição do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminação da água
subterrânea, entre outros problemas, fatos esses existentes hoje na humanidade
ocorrendo riscos sem volta tanto para a natureza quanto para a própria sociedade.
(GALIZIA 2008).
O desenvolvimento das áreas urbanas no caso do Brasil assim como tantos outros
países concentra-se em regiões que existe certo movimento populacional de moradores
nas metrópoles, nos polos regionais e entre outros espaços econômicos. Os efeitos desta
zona de conforto, mas que gera problemas é uma realidade fazendo-se sentir sobre todo
desconforto de certa forma a respeito aos recursos hídricos, ao abastecimento de água,
ao transporte e ao tratamento de esgotos e pluvial.
No ponto de vista em que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes
impactos: Aumento das vazões máximas. Aumento da produção de resíduos sólidos
(lixo). Deterioração da qualidade da água. E além destes impactos, ainda existem os
causados pela forma desorganizada da implantação da infraestrutura urbana. Atualmente
grandes são os impactos causados pelos diversos usos do solo no ambiente urbano,
formas diversas que pode proporcionar problemas a qualquer individuo morador desta
zona (GALIZIA 2008).
Levando em conta os recursos hídricos, nesses impactos são ainda mais sentidos
uma vez que todas as atividades sejam elas industriais até domésticas ou mesmo rurais,
necessitam de planejamento consciente. Tendo em consideração o histórico do uso dos
recursos hídricos do Brasil aponta para o uso inadequado da água e a falta de
planejamento e projetos estruturais que beneficies a todos para uma melhor convivência
sem destruição.
54
Figura 29: Os córregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem
tratamento são lançados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o
meio ambiente urbano. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. (Maio, 2015)
A expansão das cidades e a ocupação da população em geral provocou algo
aparentemente complicado para o meio ambiente a falta de chuvas uma das principais
características que envolvem efeitos humanos. O que está ocorrendo é um desequilíbrio
entre o consumo de água potável e a capacidade dos reservatórios e rios de serem
reabastecidos. A sociedade nos últimos anos teve que se acostumar com o acúmulo de
matéria orgânica nos rios. Por esse motivo, as águas dos rios urbanos muito poluídos
exalam um cheiro muito forte, resultado das toxinas eliminadas pelas bactérias
anaeróbicas que atuam como agentes decompositores.
55
3. MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa compilatória descritiva em que se observou fatos físicos relacionado ao
campo da Geografia Física especificamente sobre impactos ambientais no trecho urbano
no Rio Una. Na leitura e interpretação de textos, foi possível perceber que a poluição de
águas é um fenômeno mundial, e que ocorre com ênfase nos países mais pobre ou em
desenvolvimento onde as condições e educação ainda é precária e em construção social.
Quanto a aos procedimentos teve como base levantamento de campo,
especificamente na área urbana no entorno do rio Uma que margeia parte do município. A
pesquisa apontou ainda que a poluição das aguas ocorre primeiramente nas cidades, isso
porque não existem cidades inseridas fora de uma rede hidrográficas, é que o lixo
acompanha de perto o ciclo das aguas, por isso todo lixo jogado nas ruas sempre drenará
para a galeria mais próximas, e dessa pra um córregos, e de um córrego para os rios e
que mais tarde em algum momento da escala temporal e espacial para os oceanos onde
dependendo do material permanecera por anos ou podendo ser comido por uma animal
da fauna marinha o que certamente o levara a morte. Em outra etapa da pesquisa
observou que a poluição das águas se relaciona com dez importantes fatores principais
citados nesse TCC e que demandam altas taxas de DBO.
Outro importante resultado é que os problemas da poluição dos rios são
acumulativos e repetitivos em todos os locais do mundo, mudando apenas o grau de
impacto devido as diferenças econômicas, sócio educativa e grau de consciência
ambiental. Esse por sua vez influencia no consumo e consequente na quantidade de
geração de lixo e lançada nos córregos, aterros, etc.
O problema também varia em função do grau de eficiência da educação ambiental,
assim quanto maior for o grau de conhecimento cientifico do problema menos vulnerável
fica o rio, essa leia vai desde uma grande metrópole como é caso de Nova York ao uma
escala menor como é caso do município de São Bento do Una-PE.
56
4. LOCALIZAÇAO DO OBJETO DE ESTUDO
4.1 As bacias hidrográficas de Pernambuco
O rio Uma faz parte do conjunto das grandes bacias hidrográficas de Pernambuco
e essas possuem duas vertentes: o rio São Francisco e o Oceano Atlântico. As bacias
que escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores sendo os
principais: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos
de pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem
os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém,
Una e Mundaú e GL’s.
A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se
integralmente dentro dos limites do Estado, exceto as bacias dos rios Una Mundaú,
Ipanema e Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas.
Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do Ceará (GI-9),
Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5).
Figura 30: Mapas das bacias hidrográficas de Pernambuco a Bacia do Una aparece denominada pelo
código G12 em tom rosa. Fonte: APA, 2014.
Sua localização faz divisa ao Norte, com a bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Ao
Sul com o estado de Alagoas, ao leste, com a bacia hidrográfica do rio Sirinhaém, e a
oeste, com as bacias hidrográficas dos rios Ipojuca e Ipanema. Tendo seus limites com,
Belo jardim ao Norte, Lajedo e Jupi ao Sul, Cachoeirinha ao Leste, e Sanharó, Pesqueira
57
e Capoeiras ao Oeste. Abrange uma área de 5.906 km2, correspondendo a 6,01%da área
do Estado de Pernambuco.
O “Rio Una” é considerado um dos mais importantes do estado de Pernambuco.
Tem a nascente na serra da Boa Vista no município de Capoeiras-PE, a cerca de 900
metros de altitude e chega à foz, nas vilas de Várzea do Una e Abreu do Una, no
município de São José da Coroa Grande, depois de percorrer 255 km.
A bacia abrange 42 municípios, localizados no vale do Ipojuca, Agreste Meridional
e Mata Sul, representando uma população total de 553.259 habitantes, sendo 318.214 na
área urbana e 237.045 na área rural (dados IBGE 2001). A bacia hidrográfica do Rio Una
é formada por terraços, com altitudes médias que se elevam de acordo com a região,
sendo que o leito e vertentes são representados por rochas metamórficas e magmáticas
do período pré-cambriano.
4.2 A bacia do rio Una
Normalmente, rio é definido como um curso natural de água doce, com canal
determinado e fluxo permanente ou sazonal, desaguando noutro rio, no mar ou num lago.
À Geomorfologia Fluvial interessam os processos e as formas relacionados ao
escoamento dos rios. A morfologia de um rio e de sua bacia de drenagem está em
constante movimentação, com os materiais sendo removidos, o que acarreta mudanças
nas formas dos relevos fluvial e superficial.
A bacia hidrográfica do Rio Una localiza-se ao sul do Estado de Pernambuco, entre
as latitudes 8°17’14” e 8°55’28” Sul e longitudes 35°07’48” e 36°42’10” Oeste, limitando-
se ao Norte com as bacias dos rios Ipojuca e Sirinhaém e o grupo de bacias de pequenos
rios litorâneos; ao Sul com a bacia do rio Mundaú, o Estado de Alagoas, o grupo de
bacias de pequenos rios litorâneos e o grupo de bacias de pequenos rios interiores; a
Leste, com o Oceano Atlântico, a bacia do rio Sirinhaém; a Oeste, com as bacias dos rios
Ipojuca e Ipanema. É considerada por Governo do Estado de Pernambuco (1997) como a
Unidade de Planejamento Hídrico UP5.
A nascente do rio Una localiza-se na Serra da Boa Vista, no município de
Capoeiras, a aproximadamente 900 m de altitude. Apresenta-se intermitente até as
proximidades da cidade de Altinho, tornando-se perene a partir dali. A extensão do rio é
58
de cerca de 255km e tem como principais afluentes: pela margem direita – riacho Quatis,
rio da Chata, rio Pirangi, rio Jacuípe e rio Caraçu; pela margem esquerda – riacho
Maracajá (Riachão), riacho Mentirosos, rio do Sapo, rio Camevô e rio Preto.
Figura 31: Localização do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de Pernambuco. Fonte:
Embrapa.br. 2015.
A bacia do rio Una possui uma área aproximada de 6.785,79 km2, sendo que
apenas 6.292,90 km2 estão inseridos no território pernambucano, representando 6,32%
do total das terras do Estado. Dos 452,6 km2 de área municipal, Altinho detém 447,2 km2
inseridos na bacia hidrográfica do rio Una, representando 98,8%. (SILVA,2012)
Essa bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na
mesma: Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial,
Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu); 15 possuem sede inserida na bacia:
Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado, Capoeiras,
Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim do Monte, e 16
estão parcialmente inseridos: Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés, Camocim de São
Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco, Pesqueira, Rio Formoso,
Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande, Tacaimbó, Tamandaré (SILVA,2012.
59
Figura 32: Imagem retirada próximo à nascente do Rio Una que se localiza na cidade de Capoeiras-PE.
Fonte: Imagem cedida pelo Prof. Dr. Natalício Melo Rodrigues, 2015.
Figura 33: Percurso do Rio Uma em São Bento do Uma: a linha em cor amarela elucida os limites do
contorno da área urbana do município de São Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na
área urbana do município, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para pesquisa de TCC.
Fonte: Imagem do Google Earth. Delimitação cartográfica construída pelo Prof. Dr. Natalício Melo
Rodrigues, 2015.
60
Na imagem a cima, a linha azul com setas com cor verde demostra
geograficamente o começo e o termino do Rio Una que em seu trajeto passa por dentro
da cidade. Essa linha que tem 8,5 km na forma de um polígono irregular se destaca desde
seu inicio até seu termino mostrando um espaço magnifico em biodiversidade. A linha
amarela revela o limite da área urbana, na mesma observa-se que o Rio tem seu percurso
em destaque, tendo limites de fundamental importância em seu desenvolvimento.
61
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Descrições das atividades econômicas nas áreas urbana e rural de São Bento
do Una.
O clima da região onde estão situadas as unidades hídricas em estudo está
caracterizado da seguinte forma: na área costeira, localizada na Zona da Mata,
apresenta-se quente e úmido, com totais anuais de precipitação elevados (superiores a
1.000 mm). Os maiores índices pluviométricos tem duração de seis meses, iniciando-se
no mês de março e prolongando-se até julho/agosto (PAIVA, 2010).
Crescimento Populacional do Munícipio de São Bento do Una – PE
Ano Quantitativo
1991 42.236
1996 44.992
2000 45.360
Tabela 3: O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados do IBGE. Fonte: IBGE
CENSO em 2000.
Atualmente a cidade de São Bento do Una possui uma população de 45.360
habitantes bem divididos entre zona urbana e rural. Uma população rica de
conhecimentos e diversidade de saberes.
62
Figura 34: Imagem retirada da “Rua São Tiago”, onde o rio Una passa com mais intensidade nos tempos
chuvosos. Autor: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira & Thais Fablícia Correia Leite.
Primeiramente o Una começa a entra na cidade de São Bento, dando inicio no Una
dos Cordeiros que é o ponto inicial a entra na cidade. Algumas ruas de São Bento do Una
que o rio banha é as seguintes: Duque de Caxias, Vila Adelmar, Almas Benditas, Rua
Teixeira de Freitas, Rua São Tiago, Rua da Pedra e Rua dos Terreiros.
5.2 Descrições do Perfil de Elevação da amostragem urbana objeto da pesquisa
Figura 35: Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua trajetória e segui seu rumo
até sair e começar na área rural. Fonte: Cedido pelo prof. Natalício Melo Rodrigues, 2015.
63
5.3 Espaço Urbano
Percebe-se que as pessoas se organizam em muitos grupos específicos, para
atenderem as suas necessidades e as das outras. Hoje se observa diferentes tipos de
trabalhos como, por exemplo: em postos de saúdes, farmácias, hospitais, no setor da
educação, escolas, bibliotecas etc. outros trabalham nos bancos, correios, casas
comerciais e assim por diante. Todos esses setores comerciais são de fundamental
importância para o desenvolvimento da cidade.
Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o que é um caso
preocupante em áreas próximas ao Rio. Autor: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira & Thais Fablícia Correia
Leite.
5.4. Espaço Rural
O espaço rural do município de São Bento do Una – PE corresponde aos sítios e
fazendas onde se estabelecem as principais atividades Econômicas associadas ao
espaço rural. No município em destaque o espaço rural é bem maior que o espaço
urbano. Isso confirma o porquê das atividades econômicas principais serem a agricultura,
a pecuária e a avicultura.
A cidade tem em sua complexidade um espaço compreendido no campo de
fundamental importância para o giro econômico e renda de famílias. Sendo uma região,
destinada a atividades voltadas ao campo, sendo assim no espaço rural onde se produz
grande parte dos alimentos consumidos no espaço urbano, garantindo uma fonte de
64
oportunidades aos moradores mais carentes. Mas com isso as transformações são
notadas com desmatamento, queimadas, destruição da mata ciliar e utilização de
produtos químicos apropriados para o campo, o que causa um grande impacto no meio
ambiente.
5.4.1 Agricultura
Na cidade de São Bento predomina o cultivo das lavouras temporárias onde se
encontra toda base da economia vinda do setor agrícola. Entre elas: feijão, mandioca e o
milho, apesar de um contraste que o Nordestino passa com as mudanças de clima. De
qualquer modo a agricultura ocupa um importante espaço na economia local.
Na região nas épocas chuvosas existe uma relativa pluralidade de produtos
agrícolas e uma diversidade de empregos temporários. Grandioso setor que envolve uma
boa parte da população que sobrevive dos meios vindos do campo.
Predominando também na cidade é a presença da agricultura familiar e também de
algumas zonas com uma produção mais mecanizada. O principal cultivo é o de milho,
feijão, etc. Além disso, a agricultura de subsistência também possui um importante papel.
Uma das Fontes de abastecimento e crescimento para a cidade de São Bento do Una –
PE.
Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um trabalho que garante a
subsistência de bastante moradores que vivem em São Bento do Una – PE. Fonte: Google.com.2015.
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  • 1. Autarquia Educacional do Belo Jardim – AEB Faculdade do Belo Jardim – FBJ Curso de Licenciatura Plena em Geografia OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE: O CASO DO RIO UNA Cibelle Aparecida Silva de Oliveira Thais Fablícia Corrêia Leite Belo Jardim – PE Dezembro – 2015
  • 2. 2 Cibelle Aparecida Silva de Oliveira Thais Fablícia Corrêia Leite OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE: O CASO DO RIO UNA Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Geografia na Faculdade do Belo Jardim – FBJ como requisito da disciplina de Prática Pedagógica VII. Orientador: Prof. Dr. Natalício de Melo Belo Jardim – PE Dezembro – 2015
  • 3. 3 Cibelle Aparecida Silva de Oliveira Thais Fablícia Corrêia Leite OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA – PE: O CASO DO RIO UNA BANCA EXAMINADORA Aprovado em: ____/____/____ Profª Dr. Natalício de Melo Rodrigues AEB/FABEJA Orientador Profª Esp. Jorge Coelho da Silveira Neto AEB/FAEJA Examinador (a) Profª Esp. Luzia M. C. S. Chaves. AEB/FABEJA Examinador (a)
  • 4. 4 AGRADECIMENTOS Ao Eterno Deus, o Senhor das nossas vidas, sem o qual nada seria possível sem a permissão do Altíssimo. Às nossas famílias pelo apoio, paciência e dedicação, em especial as nossas mães (Maria Marlene Silva de Oliveira e Tereza Leite da Silva Correia) que desde sempre acreditou em nós e a cooperação em momentos difíceis foi fundamental. Aos nossos pais guerreiros (José Wellington da Silva e Fausto dos Santos Correia) que mesmo estando longe sua presença foi sempre sentida e notada, agradecemos aos momentos que nos entendeu de uma forma inexplicável de compreender. A Instituição AEB – FBJ pela oportunidade de fazer о curso, sеυ corpo docente, direção е administração que oportunizaram аo um sonho, ao um horizonte superior. Agradecemos aos Professores de Geografia por nos proporcionarem um conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação profissional em nossas vidas. Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues pela paciência, dedicação e contribuição na realização deste trabalho e, também por ter feito parte da nossa formação acadêmica. Aos nossos irmãos е sobrinhos, que nós momentos da nossa ausência, dedicados exclusivamente аo estudo superior, sempre fizeram entender que о futuro é feito а partir da constante dedicação no presente. Não se esquecendo de agradecemos também, aos colegas que sempre estiveram conosco durante este curso, que sempre iram estar presente, pois sempre nos compreenderam e ajudaram da melhor forma possível para que concluíssemos juntos este curso. Portanto, a amizade de vocês é fonte de alegria e de motivação para seguir em frente. Agradecemos também todos àqueles que direta ou indiretamente, contribuíram para realização deste trabalho.
  • 5. 5 “De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando..., A certeza de que precisamos continuar..., A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar..., Portanto, devemos: Fazer da interrupção um caminho novo... Da queda um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro...”. (Fernando Pessoa)
  • 6. 6 Lista de figuras Figura 1 Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente começou pelo ser humano matando a fauna e flora e também, invadindo a vegetação em uma área preservada. 17 Figura 2 Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ação do homem para a construção de uma barragem. 18 Figura 3 Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e porções que já foram extraídos modificando ao meio ambiente. 20 Figura 4 Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupação das casas nas margens, e assim é depositado esgoto, lixo doméstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrerá um desastre. 21 Figura 5 Óleo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais. 23 Figura 6 Exemplo de uma rua poluída com a ação do “Chorume”, o que causa preocupação ao meio ambiente. 24 Figura 7 Material pesado este é um dos poluentes que chama a atenção, pois é bastante agravante sua poluição. 25 Figura 8 Produto químico com alto risco de poluição sendo exposto ao ar livre, o perigo é grande de contaminação. 26 Figura 9 Fertilizantes Químicos sendo expostos ao solo. 27 Figura 10 Poluição Térmica que acontece através das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora. 28 Figura 11 Observam-se animais cobertos de petróleo nos oceanos, o vazamento deste combustível traz danos incalculáveis para os ecossistemas aquáticos. 29 Figura 12 Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que são transmitidos ao ar livre pelas indústrias e destruindo a fauna e flora. 30 Figura 13 Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo. 31 Figura 14 A figura mostra esgoto doméstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificações ambientais. 32 Figura 15 A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indústrias que não sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte é em uma área pertencente ao rio aumenta a sua DBO. 35 Figura 16 Observa-se na ilustração o “Rio Citarum” que é o rio mais poluído do mundo. 37 Figura 17 Rio indiano que se encontra poluído, no Yamuna diariamente é depositado resíduos sólidos de indústrias e das residências, torna a água incapaz de ser usada. 38 Figura 18 Lago Karachay na Rússia, tendo em seu espaço total uma radiação tão forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago. 40 Figura 19 Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao norte da China. 41 Figura 20 O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espécie de renascimento. 43 Figura 21 Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto há bastante 44
  • 7. 7 vegetação, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia. Figura 22 O Rio Colorado se localiza na América do Norte, passa por vários cânions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos. 45 Figura 23 Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes. 46 Figura 24 O Rio Tietê localizado na cidade de São Paulo, passa por gravíssimos problemas ambientais. 47 Figura 25 Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resíduos sólidos vindos das indústrias que se desenvolvem aceleradamente e resíduos domésticos. 48 Figura 26 Baía de Guanabara, um senário belíssimo, mas porem poluídos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradáveis. 49 Figura 27 Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua aágua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos há também a presença de residuos solidos devido ao lançamento de lixo no enotorno ou nas ruas. 51 Figura 28 Observa-se um grande número de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lançamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento. 52 Figura 29 Os córregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento são lançados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano. 54 Figura 30 Mapas das bacias hidrográficas de Pernambuco a Bacia do Una aparece denominada pelo código G12 em tom rosa. 56 Figura 32 Imagem retirada próximo à nascente do Rio Una que se localiza na cidade de Capoeiras-PE. 59 Figura 33 Percurso do Rio Uma em São Bento do Uma: a linha em cor amarela elucida os limites do contorno da área urbana do município de São Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na área urbana do município, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para pesquisa de TCC. 59 Figura 34: Imagem retirada da “Rua São Tiago”, onde o rio Una passa com mais intensidade nos tempos chuvosos. 62 Figura 35 Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua trajetória e segui seu rumo até sair e começar na área rural. 62 Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o que é um caso preocupante em áreas próximas ao Rio. 63 Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um trabalho que garante a subsistência de bastante moradores que vivem em São Bento do Una – PE. 64 Figura 38: Festa da Galinha no município de São Bento do Una garante uma economia diferenciada sendo vista e conhecida até fora do nosso Estado. 65 Figura 39: Observa – se gado Nelore que é uma raça de gado bovino originária da Índia. 66 Figura 40: Observa – se a fabrica alimentícia “Bom Leite”, um grande exemplo para a cidade tanto de sonhos como de investimentos. 67 Figura 41: A empresa garante para a cidade uma fonte de empregos e alimentos de excelente qualidade. 68 Figura 42 Observa-se alguns trabalhadores das “Granjas Almeida” trabalhando 69
  • 8. 8 junto com as maquinas e manuseando equipamentos específicos. Figura 43 Imagem que retrata uma realidade vivida pelos trabalhadores das “Granjas Almeida”. 70 Figura 44 Imagem retrata uma realidade da maioria das cidades que populares poluem suas próprias ruas. 72 Figura 45 Observa-se um forte desmatamento nas proximidades do Rio Una. 72 Figura 46 Observa-se a retirada de sedimentos do rio para a construção de tijolos pra serem comercializados. 73 Figura 47 As imagens retrata uma realidade das cidades que se caracteriza atraves de ocupações proximas as margens do rio. 74 Figura 48 Nas duas imagens o que estar em destaque é a ausencia da mata ciliar que é fundamental nas margens dos rios 74 Figura 49 Observa-se um pequeno trecho do rio Una, mas que passa por problemas socioambientais pois existe um forte lançamento de esgotos diario dentro do mesmo o que garante a perda do Rio. 75 Figura 50 Margem do Rio Una com sua cobertura de mata ciliar praticamente destruída. 76 Figura 51 Imagem retirada do Bairro Duque de Caxias na cidade de São Bento, onde são próximas as margens do Una. 76 Figura 52 Observam-se áreas do rio Una em São Bento, modificada pela ação do homem. 77 Figura 53 Ponte sobre o rio uma observa-se a Rua Liberato Siqueira vista da ponte sobre o Rio Una (antiga barragem). 77 Figura 54 Observa-se a ação humana que vem modificando as margens do meio natural. 78 Lista de tabelas e quadros Tabela 1 Principais poluentes das aguas dos rios. 22 Tabela 2 Observa-se no quadro uma representação dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor. 33 Figura 32: Localização do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de Pernambuco. 58 Tabela 3 O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados do IBGE. 61 Tabela 4 Retrata a produção de leite no Município de São bento do Una – PE. 68 Tabela 5 Mostra de forma geral a produção de ovos do Município. 68 Lista de abreviaturas TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, 14 ONU – Organização das Nações Unidas. 16 ONG – Organização Não Governamental. 21 DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio. 34 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 43 RJTV – É um telejornal local da cidade do Rio de Janeiro e Grande Rio. 49 ETE’s - Estações de Tratamento de Esgoto. 35 CO2 – É uma substância química formada por dois átomos de oxigênio e um de carbono. 35 OD - Oxigênio Dissolvido. 35 NO3 – Nitrato 35 NO2 – Óxido Nítrico. 35 PO e POI – Puro de Origem (PO) e Puro de Origem Importada (POI). 65
  • 9. 9 RESUMO O problema da poluição urbana ocorre desde o século XIX, na Inglaterra no início da revolução industrial, hoje, depois que o mundo passou por três revoluções industriais e pelo crescimento populacional, esse se encontra com uma população de mais ou menos 6 bilhões de pessoas consumindo e gerando lixo e poluição. Este trabalho tem como objetivo o caso do “Rio Una” na cidade de São Bento, uma pesquisa que demostra sobre a grande preocupação que são os impactos ambientais que envolvem a degradação dos recursos hídricos, na bacia hidrográfica do “Una em São Bento do Una – PE”, a cidade com uma área: 712.90 Km2, altitude: 650m e com sua localização na Microrregião do Vale do Ipojuca, Mesorregião do Agreste. É assunto principal deste trabalho que, aponta o processo de urbanização como o causador dessa problemática. A pesquisa buscou analisa o duplo processo industrialização/urbanização e o seu desenrola até os dias atuais, a níveis mundial, nacional e local, com a estruturação das cidades para servir o capital provocando a exclusão e segregação sócia espacial que leva uma grande população a procurar lugares impróprios para morar, e assim causando graves consequências ao meio ambiente, dentre elas a mais grave é a degradação dos recursos hídricos, visto que este se configura como o recurso natural mais importante ao planeta (ser humano). Os Impactos negativos no meio ambiente, que por si só estão diretamente relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo. Lixo que são depositados diretamente em córregos e principalmente em lugares inadequados. Percebe, portanto, que não são apenas as grandes empresas que afetam o meio, mas de uma maneira geral o ser humano tem sua interferência nas condições naturais, com pequenas atitudes, provoca impactos ambientais dia após dia. A área escolhida para ilustra à problemática da degradação a nível local é o rio Una na cidade de São Bento do Una – PE, esta sendo modificada constantemente ao longo dos tempos, mas para isso ter uma reviravolta é preciso uma conscientização ambiental de forma geral que envolva todas as esferas ambientais e sociais. Onde será mostrada uma situação questionadora do “Rio Una em São Bento do Una – PE”, principalmente das áreas ao entorno, que em certo ponto prejudicam familiares ficando imunes a doenças transmissíveis pelo ambiente contaminado. As principais conclusões deste trabalho demonstra a necessidade de se fazer uma relação entre o processo de urbanização e a degradação dos recursos hídricos, além de destaca a importância do meio ambiente na vida dos protagonistas. Palavras-chave: Degradação. Impactos Ambientais. População. Recursos Hídricos.
  • 10. 10 ABSTRACT The problem of urban pollution occurs since the nineteenth century in England at the beginning of the industrial revolution , today , after the world has experienced three industrial revolutions and population growth, this is a population of about 6 billion people consuming and generating garbage and pollution. This work is the objective case of " Una River " in São Bento, a survey that demonstrates about the great concern are the environmental impacts involving the degradation of water resources in the basin of "Una in São Bento - PE " , the city with an area : 712.90 km2 , altitude: 650m and its location in Micro region Valley Ipojuca, mesoregion the Wasteland. It is the main subject of this work, says the urbanization process as the cause of this problem. The research sought to analyze the dual process industrialization / urbanization and its unfolding to the present day, the global, national and local levels, with the structuring of cities to service the capital causing exclusion and spatial partner segregation that takes a large population to seek places unfit for living, and thus causing serious consequences to the environment, among which the most serious is the degradation of water resources, since it is configured as the most important natural resource on the planet (human). The negative impacts on the environment, which in themselves are only directly related to the increasing number of urban areas, the increase in motor vehicles, the irresponsible use of resources, excessive consumption of material goods and the constant production of waste. Waste that are deposited directly into streams and mainly in inappropriate places. You see, therefore, that not only large companies that affect the environment, but in general the human being has its interference in natural conditions, with small actions, causes environmental impacts day after day. The area chosen to illustrate the problem of local degradation is the river Una in São Bento do Una - PE, is being modified constantly over time, but for this to have a twist it takes an environmental awareness in general that involving all the environmental and social spheres. Which will show a questioning situation of "Una River in São Bento do Una - PE", mainly from the surrounding areas, that at some point undermine family getting immune to communicable diseases by contaminated environment. The main conclusions of this work demonstrates the need to make a relationship between the process of urbanization and the degradation of water resources, and highlights the importance of the environment in the lives of the protagonists. Keywords: degradation. Environmental impacts. Population. Water resources.
  • 11. 11 SUMÁRIO Agradecimentos Lista de Figuras Lista de Tabelas e quadros Lista de abreviaturas e siglas RESUMO 1. INTRODUÇÃO 13 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 15 2.1. O que é Impacto Ambiental 15 2.2 Principais problemas ambientais que impactos os rios. 15 2.2.1 Desmatamento. 16 2.2.2 Construção de Barragens. 18 2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios. 19 2.2.4 Ocupação de Terraços Próximos aos Rios. 20 2.3. Os principais poluentes da água: 22 2.3.1 Óleo de cozinhas. 23 2.3.2 O Chorume. 23 2.3.3 Metais pesados. 24 2.3.4. Lixo nuclear. 25 2.3.5. Fertilizantes químicos. 26 2.3.6 Poluição térmica. 27 2.3.7 Lançamento de derivados do Petróleo. 28 2.3.8. Chuva ácida. 28 2.3.9. Lançamento de resíduos sólidos. 29 2.3.10. Esgoto doméstico. 30 2.4. O problema das escalas temporais de decomposição do lixo urbano. 31 2.5. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). 32 2.6. Condições ambientais dos principais rios no mundo. 34 2.6.1 Poluições em rios do continente asiático. 35 2.6.2 Poluição em rios no Continente Europeu. 40 2.6.3. Poluição no Continente africano. 42
  • 12. 12 2.6.4 Poluição no continente americano. 43 2.6.5. Poluição dos rios no Brasil. 45 2.7 O caso da Baía de Guanabara palco das olimpíadas. 47 2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente. 48 2.9 Poluições dos Recursos Hídricos na Área Urbana. 52 3. MATERIAL E MÉTODOS. 53 4. LOCALIZAÇAO DO OBJETO DE ESTUDO. 56 4.1 As bacias hidrográficas de Pernambuco. 56 4.2 A bacia do rio Una. 57 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 61 5.1 Descrições das atividades econômicas nas áreas urbana e rural de São Bento do Una. 61 5.2 Descrição do Perfil de Elevação da amostragem urbana objeto da pesquisa. 62 5.3 Espaço Urbano. 63 5.4. Espaço Rural. 63 5.4.1 Agricultura. 64 5.4.2 Avicultura. 65 5.4.3 Pecuária. 65 5.3 Descrições dos impactos ambientais no Rio Una 70 6. CONCLUSÃO 79 7. REFERENCIAS 80
  • 13. 13 1. INTRODUÇÃO A expansão do desenvolvimento econômico traz como consequência o aumento da utilização de recursos da natureza, como fonte de matéria-prima tornando-se um agravante aos problemas ambientais causados pela ação antrópica e aumentando a preocupação da sociedade frente às questões ambientais. Mas apenas quando se percebeu o agravamento dos problemas ambientais, um dos possíveis caminhos para diminuir os desastres ambientais seria que existisse equilíbrio entre o ser humano e a natureza, pois o mesmo se recupera ao longo dos tempos, mas nem sempre isso é possível. As ações humanas têm provocado muitas transformações nos ecossistemas, o lançamento, por exemplo, de matéria orgânica nos rios, pode provocar desequilíbrios ecológicos. Com a construção do espaço geográfico o homem provoca grandes mudanças no seu entorno, na região e em escala maior no planeta, tanto é que existem áreas em que a degradação do ambiente já alcançou condições de irreversibilidade, onde já se formam pequenos desertos que podem se expandir para áreas vizinhas. Faz-se necessário e urgente que o ser humano compreenda e respeite o meio ambiente, utilizando-o ao seu favor de maneira equilibrada que não provoque a destruição das maravilhas que o mesmo tem a oferecer. O manejo adequado de ecossistemas, como por exemplo: os rios e lagoas, manguezais, estuários, recifes de corais, e outros, garante a manutenção de muitas espécies de animais, das quais depende a sobrevivência de grande parte da população. Quanto à relação meio ambiente e saúde é possível afirmar que algumas doenças são transmitidas principalmente pelas condições em que determinados ambientes se encontram. A partir de um ambiente contaminado é possível contrair, por exemplo, a verminose, doenças respiratórias, problemas de audição. Está sempre em evidencia que a ação impensada do ser humano sobre a natureza trás consequências desastrosas para toda a humanidade (PERONI, 2011). Em relação ao precioso liquido indispensável para a vida na terra, a água é muito superior ao total consumido pela população, porém por conta da má distribuição desigual a mesma poderá um dia acabar levando em consideração a “degradação dos recursos hídricos”, é preciso que se tenha um manejo adequado dos recursos hídricos, adequando- os ao uso que garanta água de qualidade desejáveis e aos diversos fins. Colocando toda questão ambiental a nível global a população encontra-se em um grande dilema: como
  • 14. 14 crescer, como avançar, como produzir, como acompanhar os grandes avanços tecnológicos, sem atingir fortemente a população e consequentemente ao meio ambiente. Ao pensamento global se torna mais dificultoso se encontra um equilíbrio prazeroso para ambas as partes (WEBER, 2008. P. 20-27). Falar em “degradação ambiental” é muito simples o difícil é adotar no dia a dia hábito que realmente tenha efeito diretamente na nossa rotina. A maioria da população procura um culpado para os problemas, um culpado para os problemas ecológicos, e eu pessoa, humana o que tenho feito? Qual a minha ação ao ver, por exemplo, um lixão no meu bairro? Pois bem é fácil fechar os olhos e jogar a responsabilidade para os governantes, mais eu, simples cidadão o que tenho feito de concreto para colaborar um pouco a manter o equilíbrio em ambientes que estão com problemas sérios com o lixo da população. São fatos questionadores que nos leva a refletir. Assim essa pesquisa cientifica a nível TCC – trabalho de conclusão de curso – denominada Impactos Ambientais na Rede de Drenagem Urbana na Cidade de São Bento do Una: O Caso do Rio Una. Elucida primeiramente o conceito de impacto ambiental, como esses impactos se relacionam com os assentamentos urbanos começando na escala maior enfatizado com os impactos ambientais hídricos se estabelecem nos principais rios dos continentes do mundo. Na escala mediana tem o Brasil como foco, o rio Tiete em São Paulo e a Bahia de Guanabara que será palco das olimpíadas em 2016. Em outro momento discutem o conceito de DBO, a temporariedade e decomposição dos resíduos sólidos lançados nos rios, os dez principais tipos de poluentes. Por fim na escala espacial menor teve como objetivo os impactos ambientais do rio Una na cidade de São Bento ao Una, onde se verificou a comprovação das teorias da fundamentação teórica.
  • 15. 15 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 2.1. O que é Impacto Ambiental De acordo com SANTOS (2006): A avaliação de “Impacto Ambiental” é um instrumento formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do processo, que se faz um estudo dos impactos ambientais de uma ação proposta e de suas alternativas, bem como sobre a qualidade ambiental e os recursos naturais. Sendo assim envolve uma mudança no meio ambiente que é causada graças às ações derivadas do ser humano. Mas tendo dois eixos que são positivo ou negativo, sendo que o negativo representa uma quebra no equilíbrio ecológico, que provoca graves prejuízos no meio ambiente, e leva ao meio ambiente a destruição de sua fauna e flora o que demora anos para se recuperar. Um motivo com diversas modalidade e divergências, tem início com pequenos atos e que são questionadores cada vez mais, transforma o que antes era belo em desrespeito com o ambiente que se restaura e persiste ao longo dos tempos. Uma alteração com inúmeros significados sendo causada principalmente graças á atividade do ser humano. Mas os “Impactos” pode ser tanto positivo como negativo com uma diferença entre ambos, sendo que o negativo representa uma quebra no equilíbrio ecológico, sendo refletidas transformações como, por exemplo: destruição da mata ciliar, poluição dos recursos hídricos, queimadas, mudanças climáticas, extinção de animais, inundações, erosões e etc. São situações que devastam locais e belezas agredidas pelas mãos dos habitantes. 2.2 principais problemas ambientais que impactos os rios. Um dos principais problemas que envolvem impactos ambientais principalmente em rios é o crescimento de cidades, pois avança e ocupa limites antes naturais, como é o caso dos rios que percorrem área urbana e tem seus terraços ocupados com a construção de casas, ruas, vilas e por fim cidades. Quase sempre essas ocupações ocorrem sem que haja planejamento urbano adequado, por conta disso causam riscos ao meio natural e ao próprio ser humano. Outras modificações atuais visíveis é a retirada de áreas verdes das proximidades do rio para a construção de prédios, residências, fábricas e outros tipos de construção. Invadindo habitats e destruindo áreas naturais.
  • 16. 16 Um trecho com pouca área verde pode aumenta e muito a poluição atmosférica, além de ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em períodos chuvosos. Os rios que tem seu trajeto que permeiam uma determinada cidade e que cresce rapidamente, sem ordem de desenvolvimento e sem planejamento, podem sofrer também com a grande quantidade de lixo e esgoto doméstico que são jogados em suas águas. Populares que contamina espaços naturais e ao mesmo tempo modifica-o. Como sabemos o crescimento populacional sem sombra de duvidas gera o aumento bastante significativo na produção de resíduos sólidos. Alguns exemplos de áreas que sofrem com caso de contaminação/poluição são as regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e entre outras, ou seja, onde o giro de pessoas acontece com mais intensidade. Alguns dos impactos relacionados aos rios são: Desmatamentos, construção de barragens, retirada de solos, ocupação de terraços de rios, etc. 2.2.1 Desmatamento: Uma das grandes preocupações contemporâneas envolve o desmatamento também chamado de desflorestamento é um processo de remoção e agressão total ou mesmo parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, esse processo ocorre para fins econômicos, visando à utilização comercial da madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. A atividade mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas também aparecem como causas de tal ocorrência. Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora tente controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento da fronteira agrícola sobre as áreas da Floresta Amazônica. No entanto, recentemente, o país foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma ampla área verde, mas que vem desflorestando duas vezes mais do que é desmatado anualmente no território brasileiro. Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente são desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a perda não tão somente de vegetações, mas também de várias espécies animais, pois o seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode
  • 17. 17 tornar-se ameaçado. Para combater o desmatamento no mundo e também no território brasileiro, é necessária a adoção de medidas em diferentes escalas, do individual ao governamental. Cada cidadão deve fazer sua parte, evitando que, nas áreas urbanas, o número de árvores por habitante não seja muito pequeno, preservando a vegetação existente e procurando cultivar novas espécies. Os governos também possuem a função de adotar medidas de conservação das áreas naturais com vigilância, fiscalização e repressão dos agressores a áreas de reservas naturais. Figura 1: Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente começou pelo ser humano matando a fauna e flora e também, invadindo a vegetação em uma área preservada. Fonte: Site desmatamento/causa (agosto, 2014). No caso do Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro a sofrer com esse processo foi a Mata Atlântica, que hoje conta com cerca de 7% de sua área original. Os Pampas e a Mata de Araucária também passaram por graves processos de desmatamento, o que também vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse último profundamente devastado durante a segunda metade do século XX. A Amazônia parece ser o próximo alvo e, embora os últimos anos o desmatamento tenha apresentando diminuições, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de árvores a cada ano.
  • 18. 18 2.2.2 Construção de Barragens: A Construção de uma Barragem envolve diversas anomalias, pois é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades da água que por ali passa. A sua utilização serve, sobretudo para abastecimento de zonas residenciais, agrícolas, industriais, para produção de energia eléctrica e etc. As barragens foram, desde o início da história da Humanidade, fundamentais ao desenvolvimento. A sua construção devia-se, sobretudo à escassez de água no período seco e à consequente necessidade de armazenamento de água. Á nível mundial, algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo, no Egito, Médio Oriente e Índia. Na Índia apareceram barragens de aterro de perfil homogéneo com descarregadores de cheias para evitar acidentes. Com a Revolução Industrial, houve a necessidade de construir um crescente número de barragens, o que permitiu o progressivo aperfeiçoamento das técnicas de projeto e construção. Apareceram então as primeiras barragens de aterro modernas e completas de avanços tecnológicos. Figura 2: Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ação do homem para a construção de uma barragem. Fonte: Construções e Serviços (Abril, 2012). As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto através da chuva como também pela captação da água caudal do rio existente. Faz-se a
  • 19. 19 barragem unindo as duas margens aprisionando a água. As barragens são muito importantes para o mundo moderno, pois são elas que permitem que haja água potável canalizada nas grandes metrópoles mundiais e fornecem-nos a energia elétrica, tão necessária ao nosso dia a dia. É por esse fato que antes de se construir uma barragem se fazer necessário estudo de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecológico que tem como função preservar os ecossistemas já existentes no rio e respectivas margens. No entanto, nos últimos 50 anos o desempenho e os impactos ambientais das grandes barragens transformaram os rios, enquanto que estudos demonstram que entre 40 a 80 milhões de pessoas foram deslocadas para outras áreas. 2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios: Uma área de rio que sua margem é retirada além de solo sua vegetação, se torna um percurso perigo em constante deslizamento por toda área, mas uma das principais funções ecológicas dos ribeirinhos é proteger as margens dos rios, impedindo o aporte de sedimentos ao leito, conservando a quantidade e a qualidade da água. Trechos em constate mudanças relacionados com impactos ambientais faz com que estes locais sejam protegidos por lei, constituindo-se em áreas de preservação permanente da flora e fauna. Infelizmente, devido ao crescimento demográfico intenso e a ocupação do ambiente pelo homem, de forma não planejada, percebe-se uma degradação atual generalizada destes ambientes, principalmente nas cidades. Este quadro agrava-se ainda mais, quando se trata de bacias hidrográficas que passa por dentro da cidade, como é o caso do Município de São Bento do Una-PE. Neste contexto, é indispensável à reversão desta situação alarmante, através de ações de recuperação dos ambientes ciliares e áreas de influência, não deixando de considerar a presença do homem. A vegetação existente ao longo dos rios funciona como um obstáculo natural ao escoamento das águas, que ficam retidas e são absorvidas, em grande parte, pela mata, evitando que uma quantidade exagerada de partículas sólidas seja arrastada e consequentemente depositada nos leitos dos rios. Além de evitar o assoreamento do leito dos rios, a mata ciliar consiste num ecossistema peculiar que abriga uma diversidade florística e faunística de vital importância para o equilíbrio de toda uma região.
  • 20. 20 Figura 3: Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e porções que já foram extraídos modificando ao meio ambiente. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008. Ao interferir em áreas naturais ocorre que mudanças significantes e notáveis são vistas, podendo causar problemas diversos. O dano ambiental é de caráter permanente e, portanto, deve ser reparado o mais depressa possível. Afinal, se assim não ocorrer, seus efeitos poderão ser sentidos muito tempo depois por toda a sociedade, podendo inclusive atingir proporções municipais, estaduais, federais e assim por diante. 2.2.4 Ocupação de Terraços Próximos aos Rios: Ocupação em locais impróprios de moradia vem ao longo dos anos crescendo junto com o processo de expansão urbana associada ao crescimento populacional e desenvolvimento econômico. Assim inicia-se uma intensa intervenção em ambientes naturais. Com isto pode acontece diversos problemas erosivos por toda a área e extensão até onde se segui a questão de ocupação em locais que não são adequados. Áreas com essas denominações durante o período chuvoso tornam-se propicias a acidentes como, por exemplo, deslizes, desmoronamento, assoreamento e etc. No Brasil a ocupação ilegal para fins habitacionais, em especial as áreas próximas a rios e mananciais é fácil justamente pela facilidade de ocupação. Porém devido à falta de infraestrutura
  • 21. 21 habitacional, principalmente no quesito saneamento básico, da ocupação dessas áreas decorrem vários problemas ambientais tais como a contaminação da água. Além disso, o modo como estas casas são edificadas nesses locais não é adequado o que favorece a contaminação dos indivíduos que nelas residem por diversos tipos de patologias. Além destes problemas gera outro de ordem constitucional: o conflito entre dois direitos fundamentais, o direito à moradia e o direito a um meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado para as atuais futuras gerações que estão por vi. Um dos casos envolvendo a ocupação de terraços próximos as margens de rios são relacionados à ação antrópica, que nada mais é alterações realizadas pelo homem no planeta Terra. Tendo em vista que as formas de exploração de determinada região são realizadas somente pela população visando atividades de subsistência, representada pela destruição das margens e da vegetação e assim ocupando o espaço. Isso pode ser notado ao analisa a seguinte imagem onde mostra ocupações irregulares próximo de onde passa o rio. (Figura 4). Figura 4: Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupação das casas nas margens, e assim é depositado esgoto, lixo doméstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrerá um desastre. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Março, 2013). O planeta Terra e coberto por 71% por ela, sem a água não seria possível à existência de nós seres Humanos. No entanto ironicamente o sistema econômico a qual a sociedade é organizada economicamente para atender as necessidades tem anomalias e
  • 22. 22 por ter objetivo lucro e ideologia de natureza é infinita levou no presente século ao conflito homem-natureza. Nessa luta desigual são os seres Humanos os maiores poluidores desse bem indispensável. 2.3. Os principais poluentes da água. Na pesquisa bibliográfica que utilizou para embasamento teórico relacionado a impactos ambientais sobre a questão hídrica foco deste TCC percebeu-se que os principais poluentes presentes nas águas de rios relacionam-se a uma lista de pelo menos dez tipos de poluentes: Os principais poluentes das águas de rios: Tipo: Categoria: 1. Óleo de cozinha; Doméstico; 2. Chorume; Doméstico e Industrial; 3. Metais pesados; Industrial Pesado; 4. Lixo nuclear; Industrial Energético; 5. Fertilizantes químicos; Agricultura; 6. Poluição térmica; Industrial Energético; 7. Petróleo; Industrial Térmico; 8. Chuva ácida; Siderurgias; 9. Resíduos sólidos; Domestico, Comercial, Industrial; 10. Esgoto doméstico. Domestico. Tabela 1: Principais poluentes das aguas dos rios. Autores: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablícia Correa Leite 2015. Esgoto doméstico são todos os resíduos líquidos que saem de uma propriedade. Caracterizado pela água do chuveiro, descargas da privada, das pias e ralos. Quando despejado em rios ou córregos contaminam o meio ambiente. A água proveniente dos esgotos é composta por inúmeros elementos, no entanto os que se destacam são os compostos orgânicos ricos em microrganismos que ao encontrarem o meio ambiente se desenvolve de forma rápida. Podendo causar doenças e infecções. Quanto à política ou
  • 23. 23 forma de controle seria nunca em hipótese alguma despejar esgoto em rios ou córregos, caso não seja possível efetuar o tratamento do esgoto através de empresas especializadas deve-se acondicionar o esgoto em buracos denominados fossas sépticas ou em biodigestores. O ideal é que a água de pias e ralos esteja separa da água da privada, pois cada uma apresenta resíduos diferentes. Entre os principais resíduos que compõe o esgoto doméstico destacam-se: 2.3.1 Óleo de cozinhas Um litro de óleo de cozinha pode contaminar até um milhão de litros de água. Os óleos vegetais provoca um aumento excessivo na quantidade de nutrientes (fósforo e nitrogénio) favorecendo a proliferação de determinadas algas e consequente eutrofização, o que causa a morte de peixes e outros animais, além de odor e aspecto extremamente desagradáveis. Quanto a solução desse tipo a política seria armazenar todo o óleo utilizado em sua cozinha em recipientes isentos de vazamentos, descartá-los em locais apropriados para descarte. Figura 5: Óleo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006). 2.3.2 O Chorume O Chorume é um liquido que possui um nível alto de poluição que precisa ser visto como algo que pode ser evitado a partir do momento que a população entenda que com
  • 24. 24 ações de respeito ao meio ambiente é possível se não acabar mais diminuir a quantidade de Chorume no planeta, uma das muitas dicas é direcionar o lixo produzido para o devido lugar. Essa substância é encontrada em aterros sanitários, lixões e também em cemitérios, sendo que o nome dado ao líquido resultante da decomposição de cadáveres é o necrochorume. É um poluente viscoso, de cor escura e possui cheiro fortemente desagradável que procede de reações e processos físicos, químicos e biológicos juntamente com a água das chuvas que percorrem através da massa de líquido aterrada. Sendo um agente poluente, causa sérios danos ao meio ambiente, pois além da baixa biodegradabilidade, possui metais pesados os quais os organismos são incapazes de eliminar, acumulando-os. Embora muitos metais sejam essenciais para o crescimento dos organismos e para suas reações biológicas, o seu acúmulo em altos níveis é tóxico e causa sérios riscos. Figura 6: Exemplo de uma rua poluída com a ação do “Chorume”, o que causa preocupação ao meio ambiente. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006). 2.3.3 Metais pesados Assim como todos os poluentes do meio ambiente o metal pesado é um dos agravantes ao meio ambiente que mais chamam a atenção, pois o ser humano tem produzido cada vez mais esse material pela vasta gama de atividades desordenadas, sem limites, podemos destacar dentre tantos os resíduos, o lixo mesmo em si que são
  • 25. 25 jogados, por exemplo, nos rios, nas próprias ruas, em nossas casas, tudo sem o menor senso de responsabilidade com a degradação das riquezas naturais. Geralmente resultantes de processos industriais, substância como mercúrio, o chumbo e o cádmio são classificados como metais pesados e tem uma capacidade tóxica altíssima eles se acumulam no organismo e podem causar sérios problemas como o câncer ou outras doenças. A medida para se evitar esse tipo de desastre cabem às indústrias: todos os rejeitos do processo produtivo devem ser corretamente destinados; além disso, essas empresas precisam ser fiscalizadas monitoradas. Caso a indústria não realize o tratamento adequado, esses metais serão lançados nos rios; contaminado todo o curso de água. Figura 7: Material pesado este é um dos poluentes que chama a atenção, pois é bastante agravante sua poluição. Fonte: Química Ambiental em 2015. 2.3.4. Lixo nuclear É um forte causador de doenças que levam a morte caso o ser humano fique em contato com lixo nuclear, o que precisa ser devidamente destinado assim como todos os poluentes da natureza deve ser, porém esse necessita ser um pouco mais de responsabilidade para que não só, animais rios assim como outras riquezas naturais não sejam afetados. Com a criação das usinas nucleares os problemas provenientes com a sua emissão também aumentará. Esses resíduos são existentes através de todo o
  • 26. 26 processo, desde a fase de mineração até a fase final de reprocessamento do combustível nuclear. O mesmo sendo encontrado na natureza permanecerá por um bom tempo como uma fonte de poluição e perigo. Figura 8: Produto químico com alto risco de poluição sendo exposto ao ar livre, o perigo é grande de contaminação. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006). 2.3.5. Fertilizantes químicos Apesar de sua utilidade é um agravante ao meio ambiente, muito usado por agricultores para a melhora da qualidade das produções, no entanto é preciso cautela por que o ser humano é atingido diretamente a partir da ingestão dos alimentos que receberam o uso de fertilizantes.
  • 27. 27 Figura 9: Fertilizantes Químicos sendo expostos ao solo. Fonte: Química Ambiental em 2015. Os fertilizantes são compostos químicos utilizados na agricultura para aumenta a quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente conseguir um ganho de produtividade. Atualmente, são muito utilizados, ainda que paguemos um alto preço por isso. Entre os problemas estão: a degradação da qualidade do solo, a poluição de fontes de água e da atmosfera e aumento da resistência de pragas. Existem dois grandes grupos de fertilizante: “os inorgânicos e os orgânicos”; ambos podem ser naturais ou sintéticos. Os “inorgânicos”, mas comuns levam nitrogênio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre e a maior vantagem desse tipo de fertilizantes esta no fato de conter grandes concentrações de nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente pelas plantas. Já os fertilizantes “orgânicos” são feitos a partir de produtos naturais, como húmus, farinha de ossos, torta de mamona, algas e esterco. 2.3.6 Poluição térmica Surge a partir do aquecimento das águas, aumento da temperatura, essa poluição acontece através da água utilizada na refrigeração, usinas nucleares e outras industriais. Outro agravante do problema é a junção da água poluída por resíduos químicos com a água quente, aí teremos tanto a poluição aquática como a térmica. Com certeza não
  • 28. 28 haverá vida neste meio, e é assim que a cada dia nossos rios vêm sendo progressivamente agredidos pelo homem. Figura 10: Poluição Térmica que acontece através das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora. Fonte: Poluição/Térmica blog spot em 2011. 2.3.7 Lançamento de derivados do Petróleo O petróleo apesar do que muitos pensam não é uma descoberta nova, por exemplo, os povos egípcios já usavam esse material, no Brasil, o petróleo já era utilizado na época do regime imperial, no entanto é o Brasil considerado o grande detentor dessa riqueza. O petróleo é um tipo de combustível fóssil de origem animal e vegetal formado geologicamente há milhões de anos. É uma substância líquida oleosa de coloração escura encontrada em muitos lugares no mundo, que pode ser extraída no continente, em terra firme e também no assoalho oceânico. O vazamento de petróleo pode ocorrer em navios petroleiros, nas plataformas de extração e nos oleodutos de distribuição, causando danos enormes ao meio ambiente.
  • 29. 29 Figura 11: Observam-se animais cobertos de petróleo nos oceanos, o vazamento deste combustível traz danos incalculáveis para os ecossistemas aquáticos. Fonte: blog. Planalto 13 de ago. de 2015 2.3.8. Chuva ácida Acontece com o aumento da concentração de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera. Os óxidos e óxido de carbono são chamados de ácidos porque em contato com a chuva geram ácidos. Atualmente, a chuva ácida é um dos principais problemas ambientais nos países industrializados. Ela é formada a partir de uma grande concentração de poluentes químicos que são despejados na atmosfera diariamente. Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustíveis fosseis, formam nuvem neblinas e até mesmo neve. Este tipo de chuva pode até mesmo provoca o descontrole de ecossistema, ao exterminar tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.
  • 30. 30 Figura 12: Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que são transmitidos ao ar livre pelas indústrias e destruindo a fauna e flora. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006). 2.3.9. Lançamento de resíduos sólidos São todos os restos de sólidos ou semissólidos das produções humanas, objetos que não servem para a principal função a que foram construídos, podem ser reutilizados para outros fins, por exemplo, como insumo para outras atividades. O lançamento de lixo nas ruas pode gerar sérios problemas ambientais em varias partes do planeta e causar prejuízos gravíssimos a natureza. Ao jogar o lixo na rua depois de uma chuva, esse lixo muito provavelmente vai parar no sistema de “Drenagem da Cidade” e este muito provavelmente vai conduzir este lixo para os rios que o levara até os mares.
  • 31. 31 Figura 13: Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo. Fonte: Educação Ambiental em 2015. 2.3.10. Esgoto doméstico São todos os formados pelo uso da água em trabalhos domésticos. O saneamento é um item básico e que deveria ser assegurado a todos os habitantes das áreas urbanas. Mas, infelizmente, não é o que acontece. Por negligência dos órgãos públicos, o esgoto é jogado em locais inapropriados e que acaba chegando até os rios e lagos. Hoje, 70% da poluição encontrada nas águas dos lagos e rios são provenientes da rede de esgoto doméstica. Os outros 30% vem do lixo jogado pelos cidadãos. Os níveis de poluição das águas chegaram a um ponto em que fica cada vez mais difícil reverter à situação. Tendo em vista que o esgoto doméstico é composto por toda a água e resíduos que percorre os encanamentos de casas, hospitais e todos os estabelecimentos comerciais. Ou seja, pode-se dizer que é todo o lixo que produzimos utilizando a água, que desce por todas as pias e vasos sanitários, além do chuveiro e ralos espalhados pela casa. Toda essa complexidade tem em seu destino final os rios, que recebe qualquer forma de poluição, prejudicando toda área que o compreende, e assim a água da chuva que corre pelas calçadas das ruas também se misturam nas redes de esgoto, acontecendo um ciclo vicioso de degradação.
  • 32. 32 Figura 14: A figura mostra esgoto doméstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificações ambientais. Fonte: Química Ambiental em 2015. 2.4. O problema das escalas temporais de decomposição do lixo urbano. Um dos principais problemas do lixo não tratado que não tem destino adequado em aterros ou de não ter uma coletado eficientes nas áreas urbanas, ou ainda lançados pelos moradores oriundos de ausência de educação doméstica e ambiental certamente são as ruas, depois os córregos e depois os rios, isso geralmente ocorre porque a educação ambiental nas escolas ou mídia, etc., não tem suficiente para as pessoas entenderem que não estamos fora da natureza e sim dentro dela, é parte dela, a cidade não está suspensa no espaço sideral e sim inserida na natureza, desse modo não tem como lançar o lixo aqui ou mais ali porque tudo no entorno é natureza, quando na verdade é possível usar técnicas de tratamentos de resíduos, primeiro comprando menos, usar mais os produtos que compramos reciclar o possível, e no lançar ao lixo o mínimo. Após essa etapa os resíduos podem ser reciclados e evitados de ser lançados em rios etc. Cada material que usamos e que logo após o uso descartamos são compostos de materiais diferentes, logo sua decomposição também é diferentes, assim cada objeto de acordo com sua composição química e física leva determinado tempo para decompor. Alguns dos mais comuns são plásticos, papel, etc. (Figura 15).
  • 33. 33 Tipo Tempo de decomposição Papel; De 3 a 6 meses; Caixa de Papelão; No mínimo 6 meses; Embalagem de Leite; Também uns 6 meses; Pano; De 6 meses a 1 ano; Filtro de Cigarro; 5 anos; Chiclete; 5 anos; Madeira Pintada; 13 anos; Boia de Isopor; Por volta de 80 anos; Copinho de Plástico; Quase 100 anos; Garrafa Plástica; Mais de 100 anos; Latinha de Cerveja; Mais de 100 anos; Linha de Pesca; Além de 600 anos; Fralda Descartável; Cerca de 450 anos; Lixo Radioativo; Uns 250.000 anos; Vidro; Cerca de 1 milhão de anos; Pneu. Não sabe ao Certo. Tabela 2: Observa-se no quadro uma representação dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor. Autores: Cibele Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablícia Correia Leite. 2015. 2.5. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). A estabilização ou decomposição biológica da matéria orgânica lançada ou presente na água envolve o consumo de oxigênio (molecular) dissolvido na água, nos processos metabólicos desses organismos biológicos aeróbicos. Em função do citado anteriormente, a redução da taxa de oxigênio dissolvido em um recurso hídrico pode indicar atividade bacteriana decompondo matéria orgânica. Logo, surge o conceito da
  • 34. 34 demanda de oxigênio em relação à matéria orgânica, sendo muito utilizadas as demandas bioquímicas de oxigênio (DBO) e a química de oxigênio (DQO). Entende-se por DBO a quantidade de oxigênio molecular necessária à estabilização da matéria orgânica carbonada decomposta aerobiamente por via biológica e DQO, a quantidade de oxigênio molecular necessária à estabilização da matéria orgânica por via química. Microrganismo e vegetais heterótrofos, quando em grande numero podem reduzir o OD a nível zero. Sendo que a proliferação de tais organismos depende das fontes de alimento, ou seja, matéria orgânica. A demanda de oxigênio provocada pela introdução de despejos orgânicos em recurso hídrico é uma demanda respiratória, uma vez que a oxidação desse material é realizada exclusivamente por via enzimática, logo se trata de uma demanda bioquímica de oxigênio. (VALENTE, 2009) Com todo esse processo a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) corresponde à quantidade de oxigênio necessário para ocorrer à oxidação da matéria orgânica biodegradável sob condições aeróbicas. É a quantidade de oxigênio utilizada na oxidação bioquímica da matéria orgânica, num determinado período de tempo, é expressa geralmente em miligramas de oxigênio por litro. A Demanda Bioquímica de Oxigênio é o parâmetro mais empregado para medir a poluição, a determinação de DBO é importante para verificar-se a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. Esta medida da quantidade de oxigênio consumido no processo biológico de oxidação da matéria orgânica permite chegar à conclusão: grandes quantidades de matéria orgânica utilizam grandes quantidades de oxigênio, assim, quanto maior o grau de poluição, maior a DBO.
  • 35. 35 Figura 15: A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indústrias que não sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte é em uma área pertencente ao rio aumenta a sua DBO. Fonte: Química Ambiental em 2015. O valor da Demanda Bioquímica de Oxigênio é usado para estimar a carga orgânica dos efluentes e dos recursos hídricos, e com estes valores é possível calcular qual a necessidade de aeração (oxigenação) para degradar esta matéria orgânica nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s). Processos de transformação da matéria orgânica que permitem determinar a DBO: 1- Demanda carbonácea (presença de CO2): inicialmente os microrganismos utilizam o oxigênio dissolvido (OD) para transformar o carbono em CO2; 2- Demanda nitrogenada (nitratos e nitritos): os microrganismos utilizam o oxigênio dissolvido (OD) para transformar os compostos nitrogenados em nitratos (NO3- ) e nitritos (NO2-). (LÍRIA ALVES DE SOUZA, 2010. P. 41-53). 2.6. Condições ambientais dos principais rios no mundo Atualmente os problemas ambientais estão sendo algo bastante visado e percebido, em todo o mundo, pois são fatos e acontecimentos que afetam todo o equilíbrio ambiental tanto da fauna como da flor, sendo eles múltiplos vastos e de enorme gravidade, prejudicando todos os seus biomas. Entre as principais ameaças estão à poluição da água, do ar e do solo, o desmatamento, o depósito e disposição de lixo em locais inadequados, o desperdício de alimentos e de recursos naturais, tudo isso se reflete no aquecimento global.
  • 36. 36 Todas elas têm sua raiz na explosão demográfica, na acelerada expansão urbana e agropecuária, e no proporcional aumento no consumo geral de recursos, podendo agir em separado, mas em geral fazendo-o em combinação, e desencadeiam uma série de impactos negativos sobre a biodiversidade, fazendo declinar populações, extinguindo espécies, privando-as de comida e abrigo, e provocando-lhes doenças, redução em seu crescimento, anomalias genéticas e outros males (Antônio, 2008. P. 62-67.). A poluição hídrica corresponde ao um processo extremo tanto de descuido como falta de respeito, o que se observa bastante em metrópoles, cidades, ruas, e etc., são espaços com contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, e chegando ao ponto máximo tendo seu fim em mares e oceanos. Entre os principais rios do mundo destacam-se, por exemplo: só para cita alguns, na Ásia o Rio Citarum, na África o rio Nilo, no Continente Europeu rio Tâmisa, no continente americano Rio Colorado, Nos rios no Brasil o caso do Tiete, Baía de Guanabara e entre outros. 2.6.1 Poluições em rios do continente asiático O Rio Citarum na Índia localiza-se ao oeste da ilha de Java, na Indonésia, há duas décadas seu longo percurso era limpo, onde todos próximos passavam a maioria dos dias, era o centro de atenção da região. A 40 km a leste de Jacarta, há um rio com mais de 300 quilômetros de extensão. Por milhares de anos, o rio Citarum foi um recurso importante para. Hoje, continua sustentando a pesca, agricultura, geração de energia elétrica e saneamento básico para quase 30 milhões de habitantes. Quando a população vivenciou uma explosão de desenvolvimento, pouca atenção foi dada para os principais componentes da infraestrutura. O tratamento adequado para a eliminação de resíduos foi amplamente negligenciado. Como resultado, os fabricantes e os moradores abusaram do rio, deixando o Citarum como um dos cursos de água mais poluídos do mundo. A geografia da ilha fez com que o rio Citarum se tornasse uma escolha fácil para as empresas com considerações de exportação. Infelizmente, ele também era um veículo conveniente para a eliminação de resíduos e o súbito enriquecimento da região fez com que não se ressaltasse essa preservação das águas do rio. O crescimento descontrolado
  • 37. 37 da indústria tem abusado cada vez mais do rio Citarum. A qualidade da água se deteriora significativamente no exterior das fábricas, onde tubos de evacuação expelem uma mistura tóxica criando uma imagem assustadora e revoltante do rio (Segundo Sonia 10.2010). A principal causa da poluição de rios, lagos e lagoas são iguais no mundo inteiro; o crescimento exponencial da população exige mais exploração dos recursos naturais acima da capacidade de recuperação natural do ecossistema. Quanto mais pessoas se acomodam numa cidade, mais água é consumida, mais esgoto é lançado, mais lixo é descartado, e mais indústrias aparecem. As cidades que não tem planejamento e estruturas para esse crescimento desordenado acabam descuidando do meio ambiente, o que leva a desmatamentos, poluição do ar, ilhas de calor, engarrafamentos extensos, surgimento de lixões, proliferação de doenças, poluição das águas, entre outros problemas. Figura 16: Observa-se na ilustração o “Rio Citarum” que é o rio mais poluído do mundo, além de serem depositados todos os resíduos sólidos das residências, todos os resíduos das indústrias são jogados no seu entorno. Fonte: Blog Meio Ambiental e consequências (Abril, 2015). Desafio é atravessar e conseguir vê a água, depois de tantos anos o “Rio Citarum” e toda sua margem são absurdamente sujos, sendo o primeiro rio mais poluído do mundo.
  • 38. 38 O rio Citarum, perto de Jacarta, capital da Indonésia, é o depósito de lixo doméstico de nove milhões de pessoas. Incluindo ainda resíduos industriais de cerca de 500 fábricas, e a maioria usa e abusa de materiais totalmente químicos. O Rio Yamuna se localizado na Índia, é um dos rios mais polidos do mundo, seu percurso é próximo ao Taj Mahal, absorve enormes quantidades de lixo industrial, resíduos agrícolas e esgoto, não tratado de diversas outras cidades que ficam mais próximas, incluindo Nova Delhi, a capital da Índia. Todas depositam diversas quantidades de lixo em seu percurso. Sua água não pode ser bebida, e muito menos usada para algum fim, o que força a formação de poços artesanais, e a compra de água filtrada. Ou seja, sendo luxo total água potável para a população indiana. Figura 17: Rio indiano que se encontra poluído, no Yamuna diariamente é depositado resíduos sólidos de indústrias e das residências, torna a água incapaz de ser usada. Fonte: Blog Alberto Pasqualini (Outubro, 2013). Ao longo dos dias com o aumento da poluição no rio Yamuna, ao lado do Taj Mahal, na Índia, causa dezenas de morte de animais marinhos, desenvolve-se também um mau cheiro claro e especifico dessa área poluída. Quantos e quantos animais marinhos e terrestres são mortos por conta desses rejeitos (um papelzinho de bala, uma sacolinha de picolé, um pedaço de papel sem importância) são materiais que não faz diferença onde é jogado, mas porem juntadas com vários outros materiais sem valor
  • 39. 39 econômico ai tem diferença. Ou seja, trata-se de um problema socioambiental mundial de elevada gravidade. Ao longo dos anos as autoridades buscam recuperar as condições atuais do Rio Yamuna são de degradação em seu percurso e, sobretudo em suas margens, o que leva as condições existentes são os esgotos domésticos e o lixo industrial, são as principais causas da poluição do rio. Mas o governo da Índia busca melhora a qualidade da água na Bacia do Rio Yamuna. Através do controle em despejos residuais na bacia, pois além de ser um dos rios mais importantes e sagrados da Índia. Milhões de pessoas no país dependem do rio, que tem 1.376 km de extensão, para fins domésticos, industriais e agrícolas. Ao observar o Lago Karachay, que se localiza na Rússia visivelmente não nota se o grau de poluição, embora a olho nu seja bonito e límpido, emite 200 vezes mais radiação do que seria considerado normal, sendo suficiente para matar qualquer individuo em menos de uma hora de exposição ao Lago. Tudo isso começou em meados da década de 1940, quando o governo da extinta União Soviética construiu uma “cidade secreta” (Chelyabinsk-40) em uma área escondida pelos montes Urais, que serviria de base para a produção de armas nucleares. Em 1948, o primeiro reator do local já estava funcionando, transformando urânio em plutônio – carga que era enviada para fábricas de bombas. O Lago tem sua extensão de 673 km e média de 50 km. Com todos esses problemas depois de três anos infectando, o governo soviético enviou pesquisadores para se certificar de que a situação estava sob controle. Os cientistas descobriram que, em apenas uma hora, o rio emitia 25% da radioatividade liberada na região durante um ano inteiro. Essa constatação fez com que milhares de famílias fossem realocadas.
  • 40. 40 Figura 18: Lago Karachay na Rússia, tendo em seu espaço total uma radiação tão forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago. Fonte: PASQUALINI em 24 de Nov de 2009 Apenas três anos mais tarde, foram enviados técnicos para investigar se o despejo de resíduos não estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras áreas dificilmente emitiam mais do que 0,21 Röntgens (uma unidade de medida para radiação) em um ano, o rio Techa emitia 5 Röntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos afetados (PASQUALINI, 2009. P. 28-39). O “Rio Amarelo” é localizado na China, ao seu longo percebe-se que cerca de três quartos de seu curso encontra-se totalmente poluído, o motivo claro para esse impacto ambiental são as fábricas que despejam resíduos industriais no rio. Com extensão de 5.464km e bacia de 745.000km2, nasce ao norte do Tibet e ao longo de seu curso muda várias vezes de direção.
  • 41. 41 Figura 19: Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao norte da China. O rio Amarelo (Hwang Ho) é o segundo maior rio do país, nasce no planalto do Tibete e percorre 5464 quilómetros até ao mar Amarelo, drenando uma bacia de cerca de 770 000 Km2. Fonte: Site Papo Fisico em 2013. A denominação do nome que parece ser um pouco estranho deve-se a enorme quantidade de lodo que é depositado ao seu percurso e é transportado, sendo por isso considerado o rio mais lamacento do mundo. Mas assim tendo um grande poder de sedimentação. No decorrer da história, as enchentes têm produzido inundações catastróficas e até mesmo modificações no curso do rio, com perda de milhões de vidas e destruição de grandes extensões de terras cultivadas. Por isso o rio Amarelo recebeu a designação de "desgraça da China". A irregularidade do débito, com estiagens no inverno e enchentes no verão, dificulta a navegabilidade, assim como seu aproveitamento para a irrigação. Tampouco tem permitido o desenvolvimento de grandes cidades em suas margens (Júlio Battisti 2012). 2.6.2 Poluição em rios no Continente Europeu Na Inglaterra o grande rio Tâmisa, que por muitos estudiosos foi considerando totalmente morto, sem vida marinha, mas atualmente se renova com uma recuperação exemplar. Segundo Oscar Deina em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o
  • 42. 42 declararam "biologicamente mortas”. A situação era pouco melhor do que um século antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor". Dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tâmisa ficou conhecido também como rio fedorento em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro – até hoje, foram quase 120 anos de investimento na despoluição das águas do rio que cruza a cidade de Londres. Milhares de milhões de libras mais tarde, remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o Tâmisa, que hoje conta com 121 espécies de peixes. Se a poluição começou ainda nos anos de 1610, quando a água do rio deixou de ser considerada potável, a despoluição só foi começar a partir de meados do século XIX, na época em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro. A decisão de construir um sistema de captação de esgotos também deve muito às epidemias de cólera das décadas de 1850 e 1860. A infraestrutura construída então continua até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos. Na época, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente captava os dejetos produzidos na região metropolitana de Londres e os despejava no Tâmisa alguns quilômetros rio abaixo (NINI apud Wikipédia 2010). Na época, a solução funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por alguns anos. No entanto, com o crescimento da população, a mancha de esgoto foi subindo o Tâmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto. Foi então que as primeiras estações de tratamento de esgoto da cidade foram construídas. No início de março de 2010, o rio teve o nível mais baixo já registrado, o que revelou uma enorme quantidade de lixo, especialmente de garrafas e sacos de plástico. A ONG Thames21 tenta realizar a limpeza periódica do rio. Em dez anos, ela contabiliza que foram retiradas do rio cerca de 250 000 sacolas plásticas (NINI apud Wikipédia 2010).
  • 43. 43 Figura 20: O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espécie de renascimento. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. Acesso 20/05/ 2015). 2.6.3. Poluição no Continente africano O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente. O famoso Rio Nilo berço de uma grande civilização é conhecido como principal rio que banha o Egito. E também o segundo maior rio do mundo em extensão com 6.650 km, perdendo apenas para o Rio Amazonas. Um destaque bastante perceptível. O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 quilômetros. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria. O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo. Tem extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito. Numa região desértica, o rio assumiu funções prioritárias na grande sociedade envolvendo uma civilização grandiosa.
  • 44. 44 Figura 21: Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto há bastante vegetação, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia. Fonte: Educaçao ambiental. (Outubro, 2012). Atualmente, o rio assume um mérito de privilegiado e assim se torna com grande importância e função, principalmente na região do Egito. É usado para varias funções como via de transporte, irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica. 2.6.4 Poluição no continente americano Rio Colorado é um rio dos Estados Unidos da América e do México. É o rio que atravessa o Grand Canyon. O rio Colorado corta a região mais árida da América do Norte. A sua bacia hidrográfica tem 632.000 km², e vai desde as Montanhas Rochosas do Colorado até o Golfo da Califórnia, no México, passando por cinco estados americanos. Ao todo, tem 2320 km de extensão e é um dos rios mais longos da América do Norte (P. Genebaldo Freire Dias, 2012. P. 27-32). O curso inferior do rio, que forma a fronteira entre a Baixa Califórnia e de Sonora, é essencialmente uma gota ou um riacho seco hoje devido ao uso do rio como fonte de irrigação do Vale Imperial. Antes de meados do século 20, o Delta do Rio Colorado proporcionou um rico estuário pantanoso que agora é essencialmente desidratado, mas ainda assim é um importante recurso ecológico.
  • 45. 45 Figura 22: O Rio Colorado se localiza na América do Norte, passa por vários cânions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos. Fonte: Blog Gestão Ambiental. (Novembro, 2011). O mesmo em seu curso alto e médio, o rio segue por um terreno acidentado, atravessando vários cânions, como o famoso e conhecido mundialmente como o Grand Canyon. Como resultado, o volume de água na bacia está a diminuir. Os anos de 2000 a 2004 foram os únicos cinco anos consecutivos na história gravada com água abaixo da média. Outro caso é o “Rio do Riachuelo”, pois o mesmo passa por um processo de limpeza da bacia do rio Matanza-Riachuelo, que em seu curso final faz fronteira com a capital argentina, mostra um progresso notável. Mas o grande desafio a ser alcançado é a descontaminação de todo seu trajeto, pois estar séculos praticamente sem vida. A bacia do rio Riachuelo, tem uma extensão de 60 km e tem seu curso existente na cidade de Buenos Aires ao sul. Na Argentina e em seu entorno 15.000 indústrias despejam dejetos no rio e atualmente nota-se que as indústrias químicas são responsáveis por mais de um terço da poluição deste corpo hídrico. Pesquisas relatam que aproximadamente 60% das cerca de 20 mil pessoas que moram nas proximidades deste rio vivem em áreas considerada inapropriadas para os humanos, só mostra uma realidade e um conflito entre homem contra o meio ambiente.
  • 46. 46 Figura 23: Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Março, 2013). Segundo o bioquímico Oscar Deina, as mudanças estão a acontecer às margens do rio, que marcam o limite sul da cidade de Buenos Aires, têm florestas, e não mais o lixo e assentamentos humanos irregulares. O lixo no leito foi removido, e controles sistemáticos das indústrias e obras são realizados para tratar águas residuais. 2.6.5. Poluição dos rios no Brasil Um dos mais conhecidos Rios do mundo. Localizado na grande Metrópole, e por fim desenvolvida São Paulo. Tem seu nome característico e reconhecido por ser poluído em sua grande extensão, atualmente encontra-se em caso de decomposição de sua rede de drenagem o que preocupa a população local. O rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no município paulista de Salesópolis, a 22 km do oceano Atlântico e a 96 km da Capital. Ao contrário de outros rios, ele subverte a natureza: como não consegue vencer os picos rochosos rumo ao litoral, em vez de buscar o mar - como a maior parte dos rios que corre para o mar – o Tietê atravessa a Região Metropolitana de São Paulo e segue para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num percurso de quase 1.100 km.
  • 47. 47 Figura 24: O Rio Tietê localizado na cidade de São Paulo, passa por gravíssimos problemas ambientais, as margens e sua água servem como deposito de lixo urbano. Fonte: Blog Espaço Ambiental. (Setembro, 2008). O Tietê começou a ficar poluído há não muito tempo, na década de 1960 foi que ele começou a ficar conhecido pela poluição, pois carrega bactérias nocivas à saúde. Podendo causar doenças como, por exemplo: cóleras, hepatites, micoses, corizas, verminoses e entre outras, tendo casos graves ao se expor diretamente com esse ambiente poluído. No caso do ‘Rio Iguaçu’ localizado no Rio de Janeiro, sua nascente é na Serra do Tinguá. Tem extensão de 43 km, desaguando na Baía da Guanabara. Antigamente, havia ainda um afluente importante, o rio Pilar, hoje assoreado. Esse rio foi de fundamental importância para o desenvolvimento da região da Baixada Fluminense, especialmente para a criação da cidade de Nova Iguaçu. O porto de Iguaçu, que se localizava nesse rio, foi o segundo mais importante porto fluvial do Estado do Rio de Janeiro, especialmente entre 1830 e 1860. Este Rio só perde para o Tietê, pois é considerado o segundo rio mais poluído do Brasil. Como todos os outros rios Brasileiros toda a sujeira é composta de resíduos domésticos, próximos e até mesmo moradias distante são carregadas diariamente e os
  • 48. 48 outros são detritos altamente nocivos jogados pelas indústrias, que poluem sem conscientização ambiental. Figura 25: Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resíduos sólidos vindos das indústrias que se desenvolvem aceleradamente e resíduos domésticos. Fonte: Blog Verde. (Março, 2014). Contudo, com o tempo, o rio Iguaçu perdeu sua importância estratégica. A ocupação econômica da Baixada Fluminense derrubou as matas nativas, o que causou o assoreamento dos rios e a diminuição de sua vazão. 2.7 O caso da Baía de Guanabara palco das olimpíadas A Baía de Guanabara em si, ocupa uma área de aproximadamente 380 km², incluindo a superfície de suas ilhas, pedras e ilhotas. A maior largura é de 28 km, atingida entre a foz dos rios São João de Meriti e Guapi-Macacu e a maior extensão são de 38 km entre a foz do rio Magé até a barra da baía. A barra possui 1.500m de extensão, e é dividida em dois canais pela ilha de Cotunduba (COELHO, 2007). A Baía de Guanabara também abriga grande quantidade de ilhas, destacando-se a Ilha do Governador, com seus mais de 40 km². As mais de 80 ilhas presentes no interior da Baía possuem características diferentes. O principal ecossistema da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara é a Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais
  • 49. 49 ameaçados do mundo, mas também fazem parte de sua paisagem os brejos e manguezais (COELHO, 2007). Figura 26: Baía de Guanabara, um senário belíssimo, mas porem poluídos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradáveis. Fonte: RJTV (Maio, 2015). Em 20 anos, os programas de despoluição da Baía de Guanabara, no Rio, já consumiram R$ 10 bilhões em empréstimos. Hoje, o governo diz que ainda precisa de mais 20 anos e pelo menos R$ 20 bilhões para recuperar toda a área. Desse total, R$ 13 bilhões poderiam ser gastos nos próximos 5 anos pra melhorar um pouco a situação se a iniciativa privada ajudar. O governo diz que não tem dinheiro pra fazer isso sozinho. A Baía de Guanabara é a terceira maior do mundo. Ao todo, 55 rios e canais desaguam nela, levando muita sujeira. Conforme mostrou o RJTV, atualmente, ela recebe cerca de 8 mil litros de esgoto por segundo e cerca de 100 toneladas de lixo por dia. Há dez anos, a média era de 15 mil litros de esgoto por segundo, Afirma Júlio Battisti. 2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente Milton Santos (1996), por sua vez, enfatizou o papel do Capitalismo Tecnológico e seu impacto no meio natural. Destacou que, hoje a natureza sofre, antes de qualquer coisa, um processo de instrumentalização, tornando-se um processo social e, com isso “desnaturalizada”. O meio natural sempre esteve em pauta no debate ambiental, mas hoje a Ecologia e outras ciências são influenciadas pelo surgimento de novos paradigmas.
  • 50. 50 Hoje em dia grandes empresas passaram a incluir a questão do ambientalismo em sua agenda havendo uma parceria com vida e saúda. Entretanto, a maioria de nossos problemas ambientais comuns ainda persiste, uma vez que seu tratamento requer uma transformação nos meios de produção industriais e de consumo, ou seja, uma mudança transformadora na nossa organização social para assim não prejudicar ao meio ambiente e de nossas vidas pessoais cuidando dos nossos atos e refletindo sobre eles para assim não haver catástrofes no nosso meio ambiente que luta pela sua sobrevivência no meio de tantas controvérsias atuais. Um dos mais importantes movimentos sociais que já existiu foi à chamada “Revolução Ambiental”, através desta revolução ouve uma visão de mundo e principalmente de localidade, respeitando ao meio, se preocupando com o que ocorre com os rios e com o fim do lixo domestico e industrial, mas uma conscientização significante e transformadora pode muda o comportamento do cidadão. Assim a humanidade, pela primeira vez, percebeu que os recursos naturais são finitos e que seu uso incorreto pode representar o fim de sua própria existência. Assim o mesmo a se prejudicar com problemas visíveis a todos. Os maiores problemas vistos são a industrialização acelerada, rápido crescimento demográfico, escassez de alimentos e entre outros que favorecem ao problema relacionado. Uma das consequências atuais é o desmatamento que por sua vez é a destruição da biodiversidade, particularmente nas áreas tropicais que resultam em Mudanças climáticas, complicando ainda mais a vida do ser humano (MELO 2008). E consequentemente trazendo problemas seríssimos a sociedade e seus habitantes. A ciência e a tecnologia desenvolveram-se muito rapidamente a partir do início do século XX e a intensificação da atividade industrial tornou suas técnicas de produção cada vez mais sofisticadas e foram multiplicadas ocupando território físico e comprometendo cada vez mais o meio ambiente
  • 51. 51 Figura 27: Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua aágua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos há também a presença de residuos solidos devido ao lançamento de lixo no enotorno ou nas ruas cidades, em geral são arrastados para os corregos pelos vento ou por chuvas. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008. Com o desenvolvimento das indústrias os gases e seus derivados tem sua marca registrada ainda mais forte na atualidade, descontrolando ao meio ambiente e fazendo com que ocorra reações esperadas, mais não evitadas. Esses gases são empregados nas mais variadas modalidades industriais, tendo funcionalidade diversa em seu campo e area de aplicação.Isso aumentou em excesso a emissão de gases poluentes na atmosfera, sem que, a princípio, houvesse preocupação com as consequências que poderiam ser provocadas. Essa Atividade Humana foi ficando crucial para o meio ambiente matando e destruindo, espécies,mata ciliar,solos fertil e degrada areas perfeitas até então.( MELO, 2008). Com todos esses acontecimentos agindo a todo instante transformando vidas em risco, percebe-se que as mudanças climáticas vem se modificando ao longo dos tempos começando a serem percebidas e por sua vez atribuidas ao aquecimento global. Compreendeu-se com tudo isso que caso os seres humanos continuem a emitir gases industriais em larga escala ainda mais podemos chegar a fins destruidores.
  • 52. 52 Figura 28: Observa-se um grande número de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lançamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento. Essas condições alteram o meio ambiente, em sonsequencia provoca danos a saude publica, a economia pelo esterminio da pratica da pesca, entre outros males. Fonte: Educaçao ambiental em ação. (Abril, 2006). Reconhece-se que as mudanças climáticas evidentes são problemas reais, e que as atividades humanas têm papel fundamental nessas alterações, facilitando essas causas com efeitos percebidos. Sendo assim, é preciso que todos se esforcem para diminuir o problema antes que seja tarde de ocorrer uma recuperação de areas totalmentes destruidas. Com a poluição dos rios, lagos e zonas costeiras, o impacto é imenso e todas essas ações causadas pelo ser humano tem causado uma degradação ambiental contínua, despejando crescentes depósitos de resíduos dejetos industriais e orgânicos diretamente no meio ambiente que sofre com causas assustadoras sendo vistas e percebidas cada vez com uma proporção intensa a anterior. Mudanças climáticas, extração predatória de recursos naturais e minerais, transformações no uso dos solos estão dizimando a fauna e a flora em diversas regiões do mundo. O conhecimento é algo fundamental para a resolução dos problemas que estão evidentes ao mundo, tendo assim uma necessidade forte de posição política e tanto populacional na realidade dos fatos, pensando em formas concretas e eficazes para combater, prevenir, precaver e resguardar nosso planeta de todos os riscos apresentados contra o meio ambiente.
  • 53. 53 2.9 Poluições dos Recursos Hídricos na Área Urbana O sistema urbano típico das cidades é algo bastante complicado, pois apresenta hoje um ciclo imperfeito. A água é captada da natureza limpa para uso, mas são devolvidas com qualidades diferentes e prejudiciais com resíduos que caracterizam a poluição da água e dos mananciais, fontes importantes para a sobrevivência da vida terrestre. O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento é favoráveis a ocorrer erros gigantescos no espaço ambiental resultando em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das principais consequências atuais é do crescimento da rede urbana aumentando a poluição doméstica e industrial, aumentando ao desenvolvimento de doenças, poluição do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros problemas, fatos esses existentes hoje na humanidade ocorrendo riscos sem volta tanto para a natureza quanto para a própria sociedade. (GALIZIA 2008). O desenvolvimento das áreas urbanas no caso do Brasil assim como tantos outros países concentra-se em regiões que existe certo movimento populacional de moradores nas metrópoles, nos polos regionais e entre outros espaços econômicos. Os efeitos desta zona de conforto, mas que gera problemas é uma realidade fazendo-se sentir sobre todo desconforto de certa forma a respeito aos recursos hídricos, ao abastecimento de água, ao transporte e ao tratamento de esgotos e pluvial. No ponto de vista em que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes impactos: Aumento das vazões máximas. Aumento da produção de resíduos sólidos (lixo). Deterioração da qualidade da água. E além destes impactos, ainda existem os causados pela forma desorganizada da implantação da infraestrutura urbana. Atualmente grandes são os impactos causados pelos diversos usos do solo no ambiente urbano, formas diversas que pode proporcionar problemas a qualquer individuo morador desta zona (GALIZIA 2008). Levando em conta os recursos hídricos, nesses impactos são ainda mais sentidos uma vez que todas as atividades sejam elas industriais até domésticas ou mesmo rurais, necessitam de planejamento consciente. Tendo em consideração o histórico do uso dos recursos hídricos do Brasil aponta para o uso inadequado da água e a falta de planejamento e projetos estruturais que beneficies a todos para uma melhor convivência sem destruição.
  • 54. 54 Figura 29: Os córregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento são lançados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. (Maio, 2015) A expansão das cidades e a ocupação da população em geral provocou algo aparentemente complicado para o meio ambiente a falta de chuvas uma das principais características que envolvem efeitos humanos. O que está ocorrendo é um desequilíbrio entre o consumo de água potável e a capacidade dos reservatórios e rios de serem reabastecidos. A sociedade nos últimos anos teve que se acostumar com o acúmulo de matéria orgânica nos rios. Por esse motivo, as águas dos rios urbanos muito poluídos exalam um cheiro muito forte, resultado das toxinas eliminadas pelas bactérias anaeróbicas que atuam como agentes decompositores.
  • 55. 55 3. MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa compilatória descritiva em que se observou fatos físicos relacionado ao campo da Geografia Física especificamente sobre impactos ambientais no trecho urbano no Rio Una. Na leitura e interpretação de textos, foi possível perceber que a poluição de águas é um fenômeno mundial, e que ocorre com ênfase nos países mais pobre ou em desenvolvimento onde as condições e educação ainda é precária e em construção social. Quanto a aos procedimentos teve como base levantamento de campo, especificamente na área urbana no entorno do rio Uma que margeia parte do município. A pesquisa apontou ainda que a poluição das aguas ocorre primeiramente nas cidades, isso porque não existem cidades inseridas fora de uma rede hidrográficas, é que o lixo acompanha de perto o ciclo das aguas, por isso todo lixo jogado nas ruas sempre drenará para a galeria mais próximas, e dessa pra um córregos, e de um córrego para os rios e que mais tarde em algum momento da escala temporal e espacial para os oceanos onde dependendo do material permanecera por anos ou podendo ser comido por uma animal da fauna marinha o que certamente o levara a morte. Em outra etapa da pesquisa observou que a poluição das águas se relaciona com dez importantes fatores principais citados nesse TCC e que demandam altas taxas de DBO. Outro importante resultado é que os problemas da poluição dos rios são acumulativos e repetitivos em todos os locais do mundo, mudando apenas o grau de impacto devido as diferenças econômicas, sócio educativa e grau de consciência ambiental. Esse por sua vez influencia no consumo e consequente na quantidade de geração de lixo e lançada nos córregos, aterros, etc. O problema também varia em função do grau de eficiência da educação ambiental, assim quanto maior for o grau de conhecimento cientifico do problema menos vulnerável fica o rio, essa leia vai desde uma grande metrópole como é caso de Nova York ao uma escala menor como é caso do município de São Bento do Una-PE.
  • 56. 56 4. LOCALIZAÇAO DO OBJETO DE ESTUDO 4.1 As bacias hidrográficas de Pernambuco O rio Uma faz parte do conjunto das grandes bacias hidrográficas de Pernambuco e essas possuem duas vertentes: o rio São Francisco e o Oceano Atlântico. As bacias que escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores sendo os principais: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú e GL’s. A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro dos limites do Estado, exceto as bacias dos rios Una Mundaú, Ipanema e Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas. Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do Ceará (GI-9), Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5). Figura 30: Mapas das bacias hidrográficas de Pernambuco a Bacia do Una aparece denominada pelo código G12 em tom rosa. Fonte: APA, 2014. Sua localização faz divisa ao Norte, com a bacia hidrográfica do rio Ipojuca. Ao Sul com o estado de Alagoas, ao leste, com a bacia hidrográfica do rio Sirinhaém, e a oeste, com as bacias hidrográficas dos rios Ipojuca e Ipanema. Tendo seus limites com, Belo jardim ao Norte, Lajedo e Jupi ao Sul, Cachoeirinha ao Leste, e Sanharó, Pesqueira
  • 57. 57 e Capoeiras ao Oeste. Abrange uma área de 5.906 km2, correspondendo a 6,01%da área do Estado de Pernambuco. O “Rio Una” é considerado um dos mais importantes do estado de Pernambuco. Tem a nascente na serra da Boa Vista no município de Capoeiras-PE, a cerca de 900 metros de altitude e chega à foz, nas vilas de Várzea do Una e Abreu do Una, no município de São José da Coroa Grande, depois de percorrer 255 km. A bacia abrange 42 municípios, localizados no vale do Ipojuca, Agreste Meridional e Mata Sul, representando uma população total de 553.259 habitantes, sendo 318.214 na área urbana e 237.045 na área rural (dados IBGE 2001). A bacia hidrográfica do Rio Una é formada por terraços, com altitudes médias que se elevam de acordo com a região, sendo que o leito e vertentes são representados por rochas metamórficas e magmáticas do período pré-cambriano. 4.2 A bacia do rio Una Normalmente, rio é definido como um curso natural de água doce, com canal determinado e fluxo permanente ou sazonal, desaguando noutro rio, no mar ou num lago. À Geomorfologia Fluvial interessam os processos e as formas relacionados ao escoamento dos rios. A morfologia de um rio e de sua bacia de drenagem está em constante movimentação, com os materiais sendo removidos, o que acarreta mudanças nas formas dos relevos fluvial e superficial. A bacia hidrográfica do Rio Una localiza-se ao sul do Estado de Pernambuco, entre as latitudes 8°17’14” e 8°55’28” Sul e longitudes 35°07’48” e 36°42’10” Oeste, limitando- se ao Norte com as bacias dos rios Ipojuca e Sirinhaém e o grupo de bacias de pequenos rios litorâneos; ao Sul com a bacia do rio Mundaú, o Estado de Alagoas, o grupo de bacias de pequenos rios litorâneos e o grupo de bacias de pequenos rios interiores; a Leste, com o Oceano Atlântico, a bacia do rio Sirinhaém; a Oeste, com as bacias dos rios Ipojuca e Ipanema. É considerada por Governo do Estado de Pernambuco (1997) como a Unidade de Planejamento Hídrico UP5. A nascente do rio Una localiza-se na Serra da Boa Vista, no município de Capoeiras, a aproximadamente 900 m de altitude. Apresenta-se intermitente até as proximidades da cidade de Altinho, tornando-se perene a partir dali. A extensão do rio é
  • 58. 58 de cerca de 255km e tem como principais afluentes: pela margem direita – riacho Quatis, rio da Chata, rio Pirangi, rio Jacuípe e rio Caraçu; pela margem esquerda – riacho Maracajá (Riachão), riacho Mentirosos, rio do Sapo, rio Camevô e rio Preto. Figura 31: Localização do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de Pernambuco. Fonte: Embrapa.br. 2015. A bacia do rio Una possui uma área aproximada de 6.785,79 km2, sendo que apenas 6.292,90 km2 estão inseridos no território pernambucano, representando 6,32% do total das terras do Estado. Dos 452,6 km2 de área municipal, Altinho detém 447,2 km2 inseridos na bacia hidrográfica do rio Una, representando 98,8%. (SILVA,2012) Essa bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na mesma: Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu); 15 possuem sede inserida na bacia: Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado, Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim do Monte, e 16 estão parcialmente inseridos: Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés, Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco, Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande, Tacaimbó, Tamandaré (SILVA,2012.
  • 59. 59 Figura 32: Imagem retirada próximo à nascente do Rio Una que se localiza na cidade de Capoeiras-PE. Fonte: Imagem cedida pelo Prof. Dr. Natalício Melo Rodrigues, 2015. Figura 33: Percurso do Rio Uma em São Bento do Uma: a linha em cor amarela elucida os limites do contorno da área urbana do município de São Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na área urbana do município, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para pesquisa de TCC. Fonte: Imagem do Google Earth. Delimitação cartográfica construída pelo Prof. Dr. Natalício Melo Rodrigues, 2015.
  • 60. 60 Na imagem a cima, a linha azul com setas com cor verde demostra geograficamente o começo e o termino do Rio Una que em seu trajeto passa por dentro da cidade. Essa linha que tem 8,5 km na forma de um polígono irregular se destaca desde seu inicio até seu termino mostrando um espaço magnifico em biodiversidade. A linha amarela revela o limite da área urbana, na mesma observa-se que o Rio tem seu percurso em destaque, tendo limites de fundamental importância em seu desenvolvimento.
  • 61. 61 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Descrições das atividades econômicas nas áreas urbana e rural de São Bento do Una. O clima da região onde estão situadas as unidades hídricas em estudo está caracterizado da seguinte forma: na área costeira, localizada na Zona da Mata, apresenta-se quente e úmido, com totais anuais de precipitação elevados (superiores a 1.000 mm). Os maiores índices pluviométricos tem duração de seis meses, iniciando-se no mês de março e prolongando-se até julho/agosto (PAIVA, 2010). Crescimento Populacional do Munícipio de São Bento do Una – PE Ano Quantitativo 1991 42.236 1996 44.992 2000 45.360 Tabela 3: O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados do IBGE. Fonte: IBGE CENSO em 2000. Atualmente a cidade de São Bento do Una possui uma população de 45.360 habitantes bem divididos entre zona urbana e rural. Uma população rica de conhecimentos e diversidade de saberes.
  • 62. 62 Figura 34: Imagem retirada da “Rua São Tiago”, onde o rio Una passa com mais intensidade nos tempos chuvosos. Autor: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira & Thais Fablícia Correia Leite. Primeiramente o Una começa a entra na cidade de São Bento, dando inicio no Una dos Cordeiros que é o ponto inicial a entra na cidade. Algumas ruas de São Bento do Una que o rio banha é as seguintes: Duque de Caxias, Vila Adelmar, Almas Benditas, Rua Teixeira de Freitas, Rua São Tiago, Rua da Pedra e Rua dos Terreiros. 5.2 Descrições do Perfil de Elevação da amostragem urbana objeto da pesquisa Figura 35: Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua trajetória e segui seu rumo até sair e começar na área rural. Fonte: Cedido pelo prof. Natalício Melo Rodrigues, 2015.
  • 63. 63 5.3 Espaço Urbano Percebe-se que as pessoas se organizam em muitos grupos específicos, para atenderem as suas necessidades e as das outras. Hoje se observa diferentes tipos de trabalhos como, por exemplo: em postos de saúdes, farmácias, hospitais, no setor da educação, escolas, bibliotecas etc. outros trabalham nos bancos, correios, casas comerciais e assim por diante. Todos esses setores comerciais são de fundamental importância para o desenvolvimento da cidade. Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o que é um caso preocupante em áreas próximas ao Rio. Autor: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira & Thais Fablícia Correia Leite. 5.4. Espaço Rural O espaço rural do município de São Bento do Una – PE corresponde aos sítios e fazendas onde se estabelecem as principais atividades Econômicas associadas ao espaço rural. No município em destaque o espaço rural é bem maior que o espaço urbano. Isso confirma o porquê das atividades econômicas principais serem a agricultura, a pecuária e a avicultura. A cidade tem em sua complexidade um espaço compreendido no campo de fundamental importância para o giro econômico e renda de famílias. Sendo uma região, destinada a atividades voltadas ao campo, sendo assim no espaço rural onde se produz grande parte dos alimentos consumidos no espaço urbano, garantindo uma fonte de
  • 64. 64 oportunidades aos moradores mais carentes. Mas com isso as transformações são notadas com desmatamento, queimadas, destruição da mata ciliar e utilização de produtos químicos apropriados para o campo, o que causa um grande impacto no meio ambiente. 5.4.1 Agricultura Na cidade de São Bento predomina o cultivo das lavouras temporárias onde se encontra toda base da economia vinda do setor agrícola. Entre elas: feijão, mandioca e o milho, apesar de um contraste que o Nordestino passa com as mudanças de clima. De qualquer modo a agricultura ocupa um importante espaço na economia local. Na região nas épocas chuvosas existe uma relativa pluralidade de produtos agrícolas e uma diversidade de empregos temporários. Grandioso setor que envolve uma boa parte da população que sobrevive dos meios vindos do campo. Predominando também na cidade é a presença da agricultura familiar e também de algumas zonas com uma produção mais mecanizada. O principal cultivo é o de milho, feijão, etc. Além disso, a agricultura de subsistência também possui um importante papel. Uma das Fontes de abastecimento e crescimento para a cidade de São Bento do Una – PE. Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um trabalho que garante a subsistência de bastante moradores que vivem em São Bento do Una – PE. Fonte: Google.com.2015.