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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM - AEB
FACULDADE DO BELO JARDIM - FABEJA
NÚCLEO DE PESQUISAS -NEPE
EVIDÊNCIA DA DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE
CARUARU- PE COM USO DO SOFTWERE GOOGLE ERTH
“O mundo não éformado apenaspelo quejá
existe,mas tambémpelo quepodeefetivamente
existir” (Milton Santos)
Belo Jardim – PE
2017
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
2
A EVIDENCIA DA DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE
CARUARU- PE COM USO DO GOOGLE ERTH
NATALICIO DE MELO RODRIGUES
Belo Jardim – PE
2017
Pré-Projeto de pesquisa do
Núcleo de Pesquisas – NEPE da
Faculdade de Belo Jardim, parte
das exigências de edital n.01/2016
de cadastramento institucional de
projetos de pesquisa cientifica
com modalidade de bolsa.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
3
RESUMO
Os terremotos são fenômenos que em sua maioria das vezes tem como causa a
dinâmica presente no planeta Terra, e são explicados via duas teorias básicas, ambas
desenvolvidas durante o Século XX, uma do início do século e uns outros mais recentes pós II
GGM, entretanto ambas se complementam. A primeira denominada de Teoria da Deriva
Continental de autoria de Alfred Wegener, e mais recente denominada Tectônica de Placas de
autoria sem um autor definido, sendo assim um conjunto de ideia complementares que forma
seu corpo teórico.
Os terremotos são resultados segundo essas teorias resultados das atividades tectônicas
que se manifesta nas zonas de convergência e divergência de placas. Nessas placas
manifestam-se atividade vulcânicas e nas falhas geológicas. Há dois tipos de terremotos
naturais, os oriundos de falhas e de atividades vulcânicas. Vale salientar que o homem
também pode produzir sismos de maneira direta ou indireta. Como exemplo temos os sismos
resultantes da procura e extração de minerais, combustíveis fósseis e a construção de canais
aquíferos de irrigação e abastecimento.
A ciência geológica aplicada ao campo da sismologia avançou de tal modo que hoje
através da teoria e técnicas tornou-se possível localizar, mapear as zonas sísmicas, mensuras
suas grandezas, relacionar aos fenômenos geológicos do tipo falha e atividades vulcânicas.
O Brasil nesse contexto as informações permitem saber onde ocorrem, qual suas
relações geológicas com as falhas e atividade vulcânicas na América, suas mensurações e
localização e mapeamento das principais zonas sísmicas.
Quanto a inserção de Caruaru nesse contexto geológico e no campo da sismologia,
prevaleceu as tendências observadas na escala maior que são aplicadas ao Planeta Terra e
consequentemente ao Brasil. Assim em conformidade com as teorias de sua aplicação as
escalas, começando pela maior o Planeta Terra, descendo para escalas mediana o Brasil e por
fim os resultados da pesquisa que é a aplicação das teorias ao objeto de estudo que é a cidade
de Caruaru. Como resultado na pesquisa de campo e teórica foi possível relacionar os
fenômenos sísmicos a presença da grande falha geológica denominada Lineamento de
Pernambuco, localizar os fenômenos sísmicos, mensurar os mesmos, quantificar na
temporalidade, e o seu grau na escala Richter.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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ABSTRACT
Earthquakes are phenomena that are often caused by the dynamics present on planet
Earth, and are explained by two basic theories, both developed during the 20th Century, one
of the beginning of the century and a few more recent post II GGM, in the meantime Both
complement each other. The first one called the Continental Drift Theory by Alfred Wegener,
and more recently called Plate Tectonics of authorship without a definite author, thus being a
complementary set of ideas that forms its theoretical body.
Earthquakes are results according to these theories results of tectonic activities that
manifests in the zones of convergence and divergence of plaques. In these plates volcanic
activity and geological faults are manifested. There are two types of natural earthquakes,
those from faults and volcanic activities. It is worth noting that man can also produce
earthquakes directly or indirectly. As an example we have the earthquakes resulting from the
demand and extraction of minerals, fossil fuels and the construction of aquifer channels of
irrigation and supply.
The geological science applied to the field of seismology has advanced in such a way
that today through the theory and techniques it has become possible to locate, map the seismic
zones, measure their magnitudes, relate to geological phenomena of the fault type and
volcanic activities.
Brazil in this context information allows to know where they occur, what their
geological relationships with volcanic failures and activity in America, their measurements
and location and mapping of major seismic zones.
Regarding the insertion of Caruaru in this geological context and in the field of
seismology, the trends observed on the larger scale that are applied to Planet Earth and,
consequently, to Brazil, prevailed. Thus in accordance with the theories of its application the
scales, starting with the largest planet Earth, descending to medium scales Brazil and finally
the results of the research that is the application of the theories to the object of study that is
the city of Caruaru. As a result of the field and theoretical research, it was possible to relate
the seismic phenomena to the presence of the great geological fault called the Pernambuco
Lineament, to locate the seismic phenomena, to measure them, to quantify the temporality,
and their degree on the Richter scale.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
5
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura Descrição pág.
01 Observa-se um modelo que representa a Teoria da Deriva Continental de autoria
de Alfred Wegener publicado no início do século XX elucidando a evolução da
migração dos continentes. Fonte Evidence | Alfred Wegener. Fonte: Building a
Case for Continental Drift - University of Illinois at Urbana-Champaign
13
02 Figura 2: Mapa representado a Teoria da Placas tectônicas, que afirma ser a
superfície da Terra composta de placas que se encaixam nas suas bordas. As
manchas em cor amarela representam os continentes, os tons azuis representam
as aguas, as linhas pretas sinuosas são os limites das placas, por fim as setas
representam os choque e divergências de placas. Fonte: Google.com.
03 Os movimentos das placas em suas bordas ocorrem de três formas, nos limites
divergentes, convergente e transcorrente. As setas em cor vermelha apontam
para os modelos que representam como os movimentos ocorrem na superfície
do Planeta. Fonte: meioambienteculturamix.com.
04 A esquerda observa-se um lineamento de relevo representando a Falha de São
Andreas localizada na borda Oeste com o Oceano Pacifico no Estado Unidos.
A direita um mapa das mesmas áreas localizando fenômeno geológico. Fonte:
Google.com.
05 Representa de uma falha geológica normal. A direita o Modelo em três
dimensões e a direita uma imagem de uma falha geológica em campo. Fonte:
Google.com
06 Falha do tipo empurrão. Em uma falha desse tipo um dos blocos é soerguido. A
direita ver-se um pesquisador analisando uma falha. Modleo e campo. Fonte:
Google.com
07 Falha transcorrente. A Falha de Santo André na Califórnia constitui o melhor
exemplo desse tipo emcampo Fonte: geografiamazucheli.blogspot.com.
08 Observa-se a representação do foco de terremoto. Os círculos em cor azul
representam a propagação das ondas. O ponto vermelho no centro elucida o
foco do terremoto. Fonte.Google.com
09 /10 Giuseppe Mercalli (colorization © todayinsci.com) e Charles F.Richeter
(Google).
11 Quadro comparativo entre as tradicionais escalas.Fonte:Google.com
12 Quando ocorrem um terremoto diferentes ondas são propagadas. As ondas P
(imagem da direita) se propagam tanto nos sólidos representado pela litosfera,
quando na astenosfera e no magma pastoso. As ondas S propagam-se apenas
através dos sólidos ou litosfera, já que os fluidos não suportam as forças de
cisalhamento. Fonte: Google.com.2017.
13 Mapa representando os locais de terremotos e vulcões. Os locais de terremoto
aparecem na cor amarela e os vermelhos os locais de erupções vulcânicas.
Fonte: CATDAT Word Ranking System for earthquake.2017.
14 Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As
esferas grandes representam os grandes terremotos, as esferas menores os
terremotos de menor dimensão. O gráfico ajuda muito a entender uma
comparação entre um terremoto de magnitude 9,0 com o de magnitude 5,0.
Fonte. Revista veja.2016
15 Observa-se mapa representando as falhas geológicas resultante dos movimentos
crustais neotectônico no Brasil. As falhas no mapa estão representadas por
traços na cor vermelha. Fonte: Fonte.USGS.
16 No mapa os pontos vermelhos representam as zonas sísmicas e o tamanho dos
círculos a magnitude do tremor. Em Pernambuco ponto vermelho indicado de
tremores elucida o LP – Lineamento de Pernambuco entre as cidades de
Caruaru, São Caetano e Belo Jardim. Fonte SISBRA.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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17 Observa-se o morro do Bom Jesus. Do ponto de vista Geomorfologia é na
verdade um Inselbergue. O Inselbergue é uma típica forma de relevo em
estrutura geológica de rocha cristalina, ao contrário do vulcão que temestrutura
geológica de lavas e magma vulcânico. f. Fonte: Panoramio. Acesso em
02/06/2016.
18 Representação de algumas formas de drenagem citados por Guerra e Cunha
(2001). O Planalto da Borborema tem uma drenagem semelhante a drenagem
radial, mas na escala menor como é o caso da cidade de Caruaru tem a
drenagem do rio Ipojuca no formato retangular o que demonstra a presença de
falhas geológicas no terreno urbano e rural. Fonte: Disponível para download
em Google.com. Acesso em20/05/2017.
19 Representação do traçado do rio nos terrenos de acordo com seus aspectos
geológicos.
Fonte: disponível para download no Google.com. Acesso em20/05/2017.
20 Vista parcial panorâmica da cidade de Caruaru. Observa-se em primeiro plano
uma extensa área plana denominada em geomorfologia de Pediplanos, no
horizonte ver-se um extenso alinhamento de morros distribuídos linearmente no
sentido Leste –Oeste evidenciando sua localização na borda da grande falha
geológica que se relaciona diretamente coma presença dos registros sísmicos na
cidade. Trata-se na verdade do Lineamento Pernambucano descrito na literatura
geomorfológica com falha de rejeito direcional. Imagem: Commons.2016.
21 Observa-se em tom rosa mancha que representa um mapa dos contornos limites
do estado de Pernambuco. Os traçados em cor preta são as falhas geológicas
secundarias, a linha em cor branca estendida no sentido Leste-Weste a falhas
primária ou Lineamento de Pernambuco. Os pontos na cor vermelha as cidades
onde foram registrados pequenos sismos. Fonte: Google.com.2016.
22 Na figura acima elucida a localização epicentral. Na cor verde contorno da
região Nordeste, em cor azul claro as aguas oceânicas, os traços retos na região
azul escuro elucidam as grandes falhas geológicas oceânicas associadas a
origem do Lineamento Pernambucano. O epicentro na figura acima é
representado pela estrela vermelha. São mostradas também as estações de São
Pedro e São Paulo, em vermelho, e Riachuelo, em azul. Fonte: Mapa no
GoogleErth, 2017.
23 Mostra de rochas metamórficas cristalino tipo milonitica caracterizada por
foliação milonítica na forma de estreitas faixas cataclásticas, localizadas nas
margens da BR 232 na cidade de Caruru-PE Fonte: Natalicio de Melo.2010.
24 A figura acima mostra como provavelmente ocorre o movimento geológico que
vem ocorrendo no Lineamento de Caruaru uma combinação de falha
normalmente com deslocamento de bloco e direcional. A faixa na cor cinza
representa a área de concentração do LP e consequente a sismicidade Fonte:
LabSis/UFRN.2012.
25 Vista paisagística de Caruaru. Nota-se claramente em primeiro plano uma
grande área plana onde se desenvolveu commais veemência o processo urbano,
essa primeira parte desse conjunto paisagístico e denominado espelho de falhas
do ponto de vista geológico. Na verdade, do ponto de vista da geomorfologia
essas áreas planas presente no semiárido um grande pediplano. Em segundo
plano ver-se uma área elevada permeada por “serras’ que na verdade são
escarpas de falha. As escarpas elevadas é o segundo elemento de uma falha
geológica.
26 Imagem realçada tomada em ângulo cerca de 45 graus da cidade de Caruaru a
cerca de 500 metros. Observa-se em primeiro plano um extenso Pediplano. O
relevo elevado em formato de cone é o um Inselbergue forma de relevo elevado
que exaltada em um Pediplano. Fonte: Paulo C. Carneiro Kémmer.2010.
27 Figura 27: Representação esquemática do comportamento de um traçado de rio
em ambientes de terrenos dominado por falhas geológicos. Fonte:
Google.com.2017.
28 Ver-se plano urbano de Caruaru no seu núcleo mais central. A linha vermelha
paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente emárea de
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
7
drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no terreno na forma
falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte:
GoogleEarth. Acesso em0/05/2017. Arte: Natalício de Melo. 2017.
29 Ver-se que o plano rural presente em Caruaru ao longo do Rio Ipojuca, se
comporta de forma geológica semelhante ao no seu núcleo urbano mais central.
A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum
presente em área de drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no
terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’
W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em20/05/2017. Arte: Natalício de Melo. 2011.
30 Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As
esferas grandes representam os grandes terremotos na escala 9.0, as esferas
menores os terremotos de menor dimensão, observa-se que os tremores que
ocorrem em Caruru oscilam entre 2,0 a 3,9 são insignificantes quando se
compara a escala maior, dessa forma não oferece pelo menos em tese riscos
significantes. Fonte: Revista veja.
31 Recorte Print Scren da tela do site G1. Fonte: G1.Grupo Glogo.2016.
32 Quadro acima é possível observar o início da onda P na linha Z,N e E marcado
aqui pelo primeiro movimento da agulha do sismógrafo para cima e para baixo
(a esquerda da imagem), no meio da figura a onda S grande e vertical, e por
fim o registro do movimento da onda superficial propagada na superfície do
solo e sentido pela população que no gráfico apareça marcado pelo traçado
continuo em zig e zag grande e escuro. A geologia na região de Caruaru é
caracterizada por granitos que têm velocidade de onda P, Vp, de 6,0 km/s.
Fonte: LabSis/UFRN.
33 Registro sismológico de um dos maiores tremores registrado em Caruaru. Esse
tremor foi sentido nas cidades de belo Jardim, Tacaimbo e São Caetano, o sismo
ocorreu no dia 20 /05/2006 e atingiu 4º na escala Richster e foi captado pelos
sismógrafos do laboratório de sismologia da UFRG Fonte: LabSis/UFRN
LISTA DE TABELAS
Tabela Descrição pág.
01 Escala de Magnitude e Números de ocorrências: Fonte: Jonh Richards e Ed Simkins,
2013.
02 Registro de sismicidade de Caruaru. Autor: Natalício de Melo rodrigues.2017.
03 Registro de sismos em Caruaru-PE. Autor: Natalício de Melo
04 Escala de Magnitudes e Frequência de Registro de Sismos. Fonte; Richards.J;
Simkins. E.2013.
05 Tabela de registros de ocorrência e movimento sísmico. Futor: Natalício de Melo
Rodrigues, 2017. Fonte:Jon Richards; Ed.Simkins, 2013
06 Registro de terremotos em Caruaru no Século XX. Autor: Natalício de melo
Rodrigues. Fonte: dados do Jornal Vanguarda e LabSis/RN
07 Registro de tremores ocorridos em caruaru no Século XXI. Autor: Natalício de melo
Rodrigues. Fonte: dados do Jornal Vanguarda e LabSis/RN
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 As considerações do campo da geologia e a teoria da Deriva Continental e
da Tectônica de Placas aplicados aos fenômenos sismológicos em Caruaru.
2.2 A Tectônica de Placas
2.2.1 Movimento entre Placas Divergentes
2.2.2 Movimento de Placas Convergentes
2.2.3 Movimento Horizontal ou de Falha Transformante
2.3 Falhas Geológicas
2.4 Terremotos
2.4.1 Aferição de um terremoto
2.4.2 Áreas de riscos de terremotos
2.5 Mensuração de terremotos na escala Richter e Mercalli
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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2.5.1 Como as ondas sísmicas se propagam
2.6 Terremotos no mundo
3 O FENÔMENO NEOTECTÔNICO NO BRASIL
3.1 As considerações do campo da geomorfologia e a teoria da Pediplanação
aplicado a paisagem de Caruaru.
3.2 O real significa do Morro do Bom Jesus na paisagem de Caruaru.
3.3 Considerações sobre a rede de drenagem aplicado a identificação de falhas
geológicas no município de Caruaru –PE.
4 LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS
6.1 O Lineamento de Pernambuco
6.2 Elementos teóricos a ser considerados na identificação de Falhas geológicas
aplicados à Caruaru
6.3 Aplicação das técnicas com uso de imagens do Google Earth das urbanas e
rurais
6.4 Uso de imagens de satélites do software Google Earth na identificação de
Falhas geológicas em área urbanas e rurais de Caruaru
6.5 Tremores em Caruaru
6.6 Analise dos tremores registrados em Caruaru
7 CONCLUSÕES
8 REFERENCIAS
1. INTRODUÇÃO
Compete a Sismologia um dos diversos campos de estudo de Geofísica que estuda
os terremotos (ou sismos): suas causas, efeitos, a propagação das ondas de vibrações emitidas
pelo terremoto, etc. A Sismologia também utiliza as ondas emitidas pelos terremotos para
estudar a estrutura da Terra.
Há uma sutil diferença entre os termos sismo e terremoto, um sismo é basicamente
a ocorrência de uma fratura a uma certa profundidade, que origina ondas elásticas que se
propagam por toda a Terra. As palavras sismo e terremoto são sinônimas, sendo que
normalmente reserva-se o uso da palavra terremoto para a classificação de grandes sismos que
ocorrem em áreas urbanas, e para os pequenos fora das áreas habitadas costuma-se usar abalo
sísmico ou tremor de terra.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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Os terremotos são fenômenos que em sua maioria das vezes tem como causa a
dinâmica presente nas falhas geológicas. Outro fator que causas sismos são asa atividades
vulcânicas. Além dos dois tipos de terremotos naturais, temos também um terceiro: os sismos
induzidos, de obra exclusivamente humana, de maneira direta ou indireta. Como exemplo
temos os sismos resultantes da procura e extração de minerais, combustíveis fósseis e a
construção de canais aquíferos de irrigação e abastecimento.
Há uma tendência em que os sismos se situem principalmente, pelo encontro de
diferentes placas tectônicas. Provocado pela pressão aplicada em duas placas contrárias.
Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às
bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são o
Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas em uma zona de convergência entre
as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana.
Quanto ao Brasil por sua localização no centro da placa Sul-Americana, os sismos
nessa localidade raramente possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a
ocorrência de terremotos quase sempre são causados por acomodação de falhas geológicas.
Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em quase todo o território
nacional, proporcionando terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados
imperceptíveis na superfície terrestre
Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da
Universidade de São Paulo (USP), no século XX foram registradas mais de uma centena de
terremotos no país, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na escala Richter, porém, a
maior parte desses abalos não ultrapassou 4 graus, sendo mais presente nos estados do Mato
Grosso, Espírito Santo, Ceará, Amazonas, do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, e em
Pernambuco com mais ênfase na cidade de Caruaru relacionado a falhas geológica denominada
de Lineamento de Pernambuco.
Segundo Lucivâncio Jatobá, renomado professor da UFPE e autor do já clássico
livro Introdução do Geomorfologia, afirma que o Lineamento de Pernambuco é uma das
feições geológica-geomorfologia das mais importante para compreensão das feições
geomorfológicas de Pernambuco. Na verdade trata-se de uma grande falha geológica do tipo
rejeito direcional que se direciona no sentindo Leste–Oeste se estendo por pelo menos 750 Km
de extensão, abrangendo partes do Continente africano, Oceano Atlântico, transversa o estado
de Pernambuco até nas mediações da cidade de Paulistana no estado do Piaui.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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Quanto a aplicação dessas ideias nessa pesquisa aplicado a Caruaru, que a princípio
teve a denominação de projeto de pesquisa sobre a epigrafe de A DINÂMICA DA
CONVERGÊNICA DAS PLACAS DE NAZCA E AMÉRICA DO SUL E SUA RELAÇÃO
COM AS ATIVIDADE SISMICAS INTRAPLACA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE, foi
positiva, porém fazendo face a dinâmica flexível da pesquisa, foi concluído sobre outro nome
devido a conotação da pesquisa, por isso passou a a ser denominada de A EVIDENCIA DA
DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE COM USO DO GOOGLE
ERTH.
2. REFERENCIAL TEORICO
A explicação das causas dos terremotos advém de duas ciências da natureza, a Geologia
e a Geomorfologia. Na geologia por exemplo é quem possui as bases teóricas para explicar os
tremores que ocorrem no mundo na escala maior, no Brasil na escala mediana, e por fim na
escala menor no Agreste Pernambucano como é caso da grande falha geológica denominada de
Lineamento Pernambuco, especificamente em Caruaru. Especificamente a geologia recorre a
conhecimento da teoria cientificas que se relacionam ao campo da a sismologia, são os casos da
teoria da Deriva Continental e da teoria das Placas tectônicas. A Teoria da Deriva antecede em
conhecimento e anos a teoria mais moderna da Tectônica de Placas.
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12
Quanto a aplicação da geomorfologia, seu nessa pesquisa advêm da necessidade de
identificar na paisagem e no campo as formas geológicas consequentes da disposição do
material geológico, em outras palavras a geologia é a base material estrutural onde os agentes
erosivos vão esculturar a paisagem ou o modelado paisagístico natural que a visão alcança.
2.1 As considerações do campo da geologia e a teoria da Deriva Continental e da
Tectônica de Placas aplicados aos fenômenos sismológicos em Caruaru.
Coube ao alemão Alfred Wegener publicar em 1915 a Teoria da Deriva dos
Continentes, propondo que a 200 milhões de anos atrás todos as massas emersas de terra
estariam reunidas em um único super-continente, denominado Pangea (imagem), envolto por
um mar universal, a Panthalassa. Posteriormente, essa massa continental fraturou-se em partes
menores que se dispersaram em consequência de movimentos horizontais. Além da semelhança
entre as margens dos continentes, Wegener buscou evidências geológicas, paleontológicas e
climáticas, particularmente nos continentes do hemisfério sul, para fundamentar sua hipótese.
A formação inicial de Alfred Wegener foi pela astronomia, concluindo um
doutoramento em 1904 na Universidade de Berlim. Contudo, sempre teve interesse pela
geofísica e tornou-se também interessado nos campos emergentes da meteorologia e
climatologia. Alfred Wegener casou-se com a filha de um famoso meteorologista, Wladimir
Köppen. Na área da meteorologia, Wegener foi pioneiro na utilização de balões meteorológicos
no estudo das massas de ar. Em 1906 Wegener fez parte de uma expedição à Groenlândia com
o objetivo de estudar a circulação das massas de ar polar. Quando regressou da expedição com
milhões de anos de história, aceitou um lugar de tutor na Universidade de Marburg. Tornou a
viajar para a Groenlândia de 1912 a 1913. Em 1914 foi recrutado para o exército alemão, sendo
mais tarde dispensado de combater por ter sido ferido, servindo durante o resto da guerra nos
serviços meteorológicos do exército. Após a guerra, Wegener regressou a Marburg, mas em
1924 aceitou um lugar de professor de meteorologia e geofísica na Universidade Austríaca de
Graz. A sua última expedição à Groenlândia ocorreu em 1930. Nela, ao regressar de uma
expedição de salvamento que levou alimentos a um grupo de seus colegas acampados num
local remoto, morreu de hipotermia um dia ou dois após o seu quinquagésimo aniversário.
Ele acreditava que a força para impulsionar a movimentação dos continentes seria
derivada das marés e da própria rotação da Terra. No entanto, existem dificuldades de ordem
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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física e matemática para sustentar esse modelo de movimentação e, por isso, a teoria sofreu
forte oposição dos principais cientistas da época, caindo, praticamente, em esquecimento.
Figura 1.Observa-se um modelo que representa a Teoria da Deriva Continental de autoria de Alfred Wegener
pblicado no inicio do século XX elucidando a evolução da migração dos continenteeoFonte Evidence | Alfred
Wegener. Fonte: Building a Case for Continental Drift - University of Illinois at Urbana-Champaign
2.2 A Tectônica de Placas
Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera -que engloba
toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade -está quebrada
em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais,
que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da
Terra.
Essas movimentações ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente
“flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da
Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as
correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das
placas tectônicas.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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Figura 2: Mapa representado a Teoria da Placas tectônicas, que afirma ser a superfície da Terra composta de
placas que se encaixam nas suas bordas. As manchas em cor amarela representa os continentes, o tom azul
representam as aguas, as linhas pretas sinuosas são os limites das placas, por fimas setas representamos choque e
divergências de placas. Fonte: Google.com.
Os terremotos são causados pela movimentação das placas tectônicas, um grupo de doze
grandes blocos da crosta terrestre onde estão assentados os oceanos e continentes. Essas placas
estão em constante movimento, à deriva sobre o magma incandescente que se movimenta
abaixo delas. Os tremores ocorrem normalmente ao longo da junção entre essas placas, que
colidem, afundam ou deslizam entre si, liberando grande quantidade de energia.
Estudos apontam que a velocidade com que as placas deslizam ou colidem varia entre
poucos milímetros até 10 ou mais centímetros por ano. Segundo a Teoria as placas deslizam ou
colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde
elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente
nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas,
ao longo de faixas estreitas e contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda
a Terra.
É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no
topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravasa-se ao longo de fissuras, ou através de
canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem
próximo aos limites das placas, excepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas
regiões internas das placas.
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Fundamentalmente existem 3 tipos de contatos entre as placas tectônicas propocionados
por movimentações com sentido divergente, convergente, de deslocamento horizontal ou
falha transformante.
2.2.1 Movimento entre Placas Divergentes
As placas tectônicas da Terra se movem em diferentes velocidades, por conta dessa
variação relacionada a dinâmica planetária da litosfera é possível distinguir duas áreas distintas;
uma Região mais lenta denominada Dorsal Ártica em que a velocidade de deslocamento da
placa atende cerca de 2,3 centímetros ano, por sua vez na Região mais rápida Dorsal Sudeste-
Pacifica onde a velocidade atende cerca de 15 centímetros ao ano.
Figura 3: Os movimentos das placas em suas bordas ocorremde três formas, nos limites divergentes, convergente
e transcorrente. As setas em cor vermelha apontam para os modelos que representam como os movimentos
ocorrem na superfície do Planeta. Fonte: meioambienteculturamix.com.
Ocorre quando as placas se movimentam para direções contrárias entre si. Esse processo
acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias meso-oceânicas. Essas cadeias são
extensas elevações submarinas, cuja topografia é muito mais acentuada e exuberante do que as
tradicionais zonas montanhosas existentes nos continentes - podem alcançar mais de 1.000 km
de largura e 20.000 km de extensão e sua crista é marcada por profundas fendas ou fissuras.
Quando as placas se afastam uma da outra, o material em estado de fusão - o magma -
existente no topo da astenosfera, sobe através das fendas, situadas na crista das cadeias
submarinas, e extravasa-se formando um novo fundo oceânico.
2.2.2 Movimento de Placas Convergentes
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16
Este movimento ocorre quando duas placas se chocam. Em conformidade com a teoria,
uma delas desliza por debaixo da outra, formando profunda trincheira que penetra pelo fundo
oceânico. A placa inferior desliza no interior da astenosfera segundo um plano inclinado - entre
40ºa 60º com relação a horizontal. Essa região de junção de placas recebe o nome de Zona de
Subdução ou Zona de Benioff-Wadati. Mais de 3/4 dos terremotos do mundo ocorrem nesse
tipo de limite de placas. É aí também que se encontram os sismos de foco profundo, com 300 a
700 km de profundidade. Ao subsidir para zonas mais profundas da astenosfera a placa rígida
encontra altas temperaturas podendo ser parcialmente fundida.
Esse novo magma, que é menos denso que as rochas circunvizinhas, sobe através de
zonas de fraqueza da crosta e extravasa-se sob a forma de vulcões. Aproximadamente 2/3 das
erupções vulcânicas conhecidas ocorrem nesse tipo de limite de placas. Exemplo clássico de
placas convergentes é a de Nazca e a da América do Sul. A interação do movimento dessas
placas possibilitou a formação da Cadeia Andina e a trincheira oceânica Chile-Peru.
2.2.3 Movimento Horizontal ou de Falha Transformante
Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito entre as placas é grande de
modo que podem ocorrer grandes esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são
liberados por meio de grandes terremotos.Para esse caso, o melhor exemplo é a falha de Santo
André, na California, limitando a Placa Americana, com movimento geral na direção SE, da
Placa do Pacífico, com movimento geral na direção NW. É uma falha famosa por produzir
grandes e devastadores sismos, como o sismo de São Francisco de 1906 que destruiu a cidade.
Existe a crença popular de que um grande abalo sísmico poderá dividir o estado da
Califórnia em dois. Nesta crença, uma parte do estado "se desprenderia" do continente e
formaria uma ilha. Tal evento é cientificamente possível, e poderia ocorrer na Falha de Santo
André ou Falha de San Andreas (em inglês: San Andreas Fault) é uma falha geológica
tangencial que se prolonga por cerca de 1290 km através da Califórnia. A falha de San Andreas
marca um limite transformante, encontro de placas tectônicas que se transformam, ocorre entre
a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. É uma falha famosa por produzir grandes e
devastadores sismos, como o sismo de São Francisco de 1906 que destruiu a cidade.
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17
Figura 4: A esquerda observa-se um linemameto de relevo representando a Falha de São Andreas localizada na
bora Oeste com o Oceano Pacifico no Estado Unidos. A direita um mapa das mesma área localizando fenomeno
geológico.Fonte: Google.com
2.3 Falhas Geológicas
A falha geológica é um fenômeno geomorfológico que envolve a cisão entre duas
massas rochosas. Ocorrem quanto há uma ruptura ou cisão de um bloco de rochas ou faixas
estreitas da superfície que é responsável pelo deslocamento de suas partes. O acúmulo de
energia e a eventual liberação desta em zonas de falhas geológicas é um dos fatores
responsáveis pela ocorrência dos terremotos.
Esse fenômeno geológico surge em função da pressão aplicada por uma força,
geralmente as placas tectônicas, em que a pressão exercida excede a capacidade de resistência e
plasticidade das camadas rochosas, provocando a sua cisão ou ruptura, podendo gerar também
algumas pequenas fraturas em seu entorno. Veja, a seguir, os elementos que formam a estrutura
de uma falha geológica.
Na falha do tipo normal, a cisão acontece quando um bloco “desce” ou abaixa em
relação à superfície da falha. Isso ocorre quando a pressão exercida sobre a região provoca uma
tensão negativa.
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18
Figura 5. Representa de uma falha geológica normal. A direita o Modelo em três dimensões e a direita uma
imagem de uma falha geológica em campo. Fonte: Google.com
Já na falha do tipo inversa a cisão ocorre quando um bloco “sobe” em relação à falha,
soerguendo a sua superfície. Isso acontece quando o tectonismo provoca uma tensão
responsável por comprimir o espaço ocupado pelas camadas de rocha.
Figura 6. Falha do tipo empurrão. Em uma falha desse tipo um dos blocos é soerguido.A direita ver-se um
pesquisador analisando uma falha. Modleo e campo. Fonte: Google.com
Já na falha transcorrente, também chamada de horizontal, há um movimento paralelo
entre os dois blocos, o que pode ser provocado por vetores inversos de forças horizontais
aplicados sobre cada segmento de rocha.
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19
Figura 7: Falha transcorrente. A Falha de Santo André na Califórnia constitui o melhor
exemplo desse tipo em campo Fonte: geografiamazucheli.blogspot.com.
A manifestação das falhas geológicas costuma ocorrer em localidades próximas ao
encontro entre duas placas tectônicas distintas, mas também pode se manifestar em zonas
continentais internas. É o caso, por exemplo, da falha de Samambaia, a maior do Brasil, com
uma extensão de 38 km por 4 km de largura, recobrindo os territórios de vários municípios do
interior do Rio Grande do Norte, provocando eventuais abalos sísmicos na região.
2.4 Terremotos
São grandes movimentos de terra causados quando a tensão tectônica acumulada é
repentinamente aliviada por um deslocamento de rochas ao longo de uma falha e evidenciam
atividade tectônica em andamento. A energia liberada pelo movimento repentino de blocos de
crosta passando uns sobre outros para novas posições se espalha pela Terra como ondas
sísmicas.
Associamos com tremores maiores e mais danosos principalmente as ocasiões em que
essas ondas passam ao longo da crosta exterior ou emergem à superfície terrestre.
■ Foco: locação subterrânea onde o deslocamento de rocha e o terremoto resultante se
originaram. Pode estar localizado tanto perto da superfície como a 700 km de profundidade.
■ Epicentro: o ponto na superfície terrestre que fica diretamente acima do foco, onde o maior
choque normalmente é sentido.
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20
Figura 8: Observa-se a representação do foco de terremoto. Os círculos emcor azul representama propagação das
ondas. O ponto vermelho no centro elucida o foco do terremoto. Fonte.Google.com
2.4.1 Aferição de um terremoto
A severidade de um terremoto é expressa de duas maneiras: o tamanho do evento
como um processo físico da Terra, e; o grau de seu impacto nos humanos. Muitos fatores
resultantes de um tremor, além do tamanho, afetam vidas humanas. A escala de magnitude de
terremoto, originalmente desenvolvida por Charles F. Richter em 1935, é baseada na energia
liberada em um terremoto e registrada por sismógrafos. Atualmente medida de um modo mais
preciso, chamado magnitude de momento, a energia liberada em um terremoto é expressa em
um número, geralmente com uma casa decimal. A magnitude representa o tamanho do
terremoto em termos de energia liberada. Cada aumento de um número inteiro em magnitude
(por exemplo, de 6.0 para 7.0) representa cerca de 30 vezes mais energia liberada.
O terremoto mais forte na história recente foi um terremoto de magnitude 9.5 que
ocorreu em alto-mar no Chile, em 1960. A escala usada para registrar e compreender padrões
de intensidade de terremoto, o dano causado e grau de seu impacto em pessoas e propriedades é
a Escala de Mercalli modificada. Categorias numeradas de I a XII descrevem os efeitos de um
terremoto em humanos e a variação espacial desses impactos. A intensidade depende da
distância do epicentro, da duração do tremor, da severidade resultante de materiais locais
afetados, da densidade populacional e das construções afetadas.
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21
2.4.2 Áreas de riscos de terremotos
O impacto de um terremoto em humanos e propriedades depende de muitos fatores, os
mais importantes são a probabilidade e o número potencial de pessoas afetadas por colapso
estrutural. Um dos terremotos que geraram mais prejuízos materiais, o terremoto de magnitude
7.2 que atingiu Kobe, no Japão, em 1995, destruiu mais de 50 mil construções.
Fatores que influenciam o impacto estrutural incluem a localização de um epicentro de
terremoto relativo a centros populacionais, materiais e métodos de construção, bem como a
estabilidade dos materiais da terra sobre os quais as construções são erguidas. Perdas de vida
em um terremoto são aumentadas por outros fatores, incluindo hora do dia, período do ano,
condições climáticas no momento do terremoto, incêndios resultantes de linhas de força caídas
e fontes de gás rompidas, e se o tremor do solo dispara quedas de rocha, deslizamentos de terra,
avalanches ou tsunamis.
2.5 Mensuração de terremotos na escala Richter e Mercalli
Há duas formas de mensurar os terremotos denominadas de escala, uma é menos
divulgada denominada de escala de Mercalli e uma outra denominada de Richter.
Figura 9 e 10; Giuseppe Mercalli (colorization © todayinsci.com) e Charles F.Richeter(Google).
A Escala de Mercalli Modificada, é uma escala qualitativa usada para determinar
a intensidade de um sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas
construídas e naturais. Foi elaborada pelo vulcanólogo e sismólogo italiano Giuseppe Mercalli,
em 1902 daí o nome que ostenta. Os efeitos de um sismo são classificados em graus, denotados
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pelos numerais romanos de I a XII, com o grau I a corresponder a um tremor não sentido pelas
pessoas, e o grau XII à alteração calamitosa do relevo da região afetada.
Figura 11: Quadro comparativo entre as tradicionais escalas.Fonte:Google.com
A escala Richter foi criada em 1935 pelo sismólogo estadunidense Charles F. Richter,
integrante do Instituto de Tecnologia da Califórnia e atualmente a mais usada. Richter, para a
realização de sua escala, analisou as ondas sísmicas e coletou números de vários terremotos
anteriormente registrados. Essa escala foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos,
que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto.
É uma escala que se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente), no entanto, nunca foi
registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na escala Richter. Um dos fatores é que
ela se baseia num princípio logarítmico, ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo,
produz efeitos dez vezes maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente.
O poder de destruição de um terremoto não está relacionado apenas à sua magnitude, ou seja,
nem sempre um sismo de maior magnitude será mais destrutivo que um de menor magnitude.
Vários fatores influenciam nesse fenômeno: profundidade do hipocentro (ponto interior onde
ocorre a fratura principal), a distância entre o ponto e o epicentro (local onde é registrada a
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23
maior magnitude dos abalos), as condições geológicas e a estrutura de engenharia dos edifícios
atingidos.
2.5.1 Como as ondas sísmicas se propagam
As ondas sísmicas são de natureza mecânica e se propagam de forma muito parecida
com as ondas sonoras, mas são de frequência muito mais baixas que essas, tipicamente entre
0.001 Hz e 1 Hz. Isso significa que o período dessas ondas é bastante longo, variando entre 1
segundo até 100 segundos de crista a crista.
Da mesma forma que as ondas sonoras, as ondas sísmicas também podem ser refletidas,
comprimidas, dilatadas ou atenuadas e quando atravessam meios de densidade diferentes
podem sofrer difração, atenuação ou mudarem a velocidade de propagação.
2.5.2 Ondas Sísmicas Básicas
Durante um terremoto diversos tipos de ondas são produzidas, mas duas delas se
destacam das demais e são sempre usadas como referência quando o assunto são os tremores de
terra: as ondas P e as ondas S.
Figura 12: Quando ocorrem um terremoto diferentes ondas são propagadas. As ondas P (imagem da direita) se
propagam tanto nos sólidos representado pela litosfera, quando na astenosfera e no magma pastoso. As ondas S
propagam-se apenas através dos sólidos ou litosfera, já que os fluidos não suportam as forças de cisalhamento.
Fonte: Google.com.2017.
Após um terremoto, a primeira das ondas sísmicas que são detectadas são as ondas do
tipo P, também conhecidas como ondas primárias ou de compressão. Estas ondas são muito
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velozes e se propagam através dos sólidos e dos líquidos e como seu nome diz, agem
comprimindo o meio pelo qual trafegam, conforme mostra a figura abaixo.
As ondas S se propagam mais lentamente que as ondas P, tipicamente 60% mais
devagar, mas a energia de seu movimento é várias vezes superior, o que significa que as ondas
S causam muito mais danos que as ondas P.
Da mesma forma que as ondas P, as ondas S também se propagam mais rapidamente
conforme a profundidade aumenta, mas a relação de aumento ou diminuição da velocidade não
é igual para os dois tipos de ondas.
Quando ocorre um terremoto, sismômetros situados até uma distância angular de 105º
(11 mil km) conseguem registrar os dois tipos de ondas, mas se essa distância for maior as
ondas S não podem mais ser detectadas. Esse fato levou Richard Dixon Oldham a sugerir, em
1906, que a Terra possuía um núcleo líquido, atualmente chamado de núcleo externo.
Fenômeno semelhante ocorre com as ondas do tipo P. Ao passarem de um meio sólido
(manto) para um meio líquido (núcleo externo), a abrupta mudança de densidade faz as ondas
mudarem de direção, impedindo que os sismógrafos registrem as ondas P entre 104 e 140 graus
de distância angular do epicentro, algo entre 11 mil e 19 mil km desde o ponto de ruptura.
A presença de um núcleo interno sólido só foi sugerida em 1936, após a sismóloga
dinamarquesa Inge Lehman reparar que ondas P, que deveriam ser bloqueadas pelo núcleo
líquido, também podiam ser detectadas nos sismogramas. Esse fato levou a pesquisadora a
sugerir que havia algum tipo de descontinuidade abaixo desse núcleo, que estaria permitindo a
reflexão das ondas P. Essa hipótese foi confirmada apenas em 1976 e a zona de interface entre
os dois núcleos foi batizada de descontinuidade de Lehman.
Outras regiões de interface são a descontinuidade de Mohorovic (também chamada
Moho), que separa a crosta do manto terrestre e a descontinuidade de Gutenberg (ou Wiechert-
Gutenberg), que separa o manto do núcleo líquido.
A descontinuidade de Mohorovic varia entre 5 e 10 km nos oceanos e entre 30 e 40 km
abaixo dos continentes e é abaixo dela que o magma incandescente se movimenta levando junto
a crosta terrestre. É nessa profundidade que ocorre a maioria dos terremotos. Em regiões
montanhosas a descontinuidade de Mohorovic pode atingir 60 km de profundidade.
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A descontinuidade de Gutemberg se localiza a cerca de 2880 km de profundidade e
deste ponto em diante as ondas S deixam de se propagar, pois a partir daí o começa o núcleo
líquido.
2.6 Terremotos no mundo
Em geral os terremotos a maior parte dos registros de grandes terremotos que variam
entre 4,9 - 8 na escala Richter tem sua localização associadas a área de encontro de placas
tectônicas, por sua vez de pequenas dimensões em locais de falhas geológica, essas em sua
maior parte são consequências diretas secundarias em relação as grandes placas tectônicas, em
geral são tremores menores que variam entre 3,4 e 4,8.
Figura 13: Mapa representando os locais de terremotos e vulcões. Os locais de terremoto aparecem na cor
amarela e os vermelhos os locais de erupções vulcânicas. Fonte: CATDAT Word Ranking System for
earthquake.2017.
Segundo Jonh Richards e Ed Simkins, 2013, os locais onde são registrados os
terremotos de maior magnitude são os locais de encontro de Placas Tectônicas conforme
observa-se na figura. Ainda segundo o autor citado por ano ocorre no mundo, especificamente
nos locais mais propícios, como são os casos de vulcões, encontro de placas tectônicas, falhas
geológicas, cerca de 500 mil terremotos são detectados por sismógrafos, porém como a
distribuição de sismógrafos são mínimas, se crer que o número de terremotos por anos possa
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atingir a casa de milhões. Só alguns são sentidos pelas pessoas, acredita-se que o esse número
chegue a 100 mil.
Quanto as magnitudes e números de ocorrência são os seguintes:
MAGNITUDE NUMERO DE OCORRENCIA
2 - 2,9 1.300.000
3 - 3,9 130.000
4 - 4,9 13.000
5 – 5,9 1.319
6 – 6,9 134
7 – 7,9 15
8,0 1
Tabela 1: Escala de Magnitude e Números de ocorrências: Fonte: Jonh Richards e Ed Simkins,
2013.
A observação e análise desses números ficam mais evidentes em uma representação
gráfica (Figura 15). Observe comparando o que um tremor de 3-3,9 chega a ser insignificante
quando comparado a um grande tremor na escala 9.
Figura 14: Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes
representam os grandes terremotos, as esferas menores os terremotos de menor dimensão. O gráfico ajuda muito a
entender uma comparação entre um terremoto de magnitude 9,0 com o de magnitude 5,0. Fonte: Revista
Veja.2016.
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Fica evidente que os terremotos de grandes magnitudes, a saber acima de 6, acima de 7
e de 8 tem ocorrência menos frequente, e esses tais estão relacionado a zonas de tensão de
choque de afastamento de placas, nesses ambientes naturais sujeitos a terremotos sofrem
grande pressões tectônicas, quanto habitados elevam de forma exponencial os números de
vítimas e destruição de estruturas urbanas.
Quanto, especificamente no Nordeste, em especial na cidade de Caruaru os níveis de
mensuração de terremoto em sua maioria se localizou nas faixas que varia de 3- 3,9, número
que na escala mundial chegam a 130.000 o que o torna comum e apenas elucida a dinâmica
natural planetária.
3. O FENÔMENO NEOTECTÔNICO NO BRASIL
Segundo Suguio (2001) coube Obruchev em 1948 propor o termo neotectônica para
designar os movimentos terrestres ocorridos no Terciario tardio ao Quaternário, que teriam
desempenhado um papel essencial na configuração topográfica brasileira. Hasui apud Suguio
(2001) considera que, no Brasil, a neotectônica deva abranger o intervalo de tempo geológico a
partir da intensificação dos processos da deriva continental (após metade do Terciário) até hoje,
com manifestações geológicas restritas ao ambiente tectônico de intraplacas.
Quanto a datação da temporalidade Hasui propõe que seja no início da Formação
Barreiras em torno do Moiceno médioa 12Ma, possa balizar o advento do neotectônica no
Brasil. Por sua vez Saadi apud Sugui(2001) o quadro geral das manifestações em território
brasileiro pode ser sumariado nos seguintes itens:
a) A Plataforma Brasileira foi afetada por deformações neotectônica cenozoicas em
toda sua extensão;
b) Estas deformações aproveitaram, em geral, linhas de fraqueza herdadas das
deformações pretéritas embora tenha de ter sido originadas novas estruturas, daí o termo
“tectonismo ressurgente”.
c) O Resultado final é expresso por compartimentação em unidades neotectônicas
delimitadas por descontinuidade crustais definidos que resultam da reativação, em geral sob
regimes transcorrentes, de lineamentos pré-cambrianos mais expressivos.
d) Os prolongamentos continentais desses lineamentos oceânicos tem participação
importante nas manifestações neotectônicas;
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e) Existe, em geral, uma relação facilmente reconhecível entre a estruturação
neotectônica e a dinâmica crustal, representada pela sismicidade atual; e
f) Geralmente, verifica-se a predominância de esforços compressivos de direção NW-
SE, com variações para E-W e N-S.
Figura 15: Observa-se mapa representando as falhas geológicas resultante dos movimentos crustais neotectônico
no Brasil. As falhas no mapa estão representadas por traços na cor vermelha. Fonte: Fonte.USGS.
O Brasil por sua localização no centro ou acima de uma única placa tectônica, como é o
caso da Placa Sul-americana fica fora da zona de encontro de placas relacionadas a zona de maior
concentração de tremores. Observando o mapa ver-se que a maioria dos tremores ocorridos no Brasil
considerando o período de 1811 a 2008 (Figura16) o nível de magnitude pouco superou 4, e nas
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poucas vezes que ocorreu foi no setor Oeste em direção a zona de colisão das Placas do Pacico
e Sul-americana.
Figura 16.No mapa os pontosvermelhosrepresentamas zonas sísmicas e o tamanhodos círculos a magnitudedo tremor.
Em Pernambuco pontovermelho indicado de tremores elucida o LP – Lineamento de Pernambuco entre as cidades de
Caruru, São Caetano e Belo Jardim. Fonte SISBRA.
O total de registro de 1811 a 2010 gira em torna de 3.500 eventos sismológicos
contabilizados com menores ocorrências de Norte a Sul (os dados são da SISBRA/UnB, o
Boletim Sísmico Brasileiro de 2008). Dessa forma e segundo os modelos teóricos se crer que
dificilmente o Brasil terá um terremoto de grande magnitude. O tremor mais forte já registrado
no Brasil desde o início das primeiras medições instrumentais, na década de 50, ocorreu em
1955 em Serra Tombador (MT), um raro com 6.2 de magnitude, mas se olharmos no mapa esse
evento fica notório a proximidade da área de maior mobilidade da placa do pacifico.
Ao percepção dos tremores so ocorrem quando eles estão acima de 2.0 de magnitude,
dependo da distância em que estiver do epicentro do abalo. Os de 3.0 e 3.5 já começam a
amedrontar a população, e atinge as estruturas urbanas nas cidades que não estão preparadas
para isso, com construções não estruturadas para esse tipo de experiência. Recentemente,
mesmo distante, Brasília viveu essa experiência para um terremoto de magnitude 5.0”embora
seja raro nessa escala.
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Quanto ao Nordeste, estado de Pernambuco especificamente Caruaru descrever-se-á
com pormenores no capitulo Resultado como veremos mais adiante.
Figura 17: Observa-se o morro do Bom Jesus. Do ponto de vista Geomorfologia é na verdade um Inselbergue. O
Inselbergue é uma típica forma de relevo em estrutura geológica de rocha cristalina, ao contrário do vulcão que
tem estrutura geológica de lavas e magma vulcânico. f. Fonte: Panoramio. Acesso em02/06/2016.
3.1 As considerações do campo da geomorfologia e a teoria da Pediplanação aplicado a
paisagem de Caruaru.
A Geomorfologia é etimologicamente compreendida como o estudo da Terra, onde o
termo grego geo significa terra, morphos se aproxima da idéia de forma e logos, estudo.
Contudo, esta é uma ciência geológico-geográfica que tem como preocupação central estudar o
relevo terrestre, sua estrutura, origem, história do seu desenvolvimento e dinâmica atual, além
de tentar compreendê-lo em diferentes escalas temporais e espaciais, a fim de melhor orientar o
uso do solo pelas sociedades, uma vez que a superfície do relevo se comporta como o locus
onde a população se fixa e desenvolve suas atividades.
Como toda ciência tem como modelos de explicação modelos, teorias, paradigmas etc.
Nesse caso especifico a Geomorfologia contribui com a Teoria da Ciclicidade do relevo da
Escola anglo-americana, essa linhagem epistemológica anglo-americana fundamenta-se
praticamente, até a Segunda Guerra mundial, nos paradigmas propostos por Davis (em 1899) e
centrado na idéia de ciclicidade do relevo – para ele o relevo é definido em função da trilogia
estrutura geológica, processos atuantes e tempo.
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31
Ainda de acordo com a teoria do Ciclo Geográfico, no início do ciclo há um rápido
soerguimento das superfícies aplainadas provocado pelas forças internas, elevando-as
significativamente em relação ao nível do mar. Este desnivelamento provocaria aumento dos
processos erosivos pelas águas correntes, dissecando e rebaixando o relevo até formar uma
nova superfície aplainada (peneplano). A partir daí um novo ciclo teria início com um novo
soerguimento, e novamente ocorreriam as fases de juventude, maturidade e senilidade (DAVIS,
1991).
Gilbert em 1877 já apresentar uma perspectiva climática para a compreensão dos
processos morfoesculturadores, a geomorfologia davisiana praticamente não se articulava com
outros elementos da natureza, como a climatologia e a biogeografia, o que, junto com a
estabilidade tectônica durante os estágios de evolução descritos neste modelo, gerou inúmeras
críticas a esta teoria, em especial de autores ligados a linha epistemológica alemã, com visão
integradora.
Durante a Segunda Guerra Mundial a influência do pensamento científico alemão se
amplia nos Estados Unidos, e Lester King (1955) e Pugh (1955) utilizam livremente os
princípios adotados por W. Penck em seus trabalhos sobre aplainamento e recuo paralelo das
vertentes em ambiente semiárido.
Em seus trabalhos, os referidos autores admitem períodos rápidos e intermitentes de
soerguimento crustal, separados por longos períodos de estabilidade tectônica; predomínio da
denudação, concomitante com o soerguimento, e empregando o conceito de recuo das vertentes
(proposto por Penck), desenvolveram a teoria da pediplanação, processo originário de
superfícies aplainadas esculpidas em ambientes semiáridos, os pediplanos, cujas formas
residuais são denominadas inselbergs (TINKLER, 1985; CASSETI, 2001; FLORENZANO,
2008).
Também na França, Cholley (em 1950), partindo de análise cronológica, distancia-se do
procedimento positivista davisiana, inclusive introduzindo conceitos como “dialética das
forças” em sistema aberto. Desta forma, aos poucos, os autores da linhagem norte-americana
assumem uma atitude mais crítica, contribuindo para a elaboração de outros paradigmas,
propondo fatos objetivos (em oposição ao posicionamento subjetivo de Davis) estudados sob a
ótica da quantificação, valorizando as relações processuais que aquele havia desconsiderado
(CASSETI, 2001).
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32
Para Hack (1960, in FLORENZANO, 2008, p. 26), o relevo é “produto da resistência
litológica (e estrutura geológica) e do potencial das forças de denudação”, admitindo as
oscilações climáticas.
Teoria da pediplanação (Lester King) de acordo com Ross (1991) a teoria da
pediplanação, se baseia no princípio da atividade erosiva desencadeada por processos de
ambientes áridos e semiáridos com a participação dos efeitos tectônicos, elaboradas ao longo
do tempo em diferentes níveis. Nesta teoria, os soerguimentos de caráter epirogenéticos são
decisivos. Diferentemente da visão davisiana os estudos de King desenvolveram-se apoiados
em áreas de clima árido e semiárido.
Essa interpretação apóia-se na teoria de que nas áreas tropicais e subtropicais os climas
alteram-se de áridos e semiáridos para quentes e úmidos em contraposição ás áreas e
periglaciais em que os climas se alteram em períodos glaciais e interglaciais úmidos”. (Ross,
1991, p.26)
O principal ponto desta teoria geomorfológica repousa na formulação do chamado recuo
paralelo das vertentes, conceito que se contrapõe a visão de Davis, pois afirma que o processo
de erosão ocasiona o recuo das vertentes sem que haja perda de sua declividade ou inclinação
de seu “knic”.
Conforme (Casseti, 1994, p.42), o processo que envolve o recuo das vertentes é
acompanhado de um ajuste isostático: Como se sabe, a crosta interna é constituída de silicatos
de magnésio, razão pela qual é conhecida como sima, ao passo que externa, de densidade
inferior, é representada por silicatos de alumínio sial […] o sial flutua sobre o sima […]
refletindo numa acomodação operada em profundidade. Assim a parte elevada, submetida à
erosão, sofre um alívio de carga, que é contrastado pela subsidência gerada pelo material
depositado.
Essa diferença resulta em acomodação isostática, que por sua vez origina degraus
topográficos […] Este processo cria depósitos de sedimentos correlativos que geram pediplanos
embutidos. O modelo de King não estabelece um nível de base geral, ao contrário, propõem um
nível de base local ou regional sem que necessariamente seja o nível marítimo, o que
desconsidera os períodos glaciais e interglaciais no tocante à sua atuação e participação no
processo de elevação do nível do mar. Na visão davisiana este processo interferiria bastante nos
níveis de erosão local
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33
Pediplanação é o processo que leva, em regiões de clima árido a semiárido, ao
desenvolvimento de áreas aplainadas, ou então superfícies de aplainamento. O pediplano
desenvolve-se por processo erosivo com regressão de escarpas, típico de climas áridos a
semiáridos, com coalescência e expansão de áreas planas do "pé de monte" que apresentam
tênue capeamento de material fragmentário (pedimento) e rocha nua na frente de leques
aluvionares. Arrasada a região montanhosa, o pediplano amplia-se até sobrarem somente raros
testemunhos das zonas mais elevadas na superfície de aplainamento. Segundo a Teoria da
Pediplanação são três as formas básicas desenvolvidas por esses processos no semiárido: O
Pediplano, o Pedimento e o Inselbergue
O Pedimento são superfície de erosão plana, levemente inclinada, entalhada no
embasamento, geralmente coberta por cascalhos fluviais. Ocorre entre frontes de montanhas ou
vales ou fundo de bacias e comumente forma extensas superfícies de embasamento acima das
quais os produtos de erosão retirados das frontes das montanhas são transportados para as
bacias.
O Pediplanação são processo que leva, em regiões de clima árido a semiárido, ao
desenvolvimento de áreas aplainadas, ou então superfícies de aplainamento denominado de
Pediplano que são superfície que apresenta topografia plana a suavemente inclinada e
dissecada, truncando o substrato rochoso e pavimentado por material alúvio-coluvionar.
Quanto ao Insebergue é o termo utilizado para caracterizar relevos residuais que,
podendo ser sedimentares, salientam-se em uma planície (pediplano) em paisagem árida ou
semi-árida. São originados de um intenso processo erosivo típico de ambientes áridos: a erosão
paralela.
3.2 O real significa do Morro do Bom Jesus na paisagem de Caruaru.
Um inselbergue é um relevo residual que emerge bruscamente de uma superfície de
aplanação. São chamados “montes-ilha” por serem montanhas, serras e colinas que se destacam
abruptamente das planuras que os rodeiam de forma que lembram as ilhas no mar.
A teoria da Pediplanação afirma que são originados de um intenso processo erosivo
típico de ambientes áridos. No Brasil, são comuns inselbergs graníticos ou granitóides este
relevo pode ser encontrado na região do sertão nordestino. Por isso, eles são comumente
conhecidos como as montanhas do sertão.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
34
3.3 Considerações sobre a rede de drenagem aplicado a identificação de falhas geológicas
no município de Caruaru –PE.
Rede de drenagem ou rede hidrográfica designa os sistemas naturais ou artificiais
capazes de drenar água superficial, em geral proveniente das chuvas; são compostos de canais
conectados entre si, e a este conjunto de canais conectados dá-se o nome de rede de drenagem.
Pode-se distinguir dois tipos importantes de redes de drenagem: as redes artificiais, construídas
nas cidades pelo ser humano, e as redes naturais, compostas pelos rios e lagos. Nessa pesquisa
restringe-se ao enfoque natural e sua aplicação ao plano urbano de Caruaru, tendo em vista
destacar a drenagem relacionada interferência geológica do tipo falhas de drenagem retangular.
Uma superfície qualquer, em particular a superfície terrestre, na sua porção continental
e ilhas, pode ser descrita como um conjunto de planos conectados, cada um com uma
inclinação diferente. Com relação à ação da gravidade estes planos atuam como "rampas", por
onde escoam inicialmente as águas das chuvas. Rampas opostas e conectadas por baixo
formam, em sua porção mais baixa, os canais e represas. Rampas opostas e conectadas por
cima formam divisores de águas.
O escoar das águas na superfície terrestre converge para as partes mais baixas, e um
conjunto de rampas com um escoamento central, sempre apresenta uma linha poligonal fechada
formada pelos divisores de águas. Essa linha determina os limites de uma bacia hidrográfica.
Segundo Antonio Texeira Guerra e Sandra Baptista da Cunha (2001), o relevo terrestre,
tendo sido moldado pelas intempéries, inclusive da chuva e dos fluxos de àgua, por milhares de
anos, tem sua forma afetada e acentuada pela formação das redes de drenagem natural. Rede de
drenagem natural. Segundo ainda os citados autores , é o padrão formado pelas linha de
água (rios, barrancos) e lagos numa determinada bacia hidrográfica. São condicionadas
pela topografia/declive, clima, litologia, o que resultam em uma classificação de padrão de
drenagem (GURRA; CUNHA, Pág.211 a 226):
Dendrítica – os ângulos de confluência são variáveis, mas geralmente reduzidos -
assemelhando-se aos ramos de uma árvore
Retangular – os ângulos de confluência retos, ocorrendo geralmente em rochas duras e
sobre falhas geológicas, como são o caso de Caruaru como veremos nos resultados.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
35
Radial – quando os rios correm em direções opostas a partir de um ponto central
elevado (situação de um cone vulcânico ou dobra hipertensa).
Centrípeta – os rios correm todos para um ponto central onde a água fica acumulada
(situação de lagoas).
Paralelas – as linhas de água são paralelas e o ângulo de confluência é muito reduzido
(ocorre em regiões com um elevado declive).
Treliça – alguns rios correm paralelamente porque alterna entre camadas de rocha dura
e branda, correndo ao longo da rocha mais branda onde se juntam pequenos tributários que se
juntam a eles em ângulos retos. Por vezes podem atravessar as camadas duras
perpendicularmente.
Anelar – estão dispostos em anéis em torno de um ponto mais alto.
Derangem (irregular) – não existe um sistema de drenagem racional nem consistente
dos rios e lagos, parecendo uma mistura de vários tipos de drenagem, ocorrendo em regiões
onde existiu uma intensa atividade geológica.
Figura 18: representação de algumas formas de drenagem citados por Guerra e Cunha (2001). O Planalto da
Borborema tem uma drenagem semelhante a drenagem radial, mas na escala menor como é o caso da cidade de
Caruaru tem a drenagem do rio Ipojuca no formato retangular o que demonstra a presença de falhas geológicas no
terreno urbano e rural. Fonte: Disponível para download em Google.com. Acesso em20/05/2017.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
36
A bacia hidrográfica sempre vao apresenta internamente variações na forma da rede de
drenagem e essas se comportam conforme as condições geológicas locais. Geralmente
predomina na natureza a forma dendrítica, sendo resultado da interação clima - geologia em
regiões com litologia homogênea. Naturalmente a tendência da água na fase terrestre do ciclo
hidrológico é de escoar da terra para o mar, organizada em sistemas de drenagem, reflexo
principalmente da estrutura geológica local.
Na Cartografia a atividade que se apresenta como o conjunto de estudos e operações
científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da
análise de documentação, voltam-se para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de
expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e
socioeconômicos, bem como a sua utilização classifica os padrões de drenagem, com base mais
em critérios geométricos do que genético se que são utilizados por autores como é ocaso de
Christofolett (1974) que classificam esses padrões de drenagem podem ser classificados e
representados em mapas com as seguinte características:
Figura 19: Representação do traçado do rio nos terrenos de acordo comseus aspectos geológicos .
Fonte: disponível para download no Google.com. Acesso em20/05/2017.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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4. LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
Caruaru é um município brasileiro do estado de Pernambuco, situado na região
nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Agreste Pernambucano e à Microrregião do Vale
do Ipojuca e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 130 km. Ocupa
uma área de 920,611 km², sendo que 16,65 km² estão em perímetro urbano e os 903,961 km²
restantes formam a zona rural, e sua população em 2015 é de 347,088 habitantes, sendo o mais
populoso do interior pernambucano
A sede municipal tem uma temperatura média anual de 22,7 °C e
a vegetação predominante é a caatinga, tendo remanescentes de Mata Atlântica em brejo de
altitude, localizando-se, neste modo, numa área de transição. Com 90,6% da população vivendo
na zona urbana, o município contava com 176 estabelecimentos de saúde em 2009, e o
seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,677, considerando-se como médio,
acima da média estadual, e ocupando a décima primeira colocação no ranking estadual.
Figura 20: Vista parcial panorâmica da cidade de Caruaru. Observa-se em primeiro plano uma extensa área plana
denominada em geomorfologia de Pediplanos, no horizonte ver-se um extenso alinhamento de morros distribuídos
linearmente no sentido Leste –Oeste evidenciando sua localização na borda da grande falha geológica que se
relaciona diretamente com a presença dos registros sísmicos na cidade. Trata-se na verdade do Lineamento
Pernambucano descrito na literatura geomorfológica com falha de rejeito direcional. Imagem: Commons.2016.
Fundado em 18 de maio de 1857, o município começou a tomar forma em 1681,
quando o então governador Aires de Souza de Castro doou à família Rodrigues de Sá
uma sesmaria com trinta léguas de extensão, com o intuito de desenvolver a agricultura e a
criação de gado na região, as terras na época constituíam a Fazenda Caruru. A fazenda foi
abandonada pelos seus donatários, só voltando a funcionar em 1776, quando José Rodrigues de
Jesus decidiu voltar às terras, após a morte do seu patriarca. Lá, ergueu uma capela dedicada à
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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Nossa Senhora da Conceição, sendo por conta dessa construção que foi criado um
pequeno povoado ao seu redor, mais tarde originando a cidade.
5.METODOLOGIA
Nesse projeto de geografia utilizar-se-á inicialmente de um dos Princípios da
Geografia denominado da Extensão (Friedrich Raztel -1844-1904), na qual recomenda que o
geografo ao estuda um objeto proceda a localização do objeto fazendo uso do método
cartográfico, por isso nesse projeto foi acrescentado um item denominado LOCALIZAÇÃO
DO OBJETO DE ESTUDO.
A explicação das causas dos terremotos adveio de duas ciências da natureza, a
Geologia e a Geomorfologia. Na geologia por exemplo é quem possui as bases teóricas para
explicar os tremores que ocorrem no mundo na escala maior, no Brasil na escala mediana, e por
fim na escala menor no Agreste Pernambucano como é caso da grande falha geológica
denominada de Lineamento Pernambuco, especificamente em Caruaru. Especificamente a
geologia recorre a conhecimento da teoria cientificas que se relacionam ao campo da a
sismologia, são os casos da teoria da Deriva Continental e da teoria das Placas tectônicas. A
Teoria da Deriva antecede em conhecimento e anos a teoria mais moderna da Tectônica de
Placas.
Em outro momento visando alcançar os objetivos desse projeto de pesquisa, se aplicara
a técnica de procedimento metodológico do método indutivo, condição em que se primeiro se
observa para chegar-se a um princípio geral, que vai da escala maior e geral para menor e
particular. Condição na qual obrigatoriamente perpassou por uma ampla revisão bibliográfica
de autores que estudaram e pesquisaram Teoria da Placas Tectônica aplicada a ambientes
Sísmicos, as análises de falhas geológicas como é o caso da Falha de Rejeito Direcional
denominada Lineamento Pernambucano. Utilizou-se para delimitação de escala de análise de
relevo a taxonomia de Jurandir Ross, entre outros e o trabalho de levantamento de registro de
campo que inclui dados geológicos e registros de imagens.
Quanto a aplicação da geomorfologia, seu nessa pesquisa advêm da necessidade de
identificar na paisagem e no campo as formas geológicas consequentes da disposição do
material geológico, em outras palavras a geologia é a base material estrutural onde os agentes
erosivos vão esculturar a paisagem ou o modelado paisagístico natural que a visão alcança. As
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
39
formas de relevo desenvolvidas são as relacionadas aos processos de pedimentação aplicados
ao semiárido, são os casos das formas: o Pediplano, o Pedimento e o Inselbergue.
Quanto a execução optou-se por dividir as etapas da pesquisa em duas partes um
relacionado ao levantamento do referencial teórico, onde buscar-se a o entendimento dos
processos relacionados a teoria das Placas Tectônicas desenvolvida no final dos anos 60, por
Robert Palmer e Donald Mackenzie na qual se aplica a elucidação de fenômenos dinâmicas
relacionados a crosta terrestre especificamente a ambientes sísmicos.
Não haverá técnicas de mensuração de sismos, uma vez que esse procedimento já vendo
realizado pelo LabSis UFRN (laboratório de sismologia da universidade do Rio Grande do
Norte), mas sim um levantamento dos dados dos sismos registrados. Com esse levantamento
haverá possibilidade de plotar os dados em mapas, analises e construção de resultados.
Em outro momento denominado complementar, visando fazer em face de caracterização
dos aspectos geológicos das falhas geológicas, evidencias diretas da sismologia em Caruaru se
utilizou-se do software gratuito disponível na rede de internet denominado Google Earth, do
grupo Google, o método foi extremamente eficiente quando aplicados a técnicas de campo
citados por Lucivanio Jatobá. Algumas técnicas da cartografia também foram aplicadas a essa
pesquisa, como por exemplo uso mapas e modelos esquemáticos e imagens aéreas, usos de
imagens disponível na rede de internet e imagens do banco de dados do autor.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
40
6.RESULTADOS
Considerando as afirmações de Suguio (2001) ao lembrar Obruchev quando em 1948
propôs o termo neotectônica para designar os movimentos terrestres ocorridos no Terciário
tardio ao Quaternário, que teriam desempenhado um papel essencial na configuração
topográfica brasileira, ao considerar que, no Brasil, a neotectônica deva abranger o intervalo de
tempo geológico a partir da intensificação dos processos da deriva continental (após metade do
Terciário) até hoje, com manifestações geológicas restritas ao ambiente tectônico de
intraplacas.
Segundo Suguiu a datação da temporalidade Hasui propõe que seja no início da
Formação Barreiras em torno do Moiceno médioa 12Ma, possa balizar o advento do
neotectônica no Brasil. Desso modo pode-se afirmar que essa datação é a que se atribui ao
noectotonismo do Lineamento de Pernambuco
6.1 O Lineamento de Pernambuco
Como foi explicado na revisão de estudo, as teorias que responde a explicar a origem,
causas e consequência de tremores na superfície da Terra se materializa na Teoria da Deriva
Continental proposta por Alfred Wegener (1880-1930) e na Teoria da Tectônica de Placas
desenvolvida por diversos autores.
Nesse contexto geológico e as condições sísmicas a qual Caruaru se encontra, não se
refere a grande escala de eventos relacionados aos terremotos, uma vez que os tremores que
ocorre nessa cidade são de pequena escala de sismicidade e de temporalidade espaçadas para
ocorrência de tremores significativos ou de 3° na escala Richter.
Entretanto é preciso lembrar que a dinâmica da Terra é continua e a ocorrência de
tremores e constante e diária no tempo e no espaço. Isso significa dizer que terremotos são uma
constante. Quanto a Caruaru esses tremores têm relação com a presença de movimentos
sísmicos em umas falhas geológicas antiga continental denominada Lineamento de
Pernambuco.
Segundo Suguiu com base em pesquisas de diversos autores houve uma sequência de
acontecimentos em escala temporal e espacial que se manifestou na Plataforma Brasileira de
modo que a mesma foi afetada por deformações neotectônica cenozoicas em toda sua extensão.
Essas deformações aproveitaram, em geral, linhas de fraqueza herdadas das deformações
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
41
pretéritas embora tenha sido originada novas estruturas, daí o termo “tectonismo ressurgente”.
O Resultado final é expresso por compartimentação em unidades neotectônicas delimitadas por
descontinuidade crustais definidos que resultam da reativação, em geral sob regimes
transcorrentes, de lineamentos pré-cambrianos mais expressivos.
Os prolongamentos continentais desses lineamentos oceânicos teriam tido participação
importante nas manifestações neotectônicas, essas em geral, uma relação facilmente
reconhecível entre a estruturação neotectônica e a dinâmica crustal, representada pela
sismicidade atual; e que no geral, verifica-se a predominância de esforços compressivos de
direção NW-SE, com variações para E-W e N-S.
Figura 21: Observa-se em tom rosa mancha que representa um mapa dos contornos limites do estado de
Pernambuco. Os traçados em cor preta são as falhas geológicas secundarias, a linha em cor branca estendida no
sentido Leste-Weste a falhas primária ou Lineamento de Pernambuco. Os pontos na cor vermelha as cidades onde
foram registrados pequenos sismos. Fonte: Google.com.2016.
O Lineamento de Pernambuco trata-se na verdade uma falha secundaria em relação ao
sistema global tectônico. Essa falha geológica é do tipo normal é um dos mais importantes
aspectos da Geologia Estrutural do Nordeste Oriental. O Lineamento de Pernambuco. Possui
um cumprimento de aproximadamente 750 km, tendo uma direção geral E-O, e tem cerca de 12
quilômetros de profundidade.
A falha geológica se inicia nas dorsais do Oceano Atlântico, na cadeia de montanhas
submersas (Dorsal Atlântica), e adentra o continente após o Recife, passando por municípios
como Pombos, Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Pesqueira, terminando
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
42
em Arcoverde. Um outro setor ressurge em Floresta e vai até Ouricuri, no Sertão do Araripe,
quase na divisa com o Piauí. É a mesma origem dos tremores Belo Jardim, no Agreste. Nessa
condição geológica se caracteriza pela presença de uma extensa falha de rejeito direcional.
(JOTOBÁ; LINS, 2008).
Figura 22. Na figura acima elucida a localização epicentral. Na cor verde contorno da região Nordeste, em cor
azul claro as aguas oceânicas, os traços retos na região azul escuro elucidam as grandes falhas geológicas
oceânicas associadas a origem do Lineamento Pernambucano. O epicentro na figura acima é representado pela
estrela vermelha. São mostradas também as estações de São Pedro e São Paulo, em vermelho, e Riachuelo, em
azul. Fonte: Mapa no GoogleErth, 2017.
Falha Geológica ou de rejeito direcional é a ruptura ou cisão de um bloco de rochas ou
faixas estreitas da superfície que é responsável pelo deslocamento de suas partes. O acúmulo de
energia e a eventual liberação desta em zonas de falhas geológicas é um dos fatores
responsáveis pela ocorrência dos terremotos. Esse fenômeno geológico surge em função da
pressão aplicada por uma força, geralmente as placas tectônicas, em que a pressão exercida
excede a capacidade de resistência e plasticidade das camadas rochosas, provocando a sua cisão
ou ruptura, podendo gerar também algumas pequenas fraturas em seu entorno. Quanto aos seus
tipos de falha geológica variam conforme os critérios utilizados em sua classificação. Na
presente Geologia elas são tipificadas em três diferentes formas: normal, reversa e transcorrente
como mostramos anteriormente na Figura 5, 6 e 7.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
43
Segundo LabSis/UFRN o Lineamento Pernambuco (LP) é uma zona de cisalhamento de
centenas de quilômetros de comprimento e ~ 5 km de largura, apresenta reativação em sua zona
milonítica principal, de direção EW, e em suas ramificações de direção NE. Nessas falhas. A
sismicidade nesta área é conhecida desde o início do século XX. As falhas que determinam esta
sismicidade coincidem com falhas que reativam a foliação milonítica.
Figura 23: Mostra de rochas metamórficas cristalino tipo milonitica caracterizada por foliação milonítica na forma
de estreitas faixas cataclásticas, localizadas nas margens da BR 232 na cidade de Caruru-PE Fonte: Natalício de
Melo.2016.
Ainda segundo o LabSis/UFRN Em áreas como a de Caruaru, por exemplo, dados
sismológicos e estruturais mostram forte correlação entre o mecanismo focal da falha
sismogênica e a orientação predominante do pré-cambriano. As falhas profundas formam pares
conjugados transcorrentes de orientação NW-SE dextrais e NE-SW sinistrais e, por vezes estão
preenchidas por epídoto e/ou veios de quartzo. As falhas rasas são representadas por
cataclasitos, brechas de falhas, gouge e por falhas preenchidas por óxido/hidróxido de Fe e
pseudotaquilitos. As falhas rasas reativam as falhas dextrais NW-SE, bem como a foliação
milonítica na forma de estreitas faixas cataclásticas. A reativação do fabric pré-cambriano
indica que as zonas de cisalhamento agem como zonas de fraqueza e foram reativadas em
diferentes níveis crustais.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
44
Figura 24: A figura acima mostra como provavelmente ocorre o movimento geológico que vem ocorrendo no
Lineamento de Caruaru uma combinação de falha normalmente com deslocamento de bloco e direccional. A faixa
na cor cinza representa a área de concentração do LP e consequente a sismicidade Fonte: LabSis/UFRN.2012.
Um leigo que se depare com a paisagem panorâmica de Caruaru (Figura 21) certaen vai
admirar a beleza da paisagem e enaltecer o notório processo de verticalização da paisagem que
se materializa na forma de edifício. Porém na percepção mais aguçada de um geólogo ou um
geomorfológo vai ficar notório a presença dos elementos que formam a falhas geológica que
pertence ao morfoestrutura maior denominada Lineamento de Pernambuco.
Figura 25: Vista paisagística de Caruaru. Nota-se claramente em primeiro plano uma grande área plana onde se
desenvolveu com mais veemência o processo urbano, essa primeira parte desse conjunto paisagístico e
denominado espelho de falhas do ponto de vista geológico. Na verdade, do ponto de vista da geomorfologia essas
áreas planas presente no semiárido um grande pediplano. Em segundo plano ver-se uma área elevada permeada
por “serras’ que na verdade são escarpas de falha. As escarpas elevadas é o segundo elemento de uma falha
geológica.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
45
6.2 Elementos teóricos a ser considerados na identificação de Falhas geológicas aplicados
à Caruaru
Segundo Lucivânio Jatobá (2008) a identificação de falhas e fraturas é feita mediante a
observação de cartas topográficas, cartas imagem de radar, imagem de satélites e fotografias
aéreas pancromáticas. O exame de uma carta topográficas ou de um mapa com a rede de
drenagem pode revelar o controle tectônico sobre os rios.
A autora ainda afirma que, há diversos padrões de drenagem é feita tomando por base as
suas características maiores, tais como: grau de integração, densidade, grau de uniformidade,
orientação, grau de controle, singularidade e ângulos de juntura. Dessas características, são
importantes, para a identificação de falhas e fraturas as seguintes;
a) orientação: diz a respeito aos aspectos direcionais do padrão de drenagem que se
sobrepôem àquela de deflúvio normal;
b)angularidade: refere-se às variações bruscas de direção dos cursos d’água,
compondo um padrão de drenagem retangular;
c)ângulos de juntura: são ângulos reetos formados entre rios e seus afluentes. Quando
o ângulo de jutura é agudo, não há presença de falhas na área.
6.3 Aplicação das tecnicas com uso de imagens do Google Erth das urbanas e rurais.
Essa imagem de aerea de Caruaru por ter sido tirado tendo como o fundo o horizonte
Norte é possivel notar com muita precisão a principal morfoestrutura geologica relacionada a
sismicidade presente em Caruru. Trata-se do Lineamento de Pernambuco. Na verdade esse
lienemaneto de Pernambuco tem 700 km de extensão e cerca de 12 ou mais quilômetros de
profundidade. Começa no Oceano Atlântico, na cadeia de montanhas submersas (Dorsal
Atlântica), e adentra o continente após o Recife, passando por municípios como Pombos,
Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Pesqueira, terminando em Arcoverde.
Observa-se nitidamente na iamgem um extenso perfil de reto elucidado pelo traçado em
cor amarela que separa o plano urbano e o inicio do complexo de rampa que compoe as
escarpas de falhas que compoe a falha maior morefoestrutural deonominada Lineamento de
Pernambuco. Esse plano maior e exstenso que compoe a maior parte da paisagem e composto
de pediplano,que são as áreas mais planas, por sua vez os pedimentos que não são vistos nessa
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
46
escala são as ondulações do terrenos que se inclinam aos talvegue do Rio Ipojuca que secciona
todo o plano urbano de Caruaru.
Figura 26: Imagem realçada tomada em ângulo cerca de 45 graus da cidade de Caruaru a cerca de 500 metros.
Observa-se em primeiro plano um extenso pediplano. O relevo elevado em formato de cone é o um inselbergue
forma de relevo elevado que exaltada em um pediplano. Fonte: Paulo C. Carneiro Kémmer.2010.
Essa observação recomendada por Lucivânio Jatobá (2008) de identificação de falhas e
fraturas é feita mediante a observação de cartas topográficas, cartas imagem de radar, imagem
de satélites e fotografias aéreas pancromáticas, mostraram-se positivas, sendo que o método
aplicado foi o uso do software GoogleErth.
Quanto as angularidade que o autor se refere-se nas tecnicas como variações bruscas
de direção dos cursos d’água, compondo um padrão de drenagem retangular, foi possivel
obervar nas imagem do gooogle erth nas Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W o
traçado indicador das falhas. Esses traçados retos que elucida a drenagem do rio Ipojuca entre o
plano urbano de Caruaru, são indicadores das falhas geológicas presentes no terreno.
Normalmente o rio possui um determinado Padrão de drenagem: Também conhecido
como rede de drenagem, esse aspecto ou formato apresenta o traçado do conjunto
dos talvegues de uma bacia hidrográfica. Este padrão ou desenho está intimamente relacionado
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
47
a características geológicas e geotectônicas da área, sendo, portanto, importante elemento
diagnóstico e interpretativo de um rio.
6.4 Uso de imagens de satelites do softwere GoogleErth na identificação de Falhas
geológicas em área urbanas e rurais de Caruaru
No caso especifico de Caruaru em que seu plano urbano e sobre a bacia do ipojuca tem
sua rede de drenagem retangular o que elucida que o terreno está sujeito a região de falhas
geológicas menores controladas sob dinâmica secundaria da falhas maior denominada
Lineamento de Pernambuco.
Figura 27: Representação esquemática do comportamento de um traçado de rio em ambientes de terrenos
dominado por falhas geológicos.Fonte: Google.com.2017.
Figura 28: Ver-se plano urbano de Caruaru no seu núcleo mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio
Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente emárea de drenagemretangular oriundo de alterações geológicas
no terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth.
Acesso em20/05/2017. Arte: Natalicio de Melo. 2011.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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Na regra geral um rio se comportam no seu traçado de forma sinuosa e reta, esse
comportamento hídrico decorre porque raramente seu traçado se dar em conformidade com a
dureza dos terrenos resultantes de sua composição geológica e agentes erosivos atuantes como
é caso do próprio no curso de sua drenagem, porém quando esse padrão sinuoso e quebrado rio,
e se estabelece na forma de ângulos retos torna-se um indicador de falhas geológicas, que em
tempo são indicadores de ação geológicas de falhas e pontos de registros de sismicidade
pretéritas e atuais reinantes.
Figura 29: Ver-se que o plano rural presente em Caruaru ao longo do Rio Ipojuca, se comporta de forma
geológica semelhante ao no seu núcleo urbano mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida
o traçado reto incomum presente em área de drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no terreno na
forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em
20/05/2017. Arte: Natalicio de Melo. 2011.
6.5 Tremores em Caruaru
Como se observa na tabela 1 de sismos de Caruaru que apontou um total de 32 registros,
sendo o primeiro registro datado de 1967 e o ultimo no ano de 2016, todos apontados pelo
jornal Vanguarda que detém a maioria do crédito dos registros. Observa-se ainda ver-se que 9,
dos registros os tremores ocorrem na escala que situam entre 2° e 2.9°graus, enquanto que 29
foram na faixa que vai de 3.1°a 3.9° graus; e apenas 1 na faixa de 4° graus, dessa forma ver-se
que os tremores diminuem progressivamente conforme aumenta a magnitude estabelecido na
tabela (Registro de Sismo no mundo).
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
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REGISTRO DE SISMICIDADE NA CIDADE DE CARUARU-PE
MENSURADOS NA ESCALA RICHTER
DATA MAGNITUDE FONTE MENSURAÇÃO Total GRANDEZA
21/01/1967 3.8° Vanguarda 01 Ligeiro
29/01/1970 3.9° Vanguarda 02 Ligeiro
20/10/1974 3.6° Vanguarda 03 Ligeiro
04/05/1983 3.0° Vanguarda 04 Ligeiro
07/05/1983 3.5° Vanguarda 05(1/2) Ligeiro
16/12/1983 3.5° Vanguarda 06(2/2) Ligeiro
08/11/1984 3.8° Vanguarda 07 Ligeiro
08/10/1993 3.4° Vanguarda 08 Ligeiro
01/05/2000 3.2° Vanguarda 09 Ligeiro
28/05/2002 3.2° Vanguarda 10 Ligeiro
29/05/2002 2.3º Vanguarda 11 Ligeiro
20/06/2002 3.5° Vanguarda 12 Ligeiro
2002 3.9° Wikipédia 13 Ligeiro
08/01/2003 3.8° Wikipédia 14 Ligeiro
20/05/2006 4.0° Vanguarda LabSis/UFRN 15(1/2) Moderado
28/06/2006 3.1° Pe360graus.com LabSis/UFRN 16(2/2) Ligeiro
20/02/2007 3.9° Galileu, n.187 LabSis/UFRN 17(1/2) Ligeiro
30/06/2007 3.5° G1.Caruaru LabSis/UFRN 18(2/2) Ligeiro
23/02/2009 3.3° G1.Caruaru LabSis/UFRN 19(1/3) Ligeiro
25/11/2009 2.1° G1.Caruaru LabSis/UFRN 20(2/3) Pequeno
27/11/2009 2.4° G1.Caruaru LabSis/UFRN 21(3/3) Pequeno
26/03/2010 2.4° G1.Caruaru LabSis/UFRN 22 Pequeno
17/11/2011 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 23 Pequeno
18/02/2012 1.8° G1.Caruaru LabSis/UFRN 24(1/2) Pequeno
29/03/2012 3.1° G1.Caruaru LabSis/UFRN 26(2/2) Ligeiro
04/02/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 27(1/5) Pequeno
03/03/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 28(2/5) Pequeno
02/07/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 29(3/5) Pequeno
25/07/2015 3.3° G1.Caruaru LabSis/UFRN 30(4/5) Ligeiro
05/11/2015 2.2° G1.Caruaru LabSis/UFRN 31(5/5) Pequeno
23/03/2016 3.8° G1.Caruaru LabSis/UFRN 32 Ligeiro
Tabela 2: Registro de sismicidade de Caruaru. Autor: Natalício de Melo rodrigues.2017
6.6 Analise dos tremores registrados em Caruaru
Antes de descrever os dados sismológicos de Caruaru convém comentar um pouco a
frequência de ocorrência de terremotos conforme a escala Richter e sua aplicação teórica no
que diz a respeito as escalas em que os fenômenos sísmicos ocorrem. A análise dessas escalas e
de fundamental importância para entendimento da real condição geológica relacionada a
sismicidade. As escalas que serão consideradas nessa pesquisa e sua comparação com a
sismicidade de Caruaru são
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
50
a) Escala de magnitude refere-se à ordem de grandeza do terremoto na escala Richter;
essa escala faz consideração de magnitude usando números que vai da menor 1 para o sismo de
menor magnitude, e o valor 9 para os tremores de maior magnitude topo da escala.
b) Escala de registros que se refere a ordem de quantidade de terremotos ocorridas no
mundo; mede quantos terremotos já foram registrados até os dias de hoje, faz separando o grau
de grandeza de cada sismo.
c) Escala de ocorrências: faz considerações temporais, se a forma de manifestação do
fenômeno se ocorre diariamente, mensalmente ou anualmente.
Considerando os paramentos citados e aplicados a realidades dos registros sismológicos
de caruaru como visto na tabela 1, observa-se que a maioria dos tremores ficam situados na
faixa de 3°a 3,9° que segundo a escala Richster é considerado ligeiro, esse total é de 22
tremores, portanto a maioria numéricas dos dados.
REGISTROS DE SISMOS EM CARUARU
Magnitude Grandeza Registros total
2 a 2,9 Pequeno 09
3 a 3,9 Ligeiro 22
4 a 4,9 Moderado 01
5 a 5,9 Forte -
6 a 6,9 Grande -
7 a 7,9 Importante -
8,0+ Forte -
Tabela 3.Registro de sismos em Caruaru-PE. Autor: Natalício de Melo
Entretanto esses dados isolados por si so não traduzem muito bem o entendimento dos
fenômenos sísmicos. E preciso fazer outras considerações e cruzamento de dados para tentar
entender o que de fato esses números representam em termos de sismicidade e condições
geológicas de Caruaru.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
51
Figura 30: Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes
representam os grandes terremotos na escala 9.0, as esferas menores os terremotos de menor dimensão, observa-se
que os tremores que ocorrem em Caruru oscilam entre 2,0 a 3,9 são insignificantes quando se compara a escala
maior, dessa forma não oferece pelo menos em tese riscos significantes. Fonte: Revista veja.
Para entender e construir uma análise foi necessário construir tabelas e cruzamento de
dados entre as tabelas e comparar com os postulados teóricos relacionados traduzidos em
números. Assim, considerando a escala de magnitude primeiramente (Tabela 1), primeira
coluna da esquerda, ver-se que os tremores situados na faixa de 3° a 3,9° que compõe a
maioria das ocorrências sismológicas registradas em Caruaru (tabela 1) faz parte de um
universo de do Tipo ligeiro, frequentemente sentido num universo de 1(um) registro para
cada 130.000 ocorrências em todo planeta (tabela 2), portanto em tese algo que não se deve
preocupar, desde que as ocorrências continue nesse patamar estatístico.
ESCALA DE MAGNITUDE E FREQUENCIA DOS REGISTROS DE SISMOS
MAGNITUDE REGISTROS TIPO EFEITO
2 a 2,9 1.300.000 Pequeno Captado por sismógrafo
3 a 3,9 130.000 Ligeiro Frequentemente sentidos
4 a 4,9 13.000 Moderado Tremor de objetos e ruídos
5 a 5,9 1.319 Forte Danos leves em construções
6 a 6,9 134 Grande Destruição em área habitadas
7 a 7,9 15 Importante Danos graves
8,0 + 1 Forte Devastação em quilômetros
Tabela 4: Escala de Magnitudes e Frequência de Registro de Sismos. Fonte;Richards.J; Simkins. E.2013.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
52
Portanto se deve levarmos em consideração quando se compara os números de sismo
ocorridos em Caruaru, e que os quantitativos são bem menores e relativamente pouco
frequente, o que denotam que embora apresente tendência nos números o quantitativo é
extremamente baixo, ou seja de cada 1.300.000 tremores na escala de 2° e 2,9°, apenas 9
tremores foram registrados em Caruaru.
Por outro lado, na escala que varia de 3° e 3,9° considerados com ligeiros onde
registrou-se 130.000 no mundo foram observados em Caruaru um total de 22,
Por fim os tremores considerados moderados que varia de 4 a 4,9 foram vistos em
Caruaru apenas 01 dos 13.000 já registrados até agora em todo planeta. Os tremores - que dois
(-2) ocorrem cerca de 8.000 por dia em todo mundo, mas são imperceptíveis, e também
ocorrem em Caruaru.
Um outro fator que se deve levar em importância diz a respeito da ocorrência que no
caso de Caruaru são frequentes como são os casos dos tremores do tipo 1°, 2° e 3° graus, que
por serem pouco perceptível pela população esconde a dinâmica do planetária a qual estamos
submetidos. Uma demonstração dessa dinâmica diária foi noticiada pelo G1 Caruaru e Região
no dia 25/02/2016 quando elucidou que a falha geológica denominada Lineamento de
Pernambuco (LP) vem sendo ativada há pelo menos 32 anos e que já havia causa do cerca de de
quase 500 tremores em apenas ter dias (Figura.
Figura 31: Recorte Print Scren da tela do site G1. Fonte: G1.Grupo Glogo.2016.
A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth
53
Quanto ao tremor de nível 4° embora na Tabela apareça na condição diária e mais
comum em áreas de Placas Tectônicas ativas onde se situam choques e divergências de placas
mais recentes datada do Período Terciário o que não é o caso de Caruaru.
Nível Descrição Ocorrência Atingindo a População Movimento
1 Pequeno Diariamente A cada minuto Pequeno
2 Pequeno Diariamente A cada hora Pequeno
*3 Pequeno Diariamente Diariamente Pequeno
4 Pequeno Diariamente Diariamente Moderado
5 Moderado Mensal Década Forte e repentino
6 Moderado Mensal Em 30 anos Forte e repentino
7 Principal Mensal Em 80 anos Severo e repentino
8 Grande Anual Em 100 anos Muito forte
9 Grande Anual Em 300 anos Muito forte
10 Super Raro Em 1000 anos Extremo
Tabela 5:Tabela de registros de ocorrência e movimento sísmico. Futor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2017.
Fonte:Jon Richards; Ed.Simkins, 2013.
Caruaru se situa em uma borda de falhas geológica, ou ainda no plano de falhas do
Lineamentos de Pernambuco (LP), esse lineamento por sua vez faz parte de uma estrutura
maior denominada Planalto da Borborema, o Planalto da Borborema por sua vez é parte
integrando de uma megaestrutura geológica denominada Planalto Central Brasileiro. Esse
Planalto Central Brasileiro se situa-se em Placa tectônica denominada com o nome de Placa
Sul-americana antiga cristalina e distante das zona de grandes tremores o que garante do ponto
de vista geológico uma certa estabilidade geológica e sem muito probabilidade de um grande
terremoto desastroso.
Conforme os dados históricos dos registros de sismos obtidos da pesquisa, observa-se
que as atividade sísmica em Caruaru mais antiga teriam ocorrido no ano de 1835, mas a
maioria dos eventos registrados são sismos ocorridos ao longo do século XX e XXI(Tabela 4 e
5). Nos séculos XX(Tabela 4) por exemplo há um total de 8, e no século XXI (Tabela 5) o total
foi de 24. A série de tremores (enxame sísmico) de maior impacto ocorreu em janeiro de 1967
causando pânico e mudança de cidade entre alguns moradores, embora o tremor de maior
magnitude (dia 21/01) só tenha alcançado a magnitude 3.8.
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REGULADORES DE CRESCIMENTO, DESFOLHANTES E MATURADORES.
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sismos em caruaru

  • 1. AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM - AEB FACULDADE DO BELO JARDIM - FABEJA NÚCLEO DE PESQUISAS -NEPE EVIDÊNCIA DA DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE COM USO DO SOFTWERE GOOGLE ERTH “O mundo não éformado apenaspelo quejá existe,mas tambémpelo quepodeefetivamente existir” (Milton Santos) Belo Jardim – PE 2017
  • 2. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 2 A EVIDENCIA DA DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE COM USO DO GOOGLE ERTH NATALICIO DE MELO RODRIGUES Belo Jardim – PE 2017 Pré-Projeto de pesquisa do Núcleo de Pesquisas – NEPE da Faculdade de Belo Jardim, parte das exigências de edital n.01/2016 de cadastramento institucional de projetos de pesquisa cientifica com modalidade de bolsa.
  • 3. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 3 RESUMO Os terremotos são fenômenos que em sua maioria das vezes tem como causa a dinâmica presente no planeta Terra, e são explicados via duas teorias básicas, ambas desenvolvidas durante o Século XX, uma do início do século e uns outros mais recentes pós II GGM, entretanto ambas se complementam. A primeira denominada de Teoria da Deriva Continental de autoria de Alfred Wegener, e mais recente denominada Tectônica de Placas de autoria sem um autor definido, sendo assim um conjunto de ideia complementares que forma seu corpo teórico. Os terremotos são resultados segundo essas teorias resultados das atividades tectônicas que se manifesta nas zonas de convergência e divergência de placas. Nessas placas manifestam-se atividade vulcânicas e nas falhas geológicas. Há dois tipos de terremotos naturais, os oriundos de falhas e de atividades vulcânicas. Vale salientar que o homem também pode produzir sismos de maneira direta ou indireta. Como exemplo temos os sismos resultantes da procura e extração de minerais, combustíveis fósseis e a construção de canais aquíferos de irrigação e abastecimento. A ciência geológica aplicada ao campo da sismologia avançou de tal modo que hoje através da teoria e técnicas tornou-se possível localizar, mapear as zonas sísmicas, mensuras suas grandezas, relacionar aos fenômenos geológicos do tipo falha e atividades vulcânicas. O Brasil nesse contexto as informações permitem saber onde ocorrem, qual suas relações geológicas com as falhas e atividade vulcânicas na América, suas mensurações e localização e mapeamento das principais zonas sísmicas. Quanto a inserção de Caruaru nesse contexto geológico e no campo da sismologia, prevaleceu as tendências observadas na escala maior que são aplicadas ao Planeta Terra e consequentemente ao Brasil. Assim em conformidade com as teorias de sua aplicação as escalas, começando pela maior o Planeta Terra, descendo para escalas mediana o Brasil e por fim os resultados da pesquisa que é a aplicação das teorias ao objeto de estudo que é a cidade de Caruaru. Como resultado na pesquisa de campo e teórica foi possível relacionar os fenômenos sísmicos a presença da grande falha geológica denominada Lineamento de Pernambuco, localizar os fenômenos sísmicos, mensurar os mesmos, quantificar na temporalidade, e o seu grau na escala Richter.
  • 4. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 4 ABSTRACT Earthquakes are phenomena that are often caused by the dynamics present on planet Earth, and are explained by two basic theories, both developed during the 20th Century, one of the beginning of the century and a few more recent post II GGM, in the meantime Both complement each other. The first one called the Continental Drift Theory by Alfred Wegener, and more recently called Plate Tectonics of authorship without a definite author, thus being a complementary set of ideas that forms its theoretical body. Earthquakes are results according to these theories results of tectonic activities that manifests in the zones of convergence and divergence of plaques. In these plates volcanic activity and geological faults are manifested. There are two types of natural earthquakes, those from faults and volcanic activities. It is worth noting that man can also produce earthquakes directly or indirectly. As an example we have the earthquakes resulting from the demand and extraction of minerals, fossil fuels and the construction of aquifer channels of irrigation and supply. The geological science applied to the field of seismology has advanced in such a way that today through the theory and techniques it has become possible to locate, map the seismic zones, measure their magnitudes, relate to geological phenomena of the fault type and volcanic activities. Brazil in this context information allows to know where they occur, what their geological relationships with volcanic failures and activity in America, their measurements and location and mapping of major seismic zones. Regarding the insertion of Caruaru in this geological context and in the field of seismology, the trends observed on the larger scale that are applied to Planet Earth and, consequently, to Brazil, prevailed. Thus in accordance with the theories of its application the scales, starting with the largest planet Earth, descending to medium scales Brazil and finally the results of the research that is the application of the theories to the object of study that is the city of Caruaru. As a result of the field and theoretical research, it was possible to relate the seismic phenomena to the presence of the great geological fault called the Pernambuco Lineament, to locate the seismic phenomena, to measure them, to quantify the temporality, and their degree on the Richter scale.
  • 5. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura Descrição pág. 01 Observa-se um modelo que representa a Teoria da Deriva Continental de autoria de Alfred Wegener publicado no início do século XX elucidando a evolução da migração dos continentes. Fonte Evidence | Alfred Wegener. Fonte: Building a Case for Continental Drift - University of Illinois at Urbana-Champaign 13 02 Figura 2: Mapa representado a Teoria da Placas tectônicas, que afirma ser a superfície da Terra composta de placas que se encaixam nas suas bordas. As manchas em cor amarela representam os continentes, os tons azuis representam as aguas, as linhas pretas sinuosas são os limites das placas, por fim as setas representam os choque e divergências de placas. Fonte: Google.com. 03 Os movimentos das placas em suas bordas ocorrem de três formas, nos limites divergentes, convergente e transcorrente. As setas em cor vermelha apontam para os modelos que representam como os movimentos ocorrem na superfície do Planeta. Fonte: meioambienteculturamix.com. 04 A esquerda observa-se um lineamento de relevo representando a Falha de São Andreas localizada na borda Oeste com o Oceano Pacifico no Estado Unidos. A direita um mapa das mesmas áreas localizando fenômeno geológico. Fonte: Google.com. 05 Representa de uma falha geológica normal. A direita o Modelo em três dimensões e a direita uma imagem de uma falha geológica em campo. Fonte: Google.com 06 Falha do tipo empurrão. Em uma falha desse tipo um dos blocos é soerguido. A direita ver-se um pesquisador analisando uma falha. Modleo e campo. Fonte: Google.com 07 Falha transcorrente. A Falha de Santo André na Califórnia constitui o melhor exemplo desse tipo emcampo Fonte: geografiamazucheli.blogspot.com. 08 Observa-se a representação do foco de terremoto. Os círculos em cor azul representam a propagação das ondas. O ponto vermelho no centro elucida o foco do terremoto. Fonte.Google.com 09 /10 Giuseppe Mercalli (colorization © todayinsci.com) e Charles F.Richeter (Google). 11 Quadro comparativo entre as tradicionais escalas.Fonte:Google.com 12 Quando ocorrem um terremoto diferentes ondas são propagadas. As ondas P (imagem da direita) se propagam tanto nos sólidos representado pela litosfera, quando na astenosfera e no magma pastoso. As ondas S propagam-se apenas através dos sólidos ou litosfera, já que os fluidos não suportam as forças de cisalhamento. Fonte: Google.com.2017. 13 Mapa representando os locais de terremotos e vulcões. Os locais de terremoto aparecem na cor amarela e os vermelhos os locais de erupções vulcânicas. Fonte: CATDAT Word Ranking System for earthquake.2017. 14 Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes representam os grandes terremotos, as esferas menores os terremotos de menor dimensão. O gráfico ajuda muito a entender uma comparação entre um terremoto de magnitude 9,0 com o de magnitude 5,0. Fonte. Revista veja.2016 15 Observa-se mapa representando as falhas geológicas resultante dos movimentos crustais neotectônico no Brasil. As falhas no mapa estão representadas por traços na cor vermelha. Fonte: Fonte.USGS. 16 No mapa os pontos vermelhos representam as zonas sísmicas e o tamanho dos círculos a magnitude do tremor. Em Pernambuco ponto vermelho indicado de tremores elucida o LP – Lineamento de Pernambuco entre as cidades de Caruaru, São Caetano e Belo Jardim. Fonte SISBRA.
  • 6. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 6 17 Observa-se o morro do Bom Jesus. Do ponto de vista Geomorfologia é na verdade um Inselbergue. O Inselbergue é uma típica forma de relevo em estrutura geológica de rocha cristalina, ao contrário do vulcão que temestrutura geológica de lavas e magma vulcânico. f. Fonte: Panoramio. Acesso em 02/06/2016. 18 Representação de algumas formas de drenagem citados por Guerra e Cunha (2001). O Planalto da Borborema tem uma drenagem semelhante a drenagem radial, mas na escala menor como é o caso da cidade de Caruaru tem a drenagem do rio Ipojuca no formato retangular o que demonstra a presença de falhas geológicas no terreno urbano e rural. Fonte: Disponível para download em Google.com. Acesso em20/05/2017. 19 Representação do traçado do rio nos terrenos de acordo com seus aspectos geológicos. Fonte: disponível para download no Google.com. Acesso em20/05/2017. 20 Vista parcial panorâmica da cidade de Caruaru. Observa-se em primeiro plano uma extensa área plana denominada em geomorfologia de Pediplanos, no horizonte ver-se um extenso alinhamento de morros distribuídos linearmente no sentido Leste –Oeste evidenciando sua localização na borda da grande falha geológica que se relaciona diretamente coma presença dos registros sísmicos na cidade. Trata-se na verdade do Lineamento Pernambucano descrito na literatura geomorfológica com falha de rejeito direcional. Imagem: Commons.2016. 21 Observa-se em tom rosa mancha que representa um mapa dos contornos limites do estado de Pernambuco. Os traçados em cor preta são as falhas geológicas secundarias, a linha em cor branca estendida no sentido Leste-Weste a falhas primária ou Lineamento de Pernambuco. Os pontos na cor vermelha as cidades onde foram registrados pequenos sismos. Fonte: Google.com.2016. 22 Na figura acima elucida a localização epicentral. Na cor verde contorno da região Nordeste, em cor azul claro as aguas oceânicas, os traços retos na região azul escuro elucidam as grandes falhas geológicas oceânicas associadas a origem do Lineamento Pernambucano. O epicentro na figura acima é representado pela estrela vermelha. São mostradas também as estações de São Pedro e São Paulo, em vermelho, e Riachuelo, em azul. Fonte: Mapa no GoogleErth, 2017. 23 Mostra de rochas metamórficas cristalino tipo milonitica caracterizada por foliação milonítica na forma de estreitas faixas cataclásticas, localizadas nas margens da BR 232 na cidade de Caruru-PE Fonte: Natalicio de Melo.2010. 24 A figura acima mostra como provavelmente ocorre o movimento geológico que vem ocorrendo no Lineamento de Caruaru uma combinação de falha normalmente com deslocamento de bloco e direcional. A faixa na cor cinza representa a área de concentração do LP e consequente a sismicidade Fonte: LabSis/UFRN.2012. 25 Vista paisagística de Caruaru. Nota-se claramente em primeiro plano uma grande área plana onde se desenvolveu commais veemência o processo urbano, essa primeira parte desse conjunto paisagístico e denominado espelho de falhas do ponto de vista geológico. Na verdade, do ponto de vista da geomorfologia essas áreas planas presente no semiárido um grande pediplano. Em segundo plano ver-se uma área elevada permeada por “serras’ que na verdade são escarpas de falha. As escarpas elevadas é o segundo elemento de uma falha geológica. 26 Imagem realçada tomada em ângulo cerca de 45 graus da cidade de Caruaru a cerca de 500 metros. Observa-se em primeiro plano um extenso Pediplano. O relevo elevado em formato de cone é o um Inselbergue forma de relevo elevado que exaltada em um Pediplano. Fonte: Paulo C. Carneiro Kémmer.2010. 27 Figura 27: Representação esquemática do comportamento de um traçado de rio em ambientes de terrenos dominado por falhas geológicos. Fonte: Google.com.2017. 28 Ver-se plano urbano de Caruaru no seu núcleo mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente emárea de
  • 7. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 7 drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em0/05/2017. Arte: Natalício de Melo. 2017. 29 Ver-se que o plano rural presente em Caruaru ao longo do Rio Ipojuca, se comporta de forma geológica semelhante ao no seu núcleo urbano mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente em área de drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em20/05/2017. Arte: Natalício de Melo. 2011. 30 Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes representam os grandes terremotos na escala 9.0, as esferas menores os terremotos de menor dimensão, observa-se que os tremores que ocorrem em Caruru oscilam entre 2,0 a 3,9 são insignificantes quando se compara a escala maior, dessa forma não oferece pelo menos em tese riscos significantes. Fonte: Revista veja. 31 Recorte Print Scren da tela do site G1. Fonte: G1.Grupo Glogo.2016. 32 Quadro acima é possível observar o início da onda P na linha Z,N e E marcado aqui pelo primeiro movimento da agulha do sismógrafo para cima e para baixo (a esquerda da imagem), no meio da figura a onda S grande e vertical, e por fim o registro do movimento da onda superficial propagada na superfície do solo e sentido pela população que no gráfico apareça marcado pelo traçado continuo em zig e zag grande e escuro. A geologia na região de Caruaru é caracterizada por granitos que têm velocidade de onda P, Vp, de 6,0 km/s. Fonte: LabSis/UFRN. 33 Registro sismológico de um dos maiores tremores registrado em Caruaru. Esse tremor foi sentido nas cidades de belo Jardim, Tacaimbo e São Caetano, o sismo ocorreu no dia 20 /05/2006 e atingiu 4º na escala Richster e foi captado pelos sismógrafos do laboratório de sismologia da UFRG Fonte: LabSis/UFRN LISTA DE TABELAS Tabela Descrição pág. 01 Escala de Magnitude e Números de ocorrências: Fonte: Jonh Richards e Ed Simkins, 2013. 02 Registro de sismicidade de Caruaru. Autor: Natalício de Melo rodrigues.2017. 03 Registro de sismos em Caruaru-PE. Autor: Natalício de Melo 04 Escala de Magnitudes e Frequência de Registro de Sismos. Fonte; Richards.J; Simkins. E.2013. 05 Tabela de registros de ocorrência e movimento sísmico. Futor: Natalício de Melo Rodrigues, 2017. Fonte:Jon Richards; Ed.Simkins, 2013 06 Registro de terremotos em Caruaru no Século XX. Autor: Natalício de melo Rodrigues. Fonte: dados do Jornal Vanguarda e LabSis/RN 07 Registro de tremores ocorridos em caruaru no Século XXI. Autor: Natalício de melo Rodrigues. Fonte: dados do Jornal Vanguarda e LabSis/RN
  • 8. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1 As considerações do campo da geologia e a teoria da Deriva Continental e da Tectônica de Placas aplicados aos fenômenos sismológicos em Caruaru. 2.2 A Tectônica de Placas 2.2.1 Movimento entre Placas Divergentes 2.2.2 Movimento de Placas Convergentes 2.2.3 Movimento Horizontal ou de Falha Transformante 2.3 Falhas Geológicas 2.4 Terremotos 2.4.1 Aferição de um terremoto 2.4.2 Áreas de riscos de terremotos 2.5 Mensuração de terremotos na escala Richter e Mercalli
  • 9. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 9 2.5.1 Como as ondas sísmicas se propagam 2.6 Terremotos no mundo 3 O FENÔMENO NEOTECTÔNICO NO BRASIL 3.1 As considerações do campo da geomorfologia e a teoria da Pediplanação aplicado a paisagem de Caruaru. 3.2 O real significa do Morro do Bom Jesus na paisagem de Caruaru. 3.3 Considerações sobre a rede de drenagem aplicado a identificação de falhas geológicas no município de Caruaru –PE. 4 LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO 5 METODOLOGIA 6 RESULTADOS 6.1 O Lineamento de Pernambuco 6.2 Elementos teóricos a ser considerados na identificação de Falhas geológicas aplicados à Caruaru 6.3 Aplicação das técnicas com uso de imagens do Google Earth das urbanas e rurais 6.4 Uso de imagens de satélites do software Google Earth na identificação de Falhas geológicas em área urbanas e rurais de Caruaru 6.5 Tremores em Caruaru 6.6 Analise dos tremores registrados em Caruaru 7 CONCLUSÕES 8 REFERENCIAS 1. INTRODUÇÃO Compete a Sismologia um dos diversos campos de estudo de Geofísica que estuda os terremotos (ou sismos): suas causas, efeitos, a propagação das ondas de vibrações emitidas pelo terremoto, etc. A Sismologia também utiliza as ondas emitidas pelos terremotos para estudar a estrutura da Terra. Há uma sutil diferença entre os termos sismo e terremoto, um sismo é basicamente a ocorrência de uma fratura a uma certa profundidade, que origina ondas elásticas que se propagam por toda a Terra. As palavras sismo e terremoto são sinônimas, sendo que normalmente reserva-se o uso da palavra terremoto para a classificação de grandes sismos que ocorrem em áreas urbanas, e para os pequenos fora das áreas habitadas costuma-se usar abalo sísmico ou tremor de terra.
  • 10. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 10 Os terremotos são fenômenos que em sua maioria das vezes tem como causa a dinâmica presente nas falhas geológicas. Outro fator que causas sismos são asa atividades vulcânicas. Além dos dois tipos de terremotos naturais, temos também um terceiro: os sismos induzidos, de obra exclusivamente humana, de maneira direta ou indireta. Como exemplo temos os sismos resultantes da procura e extração de minerais, combustíveis fósseis e a construção de canais aquíferos de irrigação e abastecimento. Há uma tendência em que os sismos se situem principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectônicas. Provocado pela pressão aplicada em duas placas contrárias. Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são o Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas em uma zona de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana. Quanto ao Brasil por sua localização no centro da placa Sul-Americana, os sismos nessa localidade raramente possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos quase sempre são causados por acomodação de falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em quase todo o território nacional, proporcionando terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados imperceptíveis na superfície terrestre Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), no século XX foram registradas mais de uma centena de terremotos no país, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na escala Richter, porém, a maior parte desses abalos não ultrapassou 4 graus, sendo mais presente nos estados do Mato Grosso, Espírito Santo, Ceará, Amazonas, do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, e em Pernambuco com mais ênfase na cidade de Caruaru relacionado a falhas geológica denominada de Lineamento de Pernambuco. Segundo Lucivâncio Jatobá, renomado professor da UFPE e autor do já clássico livro Introdução do Geomorfologia, afirma que o Lineamento de Pernambuco é uma das feições geológica-geomorfologia das mais importante para compreensão das feições geomorfológicas de Pernambuco. Na verdade trata-se de uma grande falha geológica do tipo rejeito direcional que se direciona no sentindo Leste–Oeste se estendo por pelo menos 750 Km de extensão, abrangendo partes do Continente africano, Oceano Atlântico, transversa o estado de Pernambuco até nas mediações da cidade de Paulistana no estado do Piaui.
  • 11. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 11 Quanto a aplicação dessas ideias nessa pesquisa aplicado a Caruaru, que a princípio teve a denominação de projeto de pesquisa sobre a epigrafe de A DINÂMICA DA CONVERGÊNICA DAS PLACAS DE NAZCA E AMÉRICA DO SUL E SUA RELAÇÃO COM AS ATIVIDADE SISMICAS INTRAPLACA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE, foi positiva, porém fazendo face a dinâmica flexível da pesquisa, foi concluído sobre outro nome devido a conotação da pesquisa, por isso passou a a ser denominada de A EVIDENCIA DA DINÂMICA SISMICA NO MUNICIPIO DE CARUARU- PE COM USO DO GOOGLE ERTH. 2. REFERENCIAL TEORICO A explicação das causas dos terremotos advém de duas ciências da natureza, a Geologia e a Geomorfologia. Na geologia por exemplo é quem possui as bases teóricas para explicar os tremores que ocorrem no mundo na escala maior, no Brasil na escala mediana, e por fim na escala menor no Agreste Pernambucano como é caso da grande falha geológica denominada de Lineamento Pernambuco, especificamente em Caruaru. Especificamente a geologia recorre a conhecimento da teoria cientificas que se relacionam ao campo da a sismologia, são os casos da teoria da Deriva Continental e da teoria das Placas tectônicas. A Teoria da Deriva antecede em conhecimento e anos a teoria mais moderna da Tectônica de Placas.
  • 12. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 12 Quanto a aplicação da geomorfologia, seu nessa pesquisa advêm da necessidade de identificar na paisagem e no campo as formas geológicas consequentes da disposição do material geológico, em outras palavras a geologia é a base material estrutural onde os agentes erosivos vão esculturar a paisagem ou o modelado paisagístico natural que a visão alcança. 2.1 As considerações do campo da geologia e a teoria da Deriva Continental e da Tectônica de Placas aplicados aos fenômenos sismológicos em Caruaru. Coube ao alemão Alfred Wegener publicar em 1915 a Teoria da Deriva dos Continentes, propondo que a 200 milhões de anos atrás todos as massas emersas de terra estariam reunidas em um único super-continente, denominado Pangea (imagem), envolto por um mar universal, a Panthalassa. Posteriormente, essa massa continental fraturou-se em partes menores que se dispersaram em consequência de movimentos horizontais. Além da semelhança entre as margens dos continentes, Wegener buscou evidências geológicas, paleontológicas e climáticas, particularmente nos continentes do hemisfério sul, para fundamentar sua hipótese. A formação inicial de Alfred Wegener foi pela astronomia, concluindo um doutoramento em 1904 na Universidade de Berlim. Contudo, sempre teve interesse pela geofísica e tornou-se também interessado nos campos emergentes da meteorologia e climatologia. Alfred Wegener casou-se com a filha de um famoso meteorologista, Wladimir Köppen. Na área da meteorologia, Wegener foi pioneiro na utilização de balões meteorológicos no estudo das massas de ar. Em 1906 Wegener fez parte de uma expedição à Groenlândia com o objetivo de estudar a circulação das massas de ar polar. Quando regressou da expedição com milhões de anos de história, aceitou um lugar de tutor na Universidade de Marburg. Tornou a viajar para a Groenlândia de 1912 a 1913. Em 1914 foi recrutado para o exército alemão, sendo mais tarde dispensado de combater por ter sido ferido, servindo durante o resto da guerra nos serviços meteorológicos do exército. Após a guerra, Wegener regressou a Marburg, mas em 1924 aceitou um lugar de professor de meteorologia e geofísica na Universidade Austríaca de Graz. A sua última expedição à Groenlândia ocorreu em 1930. Nela, ao regressar de uma expedição de salvamento que levou alimentos a um grupo de seus colegas acampados num local remoto, morreu de hipotermia um dia ou dois após o seu quinquagésimo aniversário. Ele acreditava que a força para impulsionar a movimentação dos continentes seria derivada das marés e da própria rotação da Terra. No entanto, existem dificuldades de ordem
  • 13. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 13 física e matemática para sustentar esse modelo de movimentação e, por isso, a teoria sofreu forte oposição dos principais cientistas da época, caindo, praticamente, em esquecimento. Figura 1.Observa-se um modelo que representa a Teoria da Deriva Continental de autoria de Alfred Wegener pblicado no inicio do século XX elucidando a evolução da migração dos continenteeoFonte Evidence | Alfred Wegener. Fonte: Building a Case for Continental Drift - University of Illinois at Urbana-Champaign 2.2 A Tectônica de Placas Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera -que engloba toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade -está quebrada em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra. Essas movimentações ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das placas tectônicas.
  • 14. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 14 Figura 2: Mapa representado a Teoria da Placas tectônicas, que afirma ser a superfície da Terra composta de placas que se encaixam nas suas bordas. As manchas em cor amarela representa os continentes, o tom azul representam as aguas, as linhas pretas sinuosas são os limites das placas, por fimas setas representamos choque e divergências de placas. Fonte: Google.com. Os terremotos são causados pela movimentação das placas tectônicas, um grupo de doze grandes blocos da crosta terrestre onde estão assentados os oceanos e continentes. Essas placas estão em constante movimento, à deriva sobre o magma incandescente que se movimenta abaixo delas. Os tremores ocorrem normalmente ao longo da junção entre essas placas, que colidem, afundam ou deslizam entre si, liberando grande quantidade de energia. Estudos apontam que a velocidade com que as placas deslizam ou colidem varia entre poucos milímetros até 10 ou mais centímetros por ano. Segundo a Teoria as placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitas e contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra. É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravasa-se ao longo de fissuras, ou através de canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem próximo aos limites das placas, excepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas regiões internas das placas.
  • 15. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 15 Fundamentalmente existem 3 tipos de contatos entre as placas tectônicas propocionados por movimentações com sentido divergente, convergente, de deslocamento horizontal ou falha transformante. 2.2.1 Movimento entre Placas Divergentes As placas tectônicas da Terra se movem em diferentes velocidades, por conta dessa variação relacionada a dinâmica planetária da litosfera é possível distinguir duas áreas distintas; uma Região mais lenta denominada Dorsal Ártica em que a velocidade de deslocamento da placa atende cerca de 2,3 centímetros ano, por sua vez na Região mais rápida Dorsal Sudeste- Pacifica onde a velocidade atende cerca de 15 centímetros ao ano. Figura 3: Os movimentos das placas em suas bordas ocorremde três formas, nos limites divergentes, convergente e transcorrente. As setas em cor vermelha apontam para os modelos que representam como os movimentos ocorrem na superfície do Planeta. Fonte: meioambienteculturamix.com. Ocorre quando as placas se movimentam para direções contrárias entre si. Esse processo acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias meso-oceânicas. Essas cadeias são extensas elevações submarinas, cuja topografia é muito mais acentuada e exuberante do que as tradicionais zonas montanhosas existentes nos continentes - podem alcançar mais de 1.000 km de largura e 20.000 km de extensão e sua crista é marcada por profundas fendas ou fissuras. Quando as placas se afastam uma da outra, o material em estado de fusão - o magma - existente no topo da astenosfera, sobe através das fendas, situadas na crista das cadeias submarinas, e extravasa-se formando um novo fundo oceânico. 2.2.2 Movimento de Placas Convergentes
  • 16. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 16 Este movimento ocorre quando duas placas se chocam. Em conformidade com a teoria, uma delas desliza por debaixo da outra, formando profunda trincheira que penetra pelo fundo oceânico. A placa inferior desliza no interior da astenosfera segundo um plano inclinado - entre 40ºa 60º com relação a horizontal. Essa região de junção de placas recebe o nome de Zona de Subdução ou Zona de Benioff-Wadati. Mais de 3/4 dos terremotos do mundo ocorrem nesse tipo de limite de placas. É aí também que se encontram os sismos de foco profundo, com 300 a 700 km de profundidade. Ao subsidir para zonas mais profundas da astenosfera a placa rígida encontra altas temperaturas podendo ser parcialmente fundida. Esse novo magma, que é menos denso que as rochas circunvizinhas, sobe através de zonas de fraqueza da crosta e extravasa-se sob a forma de vulcões. Aproximadamente 2/3 das erupções vulcânicas conhecidas ocorrem nesse tipo de limite de placas. Exemplo clássico de placas convergentes é a de Nazca e a da América do Sul. A interação do movimento dessas placas possibilitou a formação da Cadeia Andina e a trincheira oceânica Chile-Peru. 2.2.3 Movimento Horizontal ou de Falha Transformante Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito entre as placas é grande de modo que podem ocorrer grandes esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são liberados por meio de grandes terremotos.Para esse caso, o melhor exemplo é a falha de Santo André, na California, limitando a Placa Americana, com movimento geral na direção SE, da Placa do Pacífico, com movimento geral na direção NW. É uma falha famosa por produzir grandes e devastadores sismos, como o sismo de São Francisco de 1906 que destruiu a cidade. Existe a crença popular de que um grande abalo sísmico poderá dividir o estado da Califórnia em dois. Nesta crença, uma parte do estado "se desprenderia" do continente e formaria uma ilha. Tal evento é cientificamente possível, e poderia ocorrer na Falha de Santo André ou Falha de San Andreas (em inglês: San Andreas Fault) é uma falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1290 km através da Califórnia. A falha de San Andreas marca um limite transformante, encontro de placas tectônicas que se transformam, ocorre entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. É uma falha famosa por produzir grandes e devastadores sismos, como o sismo de São Francisco de 1906 que destruiu a cidade.
  • 17. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 17 Figura 4: A esquerda observa-se um linemameto de relevo representando a Falha de São Andreas localizada na bora Oeste com o Oceano Pacifico no Estado Unidos. A direita um mapa das mesma área localizando fenomeno geológico.Fonte: Google.com 2.3 Falhas Geológicas A falha geológica é um fenômeno geomorfológico que envolve a cisão entre duas massas rochosas. Ocorrem quanto há uma ruptura ou cisão de um bloco de rochas ou faixas estreitas da superfície que é responsável pelo deslocamento de suas partes. O acúmulo de energia e a eventual liberação desta em zonas de falhas geológicas é um dos fatores responsáveis pela ocorrência dos terremotos. Esse fenômeno geológico surge em função da pressão aplicada por uma força, geralmente as placas tectônicas, em que a pressão exercida excede a capacidade de resistência e plasticidade das camadas rochosas, provocando a sua cisão ou ruptura, podendo gerar também algumas pequenas fraturas em seu entorno. Veja, a seguir, os elementos que formam a estrutura de uma falha geológica. Na falha do tipo normal, a cisão acontece quando um bloco “desce” ou abaixa em relação à superfície da falha. Isso ocorre quando a pressão exercida sobre a região provoca uma tensão negativa.
  • 18. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 18 Figura 5. Representa de uma falha geológica normal. A direita o Modelo em três dimensões e a direita uma imagem de uma falha geológica em campo. Fonte: Google.com Já na falha do tipo inversa a cisão ocorre quando um bloco “sobe” em relação à falha, soerguendo a sua superfície. Isso acontece quando o tectonismo provoca uma tensão responsável por comprimir o espaço ocupado pelas camadas de rocha. Figura 6. Falha do tipo empurrão. Em uma falha desse tipo um dos blocos é soerguido.A direita ver-se um pesquisador analisando uma falha. Modleo e campo. Fonte: Google.com Já na falha transcorrente, também chamada de horizontal, há um movimento paralelo entre os dois blocos, o que pode ser provocado por vetores inversos de forças horizontais aplicados sobre cada segmento de rocha.
  • 19. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 19 Figura 7: Falha transcorrente. A Falha de Santo André na Califórnia constitui o melhor exemplo desse tipo em campo Fonte: geografiamazucheli.blogspot.com. A manifestação das falhas geológicas costuma ocorrer em localidades próximas ao encontro entre duas placas tectônicas distintas, mas também pode se manifestar em zonas continentais internas. É o caso, por exemplo, da falha de Samambaia, a maior do Brasil, com uma extensão de 38 km por 4 km de largura, recobrindo os territórios de vários municípios do interior do Rio Grande do Norte, provocando eventuais abalos sísmicos na região. 2.4 Terremotos São grandes movimentos de terra causados quando a tensão tectônica acumulada é repentinamente aliviada por um deslocamento de rochas ao longo de uma falha e evidenciam atividade tectônica em andamento. A energia liberada pelo movimento repentino de blocos de crosta passando uns sobre outros para novas posições se espalha pela Terra como ondas sísmicas. Associamos com tremores maiores e mais danosos principalmente as ocasiões em que essas ondas passam ao longo da crosta exterior ou emergem à superfície terrestre. ■ Foco: locação subterrânea onde o deslocamento de rocha e o terremoto resultante se originaram. Pode estar localizado tanto perto da superfície como a 700 km de profundidade. ■ Epicentro: o ponto na superfície terrestre que fica diretamente acima do foco, onde o maior choque normalmente é sentido.
  • 20. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 20 Figura 8: Observa-se a representação do foco de terremoto. Os círculos emcor azul representama propagação das ondas. O ponto vermelho no centro elucida o foco do terremoto. Fonte.Google.com 2.4.1 Aferição de um terremoto A severidade de um terremoto é expressa de duas maneiras: o tamanho do evento como um processo físico da Terra, e; o grau de seu impacto nos humanos. Muitos fatores resultantes de um tremor, além do tamanho, afetam vidas humanas. A escala de magnitude de terremoto, originalmente desenvolvida por Charles F. Richter em 1935, é baseada na energia liberada em um terremoto e registrada por sismógrafos. Atualmente medida de um modo mais preciso, chamado magnitude de momento, a energia liberada em um terremoto é expressa em um número, geralmente com uma casa decimal. A magnitude representa o tamanho do terremoto em termos de energia liberada. Cada aumento de um número inteiro em magnitude (por exemplo, de 6.0 para 7.0) representa cerca de 30 vezes mais energia liberada. O terremoto mais forte na história recente foi um terremoto de magnitude 9.5 que ocorreu em alto-mar no Chile, em 1960. A escala usada para registrar e compreender padrões de intensidade de terremoto, o dano causado e grau de seu impacto em pessoas e propriedades é a Escala de Mercalli modificada. Categorias numeradas de I a XII descrevem os efeitos de um terremoto em humanos e a variação espacial desses impactos. A intensidade depende da distância do epicentro, da duração do tremor, da severidade resultante de materiais locais afetados, da densidade populacional e das construções afetadas.
  • 21. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 21 2.4.2 Áreas de riscos de terremotos O impacto de um terremoto em humanos e propriedades depende de muitos fatores, os mais importantes são a probabilidade e o número potencial de pessoas afetadas por colapso estrutural. Um dos terremotos que geraram mais prejuízos materiais, o terremoto de magnitude 7.2 que atingiu Kobe, no Japão, em 1995, destruiu mais de 50 mil construções. Fatores que influenciam o impacto estrutural incluem a localização de um epicentro de terremoto relativo a centros populacionais, materiais e métodos de construção, bem como a estabilidade dos materiais da terra sobre os quais as construções são erguidas. Perdas de vida em um terremoto são aumentadas por outros fatores, incluindo hora do dia, período do ano, condições climáticas no momento do terremoto, incêndios resultantes de linhas de força caídas e fontes de gás rompidas, e se o tremor do solo dispara quedas de rocha, deslizamentos de terra, avalanches ou tsunamis. 2.5 Mensuração de terremotos na escala Richter e Mercalli Há duas formas de mensurar os terremotos denominadas de escala, uma é menos divulgada denominada de escala de Mercalli e uma outra denominada de Richter. Figura 9 e 10; Giuseppe Mercalli (colorization © todayinsci.com) e Charles F.Richeter(Google). A Escala de Mercalli Modificada, é uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais. Foi elaborada pelo vulcanólogo e sismólogo italiano Giuseppe Mercalli, em 1902 daí o nome que ostenta. Os efeitos de um sismo são classificados em graus, denotados
  • 22. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 22 pelos numerais romanos de I a XII, com o grau I a corresponder a um tremor não sentido pelas pessoas, e o grau XII à alteração calamitosa do relevo da região afetada. Figura 11: Quadro comparativo entre as tradicionais escalas.Fonte:Google.com A escala Richter foi criada em 1935 pelo sismólogo estadunidense Charles F. Richter, integrante do Instituto de Tecnologia da Califórnia e atualmente a mais usada. Richter, para a realização de sua escala, analisou as ondas sísmicas e coletou números de vários terremotos anteriormente registrados. Essa escala foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto. É uma escala que se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente), no entanto, nunca foi registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na escala Richter. Um dos fatores é que ela se baseia num princípio logarítmico, ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez vezes maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente. O poder de destruição de um terremoto não está relacionado apenas à sua magnitude, ou seja, nem sempre um sismo de maior magnitude será mais destrutivo que um de menor magnitude. Vários fatores influenciam nesse fenômeno: profundidade do hipocentro (ponto interior onde ocorre a fratura principal), a distância entre o ponto e o epicentro (local onde é registrada a
  • 23. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 23 maior magnitude dos abalos), as condições geológicas e a estrutura de engenharia dos edifícios atingidos. 2.5.1 Como as ondas sísmicas se propagam As ondas sísmicas são de natureza mecânica e se propagam de forma muito parecida com as ondas sonoras, mas são de frequência muito mais baixas que essas, tipicamente entre 0.001 Hz e 1 Hz. Isso significa que o período dessas ondas é bastante longo, variando entre 1 segundo até 100 segundos de crista a crista. Da mesma forma que as ondas sonoras, as ondas sísmicas também podem ser refletidas, comprimidas, dilatadas ou atenuadas e quando atravessam meios de densidade diferentes podem sofrer difração, atenuação ou mudarem a velocidade de propagação. 2.5.2 Ondas Sísmicas Básicas Durante um terremoto diversos tipos de ondas são produzidas, mas duas delas se destacam das demais e são sempre usadas como referência quando o assunto são os tremores de terra: as ondas P e as ondas S. Figura 12: Quando ocorrem um terremoto diferentes ondas são propagadas. As ondas P (imagem da direita) se propagam tanto nos sólidos representado pela litosfera, quando na astenosfera e no magma pastoso. As ondas S propagam-se apenas através dos sólidos ou litosfera, já que os fluidos não suportam as forças de cisalhamento. Fonte: Google.com.2017. Após um terremoto, a primeira das ondas sísmicas que são detectadas são as ondas do tipo P, também conhecidas como ondas primárias ou de compressão. Estas ondas são muito
  • 24. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 24 velozes e se propagam através dos sólidos e dos líquidos e como seu nome diz, agem comprimindo o meio pelo qual trafegam, conforme mostra a figura abaixo. As ondas S se propagam mais lentamente que as ondas P, tipicamente 60% mais devagar, mas a energia de seu movimento é várias vezes superior, o que significa que as ondas S causam muito mais danos que as ondas P. Da mesma forma que as ondas P, as ondas S também se propagam mais rapidamente conforme a profundidade aumenta, mas a relação de aumento ou diminuição da velocidade não é igual para os dois tipos de ondas. Quando ocorre um terremoto, sismômetros situados até uma distância angular de 105º (11 mil km) conseguem registrar os dois tipos de ondas, mas se essa distância for maior as ondas S não podem mais ser detectadas. Esse fato levou Richard Dixon Oldham a sugerir, em 1906, que a Terra possuía um núcleo líquido, atualmente chamado de núcleo externo. Fenômeno semelhante ocorre com as ondas do tipo P. Ao passarem de um meio sólido (manto) para um meio líquido (núcleo externo), a abrupta mudança de densidade faz as ondas mudarem de direção, impedindo que os sismógrafos registrem as ondas P entre 104 e 140 graus de distância angular do epicentro, algo entre 11 mil e 19 mil km desde o ponto de ruptura. A presença de um núcleo interno sólido só foi sugerida em 1936, após a sismóloga dinamarquesa Inge Lehman reparar que ondas P, que deveriam ser bloqueadas pelo núcleo líquido, também podiam ser detectadas nos sismogramas. Esse fato levou a pesquisadora a sugerir que havia algum tipo de descontinuidade abaixo desse núcleo, que estaria permitindo a reflexão das ondas P. Essa hipótese foi confirmada apenas em 1976 e a zona de interface entre os dois núcleos foi batizada de descontinuidade de Lehman. Outras regiões de interface são a descontinuidade de Mohorovic (também chamada Moho), que separa a crosta do manto terrestre e a descontinuidade de Gutenberg (ou Wiechert- Gutenberg), que separa o manto do núcleo líquido. A descontinuidade de Mohorovic varia entre 5 e 10 km nos oceanos e entre 30 e 40 km abaixo dos continentes e é abaixo dela que o magma incandescente se movimenta levando junto a crosta terrestre. É nessa profundidade que ocorre a maioria dos terremotos. Em regiões montanhosas a descontinuidade de Mohorovic pode atingir 60 km de profundidade.
  • 25. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 25 A descontinuidade de Gutemberg se localiza a cerca de 2880 km de profundidade e deste ponto em diante as ondas S deixam de se propagar, pois a partir daí o começa o núcleo líquido. 2.6 Terremotos no mundo Em geral os terremotos a maior parte dos registros de grandes terremotos que variam entre 4,9 - 8 na escala Richter tem sua localização associadas a área de encontro de placas tectônicas, por sua vez de pequenas dimensões em locais de falhas geológica, essas em sua maior parte são consequências diretas secundarias em relação as grandes placas tectônicas, em geral são tremores menores que variam entre 3,4 e 4,8. Figura 13: Mapa representando os locais de terremotos e vulcões. Os locais de terremoto aparecem na cor amarela e os vermelhos os locais de erupções vulcânicas. Fonte: CATDAT Word Ranking System for earthquake.2017. Segundo Jonh Richards e Ed Simkins, 2013, os locais onde são registrados os terremotos de maior magnitude são os locais de encontro de Placas Tectônicas conforme observa-se na figura. Ainda segundo o autor citado por ano ocorre no mundo, especificamente nos locais mais propícios, como são os casos de vulcões, encontro de placas tectônicas, falhas geológicas, cerca de 500 mil terremotos são detectados por sismógrafos, porém como a distribuição de sismógrafos são mínimas, se crer que o número de terremotos por anos possa
  • 26. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 26 atingir a casa de milhões. Só alguns são sentidos pelas pessoas, acredita-se que o esse número chegue a 100 mil. Quanto as magnitudes e números de ocorrência são os seguintes: MAGNITUDE NUMERO DE OCORRENCIA 2 - 2,9 1.300.000 3 - 3,9 130.000 4 - 4,9 13.000 5 – 5,9 1.319 6 – 6,9 134 7 – 7,9 15 8,0 1 Tabela 1: Escala de Magnitude e Números de ocorrências: Fonte: Jonh Richards e Ed Simkins, 2013. A observação e análise desses números ficam mais evidentes em uma representação gráfica (Figura 15). Observe comparando o que um tremor de 3-3,9 chega a ser insignificante quando comparado a um grande tremor na escala 9. Figura 14: Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes representam os grandes terremotos, as esferas menores os terremotos de menor dimensão. O gráfico ajuda muito a entender uma comparação entre um terremoto de magnitude 9,0 com o de magnitude 5,0. Fonte: Revista Veja.2016.
  • 27. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 27 Fica evidente que os terremotos de grandes magnitudes, a saber acima de 6, acima de 7 e de 8 tem ocorrência menos frequente, e esses tais estão relacionado a zonas de tensão de choque de afastamento de placas, nesses ambientes naturais sujeitos a terremotos sofrem grande pressões tectônicas, quanto habitados elevam de forma exponencial os números de vítimas e destruição de estruturas urbanas. Quanto, especificamente no Nordeste, em especial na cidade de Caruaru os níveis de mensuração de terremoto em sua maioria se localizou nas faixas que varia de 3- 3,9, número que na escala mundial chegam a 130.000 o que o torna comum e apenas elucida a dinâmica natural planetária. 3. O FENÔMENO NEOTECTÔNICO NO BRASIL Segundo Suguio (2001) coube Obruchev em 1948 propor o termo neotectônica para designar os movimentos terrestres ocorridos no Terciario tardio ao Quaternário, que teriam desempenhado um papel essencial na configuração topográfica brasileira. Hasui apud Suguio (2001) considera que, no Brasil, a neotectônica deva abranger o intervalo de tempo geológico a partir da intensificação dos processos da deriva continental (após metade do Terciário) até hoje, com manifestações geológicas restritas ao ambiente tectônico de intraplacas. Quanto a datação da temporalidade Hasui propõe que seja no início da Formação Barreiras em torno do Moiceno médioa 12Ma, possa balizar o advento do neotectônica no Brasil. Por sua vez Saadi apud Sugui(2001) o quadro geral das manifestações em território brasileiro pode ser sumariado nos seguintes itens: a) A Plataforma Brasileira foi afetada por deformações neotectônica cenozoicas em toda sua extensão; b) Estas deformações aproveitaram, em geral, linhas de fraqueza herdadas das deformações pretéritas embora tenha de ter sido originadas novas estruturas, daí o termo “tectonismo ressurgente”. c) O Resultado final é expresso por compartimentação em unidades neotectônicas delimitadas por descontinuidade crustais definidos que resultam da reativação, em geral sob regimes transcorrentes, de lineamentos pré-cambrianos mais expressivos. d) Os prolongamentos continentais desses lineamentos oceânicos tem participação importante nas manifestações neotectônicas;
  • 28. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 28 e) Existe, em geral, uma relação facilmente reconhecível entre a estruturação neotectônica e a dinâmica crustal, representada pela sismicidade atual; e f) Geralmente, verifica-se a predominância de esforços compressivos de direção NW- SE, com variações para E-W e N-S. Figura 15: Observa-se mapa representando as falhas geológicas resultante dos movimentos crustais neotectônico no Brasil. As falhas no mapa estão representadas por traços na cor vermelha. Fonte: Fonte.USGS. O Brasil por sua localização no centro ou acima de uma única placa tectônica, como é o caso da Placa Sul-americana fica fora da zona de encontro de placas relacionadas a zona de maior concentração de tremores. Observando o mapa ver-se que a maioria dos tremores ocorridos no Brasil considerando o período de 1811 a 2008 (Figura16) o nível de magnitude pouco superou 4, e nas
  • 29. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 29 poucas vezes que ocorreu foi no setor Oeste em direção a zona de colisão das Placas do Pacico e Sul-americana. Figura 16.No mapa os pontosvermelhosrepresentamas zonas sísmicas e o tamanhodos círculos a magnitudedo tremor. Em Pernambuco pontovermelho indicado de tremores elucida o LP – Lineamento de Pernambuco entre as cidades de Caruru, São Caetano e Belo Jardim. Fonte SISBRA. O total de registro de 1811 a 2010 gira em torna de 3.500 eventos sismológicos contabilizados com menores ocorrências de Norte a Sul (os dados são da SISBRA/UnB, o Boletim Sísmico Brasileiro de 2008). Dessa forma e segundo os modelos teóricos se crer que dificilmente o Brasil terá um terremoto de grande magnitude. O tremor mais forte já registrado no Brasil desde o início das primeiras medições instrumentais, na década de 50, ocorreu em 1955 em Serra Tombador (MT), um raro com 6.2 de magnitude, mas se olharmos no mapa esse evento fica notório a proximidade da área de maior mobilidade da placa do pacifico. Ao percepção dos tremores so ocorrem quando eles estão acima de 2.0 de magnitude, dependo da distância em que estiver do epicentro do abalo. Os de 3.0 e 3.5 já começam a amedrontar a população, e atinge as estruturas urbanas nas cidades que não estão preparadas para isso, com construções não estruturadas para esse tipo de experiência. Recentemente, mesmo distante, Brasília viveu essa experiência para um terremoto de magnitude 5.0”embora seja raro nessa escala.
  • 30. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 30 Quanto ao Nordeste, estado de Pernambuco especificamente Caruaru descrever-se-á com pormenores no capitulo Resultado como veremos mais adiante. Figura 17: Observa-se o morro do Bom Jesus. Do ponto de vista Geomorfologia é na verdade um Inselbergue. O Inselbergue é uma típica forma de relevo em estrutura geológica de rocha cristalina, ao contrário do vulcão que tem estrutura geológica de lavas e magma vulcânico. f. Fonte: Panoramio. Acesso em02/06/2016. 3.1 As considerações do campo da geomorfologia e a teoria da Pediplanação aplicado a paisagem de Caruaru. A Geomorfologia é etimologicamente compreendida como o estudo da Terra, onde o termo grego geo significa terra, morphos se aproxima da idéia de forma e logos, estudo. Contudo, esta é uma ciência geológico-geográfica que tem como preocupação central estudar o relevo terrestre, sua estrutura, origem, história do seu desenvolvimento e dinâmica atual, além de tentar compreendê-lo em diferentes escalas temporais e espaciais, a fim de melhor orientar o uso do solo pelas sociedades, uma vez que a superfície do relevo se comporta como o locus onde a população se fixa e desenvolve suas atividades. Como toda ciência tem como modelos de explicação modelos, teorias, paradigmas etc. Nesse caso especifico a Geomorfologia contribui com a Teoria da Ciclicidade do relevo da Escola anglo-americana, essa linhagem epistemológica anglo-americana fundamenta-se praticamente, até a Segunda Guerra mundial, nos paradigmas propostos por Davis (em 1899) e centrado na idéia de ciclicidade do relevo – para ele o relevo é definido em função da trilogia estrutura geológica, processos atuantes e tempo.
  • 31. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 31 Ainda de acordo com a teoria do Ciclo Geográfico, no início do ciclo há um rápido soerguimento das superfícies aplainadas provocado pelas forças internas, elevando-as significativamente em relação ao nível do mar. Este desnivelamento provocaria aumento dos processos erosivos pelas águas correntes, dissecando e rebaixando o relevo até formar uma nova superfície aplainada (peneplano). A partir daí um novo ciclo teria início com um novo soerguimento, e novamente ocorreriam as fases de juventude, maturidade e senilidade (DAVIS, 1991). Gilbert em 1877 já apresentar uma perspectiva climática para a compreensão dos processos morfoesculturadores, a geomorfologia davisiana praticamente não se articulava com outros elementos da natureza, como a climatologia e a biogeografia, o que, junto com a estabilidade tectônica durante os estágios de evolução descritos neste modelo, gerou inúmeras críticas a esta teoria, em especial de autores ligados a linha epistemológica alemã, com visão integradora. Durante a Segunda Guerra Mundial a influência do pensamento científico alemão se amplia nos Estados Unidos, e Lester King (1955) e Pugh (1955) utilizam livremente os princípios adotados por W. Penck em seus trabalhos sobre aplainamento e recuo paralelo das vertentes em ambiente semiárido. Em seus trabalhos, os referidos autores admitem períodos rápidos e intermitentes de soerguimento crustal, separados por longos períodos de estabilidade tectônica; predomínio da denudação, concomitante com o soerguimento, e empregando o conceito de recuo das vertentes (proposto por Penck), desenvolveram a teoria da pediplanação, processo originário de superfícies aplainadas esculpidas em ambientes semiáridos, os pediplanos, cujas formas residuais são denominadas inselbergs (TINKLER, 1985; CASSETI, 2001; FLORENZANO, 2008). Também na França, Cholley (em 1950), partindo de análise cronológica, distancia-se do procedimento positivista davisiana, inclusive introduzindo conceitos como “dialética das forças” em sistema aberto. Desta forma, aos poucos, os autores da linhagem norte-americana assumem uma atitude mais crítica, contribuindo para a elaboração de outros paradigmas, propondo fatos objetivos (em oposição ao posicionamento subjetivo de Davis) estudados sob a ótica da quantificação, valorizando as relações processuais que aquele havia desconsiderado (CASSETI, 2001).
  • 32. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 32 Para Hack (1960, in FLORENZANO, 2008, p. 26), o relevo é “produto da resistência litológica (e estrutura geológica) e do potencial das forças de denudação”, admitindo as oscilações climáticas. Teoria da pediplanação (Lester King) de acordo com Ross (1991) a teoria da pediplanação, se baseia no princípio da atividade erosiva desencadeada por processos de ambientes áridos e semiáridos com a participação dos efeitos tectônicos, elaboradas ao longo do tempo em diferentes níveis. Nesta teoria, os soerguimentos de caráter epirogenéticos são decisivos. Diferentemente da visão davisiana os estudos de King desenvolveram-se apoiados em áreas de clima árido e semiárido. Essa interpretação apóia-se na teoria de que nas áreas tropicais e subtropicais os climas alteram-se de áridos e semiáridos para quentes e úmidos em contraposição ás áreas e periglaciais em que os climas se alteram em períodos glaciais e interglaciais úmidos”. (Ross, 1991, p.26) O principal ponto desta teoria geomorfológica repousa na formulação do chamado recuo paralelo das vertentes, conceito que se contrapõe a visão de Davis, pois afirma que o processo de erosão ocasiona o recuo das vertentes sem que haja perda de sua declividade ou inclinação de seu “knic”. Conforme (Casseti, 1994, p.42), o processo que envolve o recuo das vertentes é acompanhado de um ajuste isostático: Como se sabe, a crosta interna é constituída de silicatos de magnésio, razão pela qual é conhecida como sima, ao passo que externa, de densidade inferior, é representada por silicatos de alumínio sial […] o sial flutua sobre o sima […] refletindo numa acomodação operada em profundidade. Assim a parte elevada, submetida à erosão, sofre um alívio de carga, que é contrastado pela subsidência gerada pelo material depositado. Essa diferença resulta em acomodação isostática, que por sua vez origina degraus topográficos […] Este processo cria depósitos de sedimentos correlativos que geram pediplanos embutidos. O modelo de King não estabelece um nível de base geral, ao contrário, propõem um nível de base local ou regional sem que necessariamente seja o nível marítimo, o que desconsidera os períodos glaciais e interglaciais no tocante à sua atuação e participação no processo de elevação do nível do mar. Na visão davisiana este processo interferiria bastante nos níveis de erosão local
  • 33. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 33 Pediplanação é o processo que leva, em regiões de clima árido a semiárido, ao desenvolvimento de áreas aplainadas, ou então superfícies de aplainamento. O pediplano desenvolve-se por processo erosivo com regressão de escarpas, típico de climas áridos a semiáridos, com coalescência e expansão de áreas planas do "pé de monte" que apresentam tênue capeamento de material fragmentário (pedimento) e rocha nua na frente de leques aluvionares. Arrasada a região montanhosa, o pediplano amplia-se até sobrarem somente raros testemunhos das zonas mais elevadas na superfície de aplainamento. Segundo a Teoria da Pediplanação são três as formas básicas desenvolvidas por esses processos no semiárido: O Pediplano, o Pedimento e o Inselbergue O Pedimento são superfície de erosão plana, levemente inclinada, entalhada no embasamento, geralmente coberta por cascalhos fluviais. Ocorre entre frontes de montanhas ou vales ou fundo de bacias e comumente forma extensas superfícies de embasamento acima das quais os produtos de erosão retirados das frontes das montanhas são transportados para as bacias. O Pediplanação são processo que leva, em regiões de clima árido a semiárido, ao desenvolvimento de áreas aplainadas, ou então superfícies de aplainamento denominado de Pediplano que são superfície que apresenta topografia plana a suavemente inclinada e dissecada, truncando o substrato rochoso e pavimentado por material alúvio-coluvionar. Quanto ao Insebergue é o termo utilizado para caracterizar relevos residuais que, podendo ser sedimentares, salientam-se em uma planície (pediplano) em paisagem árida ou semi-árida. São originados de um intenso processo erosivo típico de ambientes áridos: a erosão paralela. 3.2 O real significa do Morro do Bom Jesus na paisagem de Caruaru. Um inselbergue é um relevo residual que emerge bruscamente de uma superfície de aplanação. São chamados “montes-ilha” por serem montanhas, serras e colinas que se destacam abruptamente das planuras que os rodeiam de forma que lembram as ilhas no mar. A teoria da Pediplanação afirma que são originados de um intenso processo erosivo típico de ambientes áridos. No Brasil, são comuns inselbergs graníticos ou granitóides este relevo pode ser encontrado na região do sertão nordestino. Por isso, eles são comumente conhecidos como as montanhas do sertão.
  • 34. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 34 3.3 Considerações sobre a rede de drenagem aplicado a identificação de falhas geológicas no município de Caruaru –PE. Rede de drenagem ou rede hidrográfica designa os sistemas naturais ou artificiais capazes de drenar água superficial, em geral proveniente das chuvas; são compostos de canais conectados entre si, e a este conjunto de canais conectados dá-se o nome de rede de drenagem. Pode-se distinguir dois tipos importantes de redes de drenagem: as redes artificiais, construídas nas cidades pelo ser humano, e as redes naturais, compostas pelos rios e lagos. Nessa pesquisa restringe-se ao enfoque natural e sua aplicação ao plano urbano de Caruaru, tendo em vista destacar a drenagem relacionada interferência geológica do tipo falhas de drenagem retangular. Uma superfície qualquer, em particular a superfície terrestre, na sua porção continental e ilhas, pode ser descrita como um conjunto de planos conectados, cada um com uma inclinação diferente. Com relação à ação da gravidade estes planos atuam como "rampas", por onde escoam inicialmente as águas das chuvas. Rampas opostas e conectadas por baixo formam, em sua porção mais baixa, os canais e represas. Rampas opostas e conectadas por cima formam divisores de águas. O escoar das águas na superfície terrestre converge para as partes mais baixas, e um conjunto de rampas com um escoamento central, sempre apresenta uma linha poligonal fechada formada pelos divisores de águas. Essa linha determina os limites de uma bacia hidrográfica. Segundo Antonio Texeira Guerra e Sandra Baptista da Cunha (2001), o relevo terrestre, tendo sido moldado pelas intempéries, inclusive da chuva e dos fluxos de àgua, por milhares de anos, tem sua forma afetada e acentuada pela formação das redes de drenagem natural. Rede de drenagem natural. Segundo ainda os citados autores , é o padrão formado pelas linha de água (rios, barrancos) e lagos numa determinada bacia hidrográfica. São condicionadas pela topografia/declive, clima, litologia, o que resultam em uma classificação de padrão de drenagem (GURRA; CUNHA, Pág.211 a 226): Dendrítica – os ângulos de confluência são variáveis, mas geralmente reduzidos - assemelhando-se aos ramos de uma árvore Retangular – os ângulos de confluência retos, ocorrendo geralmente em rochas duras e sobre falhas geológicas, como são o caso de Caruaru como veremos nos resultados.
  • 35. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 35 Radial – quando os rios correm em direções opostas a partir de um ponto central elevado (situação de um cone vulcânico ou dobra hipertensa). Centrípeta – os rios correm todos para um ponto central onde a água fica acumulada (situação de lagoas). Paralelas – as linhas de água são paralelas e o ângulo de confluência é muito reduzido (ocorre em regiões com um elevado declive). Treliça – alguns rios correm paralelamente porque alterna entre camadas de rocha dura e branda, correndo ao longo da rocha mais branda onde se juntam pequenos tributários que se juntam a eles em ângulos retos. Por vezes podem atravessar as camadas duras perpendicularmente. Anelar – estão dispostos em anéis em torno de um ponto mais alto. Derangem (irregular) – não existe um sistema de drenagem racional nem consistente dos rios e lagos, parecendo uma mistura de vários tipos de drenagem, ocorrendo em regiões onde existiu uma intensa atividade geológica. Figura 18: representação de algumas formas de drenagem citados por Guerra e Cunha (2001). O Planalto da Borborema tem uma drenagem semelhante a drenagem radial, mas na escala menor como é o caso da cidade de Caruaru tem a drenagem do rio Ipojuca no formato retangular o que demonstra a presença de falhas geológicas no terreno urbano e rural. Fonte: Disponível para download em Google.com. Acesso em20/05/2017.
  • 36. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 36 A bacia hidrográfica sempre vao apresenta internamente variações na forma da rede de drenagem e essas se comportam conforme as condições geológicas locais. Geralmente predomina na natureza a forma dendrítica, sendo resultado da interação clima - geologia em regiões com litologia homogênea. Naturalmente a tendência da água na fase terrestre do ciclo hidrológico é de escoar da terra para o mar, organizada em sistemas de drenagem, reflexo principalmente da estrutura geológica local. Na Cartografia a atividade que se apresenta como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, voltam-se para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização classifica os padrões de drenagem, com base mais em critérios geométricos do que genético se que são utilizados por autores como é ocaso de Christofolett (1974) que classificam esses padrões de drenagem podem ser classificados e representados em mapas com as seguinte características: Figura 19: Representação do traçado do rio nos terrenos de acordo comseus aspectos geológicos . Fonte: disponível para download no Google.com. Acesso em20/05/2017.
  • 37. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 37 4. LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO Caruaru é um município brasileiro do estado de Pernambuco, situado na região nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Agreste Pernambucano e à Microrregião do Vale do Ipojuca e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 130 km. Ocupa uma área de 920,611 km², sendo que 16,65 km² estão em perímetro urbano e os 903,961 km² restantes formam a zona rural, e sua população em 2015 é de 347,088 habitantes, sendo o mais populoso do interior pernambucano A sede municipal tem uma temperatura média anual de 22,7 °C e a vegetação predominante é a caatinga, tendo remanescentes de Mata Atlântica em brejo de altitude, localizando-se, neste modo, numa área de transição. Com 90,6% da população vivendo na zona urbana, o município contava com 176 estabelecimentos de saúde em 2009, e o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,677, considerando-se como médio, acima da média estadual, e ocupando a décima primeira colocação no ranking estadual. Figura 20: Vista parcial panorâmica da cidade de Caruaru. Observa-se em primeiro plano uma extensa área plana denominada em geomorfologia de Pediplanos, no horizonte ver-se um extenso alinhamento de morros distribuídos linearmente no sentido Leste –Oeste evidenciando sua localização na borda da grande falha geológica que se relaciona diretamente com a presença dos registros sísmicos na cidade. Trata-se na verdade do Lineamento Pernambucano descrito na literatura geomorfológica com falha de rejeito direcional. Imagem: Commons.2016. Fundado em 18 de maio de 1857, o município começou a tomar forma em 1681, quando o então governador Aires de Souza de Castro doou à família Rodrigues de Sá uma sesmaria com trinta léguas de extensão, com o intuito de desenvolver a agricultura e a criação de gado na região, as terras na época constituíam a Fazenda Caruru. A fazenda foi abandonada pelos seus donatários, só voltando a funcionar em 1776, quando José Rodrigues de Jesus decidiu voltar às terras, após a morte do seu patriarca. Lá, ergueu uma capela dedicada à
  • 38. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 38 Nossa Senhora da Conceição, sendo por conta dessa construção que foi criado um pequeno povoado ao seu redor, mais tarde originando a cidade. 5.METODOLOGIA Nesse projeto de geografia utilizar-se-á inicialmente de um dos Princípios da Geografia denominado da Extensão (Friedrich Raztel -1844-1904), na qual recomenda que o geografo ao estuda um objeto proceda a localização do objeto fazendo uso do método cartográfico, por isso nesse projeto foi acrescentado um item denominado LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO. A explicação das causas dos terremotos adveio de duas ciências da natureza, a Geologia e a Geomorfologia. Na geologia por exemplo é quem possui as bases teóricas para explicar os tremores que ocorrem no mundo na escala maior, no Brasil na escala mediana, e por fim na escala menor no Agreste Pernambucano como é caso da grande falha geológica denominada de Lineamento Pernambuco, especificamente em Caruaru. Especificamente a geologia recorre a conhecimento da teoria cientificas que se relacionam ao campo da a sismologia, são os casos da teoria da Deriva Continental e da teoria das Placas tectônicas. A Teoria da Deriva antecede em conhecimento e anos a teoria mais moderna da Tectônica de Placas. Em outro momento visando alcançar os objetivos desse projeto de pesquisa, se aplicara a técnica de procedimento metodológico do método indutivo, condição em que se primeiro se observa para chegar-se a um princípio geral, que vai da escala maior e geral para menor e particular. Condição na qual obrigatoriamente perpassou por uma ampla revisão bibliográfica de autores que estudaram e pesquisaram Teoria da Placas Tectônica aplicada a ambientes Sísmicos, as análises de falhas geológicas como é o caso da Falha de Rejeito Direcional denominada Lineamento Pernambucano. Utilizou-se para delimitação de escala de análise de relevo a taxonomia de Jurandir Ross, entre outros e o trabalho de levantamento de registro de campo que inclui dados geológicos e registros de imagens. Quanto a aplicação da geomorfologia, seu nessa pesquisa advêm da necessidade de identificar na paisagem e no campo as formas geológicas consequentes da disposição do material geológico, em outras palavras a geologia é a base material estrutural onde os agentes erosivos vão esculturar a paisagem ou o modelado paisagístico natural que a visão alcança. As
  • 39. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 39 formas de relevo desenvolvidas são as relacionadas aos processos de pedimentação aplicados ao semiárido, são os casos das formas: o Pediplano, o Pedimento e o Inselbergue. Quanto a execução optou-se por dividir as etapas da pesquisa em duas partes um relacionado ao levantamento do referencial teórico, onde buscar-se a o entendimento dos processos relacionados a teoria das Placas Tectônicas desenvolvida no final dos anos 60, por Robert Palmer e Donald Mackenzie na qual se aplica a elucidação de fenômenos dinâmicas relacionados a crosta terrestre especificamente a ambientes sísmicos. Não haverá técnicas de mensuração de sismos, uma vez que esse procedimento já vendo realizado pelo LabSis UFRN (laboratório de sismologia da universidade do Rio Grande do Norte), mas sim um levantamento dos dados dos sismos registrados. Com esse levantamento haverá possibilidade de plotar os dados em mapas, analises e construção de resultados. Em outro momento denominado complementar, visando fazer em face de caracterização dos aspectos geológicos das falhas geológicas, evidencias diretas da sismologia em Caruaru se utilizou-se do software gratuito disponível na rede de internet denominado Google Earth, do grupo Google, o método foi extremamente eficiente quando aplicados a técnicas de campo citados por Lucivanio Jatobá. Algumas técnicas da cartografia também foram aplicadas a essa pesquisa, como por exemplo uso mapas e modelos esquemáticos e imagens aéreas, usos de imagens disponível na rede de internet e imagens do banco de dados do autor.
  • 40. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 40 6.RESULTADOS Considerando as afirmações de Suguio (2001) ao lembrar Obruchev quando em 1948 propôs o termo neotectônica para designar os movimentos terrestres ocorridos no Terciário tardio ao Quaternário, que teriam desempenhado um papel essencial na configuração topográfica brasileira, ao considerar que, no Brasil, a neotectônica deva abranger o intervalo de tempo geológico a partir da intensificação dos processos da deriva continental (após metade do Terciário) até hoje, com manifestações geológicas restritas ao ambiente tectônico de intraplacas. Segundo Suguiu a datação da temporalidade Hasui propõe que seja no início da Formação Barreiras em torno do Moiceno médioa 12Ma, possa balizar o advento do neotectônica no Brasil. Desso modo pode-se afirmar que essa datação é a que se atribui ao noectotonismo do Lineamento de Pernambuco 6.1 O Lineamento de Pernambuco Como foi explicado na revisão de estudo, as teorias que responde a explicar a origem, causas e consequência de tremores na superfície da Terra se materializa na Teoria da Deriva Continental proposta por Alfred Wegener (1880-1930) e na Teoria da Tectônica de Placas desenvolvida por diversos autores. Nesse contexto geológico e as condições sísmicas a qual Caruaru se encontra, não se refere a grande escala de eventos relacionados aos terremotos, uma vez que os tremores que ocorre nessa cidade são de pequena escala de sismicidade e de temporalidade espaçadas para ocorrência de tremores significativos ou de 3° na escala Richter. Entretanto é preciso lembrar que a dinâmica da Terra é continua e a ocorrência de tremores e constante e diária no tempo e no espaço. Isso significa dizer que terremotos são uma constante. Quanto a Caruaru esses tremores têm relação com a presença de movimentos sísmicos em umas falhas geológicas antiga continental denominada Lineamento de Pernambuco. Segundo Suguiu com base em pesquisas de diversos autores houve uma sequência de acontecimentos em escala temporal e espacial que se manifestou na Plataforma Brasileira de modo que a mesma foi afetada por deformações neotectônica cenozoicas em toda sua extensão. Essas deformações aproveitaram, em geral, linhas de fraqueza herdadas das deformações
  • 41. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 41 pretéritas embora tenha sido originada novas estruturas, daí o termo “tectonismo ressurgente”. O Resultado final é expresso por compartimentação em unidades neotectônicas delimitadas por descontinuidade crustais definidos que resultam da reativação, em geral sob regimes transcorrentes, de lineamentos pré-cambrianos mais expressivos. Os prolongamentos continentais desses lineamentos oceânicos teriam tido participação importante nas manifestações neotectônicas, essas em geral, uma relação facilmente reconhecível entre a estruturação neotectônica e a dinâmica crustal, representada pela sismicidade atual; e que no geral, verifica-se a predominância de esforços compressivos de direção NW-SE, com variações para E-W e N-S. Figura 21: Observa-se em tom rosa mancha que representa um mapa dos contornos limites do estado de Pernambuco. Os traçados em cor preta são as falhas geológicas secundarias, a linha em cor branca estendida no sentido Leste-Weste a falhas primária ou Lineamento de Pernambuco. Os pontos na cor vermelha as cidades onde foram registrados pequenos sismos. Fonte: Google.com.2016. O Lineamento de Pernambuco trata-se na verdade uma falha secundaria em relação ao sistema global tectônico. Essa falha geológica é do tipo normal é um dos mais importantes aspectos da Geologia Estrutural do Nordeste Oriental. O Lineamento de Pernambuco. Possui um cumprimento de aproximadamente 750 km, tendo uma direção geral E-O, e tem cerca de 12 quilômetros de profundidade. A falha geológica se inicia nas dorsais do Oceano Atlântico, na cadeia de montanhas submersas (Dorsal Atlântica), e adentra o continente após o Recife, passando por municípios como Pombos, Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Pesqueira, terminando
  • 42. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 42 em Arcoverde. Um outro setor ressurge em Floresta e vai até Ouricuri, no Sertão do Araripe, quase na divisa com o Piauí. É a mesma origem dos tremores Belo Jardim, no Agreste. Nessa condição geológica se caracteriza pela presença de uma extensa falha de rejeito direcional. (JOTOBÁ; LINS, 2008). Figura 22. Na figura acima elucida a localização epicentral. Na cor verde contorno da região Nordeste, em cor azul claro as aguas oceânicas, os traços retos na região azul escuro elucidam as grandes falhas geológicas oceânicas associadas a origem do Lineamento Pernambucano. O epicentro na figura acima é representado pela estrela vermelha. São mostradas também as estações de São Pedro e São Paulo, em vermelho, e Riachuelo, em azul. Fonte: Mapa no GoogleErth, 2017. Falha Geológica ou de rejeito direcional é a ruptura ou cisão de um bloco de rochas ou faixas estreitas da superfície que é responsável pelo deslocamento de suas partes. O acúmulo de energia e a eventual liberação desta em zonas de falhas geológicas é um dos fatores responsáveis pela ocorrência dos terremotos. Esse fenômeno geológico surge em função da pressão aplicada por uma força, geralmente as placas tectônicas, em que a pressão exercida excede a capacidade de resistência e plasticidade das camadas rochosas, provocando a sua cisão ou ruptura, podendo gerar também algumas pequenas fraturas em seu entorno. Quanto aos seus tipos de falha geológica variam conforme os critérios utilizados em sua classificação. Na presente Geologia elas são tipificadas em três diferentes formas: normal, reversa e transcorrente como mostramos anteriormente na Figura 5, 6 e 7.
  • 43. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 43 Segundo LabSis/UFRN o Lineamento Pernambuco (LP) é uma zona de cisalhamento de centenas de quilômetros de comprimento e ~ 5 km de largura, apresenta reativação em sua zona milonítica principal, de direção EW, e em suas ramificações de direção NE. Nessas falhas. A sismicidade nesta área é conhecida desde o início do século XX. As falhas que determinam esta sismicidade coincidem com falhas que reativam a foliação milonítica. Figura 23: Mostra de rochas metamórficas cristalino tipo milonitica caracterizada por foliação milonítica na forma de estreitas faixas cataclásticas, localizadas nas margens da BR 232 na cidade de Caruru-PE Fonte: Natalício de Melo.2016. Ainda segundo o LabSis/UFRN Em áreas como a de Caruaru, por exemplo, dados sismológicos e estruturais mostram forte correlação entre o mecanismo focal da falha sismogênica e a orientação predominante do pré-cambriano. As falhas profundas formam pares conjugados transcorrentes de orientação NW-SE dextrais e NE-SW sinistrais e, por vezes estão preenchidas por epídoto e/ou veios de quartzo. As falhas rasas são representadas por cataclasitos, brechas de falhas, gouge e por falhas preenchidas por óxido/hidróxido de Fe e pseudotaquilitos. As falhas rasas reativam as falhas dextrais NW-SE, bem como a foliação milonítica na forma de estreitas faixas cataclásticas. A reativação do fabric pré-cambriano indica que as zonas de cisalhamento agem como zonas de fraqueza e foram reativadas em diferentes níveis crustais.
  • 44. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 44 Figura 24: A figura acima mostra como provavelmente ocorre o movimento geológico que vem ocorrendo no Lineamento de Caruaru uma combinação de falha normalmente com deslocamento de bloco e direccional. A faixa na cor cinza representa a área de concentração do LP e consequente a sismicidade Fonte: LabSis/UFRN.2012. Um leigo que se depare com a paisagem panorâmica de Caruaru (Figura 21) certaen vai admirar a beleza da paisagem e enaltecer o notório processo de verticalização da paisagem que se materializa na forma de edifício. Porém na percepção mais aguçada de um geólogo ou um geomorfológo vai ficar notório a presença dos elementos que formam a falhas geológica que pertence ao morfoestrutura maior denominada Lineamento de Pernambuco. Figura 25: Vista paisagística de Caruaru. Nota-se claramente em primeiro plano uma grande área plana onde se desenvolveu com mais veemência o processo urbano, essa primeira parte desse conjunto paisagístico e denominado espelho de falhas do ponto de vista geológico. Na verdade, do ponto de vista da geomorfologia essas áreas planas presente no semiárido um grande pediplano. Em segundo plano ver-se uma área elevada permeada por “serras’ que na verdade são escarpas de falha. As escarpas elevadas é o segundo elemento de uma falha geológica.
  • 45. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 45 6.2 Elementos teóricos a ser considerados na identificação de Falhas geológicas aplicados à Caruaru Segundo Lucivânio Jatobá (2008) a identificação de falhas e fraturas é feita mediante a observação de cartas topográficas, cartas imagem de radar, imagem de satélites e fotografias aéreas pancromáticas. O exame de uma carta topográficas ou de um mapa com a rede de drenagem pode revelar o controle tectônico sobre os rios. A autora ainda afirma que, há diversos padrões de drenagem é feita tomando por base as suas características maiores, tais como: grau de integração, densidade, grau de uniformidade, orientação, grau de controle, singularidade e ângulos de juntura. Dessas características, são importantes, para a identificação de falhas e fraturas as seguintes; a) orientação: diz a respeito aos aspectos direcionais do padrão de drenagem que se sobrepôem àquela de deflúvio normal; b)angularidade: refere-se às variações bruscas de direção dos cursos d’água, compondo um padrão de drenagem retangular; c)ângulos de juntura: são ângulos reetos formados entre rios e seus afluentes. Quando o ângulo de jutura é agudo, não há presença de falhas na área. 6.3 Aplicação das tecnicas com uso de imagens do Google Erth das urbanas e rurais. Essa imagem de aerea de Caruaru por ter sido tirado tendo como o fundo o horizonte Norte é possivel notar com muita precisão a principal morfoestrutura geologica relacionada a sismicidade presente em Caruru. Trata-se do Lineamento de Pernambuco. Na verdade esse lienemaneto de Pernambuco tem 700 km de extensão e cerca de 12 ou mais quilômetros de profundidade. Começa no Oceano Atlântico, na cadeia de montanhas submersas (Dorsal Atlântica), e adentra o continente após o Recife, passando por municípios como Pombos, Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Pesqueira, terminando em Arcoverde. Observa-se nitidamente na iamgem um extenso perfil de reto elucidado pelo traçado em cor amarela que separa o plano urbano e o inicio do complexo de rampa que compoe as escarpas de falhas que compoe a falha maior morefoestrutural deonominada Lineamento de Pernambuco. Esse plano maior e exstenso que compoe a maior parte da paisagem e composto de pediplano,que são as áreas mais planas, por sua vez os pedimentos que não são vistos nessa
  • 46. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 46 escala são as ondulações do terrenos que se inclinam aos talvegue do Rio Ipojuca que secciona todo o plano urbano de Caruaru. Figura 26: Imagem realçada tomada em ângulo cerca de 45 graus da cidade de Caruaru a cerca de 500 metros. Observa-se em primeiro plano um extenso pediplano. O relevo elevado em formato de cone é o um inselbergue forma de relevo elevado que exaltada em um pediplano. Fonte: Paulo C. Carneiro Kémmer.2010. Essa observação recomendada por Lucivânio Jatobá (2008) de identificação de falhas e fraturas é feita mediante a observação de cartas topográficas, cartas imagem de radar, imagem de satélites e fotografias aéreas pancromáticas, mostraram-se positivas, sendo que o método aplicado foi o uso do software GoogleErth. Quanto as angularidade que o autor se refere-se nas tecnicas como variações bruscas de direção dos cursos d’água, compondo um padrão de drenagem retangular, foi possivel obervar nas imagem do gooogle erth nas Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W o traçado indicador das falhas. Esses traçados retos que elucida a drenagem do rio Ipojuca entre o plano urbano de Caruaru, são indicadores das falhas geológicas presentes no terreno. Normalmente o rio possui um determinado Padrão de drenagem: Também conhecido como rede de drenagem, esse aspecto ou formato apresenta o traçado do conjunto dos talvegues de uma bacia hidrográfica. Este padrão ou desenho está intimamente relacionado
  • 47. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 47 a características geológicas e geotectônicas da área, sendo, portanto, importante elemento diagnóstico e interpretativo de um rio. 6.4 Uso de imagens de satelites do softwere GoogleErth na identificação de Falhas geológicas em área urbanas e rurais de Caruaru No caso especifico de Caruaru em que seu plano urbano e sobre a bacia do ipojuca tem sua rede de drenagem retangular o que elucida que o terreno está sujeito a região de falhas geológicas menores controladas sob dinâmica secundaria da falhas maior denominada Lineamento de Pernambuco. Figura 27: Representação esquemática do comportamento de um traçado de rio em ambientes de terrenos dominado por falhas geológicos.Fonte: Google.com.2017. Figura 28: Ver-se plano urbano de Caruaru no seu núcleo mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente emárea de drenagemretangular oriundo de alterações geológicas no terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em20/05/2017. Arte: Natalicio de Melo. 2011.
  • 48. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 48 Na regra geral um rio se comportam no seu traçado de forma sinuosa e reta, esse comportamento hídrico decorre porque raramente seu traçado se dar em conformidade com a dureza dos terrenos resultantes de sua composição geológica e agentes erosivos atuantes como é caso do próprio no curso de sua drenagem, porém quando esse padrão sinuoso e quebrado rio, e se estabelece na forma de ângulos retos torna-se um indicador de falhas geológicas, que em tempo são indicadores de ação geológicas de falhas e pontos de registros de sismicidade pretéritas e atuais reinantes. Figura 29: Ver-se que o plano rural presente em Caruaru ao longo do Rio Ipojuca, se comporta de forma geológica semelhante ao no seu núcleo urbano mais central. A linha vermelha paralelo ao reto rio Ipojuca elucida o traçado reto incomum presente em área de drenagem retangular oriundo de alterações geológicas no terreno na forma falhas geológicas. Coordenadas Geográficas 8° 28’S e 35°97’ W. Fonte: GoogleEarth. Acesso em 20/05/2017. Arte: Natalicio de Melo. 2011. 6.5 Tremores em Caruaru Como se observa na tabela 1 de sismos de Caruaru que apontou um total de 32 registros, sendo o primeiro registro datado de 1967 e o ultimo no ano de 2016, todos apontados pelo jornal Vanguarda que detém a maioria do crédito dos registros. Observa-se ainda ver-se que 9, dos registros os tremores ocorrem na escala que situam entre 2° e 2.9°graus, enquanto que 29 foram na faixa que vai de 3.1°a 3.9° graus; e apenas 1 na faixa de 4° graus, dessa forma ver-se que os tremores diminuem progressivamente conforme aumenta a magnitude estabelecido na tabela (Registro de Sismo no mundo).
  • 49. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 49 REGISTRO DE SISMICIDADE NA CIDADE DE CARUARU-PE MENSURADOS NA ESCALA RICHTER DATA MAGNITUDE FONTE MENSURAÇÃO Total GRANDEZA 21/01/1967 3.8° Vanguarda 01 Ligeiro 29/01/1970 3.9° Vanguarda 02 Ligeiro 20/10/1974 3.6° Vanguarda 03 Ligeiro 04/05/1983 3.0° Vanguarda 04 Ligeiro 07/05/1983 3.5° Vanguarda 05(1/2) Ligeiro 16/12/1983 3.5° Vanguarda 06(2/2) Ligeiro 08/11/1984 3.8° Vanguarda 07 Ligeiro 08/10/1993 3.4° Vanguarda 08 Ligeiro 01/05/2000 3.2° Vanguarda 09 Ligeiro 28/05/2002 3.2° Vanguarda 10 Ligeiro 29/05/2002 2.3º Vanguarda 11 Ligeiro 20/06/2002 3.5° Vanguarda 12 Ligeiro 2002 3.9° Wikipédia 13 Ligeiro 08/01/2003 3.8° Wikipédia 14 Ligeiro 20/05/2006 4.0° Vanguarda LabSis/UFRN 15(1/2) Moderado 28/06/2006 3.1° Pe360graus.com LabSis/UFRN 16(2/2) Ligeiro 20/02/2007 3.9° Galileu, n.187 LabSis/UFRN 17(1/2) Ligeiro 30/06/2007 3.5° G1.Caruaru LabSis/UFRN 18(2/2) Ligeiro 23/02/2009 3.3° G1.Caruaru LabSis/UFRN 19(1/3) Ligeiro 25/11/2009 2.1° G1.Caruaru LabSis/UFRN 20(2/3) Pequeno 27/11/2009 2.4° G1.Caruaru LabSis/UFRN 21(3/3) Pequeno 26/03/2010 2.4° G1.Caruaru LabSis/UFRN 22 Pequeno 17/11/2011 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 23 Pequeno 18/02/2012 1.8° G1.Caruaru LabSis/UFRN 24(1/2) Pequeno 29/03/2012 3.1° G1.Caruaru LabSis/UFRN 26(2/2) Ligeiro 04/02/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 27(1/5) Pequeno 03/03/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 28(2/5) Pequeno 02/07/2015 2.0° G1.Caruaru LabSis/UFRN 29(3/5) Pequeno 25/07/2015 3.3° G1.Caruaru LabSis/UFRN 30(4/5) Ligeiro 05/11/2015 2.2° G1.Caruaru LabSis/UFRN 31(5/5) Pequeno 23/03/2016 3.8° G1.Caruaru LabSis/UFRN 32 Ligeiro Tabela 2: Registro de sismicidade de Caruaru. Autor: Natalício de Melo rodrigues.2017 6.6 Analise dos tremores registrados em Caruaru Antes de descrever os dados sismológicos de Caruaru convém comentar um pouco a frequência de ocorrência de terremotos conforme a escala Richter e sua aplicação teórica no que diz a respeito as escalas em que os fenômenos sísmicos ocorrem. A análise dessas escalas e de fundamental importância para entendimento da real condição geológica relacionada a sismicidade. As escalas que serão consideradas nessa pesquisa e sua comparação com a sismicidade de Caruaru são
  • 50. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 50 a) Escala de magnitude refere-se à ordem de grandeza do terremoto na escala Richter; essa escala faz consideração de magnitude usando números que vai da menor 1 para o sismo de menor magnitude, e o valor 9 para os tremores de maior magnitude topo da escala. b) Escala de registros que se refere a ordem de quantidade de terremotos ocorridas no mundo; mede quantos terremotos já foram registrados até os dias de hoje, faz separando o grau de grandeza de cada sismo. c) Escala de ocorrências: faz considerações temporais, se a forma de manifestação do fenômeno se ocorre diariamente, mensalmente ou anualmente. Considerando os paramentos citados e aplicados a realidades dos registros sismológicos de caruaru como visto na tabela 1, observa-se que a maioria dos tremores ficam situados na faixa de 3°a 3,9° que segundo a escala Richster é considerado ligeiro, esse total é de 22 tremores, portanto a maioria numéricas dos dados. REGISTROS DE SISMOS EM CARUARU Magnitude Grandeza Registros total 2 a 2,9 Pequeno 09 3 a 3,9 Ligeiro 22 4 a 4,9 Moderado 01 5 a 5,9 Forte - 6 a 6,9 Grande - 7 a 7,9 Importante - 8,0+ Forte - Tabela 3.Registro de sismos em Caruaru-PE. Autor: Natalício de Melo Entretanto esses dados isolados por si so não traduzem muito bem o entendimento dos fenômenos sísmicos. E preciso fazer outras considerações e cruzamento de dados para tentar entender o que de fato esses números representam em termos de sismicidade e condições geológicas de Caruaru.
  • 51. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 51 Figura 30: Representação dos tremores na forma gráfica evidencia melhor os tremores. As esferas grandes representam os grandes terremotos na escala 9.0, as esferas menores os terremotos de menor dimensão, observa-se que os tremores que ocorrem em Caruru oscilam entre 2,0 a 3,9 são insignificantes quando se compara a escala maior, dessa forma não oferece pelo menos em tese riscos significantes. Fonte: Revista veja. Para entender e construir uma análise foi necessário construir tabelas e cruzamento de dados entre as tabelas e comparar com os postulados teóricos relacionados traduzidos em números. Assim, considerando a escala de magnitude primeiramente (Tabela 1), primeira coluna da esquerda, ver-se que os tremores situados na faixa de 3° a 3,9° que compõe a maioria das ocorrências sismológicas registradas em Caruaru (tabela 1) faz parte de um universo de do Tipo ligeiro, frequentemente sentido num universo de 1(um) registro para cada 130.000 ocorrências em todo planeta (tabela 2), portanto em tese algo que não se deve preocupar, desde que as ocorrências continue nesse patamar estatístico. ESCALA DE MAGNITUDE E FREQUENCIA DOS REGISTROS DE SISMOS MAGNITUDE REGISTROS TIPO EFEITO 2 a 2,9 1.300.000 Pequeno Captado por sismógrafo 3 a 3,9 130.000 Ligeiro Frequentemente sentidos 4 a 4,9 13.000 Moderado Tremor de objetos e ruídos 5 a 5,9 1.319 Forte Danos leves em construções 6 a 6,9 134 Grande Destruição em área habitadas 7 a 7,9 15 Importante Danos graves 8,0 + 1 Forte Devastação em quilômetros Tabela 4: Escala de Magnitudes e Frequência de Registro de Sismos. Fonte;Richards.J; Simkins. E.2013.
  • 52. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 52 Portanto se deve levarmos em consideração quando se compara os números de sismo ocorridos em Caruaru, e que os quantitativos são bem menores e relativamente pouco frequente, o que denotam que embora apresente tendência nos números o quantitativo é extremamente baixo, ou seja de cada 1.300.000 tremores na escala de 2° e 2,9°, apenas 9 tremores foram registrados em Caruaru. Por outro lado, na escala que varia de 3° e 3,9° considerados com ligeiros onde registrou-se 130.000 no mundo foram observados em Caruaru um total de 22, Por fim os tremores considerados moderados que varia de 4 a 4,9 foram vistos em Caruaru apenas 01 dos 13.000 já registrados até agora em todo planeta. Os tremores - que dois (-2) ocorrem cerca de 8.000 por dia em todo mundo, mas são imperceptíveis, e também ocorrem em Caruaru. Um outro fator que se deve levar em importância diz a respeito da ocorrência que no caso de Caruaru são frequentes como são os casos dos tremores do tipo 1°, 2° e 3° graus, que por serem pouco perceptível pela população esconde a dinâmica do planetária a qual estamos submetidos. Uma demonstração dessa dinâmica diária foi noticiada pelo G1 Caruaru e Região no dia 25/02/2016 quando elucidou que a falha geológica denominada Lineamento de Pernambuco (LP) vem sendo ativada há pelo menos 32 anos e que já havia causa do cerca de de quase 500 tremores em apenas ter dias (Figura. Figura 31: Recorte Print Scren da tela do site G1. Fonte: G1.Grupo Glogo.2016.
  • 53. A Evidencia da Dinâmica Sísmica no Município de Caruaru –PE com uso do Google Earth 53 Quanto ao tremor de nível 4° embora na Tabela apareça na condição diária e mais comum em áreas de Placas Tectônicas ativas onde se situam choques e divergências de placas mais recentes datada do Período Terciário o que não é o caso de Caruaru. Nível Descrição Ocorrência Atingindo a População Movimento 1 Pequeno Diariamente A cada minuto Pequeno 2 Pequeno Diariamente A cada hora Pequeno *3 Pequeno Diariamente Diariamente Pequeno 4 Pequeno Diariamente Diariamente Moderado 5 Moderado Mensal Década Forte e repentino 6 Moderado Mensal Em 30 anos Forte e repentino 7 Principal Mensal Em 80 anos Severo e repentino 8 Grande Anual Em 100 anos Muito forte 9 Grande Anual Em 300 anos Muito forte 10 Super Raro Em 1000 anos Extremo Tabela 5:Tabela de registros de ocorrência e movimento sísmico. Futor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2017. Fonte:Jon Richards; Ed.Simkins, 2013. Caruaru se situa em uma borda de falhas geológica, ou ainda no plano de falhas do Lineamentos de Pernambuco (LP), esse lineamento por sua vez faz parte de uma estrutura maior denominada Planalto da Borborema, o Planalto da Borborema por sua vez é parte integrando de uma megaestrutura geológica denominada Planalto Central Brasileiro. Esse Planalto Central Brasileiro se situa-se em Placa tectônica denominada com o nome de Placa Sul-americana antiga cristalina e distante das zona de grandes tremores o que garante do ponto de vista geológico uma certa estabilidade geológica e sem muito probabilidade de um grande terremoto desastroso. Conforme os dados históricos dos registros de sismos obtidos da pesquisa, observa-se que as atividade sísmica em Caruaru mais antiga teriam ocorrido no ano de 1835, mas a maioria dos eventos registrados são sismos ocorridos ao longo do século XX e XXI(Tabela 4 e 5). Nos séculos XX(Tabela 4) por exemplo há um total de 8, e no século XXI (Tabela 5) o total foi de 24. A série de tremores (enxame sísmico) de maior impacto ocorreu em janeiro de 1967 causando pânico e mudança de cidade entre alguns moradores, embora o tremor de maior magnitude (dia 21/01) só tenha alcançado a magnitude 3.8.