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Transposição do Rio São Francisco
Impactos positivos
1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.
2. Geração de cinco mil empregos durante a construção da obra (quatro anos),
sobretudo nas cidades onde serão implantados os canteiros de obras.
Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em
termos de geração de empregos.
3. Aumento a renda e o comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá
grande incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os
canteiros de obra. Em longo prazo, a elevação do emprego e renda virá da
agricultura irrigada e da indústria que serão consequência da transposição.
4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de
sistemas de abastecimento urbanos já implantados, em implantação ou em
planejamento pelas autoridades locais.
5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a
construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão
inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento
adequado.
6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos,
baixa produtividade no campo e desemprego rural. 340 mil pessoas seriam
beneficiadas, sobretudo na Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do
Jaguaribe (29%).
7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas.
Podem-se viabilizar de acordo os estudos realizados, aproximadamente,
161.500 hectares, em 2025, sendo 24400 hectares para irrigação difusa ao
longo dos canais e 137.100 hectares, para irrigação planejada.
8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será
beneficiada com as águas do São Francisco.
9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.
10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada
ou pela falta de água. Estima-se que baixará em cerca de 14.000 o número
de internações provocadas por doenças de associação hídrica no ano de
2025 de uma previsão de 53 mil na ausência do projeto.
11. Redução da pressão na infraestrutura de saúde devido à diminuição
dos casos de das doenças trazidas pelas águas impróprias.
Por que eu sou a favor?
Irá beneficiar muitas pessoas que vivem na seca no norte do país e no mais
irá desenvolver toda a região. É claro que irá beneficiar também os grandes
latifundiários, mas também irá trazer emprego para muita gente que hoje vive
com menos de R$ 50,00 reais por mês. Se não fosse um bom projeto, não
teria sido aprovado por vários órgãos federais, estaduais, municipais e
ONGs.
Esse é um tema polêmico, mas a porcentagem da água desviada para outros
estados é pouca em relação ao volume total do rio.·.
Impactos negativos
1. Prejudicarão a fauna e a flora.
2. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos
trabalhadores ao término das obras.
3. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a
população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos
distintos dos existentes, a alteração dos volumes de água nos rios receptores
promoverá uma seleção das espécies. Peixes e outros organismos aquáticos
são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias
hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento
da história da região.
4. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas
nativas nas bacias receptoras. A seleção entre as espécies exóticas e
nativas das regiões receptoras pode impactar na redução de espécies
nativas.
5. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das
obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às
desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os
canais, imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao
término da obra, a dispensa de trabalhadores podem ser focos de conflito.
6. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterarão o
modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são
muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas
comunidades.
7. Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas
etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis.
8. Pressão na infraestrutura urbana nas cidades que irão receber os
trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde. O
aumento do nível dos reservatórios pode provocar doenças relacionadas à
água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das
obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis.
9. A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em
risco de perda deste patrimônio devido às escavações, nas áreas a serem
inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será
aumentado.
10. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível
desaparecimento do habitat de animais terrestres habitantes destas regiões.
As espécies da flora mais relevantes são Caatinga Arbórea e a Caatinga
Arbustiva Densa.
11. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região,
como piranhas e pirambebas, que se alimentam de outros peixes e se
reproduzem em água parada.
12. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução biodiversidade
de peixes.
13. Alguns rios não têm capacidade para receber o volume de água projetado,
inundando os riachos paralelos.
Por que eu sou contra?
A capacidade de abastecimento de água gerado pelas nascentes e afluentes
do velho Chico, não é como uma torneira que abrimos e fechamos conforme
nossa vontade ou necessidade. Todo o equilíbrio natural presente em
milhares de quilômetros na margem que serão expostas pelo recuo das
águas serão diretamente afetado, causadas pelo volume de águas retiradas
do rio para abastecer outro e, em cadeia, afetará todo o ecossistema
presente no rio.
Este é um dos problemas que trará a transposição do Velho Chico.
Observação
Sou a favor, desde o momento em que a transposição do Velho Chico seja
realmente para matar a sede do pessoal no agreste. Sou contra, a partir do
momento em que a transposição, seja uma coisa eleitoreira.
Veja bem, apenas 10% das águas do São Francisco é utilizado, o restante é
desaguado no mar, porque então não fazer a transposição?
O que nos deve preocupar é o fato de que essa transposição talvez possa
auxiliar apenas aos grandes fazendeiros, deixando os sertanejos com
apenas os sonhos de nuvens de chuva.
Alguns canais da transposição estão abandonados sendo tomado pela
vegetação e pela erosão.
“Sou a favor da transposição mais sou contra da maneira como está
acontecendo.” – Joana D’arc.

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  • 1. Transposição do Rio São Francisco Impactos positivos 1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios. 2. Geração de cinco mil empregos durante a construção da obra (quatro anos), sobretudo nas cidades onde serão implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em termos de geração de empregos. 3. Aumento a renda e o comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá grande incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os canteiros de obra. Em longo prazo, a elevação do emprego e renda virá da agricultura irrigada e da indústria que serão consequência da transposição. 4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de abastecimento urbanos já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais. 5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado. 6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural. 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudo na Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%). 7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas. Podem-se viabilizar de acordo os estudos realizados, aproximadamente, 161.500 hectares, em 2025, sendo 24400 hectares para irrigação difusa ao longo dos canais e 137.100 hectares, para irrigação planejada. 8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será beneficiada com as águas do São Francisco. 9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo. 10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de água. Estima-se que baixará em cerca de 14.000 o número de internações provocadas por doenças de associação hídrica no ano de 2025 de uma previsão de 53 mil na ausência do projeto. 11. Redução da pressão na infraestrutura de saúde devido à diminuição dos casos de das doenças trazidas pelas águas impróprias. Por que eu sou a favor? Irá beneficiar muitas pessoas que vivem na seca no norte do país e no mais irá desenvolver toda a região. É claro que irá beneficiar também os grandes latifundiários, mas também irá trazer emprego para muita gente que hoje vive com menos de R$ 50,00 reais por mês. Se não fosse um bom projeto, não teria sido aprovado por vários órgãos federais, estaduais, municipais e ONGs.
  • 2. Esse é um tema polêmico, mas a porcentagem da água desviada para outros estados é pouca em relação ao volume total do rio.·. Impactos negativos 1. Prejudicarão a fauna e a flora. 2. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras. 3. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos distintos dos existentes, a alteração dos volumes de água nos rios receptores promoverá uma seleção das espécies. Peixes e outros organismos aquáticos são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da história da região. 4. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras. A seleção entre as espécies exóticas e nativas das regiões receptoras pode impactar na redução de espécies nativas. 5. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os canais, imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao término da obra, a dispensa de trabalhadores podem ser focos de conflito. 6. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterarão o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades. 7. Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis. 8. Pressão na infraestrutura urbana nas cidades que irão receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde. O aumento do nível dos reservatórios pode provocar doenças relacionadas à água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis. 9. A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em risco de perda deste patrimônio devido às escavações, nas áreas a serem inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será aumentado. 10. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível desaparecimento do habitat de animais terrestres habitantes destas regiões. As espécies da flora mais relevantes são Caatinga Arbórea e a Caatinga Arbustiva Densa. 11. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região, como piranhas e pirambebas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em água parada.
  • 3. 12. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução biodiversidade de peixes. 13. Alguns rios não têm capacidade para receber o volume de água projetado, inundando os riachos paralelos. Por que eu sou contra? A capacidade de abastecimento de água gerado pelas nascentes e afluentes do velho Chico, não é como uma torneira que abrimos e fechamos conforme nossa vontade ou necessidade. Todo o equilíbrio natural presente em milhares de quilômetros na margem que serão expostas pelo recuo das águas serão diretamente afetado, causadas pelo volume de águas retiradas do rio para abastecer outro e, em cadeia, afetará todo o ecossistema presente no rio. Este é um dos problemas que trará a transposição do Velho Chico. Observação Sou a favor, desde o momento em que a transposição do Velho Chico seja realmente para matar a sede do pessoal no agreste. Sou contra, a partir do momento em que a transposição, seja uma coisa eleitoreira. Veja bem, apenas 10% das águas do São Francisco é utilizado, o restante é desaguado no mar, porque então não fazer a transposição? O que nos deve preocupar é o fato de que essa transposição talvez possa auxiliar apenas aos grandes fazendeiros, deixando os sertanejos com apenas os sonhos de nuvens de chuva. Alguns canais da transposição estão abandonados sendo tomado pela vegetação e pela erosão. “Sou a favor da transposição mais sou contra da maneira como está acontecendo.” – Joana D’arc.