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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM – AEB
FACULDADE DO BELO JARDIM – FBJ
JOSENILDO ODILON DE LIMA
PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:
O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NORIACHO DOCE
NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE
BELO JARDIM – PE
NOVEMBRO - 2015
2
JOSENILDO ODILON DE LIMA
PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:
O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE
NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE
Trabalho de conclusão do curso de
Licenciatura Plena em Geografia da Faculdade
do Belo Jardim, FBJ em cumprimento aos
requisitos avaliativos para obtenção da
graduação em Geografia
Orientador: Prof Dr. Natalício de Melo
Rodrigues
BELO JARDIM – PE
NOVEMBRO - 2015
3
AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM – AEB
FACULDADE DO BELO JARDIM– FBJ
JOSENILDO ODILON DE LIMA
PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:
O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE
NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE
BANCA EXAMINADORA:
Defendida e aprovada em ____/____/_____
______________________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues
______________________________________________________________
1º Examinadora: Profª. Ms. Lindhiane Costa de Farias
______________________________________________________________
2º Examinadora: Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva Chaves
4
Aos meus pais, Odilon Felix e Maria J. Dantas a
minha esposa, Lucrecia Delgado, a minha filha,
Libna Delgado Dantas de Lima, e a todos os
meus irmãos (es) e demais parentes e amigos e
a toda sociedade a que devo contribuir com a
minha formação acadêmica.
Dedico
5
AGRADECIMENTOS
A Deus o criador do universo e todas a coisas, a minha família e a todos que
de alguma forma ajudaram-me.
Aos professores que me conduziram, nesta jornada acadêmica, de maneira
especial ao orientador da pesquisa o Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues. As
Professoras, Ms. Lindhiane Costa de Farias, Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva
Chaves, e aos demais professores da faculdade que contribuíram para minha
formação de licenciado.
Aos amigos (as) de sala de aula do curso de Geografia que durante os quatro
anos de convivência nesta instituição, e também aos demais alunos, ex- colegas de
turma que por motivos diversos não concluíram este curso, e pôr fim a todos os
funcionários que fazem parte desta Faculdade que de alguma forma direta ou indireta
também contribuíram.
6
A sabedoria não depende da razão e da
memória, mas da maturidade, da pureza e da
perfeição da personalidade de cada um.
(Franz Bardon)
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Erosão no Rio Jaguari Bragança Paulista – 2015 .......................... 17
Figura 02 Erosão eólica deserto de Chang giHui. China ................................ 18
Figura 03 Erosão glacial Noruega na geleira de Briksdal- 2015 ..................... 19
Figura 04 Erosão marinha,no litoral Norfolk na Inglaterra.-2015 .................... 20
Figura 05 Erosão pluvial, encosta na Zona da Mata- Pernambuco- 2015 ...... 21
Figura 06 Erosão fluvial Rio Colorado nos Estados Unidos- 2015 ................. 22
Figura 07 Erosão e Transporte fluvial, Guarapuava-SP- 2015 ....................... 23
Figura 08 Padrões de canais, Nacional parque Rio Yukon Canadá-2015 ...... 24
Figura 09 Controle erosivo e de nível de base por uma soleira rochosa ........ 25
Figura 10 Soleira rochosa interferindo, controle erosivo Cambuquira-MG ..... 25
Figura 11 Gráfico de nível; superior, médio e Inferior- 2015 ........................... 27
Figura 12 Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900 ................................... 29
Figura 13 Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio- 2015 .......................... 29
Figura 14 Leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas- 2015 .......... 30
Figura 15 Mapa da Microrregião de Garanhuns-PE- 2015 ............................. 31
Figura 16 Rocha de granito no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE . 32
Figura 17 Vista aérea do Município de Lajedo- PE- 2015 .............................. 33
Figura 18 Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una- 2015 ........ 35
Figura 19 Rochas ígneas, intrusivas e extrusivas- 2015 ................................ 37
Figura 20 Os principais tipos de rochas metamórficas- 2015 ......................... 38
Figura 21 Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10- 2015 ..... 39
Figura 22 Rochas fraturadas por dilatação e variação das temperaturas ...... 40
Figura 23 Formas de intemperismo químico, litoral do Rio Grande do Norte . 41
Figura 24 Formas de intemperismo biológico – 2015 ..................................... 42
Figura 25 Colonização de liquens sobre granito Altinho- PE, 2012 ................ 42
Figura 26 Escala de Taxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996) ................ 44
Figura 27 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ..... 45
Figura 28 Terraços do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ................................. 46
Figura 29 Solo rochoso Bairro Caldeirões no Município Lajedo- PE, 2015 .... 47
Figura 30 Curso do Riacho Doce, com água corrente- 2015 .......................... 48
Figura 31 Curso do riacho Doce no período de estiagem- 2013 .................... 48
8
Figura 32 Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina ..... 49
Figura 33 Oriçangas sedimentadas formas de intemperismo biológico ......... 51
Figura 34 Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões ........... 52
Figura 35 Oriçança no solo rochoso da Cachoeira Grande Altinho-PE .......... 53
Figura 36 Marmitas de forma rasa superficial do Riacho Doce nos Caldeirões 53
Figura 37 Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões.... 54
Figura 38 Caldeirões e suas formas estruturais no leito do Riacho Doce ...... 55
Figura 39 Aspecto morfológico dos Caldeirões de superfície alargada........... 56
Figura 40 Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico ....................... 57
Figura 41 Formas do agente de intemperismo químico nos Caldeirões ......... 58
Figura 42 Agentes do intemperismo do tipo Biológico nos Caldeirões ........... 59
Figura 43 Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso .............. 60
Figura 44 Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões ....................... 60
Figura 45 Comparação de oriçangas, formação e ação do intemperismo ..... 61
Figura 46 Marmita evoluída de oriçanga, e marmita sob ação biológica ........ 62
Figura 47 Comparação caldeirão com água e caldeirão com sedimentação . 62
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Precipitações Médias do Município de Lajedo e cidades vizinhas 36
10
RESUMO
Linha de pesquisa inovadora no âmbito da Geomorfologia e Geologia. Expõe-se as
condições geológicas, geomorfológicas, climáticas que atua na formação das
Oriçangas, marmitas e os caldeirões existentes no Riacho Doce afluente do Rio Una
em Lajedo no agreste meridional de Pernambuco, tendo como base teórica o Ciclo do
Relevo de William Morris Davis. Com um discurso inovador elucida-os como um
fenômeno complementares, os conceitos de intemperismo, os fenômenos geológicos
sabe que as falhas e intrusões magmáticas, como condicionadores dos processos
erosivos associado a formação e desenvolvimentos do ciclo que inicialmente se dar
com o desenvolvimento das formas não regulares das Oriçangas, consequentemente
as marmitas e evoluindo e dando origem aos Caldeirões, que em outro momento
passa por sedimentação e o consequente intemperismo biológico. Por sua inovação
e fenômeno único regional estudado a pesquisa em apreço vem preenchendo assim
uma lacuna na literatura de TCC no Departamento de Geografia, uma vez que
identifica e mostra imagens do local e a evolução das formas de relevo erosiva pluvial
e fluvial que em conjunto atuam no leito rochoso denominado caldeirões de Lajedo. A
pesquisa mostrou que os conceitos de intemperismo, intrusões magmáticas e falhas,
bem como, a teoria do ciclo do relevo que foram utilizados como hipótese a ser testada
na área selecionada para estudos foram positivo. Em campo observou-se que de fato
os processos intemperismo como é o caso dos liquens, e do desenvolvimento de
vegetação na superfície do leito rochoso, tem como condicionadores as falhas, as
intrusões,e esses fenômenos funcionam como receptores de sedimentos em escala
local. Os fenômenos climáticos também importantes nos processos, uma vez
condicionam as precipitações pluviométricas, e os fatores fluviométricos, sempre
considerando a variação de temperatura ou amplitude térmica, a dureza das rochas
do leito, entre outros como citados no texto que compõe o tópico resultados do
Trabalho Conclusão de Curso. A pesquisa faz uma breve citação da contribuição dos
caldeirões para o uso e ocupação por fazenda e povoados, que mais tarde junto a
outros fatores influenciaram na expansão máxima com a cidade. Hoje o local
denominado caldeirão do leito rochoso de Lajedo encontra-se circundada por ruas,
estradas, residências, e construções comerciais e como consequência sob impactos
ambientais embora não tenha sido estudado nesse trabalho porque não constitui
referencial teórico do tema, mas fica aberto para outros pesquisadores.
Palavras- chave: Processos erosivos; Caldeirões rochosos; Lajedo.
11
ABSTRACT
Innovative line of research within the geomorphology and geology. Exposes the
geological, geomorphological, climatic engaged in the formation of Oriçangas, lunch
boxes and existing potholes on Sweet Creek tributary of the Rio Una in Lajedo in the
southern wild Pernambuco, whose theoretical basis the relief cycle of William Morris
Davis.With an innovative discourse highlights them as a complementary phenomenon,
the concepts of weathering, geological phenomena namely faults and magmatic
intrusions, as conditioners of erosion associated with training and development cycle
that initially be given to the development of non-regular shapes the Oriçangas
consequently the lunch boxes and evolving and giving rise to the cauldrons, which at
another time goes by sedimentation and the consequent biological weathering.For
innovation and regional single studied the research phenomenon in question has thus
filling a gap in the CBT literature in the Department of Geography, since it identifies
and displays images of the site and the evolution of rain and river erosive form of relief
which together act the bedrock called cauldrons of Lajedo-PE. Research has shown
that the concepts of weathering, magmatic intrusions and faults as well as well as the
theory of relief cycle were used as a hypothesis to be tested in the area selected for
study was positive.In the field it was observed that indeed the weathering processes
as is the case in lichens, and vegetation growth on the surface of rocky bed, is flaws
conditioners, intrusions, and these phenomena act as sediment receptors on the local
scale. The also important weather phenomena in processes, as condition the rainfall,
the fluviometric factors, always considering the variation of temperature or temperature
range, the hardness of the bed rocks, among others as mentioned in the text that
makes up the Work Completion results topic of course. The research is a brief quote
from the contribution of cauldrons for use and occupation by farm and villages, who
later together with other factors influence the maximum expansion with the city. Today
the place called cauldron bedrock of Lajedo is surrounded by streets, roads, homes,
and commercial buildings and resulted in environmental impacts although it has not
been studied in this CBT because not constitute theoretical issue of the standard, but
is open to other researchers.
Key words: erosion processes; Rocky potholes; Lajedo- PE.
12
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ................................................................... 16
2.1 Agentes externos e o conceito de erosão ............................................... 16
2.2.1 Erosão eólica .............................................................................................. 17
2.2.2 Erosão glacial ............................................................................................. 18
2.2.3 Erosão marinha .......................................................................................... 19
2.2.4 Erosão pluvial ............................................................................................. 20
2.2.5 Erosão fluvial .............................................................................................. 21
2.3 Erosão e transporte fluvial ........................................................................ 22
2.4 Padrões de canais ...................................................................................... 23
2.5 Erosões e nível de base em leito de um rio ............................................. 24
2.6 Características do Curso de um rio .......................................................... 25
3.0 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ....................................... 28
3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões
rochosos ..................................................................................................... 28
3.2 Caracterização da área de estudo ............................................................ 31
3.2.1 Condições físicas ....................................................................................... 32
3.2.2 Aspectos geológicos e geomorfológicos ................................................ 33
3.2.3 Aspectos hidrográficos da bacia do uma ................................................ 34
3.2.4 Dinâmica climática regional ...................................................................... 35
3.3 Rochas e agentes do intemperismo ......................................................... 36
3.3.1 Intemperismo e sua tipologia ..................................................................... 39
3.3.2 Intemperismo físico ................................................................................... 40
3.3.3 Intemperismo químico ............................................................................... 40
3.3.4 Intemperismo biológico e liquens ............................................................ 41
13
4 METODOLOGIA .......................................................................................... 43
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 44
5.1 Escala do objeto de estudo ........................................................................ 44
5.2 Perfil Longitudinal da Bacia do Riacho Doce .......................................... 45
5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce .................................................... 47
5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do
Riacho Doce ................................................................................................ 50
5.5 Oriçangas no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 52
5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce .............................................. 53
5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 54
5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce .................. 56
5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce .............................................. 59
5.10 Colônia de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões ............................ 60
6 O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do
Riacho Doce ................................................................................................ 61
7. CONCLUSÕES ............................................................................................ 64
8 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 65
14
1. INTRODUÇÃO
O tema da pesquisa tem particularmente o ambiente físico denominado
popularmente Caldeirões, situado nos limites urbano central da cidade de Lajedo-PE.
Em Geografia o termo erosão, faz referência a modificações impostas pela natureza
ou seus agentes externos modificadores do relevo. Esses agentes modificadores se
distribuem pelo planeta Terra em conformidade com as variáveis climáticas, dureza
das rochas, entre outros, e tem como agentes: a chuva, o vento, o gelo, a vegetação,
entre outros.
Esses agentes erosivos externos atuam na esculturação do relevo, entretanto
embora se saiba que sua dinâmica se relaciona com ação do sol e a força
gravitacional. O sol porque atuando na superfície do planeta agi como agente motor
dos mais diversos intemperismo, como é o caso do físico diretamente, e do químico
indiretamente, como o casão da energia que atua na evaporação e posterior
precipitação. A gravidade por sua vez que direciona os sedimentos para os locais mais
baixos, e atua também nas águas que as direciona para o nível de base dos oceanos.
Quanto ao termo “Caldeirões” é o nome atribuído ao lugar, pela sua ambiência
e pelos os elementos significativos da paisagem geográfica que significa: escavação
nas rochas feitas pelas águas das chuvas, na concavidade nos lajedos, no qual se
retira o cascalho, ou ainda, tanque natural nos lajedos onde se reúne à água da chuva
(FERREIRA, 1989. p. 256).
Processos erosivos em leito rochoso do Riacho Doce, situado no entre meio
do bairro Caldeirões no município de Lajedo se justifica, uma vez que os caldeirões
são componentes naturais resultantes de processos erosivos pluviais e fluviais ainda
não estudado, tornando-se uma oportuna condição científica a pesquisa, condição em
que pode ser possível identificar os processos erosivos e pretéritos e atuais reinantes.
No Nordeste brasileiro, especificamente nas regiões semi-áridas a ações erosivas se
dar sobre o relevo rochoso constitui quase uma regra, nessas condições climáticas
esporádicas de chuvas e de rios intermitentes, atua de forma erosiva do tipo fluvial e
pluvial sobre um leito rochoso cristalino, desse modo e comum encontrar nesses
ambientes exposições de leitos rochosos exposta pela erosão permitindo sua análise
e pesquisa.
15
Quanto a sua importância se dar devido ao leito do Riacho doce ser exposto
e de fácil acesso, condição que permite uma análise de sua estrutura seus processos
erosivos atuantes, pretéritos e presentes. Em Lajedo - PE cidade do agreste
meridional tem seu nome relacionado a essa formação rochosa exposta de aspecto
erosivo que aparece somado a paisagem local e urbana, desta maneira nítida
destaca-se como um elemento natural de maior relevância para a formação do nome
da cidade os “Caldeirões” nome de costume usado pela população em seus vocábulos
como “Lajeiros” de onde provém o nome da Cidade atual que são as rochas que
armazenavam água das chuvas servindo para abastecimento da população a décadas
passadas.
Assim, essa pesquisa teve como objetivo elucidar os componentes existentes
no relevo dos Caldeirões, de formas e características conclusivas com o tipo de
avaliação envolvida no leito rochoso do Riacho Doce.
16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Agentes externos e o conceito de erosão
Segundo Petersen et al (2014), afirma que erosão é a remoção de materiais
de um lugar da Terra pela gravidade, água, vento ou gelo glacial. Erosão é diferente
de intemperismo, A erosão é a escala maior de degradação da superfície terrestre,
enquanto o intemperismo ocorre em micro escalas ou na interface entre a litosfera e
astenosfera, litosfera e a hidrosfera, litosfera e a biosfera entre outras combinações.
Segundo Teixeira et al (2000, p. 40) Os agentes da erosão podem movimentar
o material que forma o manto de intemperismo, incluindo o solo. A falta de vegetação
contribui para a erosão.
Segundo Jatobá (2008), o relevo terrestre, apesar de aparentemente estático,
é dinâmico e está em constante transformação. Tal dinâmica deve-se aos processos
internos e externos que contribuem para que essa dinâmica aconteça, são os agentes
transformadores do relevo.
Os agentes transformadores do relevo são classificados conforme a origem
de suas ações, aqueles que atuam abaixo dos solos são chamados de agentes
endógenos ou internos e aqueles que atuam sobre a superfície são chamados
de agentes exógenos ou externos. Os Agentes externos ou exógenos, também
chamados de esculturadores, são responsáveis pelo o desgaste e a sedimentação
(deposição) do solo.
Eles são ocasionados pela ação de elementos que se encontram sobre a
superfície, como os ventos, as águas e os seres vivos. O agente externo mais atuante
sobre a transformação dos solos é a água, seja de origem pluvial (chuvas), seja de
origem fluvial (rios e lagos), ou até de origem nival (derretimento do gelo). A ação das
águas também pode ser dividida em fluvial, marinha e glacial. A água provoca
transformação e modelagem dos solos e contribui para a formação de processos
erosivos.
17
.
Figura 1. Erosão fluvial e pluvial no Rio Jaguari Bragança Paulista, trecho da rodovia no Estado de são
Paulo.
Fonte: professormarcianodantasblogspot.com. Acesso 24/05/2015
2.2.1Erosão Eólica
Segundo Teixeira et al (2000, p. 248). Através desses fenômenos
atmosféricos, partículas de areia e poeira podem ser transportadas por milhares de
quilômetros e em tempo provocam erosões na superfície (Figura 2). Com a diminuição
da energia de movimento das massas de ar, as partículas carregadas depositam-se
em diversos ambientes terrestres, desde continentais até oceânicos, passando a
participar de outros processos da dinâmica externa.
Nas áreas continentais, estas partículas depositam-se sobre todas as
superfícies desde as montanhas até as planícies. A atividade eólica representa assim
um conjunto de fenômenos de erosão, transporte e sedimentação promovidos pelo
vento. Os materiais movimentados e depositados nesse processo são denominados
sedimentos eólicos.
18
Figura 2. Erosão eólica em terrenos sedimentares em uma formação de arco localizada no deserto de
Chang giHui. China.
Fonte: pt.slideshare.net, 24/05/2015.
2.2.2 Erosão Glacial
Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo, sendo,
portanto, de difícil observação e estudo, e o seu conhecimento é ainda incompleto. A
erosão glacial pode ser definida como envolvendo a incorporação e remoção pelas
geleiras de partículas ou detritos do assoalho sobre o qual elas se movem. (TEIXEIRA
et al 2000, p. 222). Erosão Glacial, é a erosão causada pelo gelo que pode ocorrer
quando as águas da chuva penetram entre as rochas e, quando chega a época de frio
intenso, essas águas que penetram se congelam, ocupando mais espaço que a água
líquida, fazendo maior pressão sobre as paredes das rochas que, consequentemente,
se quebram. A erosão glacial pode ocorrer der três maneiras:
- Águas das chuvas penetram entre as fendas das rochas, quando chega a
época de frio muito intenso, essas águas congelam-se, e o gelo que ocupa mais
espaço que a água líquida faz pressão sobre as paredes da rocha, quebrando-a.
- Os blocos de gelo que saem das geleiras deslizam pelas encostas das
montanhas, quebrando as rochas.
- Nas regiões onde faz muito frio, durante o inverno o gelo se acumula no topo
das montanhas. Na primavera o gelo começa a derreter e a descer lentamente pelas
encostas. No trajeto, formam novos caminhos e vão se transformando em água
19
líquida, pelo aumento da temperatura, voltando a correr gelo antigo curso ou formando
novos canais de água.
Figura 3. Erosão glacial montanhas rochosas na geleira de Briksdal na Noruega.
Fonte: bioventuraecoturismoanimalwordpress.com, acesso 24 de maio de 2015
2.2.3 Erosão Marinha
Erosão sobre a costa provocada pela ação das ondas e das marés e pelos
materiais que estes transportam e ainda pela ação química da água do mar. Segundo
Teixeira et al (2000, p. 238) Em vários lugares da Terra, geleiras entram em contato
com o mar, no fundo ou na boca de entalhes costeiros, dentre os quais os mais
conhecidos são os fiordes. Estes tipos de ambiente constituem estuários influenciados
por geleiras. Em outros, as geleiras atingem diretamente o mar aberto. As condições
relativas a vários fatores ambientais são suficientemente distintas, em cada caso, para
merecer uma discussão em separado.
20
Figura 4. Colapso de encostas litorâneas em decorrência de erosão marinha,Norfolk na Inglaterra.
Fonte: ehow.com.br. Acesso 24/05/2015.
2.2.4 Erosão pluvial
A erosão pluvial provoca desde uma erosão na escala de partículas, a uma
escala de encosta. ravinas e as voçorocas contribuem muito para o movimento de
massa nas encostas, devido a um escoamento superficial em lençol que ao longo do
tempo da chuva se concentram em filetes de água, formando sulcos, que são
chamados de ravinas, que no decorrer do tempo e com a ajuda do escoamento sub-
superficial que chegando ao lençol freático, provoca a voçoroca.
São diversas as variáveis que determinam se uma encosta é estável ou
instável: o ângulo de repouso, a natureza do material na encosta, a quantidade de
água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação. Esses
fatores são condicionantes e dirão através de observação e monitoramento se a
encosta tem risco de sofrer movimento. Entretanto, nem sempre a água é o fator
detonador do movimento e sim que o torna mais avassalador:
Nos movimentos de massa ocorre um movimento coletivo do solo e/ou
rocha, onde a gravidade/declividade possui um papel significativo, nesse sentido a
água pode tornar ainda mais catastrófico, mas não é necessariamente o principal
agente desse processos (CUNHA e GUERRA, 2008).
21
Figura 5. Erosão pluvial em encosta colonizadas na Zona da Mata- Pernambuco.
Fonte: em <slideplayer.com.br>, acesso 17/10/2015.
2.2.5 Erosão Fluvial
Erosão fluvial é a remoção do material rochoso pela água. A erosão fluvial
consiste na remoção química de íons de rochas e na remoção física de fragmentos
(clastos). A remoção física de fragmentos da de rocha inclui a quebra de novos
pedaços de rocha do leito ou das laterais do canal e a movimentação dos clastos
preexistentes que ficaram temporariamente depositados no fundo do canal.
(PETERSEN et al 2014, p. 341), apud (TEIXEIRA et al 2000, p. 192).
Os processos associados aos rios denominados processos fluviais,
enquadram-se, num sentido mais amplo, no conjunto de processos aluviais, que
compreendem a erosão, transporte e sedimentação em leques aluviais são sistemas
fluviais distribui tórios espraiados por dispersão radial no assoalho de uma bacia a
partir dos locais de saída de drenagens confinadas em regiões montanhosas.
22
Figura 6. Erosão fluvial em leito rochoso do tipo sedimentar, Leito do Rio Colorado nos Estados
Unidos.
Fonte: em <mundoeducacao.com>acesso 24 de maio de 2015
2.3 Erosão e transporte fluvial
Os rios transportam sua carga de várias maneiras. Alguns minerais são
dissolvidos na água, sendo então carregados no processo de transporte de solução.
As partículas sólidas mais finas são transportadas em suspensão, boiando, pela
turbulência vertical. Esses pequenos grãos podem permanecer suspensos na coluna
de água por longos períodos, desde que a força ascendente da turbulência seja mais
forte que a tendência das partículas de descer e se depositar.
A proporção relativa de cada tipo de carga presente em determinado fluxo
varia de acordo com as características de drenagem da bacia, como clima, manto
vegetal, inclinação, tipo de rocha e as capacidades de infiltração e permeabilidade da
rocha, além dos tipos de solo. As cargas dissolvidas serão maiores que a média em
bacias com quantidades elevadas de infiltração e fluxo de base porque as águas
subterrâneas que se movem lentamente e alimentam o fluxo de base adquirem íons
das rochas através das que se move (PETERSEN et al 2014, p. 341-342).
23
Figura 7. Observa-se o tom amarelo na água em decorrência da erosão e do transporte de sedimentos
em suspensão denominado transporte fluvial. Guarapuava-SP.
Fonte: News. Acesso 15/10/ 2015
2.4 Padrões de Canais
Três tipos principais de canais de rio foram tradicionalmente reconhecidos
considerando a forma de determinado segmento, quando vistos em um mapa. Embora
canais retos possam existir para curtas distâncias em circunstâncias naturais,
principalmente ao longo das zonas dos canais com margens paralelas e lineares
apresenta características artificiais construídas pelo ser humano. O rio flui em
múltiplas vertentes entrelaçados que se dividem e se unem novamente em torno das
barras, formando uma trança, o que, na verdade, é denominado canal trançado.
Sendo, portanto, comum em regiões áridas e de degelo glacial (PETERSEN et al
2014, p. 343-344).
24
Figura 8. Padrões de canais,Nacional parque Rio Yukon Canadá.
Fonte: pt.slideshare.net, Acesso 24/05/2015
2.5 Erosões e nível de base do leito de um rio
Uma maneira de entender a variedade de característica dos relevos
resultantes de processos fluviais é examinar o curso de um rio idealizado que ocorre
de sua cabeceira, nas montanhas, até sua foz, no oceano. O gradiente desse rio
diminuiria continuamente a jusante, uma vez que flui de sua fonte para seu nível-base.
Os processos de erosão fluvial dominam o curso íngreme superior, enquanto a
deposição predomina no curso inferior. O curso médio apresenta elementos
importantes tanto de erosão fluvial quanto de deposição (PETERSEN et al 2014, p.
344-345).
25
Figura 9: Observa-se na figura a esquerda o controle erosivo e de nível de base por uma soleira
rochosa, condição semelhante a um leito rochoso, como é o caso do Riacho Doce; á direita o controle
do nível de base ocorre devido a uma formação lacustre.
Fonte: cmapspublic.ihmc.us. 18/10/2015.
Figura 10. Observa-se uma soleira rochosa interferindo no controle erosivo, nessas condições as
soleiras podem formar cachoeiras de água. Cambuquira- MG.
Fonte: em <blog.besttimetour.com>, acesso 15/10/2015.
2.6 Características do curso de um rio
Um rio em seu curso natural tem comportamentos hidrológicos em função dos
aspectos geomorfológico, geológico, pedológico e fluvial, e em conjunto refletem no
26
seu comportamento erosivo e velocidade em função de sua declividade. Desse modo
nas cabeceiras do rio ideal superior, ele corre principalmente em contato com a rocha.
Sobre a gradiente íngreme, muito acima de sei nível-base, o rio trabalha erodindo
verticalmente para baixo por ação hidráulica e abrasão.
A erosão no curso superior cria um íngreme vale de desfiladeiro, ou ravina,
conforme o canal do rio corta profundamente a terra. Pouca ou nenhuma planície de
inundação está presente, e as paredes do vale normalmente se inclinam para a borda
do canal do rio. Encostas íngremes incentivam o movimento em massa de material
rochoso diretamente na corrente. Os vales desse tipo, dominados pela atividade de
corte inferior do rio, são muitas vezes chamados vales em V porque, em sua seção
transversal, as encostas íngremes desenvolvem o formato da letra V.
Na seção média do perfil longitudinal ideal, o rio flui numa gradiente moderado
e em um leito de canal moderadamente suave. Aqui o vale da ribeira inclui uma
planície de inundação, mas os cumes restantes, além da planície de inundação
formam paredes de vale definidas. O rio fica mais próximo ao seu nível-base, flui por
uma gradiente mais suave e, portanto, fornece menos energia a erosão vertical que
em seu curso superior. Entretanto, o rio ainda tem energia considerável por causa do
aumento do volume de fluxo e da redução do atrito no leito. Muita de sua energia
disponível é utilizada para transportar a carga considerável que acumulou e para a
erosão lateral dos lados do canal (PETERSEN et al 2014, p.345-346). .
No curso Inferior, sob gradiente mínima e aproximadamente ao nível-base ao
longo do curso inferior do rio ideal tornam o corte inferior praticamente impossível. A
energia fluvial, agora derivada quase exclusivamente da vazão superior, em vez do
puxão para baixo da gravidade, provoca considerável mudança lateral do canal e
criação de uma grande planície de deposição. Quanto mais baixa a planície de
inundação de um grande rio mais ampla é a largura de sua faixa de meandro,
apresentando evidencias de muitas mudanças no curso (PETERSEN et al 2014, p.
345-346). No caso do Riacho Doce seu curso superior onde os processos erosivos
sobre rochas e a evidência mais enfática o que justifica a presença dos caldeirões
nessa área.
27
Figura 11. Gráfico elucidando as características de nível; superior, médio e Inferior de um rio e seus
dinâmicos processos erosivos.
Fonte: em <WWW.slideserve.com>acesso 24 de maio de 2015
28
3. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões rochosos
Acidade de Lajedo nasceu do desenvolvimento da fazenda Cágado, então
propriedade do fazendeiro Vicente Ferreira, que tinha na criação de caprinos, sua
principal atividade econômica. Para a manutenção do rebanho, ele encontrou, na
extensão rochosa e nas águas em suas concavidades, (os Caldeirões), as condições
ideais para a criação dos animais e a construção da sede da fazenda. Á chegada
dessa família atribui-se o processo inicial de desenvolvimento da localidade e apesar
das transformações, o lugar preserva até hoje a referência ao nome da formação
geológica (DOURADO e SÁ CARNEIRO 2003, p. 26).
Segundo dados do IBGE (2010) Lajedo é entre as demais a cidade a mais
jovem da Região do Agreste. Seu nome deriva dos muitos “lajeiros” existentes nas
suas proximidades medindo uma área de dez hectares, chamados de “Caldeirões” No
passado esse leito rochoso foi muito importante porque serviu para abastecer de água
mesmo que em pequena escala a população do entorno e animais. Hoje embora hoje
a maioria da população seja servida pela COMPESA, os caldeirões ainda são
importantes, devido ao comportamento sazonal e intermitente do Riacho Doce, mas
também porque tem um potencial cênico turístico e também para estudo de liquens e
processos geomorfológicos erosivos fluviais e pluviais, como é esse caso.
Lajedo foi fundado no ano de 1852, nesse momento histórico era apenas uma
propriedade denominada Lajeiro e pertencia ao Senhor Vicente Ferreira da Silva,
abastado criador de bovinos e caprinos, procedentes do vizinho município de Altinho.
A aludida propriedade já estava administrativamente subordinada a Canhotinho. Por
iniciativa de um filho do Sr. Vicente Ferreira, de nome José Ferreira da Silva, mais
conhecido por Barão Cazuza, foi construída a primeira casa da localidade (prédio em
que funciona hoje a padaria Santo Antônio), em frente a uma frondosa gameleira, que
logo veio a servir de “mercado” na pequenina feira criada por pessoas da família e
proprietários vizinhos.
Tempos depois, com a ajuda de parentes e vizinhos, o Barão Cazuza mandou
construir uma Casa de Oração tendo como orago Santo Antônio de Pádua, o que
motivou, em poucos anos, um agrupamento de casas e passou a chamar-se “Lajeiro
de Santo Antônio” e, depois, Lajedo, nome atual. A primeira missa foi celebrada na
29
Casa de Oração pelo padre João José do Divino Espírito Santo. Com as festas que
promoviam em honra ao Santo padroeiro e com o tino administrativo do Barão Cazuza,
foi o pequeno povoado aumentando e se projetando na vida econômica do município.
Figura 12. Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900, área inicial da Cidade Rua do comércio
Fonte: Paróquia de Santo Antonio Lajedo- PE, 1900
Figura 13. Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio localizada na praça do centro da cidade.
Fonte: IBGE em <cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun>acesso 24 de maio de 2015
30
Figura. 14. Em primeiro plano observa-se o leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas. Em
segundo plano e nas margens do Riacho Doce é possível observar área no entorno área ocupadas e
urbanizadas circunda o riacho. A Igreja de Santo Antônio se destaca a direita. Lajedo- PE.
Fonte: Google Earth. 2015.
Lajedo se localiza a uma latitude de 08º 39’ 49” Sul e a uma longitude 36º 19’
12” oeste, estando a uma latitude de 661 metros. Sua população real de acordo com
a contagem do IBGE 2010, era de 36,628 habitantes, distribuídos em uma área de
189,09 Km², a sua localização continental fica a 196 Km da capital pernambucana,
por sua vez menos distante a 165Km da capital alagoana, o Município está inserido
na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com relevo suave e ondulado.
Sua posição geográfica inserisse-se na Mesorregião do Agreste pernambucano, e ao
oeste da Microrregião de Garanhuns, limita-se com vários Municípios, como são os
caso de Ibirajuba, Jurema, Calçados, Jupi, São Bento do Una e Cachoeirinha (Figura
13)
31
Figura 15: Observa-se mapa da Microrregião de Garanhuns-PE.
Fonte: Google Eath.14/10/2015
Alguns aspectos físicos se destacam como é o caso da vegetação que é
formada por florestas subcaducifólica e caducifólica, próprias das áreas agrestes Tem
um clima frio e seco com temperatura média anual em torno dos 25°. Quanto ao
aspecto hidrográfico onde se insere a temática desse Trabalho de Conclusão de
Curso, localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Una, que tem nos seus limites
territoriais os principais tributários que são os rios Quatis, da Chata e do Retiro, e os
riachos Bonito, Riacho Doce nosso objeto de estudo e do Serrote, todos de regime
intermitente. Conta ainda com distribuição de água oriunda da barragem São Jaques
(403.600 m³) situado no município de Jurema, cidade próxima a Lajedo (IBGE, 2010)
3.2 Caracterização da Área de Estudo
O leito do Riacho Doce apresenta-se como um leito erodido estruturalmente,
é composto de rochas cristalinas e metamórficas com depressões visivelmente
notadas em vista do mesmo ter o seu fluxo de água caracterizado como intermitente
essa condição se deve em parte a sua localização regional geográfica em uma zona
climática de transição ao semi-árido do Nordeste brasileiro.
Segundo, Santana e Diaz (1978), o relevo terrestre é um dos componentes
mais importantes do quadro natural. As suas peculiaridades condicionam a
distribuição dos solos, a vegetação e até algumas características climáticas locais
32
chega a determinar as possibilidades de aproveitamento dos recursos hídricos, das
jazidas minera
No perímetro em que o leito do Riacho doce foi analisado seus aspectos
estruturais apresentam-se com uma diversidade de rochas existentes tipo Granito;
tipos de fáceis do granulito; são formadas em temperaturas e pressões muito altas,
com pouca água; as rochas Gnaisse de estrutura foliada,gnáissica são composta de
granulação grossa, sofre neoformismo, contem camadas de faixas claras e escura,
presença de quartzo e mica. Também há outros tipos de rochas como, mármore,
quartzo e ardósia.
Figura16. Rocha de granito localizada no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE
Autor: Lima, Josenildo Odilon de. Pesquisa de campo em 06/07/2015
3.2.1Condições Físicas
“O Agreste pernambucano, em quase toda sua totalidade, assenta-se sobre
terrenos antigos, de idade pré-cambriana, pertencente ao núcleo nordestino
do Escudo Brasileiro, mais especificamente na Província Estrutural da
Borborema” (LINS, 1989).
A estrutura relacionada aos caldeirões tem condições físicas homogêneas por
se tratar de rochas do período pré-cambriano desta forma a milhões de anos
passados, sendo assim tem o seu aspecto geológico comum ás demais rochas que
caracterizam as formas superficiais do leito rochoso encontrado no Riacho Doce. Na
medida em que sua área estudada se encontra a maior parte das rochas. Diversos
33
agentes atuam na área estudada modificando de maneira acentuada sua geologia,
seu relevo, e suas formas mais visível seus solos superficiais.
Figura 17. Vista aérea do Município de Lajedo- PE, em primeiro plano, ver-se e o local objeto de estudo
denominado caldeirões no leito rochoso do Riacho Doce. Em segundo plano parte do bairro central que
constitui a área urbana.
Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 30 de agosto de
2015
3.2.2 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos
O município de Lajedo encontra-se inserido, geologicamente, na Província
Borborema, sendo constituído pelos litotipos da Suíte Serra de Taquaritinga, do
Complexo Cabrobó e das suítes Intrusiva Leucocrática, Peraluminosa e Shoshonítica
Salgueiro/Terra Nova.
A formação geológica de Lajedo revela expressiva singularidade, à qual pode
ser atribuída a designação de patrimônio natural.
O Agreste localiza-se sobre o planalto da Borborema, sua altitude média é de
400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica
predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por
formações abruptas pedimentos e pediplanos.
Do ponto de vista morfoestrutural, o Planalto da Borborema, é constituído por
um complexo de gnaisses, xistos e plutons, pré-cambrianos que formam um maciço
montanhoso. A sua fisiografia reflete a influência das feições tectônicas desenvolvidas
34
em corpos plutônicos e da estruturação dos compartimentos formados sobre rochas
metamórficas, visto que essas formas têm uma forte relação com a erosão,
principalmente no que diz respeito à erosão diferencial, que vai refletir as formas
resultantes desse desgaste, onde as rochas mais rebaixadas corresponderiam às
rochas mais tenras ou que sofreram subsidência tectônica, evidenciado pela
orientação e entalhe dos vales, exibindo diversos níveis de aprofundamento ao passo
que toda região elevada seria composta de rochas resistentes aos agentes erosivos
ou soerguida tectonicamente (MELO e ALMEIDA 2013 p.5).
3.2.3 Aspectos Hidrográficos da Bacia Una
Riacho Doce no qual se insere os Caldeirões rochosos objeto de estudo do
trabalho de conclusão de curso, localiza-se no município de Lajedo – PE na
mesorregião do agreste pernambucano, mais especificamente na microrregião de
Garanhuns, com uma área de 208.9 km² que corresponde a 0,21 % do território
estadual. Tem limites ao Norte, com os municípios de Cachoeirinha e São Bento do
Una, ao Sul, com Canhotinho e Jurema, ao Leste, com Ibirajuba e ao Oeste com
Calçado e Jupi. O município tem acesso através das rodovias PE-170, PE-180, BR-
232, BR-423, sua sede é constituída do Distrito de Lajedo, e seis povoados, são eles:
Cantinho, Santa Luzia, Olho d’Água dos Pombos, Quatis, Imaculada e Pau Ferro.
Quanto à sua posição geográfica hídrica insere-se na Unidade de
Planejamento Hídrico UP5, que corresponde à bacia hidrográfica do Rio Una. Está
localizada no sul do litoral do Estado de Pernambuco entre, 08º17’14” e 08º55’28” de
latitude Sul, e 35º07’48” e 36º42’10” de longitude Oeste. A nascente do Rio Una
localiza-se no Município de Capoeiras, apresentando-se intermitente até
aproximadamente a cidade de Altinho, quando se torna perene.
A bacia possui uma extensão de cerca de 290 km, tendo como principais
afluentes, pela margem direita, o riacho Quatis e os Rios da Chata, Pirangi, Jacuípe e
Caraçu. O Rio Jacuípe serve de limite entre os Estados de Pernambuco e Alagoas.
Pela margem esquerda, destacam-se os riachos Riachão, Mentirosas e do Sapo e os
Rios Camevô e Preto.
35
A bacia do Rio Una apresenta uma área de 6.740,31 km², dos quais 6.262,78
km² estão inseridos no Estado de Pernambuco, correspondendo a 6,37 % do total do
Estado. A bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na
bacia (Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos,
Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu), 15 possuem sede inserida
na bacia (Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado,
Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim
do Monte) e 16 estão parcialmente inseridos (Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés,
Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco,
Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande,
Tacaimbó, Tamandaré e Venturosa). Agência Embrapa de Informação Tecnológica,
AMARAL e OLIVEIRA (2011).
Figura 18. Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una, no Estado de Pernambuco
Fonte: Em <.agencia.cnptia.embrapa.br), acesso 25 de maio de 2015
3.2.4 Dinâmica Climática Regional
No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropical apresentando
predominantemente temperaturas altas, podendo variar no quadro climático devido à
interferência do relevo e das massas de ar. No Recife, por exemplo, a temperatura
média é de 25ºc, com máximas de 32º. Já em cidades do interior, nos meses de
inverno entre maio e julho ás temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo
36
chegar, em alguns locais, até a 8ºc, a exemplo de Triunfo e Garanhuns, Sertão e
Agreste respectivamente.
O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m,
podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica
predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por
formações abruptas pedimentos e pediplanos.
Segundo Lins (1989, p.53) a situação do Agreste pernambucano em baixas
latitudes, o que proporciona muita insolação, e o relevo de altitudes modestas,
predominantemente abaixo dos 700 m, proporciona temperaturas médias anuais
sempre altas, ao contrário dos índices pluviométricos, cujas médias anuais variam
entre 500 mm e 1.300 mm..
Tabela 01. Precipitações Médias dos Municípios circo vizinhos a Lajedo - PE
POSTO
PLUVIOMÉTRICO
LATITUDE
SUL
LONGITUDE
OESTE
PRECIPITAÇÃO
(mm/ano)
Altinho 8º 29’ 18, 96” 36º 03’ 29, 88” 622
Calçado 8º44’ 25, 08” 36º 20’3, 84” 702
Ibirajuba 8º34’ 58, 08” 36º10’ 41, 16” 654
Jucati 8º42’ 21, 96” 36º29’ 21, 12” 720
Jurema 8º 43’5,16” 36º08’ 15, 00” 790
Lajedo 8º39’ 20, 16” 36º19’ 41, 08” 831
São Bento do Una 8º31’ 37, 92” 36º27’ 33, 84” 630
FONTE: Governo do Estado de Pernambuco 2012
3.3 Rochas e agentes do intemperismo
Normalmente as rochas são definidas como agregados naturais de várias
espécies de minerais, sendo que a composição mineralógica é o que define seu tipo
ou espécie. “São elas nitidamente individualizadas, porque os minerais se agregam
obedecendo a leis físicas, químicas ou físico-químicas, dependendo das condições
em que se forma esta ou aquela rocha” (LEINZ e AMARAL: 200, p. 33).
Continuando citando Leinz e Amaral (2001), a Terra é um planeta dinâmico,
algumas partes da Terra são gradualmente elevadas através da construção de
37
montanhas e da atividade vulcânica, contudo, processos opostos estão gradualmente
removendo materiais das áreas elevadas e transportando para áreas mais baixas.
Todas as rochas existentes na crosta terrestre podem ser agrupadas da
seguinte maneira:
Ígneas ou magmáticas – são as que se originam do magma oriundo das altas
profundidades, em estado de fusão por causa das temperaturas elevadas, superiores
a 1.000°C. São consideradas rochas primárias por permitirem a formação dos outros
tipos. O magma se constitui de silicatos, óxidos, sulfetos, gases, vapor d’água e íons
dissociados, ao qual se denomina lava quando chega à superfície terrestre. Quando
a formação da rocha ocorre nas camadas litosféricas mais próximas do manto,
chamam-se de plutônicas ou intrusivas: diorito, sienito, granito, gabroetc; quando sua
formação se dá na superfície ou subsuperfície, por causa da lava expelida por fendas
ou fraturas da crosta terrestre, dá-se o nome de extrusiva ou vulcânica: basalto,
andesito, riolito, traquito etc.
Figura 19. Observa- se os principais tipos de rochas ígneas. Acima as rochas ígneas denominadas
extrusivas, abaixo as intrusivas.
Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/10/2015
Metamórficas – originam-se por transformação de rochas preexistentes
(magmáticas e sedimentares) por causa das altas pressões e altas temperaturas do
interior da litosfera, sem passar pelo estado de fusão. São rochas de origem profunda.
38
São alteradas pelo calor, gases ou fluidos, e pela pressão provocada pelo magma.
Em alguns casos, as pressões exercidas por espessos capeamentos de rochas
sedimentares provocam o metamorfismo. Para Bigarella et al (2007, p.54), “rocha
metamórfica é, pois, aquela que sofreu mudanças na sua constituição mineral e na
textura, em consequência de importantes transformações nos ambientes físico e
químico do interior da crosta”. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse,
mármore, quartzito, ardósia, migmatito etc.
Figura20. Observa- se os principais tipos de rochas metamórficas.
Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/010/2015.
Sedimentares – são aquelas formadas a partir de materiais originados da
destruição erosiva das rochas preexistentes. Formam-se por acumulação sucessiva
de partículas ou sedimentos nas depressões naturais ou bacias marinhas, oceânicas
ou continentais. Este grupo de rochas pode ser subdividido em vários subgrupos,
mediante vários princípios, como o ambiente, o tipo de sedimentação, a constituição
mineralógica ou o tamanho das partículas. Normalmente são classificadas em:
sedimentos clásticos ou mecânicos, sedimentos químicos, e sedimentos orgânicos.
Para nosso estudo, interessam os seguintes sedimentos clásticos ou mecânicos:
argila, silte, areia e cascalho.
As rochas são massas naturais formadas por minerais, a maioria das rochas
são formadas por vários minerais; existem rochas em diferentes locais tanto a
39
superfície, como por baixo do solo. Essas rochas tem um grau de dureza conforme a
tipologia de cada um mineral existente.
Figura 21. Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10. (Segundo Mohs),
Fonte: em<odeneide.blog.uol.com.br>
3.3.1 Intemperismo e sua tipologia
O intemperismo é o processo de transformação e desgaste das rochas e dos
solos, através de processos químicos, físicos e biológicos. Sua dinâmica acontece
através da ação dos chamados agentes exógenos ou externos de transformação de
relevo, como a água, o vento, a temperatura e os seres vivos.
O processo de desagregação das rochas provocado pelo intemperismo
provoca o surgimento de pequenas partículas de rochas, chamadas de sedimentos.
São exemplos de sedimentos as areias da praia, a poeira, entre outros elementos.
Eventualmente, sob as condições físico-químicas necessárias, esses sedimentos vão
dar origem às rochas sedimentares. Esse mesmo processo é o que origina também
solos, que nada mais são do que um amontoado de sedimentos oriundos da
desagregação de rochas. Existem três tipos de intemperismo: o físico, o químico e o
biológico.
40
3.3.2 Intemperismo Físico
O intemperismo físico quebra o mineral ou a rocha em pequenos pedaços,
sem alterar a composição química destes. As mudanças ocorridas no intemperismo
físico se restringem ao tamanho e à forma das rochas. Ao quebrar a rocha em pedaços
menores, ocorre um aumento na sua área superficial, facilitando a atuação também
do intemperismo químico. Desta forma, a depender das condições locais e
dos agentes atuantes, estes dois processos atuam conjugados (LEINZ e AMARAL,
1980).
Figura 22. Observa- se rochas fraturadas por dilatação em função da variação das temperaturas do
ambiente local.
Fonte: Brasilescola.com. 20/10/2015.
3.3.3 IntemperismoQuímico
O intemperismo químico altera a composição dos minerais e das rochas,
principalmente em reações que envolvem a presença de água. A água – vinda de
oceanos, rios, lagos, geleiras, canais subterrâneos, chuva ou neve– é o principal fator
controlador da intensidade do intemperismo químico. Ela carrega íons para as reações
químicas, participa das reações e transporta os resultados destas reações.
41
Durante essa transformação, a rocha original se decompõe em substâncias
que são estáveis na superfície. O produto do intemperismo químico permanece
essencialmente inalterado ao longo do período em que este permanecer em um
ambiente similar ao que foi formado.
Os três principais processos que causam o intemperismo químico das rochas
são a dissolução, a oxidação e a hidrólise.
Figura 23. Formas do intemperismo químico á água em constante atrito com a rocha, no litoral do Rio
Grande do Norte.
Fonte: geologiahojeblogspot.com/Oliveira Randjer
3.3.4 Intemperismo Biológico e Liquens
O crescimento das raízes das plantas exerce pressão nas fendas ou diáclases
das rochas, favorecendo o ataque dos agentes químicos. Se as fendas o permitirem
ou a resistência da rocha não seja muito grande, o próprio vento faz balançar o
vegetal, o que pode aprofundar o processo mecânico que, por sua vez, favorece o
processo químico. Minhocas, formigas, cupins e vários animais roedores que fazem
buracos no solo, também contribuem para o intemperismo, à medida que afofam o
solo, permitindo a ação dos agentes de intemperismo decomposição químico-
biológica – segundo Leinz e Amaral (2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma
rocha expostas às intempéries são bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir
42
os liquens, depois as algas e musgos, formando e preparando o solo para as plantas
superiores.” O metabolismo desses seres segrega gás-carbônico, nitratos, ácidos
orgânicos etc., que são incorporados às soluções que per colam os solos e atingem
as zonas de intempérie das rochas.
Figura 24. Arboredo situado em fenda rochosa tipo do intemperismo Biológico, Cachoeira Grande
Altinho-PE
Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012
Figura 25. Colonização de liquens sobre granito, Cachoeira Grande Altinho-PE
Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012
43
4.METODOLOGIA
A pesquisa foi feita nível de Trabalho de Conclusão de Curso TCC, se
caracteriza quanto a metodologia dos objetivos uma pesquisa do tipo descritiva tendo
seus procedimentos focado em um estudo de caso.
Nessa análise que ocorreu em pesquisa de campo com registro de fotos,
buscou-se analisar as causas, identificar os agentes erosivos passados e pretéritos
do período Holoceno Quaternário, com intento de interpretar fatos da natureza física
dos processos erosivos no leito rochoso do Riacho Doce
Quanto aos procedimentos por tratar-se de um estudo de caso centrados na
identificação dos processos erosivos em rios intermitentes do semi-árido do agreste
pernambucano, do nordeste do Brasil, teve seu foco no âmbito da Geografia, mais
especificamente na área de Geomorfologia, com meta em identificar feições erosivas
em leito rochoso de rios intermitentes do semi-árido, buscando relacionar e classificar,
formas, grau de dureza de rochas, tipologia das rochas, entre outros objetivos.
Para atingir esses objetivos aplicou-se um nível de estudo e pesquisa apenas
em escala local onde o leito rochoso pode ser observado. A pesquisa foi dividida em
etapas diferente e complementares entre se, desse modo temos a pesquisa de
referência bibliográfica e a pesquisa em campo.
A de referência por exemplo, buscar-se-á entender os modelos e teorias
aplicadas ao tema, sendo caracterizada pelas coletas de dados e pesquisas em livros,
na internet, acervos históricos, artigos científicos, entre outros, que posteriormente
inseridos na monografia. Por sua vez, na segunda parte foram feitas em visitas
técnicas e estudo de campo na área de estudo. Foi usado como material de auxilio
máquina fotográfica, imagem de satélite, notebook, imagens da internet, etc. Embora
o trecho do riacho que foi pesquisado se situe no limite urbano do município, não
levou-se em conta os impactos ambientais ali presentes, portanto trata-se de uma
pesquisa apenas em escala local e limitada a feições erosivas no leito do riacho.
44
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Escala do objeto de estudo
O Riacho Doce localiza-se em um extenso pedi planos que na escala maior
situa-se dentro dos limites do Planalto da Borborema que é a unidade maior na
Taxonomia ou de 1º Táxon, o Riacho Doce objeto de estudo por sua vez situa-se na
menor escala de 6º Táxon onde ocorrem os fenômenos erosivos, ou formas naturais
de processos atuais e antrópicos ROSS (1996).
Figura 26. Escala de Táxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996).
Fonte: Google. Acesso 20/10/2015.
45
5.2 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce
Segundo De Martonne (1953, p. 484), O perfil do equilíbrio de um curso de
água é, em princípio, aqueles cujos declives são suficientementes fracos e
regularmentes decrescentes para jusante, de modo que toda a força viva (sem dúvida
reduzida com o declive) seja utilizada no escoamento”.
O conhecimento de um rio perpassa pelo estudo do perfil longitudinal e vertical
de um rio, essa construção de campo que hoje pode ser feita em computador através
do software como foi esse caso com uso do Google Earth. Com essa construção do
modelo do perfil do longitudinal torna possível elucidar os locais onde o rio percorre e
onde os processos erosivos encontram-se controlados pelas soleiras graníticas que
ficam amostra após se consolidar a erosão fluvial, daí a importância de sua
construção.
Figura 27. As linhas que delinea polígono irregular na cor vermelha representa o perfil de elevação
do Riacho Doce. Os caldeirões localização no setor indicado pela seta vermelha que formam o
conjunto denominado caldeirões. A linha azul mostra o curso do Riacho Doce. Lajedo – PE
Fonte: Google Earth. Autor: Rodrigues, Natalício de Melo - 2015.
Localizado na Bacia do Una, Região Agreste do Estado de Pernambuco o
Riacho Doce tem suas nascentes nas áreas de matas e montanhosas tipo colinosado
46
interior rural do município de Lajedo- PE, e se estende por grande parte do todo o
limite do território municipal, mas quando adentra no núcleo urbano percorre vários
bairros e passa por intervenções que afetam o comportamento do riacho, como é o
caso de interrupções por ruas, avenidas e pontes. Esse perfil de traçado fora e dentro
do núcleo urbano pode ser observado na imagem como ver-se na (Figura 26).
Em campo observou e na construção do modelo de perfil longitudinal
observou-se que a localização de duas feições de relevo dominante no local
selecionado e objeto de amostragem e estudo, e que caracteriza bem o Riacho Doce,
que são suas feições na forma de terraços que delimitam as suas calhas de riacho e
a soleira rochosa que controlam a erosão e permite a formação dos caldeirões e
oriçangas.
Quanto ao curso segue em direção ao norte município de Cachoeirinha-PE,
nesse ponto a declividade é aumentada devido um intenso fluxo de água. Tudo leva
a crer que as erosões que formam os caldeirões tenham ocorrido no período
pleistoceno, esses causaram erosões que acabou resultando na exposição do leito de
rochas cristalinas pré-cambriana em sua superfície, e na atual condição erosiva é
responsável pelas feições na forma de caldeirões e Oriçangas. A localização da feição
erosiva em estudo encontra-se situada quase no meio das calhas e centro do perfil da
calha do riacho (Figura 28).
Figura 28. Terraços do Riacho Doce ação erosiva em atuação no substrato rochoso
Fonte: Google earth acesso 15 de setembro de 2015
47
5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce
Estudos teóricos apresentados na revisão bibliográfica apontam que “o
substrato geológico no território municipal de Lajedo é composto de rochas cristalinas
metamórficas referidas as matrizes pré-cambriano - Cambriano. Tais rochas
metamórficas afloram em alguns locais, sendo mais evidentes no leito do Riacho Doce
na área urbano e local conhecido por lajeiros condição geológica as quais deram nome
ao Município. Na maior parte do território, entretanto o substrato encontra-se capeado
por coberturas coluviais diversas” (Diagnóstico Plano Diretor, Lajedo- PE, 2002 p. 36).
Esses lajeiros quando na condição de soleira funcionam com controladores
do nível de base de um rio ou riacho, e em tempo, devido a dinâmica das corredeiras
e fluxo de água em sua superfície essas em geral de forma quase sempre irregular,
acabam por propiciar mudança no comportamento do fluxo de água, obstruída aqui e
ali por saliência do relevo, criam rodopios que ao longo de um temporalidade e
mudanças sazonal de precipitações ora intensa ora esporádicas, tipos do agreste,
acabam formando em seu leito rochoso feições em forma de orifícios, que do ponto
de vista geomorfológico são denominado de caldeirões quando de grandes dimensões
e oriçangas quando em menor escala erosiva.
Figura 29. Solo rochoso com orifícios na forma de caldeirões e oriçangas, Bairro Caldeirões no
Município Lajedo – PE
Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 2015.
Com o levantamento feito em campo identificou-se que no leito rochoso do
Riacho Doce em Lajedo- PE, esses processos erosivos são causados pela ação da
48
água, do ar, da temperatura e do vento. Citando Fleury (1995, p 112) “Os cursos
d’água têm ação erosiva em função da velocidade da corrente de suas
águas”.Velocidade esta que é função da topografia ou relevo da região, do regime
pluvial da região, volume de água precipitada e dos sedimentos transportado”
Figura 30. Curso do Riacho doce com água corrente, área dos caldeirões em Lajedo- PE,
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
Figura 31. Curso do riacho Doce no período de estiagem, área dos caldeirões em Lajedo – PE
Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 12/03/2013.
As rochas encontradas nos Caldeirões particularmente no leito do Riacho
Doce são dos tipos metamórficas e sofre ação do intemperismo físico mais
49
pronunciados no verão e cotidianamente, á variação térmica diária devido a aumento
da temperatura durante o dia, período que ocorre o aquecimento solar e durante a
noite devido à queda das temperaturas em função do gradiente térmico, variações que
é visivelmente notado na superfície do leito rochoso.
Suas características específicas são de regiões áridas do modo que o solo
está exposto a altas temperaturas durante a maior parte do ano; desta forma é
possível classificar a sua tipologia do tipo cristalino isso se verifica outros tipos a
presença dos cristais comuns a esse tipo de rochas no local como o caso da mica, a
biotita, quartzo e o feldspato.
Conforme essa exposição rochosa sofre várias alterações pode-se afirmar
que esse grande potencial geológico presente nos caldeirões de Lajedo é uma
importante amostra para a compreensão dos tipos de rochas que são encontradas no
Agreste de Pernambuco, fornecendo informações sobre estrutura rochosas presente
em boa parte do Estado e especificamente do Planalto da Borborema.
Figura 32. Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina. A linha reta trata-se de uma
intrusão magmática de quartzo cinza, essas condições são comum encontrada nos caldeirões em
Lajedo – PE.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
Segundo estudos de diversos autores do ponto de vista geológico, o Agreste
Pernambucano situa-se sobre terrenos antigos do pré-cambriano correspondentes à
Província Estrutural da Borborema. O embasamento cristalino de idade pré-cambriana
50
sofreu vários eventos tectônicos, como são os casos de intrusões magmáticas (Figura
31), e também erosões que originaram serras entremeadas de vales profundos. Além
dos movimentos tectônicos, litologias variadas e processos de erosão diferencial
originaram relevos residuais, com superfícies superiores às circundantes que
evidencia do controle erosivo litológico do leito rochoso sobre o Riacho Doce.
A atuação dos processos erosivos culminou com o desenvolvimento de
feições geomorfológicas de rara beleza. Segundo Seabra (2004) essas formações
exóticas, são também encontrados sítios arqueológicos e paleontológicos com
elevado potencial para exploração turística.
5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do Riacho
Doce
As formas geomorfológicas das regiões semi-áridas relação direta da
influência climática, mas não isoladamente, uma vez que as feições rochosas variam
em função de diversos fatores, como são os casos das forças internas, dureza da
rocha, presença de água, variação térmica local, entre outros. As formas também se
relacionam a escala, por exemplo na escala maior toda a região do agreste se situam
em um planalto denominado de Planalto da Borborema, na condição de planalto sabe-
se que em sua totalidade seria erosivo, mas e condição não é uma lei e depende muito
da escala do observado e do objeto em estudo. Um exemplo clássico é o caso da
Pedra do Cachorro que embora seja um inselbergues erosivo o seu entorno é
deposicional.
No caso dos Caldeirões de Lajedo os processos esculturadores que
produzem as feições distintivas destas áreas estão direta e indiretamente
relacionados ao seu déficit hídrico e as chuvas esporádicas de verão e inverno, assim
as erosões e os processos tanto intemperismo como processos erosivos são
condicionados pela umidade e pela cobertura vegetal (está dependente também da
umidade).
Na caracterização do objeto de estudo observou nitidamente três condições
que permitem classificar como resultados de campo, algumas destas que se manifesta
nas formas diversas do intemperismo, nos fenômenos geológicos denominados falhas
e intrusões, e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três tipos: Oriçangas,
51
Marmitas e Caldeirões, que se combinam em três distintas fases completares de um
ciclo evolutivo.
Quanto à intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos se
manifestasse primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro
momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados
Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação
do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de
marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência
de chuvas.
Figura 33. Observa-se oricanças sedimentadas por sedimentos em suspensão trazidos pelas
enxuradas e mais tarde ocupada por vegetação fenomeno denominado como intemperismo biologico
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim
combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados
fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do
intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A
partir desses fenômenos internos sabe se que ás falhas e as intrusões, abrem o
caminho para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, à água, a
chuva, a variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim
o processo de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e
vegetação.
52
5.5 Oriçangas no solo Rochoso do Riacho Doce
Segundo Moreira (1999), estudando os rios de leito rochoso ao Sul de
Moçambique, no continente africano, destaca a escavação do leito em rochas
consolidadas, duras e com minerais alteráveis, apresentando duas micro-formas
embutidas, “mais ou menos largas e profundas”, às quais deu o nome de marmitas e
oriçangas, dependendo da posição onde ocorrem.
Figura 34. Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE, em forma
alargada superficial
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
No caso do Riacho Doce no limite dos Caldeirões esses processos erosivos
apresentam-se com formações nas rochas coma aspectos que variam de quase
arredondas a outras mais alargadas, mas que em sua superfície mostram-se pouca
profundidade devido a resistências do leito rochoso tipo cristalino e também em
decorrência das poucas precipitações pluviométricas regional relacionado ao clima
semi-árido proporcionando assim um processo erosivo mais lento, desta forma suas
feições erosivas se mostram mais rasas. Sendo assim os agentes atuantes para as
formações das Oriçangas e sua evolução para uma marmita em segundo momento e
depois em caldeirões, essa última a feição de relevo maior e dominante na área e
presente no leito do Riacho Doce.
Tais fenômenos elucidam um processo de ciclo de relevo erosivo. Essas
particularidades comuns observadas em campo no objeto de estudo apresentaram
53
características de ações químicas atribuídas aos agentes modeladores principalmente
à água, e consequentemente sua força mecânica, combinado com as variações de
temperatura que age na maior parte do ano, quente no verão e úmida no inverno.
Figura 35. Oriçança solo rochoso da Cachoeira Figura 36. Marmitas de forma rasa superficial
Grande Altinho-PE, formato circular no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE
Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012 Autor: Lima, Josenildo Odilon de- 2013
As oriçangas seriam, portanto, formações construídas pela reação química
das águas e algas constantes do represamento das chuvas, porque os locais onde
estão inseridas, afastadas do leito principal do rio, não teriam a força mecânica das
águas e sedimentos, normalmente, nas épocas de cheias fluviais. As oriçangas são -
como Guerra (1980) define, marmitas de dissolução.
5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce
A forma de Marmita encontrada no solo rochoso do Riacho Doce em Lajedo-
PE, identifica- se que vários são os tipos que definem as estruturas do solo que tem a
influência do clima para sua formação, a precipitação pluvial é um dos agentes
modelador nesta formação da marmita fluvial. No caso do solo rochoso dos Caldeirões
área onde foi pesquisado este tipo de fenômeno é visível ao observar o solo estudado
porque se trata das cavidades nas rochas com o acumulo das águas das chuvas.
54
Figura 37. Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE em forma
de corredeira com solo encharcado no período do inverno
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
No entanto devemos entender esse processo para Guerra (1980), as
marmitas são “Buracos que aparecem no leito dos rios produzidos pelas águas
turbilhonares. Esses buracos aparecem, comumente, logo após uma cachoeira, ou
então, quando há rápido desnível sendo, no entanto, o leito do rio de rocha dura e
compacta. As marmitas são produzidas pelo eixo vertical dos turbilhões” E segundo
Leinz e Amaral (2001, p.101), definem os caldeirões e marmitas como “[...] verdadeiras
perfurações cilíndricas, profundas, formadas pelo redemoinho das águas, ao
turbilhonar após uma cachoeira ou uma corredeira”.
5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce
Situado no agreste Meridional as estruturas geológicas representantes e
existentes no Município de Lajedo elevam como de grande importância para o estudo
das formas e características, desse grande potencial geológico que se encontra neste
Município.
Da forma que a área de estudos dos Caldeirões tem ás suas potencialidades
únicas na Região, pois o mesmo se trata de um processo que vem se modificando a
milhões de anos e no aspecto contemporâneo estão atribuído as transformações
químicas, físicas e biológicas para as formações destes importantes sistemas de
reservas das águas pluvias e fluviais que agem nas dissoluções das rochas que são
55
represadas e desta maneira dando formas estruturalmente conhecidas como
Caldeirões.
Segundo Guerra (1980), ele define caldeirão como “o mesmo que marmita”.
No entanto, devemos diferenciar caldeirão de marmita, pois a formação e a morfologia
são diferentes. É comum encontrarmos nas áreas rurais do Nordeste buracos feitos
em rochas duras, dos quais são retirados os materiais de entupimento, permitindo o
acúmulo de água para consumo familiar ou animal, durante parte do ano. Sua
formação deve-se, principalmente, à dissolução dos materiais pela ação química da
água em fissuras ou fraturas, provocando o alargamento em forma, geralmente,
longuilínea, ao contrário das marmitas, que são cavidades aproximadamente
cilíndricas.
Figura 38. Caldeirões suas formas estruturais, encontradas no leito do Riacho Doce em Lajedo- PE
observa-se que sua forma tem definição de um tanque envolvido com o solo rochoso
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013
Caldeirões em variadas formas na figura abaixo são identificados a estrutura
geológica totalmente envolvida no solo rochoso mais precisamente na rocha granítica
característica do próprio local onde foi feito o reconhecimento do solo estudado de
forma visível e conceituada no que se refere a os aspectos dos caldeirões.
56
Figura 39. Aspecto morfológico de exemplos de Caldeirões sua superfície é alargada devido processo
de erosão sofrido a milhões de anos desta forma também tem a atuação dos agentes de intemperismo.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce
Ao contrário das erosões que são visíveis e pertence a escala maior dos
fenômenos, como é o caso das erosões glaciares, pluviais, marinha, ventos, e até
fluviais, onde os fenômenos erosivos se tornam visíveis e em grande escala espacial,
o intemperismo ao contrário deste ocorre na escala imperceptível mais atua com a
mesma eficiência e muitas vezes antecede aos fenômenos erosivos, sai se afirmar
que ele ocorre na pedogenese
As formas de intemperismo que ocorrem no Riacho Doce são particulares da
região do semi-árido desta forma com altas temperaturas devido o clima seco no verão
e modificando-se no inverno com mudança para o clima úmido com isso os agentes
do intemperismo estão presentes nos aspectos Químico, Físico e Biológico.
Sendo assim as formas de transformações ocorridas nas rochas do Riacho
Doce mais precisamente nos Caldeirões em Lajedo- PE apresentam deformidades
que são influenciadas diretamente pelo sol, chuva, vento, etc. Citando Leinz e Amaral
(2001), os processos externos são parte fundamental do ciclo das rochas uma vez
que estes processos transformam rocha sólida em sedimento, e incluem:
intemperismo, movimentos de massa e erosão.
E segundo Teixeira et al (2003, p. 141), afirma que todos processos que
causam desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais antes coesos
57
e com sua fragmentação, transformando a rocha inalterada em material descontínuo
é friável, constituindo o intemperismo Físico.
Figura 40. Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico atuando sobre a rocha com ação da água
que penetra o solo rochoso e a ação dinâmica e posteriormente das amplitudes térmicas em função
variações altas temperaturas durante o dia e queda de temperaturas a noites.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013
Os agentes do intemperismo químico que atuam nos Caldeirões em
particularmente no leito do Riacho Doce apresentam suas formas modificadas pela
ação fluvial que altera a composição dos minerais das rochas que são arrastados
principalmente por reações que envolvem a presença da água, que é um principal
fator controlador da intensidade do intemperismo químico.
O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva, que infiltra-
nos inter ciclos, nas suas reentrâncias e também nas falhas das rochas. Na transição
da semi-aridez para clima úmido, os processos de alteração química contribuem para
a erosão linear. O regime fluvial passa a ser permanente, com aumento progressivo
da descarga média dos rios e de sua capacidade de transportar a carga sólida. O leito
pode ser retrabalhado, ocorrendo o rebaixamento do nível de base local (SILVA, 2012
p.46).
58
Figura 41. Formas do agente de intemperismo químico que atuam nos Caldeirões solo rochoso
encharcado na superfície devido a atuação fluvial.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
Os agentes de intemperismo ocorridos do tipo Biológico nos Caldeirões no
leito do Riacho Doce apresentam-se em grande parte da área estudada, por se
encontrar na área de preservação do Município, sua vegetação é rasteira com plantas
da região, com isso é fácil identificar esses agentes presentes em conformidade com
as rochas presentes deste habitat, devido o Riacho Doce está inserido no canal de
escoamento da cidade que em boa parte do ano ele serve mais para receber águas
não tratadas; no seu córrego se verifica que a maior parte do ano e aumentando o seu
fluxo de água no período do inverno época que as chuvas são mais constantes desta
forma as plantas comuns da Região Agreste de Pernambuco afloram. Também é de
se relatar os reservatórios formados com ás águas das chuvas e desta maneira dando
formas a vários organismos vivos de plantas, insetos e animais e dispersão de plantas
aquáticas que habitam os caldeirões.
59
Figura 42. Agentes do intemperismo do tipo Biológico vegetação envolvida no leito rochoso dos
Caldeirões boa parte do solo apresenta arbustos e plantas densas.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce
Os agentes de intemperismo da classificação dos liquens que são
encontrados nos Caldeirões em particularmente no leito rochoso do Riacho Doce são
de formas diversas comuns a regiões do semi-árido do Brasil por fazerem parte de um
afloramento rochoso de rios intermitentes que neste caso é verificado no Riacho Doce
em Lajedo- PE.
Estes líquenes têm ás estruturas e formas variadas dependendo dos tipos de
fungos ou bactérias que se instalam nas rochas e também é observada a coloração
da cor laranja típica de uma região quente que neste caso encontrado nos Caldeirões
em seu solo rochoso. A decomposição químico-biológica – segundo Leinz e Amaral
(2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma rocha expostas às intempéries são
bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir os liquens, depois as algas e musgos,
formando e preparando o solo para as plantas superiores.” O metabolismo desses
seres segrega gás carbônico, nitratos, ácidos orgânicos etc. que são incorporados às
soluções que per colam os solos e atingem as zonas de intempérie das rochas.
60
Figura 43. Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso dos Caldeirões em Lajedo- PE,
esse tipo que ocorre na parte mais exposta da rocha.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
5.10 Colônias de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões
Essa estrutura em qual se apresenta a colônia de liquens é ocorrido devido
acidez das rochas, o contato com ás águas das chuvas que resfria as rochas desta
forma, surgem os fungos e bactérias e consequentemente os liquens em grande
escala superficial. Os liquens são seres vivos muito simples que constituem uma
simbiose de um organismo formado por um fungo(o micobionte) e uma alga ou
cianobactéria (o fotobionte), (DEL MORO, 1998 p.90-91).
Figura 44. Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões. A cor varia em função da concentração.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
61
6. O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do Riacho
Doce.
Quanto ao intemperismo observou-se que são fenômenos erosivos e que na
área em estudo manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que
em um primeiro momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios
denominados Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo
biológico.
As formas de relevo denominadas Oriçangas, Marmitas e Caldeirões se
diferenciam em relação aos aspectos qualitativos dimensionais, mas a luz da teoria
quem compõe o ciclo do relevo são fases complementares de um ciclo evolutivo.
Entretanto os processos de intemperismo principalmente o biológico não é sequencial,
e pode aparecer independente e cada uma dessas formas de relevo. Dessa forma
pode ser encontrado desenvolvimento de vegetação em Oriçangas, em Marmitas e
em Caldeirões (Figura 45).
Figura 45: A esquerda a formação de oriçangas. A direita oriçangas sob ação do intemperismo quimico.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015.
Por sua vez as marmitas são consequencia da evolução das oriçangas e que
se desenvolve com ação erosiva combinados das chuvas, correntezas de águas no
períodos de chuvas por efito de turbihonamento que usam as particulas de areia em
suspensão e em atrito nos orifícios provocam o seu alargamento. Em outro momento
após as enxuradas essas mesmas águas em momento de menor velocidade podem
62
depositar seu sedimentos em suspensão nessas formaçãoe que mais tarde vai ser
ocupado pela vegetação (Figura 46).
Figura 46: Observa-se a esquerda uma marmita oriunda da evolução de uma oriçanga. Ao lado e a
direita uma marmita ocupada por sedimentos carreados e soba ação biologica ou intemperismo.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 06/07/2015.
Por fim as marmitas evoluem para uma forma mais alargada denominadas
calderão. Um caldeirão pode variam de tamanho, mas sempre se destacam pelo fato
de permitir grande quantidade de armazenamento de água em sua forma.
Figura 47: A esquerda um caldeirão com água das chuvas; á direita a sedimentação de um caldeirão
e o consequente intemperismo químico e biológico.
Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
63
No passado quando a ocupação do interior e durante o periodo do fim das
chuvas, esses ambientes naturais serviam de abrigo de animais e pessoas que se
serviam de suas águas. Esses caldeirões quando passam por enchentes do rios
serem assoreados, quando isso ocorre se desenvolvem vegetação, primeiro uma do
tipo pastosa e aqúatica e em outro momento o sua completa ocupação por
vegetação.
Entretanto esses fenômenos estudados, a saber: os geológicos, os
intempericos e o ciclo das Oriçangas não se manifestam isoladamente e sim
combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados
fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do
intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas.
64
7. CONCLUSÕES
Como resultado das pesquisas bibliográficas e da pesquisa de campo
realizados na área denominada Caldeirões rochosos do Riacho Doce de Lajedo- PE,
foi possível observar nitidamente três condições geológicas e geomorfológicas que
permitiu classificar como resultados de campo. Alguns desses resultados inseridos no
campo da geologia denominado agentes externos do relevo, como é o caso do
intemperismo, como são os casos dos Físicos, Químicos e Biológicos. A outras na
área ligada aos agentes internos denominados de fenômenos geológicos, como é o
caso das falhas e intrusões e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três
tipos: Oriçangas, Marmitas e Caldeirões, que combinam em três distintas fases
completares de um ciclo evolutivo.
Quanto ao intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos
manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro
momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados
Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação
do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de
marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência
de chuvas.
Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim
combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados
fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do
intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A
partir desses fenômenos internos sabe que ás falhas e as intrusões, abrem o caminho
para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, a água da chuva, a
variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim o processo
de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e vegetação. O
que permite afirmar que o Ciclo do Relevo é uma teoria que pode ser aplicado ao local
dos Caldeirões e que o relevo local ainda continua em uma dinâmica de evolução.
65
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TCC- Odilon Lima -2015

  • 1. AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM – AEB FACULDADE DO BELO JARDIM – FBJ JOSENILDO ODILON DE LIMA PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO: O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NORIACHO DOCE NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE BELO JARDIM – PE NOVEMBRO - 2015
  • 2. 2 JOSENILDO ODILON DE LIMA PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO: O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE Trabalho de conclusão do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Faculdade do Belo Jardim, FBJ em cumprimento aos requisitos avaliativos para obtenção da graduação em Geografia Orientador: Prof Dr. Natalício de Melo Rodrigues BELO JARDIM – PE NOVEMBRO - 2015
  • 3. 3 AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM – AEB FACULDADE DO BELO JARDIM– FBJ JOSENILDO ODILON DE LIMA PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO: O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE BANCA EXAMINADORA: Defendida e aprovada em ____/____/_____ ______________________________________________________________ Orientador: Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues ______________________________________________________________ 1º Examinadora: Profª. Ms. Lindhiane Costa de Farias ______________________________________________________________ 2º Examinadora: Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva Chaves
  • 4. 4 Aos meus pais, Odilon Felix e Maria J. Dantas a minha esposa, Lucrecia Delgado, a minha filha, Libna Delgado Dantas de Lima, e a todos os meus irmãos (es) e demais parentes e amigos e a toda sociedade a que devo contribuir com a minha formação acadêmica. Dedico
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS A Deus o criador do universo e todas a coisas, a minha família e a todos que de alguma forma ajudaram-me. Aos professores que me conduziram, nesta jornada acadêmica, de maneira especial ao orientador da pesquisa o Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues. As Professoras, Ms. Lindhiane Costa de Farias, Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva Chaves, e aos demais professores da faculdade que contribuíram para minha formação de licenciado. Aos amigos (as) de sala de aula do curso de Geografia que durante os quatro anos de convivência nesta instituição, e também aos demais alunos, ex- colegas de turma que por motivos diversos não concluíram este curso, e pôr fim a todos os funcionários que fazem parte desta Faculdade que de alguma forma direta ou indireta também contribuíram.
  • 6. 6 A sabedoria não depende da razão e da memória, mas da maturidade, da pureza e da perfeição da personalidade de cada um. (Franz Bardon)
  • 7. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Erosão no Rio Jaguari Bragança Paulista – 2015 .......................... 17 Figura 02 Erosão eólica deserto de Chang giHui. China ................................ 18 Figura 03 Erosão glacial Noruega na geleira de Briksdal- 2015 ..................... 19 Figura 04 Erosão marinha,no litoral Norfolk na Inglaterra.-2015 .................... 20 Figura 05 Erosão pluvial, encosta na Zona da Mata- Pernambuco- 2015 ...... 21 Figura 06 Erosão fluvial Rio Colorado nos Estados Unidos- 2015 ................. 22 Figura 07 Erosão e Transporte fluvial, Guarapuava-SP- 2015 ....................... 23 Figura 08 Padrões de canais, Nacional parque Rio Yukon Canadá-2015 ...... 24 Figura 09 Controle erosivo e de nível de base por uma soleira rochosa ........ 25 Figura 10 Soleira rochosa interferindo, controle erosivo Cambuquira-MG ..... 25 Figura 11 Gráfico de nível; superior, médio e Inferior- 2015 ........................... 27 Figura 12 Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900 ................................... 29 Figura 13 Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio- 2015 .......................... 29 Figura 14 Leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas- 2015 .......... 30 Figura 15 Mapa da Microrregião de Garanhuns-PE- 2015 ............................. 31 Figura 16 Rocha de granito no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE . 32 Figura 17 Vista aérea do Município de Lajedo- PE- 2015 .............................. 33 Figura 18 Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una- 2015 ........ 35 Figura 19 Rochas ígneas, intrusivas e extrusivas- 2015 ................................ 37 Figura 20 Os principais tipos de rochas metamórficas- 2015 ......................... 38 Figura 21 Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10- 2015 ..... 39 Figura 22 Rochas fraturadas por dilatação e variação das temperaturas ...... 40 Figura 23 Formas de intemperismo químico, litoral do Rio Grande do Norte . 41 Figura 24 Formas de intemperismo biológico – 2015 ..................................... 42 Figura 25 Colonização de liquens sobre granito Altinho- PE, 2012 ................ 42 Figura 26 Escala de Taxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996) ................ 44 Figura 27 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ..... 45 Figura 28 Terraços do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ................................. 46 Figura 29 Solo rochoso Bairro Caldeirões no Município Lajedo- PE, 2015 .... 47 Figura 30 Curso do Riacho Doce, com água corrente- 2015 .......................... 48 Figura 31 Curso do riacho Doce no período de estiagem- 2013 .................... 48
  • 8. 8 Figura 32 Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina ..... 49 Figura 33 Oriçangas sedimentadas formas de intemperismo biológico ......... 51 Figura 34 Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões ........... 52 Figura 35 Oriçança no solo rochoso da Cachoeira Grande Altinho-PE .......... 53 Figura 36 Marmitas de forma rasa superficial do Riacho Doce nos Caldeirões 53 Figura 37 Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões.... 54 Figura 38 Caldeirões e suas formas estruturais no leito do Riacho Doce ...... 55 Figura 39 Aspecto morfológico dos Caldeirões de superfície alargada........... 56 Figura 40 Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico ....................... 57 Figura 41 Formas do agente de intemperismo químico nos Caldeirões ......... 58 Figura 42 Agentes do intemperismo do tipo Biológico nos Caldeirões ........... 59 Figura 43 Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso .............. 60 Figura 44 Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões ....................... 60 Figura 45 Comparação de oriçangas, formação e ação do intemperismo ..... 61 Figura 46 Marmita evoluída de oriçanga, e marmita sob ação biológica ........ 62 Figura 47 Comparação caldeirão com água e caldeirão com sedimentação . 62
  • 9. 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Precipitações Médias do Município de Lajedo e cidades vizinhas 36
  • 10. 10 RESUMO Linha de pesquisa inovadora no âmbito da Geomorfologia e Geologia. Expõe-se as condições geológicas, geomorfológicas, climáticas que atua na formação das Oriçangas, marmitas e os caldeirões existentes no Riacho Doce afluente do Rio Una em Lajedo no agreste meridional de Pernambuco, tendo como base teórica o Ciclo do Relevo de William Morris Davis. Com um discurso inovador elucida-os como um fenômeno complementares, os conceitos de intemperismo, os fenômenos geológicos sabe que as falhas e intrusões magmáticas, como condicionadores dos processos erosivos associado a formação e desenvolvimentos do ciclo que inicialmente se dar com o desenvolvimento das formas não regulares das Oriçangas, consequentemente as marmitas e evoluindo e dando origem aos Caldeirões, que em outro momento passa por sedimentação e o consequente intemperismo biológico. Por sua inovação e fenômeno único regional estudado a pesquisa em apreço vem preenchendo assim uma lacuna na literatura de TCC no Departamento de Geografia, uma vez que identifica e mostra imagens do local e a evolução das formas de relevo erosiva pluvial e fluvial que em conjunto atuam no leito rochoso denominado caldeirões de Lajedo. A pesquisa mostrou que os conceitos de intemperismo, intrusões magmáticas e falhas, bem como, a teoria do ciclo do relevo que foram utilizados como hipótese a ser testada na área selecionada para estudos foram positivo. Em campo observou-se que de fato os processos intemperismo como é o caso dos liquens, e do desenvolvimento de vegetação na superfície do leito rochoso, tem como condicionadores as falhas, as intrusões,e esses fenômenos funcionam como receptores de sedimentos em escala local. Os fenômenos climáticos também importantes nos processos, uma vez condicionam as precipitações pluviométricas, e os fatores fluviométricos, sempre considerando a variação de temperatura ou amplitude térmica, a dureza das rochas do leito, entre outros como citados no texto que compõe o tópico resultados do Trabalho Conclusão de Curso. A pesquisa faz uma breve citação da contribuição dos caldeirões para o uso e ocupação por fazenda e povoados, que mais tarde junto a outros fatores influenciaram na expansão máxima com a cidade. Hoje o local denominado caldeirão do leito rochoso de Lajedo encontra-se circundada por ruas, estradas, residências, e construções comerciais e como consequência sob impactos ambientais embora não tenha sido estudado nesse trabalho porque não constitui referencial teórico do tema, mas fica aberto para outros pesquisadores. Palavras- chave: Processos erosivos; Caldeirões rochosos; Lajedo.
  • 11. 11 ABSTRACT Innovative line of research within the geomorphology and geology. Exposes the geological, geomorphological, climatic engaged in the formation of Oriçangas, lunch boxes and existing potholes on Sweet Creek tributary of the Rio Una in Lajedo in the southern wild Pernambuco, whose theoretical basis the relief cycle of William Morris Davis.With an innovative discourse highlights them as a complementary phenomenon, the concepts of weathering, geological phenomena namely faults and magmatic intrusions, as conditioners of erosion associated with training and development cycle that initially be given to the development of non-regular shapes the Oriçangas consequently the lunch boxes and evolving and giving rise to the cauldrons, which at another time goes by sedimentation and the consequent biological weathering.For innovation and regional single studied the research phenomenon in question has thus filling a gap in the CBT literature in the Department of Geography, since it identifies and displays images of the site and the evolution of rain and river erosive form of relief which together act the bedrock called cauldrons of Lajedo-PE. Research has shown that the concepts of weathering, magmatic intrusions and faults as well as well as the theory of relief cycle were used as a hypothesis to be tested in the area selected for study was positive.In the field it was observed that indeed the weathering processes as is the case in lichens, and vegetation growth on the surface of rocky bed, is flaws conditioners, intrusions, and these phenomena act as sediment receptors on the local scale. The also important weather phenomena in processes, as condition the rainfall, the fluviometric factors, always considering the variation of temperature or temperature range, the hardness of the bed rocks, among others as mentioned in the text that makes up the Work Completion results topic of course. The research is a brief quote from the contribution of cauldrons for use and occupation by farm and villages, who later together with other factors influence the maximum expansion with the city. Today the place called cauldron bedrock of Lajedo is surrounded by streets, roads, homes, and commercial buildings and resulted in environmental impacts although it has not been studied in this CBT because not constitute theoretical issue of the standard, but is open to other researchers. Key words: erosion processes; Rocky potholes; Lajedo- PE.
  • 12. 12 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS RESUMO ABSTRACT 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ................................................................... 16 2.1 Agentes externos e o conceito de erosão ............................................... 16 2.2.1 Erosão eólica .............................................................................................. 17 2.2.2 Erosão glacial ............................................................................................. 18 2.2.3 Erosão marinha .......................................................................................... 19 2.2.4 Erosão pluvial ............................................................................................. 20 2.2.5 Erosão fluvial .............................................................................................. 21 2.3 Erosão e transporte fluvial ........................................................................ 22 2.4 Padrões de canais ...................................................................................... 23 2.5 Erosões e nível de base em leito de um rio ............................................. 24 2.6 Características do Curso de um rio .......................................................... 25 3.0 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ....................................... 28 3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões rochosos ..................................................................................................... 28 3.2 Caracterização da área de estudo ............................................................ 31 3.2.1 Condições físicas ....................................................................................... 32 3.2.2 Aspectos geológicos e geomorfológicos ................................................ 33 3.2.3 Aspectos hidrográficos da bacia do uma ................................................ 34 3.2.4 Dinâmica climática regional ...................................................................... 35 3.3 Rochas e agentes do intemperismo ......................................................... 36 3.3.1 Intemperismo e sua tipologia ..................................................................... 39 3.3.2 Intemperismo físico ................................................................................... 40 3.3.3 Intemperismo químico ............................................................................... 40 3.3.4 Intemperismo biológico e liquens ............................................................ 41
  • 13. 13 4 METODOLOGIA .......................................................................................... 43 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 44 5.1 Escala do objeto de estudo ........................................................................ 44 5.2 Perfil Longitudinal da Bacia do Riacho Doce .......................................... 45 5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce .................................................... 47 5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do Riacho Doce ................................................................................................ 50 5.5 Oriçangas no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 52 5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce .............................................. 53 5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 54 5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce .................. 56 5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce .............................................. 59 5.10 Colônia de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões ............................ 60 6 O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do Riacho Doce ................................................................................................ 61 7. CONCLUSÕES ............................................................................................ 64 8 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 65
  • 14. 14 1. INTRODUÇÃO O tema da pesquisa tem particularmente o ambiente físico denominado popularmente Caldeirões, situado nos limites urbano central da cidade de Lajedo-PE. Em Geografia o termo erosão, faz referência a modificações impostas pela natureza ou seus agentes externos modificadores do relevo. Esses agentes modificadores se distribuem pelo planeta Terra em conformidade com as variáveis climáticas, dureza das rochas, entre outros, e tem como agentes: a chuva, o vento, o gelo, a vegetação, entre outros. Esses agentes erosivos externos atuam na esculturação do relevo, entretanto embora se saiba que sua dinâmica se relaciona com ação do sol e a força gravitacional. O sol porque atuando na superfície do planeta agi como agente motor dos mais diversos intemperismo, como é o caso do físico diretamente, e do químico indiretamente, como o casão da energia que atua na evaporação e posterior precipitação. A gravidade por sua vez que direciona os sedimentos para os locais mais baixos, e atua também nas águas que as direciona para o nível de base dos oceanos. Quanto ao termo “Caldeirões” é o nome atribuído ao lugar, pela sua ambiência e pelos os elementos significativos da paisagem geográfica que significa: escavação nas rochas feitas pelas águas das chuvas, na concavidade nos lajedos, no qual se retira o cascalho, ou ainda, tanque natural nos lajedos onde se reúne à água da chuva (FERREIRA, 1989. p. 256). Processos erosivos em leito rochoso do Riacho Doce, situado no entre meio do bairro Caldeirões no município de Lajedo se justifica, uma vez que os caldeirões são componentes naturais resultantes de processos erosivos pluviais e fluviais ainda não estudado, tornando-se uma oportuna condição científica a pesquisa, condição em que pode ser possível identificar os processos erosivos e pretéritos e atuais reinantes. No Nordeste brasileiro, especificamente nas regiões semi-áridas a ações erosivas se dar sobre o relevo rochoso constitui quase uma regra, nessas condições climáticas esporádicas de chuvas e de rios intermitentes, atua de forma erosiva do tipo fluvial e pluvial sobre um leito rochoso cristalino, desse modo e comum encontrar nesses ambientes exposições de leitos rochosos exposta pela erosão permitindo sua análise e pesquisa.
  • 15. 15 Quanto a sua importância se dar devido ao leito do Riacho doce ser exposto e de fácil acesso, condição que permite uma análise de sua estrutura seus processos erosivos atuantes, pretéritos e presentes. Em Lajedo - PE cidade do agreste meridional tem seu nome relacionado a essa formação rochosa exposta de aspecto erosivo que aparece somado a paisagem local e urbana, desta maneira nítida destaca-se como um elemento natural de maior relevância para a formação do nome da cidade os “Caldeirões” nome de costume usado pela população em seus vocábulos como “Lajeiros” de onde provém o nome da Cidade atual que são as rochas que armazenavam água das chuvas servindo para abastecimento da população a décadas passadas. Assim, essa pesquisa teve como objetivo elucidar os componentes existentes no relevo dos Caldeirões, de formas e características conclusivas com o tipo de avaliação envolvida no leito rochoso do Riacho Doce.
  • 16. 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Agentes externos e o conceito de erosão Segundo Petersen et al (2014), afirma que erosão é a remoção de materiais de um lugar da Terra pela gravidade, água, vento ou gelo glacial. Erosão é diferente de intemperismo, A erosão é a escala maior de degradação da superfície terrestre, enquanto o intemperismo ocorre em micro escalas ou na interface entre a litosfera e astenosfera, litosfera e a hidrosfera, litosfera e a biosfera entre outras combinações. Segundo Teixeira et al (2000, p. 40) Os agentes da erosão podem movimentar o material que forma o manto de intemperismo, incluindo o solo. A falta de vegetação contribui para a erosão. Segundo Jatobá (2008), o relevo terrestre, apesar de aparentemente estático, é dinâmico e está em constante transformação. Tal dinâmica deve-se aos processos internos e externos que contribuem para que essa dinâmica aconteça, são os agentes transformadores do relevo. Os agentes transformadores do relevo são classificados conforme a origem de suas ações, aqueles que atuam abaixo dos solos são chamados de agentes endógenos ou internos e aqueles que atuam sobre a superfície são chamados de agentes exógenos ou externos. Os Agentes externos ou exógenos, também chamados de esculturadores, são responsáveis pelo o desgaste e a sedimentação (deposição) do solo. Eles são ocasionados pela ação de elementos que se encontram sobre a superfície, como os ventos, as águas e os seres vivos. O agente externo mais atuante sobre a transformação dos solos é a água, seja de origem pluvial (chuvas), seja de origem fluvial (rios e lagos), ou até de origem nival (derretimento do gelo). A ação das águas também pode ser dividida em fluvial, marinha e glacial. A água provoca transformação e modelagem dos solos e contribui para a formação de processos erosivos.
  • 17. 17 . Figura 1. Erosão fluvial e pluvial no Rio Jaguari Bragança Paulista, trecho da rodovia no Estado de são Paulo. Fonte: professormarcianodantasblogspot.com. Acesso 24/05/2015 2.2.1Erosão Eólica Segundo Teixeira et al (2000, p. 248). Através desses fenômenos atmosféricos, partículas de areia e poeira podem ser transportadas por milhares de quilômetros e em tempo provocam erosões na superfície (Figura 2). Com a diminuição da energia de movimento das massas de ar, as partículas carregadas depositam-se em diversos ambientes terrestres, desde continentais até oceânicos, passando a participar de outros processos da dinâmica externa. Nas áreas continentais, estas partículas depositam-se sobre todas as superfícies desde as montanhas até as planícies. A atividade eólica representa assim um conjunto de fenômenos de erosão, transporte e sedimentação promovidos pelo vento. Os materiais movimentados e depositados nesse processo são denominados sedimentos eólicos.
  • 18. 18 Figura 2. Erosão eólica em terrenos sedimentares em uma formação de arco localizada no deserto de Chang giHui. China. Fonte: pt.slideshare.net, 24/05/2015. 2.2.2 Erosão Glacial Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo, sendo, portanto, de difícil observação e estudo, e o seu conhecimento é ainda incompleto. A erosão glacial pode ser definida como envolvendo a incorporação e remoção pelas geleiras de partículas ou detritos do assoalho sobre o qual elas se movem. (TEIXEIRA et al 2000, p. 222). Erosão Glacial, é a erosão causada pelo gelo que pode ocorrer quando as águas da chuva penetram entre as rochas e, quando chega a época de frio intenso, essas águas que penetram se congelam, ocupando mais espaço que a água líquida, fazendo maior pressão sobre as paredes das rochas que, consequentemente, se quebram. A erosão glacial pode ocorrer der três maneiras: - Águas das chuvas penetram entre as fendas das rochas, quando chega a época de frio muito intenso, essas águas congelam-se, e o gelo que ocupa mais espaço que a água líquida faz pressão sobre as paredes da rocha, quebrando-a. - Os blocos de gelo que saem das geleiras deslizam pelas encostas das montanhas, quebrando as rochas. - Nas regiões onde faz muito frio, durante o inverno o gelo se acumula no topo das montanhas. Na primavera o gelo começa a derreter e a descer lentamente pelas encostas. No trajeto, formam novos caminhos e vão se transformando em água
  • 19. 19 líquida, pelo aumento da temperatura, voltando a correr gelo antigo curso ou formando novos canais de água. Figura 3. Erosão glacial montanhas rochosas na geleira de Briksdal na Noruega. Fonte: bioventuraecoturismoanimalwordpress.com, acesso 24 de maio de 2015 2.2.3 Erosão Marinha Erosão sobre a costa provocada pela ação das ondas e das marés e pelos materiais que estes transportam e ainda pela ação química da água do mar. Segundo Teixeira et al (2000, p. 238) Em vários lugares da Terra, geleiras entram em contato com o mar, no fundo ou na boca de entalhes costeiros, dentre os quais os mais conhecidos são os fiordes. Estes tipos de ambiente constituem estuários influenciados por geleiras. Em outros, as geleiras atingem diretamente o mar aberto. As condições relativas a vários fatores ambientais são suficientemente distintas, em cada caso, para merecer uma discussão em separado.
  • 20. 20 Figura 4. Colapso de encostas litorâneas em decorrência de erosão marinha,Norfolk na Inglaterra. Fonte: ehow.com.br. Acesso 24/05/2015. 2.2.4 Erosão pluvial A erosão pluvial provoca desde uma erosão na escala de partículas, a uma escala de encosta. ravinas e as voçorocas contribuem muito para o movimento de massa nas encostas, devido a um escoamento superficial em lençol que ao longo do tempo da chuva se concentram em filetes de água, formando sulcos, que são chamados de ravinas, que no decorrer do tempo e com a ajuda do escoamento sub- superficial que chegando ao lençol freático, provoca a voçoroca. São diversas as variáveis que determinam se uma encosta é estável ou instável: o ângulo de repouso, a natureza do material na encosta, a quantidade de água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação. Esses fatores são condicionantes e dirão através de observação e monitoramento se a encosta tem risco de sofrer movimento. Entretanto, nem sempre a água é o fator detonador do movimento e sim que o torna mais avassalador: Nos movimentos de massa ocorre um movimento coletivo do solo e/ou rocha, onde a gravidade/declividade possui um papel significativo, nesse sentido a água pode tornar ainda mais catastrófico, mas não é necessariamente o principal agente desse processos (CUNHA e GUERRA, 2008).
  • 21. 21 Figura 5. Erosão pluvial em encosta colonizadas na Zona da Mata- Pernambuco. Fonte: em <slideplayer.com.br>, acesso 17/10/2015. 2.2.5 Erosão Fluvial Erosão fluvial é a remoção do material rochoso pela água. A erosão fluvial consiste na remoção química de íons de rochas e na remoção física de fragmentos (clastos). A remoção física de fragmentos da de rocha inclui a quebra de novos pedaços de rocha do leito ou das laterais do canal e a movimentação dos clastos preexistentes que ficaram temporariamente depositados no fundo do canal. (PETERSEN et al 2014, p. 341), apud (TEIXEIRA et al 2000, p. 192). Os processos associados aos rios denominados processos fluviais, enquadram-se, num sentido mais amplo, no conjunto de processos aluviais, que compreendem a erosão, transporte e sedimentação em leques aluviais são sistemas fluviais distribui tórios espraiados por dispersão radial no assoalho de uma bacia a partir dos locais de saída de drenagens confinadas em regiões montanhosas.
  • 22. 22 Figura 6. Erosão fluvial em leito rochoso do tipo sedimentar, Leito do Rio Colorado nos Estados Unidos. Fonte: em <mundoeducacao.com>acesso 24 de maio de 2015 2.3 Erosão e transporte fluvial Os rios transportam sua carga de várias maneiras. Alguns minerais são dissolvidos na água, sendo então carregados no processo de transporte de solução. As partículas sólidas mais finas são transportadas em suspensão, boiando, pela turbulência vertical. Esses pequenos grãos podem permanecer suspensos na coluna de água por longos períodos, desde que a força ascendente da turbulência seja mais forte que a tendência das partículas de descer e se depositar. A proporção relativa de cada tipo de carga presente em determinado fluxo varia de acordo com as características de drenagem da bacia, como clima, manto vegetal, inclinação, tipo de rocha e as capacidades de infiltração e permeabilidade da rocha, além dos tipos de solo. As cargas dissolvidas serão maiores que a média em bacias com quantidades elevadas de infiltração e fluxo de base porque as águas subterrâneas que se movem lentamente e alimentam o fluxo de base adquirem íons das rochas através das que se move (PETERSEN et al 2014, p. 341-342).
  • 23. 23 Figura 7. Observa-se o tom amarelo na água em decorrência da erosão e do transporte de sedimentos em suspensão denominado transporte fluvial. Guarapuava-SP. Fonte: News. Acesso 15/10/ 2015 2.4 Padrões de Canais Três tipos principais de canais de rio foram tradicionalmente reconhecidos considerando a forma de determinado segmento, quando vistos em um mapa. Embora canais retos possam existir para curtas distâncias em circunstâncias naturais, principalmente ao longo das zonas dos canais com margens paralelas e lineares apresenta características artificiais construídas pelo ser humano. O rio flui em múltiplas vertentes entrelaçados que se dividem e se unem novamente em torno das barras, formando uma trança, o que, na verdade, é denominado canal trançado. Sendo, portanto, comum em regiões áridas e de degelo glacial (PETERSEN et al 2014, p. 343-344).
  • 24. 24 Figura 8. Padrões de canais,Nacional parque Rio Yukon Canadá. Fonte: pt.slideshare.net, Acesso 24/05/2015 2.5 Erosões e nível de base do leito de um rio Uma maneira de entender a variedade de característica dos relevos resultantes de processos fluviais é examinar o curso de um rio idealizado que ocorre de sua cabeceira, nas montanhas, até sua foz, no oceano. O gradiente desse rio diminuiria continuamente a jusante, uma vez que flui de sua fonte para seu nível-base. Os processos de erosão fluvial dominam o curso íngreme superior, enquanto a deposição predomina no curso inferior. O curso médio apresenta elementos importantes tanto de erosão fluvial quanto de deposição (PETERSEN et al 2014, p. 344-345).
  • 25. 25 Figura 9: Observa-se na figura a esquerda o controle erosivo e de nível de base por uma soleira rochosa, condição semelhante a um leito rochoso, como é o caso do Riacho Doce; á direita o controle do nível de base ocorre devido a uma formação lacustre. Fonte: cmapspublic.ihmc.us. 18/10/2015. Figura 10. Observa-se uma soleira rochosa interferindo no controle erosivo, nessas condições as soleiras podem formar cachoeiras de água. Cambuquira- MG. Fonte: em <blog.besttimetour.com>, acesso 15/10/2015. 2.6 Características do curso de um rio Um rio em seu curso natural tem comportamentos hidrológicos em função dos aspectos geomorfológico, geológico, pedológico e fluvial, e em conjunto refletem no
  • 26. 26 seu comportamento erosivo e velocidade em função de sua declividade. Desse modo nas cabeceiras do rio ideal superior, ele corre principalmente em contato com a rocha. Sobre a gradiente íngreme, muito acima de sei nível-base, o rio trabalha erodindo verticalmente para baixo por ação hidráulica e abrasão. A erosão no curso superior cria um íngreme vale de desfiladeiro, ou ravina, conforme o canal do rio corta profundamente a terra. Pouca ou nenhuma planície de inundação está presente, e as paredes do vale normalmente se inclinam para a borda do canal do rio. Encostas íngremes incentivam o movimento em massa de material rochoso diretamente na corrente. Os vales desse tipo, dominados pela atividade de corte inferior do rio, são muitas vezes chamados vales em V porque, em sua seção transversal, as encostas íngremes desenvolvem o formato da letra V. Na seção média do perfil longitudinal ideal, o rio flui numa gradiente moderado e em um leito de canal moderadamente suave. Aqui o vale da ribeira inclui uma planície de inundação, mas os cumes restantes, além da planície de inundação formam paredes de vale definidas. O rio fica mais próximo ao seu nível-base, flui por uma gradiente mais suave e, portanto, fornece menos energia a erosão vertical que em seu curso superior. Entretanto, o rio ainda tem energia considerável por causa do aumento do volume de fluxo e da redução do atrito no leito. Muita de sua energia disponível é utilizada para transportar a carga considerável que acumulou e para a erosão lateral dos lados do canal (PETERSEN et al 2014, p.345-346). . No curso Inferior, sob gradiente mínima e aproximadamente ao nível-base ao longo do curso inferior do rio ideal tornam o corte inferior praticamente impossível. A energia fluvial, agora derivada quase exclusivamente da vazão superior, em vez do puxão para baixo da gravidade, provoca considerável mudança lateral do canal e criação de uma grande planície de deposição. Quanto mais baixa a planície de inundação de um grande rio mais ampla é a largura de sua faixa de meandro, apresentando evidencias de muitas mudanças no curso (PETERSEN et al 2014, p. 345-346). No caso do Riacho Doce seu curso superior onde os processos erosivos sobre rochas e a evidência mais enfática o que justifica a presença dos caldeirões nessa área.
  • 27. 27 Figura 11. Gráfico elucidando as características de nível; superior, médio e Inferior de um rio e seus dinâmicos processos erosivos. Fonte: em <WWW.slideserve.com>acesso 24 de maio de 2015
  • 28. 28 3. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO 3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões rochosos Acidade de Lajedo nasceu do desenvolvimento da fazenda Cágado, então propriedade do fazendeiro Vicente Ferreira, que tinha na criação de caprinos, sua principal atividade econômica. Para a manutenção do rebanho, ele encontrou, na extensão rochosa e nas águas em suas concavidades, (os Caldeirões), as condições ideais para a criação dos animais e a construção da sede da fazenda. Á chegada dessa família atribui-se o processo inicial de desenvolvimento da localidade e apesar das transformações, o lugar preserva até hoje a referência ao nome da formação geológica (DOURADO e SÁ CARNEIRO 2003, p. 26). Segundo dados do IBGE (2010) Lajedo é entre as demais a cidade a mais jovem da Região do Agreste. Seu nome deriva dos muitos “lajeiros” existentes nas suas proximidades medindo uma área de dez hectares, chamados de “Caldeirões” No passado esse leito rochoso foi muito importante porque serviu para abastecer de água mesmo que em pequena escala a população do entorno e animais. Hoje embora hoje a maioria da população seja servida pela COMPESA, os caldeirões ainda são importantes, devido ao comportamento sazonal e intermitente do Riacho Doce, mas também porque tem um potencial cênico turístico e também para estudo de liquens e processos geomorfológicos erosivos fluviais e pluviais, como é esse caso. Lajedo foi fundado no ano de 1852, nesse momento histórico era apenas uma propriedade denominada Lajeiro e pertencia ao Senhor Vicente Ferreira da Silva, abastado criador de bovinos e caprinos, procedentes do vizinho município de Altinho. A aludida propriedade já estava administrativamente subordinada a Canhotinho. Por iniciativa de um filho do Sr. Vicente Ferreira, de nome José Ferreira da Silva, mais conhecido por Barão Cazuza, foi construída a primeira casa da localidade (prédio em que funciona hoje a padaria Santo Antônio), em frente a uma frondosa gameleira, que logo veio a servir de “mercado” na pequenina feira criada por pessoas da família e proprietários vizinhos. Tempos depois, com a ajuda de parentes e vizinhos, o Barão Cazuza mandou construir uma Casa de Oração tendo como orago Santo Antônio de Pádua, o que motivou, em poucos anos, um agrupamento de casas e passou a chamar-se “Lajeiro de Santo Antônio” e, depois, Lajedo, nome atual. A primeira missa foi celebrada na
  • 29. 29 Casa de Oração pelo padre João José do Divino Espírito Santo. Com as festas que promoviam em honra ao Santo padroeiro e com o tino administrativo do Barão Cazuza, foi o pequeno povoado aumentando e se projetando na vida econômica do município. Figura 12. Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900, área inicial da Cidade Rua do comércio Fonte: Paróquia de Santo Antonio Lajedo- PE, 1900 Figura 13. Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio localizada na praça do centro da cidade. Fonte: IBGE em <cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun>acesso 24 de maio de 2015
  • 30. 30 Figura. 14. Em primeiro plano observa-se o leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas. Em segundo plano e nas margens do Riacho Doce é possível observar área no entorno área ocupadas e urbanizadas circunda o riacho. A Igreja de Santo Antônio se destaca a direita. Lajedo- PE. Fonte: Google Earth. 2015. Lajedo se localiza a uma latitude de 08º 39’ 49” Sul e a uma longitude 36º 19’ 12” oeste, estando a uma latitude de 661 metros. Sua população real de acordo com a contagem do IBGE 2010, era de 36,628 habitantes, distribuídos em uma área de 189,09 Km², a sua localização continental fica a 196 Km da capital pernambucana, por sua vez menos distante a 165Km da capital alagoana, o Município está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com relevo suave e ondulado. Sua posição geográfica inserisse-se na Mesorregião do Agreste pernambucano, e ao oeste da Microrregião de Garanhuns, limita-se com vários Municípios, como são os caso de Ibirajuba, Jurema, Calçados, Jupi, São Bento do Una e Cachoeirinha (Figura 13)
  • 31. 31 Figura 15: Observa-se mapa da Microrregião de Garanhuns-PE. Fonte: Google Eath.14/10/2015 Alguns aspectos físicos se destacam como é o caso da vegetação que é formada por florestas subcaducifólica e caducifólica, próprias das áreas agrestes Tem um clima frio e seco com temperatura média anual em torno dos 25°. Quanto ao aspecto hidrográfico onde se insere a temática desse Trabalho de Conclusão de Curso, localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Una, que tem nos seus limites territoriais os principais tributários que são os rios Quatis, da Chata e do Retiro, e os riachos Bonito, Riacho Doce nosso objeto de estudo e do Serrote, todos de regime intermitente. Conta ainda com distribuição de água oriunda da barragem São Jaques (403.600 m³) situado no município de Jurema, cidade próxima a Lajedo (IBGE, 2010) 3.2 Caracterização da Área de Estudo O leito do Riacho Doce apresenta-se como um leito erodido estruturalmente, é composto de rochas cristalinas e metamórficas com depressões visivelmente notadas em vista do mesmo ter o seu fluxo de água caracterizado como intermitente essa condição se deve em parte a sua localização regional geográfica em uma zona climática de transição ao semi-árido do Nordeste brasileiro. Segundo, Santana e Diaz (1978), o relevo terrestre é um dos componentes mais importantes do quadro natural. As suas peculiaridades condicionam a distribuição dos solos, a vegetação e até algumas características climáticas locais
  • 32. 32 chega a determinar as possibilidades de aproveitamento dos recursos hídricos, das jazidas minera No perímetro em que o leito do Riacho doce foi analisado seus aspectos estruturais apresentam-se com uma diversidade de rochas existentes tipo Granito; tipos de fáceis do granulito; são formadas em temperaturas e pressões muito altas, com pouca água; as rochas Gnaisse de estrutura foliada,gnáissica são composta de granulação grossa, sofre neoformismo, contem camadas de faixas claras e escura, presença de quartzo e mica. Também há outros tipos de rochas como, mármore, quartzo e ardósia. Figura16. Rocha de granito localizada no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE Autor: Lima, Josenildo Odilon de. Pesquisa de campo em 06/07/2015 3.2.1Condições Físicas “O Agreste pernambucano, em quase toda sua totalidade, assenta-se sobre terrenos antigos, de idade pré-cambriana, pertencente ao núcleo nordestino do Escudo Brasileiro, mais especificamente na Província Estrutural da Borborema” (LINS, 1989). A estrutura relacionada aos caldeirões tem condições físicas homogêneas por se tratar de rochas do período pré-cambriano desta forma a milhões de anos passados, sendo assim tem o seu aspecto geológico comum ás demais rochas que caracterizam as formas superficiais do leito rochoso encontrado no Riacho Doce. Na medida em que sua área estudada se encontra a maior parte das rochas. Diversos
  • 33. 33 agentes atuam na área estudada modificando de maneira acentuada sua geologia, seu relevo, e suas formas mais visível seus solos superficiais. Figura 17. Vista aérea do Município de Lajedo- PE, em primeiro plano, ver-se e o local objeto de estudo denominado caldeirões no leito rochoso do Riacho Doce. Em segundo plano parte do bairro central que constitui a área urbana. Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 30 de agosto de 2015 3.2.2 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos O município de Lajedo encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos da Suíte Serra de Taquaritinga, do Complexo Cabrobó e das suítes Intrusiva Leucocrática, Peraluminosa e Shoshonítica Salgueiro/Terra Nova. A formação geológica de Lajedo revela expressiva singularidade, à qual pode ser atribuída a designação de patrimônio natural. O Agreste localiza-se sobre o planalto da Borborema, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas pedimentos e pediplanos. Do ponto de vista morfoestrutural, o Planalto da Borborema, é constituído por um complexo de gnaisses, xistos e plutons, pré-cambrianos que formam um maciço montanhoso. A sua fisiografia reflete a influência das feições tectônicas desenvolvidas
  • 34. 34 em corpos plutônicos e da estruturação dos compartimentos formados sobre rochas metamórficas, visto que essas formas têm uma forte relação com a erosão, principalmente no que diz respeito à erosão diferencial, que vai refletir as formas resultantes desse desgaste, onde as rochas mais rebaixadas corresponderiam às rochas mais tenras ou que sofreram subsidência tectônica, evidenciado pela orientação e entalhe dos vales, exibindo diversos níveis de aprofundamento ao passo que toda região elevada seria composta de rochas resistentes aos agentes erosivos ou soerguida tectonicamente (MELO e ALMEIDA 2013 p.5). 3.2.3 Aspectos Hidrográficos da Bacia Una Riacho Doce no qual se insere os Caldeirões rochosos objeto de estudo do trabalho de conclusão de curso, localiza-se no município de Lajedo – PE na mesorregião do agreste pernambucano, mais especificamente na microrregião de Garanhuns, com uma área de 208.9 km² que corresponde a 0,21 % do território estadual. Tem limites ao Norte, com os municípios de Cachoeirinha e São Bento do Una, ao Sul, com Canhotinho e Jurema, ao Leste, com Ibirajuba e ao Oeste com Calçado e Jupi. O município tem acesso através das rodovias PE-170, PE-180, BR- 232, BR-423, sua sede é constituída do Distrito de Lajedo, e seis povoados, são eles: Cantinho, Santa Luzia, Olho d’Água dos Pombos, Quatis, Imaculada e Pau Ferro. Quanto à sua posição geográfica hídrica insere-se na Unidade de Planejamento Hídrico UP5, que corresponde à bacia hidrográfica do Rio Una. Está localizada no sul do litoral do Estado de Pernambuco entre, 08º17’14” e 08º55’28” de latitude Sul, e 35º07’48” e 36º42’10” de longitude Oeste. A nascente do Rio Una localiza-se no Município de Capoeiras, apresentando-se intermitente até aproximadamente a cidade de Altinho, quando se torna perene. A bacia possui uma extensão de cerca de 290 km, tendo como principais afluentes, pela margem direita, o riacho Quatis e os Rios da Chata, Pirangi, Jacuípe e Caraçu. O Rio Jacuípe serve de limite entre os Estados de Pernambuco e Alagoas. Pela margem esquerda, destacam-se os riachos Riachão, Mentirosas e do Sapo e os Rios Camevô e Preto.
  • 35. 35 A bacia do Rio Una apresenta uma área de 6.740,31 km², dos quais 6.262,78 km² estão inseridos no Estado de Pernambuco, correspondendo a 6,37 % do total do Estado. A bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na bacia (Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu), 15 possuem sede inserida na bacia (Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado, Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim do Monte) e 16 estão parcialmente inseridos (Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés, Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco, Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande, Tacaimbó, Tamandaré e Venturosa). Agência Embrapa de Informação Tecnológica, AMARAL e OLIVEIRA (2011). Figura 18. Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una, no Estado de Pernambuco Fonte: Em <.agencia.cnptia.embrapa.br), acesso 25 de maio de 2015 3.2.4 Dinâmica Climática Regional No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropical apresentando predominantemente temperaturas altas, podendo variar no quadro climático devido à interferência do relevo e das massas de ar. No Recife, por exemplo, a temperatura média é de 25ºc, com máximas de 32º. Já em cidades do interior, nos meses de inverno entre maio e julho ás temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo
  • 36. 36 chegar, em alguns locais, até a 8ºc, a exemplo de Triunfo e Garanhuns, Sertão e Agreste respectivamente. O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas pedimentos e pediplanos. Segundo Lins (1989, p.53) a situação do Agreste pernambucano em baixas latitudes, o que proporciona muita insolação, e o relevo de altitudes modestas, predominantemente abaixo dos 700 m, proporciona temperaturas médias anuais sempre altas, ao contrário dos índices pluviométricos, cujas médias anuais variam entre 500 mm e 1.300 mm.. Tabela 01. Precipitações Médias dos Municípios circo vizinhos a Lajedo - PE POSTO PLUVIOMÉTRICO LATITUDE SUL LONGITUDE OESTE PRECIPITAÇÃO (mm/ano) Altinho 8º 29’ 18, 96” 36º 03’ 29, 88” 622 Calçado 8º44’ 25, 08” 36º 20’3, 84” 702 Ibirajuba 8º34’ 58, 08” 36º10’ 41, 16” 654 Jucati 8º42’ 21, 96” 36º29’ 21, 12” 720 Jurema 8º 43’5,16” 36º08’ 15, 00” 790 Lajedo 8º39’ 20, 16” 36º19’ 41, 08” 831 São Bento do Una 8º31’ 37, 92” 36º27’ 33, 84” 630 FONTE: Governo do Estado de Pernambuco 2012 3.3 Rochas e agentes do intemperismo Normalmente as rochas são definidas como agregados naturais de várias espécies de minerais, sendo que a composição mineralógica é o que define seu tipo ou espécie. “São elas nitidamente individualizadas, porque os minerais se agregam obedecendo a leis físicas, químicas ou físico-químicas, dependendo das condições em que se forma esta ou aquela rocha” (LEINZ e AMARAL: 200, p. 33). Continuando citando Leinz e Amaral (2001), a Terra é um planeta dinâmico, algumas partes da Terra são gradualmente elevadas através da construção de
  • 37. 37 montanhas e da atividade vulcânica, contudo, processos opostos estão gradualmente removendo materiais das áreas elevadas e transportando para áreas mais baixas. Todas as rochas existentes na crosta terrestre podem ser agrupadas da seguinte maneira: Ígneas ou magmáticas – são as que se originam do magma oriundo das altas profundidades, em estado de fusão por causa das temperaturas elevadas, superiores a 1.000°C. São consideradas rochas primárias por permitirem a formação dos outros tipos. O magma se constitui de silicatos, óxidos, sulfetos, gases, vapor d’água e íons dissociados, ao qual se denomina lava quando chega à superfície terrestre. Quando a formação da rocha ocorre nas camadas litosféricas mais próximas do manto, chamam-se de plutônicas ou intrusivas: diorito, sienito, granito, gabroetc; quando sua formação se dá na superfície ou subsuperfície, por causa da lava expelida por fendas ou fraturas da crosta terrestre, dá-se o nome de extrusiva ou vulcânica: basalto, andesito, riolito, traquito etc. Figura 19. Observa- se os principais tipos de rochas ígneas. Acima as rochas ígneas denominadas extrusivas, abaixo as intrusivas. Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/10/2015 Metamórficas – originam-se por transformação de rochas preexistentes (magmáticas e sedimentares) por causa das altas pressões e altas temperaturas do interior da litosfera, sem passar pelo estado de fusão. São rochas de origem profunda.
  • 38. 38 São alteradas pelo calor, gases ou fluidos, e pela pressão provocada pelo magma. Em alguns casos, as pressões exercidas por espessos capeamentos de rochas sedimentares provocam o metamorfismo. Para Bigarella et al (2007, p.54), “rocha metamórfica é, pois, aquela que sofreu mudanças na sua constituição mineral e na textura, em consequência de importantes transformações nos ambientes físico e químico do interior da crosta”. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse, mármore, quartzito, ardósia, migmatito etc. Figura20. Observa- se os principais tipos de rochas metamórficas. Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/010/2015. Sedimentares – são aquelas formadas a partir de materiais originados da destruição erosiva das rochas preexistentes. Formam-se por acumulação sucessiva de partículas ou sedimentos nas depressões naturais ou bacias marinhas, oceânicas ou continentais. Este grupo de rochas pode ser subdividido em vários subgrupos, mediante vários princípios, como o ambiente, o tipo de sedimentação, a constituição mineralógica ou o tamanho das partículas. Normalmente são classificadas em: sedimentos clásticos ou mecânicos, sedimentos químicos, e sedimentos orgânicos. Para nosso estudo, interessam os seguintes sedimentos clásticos ou mecânicos: argila, silte, areia e cascalho. As rochas são massas naturais formadas por minerais, a maioria das rochas são formadas por vários minerais; existem rochas em diferentes locais tanto a
  • 39. 39 superfície, como por baixo do solo. Essas rochas tem um grau de dureza conforme a tipologia de cada um mineral existente. Figura 21. Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10. (Segundo Mohs), Fonte: em<odeneide.blog.uol.com.br> 3.3.1 Intemperismo e sua tipologia O intemperismo é o processo de transformação e desgaste das rochas e dos solos, através de processos químicos, físicos e biológicos. Sua dinâmica acontece através da ação dos chamados agentes exógenos ou externos de transformação de relevo, como a água, o vento, a temperatura e os seres vivos. O processo de desagregação das rochas provocado pelo intemperismo provoca o surgimento de pequenas partículas de rochas, chamadas de sedimentos. São exemplos de sedimentos as areias da praia, a poeira, entre outros elementos. Eventualmente, sob as condições físico-químicas necessárias, esses sedimentos vão dar origem às rochas sedimentares. Esse mesmo processo é o que origina também solos, que nada mais são do que um amontoado de sedimentos oriundos da desagregação de rochas. Existem três tipos de intemperismo: o físico, o químico e o biológico.
  • 40. 40 3.3.2 Intemperismo Físico O intemperismo físico quebra o mineral ou a rocha em pequenos pedaços, sem alterar a composição química destes. As mudanças ocorridas no intemperismo físico se restringem ao tamanho e à forma das rochas. Ao quebrar a rocha em pedaços menores, ocorre um aumento na sua área superficial, facilitando a atuação também do intemperismo químico. Desta forma, a depender das condições locais e dos agentes atuantes, estes dois processos atuam conjugados (LEINZ e AMARAL, 1980). Figura 22. Observa- se rochas fraturadas por dilatação em função da variação das temperaturas do ambiente local. Fonte: Brasilescola.com. 20/10/2015. 3.3.3 IntemperismoQuímico O intemperismo químico altera a composição dos minerais e das rochas, principalmente em reações que envolvem a presença de água. A água – vinda de oceanos, rios, lagos, geleiras, canais subterrâneos, chuva ou neve– é o principal fator controlador da intensidade do intemperismo químico. Ela carrega íons para as reações químicas, participa das reações e transporta os resultados destas reações.
  • 41. 41 Durante essa transformação, a rocha original se decompõe em substâncias que são estáveis na superfície. O produto do intemperismo químico permanece essencialmente inalterado ao longo do período em que este permanecer em um ambiente similar ao que foi formado. Os três principais processos que causam o intemperismo químico das rochas são a dissolução, a oxidação e a hidrólise. Figura 23. Formas do intemperismo químico á água em constante atrito com a rocha, no litoral do Rio Grande do Norte. Fonte: geologiahojeblogspot.com/Oliveira Randjer 3.3.4 Intemperismo Biológico e Liquens O crescimento das raízes das plantas exerce pressão nas fendas ou diáclases das rochas, favorecendo o ataque dos agentes químicos. Se as fendas o permitirem ou a resistência da rocha não seja muito grande, o próprio vento faz balançar o vegetal, o que pode aprofundar o processo mecânico que, por sua vez, favorece o processo químico. Minhocas, formigas, cupins e vários animais roedores que fazem buracos no solo, também contribuem para o intemperismo, à medida que afofam o solo, permitindo a ação dos agentes de intemperismo decomposição químico- biológica – segundo Leinz e Amaral (2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma rocha expostas às intempéries são bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir
  • 42. 42 os liquens, depois as algas e musgos, formando e preparando o solo para as plantas superiores.” O metabolismo desses seres segrega gás-carbônico, nitratos, ácidos orgânicos etc., que são incorporados às soluções que per colam os solos e atingem as zonas de intempérie das rochas. Figura 24. Arboredo situado em fenda rochosa tipo do intemperismo Biológico, Cachoeira Grande Altinho-PE Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012 Figura 25. Colonização de liquens sobre granito, Cachoeira Grande Altinho-PE Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012
  • 43. 43 4.METODOLOGIA A pesquisa foi feita nível de Trabalho de Conclusão de Curso TCC, se caracteriza quanto a metodologia dos objetivos uma pesquisa do tipo descritiva tendo seus procedimentos focado em um estudo de caso. Nessa análise que ocorreu em pesquisa de campo com registro de fotos, buscou-se analisar as causas, identificar os agentes erosivos passados e pretéritos do período Holoceno Quaternário, com intento de interpretar fatos da natureza física dos processos erosivos no leito rochoso do Riacho Doce Quanto aos procedimentos por tratar-se de um estudo de caso centrados na identificação dos processos erosivos em rios intermitentes do semi-árido do agreste pernambucano, do nordeste do Brasil, teve seu foco no âmbito da Geografia, mais especificamente na área de Geomorfologia, com meta em identificar feições erosivas em leito rochoso de rios intermitentes do semi-árido, buscando relacionar e classificar, formas, grau de dureza de rochas, tipologia das rochas, entre outros objetivos. Para atingir esses objetivos aplicou-se um nível de estudo e pesquisa apenas em escala local onde o leito rochoso pode ser observado. A pesquisa foi dividida em etapas diferente e complementares entre se, desse modo temos a pesquisa de referência bibliográfica e a pesquisa em campo. A de referência por exemplo, buscar-se-á entender os modelos e teorias aplicadas ao tema, sendo caracterizada pelas coletas de dados e pesquisas em livros, na internet, acervos históricos, artigos científicos, entre outros, que posteriormente inseridos na monografia. Por sua vez, na segunda parte foram feitas em visitas técnicas e estudo de campo na área de estudo. Foi usado como material de auxilio máquina fotográfica, imagem de satélite, notebook, imagens da internet, etc. Embora o trecho do riacho que foi pesquisado se situe no limite urbano do município, não levou-se em conta os impactos ambientais ali presentes, portanto trata-se de uma pesquisa apenas em escala local e limitada a feições erosivas no leito do riacho.
  • 44. 44 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Escala do objeto de estudo O Riacho Doce localiza-se em um extenso pedi planos que na escala maior situa-se dentro dos limites do Planalto da Borborema que é a unidade maior na Taxonomia ou de 1º Táxon, o Riacho Doce objeto de estudo por sua vez situa-se na menor escala de 6º Táxon onde ocorrem os fenômenos erosivos, ou formas naturais de processos atuais e antrópicos ROSS (1996). Figura 26. Escala de Táxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996). Fonte: Google. Acesso 20/10/2015.
  • 45. 45 5.2 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce Segundo De Martonne (1953, p. 484), O perfil do equilíbrio de um curso de água é, em princípio, aqueles cujos declives são suficientementes fracos e regularmentes decrescentes para jusante, de modo que toda a força viva (sem dúvida reduzida com o declive) seja utilizada no escoamento”. O conhecimento de um rio perpassa pelo estudo do perfil longitudinal e vertical de um rio, essa construção de campo que hoje pode ser feita em computador através do software como foi esse caso com uso do Google Earth. Com essa construção do modelo do perfil do longitudinal torna possível elucidar os locais onde o rio percorre e onde os processos erosivos encontram-se controlados pelas soleiras graníticas que ficam amostra após se consolidar a erosão fluvial, daí a importância de sua construção. Figura 27. As linhas que delinea polígono irregular na cor vermelha representa o perfil de elevação do Riacho Doce. Os caldeirões localização no setor indicado pela seta vermelha que formam o conjunto denominado caldeirões. A linha azul mostra o curso do Riacho Doce. Lajedo – PE Fonte: Google Earth. Autor: Rodrigues, Natalício de Melo - 2015. Localizado na Bacia do Una, Região Agreste do Estado de Pernambuco o Riacho Doce tem suas nascentes nas áreas de matas e montanhosas tipo colinosado
  • 46. 46 interior rural do município de Lajedo- PE, e se estende por grande parte do todo o limite do território municipal, mas quando adentra no núcleo urbano percorre vários bairros e passa por intervenções que afetam o comportamento do riacho, como é o caso de interrupções por ruas, avenidas e pontes. Esse perfil de traçado fora e dentro do núcleo urbano pode ser observado na imagem como ver-se na (Figura 26). Em campo observou e na construção do modelo de perfil longitudinal observou-se que a localização de duas feições de relevo dominante no local selecionado e objeto de amostragem e estudo, e que caracteriza bem o Riacho Doce, que são suas feições na forma de terraços que delimitam as suas calhas de riacho e a soleira rochosa que controlam a erosão e permite a formação dos caldeirões e oriçangas. Quanto ao curso segue em direção ao norte município de Cachoeirinha-PE, nesse ponto a declividade é aumentada devido um intenso fluxo de água. Tudo leva a crer que as erosões que formam os caldeirões tenham ocorrido no período pleistoceno, esses causaram erosões que acabou resultando na exposição do leito de rochas cristalinas pré-cambriana em sua superfície, e na atual condição erosiva é responsável pelas feições na forma de caldeirões e Oriçangas. A localização da feição erosiva em estudo encontra-se situada quase no meio das calhas e centro do perfil da calha do riacho (Figura 28). Figura 28. Terraços do Riacho Doce ação erosiva em atuação no substrato rochoso Fonte: Google earth acesso 15 de setembro de 2015
  • 47. 47 5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce Estudos teóricos apresentados na revisão bibliográfica apontam que “o substrato geológico no território municipal de Lajedo é composto de rochas cristalinas metamórficas referidas as matrizes pré-cambriano - Cambriano. Tais rochas metamórficas afloram em alguns locais, sendo mais evidentes no leito do Riacho Doce na área urbano e local conhecido por lajeiros condição geológica as quais deram nome ao Município. Na maior parte do território, entretanto o substrato encontra-se capeado por coberturas coluviais diversas” (Diagnóstico Plano Diretor, Lajedo- PE, 2002 p. 36). Esses lajeiros quando na condição de soleira funcionam com controladores do nível de base de um rio ou riacho, e em tempo, devido a dinâmica das corredeiras e fluxo de água em sua superfície essas em geral de forma quase sempre irregular, acabam por propiciar mudança no comportamento do fluxo de água, obstruída aqui e ali por saliência do relevo, criam rodopios que ao longo de um temporalidade e mudanças sazonal de precipitações ora intensa ora esporádicas, tipos do agreste, acabam formando em seu leito rochoso feições em forma de orifícios, que do ponto de vista geomorfológico são denominado de caldeirões quando de grandes dimensões e oriçangas quando em menor escala erosiva. Figura 29. Solo rochoso com orifícios na forma de caldeirões e oriçangas, Bairro Caldeirões no Município Lajedo – PE Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 2015. Com o levantamento feito em campo identificou-se que no leito rochoso do Riacho Doce em Lajedo- PE, esses processos erosivos são causados pela ação da
  • 48. 48 água, do ar, da temperatura e do vento. Citando Fleury (1995, p 112) “Os cursos d’água têm ação erosiva em função da velocidade da corrente de suas águas”.Velocidade esta que é função da topografia ou relevo da região, do regime pluvial da região, volume de água precipitada e dos sedimentos transportado” Figura 30. Curso do Riacho doce com água corrente, área dos caldeirões em Lajedo- PE, Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 Figura 31. Curso do riacho Doce no período de estiagem, área dos caldeirões em Lajedo – PE Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 12/03/2013. As rochas encontradas nos Caldeirões particularmente no leito do Riacho Doce são dos tipos metamórficas e sofre ação do intemperismo físico mais
  • 49. 49 pronunciados no verão e cotidianamente, á variação térmica diária devido a aumento da temperatura durante o dia, período que ocorre o aquecimento solar e durante a noite devido à queda das temperaturas em função do gradiente térmico, variações que é visivelmente notado na superfície do leito rochoso. Suas características específicas são de regiões áridas do modo que o solo está exposto a altas temperaturas durante a maior parte do ano; desta forma é possível classificar a sua tipologia do tipo cristalino isso se verifica outros tipos a presença dos cristais comuns a esse tipo de rochas no local como o caso da mica, a biotita, quartzo e o feldspato. Conforme essa exposição rochosa sofre várias alterações pode-se afirmar que esse grande potencial geológico presente nos caldeirões de Lajedo é uma importante amostra para a compreensão dos tipos de rochas que são encontradas no Agreste de Pernambuco, fornecendo informações sobre estrutura rochosas presente em boa parte do Estado e especificamente do Planalto da Borborema. Figura 32. Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina. A linha reta trata-se de uma intrusão magmática de quartzo cinza, essas condições são comum encontrada nos caldeirões em Lajedo – PE. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 Segundo estudos de diversos autores do ponto de vista geológico, o Agreste Pernambucano situa-se sobre terrenos antigos do pré-cambriano correspondentes à Província Estrutural da Borborema. O embasamento cristalino de idade pré-cambriana
  • 50. 50 sofreu vários eventos tectônicos, como são os casos de intrusões magmáticas (Figura 31), e também erosões que originaram serras entremeadas de vales profundos. Além dos movimentos tectônicos, litologias variadas e processos de erosão diferencial originaram relevos residuais, com superfícies superiores às circundantes que evidencia do controle erosivo litológico do leito rochoso sobre o Riacho Doce. A atuação dos processos erosivos culminou com o desenvolvimento de feições geomorfológicas de rara beleza. Segundo Seabra (2004) essas formações exóticas, são também encontrados sítios arqueológicos e paleontológicos com elevado potencial para exploração turística. 5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do Riacho Doce As formas geomorfológicas das regiões semi-áridas relação direta da influência climática, mas não isoladamente, uma vez que as feições rochosas variam em função de diversos fatores, como são os casos das forças internas, dureza da rocha, presença de água, variação térmica local, entre outros. As formas também se relacionam a escala, por exemplo na escala maior toda a região do agreste se situam em um planalto denominado de Planalto da Borborema, na condição de planalto sabe- se que em sua totalidade seria erosivo, mas e condição não é uma lei e depende muito da escala do observado e do objeto em estudo. Um exemplo clássico é o caso da Pedra do Cachorro que embora seja um inselbergues erosivo o seu entorno é deposicional. No caso dos Caldeirões de Lajedo os processos esculturadores que produzem as feições distintivas destas áreas estão direta e indiretamente relacionados ao seu déficit hídrico e as chuvas esporádicas de verão e inverno, assim as erosões e os processos tanto intemperismo como processos erosivos são condicionados pela umidade e pela cobertura vegetal (está dependente também da umidade). Na caracterização do objeto de estudo observou nitidamente três condições que permitem classificar como resultados de campo, algumas destas que se manifesta nas formas diversas do intemperismo, nos fenômenos geológicos denominados falhas e intrusões, e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três tipos: Oriçangas,
  • 51. 51 Marmitas e Caldeirões, que se combinam em três distintas fases completares de um ciclo evolutivo. Quanto à intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos se manifestasse primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência de chuvas. Figura 33. Observa-se oricanças sedimentadas por sedimentos em suspensão trazidos pelas enxuradas e mais tarde ocupada por vegetação fenomeno denominado como intemperismo biologico Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A partir desses fenômenos internos sabe se que ás falhas e as intrusões, abrem o caminho para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, à água, a chuva, a variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim o processo de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e vegetação.
  • 52. 52 5.5 Oriçangas no solo Rochoso do Riacho Doce Segundo Moreira (1999), estudando os rios de leito rochoso ao Sul de Moçambique, no continente africano, destaca a escavação do leito em rochas consolidadas, duras e com minerais alteráveis, apresentando duas micro-formas embutidas, “mais ou menos largas e profundas”, às quais deu o nome de marmitas e oriçangas, dependendo da posição onde ocorrem. Figura 34. Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE, em forma alargada superficial Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 No caso do Riacho Doce no limite dos Caldeirões esses processos erosivos apresentam-se com formações nas rochas coma aspectos que variam de quase arredondas a outras mais alargadas, mas que em sua superfície mostram-se pouca profundidade devido a resistências do leito rochoso tipo cristalino e também em decorrência das poucas precipitações pluviométricas regional relacionado ao clima semi-árido proporcionando assim um processo erosivo mais lento, desta forma suas feições erosivas se mostram mais rasas. Sendo assim os agentes atuantes para as formações das Oriçangas e sua evolução para uma marmita em segundo momento e depois em caldeirões, essa última a feição de relevo maior e dominante na área e presente no leito do Riacho Doce. Tais fenômenos elucidam um processo de ciclo de relevo erosivo. Essas particularidades comuns observadas em campo no objeto de estudo apresentaram
  • 53. 53 características de ações químicas atribuídas aos agentes modeladores principalmente à água, e consequentemente sua força mecânica, combinado com as variações de temperatura que age na maior parte do ano, quente no verão e úmida no inverno. Figura 35. Oriçança solo rochoso da Cachoeira Figura 36. Marmitas de forma rasa superficial Grande Altinho-PE, formato circular no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012 Autor: Lima, Josenildo Odilon de- 2013 As oriçangas seriam, portanto, formações construídas pela reação química das águas e algas constantes do represamento das chuvas, porque os locais onde estão inseridas, afastadas do leito principal do rio, não teriam a força mecânica das águas e sedimentos, normalmente, nas épocas de cheias fluviais. As oriçangas são - como Guerra (1980) define, marmitas de dissolução. 5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce A forma de Marmita encontrada no solo rochoso do Riacho Doce em Lajedo- PE, identifica- se que vários são os tipos que definem as estruturas do solo que tem a influência do clima para sua formação, a precipitação pluvial é um dos agentes modelador nesta formação da marmita fluvial. No caso do solo rochoso dos Caldeirões área onde foi pesquisado este tipo de fenômeno é visível ao observar o solo estudado porque se trata das cavidades nas rochas com o acumulo das águas das chuvas.
  • 54. 54 Figura 37. Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE em forma de corredeira com solo encharcado no período do inverno Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 No entanto devemos entender esse processo para Guerra (1980), as marmitas são “Buracos que aparecem no leito dos rios produzidos pelas águas turbilhonares. Esses buracos aparecem, comumente, logo após uma cachoeira, ou então, quando há rápido desnível sendo, no entanto, o leito do rio de rocha dura e compacta. As marmitas são produzidas pelo eixo vertical dos turbilhões” E segundo Leinz e Amaral (2001, p.101), definem os caldeirões e marmitas como “[...] verdadeiras perfurações cilíndricas, profundas, formadas pelo redemoinho das águas, ao turbilhonar após uma cachoeira ou uma corredeira”. 5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce Situado no agreste Meridional as estruturas geológicas representantes e existentes no Município de Lajedo elevam como de grande importância para o estudo das formas e características, desse grande potencial geológico que se encontra neste Município. Da forma que a área de estudos dos Caldeirões tem ás suas potencialidades únicas na Região, pois o mesmo se trata de um processo que vem se modificando a milhões de anos e no aspecto contemporâneo estão atribuído as transformações químicas, físicas e biológicas para as formações destes importantes sistemas de reservas das águas pluvias e fluviais que agem nas dissoluções das rochas que são
  • 55. 55 represadas e desta maneira dando formas estruturalmente conhecidas como Caldeirões. Segundo Guerra (1980), ele define caldeirão como “o mesmo que marmita”. No entanto, devemos diferenciar caldeirão de marmita, pois a formação e a morfologia são diferentes. É comum encontrarmos nas áreas rurais do Nordeste buracos feitos em rochas duras, dos quais são retirados os materiais de entupimento, permitindo o acúmulo de água para consumo familiar ou animal, durante parte do ano. Sua formação deve-se, principalmente, à dissolução dos materiais pela ação química da água em fissuras ou fraturas, provocando o alargamento em forma, geralmente, longuilínea, ao contrário das marmitas, que são cavidades aproximadamente cilíndricas. Figura 38. Caldeirões suas formas estruturais, encontradas no leito do Riacho Doce em Lajedo- PE observa-se que sua forma tem definição de um tanque envolvido com o solo rochoso Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013 Caldeirões em variadas formas na figura abaixo são identificados a estrutura geológica totalmente envolvida no solo rochoso mais precisamente na rocha granítica característica do próprio local onde foi feito o reconhecimento do solo estudado de forma visível e conceituada no que se refere a os aspectos dos caldeirões.
  • 56. 56 Figura 39. Aspecto morfológico de exemplos de Caldeirões sua superfície é alargada devido processo de erosão sofrido a milhões de anos desta forma também tem a atuação dos agentes de intemperismo. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce Ao contrário das erosões que são visíveis e pertence a escala maior dos fenômenos, como é o caso das erosões glaciares, pluviais, marinha, ventos, e até fluviais, onde os fenômenos erosivos se tornam visíveis e em grande escala espacial, o intemperismo ao contrário deste ocorre na escala imperceptível mais atua com a mesma eficiência e muitas vezes antecede aos fenômenos erosivos, sai se afirmar que ele ocorre na pedogenese As formas de intemperismo que ocorrem no Riacho Doce são particulares da região do semi-árido desta forma com altas temperaturas devido o clima seco no verão e modificando-se no inverno com mudança para o clima úmido com isso os agentes do intemperismo estão presentes nos aspectos Químico, Físico e Biológico. Sendo assim as formas de transformações ocorridas nas rochas do Riacho Doce mais precisamente nos Caldeirões em Lajedo- PE apresentam deformidades que são influenciadas diretamente pelo sol, chuva, vento, etc. Citando Leinz e Amaral (2001), os processos externos são parte fundamental do ciclo das rochas uma vez que estes processos transformam rocha sólida em sedimento, e incluem: intemperismo, movimentos de massa e erosão. E segundo Teixeira et al (2003, p. 141), afirma que todos processos que causam desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais antes coesos
  • 57. 57 e com sua fragmentação, transformando a rocha inalterada em material descontínuo é friável, constituindo o intemperismo Físico. Figura 40. Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico atuando sobre a rocha com ação da água que penetra o solo rochoso e a ação dinâmica e posteriormente das amplitudes térmicas em função variações altas temperaturas durante o dia e queda de temperaturas a noites. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013 Os agentes do intemperismo químico que atuam nos Caldeirões em particularmente no leito do Riacho Doce apresentam suas formas modificadas pela ação fluvial que altera a composição dos minerais das rochas que são arrastados principalmente por reações que envolvem a presença da água, que é um principal fator controlador da intensidade do intemperismo químico. O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva, que infiltra- nos inter ciclos, nas suas reentrâncias e também nas falhas das rochas. Na transição da semi-aridez para clima úmido, os processos de alteração química contribuem para a erosão linear. O regime fluvial passa a ser permanente, com aumento progressivo da descarga média dos rios e de sua capacidade de transportar a carga sólida. O leito pode ser retrabalhado, ocorrendo o rebaixamento do nível de base local (SILVA, 2012 p.46).
  • 58. 58 Figura 41. Formas do agente de intemperismo químico que atuam nos Caldeirões solo rochoso encharcado na superfície devido a atuação fluvial. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 Os agentes de intemperismo ocorridos do tipo Biológico nos Caldeirões no leito do Riacho Doce apresentam-se em grande parte da área estudada, por se encontrar na área de preservação do Município, sua vegetação é rasteira com plantas da região, com isso é fácil identificar esses agentes presentes em conformidade com as rochas presentes deste habitat, devido o Riacho Doce está inserido no canal de escoamento da cidade que em boa parte do ano ele serve mais para receber águas não tratadas; no seu córrego se verifica que a maior parte do ano e aumentando o seu fluxo de água no período do inverno época que as chuvas são mais constantes desta forma as plantas comuns da Região Agreste de Pernambuco afloram. Também é de se relatar os reservatórios formados com ás águas das chuvas e desta maneira dando formas a vários organismos vivos de plantas, insetos e animais e dispersão de plantas aquáticas que habitam os caldeirões.
  • 59. 59 Figura 42. Agentes do intemperismo do tipo Biológico vegetação envolvida no leito rochoso dos Caldeirões boa parte do solo apresenta arbustos e plantas densas. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce Os agentes de intemperismo da classificação dos liquens que são encontrados nos Caldeirões em particularmente no leito rochoso do Riacho Doce são de formas diversas comuns a regiões do semi-árido do Brasil por fazerem parte de um afloramento rochoso de rios intermitentes que neste caso é verificado no Riacho Doce em Lajedo- PE. Estes líquenes têm ás estruturas e formas variadas dependendo dos tipos de fungos ou bactérias que se instalam nas rochas e também é observada a coloração da cor laranja típica de uma região quente que neste caso encontrado nos Caldeirões em seu solo rochoso. A decomposição químico-biológica – segundo Leinz e Amaral (2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma rocha expostas às intempéries são bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir os liquens, depois as algas e musgos, formando e preparando o solo para as plantas superiores.” O metabolismo desses seres segrega gás carbônico, nitratos, ácidos orgânicos etc. que são incorporados às soluções que per colam os solos e atingem as zonas de intempérie das rochas.
  • 60. 60 Figura 43. Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso dos Caldeirões em Lajedo- PE, esse tipo que ocorre na parte mais exposta da rocha. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015 5.10 Colônias de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões Essa estrutura em qual se apresenta a colônia de liquens é ocorrido devido acidez das rochas, o contato com ás águas das chuvas que resfria as rochas desta forma, surgem os fungos e bactérias e consequentemente os liquens em grande escala superficial. Os liquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo(o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte), (DEL MORO, 1998 p.90-91). Figura 44. Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões. A cor varia em função da concentração. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
  • 61. 61 6. O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do Riacho Doce. Quanto ao intemperismo observou-se que são fenômenos erosivos e que na área em estudo manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. As formas de relevo denominadas Oriçangas, Marmitas e Caldeirões se diferenciam em relação aos aspectos qualitativos dimensionais, mas a luz da teoria quem compõe o ciclo do relevo são fases complementares de um ciclo evolutivo. Entretanto os processos de intemperismo principalmente o biológico não é sequencial, e pode aparecer independente e cada uma dessas formas de relevo. Dessa forma pode ser encontrado desenvolvimento de vegetação em Oriçangas, em Marmitas e em Caldeirões (Figura 45). Figura 45: A esquerda a formação de oriçangas. A direita oriçangas sob ação do intemperismo quimico. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015. Por sua vez as marmitas são consequencia da evolução das oriçangas e que se desenvolve com ação erosiva combinados das chuvas, correntezas de águas no períodos de chuvas por efito de turbihonamento que usam as particulas de areia em suspensão e em atrito nos orifícios provocam o seu alargamento. Em outro momento após as enxuradas essas mesmas águas em momento de menor velocidade podem
  • 62. 62 depositar seu sedimentos em suspensão nessas formaçãoe que mais tarde vai ser ocupado pela vegetação (Figura 46). Figura 46: Observa-se a esquerda uma marmita oriunda da evolução de uma oriçanga. Ao lado e a direita uma marmita ocupada por sedimentos carreados e soba ação biologica ou intemperismo. Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 06/07/2015. Por fim as marmitas evoluem para uma forma mais alargada denominadas calderão. Um caldeirão pode variam de tamanho, mas sempre se destacam pelo fato de permitir grande quantidade de armazenamento de água em sua forma. Figura 47: A esquerda um caldeirão com água das chuvas; á direita a sedimentação de um caldeirão e o consequente intemperismo químico e biológico. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015
  • 63. 63 No passado quando a ocupação do interior e durante o periodo do fim das chuvas, esses ambientes naturais serviam de abrigo de animais e pessoas que se serviam de suas águas. Esses caldeirões quando passam por enchentes do rios serem assoreados, quando isso ocorre se desenvolvem vegetação, primeiro uma do tipo pastosa e aqúatica e em outro momento o sua completa ocupação por vegetação. Entretanto esses fenômenos estudados, a saber: os geológicos, os intempericos e o ciclo das Oriçangas não se manifestam isoladamente e sim combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas.
  • 64. 64 7. CONCLUSÕES Como resultado das pesquisas bibliográficas e da pesquisa de campo realizados na área denominada Caldeirões rochosos do Riacho Doce de Lajedo- PE, foi possível observar nitidamente três condições geológicas e geomorfológicas que permitiu classificar como resultados de campo. Alguns desses resultados inseridos no campo da geologia denominado agentes externos do relevo, como é o caso do intemperismo, como são os casos dos Físicos, Químicos e Biológicos. A outras na área ligada aos agentes internos denominados de fenômenos geológicos, como é o caso das falhas e intrusões e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três tipos: Oriçangas, Marmitas e Caldeirões, que combinam em três distintas fases completares de um ciclo evolutivo. Quanto ao intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência de chuvas. Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A partir desses fenômenos internos sabe que ás falhas e as intrusões, abrem o caminho para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, a água da chuva, a variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim o processo de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e vegetação. O que permite afirmar que o Ciclo do Relevo é uma teoria que pode ser aplicado ao local dos Caldeirões e que o relevo local ainda continua em uma dinâmica de evolução.
  • 65. 65 8. REFERÊNCIAS AGEITEC, Agência Embrapa de Informação Tecnológica, 2011. Acesso 25 de maio de 2015Em<WWW.agencia.cnptia.embrapa.br> AMARAL, André Julio do e OLIVEIRA, Manoel Batista de. A Bacia do Rio Una, ageitec, 2011. Agência Embrapa de Informação Tecnológica. BIGARELLA, João José et al. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais, v. 1, 2.ed. Florianópolis: UFSC, 2007. in: SILVA, Laudenor Pereira da, Erosão fluvial em leito Rochoso: O Caso da Cachoeira Grande - Altinho-PE, 2012. AEB- FABEJA, Belo Jardim – PE CALDEIRÕES, MunicípiodeLajedoPE,Fonte:em<https://www.facebook.com/Lajedo pernambuco.caldeiroes/photos>acesso 24 de maio de 2015 CUNHA, Sandra Baptista e GUERRA, Antonio Teixeira. A questão ambiental diferentes abordagens. 4ª edição, Rio de Janeiro, 2008. DE MARTONNE, Emmanuel. Modelado da erosão normal. In: SILVA, Laudenor Pereira da, Erosão fluvial em leito Rochoso: O Caso da Cachoeira Grande - Altinho-PE, 2012. AEB- FABEJA, Belo Jardim – PE DEL MORO,(1998). Plantas e lìquens. Edição Asa, p. 90-91;Motta,L. e Viana, M.A (2007). Bioterra. Porto editora, p. 42 DOURADO, Catarina de Souza e SÁ CARNEIRO, Ana Rita. Parque dos caldeirões: Por Uma Educação Pela Pedra (2003, p.26-34). Recife, (Apresentação de Trabalho/Comunicação) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Dicionário completo de língua portuguesa editado. 1989.p 256, São Paulo FLEURY, José Maria. Curso de Geologia básica. Goiânia (GO): UFG, 1995
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  • 67. 67 NUNES, Odeneide, Gráfico de escala da dureza das rochas, Segundo Mors, Fonte: em <odeneide.blog.uol.com.br> OSCAR, Trindade. Soleira rochosa interferindo no controle erosivo, Cambuquira- MG, Fonte: em <blog.besttimetour.com >acesso 24 de maio de 2015 PEDRO, Damião. Gráfico dos níveis: Superior, Médio e Inferior Fonte: em<.slideserve.com>acesso 24 de maio de 2015 PETERSEN, (et al) Fundamentos de Geografia Física. Editora Trilha. São Paulo, 2014. P. 341-342-343-344-345-346. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO. Diagnóstico do Plano Diretor do Município de Lajedo. 2001,p.18-34-36.: in DOURADO, Catarina de Souza.; SÁ CARNEIRO, Ana Rita. Parque dos caldeirões: Por Uma Educação Pela Pedra. 2003. Recife, (Apresentação de Trabalho/Comunicação) RODOLFO F. Alves Pena. Erosão fluvial, leito rochoso tipo sedimentar do Rio Colorado nos Estados Unidos Fonte: em <mundoeducacao.com> acesso 25 de maio de 2015 RODRIGUES, N. M. Blog Geo Estudos.http://natalgeo.blogspot.com.br/2015. ROSS. Jurandyr Luciano Sanches, Geomorfologia ambiente e planejamento. São Paulo: Contexto, 1996 SANTANA, J. R. e DIAZ, J. L. D. La Geomorfologia y La conervación del paisaje natural. Informe Cientifico - Tecnico, n 72 Cuba: a. c.cInst de Geografia,1978 SEABRA, G.; GORDI, M. Turismo rural no Agreste pernambucano: o caminho das pedras é também das flores e dos frutos. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, 4, 2004, Joinville, Anais... Joinville, Ielusc, 2004, p. 1-9 (As políticas públicas e ações privadas para o turismo rural).
  • 68. 68 TEIXEIRA, Wilson (et al) Decifrando a Terra....São Paulo: Oficina de textos, 2000. 2ª Reimpressão, 2003. P.40-141-192-222-238-248.