O documento discute conceitos fundamentais de epidemiologia e saúde pública, incluindo: (1) a definição de saúde pública e epidemiologia, (2) os atributos dos agentes etiológicos, hospedeiros e vetores/veículos na transmissão de doenças, e (3) os conceitos de história natural das doenças, portadores, reservatórios e tipos de doenças.
7. Definição de Saúde Pública:
• “Saúde Pública é a ciência e a arte de evitar
doenças, prolongar a vida e desenvolver a
saúde física e mental e a eficiência, através de
esforços organizados da comunidade para o
saneamento do meio ambiente, o controle de
infecções na comunidade, a organização de
serviços médicos e para-médicos para o
diagnóstico precoce e o tratamento preventivo
de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina
social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro
da comunidade, um padrão de vida adequado à
manutenção da saúde”. (WINSLOW, 1976).
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8. Conceito de epidemiologia
• “É a ciência que estuda o processo saúde-
doença em coletividades humanas,
analisando a distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades, danos à
saúde e eventos associados à saúde
coletiva, propondo medidas específicas de
prevenção, controle, ou erradicação de
doenças, e fornecendo indicadores que
sirvam de suporte ao planejamento,
administração e avaliação das ações de
saúde”. (ROUQUAYROL, 1994).
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9. Epidemiologia descritiva
• Estuda o comportamento das doenças em
uma comunidade, isto é, em que situações
elas ocorrem na coletividade, segundo
características ligadas à pessoa (quem), ao
lugar ou espaço físico (onde) e ao tempo
(quando) fornecendo elementos
importantes para se decidir que medidas de
prevenção e controle estão mais indicadas
para o problema em questão e também
avaliar se as estratégias adotadas causaram
impacto, diminuindo e controlando a
ocorrência da doença em estudo.
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10. História Natural das doenças
• História natural da doença é o nome dado ao
conjunto de processos interativos
compreendendo as inter-relações do agente,
do suscetível e do meio ambiente que afetam
o processo global e seu desenvolvimento,
desde as primeiras forças que criam o estímulo
patológico no meio ambiente, ou em qualquer
outro lugar, passando pela resposta do homem
ao estímulo, até as alterações que levam a um
defeito, invalidez, recuperação ou morte.
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11.
12. Período de pré-patogênese
• O primeiro período da história natural: é a própria
evolução das inter-relações dinâmicas, que
envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e
ambientais e, do outro, os fatores próprios do
suscetível, até que se chegue a uma configuração
favorável á instalação da doença.
• É também a descrição desta evolução. Envolve,
como já foi referido antes, as inter-relações entre
os agentes etiológicos da doença, o suscetível e
outros fatores ambientais que estimulam o
desenvolvimento da enfermidade e as condições
sócio-econômico-culturais que permitem a
existência desses fatores.
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13. Período de patogênese
• A história natural da doença tem
seguimento com a sua implantação e
evolução no homem. É o período da
patogênese.
• Este período se inicia com as primeiras
ações que os agentes patogênicos exercem
sobre o ser afetado. Seguem-se as
perturbações bioquímicas em nível celular,
continuam com as perturbações na forma e
na função, evoluindo para defeitos
permanentes, cronicidade, morte ou cura.
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14. HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
• PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE
• PERÍODO DE PATOGÊNESE
• Tríade de Leavell e Clarck : Hospedeiro
sucetível – meio ambiente – agente etiológico.
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15. Período Nível de prevenção Sub-níveis Ações
Moradia Adequada
Lazer;
1- Promoção da Saúde
Educação;
Alimentação.
Pré-patogênese Prevenção primária Imunização
Saúde do Trabalhador
2- Proteção específica Higiene pessoal e domiciliar
Aconselhamento genético
Controle de vetores
Inquèritos epidemiológicos
Exames para detecção precoce
1-Diagnóstico precoce
Isolamento
Prevenção secundária
Tratamento
Evitar futuras complicações
Patogênese 2-Limitação da incapacidade
Evitar sequelas
Reabilitação (evitar incapacidade);
Fisioterapia;
Prevenção Terciária ****
Terapia Ocupacional;
Emprego para o reabilitado.
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16. • Infectividade é a capacidade de certos
organismos (agentes) de penetrar, se
desenvolver e/ou se multiplicar em um outro
(hospedeiro) ocasionando uma infecção.
Exemplo: alta infectividade do vírus da gripe
e a baixa infectividade dos fungos.
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18. • Patogenicidade é a capacidade do agente,
uma vez instalado, de produzir sintomas e
sinais (doença). Ex: é alta no vírus do
sarampo, onde a maioria dos infectados tem
sintomas e a patogenicidade é reduzida do
vírus da pólio onde poucos ficam doentes.
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20. • Virulência é a capacidade do
agente de produzir efeitos graves
ou fatais, relaciona-se à
capacidade de produzir toxinas,
de se multiplicar etc. Ex: baixa
virulência do vírus da gripe e do
sarampo em relação à alta
virulência dos vírus da raiva e do
HIV.
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21. Atributos dos Agentes etiológicos
• Dose infectante: é a
quantidade do agente
etiológico necessária para
iniciar uma infecção.
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22. Atributos dos Agentes etiológicos
• Poder Invasivo: É a capacidade que tem o
parasita de se difundir, através de tecidos, órgãos
e sistemas anatomofisiológicos do hospedeiro.
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23. • HOSPEDEIRO: Ser vivo que oferece, em
condições naturais, subsistência ou
alojamento a um agente infeccioso.
Pode ser humano ou outro animal
(inclusive aves e artrópodes)
• Hospedeiro primário ou definitivo é
onde o agente atinge a maturidade ou
passa sua fase sexuada; hospedeiro
intermediário ou secundário é aquele
onde o parasita se encontra em forma
assexuada ou larvária.
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24.
25. Atributos do Hospedeiro
• Resistência: é o conjunto de mecanismos
do organismo que servem de defesa
contra a invasão ou multiplicação de
agentes infecciosos ou contra efeitos
nocivos de seus produtos tóxicos e
depende da nutrição, da capacidade de
reação a estímulos do meio, de fatores
genéticos, da saúde geral, estresse, ou da
imunidade. pode ser genética, adquirida,
permanente ou temporária.
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26. Atributos do Hospedeiro
• Imunidade: é um subtipo de
resistência, específica, associada à
presença de anticorpos que
possuem ação específica sobre o
microorganismo responsável por
uma doença infecciosa ou sobre
suas toxinas.
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27. Atributos do Hospedeiro
• Suscetibilidade – é medida de
fragilidade, a possibilidade
adoecimento por determinado
agente, fator de risco ou conjunto
de causas. A suscetibilidade de uma
espécie ocorre quando esta está
sujeita a determinada infecção ou
doença. Dentro da mesma espécie,
há indivíduos resistentes e
suscetíveis a uma infecção.
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28. • Em se falando de doenças infecciosas a suscetibilidade
é absoluta, pois o indivíduo é susceptível ou não;
porém, quando tratamos das não infecciosas podemos
falar em grau variável de susceptibilidade, isto é, alguns
indivíduos podem ficar expostos por muito tempo a um
determinado fator de risco em altas concentrações e
não adoecer enquanto outros em exposições com
pequenas concentrações e/ou pouco tempo, adoecem.
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29. PORTADORES
São os que têm o agente infeccioso, podem
transmiti-lo, mas no momento não apresentam
sintomas.
Portadores ativos ou já tiveram sintomas ou virão
a tê-los.
Portadores passivos são os que nunca
apresentaram ou apresentarão sintomas; estes
são os mais importantes epidemiologicamente
por difundirem o agente etiológico contínua ou
intermitentemente apesar de passarem
desapercebidos.
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30. Reservatório
• é o ser humano ou animal,artrópode,
planta, solo ou matéria inanimada em
que um agente normalmente vive, se
multiplica ou sobrevive e do qual tem
o poder de ser transmitido a um
hospedeiro susceptível.
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31. Doenças/Reservatório
• Antroponose: Infecção cuja transmissão se
restringe aos seres humanos. Ex: hanseníase
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32. Doenças/Reservatório
• Antropozoonose: Infecção transmitida ao
homem a partir de reservatório animal. Ex:
leptospirose
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33. Doenças/Reservatório
• Anfixenoses: onde homens e animais são
reservatórios Ex: leishimaniose.
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34. Doenças/Reservatório
• Fitonose: Infecção transmissível ao homem,
cujo agente tem os vegetais como
reservatórios. Ex: Blastomicose
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35. Doenças/Reservatório
• Zooantroponose: Infecção transmitida aos
animais a partir de reservatório humano. Ex:
Amebíase
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36. Doenças/Reservatório
• Zoonoses: Infecção ou doença infecciosa
transmissível, sob condições naturais, de
homens a animais, e vice-versa.
• Zoonoses = (Antropozoonose +
Zooantroponose + anfixenose)
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37. Vetores x Veículos
VETORES são seres vivos que veiculam o
agente desde o reservatório até o hospedeiro
potencial.
Vetores mecânicos são os transportadores de
agentes, geralmente insetos, que os carreiam
nas patas, probóscides, asas ou trato gastro-
intestinal contaminados e onde não há
multiplicação ou modificação do agente.
Vetores biológicos são aqueles em que os
agentes desenvolvem algum ciclo vital antes
de serem disseminados ou inoculados no
hospedeiro.
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38. Veículos
• VEÍCULOS são fontes secundárias,
intermediárias entre o reservatório e
o hospedeiro como objetos e
materiais (alimentos, água, roupas,
instrumentos cirúrgicos, etc.).
• Fômites: Objetos de uso pessoal do
caso clínico ou portador, que podem
estar contaminados e transmitir
agentes infecciosos, cujo controle é
feito por meio da desinfecção.
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39. Conceito de CASO
• 1-Caso: é uma pessoa ou animal infectado ou
doente que apresenta características clínicas,
laboratoriais e epidemiológicas específicas de
uma doença ou agravo.
• 2-Caso confirmado: Pessoa de quem foi isolado e
identificado o agente etiológico ou de quem foram
obtidas outras evidências epidemiológicas e/ou
laboratoriais da presença do agente etiológico,
como, por exemplo, a conversão sorológica em
amostras de sangue colhidas nas fases aguda e
convalescente.
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40. • Casos Autóctones: são os casos de
doença que tiveram origem dentro
dos limites do lugar em referência
ou sob investigação.
• Casos Alóctones: são os casos
importados; o doente, atualmente
presente na área sob consideração,
adquiriu o seu mal em outra
região, de onde emigrou.
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41. • 3-Caso suspeito: Pessoa cuja história clínica,
sintomas e possível exposição a uma fonte de
infecção sugerem que possa estar com ou vir
a desenvolver uma doença infecciosa.
• 4-Comunicante: são todos aqueles (pessoa
ou animal) que estiveram em contato com
um reservatório (pessoa - caso clínico ou
doente e portadores ou animal infectado) ou
com ambiente contaminado, de forma a ter
oportunidade de adquirir o agente etiológico
de uma doença.
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42. DOENÇA ou ENFERMIDADE: Falta ou
perturbação da Saúde, moléstia, mal,
enfermidade.
DOENÇAS INFECCIOSAS
Infecção x doença infecciosa:
1- Infecção: é a penetração e
desenvolvimento de um agente infeccioso no
organismo de uma pessoa ou animal.
- Doença infecciosa: é a doença clinicamente
manifesta do homem ou dos animais,
resultante de uma infecção.
- Podem ser agudas (raiva, difteria, sarampo,
gripe) ou crônicas (tuberculose, hanseníase,
calazar).
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43. 2- Doença transmissível: é qualquer
doença causada por um agente
infeccioso ou seus produtos tóxicos, que
se manifesta pela transmissão deste
agente ou de seus produtos, de uma
pessoa ou animal infectados a um
hospedeiro susceptível, direta ou
indiretamente por meio de um veículo
3- Doença contagiosa: são doenças
infecciosas cujos agentes etiológicos
atingem os sadios através do contato
direto com indivíduos infectados. Ex:
sarampo.
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44. Quanto às Formas das doenças:
Forma Manifesta é aquela que apresenta sinais
e/ou sintomas clássicos de determinada
doença.
Forma Inaparente ou Sub-Clínica é aquela em
que o indivíduo que não apresenta nenhum
sinal ou sintoma (ou que apresenta muito
poucos), apesar de estar com a doença
presente.(revelada às vezes somente através de
exames laboratoriais).
Forma Abortiva ou Frustra é aquela que
desaparece rapidamente após poucos sinais ou
sintomas.
Forma Fulminante é aquela que leva
rapidamente a óbito.
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45. Quanto ao processo de adoecimento e
seus Períodos:
Período de Incubação é o intervalo de tempo que
decorre desde a penetração do agente etiológico no
hospedeiro (indivíduo já está infectado), até o
aparecimento dos sinais e sintomas da doença,
variando de acordo com a doença considerada.
Período de Transmissibilidade é aquele em que o
indivíduo é capaz de transmitir a doença quer esteja
ou não com sintomas.
Período prodrômico É o período que abrange o
intervalo entre os primeiros sintomas da doença e o
início dos sinais ou sintomas que lhe são
característicos e, portanto, com os quais o diagnóstico
clínico pode ser estabelecido. Pródromos são os
sintomas indicativos do início de uma doença.
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46. • ENDEMIA - É a ocorrência de
determinada doença que acomete
sistematicamente populações em
espaços característicos e determinados,
no decorrer de um longo período,
(temporalmente ilimitada), e que
mantém uma de incidência
relativamente constante, permitindo
variações cíclicas e sazonais.
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47. • EPIDEMIA – É a ocorrência em
uma comunidade ou região de
casos de natureza semelhante,
claramente excessiva em
relação ao esperado. Devemos
tomar cuidado com o uso do
conceito de epidemia lato-
sensu que seria a ocorrência
de doença em grande número
de pessoas ao mesmo tempo.
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48.
49. • PANDEMIA - caracterizada por
uma ocorrência epidêmica com
larga distribuição geográfica,
atingindo mais de um país ou
de um continente. Um exemplo
típico deste evento é a epidemia
de AIDS que atinge todos os
continentes.
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50. • SURTO é a ocorrência de dois ou
mais casos epidemiologicamente
relacionados – Alguns autores
denominam surto epidêmico, ou
surto, a ocorrência de uma doença
ou fenômeno restrita a um espaço
extremamente delimitado:
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51. Aspectos diferenciais das epidemias:
• Epidemia Explosiva: O critério diferenciador é
a velocidade do processo na etapa de
progressão. Epidemia explosiva é a que
apresenta uma rápida progressão até atingir a
incidência máxima num curto espaço de
tempo. É também denominada epidemia
maciça.
• Epidemia por Fonte Comum: O critério
diferenciador é a inexistência de um
mecanismo de transmissão de hospedeiro a
hospedeiro. Nesta epidemia, o fator
extrínseco é veiculado pela água, alimento, ar
ou introduzido por inoculação.
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52. Aspectos diferenciais das epidemias:
• Epidemia Lenta: O critério diferenciador continua sendo
a velocidade de progressão. A qualificação “lenta”
refere-se á velocidade com que é atingida a incidência
máxima. A velocidade é lenta, a ocorrência é
gradualizada e progride durante um longo tempo. Ex:
Epidemias decorrentes de longo período de incubação
(AIDS)
• Epidemia Progressiva ou Propagada: O critério
diferenciador é a existência de um mecanismo de
transmissão de hospedeiro a hospedeiro. Na epidemia
progressiva ou propagada a doença é difundida de
pessoa a pessoa por via respiratória, anal, oral, genital,
ou por vetores. Sua progressão é lenta.
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53. • GRAVIDADE é a avaliação das conseqüências do
processo ou da doença, é medida pela letalidade,
taxa de hospitalização, pelas as seqüelas e outras
conseqüências.
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
54. • MAGNITUDE - Avaliação da dimensão do
problema/processo saúde-doença – onde se leva em
conta principalmente a freqüência da ocorrência isto é, a
incidência, a prevalência, a morbidade e a mortalidade e,
em planejamento e Vigilância Sanitária, a gravidade do
efeito (conseqüência, ou dano) do evento.
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
55. • TRANSCENDÊNCIA - é a medida da relevância social, da
importância, do reconhecimento que determinada
população dá a um evento, do desejo da comunidade de
resolver o problema. Esta é normalmente bastante
influenciada também pela gravidade dos eventos.
(medida pela letalidade, severidade, relevância social e
econômica);
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
56. • VULNERABILIDADE - a permeabilidade à intervenção,
a condição de modificação do processo, do quadro,
conforme a capacidade científica e técnica de
intervenção.
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57. • SAZONALIDADE - É a propriedade de um fenômeno
considerado periódico (cíclico) de repetir-se sempre na
mesma estação (sazão) do ano. As doenças são sujeitas à
variação sazonal com aumentos periódicos em
determinadas épocas do ano, geralmente relacionados ao
seu modo de transmissão. Por extensão do significado, o
termo abrange em alguns textos também as variações
cíclicas.
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58. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• São conjuntos de informações sistematizadas.
Temos na saúde alguns sistemas Nacionais e
Estaduais bastante importantes para a Vigilância
epidemiológica:
• SIA-SUS: Sistema de informações ambulatoriais de
Saúde - Nacional
• SIH/SUS: Sistema de Informações Hospitalares -
Nacional
• SIM: Sistema de Informação de Mortalidade -
Nacional
• SINAN: Sistema de Notificação de Agravos -
Nacional
• SINASC: Sistema de Informações de Nascidos Vivos
– Nacional
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
59. Novas definições (Port. 104/2011)
• I - Doença: significa uma enfermidade ou
estado clínico, independentemente de
origem ou fonte, que represente ou possa
representar um dano significativo para os
seres humanos;
• II - Agravo: significa qualquer dano à
integridade física, mental e social dos
indivíduos provocado por circunstâncias
nocivas, como acidentes, intoxicações,
abuso de drogas, e lesões auto ou
heteroinfligidas;
• III - Evento: significa manifestação de
doença ou uma ocorrência que apresente
potencial para causar doença;
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60. • IV - Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional
- ESPIN: é um evento que apresente risco de propagação
ou disseminação de doenças para mais de uma Unidade
Federada - Estados e Distrito Federal - com priorização das
doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde
pública, independente da natureza ou origem, depois de
avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta
nacional imediata;
• V - Emergência de Saúde Pública de Importância
Internacional - ESPII: é evento extraordinário que constitui
risco para a saúde pública de outros países por meio da
propagação internacional de doenças e que
potencialmente requerem uma resposta internacional
coordenada."
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
61. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.
• Conceito - A Lei Orgânica da Saúde
conceitua Vigilância Epidemiológica (VE)
como um “conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou
agravos”.
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
62. NOTIFICAÇÃO
• Conceito: É a comunicação da
ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde, feita à autoridade
sanitária por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, para fim de adoção de
medidas de intervenção pertinentes.
• Deve-se notificar a simples suspeita da
doença, sem aguardar a confirmação do
caso, que pode significar perda de
oportunidade de adoção das medidas de
prevenção e controle indicadas.
• O envio dos instrumentos de coleta de
notificação deve ser feito mesmo na
ausência de casos, configurando-se o
que se denomina notificação negativa
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
63. Critérios do CENEPI para escolha das doenças de notificação
compulsória:
Na magnitude (medida pela freqüência);
Potencial de disseminação;
Transcendência (medida pela letalidade, severidade,
relevância social e econômica);
Vulnerabilidade (existência de instrumentos de
prevenção);
Compromissos internacionais de erradicação,
eliminação ou controle;
Doenças incluídas no Regulamento Sanitário
Internacional;
Epidemias, surtos e agravos inusitados.
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
64. Propósitos da V.Epidem.
• Fornecer orientação técnica permanente para
os que têm a responsabilidade de decidir sobre
a execução de ações de controle de doenças e
agravos.
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
65. Estudos Epidemiológicos
• Investigação Epidemiológica de campo
confirmação de diagnóstico.
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67. • Levantamento epidemiológico. –Análise de
séries históricas para estudo de tendências
(uso de registro existentes, geralmente não é
amostral).
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
68. • Sistemas de Vigilância Sentinela – Pesquisa de
sinais de alerta
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
69. Estudos descritivos X analíticos
• Nas pesquisas descritivas, procura-se estudar a distribuição das
doenças num determinado local, realizando a formulação de
hipóteses.São usadas, dessa froma, algumas variáveis que podem
auxiliar o estudo, tais como: indivíduo (quem?), o local (onde?) e o
tempo (quando?).A obtenção dos dados para o estudo pode ser
feito de duas formas, através das fontes primária e secundária,
cujas informações são coletadas num determinado momento
especificamente e a partir de uma base ou registro de dados,
respectivamente, a fim de se obter as informações desejadas.
• Nas pesquisas analíticas, a elucidação dos determinantes da
doença e teste de novos resultados e hipóteses formuladas a partir
de estudos descritivos é feito.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
70. ecológicos
descritivos
transversais/pr
Observacionais evalência
caso-controle
analíticos
de coorte
71. • ESTUDOS ECOLÓGICOS
• Descreve as diferenças entre as populações num
determinado espaço de tempo ou num mesmo
tempo;
• Compara as frequências da doença entre os
diferentes grupos num determinado espaço de
tempo;
• Informações desejadas são retiradas de registros de
dados coletados rotineiramente como fonte de
dados oficiais (OMS, registros nacionais...);
• São rápidos e de baixo custo, já que dispensam
amostragens, entrevistas, fichas ou exames clínicos.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
72. • ESTUDOS TRANVERSAIS OU DE
PREVALÊNCIA
• Usados em saúde pública para avaliar e
planejar programas de controle de
doenças; .
• Medem a prevalência da doença; .
• Muito difundida em epidemiologia; .
• Dados coletados num determinado espaço
de tempo, especifamente para a obtenção
de informações desejadas de grandes
populações; .
• São fáceis e econômicos, com duração de
tempo relativamente curta.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
73. • ESTUDO DE CASO-CONTROLE
• O investigador parte de indivíduos com e sem doença e busca
no passado a presença/ausência do fator de exposição
(causa);
• Analisa os possíveis fatores associados à doença em questão;
• Melhor estudo para doenças raras; .
• É rápido e barato.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
74. • ESTUDO COORTE
• O investigador parte do fator de exposição (causa) para descrever
a incidência e analisar associações entre causas e doenças;
• Fornece melhores informações sobre as causas de uma doença;
• Alto custo e longo período de tempo;
• Pode ser dividido em Prospectivo ou Retrospectivo (pode ser
confundido com Estudo de caso-controle).
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
75. Intervalo
Produzido por Ismael Costa
ismac@globo.com
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
www.blogprofismael.blogspot.com
76. MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA E
CONTROLE
• Imunidade de rebanho ou imunidade coletiva
é a resistência de um grupo ou população à
introdução e disseminação de um agente
infeccioso. Essa resistência é baseada na
elevada proporção de indivíduos imunes entre
os membros desse grupo ou população e na
uniforme distribuição desses indivíduos imunes
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SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
78. • Isolamento: segregação de um caso clínico do convívio
das outras pessoas durante o período de
transmissibilidade, a fim de evitar que os suscetíveis
sejam infectados. Em certos casos, o isolamento pode
ser domiciliar ou hospitalar; em geral, é preferível este
último, por ser mais eficiente.
By Ismael Costa
78
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
79. • Profilaxia: conjunto de medidas que têm por
finalidade prevenir ou atenuar as doenças,
suas complicações e conseqüências.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
80. • Quarentena: isolamento de indivíduos ou
animais sadios pelo período máximo de
incubação da doença, contado a partir da data do
último contato com um caso clínico ou portador,
ou da data em que esse comunicante sadio
abandonou o local em que se encontrava a fonte
de infecção. Na prática, a quarentena é aplicada
no caso das doenças quarentenárias.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
81. • Quimioprofilaxia: administração de uma
droga, inclusive antibióticos, para prevenir
uma infecção ou a progressão de uma
infecção com manifestações da doença.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
82. • Tratamento profilático: tratamento de um
caso clínico ou de um portador com a
finalidade de reduzir o período de
transmissibilidade.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
83. CONTROLE, ELIMINAÇÃO E ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS
INFECCIOSAS
• Controle - redução da incidência e/ou prevalência de
determinada doença por meio de diferentes tipos de
intervenções, a níveis muito baixos, de forma que ela
deixe de ser considerada um problema importante
em saúde pública.
By Ismael Costa
83
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
84. • Erradicação é uma forma radical de controle
que, de modo sucinto, pode ser definido como
a extinção, por métodos artificiais, do agente
etiológico de um agravo, ou de seu vetor,
sendo por conseqüência impossível sua
reintrodução e totalmente desnecessária a
manutenção de quaisquer medidas de
prevenção.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
85. • Eliminação de uma doença - é atingida
quando se obtém a cessação da sua
transmissão em extensa área geográfica,
persistindo, no entanto, o risco de sua
reintrodução, seja por falha na utilização dos
instrumentos de vigilância ou controle, seja
pela modificação do comportamento do
agente ou vetor.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
86. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA:
PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011
• ANEXO I • 12. Esquistossomose;
• Lista de Notificação Compulsória • 13. Eventos Adversos Pós-Vacinação;
– LNC • 14. Febre Amarela;
• 1. Acidentes por animais • 15. Febre do Nilo Ocidental;
peçonhentos; • 16. Febre Maculosa;
• 2. Atendimento antirrábico; • 17. Febre Tifóide;
• 3. Botulismo; • 18. Hanseníase;
• 4. Carbúnculo ou Antraz; • 19. Hantavirose;
• 20. Hepatites Virais;
• 5. Cólera;
• 21. Infecção pelo vírus da
• 6. Coqueluche; imunodeficiência humana – HIV em
• 7. Dengue; gestantes e crianças expostas ao risco
de transmissão vertical;
• 8. Difteria;
• 22. Influenza humana por novo subtipo;
• 9. Doença de Creutzfeldt - Jacob; • 23. Intoxicações Exógenas (por
• 10. Doença Meningocócica e substâncias químicas, incluindo
outras Meningites; agrotóxicos, gases tóxicos e metais
• 11. Doenças de Chagas Aguda; pesados);
• 24. Leishmaniose Tegumentar
Americana;
By Ismael Costa • 25. Leishmaniose Visceral;
86
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
88. ANEXO II
Lista Nacional de Compulsória Imediata - LNCI
• I. Caso suspeito ou confirmado de: • 5. Doença de Chagas Aguda;
• 1. Botulismo; • 6. Doença conhecida sem
circulação ou com circulação
• 2. Carbúnculo ou Antraz; esporádica no território nacional
• 3. Cólera; que não constam no Anexo I desta
• 4. Dengue nas seguintes situações: Portaria, como: Rocio, Mayaro,
Oropouche, Saint Louis, Ilhéus,
• - Dengue com complicações (DCC), Mormo, Encefalites Eqüinas do
• - Síndrome do Choque da Dengue Leste, Oeste e Venezuelana,
Chickungunya, Encefalite Japonesa,
(SCD), entre outras;
• - Febre Hemorrágica da Dengue • 7. Febre Amarela;
(FHD), • 8. Febre do Nilo Ocidental;
• - Óbito por Dengue • 9. Hantavirose;
• - Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos • 10. Influenza humana por novo
subtipo;
estados sem transmissão
• 11. Peste;
endêmica desse sorotipo;
• 12. Poliomielite;
• 13. Raiva Humana;
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
89. Imediata - continuação
• 14. Sarampo em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30
(trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao
exterior;
• 15. Rubéola em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30
(trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao
exterior;
• 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-
CoV);
• 17. Varíola;
• 18. Tularemia; e
• 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).
By Ismael Costa
89
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
90. • II. Surto ou agregação de casos ou
óbitos por: • d) Exposição à água para consumo
humano fora dos padrões
• 1. Difteria; preconizados pela SVS;
• 2. Doença Meningocócica; • e) Exposição ao ar contaminado,
• 3. Doença Transmitida por fora dos padrões preconizados pela
Alimentos (DTA) em navios ou Resolução do CONAMA;
aeronaves; • f) Acidentes envolvendo radiações
• 4. Influenza Humana; ionizantes e não ionizantes por
• 5. Meningites Virais; fontes não controladas, por fontes
• 6. Sarampo; utilizadas nas atividades industriais
ou médicas e acidentes de
• 7. Rubéola; e transporte com produtos
• 8. Outros eventos de potencial radioativos da classe 7 da ONU.
relevância em saúde pública, após • g) Desastres de origem natural ou
a avaliação de risco de acordo com antropogênica quando houver
o Anexo II do RSI 2005, destacando- desalojados ou desabrigados;
se:
• h) Desastres de origem natural ou
• a) Alteração no padrão antropogênica quando houver
epidemiológico de doença que comprometimento da capacidade
constam no Anexo I desta de funcionamento e infraestrutura
• Portaria; das unidades de saúde locais em
• b) Doença de origem desconhecida; conseqüência evento.
• c) Exposição a contaminantes
químicos;
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
91. • III. Doença, morte ou evidência • 5. Canídeos
de animais com agente • Raiva: canídeos domésticos ou
etiológico que podem acarretar a silvestres que apresentaram
ocorrência de doenças em doença com sintomatologia
humanos, destaca-se: neurológica e evoluíram para
• 1. Primatas não humanos morte num período de até 10
• 2. Eqüinos dias ou confirmado
• 3. Aves laboratorialmente para raiva.
• 4. Morcegos • Leishmaniose visceral: primeiro
registro de canídeo doméstico em
• Raiva: Morcego morto sem causa área indene, confirmado por
definida ou encontrado em meio da identificação laboratorial
situação não usual, tais como: da espécie Leishmania chagasi.
vôos diurnos, atividade alimentar • 6. Roedores silvestres
diurna, incoordenação de
movimentos, agressividade, • Peste: Roedores silvestres mortos
contrações musculares, paralisias, em áreas de focos naturais de
encontrado durante o dia no chão peste.
ou em paredes.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
92. • ANEXO III
• 8. Influenza humana;
• Lista de Notificação Compulsória em
Unidades Sentinelas LNCS • 9. Perda Auditiva Induzida por
Ruído - PAIR relacionada ao
• 1. Acidente com exposição a material
trabalho;
biológico relacionado ao trabalho;
• 2. Acidente de trabalho com • 10. Pneumoconioses relacionadas
mutilações; ao trabalho;
• 3. Acidente de trabalho em crianças e • 11. Pneumonias;
adolescentes; • 12. Rotavírus;
• 4. Acidente de trabalho fatal; • 13. Toxoplasmose adquirida na
• 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; gestação e congênita; e
• 6. Dermatoses ocupacionais; • 14. Transtornos Mentais
• 7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho.
Relacionados ao Trabalho (DORT)
94. Indicadores de saúde
• Em termos gerais, os indicadores são medidas-
síntese que contêm informação relevante sobre
determinados atributos e dimensões do estado
de saúde, bem como do desempenho do
sistema de saúde.
• Vistos em conjunto, devem refletir a situação
sanitária de uma população e servir para a
vigilância das condições de saúde.
By Ismael Costa
94
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
95. Indicadores de mortalidade
• Taxas de Mortalidade: As Taxas de Mortalidade são
os Indicadores de Mortalidade que medem Risco de
Morte, ou seja, a probabilidade de ocorrência de
óbito em uma população ou subgrupo populacional.
• Letalidade: Este indicador mede a proporção de
óbitos que ocorrem no total de casos de uma doença
ou agravo à saúde. Ele é a medida do risco de óbito
entre os doentes.
By Ismael Costa
95
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
96.
97. • Mortalidade Proporcional: A Mortalidade
Proporcional é a distribuição proporcional dos
óbitos em relação a algumas variáveis de
interesse, principalmente sexo, idade e causa
de óbito. A Mortalidade Proporcional não
mede risco de morte, pois seu denominador é
o total de óbitos, e não a população sob risco
de morte.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
98.
99. Indicadores de frequência
MORBIDADE é a variável característica das
comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto
dos indivíduos que adquirem doenças (ou
determinadas doenças) num dado intervalo de
tempo em uma determinada população. A
morbidade mostra o comportamento das doenças e
dos agravos à saúde na população.
Indicadores de Morbidade: A morbidade é
freqüentemente estudada segundo quatro
indicadores básicos: a incidência, a prevalência, a
taxa de ataque e a distribuição proporcional.
By Ismael Costa
99
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
100. INCIDÊNCIA: A incidência de uma doença, em um
determinado local e período, é o número de casos novos da
doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a
idéia de intensidade com que acontece uma doença numa
população, mede a freqüência ou probabilidade de
ocorrência de casos novos de doença na população. Alta
incidência significa alto risco coletivo de adoecer.
PREVALÊNCIA: prevalecer significa ser mais, preponderar,
predominar. A prevalência indica qualidade do que
prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer
existindo num momento considerado. Portanto, a
prevalência é o número total de casos de uma doença,
existentes num determinado local e período.]
By Ismael Costa
100
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
101. A prevalência pode ser pontual ou no período (lápsica):
Prevalência pontual (instantânea ou prevalência momentânea) é
medida pela freqüência da doença ou pelo seu coeficiente em um
ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o ano.
No intervalo de tempo definido da prevalência pontual, os casos
prevalentes excluem aqueles que evoluíram para cura, para óbito
ou que migraram.
Prevalência num período de tempo ou lápsica abrange um lapso
de tempo mais ou menos longo e que não concentra a informação
em um dado ponto desse intervalo. Na prevalência lápsica estão
incluídos todos os casos prevalentes, inclusive os que curaram,
morreram e emigraram.
By Ismael Costa
101
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
102. Principais indicadores
• Medidas de Mortalidade:
• Coeficiente de Mortalidade Geral – CMG:
• Número total de óbitos, no período x 1.000 (10³)
• População total, na metade do período
• Coeficiente de Mortalidade por Sexo:
• Número de óbitos de um dado sexo, no período__ x 1.000 (10³).
• População do mesmo sexo, na metade do período.
• Coeficiente de Mortalidade por Idade – CMI:
• Número de óbitos de um grupo etário, no período . x100mil (105).
• População do mesmo grupo etário, na metade do período.
• Coeficiente de Mortalidade por Causa - CMC:
• N° de óbitos por determinada causa (ou grupo causas), no período x100 mil
(105).
• População na metade do período
By Ismael Costa
102
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
103. • Coeficiente de Mortalidade Materna - CMM:
• Nº de óbitos p/ causas ligadas à gravidez, parto, puerpério, no período x1000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período.
• Coeficiente de Mortalidade Infantil – CMI:
• Nº de óbitos de crianças menores de um ano de idade, no período x 1.000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período.
• Coeficiente de Mortalidade Infantil Precoce (ou Neonatal) - CMIP:
• N° de óbitos crianças nas primeiras quatro semanas de vida, no período x 1.000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período.
• Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce:
• Número de óbitos de crianças na primeira semana de vida, no período x 1.000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período
• Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia:
• Número de óbitos de crianças, na 2ª, ª e 4ª semana de vida, no período x 1.000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período
• Coeficiente de Mortalidade Infantil Tardia (ou Pós-Neonatal) - CMIP:
• Número de óbitos de crianças de 28 dias até 1 ano de idade, no período x 1.000 (10³).
• Número de nascidos vivos, no período.
By Ismael Costa
103
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
104. • Coeficiente de Mortalidade Perinatal:
• Número de óbitos fetais (com 22 semanas ou mais de gestação),
• acrescido do número de óbitos na primeira semana de vida, no período x
1.000 (10³)
• Número de nascidos vivos e de natimortos, no período.
• Coeficiente de Natimortalidade:
• Número de natimortos, no período x 1.000 (10³)
• Número de nascidos vivos e de natimortos, no período.
• Mortalidade Proporcional por causas:
• Número de óbitos por determinada causa(ou grupo de causas), no período x
100
• Todos os óbitos, no período.
• Mortalidade Proporcional de menores de um ano:
• Número de óbitos de crianças menores de um ano, no período. x 100
• Todos os óbitos, no período.
• Mortalidade Proporcional de 50 anos ou mais:
• Número de óbitos de maiores de 50 anos, no período x 100
• Todos os óbitos, no período. By Ismael Costa
104
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
105. • Coeficiente de Letalidade (ou Fatalidade)
• Número de óbitos por determinada doença x 100
• Número de casos da mesma doença
• Razão de Mortalidade Proporcional (RMP) ou Indicador de
• Swaroop-Uemura ou RMP:
• Nº de óbitos em > de 50 anos, em um dado local e período x 100.
• Nº total de óbitos no mesmo local e período
• Medidas de Morbidade (ou indicadores de morbidade):
• Coeficiente de Incidência:
• Nº casos novos da doença /local/período x 10 n
• População do mesmo local e período
• Coeficiente de Prevalência:
• Nº casos existentes (novos + ant.) /local/momento/período x 10 n
• População do mesmo local e período
• Taxa de ataque:
• Nº de casos da doença em um dado local e período x 100
• População exposta ao risco By Ismael Costa
105
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
106. Transição epidemiológica no Brasil
• Transição epidemiológica : refere-se às modificações, a longo
prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que
caracterizam uma população específica e que, em geral,
ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas,
sociais e econômicas.
• No Brasil :
• 1) substituição, entre as primeiras causas de morte, das doenças
transmissíveis (doenças infecciosas) por doenças não
transmissíveis;
• 2) deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos
grupos mais jovens (mortalidade infantil) aos grupos mais
idosos;
• 3) transformação de uma situação em que predomina a
mortalidade para outra em que a morbidade (doenças crônicas)
é dominante.
By Ismael Costa
106
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
108. Tendência das DIP´s no Brasil – cont.
• Doenças emergentes são aquelas associadas à
descoberta de agentes até então
desconhecidos, ou as que se expandem ou
ameaçam expandir-se para áreas consideradas
indenes Ex: AIDS e as Hantaviroses
• Reemergentes - São doenças, que estavam
controladas, ou eliminadas de uma
determinada região, e que vieram a ser
reintroduzidas (cólera, dengue).
By Ismael Costa
108
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
109. Tendência das DIP´s no Brasil
• Declinante: Erradicadas - varíola (em 73),
Eliminada- pólio (em 1989). Em declínio –
Sarampo, raiva humana, difteria, coqueluche e o
tétano (imunopreviníveis), doença de Chagas,
febre tifóide, oncocercose, a filariose e a peste.
• Persistentes: tuberculose e as hepatites virais,
especialmente as hepatites B e C, leptospirose,
meningites leishmanioses (visceral e
tegumentar), esquistossomose, malária, febre
amarela.
By Ismael Costa
109
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
111. Petrópolis 2012
De acordo com a Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória
(Portaria nº 104 – 25/01/2011) responda às questões 1 e 2.
1. Observe o trecho abaixo:
“A Vigilância Epidemiológica é o conjunto de atividades que permite reunir a
informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou
história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores
condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as
medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas
doenças.” Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90).
A Notificação Compulsória tem sido, atualmente, a principal fonte da vigilância
epidemiológica. A alternativa que contém apenas doenças de notificação compulsória
imediata no Brasil é:
A) AIDS e Influenza Humana
B) Dengue com complicações e Raiva Humana
C) Paralisia Flácida Aguda e Hepatites virais
D) Intoxicação Exógena e Violência Sexual
E) Coqueluche e Sífilis.
112. Petrópolis 2012
De acordo com a Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória
(Portaria nº 104 – 25/01/2011) responda às questões 1 e 2.
1. Observe o trecho abaixo:
“A Vigilância Epidemiológica é o conjunto de atividades que permite reunir a
informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou
história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores
condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as
medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas
doenças.” Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90).
A Notificação Compulsória tem sido, atualmente, a principal fonte da vigilância
epidemiológica. A alternativa que contém apenas doenças de notificação compulsória
imediata no Brasil é:
A) AIDS e Influenza Humana
B) Dengue com complicações e Raiva Humana
C) Paralisia Flácida Aguda e Hepatites virais
D) Intoxicação Exógena e Violência Sexual
E) Coqueluche e Sífilis.
113. 2. “A meningite é considerada uma doença endêmica. Portanto,
casos da doença são esperados ao longo de todo ano,
principalmente no inverno, com a ocorrência de surtos e epidemias
ocasionais. É causada por diversos agentes infecciosos como
bactérias, vírus, parasitas e fungos.” www.saude.gov.br
Em relação à meningite, pode-se afirmar que é uma doença de
notificação compulsória:
A) quando suspeita
B) apenas quando confirmada, independentemente da etiologia
C) apenas quando confirmada a etiologia viral
D) apenas quando confirmada a etiologia fúngica
E) apenas quando confirmada a etiologia bacteriana.
114. 2. “A meningite é considerada uma doença endêmica. Portanto,
casos da doença são esperados ao longo de todo ano,
principalmente no inverno, com a ocorrência de surtos e epidemias
ocasionais. É causada por diversos agentes infecciosos como
bactérias, vírus, parasitas e fungos.” www.saude.gov.br
Em relação à meningite, pode-se afirmar que é uma doença de
notificação compulsória:
A) quando suspeita
B) apenas quando confirmada, independentemente da etiologia
C) apenas quando confirmada a etiologia viral
D) apenas quando confirmada a etiologia fúngica
E) apenas quando confirmada a etiologia bacteriana.
115. Petrópolis 2012
3. Atualmente, com o aumento da velocidade do fluxo de informações e atualizações
dos temas envolvendo a área de saúde, cada vez mais se utilizam como fontes
bibliográficas, artigos científicos e publicações em periódicos. Grande parte dessas
fontes baseia-se em estudos epidemiológicos. Considerando os diferentes tipos de
estudos epidemiológicos, pode-se afirmar que:
A) dentre as desvantagens do estudo de caso-controle, podemos citar a longa duração
e dificuldade de manter o trabalho uniforme, sobretudo em relação à composição dos
grupos.
B) dentre as vantagens do estudo de coorte, podemos citar a facilidade na execução,
curta duração e o fato de permitir o acompanhamento de doenças raras.
C) dentre as vantagens do estudo de metanálise, podemos citar a capacidade de
síntese de informação e de análise das diferenças metodológicas e resultados dos
estudos envolvidos.
D) dentre as vantagens do estudo transversais, podemos citar a possibilidade de
avaliação da incidência e da história natural das doenças.
E) dentre as desvantagens do estudo de coorte, podemos citar o baixo poder analítico
e o pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados.
116. Petrópolis 2012
3. Atualmente, com o aumento da velocidade do fluxo de informações e atualizações
dos temas envolvendo a área de saúde, cada vez mais se utilizam como fontes
bibliográficas, artigos científicos e publicações em periódicos. Grande parte dessas
fontes baseia-se em estudos epidemiológicos. Considerando os diferentes tipos de
estudos epidemiológicos, pode-se afirmar que:
A) dentre as desvantagens do estudo de caso-controle, podemos citar a longa duração
e dificuldade de manter o trabalho uniforme, sobretudo em relação à composição dos
grupos.
B) dentre as vantagens do estudo de coorte, podemos citar a facilidade na execução,
curta duração e o fato de permitir o acompanhamento de doenças raras.
C) dentre as vantagens do estudo de metanálise, podemos citar a capacidade de
síntese de informação e de análise das diferenças metodológicas e resultados dos
estudos envolvidos.
D) dentre as vantagens do estudo transversais, podemos citar a possibilidade de
avaliação da incidência e da história natural das doenças.
E) dentre as desvantagens do estudo de coorte, podemos citar o baixo poder analítico
e o pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados.
117. • Nos estudos de metanálise são analisados um
conjunto de estudos ou trabalhos de
investigação e são apresentadas medidas que
combinam os resultados desses mesmos
estudos. Numa metanálise pretende-se
sumariar os pontos em comum e apontar as
fontes de discordância entre estudos que
visem responder a uma questão comum.
SAÚDE PÚBLICA, SUS, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
118. Petrópolis 2012
Leia o texto abaixo e responda às questões 4,5 e 6
“O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises
objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e
elaboração de programas de ações de saúde. A mensuração do estado de saúde
da população é uma tradição em saúde pública. Teve seu início com o registro
sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência (Estatísticas Vitais -
Mortalidade e Nascidos Vivos). Com os avanços no controle das doenças
infecciosas (informações Epidemiológicas e Morbidade) e com a melhor
compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes populacionais, a
análise da situação sanitária passou a incorporar outras dimensões do estado de
saúde. Dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da
atenção, condições de vida e fatores ambientais passaram a ser métricas
utilizadas na construção de Indicadores de Saúde, que se traduzem em
informação relevante para a quantificação e a avaliação das informações em
saúde.” www.datasus.gov.br
119. 4. Considere uma situação hipotética em que uma doença acomete
duas cidades: X e Y. A incidência desta doença é cinco vezes maior
na cidade X do que na Y, porém, a prevalência em ambas as cidades
é semelhante. Uma possível explicação para esse fato é que não
existe explicação para tal fato.
A) a taxa de mortalidade infantil na cidade X é maior do que em Y.
B) o índice de natalidade na cidade Y é maior do que em X.
C) a taxa de mortalidade proporcional por idade na cidade X é maior
do que em Y.
D) a duração da doença é menor na cidade X do que em Y.
E) a taxa de fecundidade da cidade X é menor do que em Y.
120. 4. Considere uma situação hipotética em que uma doença acomete
duas cidades: X e Y. A incidência desta doença é cinco vezes maior
na cidade X do que na Y, porém, a prevalência em ambas as cidades
é semelhante. Uma possível explicação para esse fato é que não
existe explicação para tal fato.
A) a taxa de mortalidade infantil na cidade X é maior do que em Y.
B) o índice de natalidade na cidade Y é maior do que em X.
C) a taxa de mortalidade proporcional por idade na cidade X é maior
do que em Y.
D) a duração da doença é menor na cidade X do que em Y.
E) a taxa de fecundidade da cidade X é menor do que em Y.
121. 5. Pode-se calcular o coeficiente de mortalidade materna a partir da
divisão entre o número de óbitos ocorridos devido a complicações:
A) da gravidez, e o número de nascidos vivos.
B) da gravidez, parto e puerpério, e o número de nascidos vivos.
C) da gravidez, parto e puerpério, e o número de gestantes.
D) da gravidez, e o número de gestantes.
E) da gravidez e parto, e o número de gestantes.
122. 5. Pode-se calcular o coeficiente de mortalidade materna a partir da
divisão entre o número de óbitos ocorridos devido a complicações:
A) da gravidez, e o número de nascidos vivos.
B) da gravidez, parto e puerpério, e o número de nascidos vivos.
C) da gravidez, parto e puerpério, e o número de gestantes.
D) da gravidez, e o número de gestantes.
E) da gravidez e parto, e o número de gestantes.
123. 6. Em relação ao Índice de Swaroop-Uemura, pode-se afirmar que:
A) quanto maior for este índice em um país, melhor são as
condições de vida e saúde da população.
B) é definido pela proporção de óbitos em indivíduos com menos de
50 anos de idade, em relação ao total de óbitos.
C) é definido pela proporção de óbitos por cinco grupos etários
diferentes, em relação ao total de óbitos.
D) é definido pela proporção de óbitos por causa, em relação ao
total de óbitos.
E) é definido pela proporção de óbitos de nascidos vivos, em relação
ao total de óbitos.
124. 6. Em relação ao Índice de Swaroop-Uemura, pode-se afirmar que:
A) quanto maior for este índice em um país, melhor são as
condições de vida e saúde da população.
B) é definido pela proporção de óbitos em indivíduos com menos de
50 anos de idade, em relação ao total de óbitos.
C) é definido pela proporção de óbitos por cinco grupos etários
diferentes, em relação ao total de óbitos.
D) é definido pela proporção de óbitos por causa, em relação ao
total de óbitos.
E) é definido pela proporção de óbitos de nascidos vivos, em relação
ao total de óbitos.
125. HUPE – estágio por interesse – 2010
7 - Microorganismos presentes no ou sobre o hospedeiro, sem
interferência ou interação com ele e sem lhe provocar sintomas,
refere-se a definição do seguinte termo:
(A) latência
(B) incubação
(C) reservatório
(D) colonização
126. HUPE – estágio por interesse – 2010
7- Microorganismos presentes no ou sobre o hospedeiro, sem
interferência ou interação com ele e sem lhe provocar sintomas,
refere-se a definição do seguinte termo:
(A) latência
(B) incubação
(C) reservatório
(D) colonização
127. 8-No ano de 1988, em uma cidade com 100.000 habitantes, foi
constatada epidemia de leptospirose. Foram registrados 100 casos
da doença, dos quais 10 evoluíram para o óbito. Sabendo-se que
naquele ano o total de óbitos na cidade foi de 1.000, a taxa de
mortalidade da leptospirose foi de: (Alagoa Grande -2010)
a) 1%. b) 10%. c) 0,1/1.000. d) 1/1 .000. e) nda.
128. 8-No ano de 1988, em uma cidade com 100.000 habitantes, foi
constatada epidemia de leptospirose. Foram registrados 100 casos
da doença, dos quais 10 evoluíram para o óbito. Sabendo-se que
naquele ano o total de óbitos na cidade foi de 1.000, a taxa de
mortalidade da leptospirose foi de: (Alagoa Grande -2010)
a) 1%. b) 10%. c) 0,1/1.000. d) 1/1 .000. e) nda.
129. 9- O coeficiente de mortalidade infantil na localidade “X”, em 2005, foi de 15
óbitos por 1000 crianças nascidas vivas. Com base neste resultado, podemos
afirmar: (Biguaçu-2010)
a. ( ) Em 2005, na localidade “X”, de cada 1000 crianças nascidas vivas, 15
morreram.
b. ( ) Em 2005, na localidade “X”, de cada 10.000 crianças nascidas vivas, 150
morreram.
c. ( ) Morreram 15 crianças menores de um ano e nasceram 1000 crianças vivas,
em 2005, na localidade “X”.
d. ( ) Em 2005, na localidade “X”, o risco de morte em crianças era de 15 para
cada 1000 crianças nascidas vivas, mas nada se pode afirmar sobre a faixa
etária dessas crianças.
e. ( ) Em 2005, na localidade “X”, o risco de morte em crianças com menos de
um ano de idade era de 15 para cada 1000 crianças nascidas vivas.
130. 9- O coeficiente de mortalidade infantil na localidade “X”, em 2005, foi de 15
óbitos por 1000 crianças nascidas vivas. Com base neste resultado, podemos
afirmar: (Biguaçu-2010)
a. ( ) Em 2005, na localidade “X”, de cada 1000 crianças nascidas vivas, 15
morreram.
b. ( ) Em 2005, na localidade “X”, de cada 10.000 crianças nascidas vivas, 150
morreram.
c. ( ) Morreram 15 crianças menores de um ano e nasceram 1000 crianças vivas,
em 2005, na localidade “X”.
d. ( ) Em 2005, na localidade “X”, o risco de morte em crianças era de 15 para
cada 1000 crianças nascidas vivas, mas nada se pode afirmar sobre a faixa
etária dessas crianças.
e. ( X ) Em 2005, na localidade “X”, o risco de morte em crianças com menos
de um ano de idade era de 15 para cada 1000 crianças nascidas vivas.
131. Secretaria estadual de saúde e defesa civil do Estado do Rio de
Janeiro – Enfermeiro-2010
10-No último dia do mês de agosto, foram contabilizados 30 casos
de uma determinada doença transmissível. Ao correr do mês de
setembro, esse contingente, por motivos diversos, sofreu baixa em
cinco casos antigos e acréscimo de dez casos novos. Nesse
exemplo hipotético, a prevalência para a doença transmissível no
último dia do mês de setembro será de:
a) 10 casos.
b) 25 casos.
c) 30 casos.
d) 35 casos.
e) 40 casos.
132. Secretaria estadual de saúde e defesa civil do Estado do Rio de
Janeiro – Enfermeiro-2010
10-No último dia do mês de agosto, foram contabilizados 30 casos
de uma determinada doença transmissível. Ao correr do mês de
setembro, esse contingente, por motivos diversos, sofreu baixa em
cinco casos antigos e acréscimo de dez casos novos. Nesse
exemplo hipotético, a prevalência para a doença transmissível no
último dia do mês de setembro será de:
a) 10 casos.
b) 25 casos.
c) 30 casos.
d) 35 casos.
e) 40 casos.
133. 11-O gráfico abaixo representa a distribuição de febre tifoide ocorrida no bairro de Dom
Rodrigo, em Nova Iguaçu, entre os meses de março e junho de 1980.
De acordo com o gráfico, a abrangência da epidemia de febre tifoide pode ser caracterizada
como:
a) surto epidêmico
b) pandemia
c) epidemia explosiva
d) epidemia lenta
e) epidemia progressiva
134. 11-O gráfico abaixo representa a distribuição de febre tifoide ocorrida no bairro de Dom
Rodrigo, em Nova Iguaçu, entre os meses de março e junho de 1980.
De acordo com o gráfico, a abrangência da epidemia de febre tifoide pode ser caracterizada
como:
a) surto epidêmico
b) pandemia
c) epidemia explosiva
d) epidemia lenta
e) epidemia progressiva
135. 12-A detecção de doença prevenível, incapacidade ou morte
inesperada, cuja ocorrência serve como sinal de alerta de que a
qualidade terapêutica ou prevenção deve ser questionada, é
conhecida como: (Espec. saúde Pública – 2008)
A) evento sentinela
B) evento inusitado
C) vulnerabilidade
D) transcendência
136. 12-A detecção de doença prevenível, incapacidade ou morte
inesperada, cuja ocorrência serve como sinal de alerta de que a
qualidade terapêutica ou prevenção deve ser questionada, é
conhecida como: (Espec. saúde Pública – 2008)
A) evento sentinela
B) evento inusitado
C) vulnerabilidade
D) transcendência
137. Nossa senhora do socorro/SE – 2011
13-Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Além
das fontes regulares de coleta de dados e informações para analisar, do ponto
de vista epidemiológico, a ocorrência de eventos sanitários, pode ser
necessário, em determinado momento ou período, recorrer diretamente à
população ou aos serviços para obter dados adicionais ou mais representativos,
que podem ser coletados por
I. Inquérito.
II. Levantamento epidemiológico.
III. Investigação.
(A) Apenas a I está correta.
(B) Apenas a II está correta.
(C) Apenas a III está correta.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) I, II e III estão corretas.
138. Nossa senhora do socorro/SE – 2011
13-Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Além
das fontes regulares de coleta de dados e informações para analisar, do ponto
de vista epidemiológico, a ocorrência de eventos sanitários, pode ser
necessário, em determinado momento ou período, recorrer diretamente à
população ou aos serviços para obter dados adicionais ou mais representativos,
que podem ser coletados por
I. Inquérito.
II. Levantamento epidemiológico.
III. Investigação.
(A) Apenas a I está correta.
(B) Apenas a II está correta.
(C) Apenas a III está correta.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) I, II e III estão corretas.
139. UFPA 2011
14-Em um pronto socorro da cidade, deu entrada uma senhora de 58 anos de
idade, casada, apresentando múltiplas lesões na face e no tórax posterior e
fratura no braço direito. Durante a anamnese, a senhora relatou ter sido
agredida com socos e pontapés pelo seu parceiro que, na ocasião, estava
extremamente alcoolizado. Após análise dessa situação, segundo a
terminologia adotada em legislação nacional e em conformidade com a Portaria
104/11, do Ministério da Saúde, deve-se defini-la como:
(A) emergência.
(B) doença.
(C) agravo.
(D) evento.
(E) urgência.
140. UFPA 2011
14-Em um pronto socorro da cidade, deu entrada uma senhora de 58 anos de
idade, casada, apresentando múltiplas lesões na face e no tórax posterior e
fratura no braço direito. Durante a anamnese, a senhora relatou ter sido
agredida com socos e pontapés pelo seu parceiro que, na ocasião, estava
extremamente alcoolizado. Após análise dessa situação, segundo a
terminologia adotada em legislação nacional e em conformidade com a Portaria
104/11, do Ministério da Saúde, deve-se defini-la como:
(A) emergência.
(B) doença.
(C) agravo.
(D) evento.
(E) urgência.
141. IABAS 2011
15-Doenças transmissíveis emergentes são as que surgiram, ou foram
identificadas, em período recente ou aquelas que assumiram novas condições
de transmissão, seja devido a modificações das características do agente
infeccioso, seja passando de doenças raras e restritas para constituírem
problemas de Saúde Pública. Reemergentes, por sua vez, são as que
ressurgiram, enquanto problema de Saúde Pública, após terem sido
controladas no passado. Podemos citar como exemplos de doenças emergente
e reemergente respectivamente:
(A) cólera e dengue;
(B) esquistossomose e cólera;
(C) dengue e meningite;
(D) gripe H1N1 e dengue;
(E) malária e cólera.
142. IABAS 2011
15-Doenças transmissíveis emergentes são as que surgiram, ou foram
identificadas, em período recente ou aquelas que assumiram novas condições
de transmissão, seja devido a modificações das características do agente
infeccioso, seja passando de doenças raras e restritas para constituírem
problemas de Saúde Pública. Reemergentes, por sua vez, são as que
ressurgiram, enquanto problema de Saúde Pública, após terem sido
controladas no passado. Podemos citar como exemplos de doenças emergente
e reemergente respectivamente:
(A) cólera e dengue;
(B) esquistossomose e cólera;
(C) dengue e meningite;
(D) gripe H1N1 e dengue;
(E) malária e cólera.
143. Residência HUPE-2009
16-Analise os dados relacionados à ocorrência da hanseníase nos
municípios A e B resgistrados no quadro abaixo:
município município
A B
População em 31/12/2007 796.944 4.596.326
Casos em registro ativo e 31/12/2007 1726 1783
Casos novos registrados até
31/12/2007 11 35
Considerando estes dados você conclui que o coeficiente de:
a) prevalência demonstra maior magnitude da doença no município A
b) prevalência demonstra que a doença é hiperendêmica no município B
c) detecção anual de casos novos no município B sugere melhor qualidade de
atendimento neste município.
d) Detecção anual de casos novos no município A sugere melhor qualidade de
atendimento neste município.
144. Residência HUPE-2009
16-Analise os dados relacionados à ocorrência da hanseníase nos
municípios A e B resgistrados no quadro abaixo:
município município
A B
População em 31/12/2007 796.944 4.596.326
Casos em registro ativo e 31/12/2007 1726 1783
Casos novos registrados até
31/12/2007 11 35
Considerando estes dados você conclui que o coeficiente de:
a) prevalência demonstra maior magnitude da doença no município A
b) prevalência demonstra que a doença é hiperendêmica no município B
c) detecção anual de casos novos no município B sugere melhor qualidade de
atendimento neste município.
d) Detecção anual de casos novos no município A sugere melhor qualidade de
atendimento neste município.
145. FIM
Produzido por Ismael Costa
ismac@globo.com
www.blogprofismael.blogspot.com