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Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo 
Curso Tecnológico de Acção Social 
Ano Lectivo 2008/2009 
Professor Henrique Vieira 
Psicologia A
 Neste trabalho iremos falar sobre a importância 
da vinculação para o desenvolvimento do bebé e 
de algumas das características desta. 
 Falaremos também em comportamentos de 
vinculação, figuras de vinculação e as relações 
de vinculação, sendo estas subtemas do tema 
central.
Vinculação 
•Desenvolvimento Social; 
•Vinculação; 
•Investigação de John 
Bowlby; 
•Teoria de Bowlby; 
•Consequência da 
ausência de vínculos. 
Comportamentos 
de Vinculação 
Figura de 
Vinculação 
•Sorriso 
•Vocalização; 
•Choro; 
•Agarrar e gatinhar; 
•Natureza Inata 
•Comportamento de 
Sucção 
•Outro bebé 
•Irmãos 
•Figura Principal… 
•Grupo de Vinculação 
•Amigos, namorados 
Relação de 
Vinculação 
•Disponibilidade; 
•Continuidade; 
•Acessibilidade; 
•Brincar, jogar; 
•Falar; 
•Interagir.
Tema 
•Imaturidade biológica 
•Competências relacionais 
•Relação de Vinculação 
Desenvolvimento Social: 
Crescendo de competências e de habilidades que capacitam o indivíduo 
para se relacionar afetiva e socialmente com os outros.
 A partir de que fatores o ser humano 
inicia a sua relação com os outros? 
 Qual o papel das relações afetivas 
precoces para a humanização do bebé 
e para a vida socio afetiva do ser 
humano?
Vinculação 
 Segunda Guerra Mundial 
 Necessidade Primária 
•Perda e separação da 
criança pequena 
•Problema dos efeitos 
sobre o desenvolvimento 
socio afetivo 
Criar laços afetivos 
 Necessidade de estudar “efeitos de 
institucionalização”
 1 ª Teoria é formada por John Bowlby 
Psiquiatra e 
psicanalista 
inglês 
 A personalidade do adulto é construída a partir de 
ligações precoces e socioafectivos da criança e que estas 
ligações repousam sobre necessidades e fundamentos 
biológicos. 
Sensação de Confiança - Vinculação
 Necessidade inata, básica; 
 Não depende de outras necessidades; 
 Ligação do bebé à mãe e vice versa; 
 Proximidade das figuras preferenciais ou 
privilegiadas; 
 Relações que se estabelecem com o mundo que 
rodeia a criança, assegurando-lhe as condições 
para a sua sobrevivência e desenvolvimento; 
 Vinculação 
Laços; 
Proteção; 
Segurança. 
 Relação de Vinculação possui uma existência, uma 
dinâmica e uma função própria.
 Década de 40 
 Investigação sobre relações entre perturbações 
de comportamentos e a história da infância 
 Colabora com o etólogo Konrad Lorenz; 
Desenvolve o conceito do Imprinting 
 Em 1958 surge o conceito de vinculação, com a 
publicação de dois artigos: “The Nature of Love”, do 
psicologo Harry F. Harlow e o artigo de Bowlby “The 
Nature of the child’s Tie to his Mother”
 Bowlby e Lorenz concluíram que a proximidade 
física do progenitor é uma necessidade inata, 
primária e permite 
 Desenvolvimento mental do ser humano; 
 Desenvolvimento da sociabilidade 
• Bowlby constata que a separação dos pais após a 2ª 
Guerra Mundial, tinha efeitos negativos no desenvol-vimento 
físico e psíquico das crianças. 
• A vinculação aos progenitores responde a duas 
necessidades: 
-Proteção; 
-Socialização.
 John Bowlby diz-nos que a relação bebé-mãe-bebé 
é a chave para o desenvolvimento físico, 
cognitivo, afetivo e psicológico; 
 Para assegurar as relações de proteção e segurança 
existiriam esquemas comportamentais inatos que 
se manifestariam logo após o nascimento, e que 
permitiam estabelecer laços com as pessoas mais 
próximas. 
Chorar 
Sorrir 
Comportamentos que o bebé adota 
para manter a relação com as figuras 
Mamar 
de vinculação. 
Agarrar
 Em 1948 a teoria da vinculação ganha forma 
graças à OMS; 
 “Cuidados Maternos e Saúde Mental”, Bowlby 
refere-nos consequências na carência de 
cuidados maternos: 
 Relações futuras superficiais, 
 Ausência de concentração intelectual, 
 Incapacidade de se relacionar socialmente com o outro; 
 Delinquência; 
 Ausência de reações emocionais; 
 … 
 Com a ausência de vínculos, temos 
 três tipos de características: 
- Protesto (ansiedade da separação); 
- Desespero (dor e luto); 
- Desvinculação (defesa).
Comportamento de Vinculação 
Do Bebé 
Dados observáveis 
De Sorriso e de Vocalização 
Comportamentos 
de Sinalização 
Informa a mãe 
do desejo de 
interação do 
filho. 
Primeiramente 
De Choro Comportamento 
de Natureza 
aversiva 
Leva a mãe a 
aproximar-se da criança 
e a efetuar atos que 
visam pôr fim ao choro.
Mais 
Tarde 
De agarrar a gatinhar Comportamento 
ativo 
Que permite à 
criança 
aproximar-se ou 
seguir a figura 
da vinculação 
Estes comportamentos parecem ser de Natureza INATA. 
Têm como função ligar a Criança à Mãe, favorecendo 
de certo modo a vinculação da Mãe à Criança. 
A noção de comportamento de vinculação complexificou-se no sentido que: 
•Não se restringe à descrição comportamental dos 5 esquemas de acção, 
sendo definido como uma unidade funcional do comportamento.
Sorriso 
6-12 semanas Pelos 6 meses 
Comunicação 
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Básico de 
Vinculação
Figura de Vinculação = mãe = errado 
Pai, Mãe, Avós, Tios, Primos, educadora, ama…
 Figura à qual irá dirigir o seu comportamento; 
 Qualquer pessoa que se envolva numa interação social, 
viva e durável com o bebé, se pode tornar numa figura 
de vinculação; 
 Existem múltiplas figuras de vinculação; 
 As figuras de vinculação são hierarquizadas por 
preferências; 
 A criança tem uma tendência inata a vincular-se, em 
especial a uma figura; 
 É conveniente que as crianças tenham várias figuras de 
vinculação; 
 A existência de diversas figuras facilita a aprendizagem; 
 É uma garantia importante (acidente, doenças, morte 
ou abandono); 
 A existência de várias figuras é um factor de segurança 
para a criança.
A relação deve ser: 
 Contínua; 
 Facilmente acessível e estar disponível, adaptando-se 
aos ritmos e necessidades da criança.
Disponibilidade, continuidade e acessibilidade 
traduzem-se em respostas estáveis e 
constantes às necessidades afetivas da 
criança. 
•Carícias; 
•Compreensão; 
•Comunicação; 
•Companhia; 
•Atenção.
A relação de vinculação é uma construção 
progressiva: 
 A aptidão inata vai sendo modelada no decorrer da 
interação com o meio social; 
 A criança dirige-se de forma preferencial a figuras 
discriminadas na busca de sustento, de confiança, de 
apoio e de proteção, ao mesmo tempo que surge a 
angústia perante o estranho e o protesto em caso de 
separação, dois indícios da existência de uma 
vinculação preferencial.
 A procura de proximidade; 
 A noção de base de segurança, 
 A noção de comportamento de refúgio; 
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Segundo Ainsworth (1989)
A teoria da Vinculação surge de facto como 
o conceito-chave da segunda metade do Século 
XX, na psicopatologia e na psicologia. Nasceu 
na violência das separações e das carências 
precoces, na encruzilhada dos contributos da 
psicanálise, da etologia, das ciências cognitivas, 
da informáticas e da cibernética, com os 
contributos de observação da reconstrução e da 
narração. 
O seu criador, John Bowlby, surge assim 
como um dos espíritos mais fecundos da 
psicopatologia do Século XX.
 Fotocópias cedidas pelo professor.
N 
CUL 
PROTECÇ 
L E 
C 
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P 
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2 
5 
4 
7 
8 
6 
3 
1 Pistas: 
1- O resultado de comportar-se; 
2- Acto ou efeito de proteger, 
abrigo, amparo, auxílio; 
3- Mulher que tem ou teve filhos; 
protectora; 
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afetiva; 
5- Criança com pouca idade; 
6- Dependência, ligação; ligação 
afectiva entre duas pessoas; 
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8- A mãe pode ser a imagem, ou 
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1   vinculação precoce - mãe/bebé

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1 vinculação precoce - mãe/bebé

  • 1. Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo Curso Tecnológico de Acção Social Ano Lectivo 2008/2009 Professor Henrique Vieira Psicologia A
  • 2.
  • 3.  Neste trabalho iremos falar sobre a importância da vinculação para o desenvolvimento do bebé e de algumas das características desta.  Falaremos também em comportamentos de vinculação, figuras de vinculação e as relações de vinculação, sendo estas subtemas do tema central.
  • 4. Vinculação •Desenvolvimento Social; •Vinculação; •Investigação de John Bowlby; •Teoria de Bowlby; •Consequência da ausência de vínculos. Comportamentos de Vinculação Figura de Vinculação •Sorriso •Vocalização; •Choro; •Agarrar e gatinhar; •Natureza Inata •Comportamento de Sucção •Outro bebé •Irmãos •Figura Principal… •Grupo de Vinculação •Amigos, namorados Relação de Vinculação •Disponibilidade; •Continuidade; •Acessibilidade; •Brincar, jogar; •Falar; •Interagir.
  • 5.
  • 6. Tema •Imaturidade biológica •Competências relacionais •Relação de Vinculação Desenvolvimento Social: Crescendo de competências e de habilidades que capacitam o indivíduo para se relacionar afetiva e socialmente com os outros.
  • 7.  A partir de que fatores o ser humano inicia a sua relação com os outros?  Qual o papel das relações afetivas precoces para a humanização do bebé e para a vida socio afetiva do ser humano?
  • 8. Vinculação  Segunda Guerra Mundial  Necessidade Primária •Perda e separação da criança pequena •Problema dos efeitos sobre o desenvolvimento socio afetivo Criar laços afetivos  Necessidade de estudar “efeitos de institucionalização”
  • 9.  1 ª Teoria é formada por John Bowlby Psiquiatra e psicanalista inglês  A personalidade do adulto é construída a partir de ligações precoces e socioafectivos da criança e que estas ligações repousam sobre necessidades e fundamentos biológicos. Sensação de Confiança - Vinculação
  • 10.  Necessidade inata, básica;  Não depende de outras necessidades;  Ligação do bebé à mãe e vice versa;  Proximidade das figuras preferenciais ou privilegiadas;  Relações que se estabelecem com o mundo que rodeia a criança, assegurando-lhe as condições para a sua sobrevivência e desenvolvimento;  Vinculação Laços; Proteção; Segurança.  Relação de Vinculação possui uma existência, uma dinâmica e uma função própria.
  • 11.  Década de 40  Investigação sobre relações entre perturbações de comportamentos e a história da infância  Colabora com o etólogo Konrad Lorenz; Desenvolve o conceito do Imprinting  Em 1958 surge o conceito de vinculação, com a publicação de dois artigos: “The Nature of Love”, do psicologo Harry F. Harlow e o artigo de Bowlby “The Nature of the child’s Tie to his Mother”
  • 12.  Bowlby e Lorenz concluíram que a proximidade física do progenitor é uma necessidade inata, primária e permite  Desenvolvimento mental do ser humano;  Desenvolvimento da sociabilidade • Bowlby constata que a separação dos pais após a 2ª Guerra Mundial, tinha efeitos negativos no desenvol-vimento físico e psíquico das crianças. • A vinculação aos progenitores responde a duas necessidades: -Proteção; -Socialização.
  • 13.  John Bowlby diz-nos que a relação bebé-mãe-bebé é a chave para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e psicológico;  Para assegurar as relações de proteção e segurança existiriam esquemas comportamentais inatos que se manifestariam logo após o nascimento, e que permitiam estabelecer laços com as pessoas mais próximas. Chorar Sorrir Comportamentos que o bebé adota para manter a relação com as figuras Mamar de vinculação. Agarrar
  • 14.  Em 1948 a teoria da vinculação ganha forma graças à OMS;  “Cuidados Maternos e Saúde Mental”, Bowlby refere-nos consequências na carência de cuidados maternos:  Relações futuras superficiais,  Ausência de concentração intelectual,  Incapacidade de se relacionar socialmente com o outro;  Delinquência;  Ausência de reações emocionais;  …  Com a ausência de vínculos, temos  três tipos de características: - Protesto (ansiedade da separação); - Desespero (dor e luto); - Desvinculação (defesa).
  • 15.
  • 16. Comportamento de Vinculação Do Bebé Dados observáveis De Sorriso e de Vocalização Comportamentos de Sinalização Informa a mãe do desejo de interação do filho. Primeiramente De Choro Comportamento de Natureza aversiva Leva a mãe a aproximar-se da criança e a efetuar atos que visam pôr fim ao choro.
  • 17. Mais Tarde De agarrar a gatinhar Comportamento ativo Que permite à criança aproximar-se ou seguir a figura da vinculação Estes comportamentos parecem ser de Natureza INATA. Têm como função ligar a Criança à Mãe, favorecendo de certo modo a vinculação da Mãe à Criança. A noção de comportamento de vinculação complexificou-se no sentido que: •Não se restringe à descrição comportamental dos 5 esquemas de acção, sendo definido como uma unidade funcional do comportamento.
  • 18. Sorriso 6-12 semanas Pelos 6 meses Comunicação entre o bebé e a figura de vinculação Acto de reflexo automático Activos e intencionais Inicialmente Acto Social dirigido a figuras preferenciais
  • 19. Comportamento de Sucção 1969 Descrito com um dos cincos comportamentos Desapareceu em 1982 Básico de Vinculação
  • 20.
  • 21. Figura de Vinculação = mãe = errado Pai, Mãe, Avós, Tios, Primos, educadora, ama…
  • 22.  Figura à qual irá dirigir o seu comportamento;  Qualquer pessoa que se envolva numa interação social, viva e durável com o bebé, se pode tornar numa figura de vinculação;  Existem múltiplas figuras de vinculação;  As figuras de vinculação são hierarquizadas por preferências;  A criança tem uma tendência inata a vincular-se, em especial a uma figura;  É conveniente que as crianças tenham várias figuras de vinculação;  A existência de diversas figuras facilita a aprendizagem;  É uma garantia importante (acidente, doenças, morte ou abandono);  A existência de várias figuras é um factor de segurança para a criança.
  • 23.
  • 24. A relação deve ser:  Contínua;  Facilmente acessível e estar disponível, adaptando-se aos ritmos e necessidades da criança.
  • 25.
  • 26. Disponibilidade, continuidade e acessibilidade traduzem-se em respostas estáveis e constantes às necessidades afetivas da criança. •Carícias; •Compreensão; •Comunicação; •Companhia; •Atenção.
  • 27. A relação de vinculação é uma construção progressiva:  A aptidão inata vai sendo modelada no decorrer da interação com o meio social;  A criança dirige-se de forma preferencial a figuras discriminadas na busca de sustento, de confiança, de apoio e de proteção, ao mesmo tempo que surge a angústia perante o estranho e o protesto em caso de separação, dois indícios da existência de uma vinculação preferencial.
  • 28.  A procura de proximidade;  A noção de base de segurança,  A noção de comportamento de refúgio;  As reações marcadas perante a separação. Segundo Ainsworth (1989)
  • 29. A teoria da Vinculação surge de facto como o conceito-chave da segunda metade do Século XX, na psicopatologia e na psicologia. Nasceu na violência das separações e das carências precoces, na encruzilhada dos contributos da psicanálise, da etologia, das ciências cognitivas, da informáticas e da cibernética, com os contributos de observação da reconstrução e da narração. O seu criador, John Bowlby, surge assim como um dos espíritos mais fecundos da psicopatologia do Século XX.
  • 30.  Fotocópias cedidas pelo professor.
  • 31.
  • 32. N CUL PROTECÇ L E C OM O R T AME N T O A I V E A B B U R A E P A A Ç F I G A Ç O 2 5 4 7 8 6 3 1 Pistas: 1- O resultado de comportar-se; 2- Acto ou efeito de proteger, abrigo, amparo, auxílio; 3- Mulher que tem ou teve filhos; protectora; 4- O que se cria com a ligação afetiva; 5- Criança com pouca idade; 6- Dependência, ligação; ligação afectiva entre duas pessoas; 7- Aliança, Vínculo; 8- A mãe pode ser a imagem, ou o símbolo.