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A arte do Rococó Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes.  Para alguns historiadores da arte, o termo rococó, indica a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativos e ornamentais são exaltados tanto pelos artistas quanto pelos apreciadores da arte. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizados originariamente na decoração de grutas artificiais. Em português por aproximação o termo rococó significa concha.Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.
UMA ARTE PARA O PRAZER DA ARISTOCRACIA: Para entender melhor os valores que essa tendência artística passa a refletir, é preciso voltar ao século XVII e verificar que, durante o reinado de Luiz XIV, ou seja, entre 1643 e 1715, a frança viveu sob um governo centralizador e autoritário, que deu às artes uma feição clássica. Quando Luiz XIV morreu, em 1715, a corte mudou-se de Versalhes para Paris e ai entrou em contato com os ricos e bem-sucedidos comerciantes, financistas e banqueiros que, por nascimento, não pertenciam à aristocracia. Mas, graças à riqueza que possuíam, tinham condições de proteger os artistas, atitudes que lhes dava prestígio pessoal para serem aceitos na sociedade aristocrata. Tornaram-se, por isso, os clientes perfeitos dos artistas, que passaram a produzir quadros pequenos e as estatuetas de porcelana para uso doméstico, muito ao gosto da sociedade na época. A arte rococó refletia, portanto, os valores de uma sociedade fútil que buscava nas obras de arte algo que lhe desse prazer e a levasse a esquecer seus problemas reais. Os assuntos explorados pelos artistas deveriam ser cenas graciosas, realizadas de tal forma que refletissem uma sensualidade sutil.
Características gerais: Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.
ARQUITETURA Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi à principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo.  Na arquitetura, o rococó manifestou-se principalmente nas decorações de espaços interiores, que se revestiam de abundante e delicada ornamentação. As salas e os salões têm, de preferência, a forma oval e as paredes são cobertas com pinturas de cores claras suaves, espelho e ornamentos com motivos florais feitos com estuque. Em oposição a esse interior rico em elementos decorativos, a fachada dos edifícios reflete um barroco sem exageros ou estilo clássico dos renascentistas italianos. São exemplos dessa arquitetura o Hôtel de Soubise, construído por GermainBoffrand  e decorado Nicolas Pineau.
Principais características: Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves. A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade. 1736 e 1739, i o Petit Trianon, construído por Jacques Ange Gabriel, em Versalhes, entre 1762 e 1768.
Principal Artista: Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.
Igreja de Ottobeuren
Igreja de Ottobeuren
Fonte e fachada do Palácio Real de Querluz
Carta der amor
Escultura  Nessa arte, o estilo rococó substituiu os volumes que indicam o vigor e a emergia barrocos por linhas suaves e graciosas. E escultura, que se torna intimista, geralmente procura retratar as pessoas mais importantes da época. São famosas, por exemplo, as esculturas de que Jean-Antoine Houdon fez para retratar Voltaire, Diderot, Rousseau e tantos outros personagens da história francesa e universal. Dessas esculturas a de Voltaire é a mais conhecida, por causa da percepção aguda que o artista teve do caráter desse pensador francês. Não foi apenas nos retratos que se destacou a escultura rococó. Ela foi a responsável pela criação das estatuetas decorativas, a partir da invenção da porcelana por dois cientistas alemães, Tischirnhaus e Boettger, em 1708. Já em 1709 surgiram as primeiras peças decorativas em porcelana. Durante o século XVIII, os escultores rococós alemães, franceses, italianos e espanhóis criaram modelos para a manufatura de estatuetas, reproduzindo temas mitológicos, campestres e da sociedade cortesã. Entre esses escultores decorativos estão, por exemplo, François Boucher e Étienne-Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estátuas de Vênus, banhistas, ninfas e cupidos para a Manufatura Real de Porcelana de Sèrves. Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente. Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.
Filósofo Voltaire
Jean-Jacques Rousseau
As porcelanas de Tischirnhaus
Jarro de porcelana
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Pequena mesa do estilo Rococó
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Cadeira de madeira dourada  e entalhada, coberta com tapeçaria original de Beauvais
Principais Artistas: Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós. Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".
PINTURA Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas.  Na pintura, são nítidas as diferenças entre o Barroco e o Rococó. Enquanto o Barroco desenvolvia temas religiosos em que as atitudes dos personagens eram repletas de conotações dramáticas e heróicas, o Rococó desenvolvia temas mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos. Os personagens não são mais de inspiração popular, e sim membros de uma aristocracia ociosa que vive seus últimos tempos de fausto antes da Revolução Francesa. Do ponto de vista técnico também ocorrem transformações na pintura. Desaparecem os contrastes radicais de claro-escuro e passam a predominar as tonalidades claras e luminosas. A técnica do pastel passa a ser bastante utilizada, pois ela permite a produção de “certos efeitos de delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele feminina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos.”
Principais Artistas: Antoine Watteau,(1684-1721), embora nascido em Flandres, Watteau é considerado um verdadeiro mestre da pintura do rococó francesa. Seus quadros de cenas amorosas substituem as pinturas de temas religiosos e históricos. Seus personagens são joviais e parecem delicados de cultura perfeita e de alegria de um viver tranqüilo. Mas é indisfarçável neles uma nota de melancolia, um certo ar de tédio em meio ao prazer. As figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX.
Jean-Baptiste Simeón Chardin (1699-1779), tinha uma situação econômica melhor do que a de Watteau. Esse fato permitiu-lhe uma criação mais livre e independente dos favores da corte e das expectativas artísticas da aristocracia. Por isso, seus quadros, em vez de apresentar o mundo fantasioso e frívolo dos cortesãos, retratam cenas de vida cotidiana e burguesa da França. A principal característica de Chardin é a sua composição nítida e unificadora de todos os elementos retratados. A pintura de Chardin conserva o mesmo toque luminoso da pintura de Watteau, mas os temas de interesse desses artistas, apesar de pertencerem ao mesmo movimento artístico, são muitos diferentes.
François Boucher (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre com grande perfeição no desenho, alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas de interior ("O pintor em seu estúdio"). 
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.
Obras de Watteau (Embarque para Cítera)
Embarque para Cítera
Auto retrato de Watteau
Auto retrato de Chardin
A lavadeira e o menino
Mulher fazendo bolha de sabão
Rapariga em repouso de François Boucher
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A arte do rococó

  • 1. A arte do Rococó Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Para alguns historiadores da arte, o termo rococó, indica a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativos e ornamentais são exaltados tanto pelos artistas quanto pelos apreciadores da arte. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizados originariamente na decoração de grutas artificiais. Em português por aproximação o termo rococó significa concha.Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.
  • 2. UMA ARTE PARA O PRAZER DA ARISTOCRACIA: Para entender melhor os valores que essa tendência artística passa a refletir, é preciso voltar ao século XVII e verificar que, durante o reinado de Luiz XIV, ou seja, entre 1643 e 1715, a frança viveu sob um governo centralizador e autoritário, que deu às artes uma feição clássica. Quando Luiz XIV morreu, em 1715, a corte mudou-se de Versalhes para Paris e ai entrou em contato com os ricos e bem-sucedidos comerciantes, financistas e banqueiros que, por nascimento, não pertenciam à aristocracia. Mas, graças à riqueza que possuíam, tinham condições de proteger os artistas, atitudes que lhes dava prestígio pessoal para serem aceitos na sociedade aristocrata. Tornaram-se, por isso, os clientes perfeitos dos artistas, que passaram a produzir quadros pequenos e as estatuetas de porcelana para uso doméstico, muito ao gosto da sociedade na época. A arte rococó refletia, portanto, os valores de uma sociedade fútil que buscava nas obras de arte algo que lhe desse prazer e a levasse a esquecer seus problemas reais. Os assuntos explorados pelos artistas deveriam ser cenas graciosas, realizadas de tal forma que refletissem uma sensualidade sutil.
  • 3. Características gerais: Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.
  • 4. ARQUITETURA Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi à principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo.  Na arquitetura, o rococó manifestou-se principalmente nas decorações de espaços interiores, que se revestiam de abundante e delicada ornamentação. As salas e os salões têm, de preferência, a forma oval e as paredes são cobertas com pinturas de cores claras suaves, espelho e ornamentos com motivos florais feitos com estuque. Em oposição a esse interior rico em elementos decorativos, a fachada dos edifícios reflete um barroco sem exageros ou estilo clássico dos renascentistas italianos. São exemplos dessa arquitetura o Hôtel de Soubise, construído por GermainBoffrand e decorado Nicolas Pineau.
  • 5. Principais características: Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves. A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade. 1736 e 1739, i o Petit Trianon, construído por Jacques Ange Gabriel, em Versalhes, entre 1762 e 1768.
  • 6. Principal Artista: Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.
  • 9. Fonte e fachada do Palácio Real de Querluz
  • 11. Escultura Nessa arte, o estilo rococó substituiu os volumes que indicam o vigor e a emergia barrocos por linhas suaves e graciosas. E escultura, que se torna intimista, geralmente procura retratar as pessoas mais importantes da época. São famosas, por exemplo, as esculturas de que Jean-Antoine Houdon fez para retratar Voltaire, Diderot, Rousseau e tantos outros personagens da história francesa e universal. Dessas esculturas a de Voltaire é a mais conhecida, por causa da percepção aguda que o artista teve do caráter desse pensador francês. Não foi apenas nos retratos que se destacou a escultura rococó. Ela foi a responsável pela criação das estatuetas decorativas, a partir da invenção da porcelana por dois cientistas alemães, Tischirnhaus e Boettger, em 1708. Já em 1709 surgiram as primeiras peças decorativas em porcelana. Durante o século XVIII, os escultores rococós alemães, franceses, italianos e espanhóis criaram modelos para a manufatura de estatuetas, reproduzindo temas mitológicos, campestres e da sociedade cortesã. Entre esses escultores decorativos estão, por exemplo, François Boucher e Étienne-Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estátuas de Vênus, banhistas, ninfas e cupidos para a Manufatura Real de Porcelana de Sèrves. Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente. Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.
  • 14. As porcelanas de Tischirnhaus
  • 17. Pequena mesa do estilo Rococó
  • 18. Cômoda no estilo Rococó
  • 19. Cadeira de madeira dourada e entalhada, coberta com tapeçaria original de Beauvais
  • 20. Principais Artistas: Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós. Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".
  • 21. PINTURA Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. Na pintura, são nítidas as diferenças entre o Barroco e o Rococó. Enquanto o Barroco desenvolvia temas religiosos em que as atitudes dos personagens eram repletas de conotações dramáticas e heróicas, o Rococó desenvolvia temas mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos. Os personagens não são mais de inspiração popular, e sim membros de uma aristocracia ociosa que vive seus últimos tempos de fausto antes da Revolução Francesa. Do ponto de vista técnico também ocorrem transformações na pintura. Desaparecem os contrastes radicais de claro-escuro e passam a predominar as tonalidades claras e luminosas. A técnica do pastel passa a ser bastante utilizada, pois ela permite a produção de “certos efeitos de delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele feminina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos.”
  • 22. Principais Artistas: Antoine Watteau,(1684-1721), embora nascido em Flandres, Watteau é considerado um verdadeiro mestre da pintura do rococó francesa. Seus quadros de cenas amorosas substituem as pinturas de temas religiosos e históricos. Seus personagens são joviais e parecem delicados de cultura perfeita e de alegria de um viver tranqüilo. Mas é indisfarçável neles uma nota de melancolia, um certo ar de tédio em meio ao prazer. As figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX.
  • 23. Jean-Baptiste Simeón Chardin (1699-1779), tinha uma situação econômica melhor do que a de Watteau. Esse fato permitiu-lhe uma criação mais livre e independente dos favores da corte e das expectativas artísticas da aristocracia. Por isso, seus quadros, em vez de apresentar o mundo fantasioso e frívolo dos cortesãos, retratam cenas de vida cotidiana e burguesa da França. A principal característica de Chardin é a sua composição nítida e unificadora de todos os elementos retratados. A pintura de Chardin conserva o mesmo toque luminoso da pintura de Watteau, mas os temas de interesse desses artistas, apesar de pertencerem ao mesmo movimento artístico, são muitos diferentes.
  • 24. François Boucher (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre com grande perfeição no desenho, alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas de interior ("O pintor em seu estúdio"). 
  • 25. Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.
  • 26. Obras de Watteau (Embarque para Cítera)
  • 28. Auto retrato de Watteau
  • 29. Auto retrato de Chardin
  • 30. A lavadeira e o menino
  • 31. Mulher fazendo bolha de sabão
  • 32. Rapariga em repouso de François Boucher
  • 33. Retrato da madame de Pompadour
  • 35. Auto retrato de Jean-Honoré Fragonard
  • 36. Retrato de Denis Diderot