Este documento discute a atitude dos apóstolos Paulo e Pedro em relação à lei de Deus. Analisa textos do Novo Testamento para mostrar que Paulo não anulou a lei, mas que a graça de Cristo permite que os cristãos a obedeçam. Também mostra que Pedro continuou fiel à lei judaica após a ascensão de Cristo. Conclui que os apóstolos não ensinaram que a lei foi abolida ou modificada.
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Os apóstolos e a lei_Lição_original com textos_1122014
1. Lições Adultos Cristo e Sua lei
Lição 11 - Os apóstolos e a lei 7 a 14 de junho
Sábado à tarde Ano Bíblico: Jó 18, 19
VERSO PARA MEMORIZAR: "A lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom." Rm 7:12. RC
Leituras da Semana: Rm 3:31; 6:15; At 10:9-14; Jo 15:1-11; Tg 2:1-26; Hb 3:7-19; Jd 5-7
Com tanta evidência para a contínua validade da lei de Deus, por que tantos cristãos argumentam contra
ela? Em primeiro lugar, alguns (como vimos) consideram certos textos do Novo Testamento que condenam
uma falsa compreensão da função da lei, mas concluem que o problema está com a própria lei. Como
resultado, alegam que os Dez Mandamentos não são obrigatórios para os que estão na nova aliança.
Em segundo lugar, outros são tão convencidos de que o sábado não é obrigatório para os cristãos que, para
justificar essa posição, afirmam que todos os mandamentos foram crucificados com Jesus na cruz.
Em terceiro lugar, alguns argumentam que os outros nove mandamentos estão em vigor, mas o quarto, o
mandamento do sábado, foi substituído pelo domingo, observado em homenagem à ressurreição de Jesus.
Existem inúmeros problemas com todas essas posições. Nesta semana, examinaremos a atitude dos
apóstolos de Cristo acerca da lei, porque certamente, se a lei tivesse sido anulada ou modificada após a
morte de Cristo, os apóstolos saberiam algo sobre isso.
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Domingo - Paulo e a lei Ano Bíblico: Jó 20, 21
Dizem que Paulo foi o verdadeiro fundador do cristianismo. Isso está errado, é claro. Embora Paulo tenha
contribuído muito para nossa compreensão teológica da doutrina cristã, incluindo 14 dos 27 livros do Novo
Testamento, praticamente todos os ensinamentos de seus escritos podem ser encontrados em outras partes
das Escrituras. A principal razão pela qual alguns alegam que Paulo iniciou uma "nova" religião é o conceito
errado acerca do seu ensinamento sobre lei e graça.
1. Considere os seguintes textos: Romanos 3:28; 6:14; 7:4; Gálatas 3:24, 25. À primeira vista, por qual
razão, com base nesses versos, alguns pensam que eles anulam a lei?
Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. Rm 3:28, RA
Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. Rm 6:14, RA
Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para
pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para
Deus. Rm 7:4, RA
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2. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.
Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Gl 3:24-25, RA
Lidos isoladamente, esses textos certamente dão a impressão de que a lei não mais é relevante para o
cristão. No entanto, todos esses versos pertencem a um contexto mais amplo que precisamos considerar
para entender o que Paulo está realmente dizendo.
2. Examine o contexto de cada um dos textos acima, dando especial atenção a Romanos 3:31, 6:15, 7:7-
12 e Gálatas 3:21. Como esses versos e o contexto deles nos ajudam a entender melhor a mensagem de
Paulo sobre a lei?
Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei. Rm 3:31, RA
E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Rm 6:15,
RA
Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por
intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado,
tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está
morto o pecado. Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o
mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte. Porque o pecado,
prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou. Por conseguinte, a
lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. Rm 7:7-12, RA
É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma
lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei. Gl 3:21, RA
Para os que não entendem o conceito de justificação pela fé, pode parecer que Paulo está se contradizendo.
Ele afirma que o cristão não está debaixo da lei. Ao mesmo tempo, ele diz que o cristão é obrigado a guardar
a lei. O problema é resolvido quando lembramos que Deus exige justiça daqueles que afirmam estar em
relacionamento com Ele. O padrão de justiça é a Sua lei. No entanto, quando as pessoas se comparam com
essa lei, ficam abaixo desse padrão e, por isso, são condenadas pela lei. Se a lei fosse o meio de salvação,
então ninguém teria qualquer esperança de vida eterna. A esperança do cristão não é encontrada na lei, mas
em Jesus Cristo, que não apenas guardou a lei perfeitamente, mas, por intermédio do poder miraculoso de
Deus, permite que os cristãos participem da Sua justiça (Rm 8:3, 4).
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em
semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; 4 Para que a justiça da lei se
cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Rm 8:3-4, RCF
O cristão pode agora obedecer à lei de Deus com uma consciência livre, porque Cristo removeu a
condenação da lei (Rm 7:25–8:2). A graça que vem por meio de Cristo não nos isenta da lei, mas nos leva a
obedecê-la.
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de
Deus, mas com a carne à lei do pecado. 1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. 2 Porque a lei do Espírito de vida,
em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Rm 7:25-8:2, RCF
Segunda - Pedro e a lei (1Pe 2:9) Ano Bíblico: Jó 22–24
Pedro foi um dos apóstolos mais próximos de Jesus. Entre os primeiros escolhidos, ele esteve presente em
muitos dos principais eventos do ministério de Jesus. Em Cesareia de Filipe, ele fez a declaração de que
Jesus era o Messias (Mt 16:13-16). Pedro seguiu o Salvador para a casa de Caifás, na noite em que Jesus
foi preso e julgado (Mt 26:57, 58). Na manhã em que o Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos junto ao
mar, foi Pedro quem recebeu instruções específicas sobre o ministério em favor de Cristo (Jo 21:15-19).
Quando o primeiro grupo de crentes se reuniu no dia de Pentecostes, Pedro foi o principal orador.
Certamente, se a lei tivesse sido alterada, Pedro saberia.
E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os
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3. homens ser o Filho do homem? 14 E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou
um dos profetas. 15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse:
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Mt 16:13-16, RCF
E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos
estavam reunidos. 58 E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se
entre os criados, para ver o fim. Mt 26:57-58, RCF
E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?
E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. 16 Tornou a
dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 17 Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão
entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te
amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 18 Na verdade, na verdade te digo que, quando eras
mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as
tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. 19 E disse isto, significando com que
morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me. Jo 21:15-19, RCF
3. O que Atos 10:9-14 nos diz sobre a fidelidade de Pedro à lei judaica depois da ascensão de Jesus? Se
Pedro pensava dessa maneira sobre leis relacionadas à alimentação, qual era sua visão sobre a
perpetuidade dos Dez Mandamentos?
No dia seguinte, indo eles de caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da hora
sexta, a fim de orar. Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe
um êxtase; então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era
baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E
ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo
nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. At 10:9-14, RA
Pedro recebeu a visão alguns anos após a ascensão de Jesus. Como resultado da pregação dos discípulos,
milhares de judeus já tinham aceitado Jesus como Messias. Não há nada no registro bíblico sugerindo que o
conteúdo da mensagem cristã incluísse instruções que levassem à rejeição da lei. De maneira poderosa, o
incidente em Atos 10 demonstra que os primeiros cristãos se identificavam totalmente com suas raízes
judaicas.
4. Compare 1 Pedro 2:9 com Êxodo 19:6. Qual é o contexto de Êxodo 19:6?
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9, RA
“vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex
19:6, RA
Quando Pedro se referiu aos seus leitores como "sacerdócio real, nação santa", eles devem ter se lembrado
da ocasião em que a lei foi entregue no Sinai. Como herdeiros de Israel, deviam continuar cumprindo os
termos da aliança revelados na lei de Deus. Então, logo depois de lembrar às pessoas a condição delas,
Pedro as exortou a ter uma vida de justiça (1Pe 2:11, 12). Ele também alertou seu público a ter cuidado com
os falsos mestres que promoviam um evangelho sem lei (2Pe 2:21; 3:2).
Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que
combatem contra a alma; 12 Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam
mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós
observem. 1Pe 2:11-12, RCF
Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que
sigais as suas pisadas. 2Pe 2:21, RCF
Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso
mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador. 2Pe 3:2, RCF
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4. Lembre-se das vezes em que Pedro errou. Ainda assim, considere a graça estendida a ele. Como podemos
aprender (1) a estender esse tipo de graça aos outros e (2) a aceitar a graça para nós mesmos quando
erramos?
Terça - João e a lei Ano Bíblico: Jó 25–28
Depois de Paulo, João é o segundo em número de livros escritos para o Novo Testamento. Esse é o mesmo
João que escreveu o Evangelho, três cartas e o livro do Apocalipse. Como Pedro, ele estava entre os
primeiros discípulos que Jesus escolheu, e também tinha um relacionamento especial com Jesus. Por causa
de sua proximidade com Jesus, ele é muitas vezes mencionado como "João, o amado". A julgar pela
conclusão de seu evangelho (Jo 21:25), João conhecia muitas informações pessoais sobre Jesus.
Certamente, alguém tão próximo de Jesus como João saberia se Jesus tivesse anulado a lei de Deus.
Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem
ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém. Jo 21:25, RCF
5. Leia João 15:1-11 e 1 João 2:3-6. O que esses versos dizem sobre a relação que devemos ter com os
"mandamentos" de Deus?
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o
corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de
si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu
sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim
nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará;
e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras
permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis
muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei
no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu
tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para
que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. Jo 15:1-11, RA
Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o
conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto,
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos
que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. 1
Jo 2:3-6, RA
Perto do fim de Sua vida terrena, Jesus pôde testemunhar aos Seus discípulos que Ele havia sido fiel aos
mandamentos de Seu Pai e, como resultado, havia permanecido no amor do Pai (Jo 15:10). Jesus não via
os mandamentos como obstáculos a serem rejeitados ou descartados, mas como diretrizes para um
relacionamento amoroso com Ele e com outras pessoas. Quando João, o discípulo amado, lembra os
cristãos de sua obrigação para com Deus, ele usa a mesma linguagem do amor e unidade que Jesus usa no
evangelho. Na verdade, João compreendeu que o amor sempre foi a essência da lei (por exemplo, 2Jo 6).
Uma pessoa não pode alegar que está guardando a lei se ela não se envolve em relacionamento amoroso
com Deus e com outras pessoas.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho
guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Jo 15:10, RCF
E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o
princípio ouvistes, que andeis nele. 2Jo 6, RCF
"A lei de Deus requer que amemos aos outros assim como amamos a nós mesmos. Então, toda faculdade e
ação da mente devem ser exercidas para esse fim – realizar a maior quantidade de bem. [...] Quão
agradável é ao Doador que empreguemos os dons reais da alma, a fim de que possam produzir efeito
poderoso sobre outros! São eles o elo entre Deus e os seres humanos, e revelam o Espírito de Cristo e os
atributos do Céu. O poder da santidade, que pode ser visto, embora não seja ostentado, fala com mais
eloquência do que os sermões mais bem preparados. Fala de Deus e expõe diante de homens e mulheres o
seu dever mais poderosamente do que o podem fazer meras palavras" (Ellen G. White, Manuscript
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5. Releases, v. 20, p. 138; Cristo Triunfante [MM 2002], p. 210).
Você consegue ligar a lei ao amor? Qual é a função da lei de Deus na expressão do nosso amor?
Quarta - Tiago e a lei Ano Bíblico: Jó 29–31
Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? Se vós, contudo, observais a lei
régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção
de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. Tg 2:7-9, RA.
Há apenas um livro no Novo Testamento atribuído a Tiago. Embora o autor não estipule qual Tiago ele é,
geralmente se aceita que essa carta foi escrita por Tiago, irmão de Jesus. Ainda que, talvez, a princípio ele
tenha sido cético sobre a messianidade de Jesus (Jo 7:5), posteriormente, Tiago foi elevado a uma influente
posição de liderança na igreja do Novo Testamento (At 15:13; Gl 1:19). Portanto, se Jesus tivesse a intenção
de anular a lei divina, Seu irmão certamente saberia.
Porque nem mesmo seus irmãos criam nele. Jo 7:5, RCF
E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: At 15:13, RCF
E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. Gl 1:19, RCF
6. Qual é a mensagem básica de Tiago 2:1-26? Por que Tiago resumiria a lei nos versos 7-9, só para falar
logo depois sobre guardar todos os mandamentos? Como esses versos mostram a ligação entre amor e
obediência à lei de Deus?
A discriminação é reprovada
1 Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de
pessoas. 2 Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes
preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, 3 E atentardes para o que traz o traje precioso, e
lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te
abaixo do meu estrado, 4 Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de
maus pensamentos? 5 Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo
para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? 6 Mas vós desonrastes o
pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais? 7 Porventura não blasfemam
eles o bom nome que sobre vós foi invocado? 8 Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real:
Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. 9 Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis
pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores. 10 Porque qualquer que guardar toda a lei, e
tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. 11 Porque aquele que disse: Não cometerás adultério,
também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da
lei. 12 Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. 13 Porque o juízo será
sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.
A Fé sem obras é morta
14 Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode
salvá-lo? 15 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, 16 E algum de
vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o
corpo, que proveito virá daí? 17 Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. 18 Mas dirá
alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha
fé pelas minhas obras. 19 Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e
estremecem. 20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? 21 Porventura o nosso
pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? 22 Bem vês que
a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. 23 E cumpriu-se a Escritura, que
diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. 24 Vedes
então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. 25 E de igual modo Raabe, a meretriz,
não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho? 26
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. Tg 2:1-26,
ACF
Entendendo de modo equivocado o ensino de Paulo sobre a lei, alguns argumentam que Tiago e Paulo se
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6. contradizem a respeito do papel da lei. O principal ponto de discórdia é o lugar das obras na salvação. Paulo
declara que somos salvos pela graça mediante a fé independentemente das obras (Ef 2:8, 9), enquanto
Tiago enfatiza que "a fé sem obras é morta" (Tg 2:26). Essas afirmações não são contraditórias. Tiago está
apenas expressando de forma contundente o que Paulo havia dito inúmeras vezes sobre o fato de que a
graça não anula a lei. Como Paulo em Romanos 13:9, Tiago entendia perfeitamente que a essência da lei de
Deus é o amor (Tg 2:8). Ninguém pode realmente afirmar que guarda os mandamentos de Deus, se não
pratica atos de amor.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 Não vem das obras,
para que ninguém se glorie; Ef 2:8-9, RCF
Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há
algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Rm
13:9, RCF
Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
Tg 2:8, RCF
Quinta - Judas e a lei Ano Bíblico: Jó 32–34
Acredita-se que o livro de Judas, um dos mais curtos do Novo Testamento, tenha sido escrito por outro irmão
de Jesus. Embora o autor se refira a si mesmo como "escravo" [servo] de Jesus Cristo, ele admite ser irmão
de Tiago. Uma vez que Mateus menciona Tiago e Judas como nomes de dois dos quatro irmãos de Jesus
(Mt 13:55), o Judas dessa breve epístola é geralmente aceito como sendo irmão do Salvador. A exemplo de
todos os outros escritores bíblicos que estudamos, Judas saberia se Jesus tivesse anulado a lei.
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e
Judas? Mt 13:55, RCF
Ainda que Judas não faça referência à lei nem aos mandamentos, toda a sua carta é sobre fidelidade a
Deus e as consequências de transgredir a lei.
7. Leia Judas 4. Que afirmação nesse verso é relevante para nossa discussão?
Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente
pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso
Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo. Jd 1:4, RA
A simples menção da graça exige a existência da lei, porque a graça não seria necessária se não houvesse
pecado (Rm 5:18–6:15). A influência desses falsos mestres era tão má que Judas a equiparou à negação do
próprio Senhor.
18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também
por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 19 Porque, como pela
desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão
feitos justos. 20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça; 21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela
justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. 6:1 Que diremos pois? Permaneceremos no
pecado, para que a graça abunde? 2 De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele? 3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados
na sua morte? 4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. 5
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua
ressurreição; 6 Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado
seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. 7 Porque aquele que está morto está justificado do
pecado. 8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; 9 Sabendo que, tendo
sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. 10 Pois,
quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. 11 Assim
também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso
Senhor. 12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas
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7. concupiscências; 13 Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de
iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como
instrumentos de justiça. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas
debaixo da graça. 15 Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De
modo nenhum. Rm 5:18-6:15, RCF
8. Como Hebreus 3:7-19 ajuda a lançar luz sobre Judas 5-7? Como esses versos juntos nos mostram a
relação entre obediência e fé?
Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo
libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram; e a anjos, os que não
guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas,
em algemas eternas, para o juízo do grande Dia; como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas,
que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para
exemplo do fogo eterno, sofrendo punição. Jd 1:5-7, RA
Em seu estilo diplomático, Judas lembra ao seu público a experiência dos israelitas, que tinham sido
libertados da escravidão do Egito. Deus havia revelado para eles a Sua força e lhes havia concedido Sua lei,
mas, quando se tornaram infiéis, enfrentaram terríveis consequências causadas pela separação entre eles e
Deus. Judas deixa muito claro que as pessoas podem, de fato, abandonar a fé, e aqueles que o fazem,
enfrentarão o juízo. Judas é tão claro quanto o restante das Escrituras a respeito de um ponto: todos os que
afirmam ter fé devem estar dispostos a expressar essa fé mediante uma vida obediente.
Leia o livro de Judas. Em meio a todas as suas fortes advertências, que promessas você pode descobrir
nele?
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Jó 35–37
Leia, de Ellen G. White, Signs of the Times [Sinais dos Tempos], 5 de agosto de 1886: "The Law in the
Christian Age" [A Lei na Era Cristã]; disponível em: https://egwwritings.org/singleframe.php.
"Por que os apóstolos deviam ensinar arrependimento para com Deus? Porque o pecador está em conflito
com o Pai. Ele transgrediu a lei. Deve perceber seu pecado e se arrepender. Em seguida, qual é a sua
tarefa? Olhar para Jesus, cujo sangue unicamente pode nos purificar de todo o pecado. A fé em Cristo é
necessária, pois não há qualidade salvífica na lei. A lei condena, mas não pode perdoar o transgressor. O
pecador deve depender dos méritos do sangue de Cristo […]" (Ellen G. White, Signs of the Times, 5 de
agosto de 1886).
Perguntas para reflexão
1. Medite na advertência de Judas 4. Se os homens estão proclamando a graça de Deus, evidentemente
eles são crentes. No entanto, Judas diz que eles estão negando o Senhor. Que sérias implicações isso tem
para os que afirmam que a graça de Deus anulou a lei? Quando as pessoas dizem que a lei foi abolida, do
que realmente estão tentando se livrar?
2. Como a negação da lei, até mesmo de apenas um dos mandamentos, é usada por Satanás em sua
pretensão de "destruir" a lei de Deus?
Respostas sugestivas: 1. Eles entendem que: somos justificados pela fé, independentemente das obras da
lei; que não estamos mais debaixo da lei, mas da graça, ou seja, "não somos mais obrigados a guardar a
lei"; que morremos para à lei e estamos unidos a Cristo; que a lei foi o tutor que nos levou a Cristo. Quando
Jesus nos justificou, ficamos livres do tutor. Mas a ideia bíblica é de que: somos justificados pela fé, sem as
obras da lei, mas somos chamados a obedecer à lei pelo poder de Cristo; não mais estamos sob a
condenação da lei, mas estamos sob os princípios da lei; em Cristo, morremos para o pecado e para a sua
condenação, já que Ele morreu por nós, mas somos unidos a Cristo para uma vida de obediência; o tutor
não mais condena, mas seus princípios ainda são válidos e devem ser obedecidos pela graça dAquele que
nos justifica. 2. A fé confirma a lei. Por meio da fé aceitamos o perdão pela transgressão e o poder para
obedecer. O fato de que não estamos debaixo da lei não deve nos levar a pecar, mas a obedecer. A lei não é
pecado, mas revela e condena o pecado. Ela é santa, justa e boa. A lei não se opõe à promessa, mas nos
mostra a necessidade da promessa. A lei não pode concretizar a promessa, mas apresenta o caráter
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8. daqueles que esperam o cumprimento da promessa. 3. Pedro continuava fiel à lei bíblica sobre animais
limpos e imundos. Isso sugere que ele era fiel aos Dez Mandamentos. 4. A referência de Pedro ao
sacerdócio real e nação santa foi uma alusão à ocasião em que a lei foi entregue no Sinai. Como herdeiros
de Israel e da aliança eterna, os cristãos deviam cumprir a lei de Deus. 5. Devemos guardar os
mandamentos de Jesus, para permanecer no Seu amor, assim como Ele guardou os mandamentos do Pai e
permanceu no amor do Pai. Demonstramos que conhecemos a Deus quando guardamos os Seus
mandamentos. Do contrário, somos mentirosos. 6. O amor ao próximo é um dos princípios da lei dos Dez
Mandamentos. Esse princípio é demonstrado na obediência a cada um dos mandamentos, no contexto do
relacionamento com o próximo, a quem devemos tratar com igualdade e justiça, não importando sua
condição social. Nesse aspecto, os atos revelarão se nossa fé é viva. 7. Ímpios enganavam a igreja ao
transformar a graça em libertinagem. A verdadeira graça é perdão dos pecados e poder sobre o pecado. A
graça leva à obediência à lei. 8. O povo de Israel foi condenado e punido no deserto por causa da
incredulidade, rebelião e desobediência aos mandamentos de Deus. Por isso, ficaram de fora do descanso
da terra prometida. Pelos mesmos motivos, Sodoma e Gomorra foram destruídas, e os anjos rebeldes foram
expulsos do Céu. Por falta de fé, todos esses desobedeceram e se perderam.
Auxiliar - Resumo Discipulado
Texto-chave: Romanos 3:31
O aluno deverá:
Saber: Que os escritos dos apóstolos não demonstram que a lei foi mudada nem anulada.
Sentir: Confiança na natureza imutável da Palavra de Deus.
Fazer: Demonstrar na vida cotidiana um contexto amoroso para introduzir a lei de Deus.
Esboço
I. Saber: A imutável lei de Deus
A. Qual é o contexto único pelo qual podemos medir a justiça?
B. Por que os apóstolos ensinaram o arrependimento? Do que as pessoas deviam se arrepender?
C. Como os escritos de Tiago e Paulo nos ajudam a evitar os dois falsos extremos a respeito da lei?
II. Sentir: Amor que transborda
A. De acordo com João, qual foi sempre a essência da lei? Por quê? (leia 2Jo 6.)
B. Como um cristão pode se esforçar para observar a lei de Deus com uma consciência livre e não ser
atormentado pelo sentimento de culpa?
III. Fazer: Contexto abrangente
A. Como meu estilo de vida oferece o contexto para a mensagem adventista do sétimo dia que devemos dar
ao mundo?
B. Por que não podemos afirmar que guardamos os mandamentos de Deus, se não mostramos atos de
amor?
C. Por que todos os que afirmam ter fé devem estar dispostos a expressar essa fé por meio de uma vida
obediente?
Resumo: Os apóstolos não fizeram menção da lei sendo anulada ou modificada depois da morte de Cristo.
Eles explicaram que, em lugar de nos liberar de observar a lei, a graça que vem por meio de Cristo nos leva
a obedecer à lei.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Romanos 3:31
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A graça que vem por meio de Cristo não liberta as pessoas da
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9. lei, mas, ao contrário, impele-as a obedecer à lei.
Somente para o professor: Para a maioria dos cristãos, a motivação predominante por trás da adoração
dominical parece estar fundamentada na ideia de que a lei foi crucificada com Jesus na cruz ou que o
domingo foi instituído pelos cristãos primitivos em honra da ressurreição de Jesus. Essas ideias são
frequentemente baseadas em certos textos do Novo Testamento tirados do seu contexto. Ler os
ensinamentos dos apóstolos no seu contexto mostra que não houve anulação nem modificação da lei de
Deus.
Durante a Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos tentou desenvolver uma máquina capaz de traduzir o
idioma russo. Milhões de dólares foram gastos, e os linguistas mais talentosos do país foram envolvidos no
projeto. Logo os primeiros documentos russos foram digitados nos computadores recém-desenvolvidos, e
todos esperavam com ansiedade. Em poucos minutos, havia páginas em inglês saindo das impressoras,
mas, para tristeza de todos os envolvidos, elas significavam muito pouco. As palavras estavam certas e
parte da gramática também estava correta, mas ninguém podia entender o sentido do texto. O projeto foi um
fracasso, não por causa da falta de tempo, dinheiro ou talento, mas porque o computador não podia "ler" o
contexto envolvido. Mesmo hoje, com toda a nossa inteligência artificial em computação, o melhor e mais
confiável tradutor ainda é um ser humano que não apenas conhece bem a linguagem e o assunto, mas
entende o contexto do intercâmbio entre as línguas.
No estudo desta semana, consideraremos aqueles que estavam mais próximos de Jesus e veremos como
eles O viram interagir com a lei de Deus e falar sobre ela. Depois, eles passaram a comunicar esse
significado em seus escritos para os diferentes contextos que a igreja cristã primitiva enfrentou.
Atividade de abertura
Imagine o seguinte cenário: A irmã Jane, que está muito acima do peso, manifestou o desejo de liderar o
Ministério da Saúde de sua igreja. A igreja está planejando uma grande atividade para alcançar a
comunidade, que envolverá palestras sobre estilo de vida saudável. Você concordaria com a decisão de que
a irmã Jane dirigisse esse departamento? Você acha que ela tem as condições adequadas para promover o
programa de saúde? Por quê?
Comente com a classe: Nossa vida apresenta o exemplo correto do que estamos tentando pregar? Temos
que esperar até que sejamos representantes "perfeitos" da verdade antes de anunciá-la aos outros?
Justifique sua resposta.
Comentário Bíblico
I. Lidando com tensões (Recapitule com a classe At 6:1-6.)
Após a ascensão de Jesus, os discípulos experimentaram pessoalmente o derramamento do Espírito e
testemunharam vitórias maravilhosas para o reino. Eles compreenderam que não foi sua pregação, ensino
ou cura que realizou essa obra, mas o poder do Espírito, que representava Jesus e guiava a toda a verdade.
No entanto, apesar dessas maravilhosas experiências compartilhadas, a igreja primitiva estava familiarizada
com tensões e desafios internos. Alguns podiam ser facilmente enfrentados, porque eles tinham a "Palavra",
e muitos haviam sido testemunhas oculares de Jesus e tinham ouvido Sua mensagem em primeira mão.
Assim, algumas das questões teológicas ou práticas podiam ser tratadas facilmente.
Outras foram mais complexas e exigiram oração, estudo e reflexão da comunidade como um todo. O livro de
Atos e algumas referências nas epístolas nos ajudam a ver algumas das dinâmicas das discussões internas
da igreja primitiva. Pode ser útil considerar alguns dos momentos de tensão, a fim de reunir alguns princípios
das discussões fiéis, amorosas e comprometidas, tão relevantes em uma igreja que enfrenta muitos desafios
para sua unidade.
Uma das primeiras referências à tensão interna pode ser encontrada em Atos 6:1-7. O crescimento explosivo
da igreja cristã primitiva e seu compromisso de viver a vida em comum (incluindo a propriedade
compartilhada) levou a queixas relacionadas com distinções baseadas em grupos étnicos. O texto bíblico
indica que os crentes de língua grega se queixaram aos fiéis de língua aramaica porque acharam que suas
viúvas eram esquecidas quanto à distribuição diária de alimentos. Atos 6:2 apresenta a primeira pista
importante: os Doze reuniram todos os discípulos em um determinado lugar. Reconhecendo a importância
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10. do cuidado para com as viúvas e órfãos dentro da comunidade cristã, mas ao mesmo tempo conscientes da
importância do evangelismo e da proclamação do reino, eles sugeriram (aparentemente em consenso, uma
vez que não há um líder específico) eleger sete diáconos que fizessem o trabalho. Muitos dos nomes dos
escolhidos sugerem origem grega (v. 5), algo que resolveria as preocupações dos crentes de língua grega.
Toda a igreja ficou satisfeita e dedicou os novos líderes para sua função, orando e ordenando-os para seu
ministério especial. Existem dois princípios importantes aqui: precisamos falar uns com os outros, e
precisamos encontrar soluções que representem uma condição na qual todos ganhem.
Pense nisto: Todas as divergências da igreja podem ser resolvidas com uma solução na qual todos saem
ganhando?
II. Lidando com a tensão teológica (Recapitule com a classe At 15.)
Houve tensão na igreja cristã primitiva. Encontramos um exemplo em Atos 6, sobre a distribuição de
alimentos para as viúvas, que não estava centralizada em uma questão teológica. No entanto, Atos 15
envolve uma situação teológica. Como a igreja lidou com esse conflito teológico?
A questão discutida durante o primeiro concílio realizado em Jerusalém oferece boa oportunidade para o
aprendizado (leia Atos 15). Você se lembra do que estava em jogo quando os apóstolos se reuniram em
Jerusalém? Alguns cristãos judeus tinham viajado para Antioquia e haviam pregado entre os cristãos que a
circuncisão era necessária para a salvação. As questões teológicas em jogo eram enormes: Quão judaica
seria a comunidade dos primeiros cristãos? Ser seguidor de Cristo também significava que todos os
regulamentos das leis do Antigo Testamento tinham que ser cumpridos?
O texto bíblico menciona "contenda e não pequena discussão" entre Paulo e Barnabé e esses irmãos
anônimos de Jerusalém (At 15:2). Em consequência, a igreja local de Antioquia enviou Paulo e Barnabé a
Jerusalém para discutir o assunto com os líderes em Jerusalém. Quando eles compartilharam as vitórias de
Deus entre os gentios, os cristãos pertencentes à seita dos fariseus se insurgiram e se opuseram ao relato
com a surpreendente declaração de que todos os crentes gentios deveriam ser circuncidados (v. 5). A seção
seguinte descreve muita discussão e vários discursos de Pedro (v. 7-11), Paulo e Barnabé (v. 12) e Tiago (v.
13-21). Pedro lembrou de sua própria experiência com Cornélio, enquanto Paulo e Barnabé se concentraram
na providência e bênçãos divinas em seu ministério. Finalmente, Tiago citou as Escrituras (a saber, Amós
9:11, 12) e fez uma proposta: os gentios deviam abster-se de alimentos dedicados aos ídolos, da
imoralidade sexual, da carne de animais sufocados e do sangue.
Há mais princípios que podem ser encontrados a partir desse importante evento na vida da igreja primitiva.
Em primeiro lugar, as questões teológicas difíceis precisam ser discutidas em um ambiente cheio do Espírito
Santo e em comunidade. Em segundo lugar, todos os elementos de investigação estão envolvidos: é feita
referência à experiência passada dirigida pelo Espírito, a Bíblia é estudada e aplicada à nova situação e,
com base nesses dois critérios, a solução é alcançada em consenso.
Pense nisto: Como o tom apropriado (indicando respeito e amor) contribui para a verdade teológica em uma
situação de conflito?
III. Compromisso guiado pelo Espírito (Recapitule com a classe Tg 2:14.)
Comprometimento (ou concessão) é uma palavra ruim quando os princípios estão em jogo. Quando
consideramos a sugestão de compromisso de Tiago, deve-se notar que ele não fez concessões em nenhum
princípio importante nem na questão principal: a salvação é somente por meio de Cristo, e não pela
observância de leis ou regulamentos. Em outras palavras, Tiago nos lembra de que as primeiras coisas
devem estar em primeiro lugar. No entanto, esse é o mesmo Tiago que mais tarde escreveu: "Meus irmãos,
qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?"
(Tg 2:14). "Assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta" (v. 26). O
ponto em questão aqui é o equilíbrio entre justificação e santificação. Guardar uma lei (qualquer lei, incluindo
a observância do sábado) não garante nossa salvação. Da mesma forma, aceitar Cristo como nosso
Salvador pessoal e ignorá-Lo quando Ele fala do Sinai e do Monte das Bem-aventuranças é igualmente
problemático.
Uma observação importante deve ser adicionada a esta breve revisão de dois momentos cruciais na vida da
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11. igreja cristã primitiva. A questão difícil não desapareceu facilmente. As epístolas de Paulo sugerem uma
repetida discussão teológica sobre a lei e sua função. De fato, Gálatas 2 descreve um episódio de conflito
entre dois apóstolos importantes, Paulo e Pedro, sobre a questão das refeições compartilhadas entre
cristãos judeus e gentios.
Pense nisto: Pense em questões atuais de conflito em sua igreja local. Algumas podem envolver estilo de
vida e outras podem estar relacionadas com a interpretação bíblica. Como podem as lições tiradas dos
momentos de conflito na igreja cristã primitiva ajudar sua congregação a resolver questões teológicas
fundamentais e manter o foco na missão e unidade?
Aplicação
Perguntas para reflexão
1. Como Paulo pôde afirmar que o cristão não está debaixo da lei e, no entanto, declarar que o mesmo
cristão é obrigado a guardar a lei?
2. A justiça é apenas a ausência de pecado, ou algo mais? Explique.
3. Pedro podia referir-se aos seus leitores cristãos como "sacerdócio real, nação santa " (1Pe 2:9), se eles
não tivessem mais nenhuma relação com a lei? Por quê? Como esse título conecta a igreja com a lei?
4. Quando as pessoas afirmam que a lei foi abolida, do que elas estão realmente tentando se livrar?
Perguntas de aplicação
1. Por que é tão importante ler, estudar e citar textos bíblicos no contexto?
2. Por que Pedro alertou seus leitores a tomar cuidado com os falsos mestres que promovem uma
mensagem sem lei (2Pe 2; 3)?
3. Por que jamais poderemos nos vangloriar da santidade?
4. Como os mandamentos de Deus nos ajudam a mostrar atos práticos de amor?
Criatividade e Atividades práticas
Atividade
Se a sua classe da Escola Sabatina é grande, você pode dividi-la em grupos menores e, em seguida, se
houver tempo, separar alguns momentos para uma resposta de cada grupo. Peça que cada grupo ou
indivíduo imagine que é Judas (irmão de Jesus), Tiago (irmão de Jesus), João ou Pedro. Responda às
seguintes questões, de acordo com o personagem assumido: Como você viu Jesus Se relacionar com a lei
em Sua vida cotidiana? Em resumo de uma linha, qual é sua posição sobre a lei de Deus?
Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer, na próxima semana, como resposta
ao estudo da lição?
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