A graça de Deus destrói o domínio do pecado e da morte sobre os crentes. Ao contrário do que pensam os antinomistas, a graça não permite que se viva no pecado. Ela liberta os crentes da escravidão do pecado e produz frutos de santificação em suas vidas.
4. 1 – Que diremos, pois? Permaneceremos no Pecado, para que a graça seja
mais abundante?;
2 - De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele?
3 - Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos
batizados na sua morte?
4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida.
5 - Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua
morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 - sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para
que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao
pecado.
LEITURA BÍBLICA
Romanos 6.1-12
5. 7 - Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 - Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos;
9 - sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não
morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 - Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado;
mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 - Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado,
mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12 - Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe
obedecerdes em suas concupiscências;
LEITURA BÍBLICA
Romanos 6.1-12
7. Objetivos Específicos
1. Apresentar alguns dos inimigos da graça;
2. Mostrar a vitória da graça para com o domínio do
pecado;
3. Relacionar os frutos da graça.
9. INTRODUÇÃO
O c a p í t u l o c i n c o d a E p í s t o l a a o s R o m a n o s m o s t r a o
t r i u n f o d a g r a ç a s o b r e o p e c a d o . P a u l o j á h a v i a f a l a d o a
r e s p e i t o d a j u s t i f i c a ç ã o , m a s o q u e s i g n i f i c a v a i s s o n a
p r á t i c a ? Q u e i m p l i c a ç õ e s t e r i a n a v i d a d o s c r e n t e s ? O
a p ó s t o l o n ã o p r o c u r o u f i l o s o f a r a r e s p e i t o d a o r i g e m d o
p e c a d o e s u a s c o n s e q u ê n c i a s . E l e b u s c o u m o s t r a r, d e
f o r m a c l a r a , c o m o D e u s r e s o l v e u e s s a q u e s t ã o . A g r a ç a
d e D e u s n o s j u s t i f i c o u , a b o l i n d o o d o m í n i o d o p e c a d o e
f a z e n d o - n o s v i v e r l i v r e s e m C r i s t o .
12. I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
1. Antinomismo.
P a u l o p e r c e b e u q u e a s u a a r g u m e n t a ç ã o a r e s p e i t o d a
g r a ç a p o d e r i a g e r a r u m m a l - e n t e n d i d o . P o r i s s o , t r a t o u
l o g o d e e s c l a r e c e r o s e u p e n s a m e n t o a r e s p e i t o d o
a s s u n t o . U s a n d o o m é t o d o d e d i a t r i b e , e l e d i a l o g a c o m
u m i n t e r l o c u t o r i m a g i n á r i o , p r o c u r a n d o e x p l i c a r d e
f o r m a c l a r a o s e u a r g u m e n t o . P a u l o j á h a v i a d i t o q u e
o n d e o p e c a d o a b u n d o u , s u p e r a b u n d o u a g r a ç a ( R m
5 . 2 0 ) . Ta l a r g u m e n t o s e r i a u m a a f i r m a ç ã o a o e s t i l o d o s
a n t i n o m i s t a s , p o i s e s t e s a c r e d i t a v a m q u e p o d e m o s v i v e r
s e m r e g r a s o u p r i n c í p i o s m o r a i s .
13. 2. Paulo não aceita e não confirma o
antinomismo.
No antimonismo não há normas. Os que
erroneamente aceitavam tal pensamento
acreditavam que quanto mais pecarmos mais
graça receberemos. Em outras palavras, a
graça não impõe limite algum. Antevendo
esse entendimento equivocado, o apóstolo
pergunta: "Que diremos, pois?
Permaneceremos no pecado, para que a
graça seja mais abundante?" (Rm 6.1). A
resposta é não! A graça não deve servir de
desculpa para o pecado.
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
14. 2. Paulo não aceita e não confirma o
antinomismo(cont.)
Infelizmente, o antinomismo tem ganhado força
em nossa sociedade, passando a ser
socialmente aceito até mesmo dentro das
igrejas evangélicas . Esta é uma doutrina
venenosa, que erroneamente faz com que a
graça de Deus pareça validar todo tipo de
comportamento contrário à Palavra de Deus.
Em geral, tal pensamento vem "vestido" de uma
roupagem espiritual, porém o antinomista
costuma ser relativista quando se utiliza da
expressão "não tem nada a ver".
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
15. 3. Legalismo.
Em Romanos 6.15, o apóstolo tem em mente o
judeu legalista, quando pergunta: "Pois quê?
Pecaremos porque não estamos debaixo da
lei, mas debaixo da graça? De modo
nenhum!" A doutrina da justificação pela fé,
independentemente das obras da lei, levaria o
legalista a argumentar que Paulo estaria
ensinado que, em virtude de não estarmos
mais debaixo da lei, então não há mais
obrigação alguma com o viver santo. Nesse
caso, não haveria mais nenhuma barreira de
contenção contra o pecado.
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
16. 3. Legalismo(cont.)
Na mente do legalista, somente a lei de Moisés
era o instrumento adequado para agradar a
Deus. Isso justifica as dezenas, e às vezes,
centenas de preceitos que o judaísmo associou
com o Decálogo . Os legalistas criaram como
desdobramento da lei 613 preceitos .
A teologia de Paulo irá ensinar que mesmo não
estando mais debaixo da lei, o cristão não
ficou sem parâmetros espirituais . Pelo
contrário, agora que ele tem a vida de Jesus
Cristo dentro de si, está capacitado a agradar a
Deus, mesmo sem se submeter à letra da Lei de
Moisés.
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
20. 1.A graça destrói o domínio do pecado.
P a r a P a u l o , o p e c a d o e r a c o m o u m t i r a n o i m p i e d o s o
q u e n ã o p o u p a va s e u s s ú d i t o s . E l e r e i n o u d e s d e q u e
e n t r o u n o m u n d o e s e u d o m í n i o p a r e c i a n ã o s e r
a m e a ç a d o . O p e c a d o d o m i n o u o s q u e n ã o e s t a v a m
d e b a i x o d a L e i e d o m i n o u t a m b é m o s q u e e s t a va m s o b
s u a é g i d e . N ã o h a vi a e s c a p a t ó r i a . P o r c a u s a d o " ve l h o
h o m e m " , u m a e x p r e s s ã o q u e p a r a P a u l o é s i n ô n i m o d e
n a t u r e z a c a í d a e p e c a m i n o s a , q u e e s s e i n í q u o t i r a n o
c o n s e g u i a r e i n a r. C o m o s e l i b e r t a r, e n t ã o , d e s s e
t i r a n o ?
P a u l o m o s t r a q u e a s o l u ç ã o d e D e u s f o i a q u i l o q u e l h e
s e r vi a d e b a s e d e s u s t e n t a ç ã o , o c o r p o d o p e c a d o :
" S a b e n d o i s t o : q u e o n o s s o v e l h o h o m e m f o i c o m e l e
c r u c i f i c a d o , p a r a q u e o c o r p o d o p e c a d o s e j a d e s f e i t o ,
a f i m d e q u e n ã o s i r va m o s m a i s a o p e c a d o " ( R m 6 . 6 ) .
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
21. 1.A graça destrói o domínio do pecado( c o n t . )
O "corpo do pecado" significa mais do que
simplesmente o corpo físico, mas o corpo como
algo que instrumentaliza o pecado e que
precisava ser destruído . A palavra grega
katargeo , traduzida em Romanos 6.6 como
destruído, possui o sentido de destronado ou
tornado inoperante .
Foi, portanto, através da cruz de Cristo que esse
tirano foi destronado e teve seu domínio
desfeito . A graça de Deus triunfou sobre o
pecado . Glória a Deus pelo seu dom inefável (1
Co 9.15).
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
22. 2. A graça destrói o reinado da morte
O apóstolo mostra que o reinado do pecado
e seu domínio caracterizaram-se pela
morte. "Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor"
(Rm 6.23).
Não há lugar nesse mundo onde não se
sinta as consequências do pecado.
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
23. 3. A graça e os efeitos do pecado.
Os efeitos do pecado podem ser vistos por
toda parte. Podemos vê-los nas catástrofes
naturais, nas guerras, homicídios, estupros e
abortos. O pecado traz a marca da morte.
Tanto a morte física, como a morte espiritual,
o afastamento de Deus, são consequências
do pecado. Nada podia destruir esse domínio
tenebroso do pecado e fazer parar seus
efeitos.
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
24. 3. A graça e os efeitos do pecado(cont.)
Todavia, Paulo mostra que a Graça de Deus
invadiu o domínio do pecado e destruiu seu
principal trunfo - o poder sobre a morte.
A graça de Deus, presente na ressurreição do
Senhor Jesus, destruiu o poder sobre a morte
física e essa mesma graça, quando nos
reconcilia com Deus, destrói o poder da
morte espiritual.
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
27. III - OS FRUTOS DA GRAÇA
1. A graça liberta.
A graça é libertadora (Rm 6.14) e produz
frutos para a nossa santificação: "Mas,
agora, libertados do pecado e feitos servos
de Deus, tendes o vosso fruto para
santificação, e por fim a vida eterna" (Rm
6.22).
Somente a graça seria capaz de desfazer o
domínio do pecado. A Bíblia afirma que
quem comete pecado é escravo do pecado
(Jo 8.34). E mais, o escravo não possuía
domínio sobre o seu arbítrio.
28. III - OS FRUTOS DA GRAÇA
1. A graça liberta( c o n t . )
Essa situação mudou quando a graça,
revelada na pessoa de Jesus Cristo, entrou
na história e desfez o domínio do pecado.
Paulo afirmou que o "pecado não terá
domínio sobre nós". Somos livres em
Cristo.
Essa liberdade é uma realidade na vida do
crente: "Estai, pois, firmes na liberdade
com que Cristo nos libertou e não torneis a
meter-vos debaixo do jugo da servidão" (Gl
5.1).
29. III - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. Exigências da graça.
A g r a ç a l i b e r t a , m a s a o m e s m o t e m p o t e m s u a s
e x i g ê n c i a s . I s s o f i c a c l a r o p e l o u s o d o s t e r m o s
c o n s i d e r a r ( 6 . 11 ) , q u e n o o r i g i n a l ( l o g i z o m a i ) s i g n i f i c a
r e c o n h e c e r, t o m a r c o n s c i ê n c i a : " As s i m t a m b é m vó s
c o n s i d e r a i - vo s c o m o m o r t o s p a r a o p e c a d o , m a s
vi vo s p a r a D e u s , e m C r i s t o J e s u s , n o s s o S e n h o r " ( R m
6 . 11 ) .
E m R o m a n o s 6 . 1 3 a p a l a vr a " a p r e s e n t a r " ( g r.
p a r i s t e m i ) , s i g n i f i c a c o l o c a r - s e à d i s p o s i ç ã o d e
a l g u é m : " N e m t a m p o u c o a p r e s e n t e i s o s vo s s o s
m e m b r o s a o p e c a d o p o r i n s t r u m e n t o s d e i n i q u i d a d e ;
m a s a p r e s e n t a i - v o s a D e u s , c o m o vi vo s d e n t r e m o r t o s ,
e o s vo s s o s m e m b r o s a D e u s , c o m o i n s t r u m e n t o s d e
j u s t i ç a " ( R m 6 . 1 3 ) .
30. III - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. A graça santifica.
Paulo revela que um dos efeitos imediatos da
graça é a justificação e o outro é a
santificação: "Mas, agora, libertados do
pecado e feitos servos de Deus, tendes o
vosso fruto para santificação, e por fim a
vida eterna" (Rm 6.22).
A palavra "santificação", que traduz o grego
hagiasmos mantem o sentido de
"separação". A graça nos libertou e nos
separou para Deus. A santificação aparece
aqui nesse texto como um fruto da graça.
31. III - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. A graça santifica( c o n t . )
No ensino de Paulo a santificação ocorre em
dois estágios. Primeiramente somos
santificados em Cristo quando o confessamos
como Salvador de nossas vidas. Na teologia
bíblica isso é conhecido como santificação
posicional.
Por outro lado, não podemos nos acomodar,
mas procurar a cada dia nos santificar, isto é,
nos separar para Deus. Essa é a graça
progressiva, aquilo que existe como um
processo na vida do crente.
33. CONCLUSÃO
Vimos nesta lição quem são os inimigos da graça, conhecemos a
vitória da graça e os seus frutos. Tudo que temos e tudo que
somos só foram possíveis pela graça de Deus. Essa graça é que
trouxe salvação. "Porque a graça salvadora de Deus se há
manifestado a todos os homens".
Que venhamos viver segundo a recomendação de Tito,
renunciando à impiedade e vivendo neste presente século de
forma sóbria, justa e piamente (Tt 2.11,12).
34. PARA REFLETIR
1. Segundo a lição, cite dois inimigos da graça.
Antinomismo e legalismo.
2. Em que os antinomistas acreditavam?
Os que erroneamente aceitavam tal pensamento acreditavam que quanto
mais pecarmos mais graça receberemos. Em outras palavras, a graça não
impõe limite algum.
3. Para o legalista qual era o único instrumento adequado para agradar a
Deus?
Na mente do legalista, somente a lei de Moisés era o instrumento adequado
para agradar a Deus.
4. Segundo a lição, o que a graça de Deus destrói?
A graça destrói o domínio do pecado.
5. Qual fruto a graça produz no crente?
Os frutos da liberdade e da santificação.
A respeito da Carta aos Romanos, responda: