1. Universidade Federal de Goiás
Pós Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Disciplina: Seminários
Professor: Dr. Manoel Soares Jr.
AVALIAÇÃO DE FILME COMESTÍVEL BIOATIVO A BASE
DE FÉCULA DE AÇAFRÃO (Curcuma Longa L.)
APLICADO EM QUEIJO TIPO PARMESÃO
Discente: Fernanda Garcia do Amaral
3. Introdução
O mundo pós – revolução
industrial, a globalização como
ponto chave e a embalagem –
veículo de conexão com o
consumidor final.
4. Objetivo
Objetiva-se com este trabalho analisar as propriedades
físicas e químicas da fécula de açafrão e avaliar as
propriedades mecânicas, ópticas e de barreira de filmes
biodegradáveis obtidos à base de fécula de açafrão. Além
de desenvolver uma cobertura comestível contendo
lipídeo para aplicação em queijo parmesão.
6. Nos referimos a embalagens flexíveis aquelas advindas da manufatura, o
suprimento e a conversão de filmes plásticos e de celulose, folhas de
alumínio e papéis que podem ser usados, separadamente ou em
combinação, em embalagens e rotulagem de produtos alimentícios ou
não, como em embalagens cosméticas e farmacêuticas.
Plásticos – vasto filão petroquímico, o preço da matéria-prima depende
do preço do petróleo. Exceção: filmes a base de celulose e seus
subvariantes.
Petroquímica - muito importante para a indústria de embalagens flexíveis,
mas a petroquímica não depende da indústria de embalagens.
A manufatura de plásticos representa apenas 4% de toda a produção de
petróleo mundial.
7. As principais resinas utilizadas na extrusão de embalagens
flexíveis São:
Polietileno (PE);
Polipropileno Biorientado (BOPP);
Polipropileno (PP);
Poliamida (PA);
Poli (cloreto de vinila) (PVC);
Poli (etileno tereftalato) (PET).
Fonte: Google imagens
9. Poli (cloreto de vinila) (PVC)
• Principal representante da família dos plásticos vinila;
• Material mais versátil dentre os plásticos;
• Maior barreira ao oxigênio maior rigidez que o polietileno;
• Acondicionamento principalmente de laticínios (margarinas,
iogurtes, etc).
Fonte: Google imagens
10. Nylon
• Principal substituto do poliéster;
• Características de resistência e
barreira ao vapor d’água e oxigênio
que o poliéster;
• Suporta calor de até 140°C;
• Alto custo
Fonte: Google imagens
11. Polietileno (PE)
• É dividido em de baixa densidade, alta densidade e linear;
• É usado sob forma de filmes ou laminados;
• Tem relativamente alta permeabilidade ao oxigênio e gás
carbônico e baixa ao vapor d’água.
Fonte: Google imagens
12. Poliestireno (PS)
• São utilizados na forma expandida e de sopro;
• Baixa densidade e absorção de umidade;
• Muito resistente a impactos;
• Isolante térmico e elétrico.
Fonte: Google imagens
13. Polipropileno (PP)
• Baixo custo;
• Elevada resistência química e a solventes;
• Fácil modelagem e coloração;
• Boa estabilidade térmicas;
• Leve.
Fonte: Google imagens
14. Denominação de filmes extrusados:
FTT – Filme transparente termoformagem: Muito utilizados
em tampas de embalagem. Resinas de PE e PP.
Fonte: Google imagens
15. FTIL – Filme transparente impressão laminação: visam
proporcionar, principalmente, propriedades de selagem,
deslizamento e proteção. Podem receber laminação com
PET e BOPP. Ex. embalagens de biscoitos.
FPL – Filme pigmentado laminação: são compostos
produzidos com resinas diferenciadas de PP (polipropileno)
que proporcionam um aspecto branco e/ou perolado. Ex:
chocolates, rótulos, biscoitos, sorvetes, entre outros.
Fonte: Google imagens
16. ● FTL – Filme Transparente Laminação: são compostos de 100% de
resina de PP (Polipropileno). Muito utilizado em embalagens de
café, balas, ovos de páscoa e chocolates. Pode ser laminado com:
BOPP, PET, PE e papéis.
● FTLAF – Filme Transparente Laminação Alta Flexibilidade: Tem
aplicação em embalagens de torção tais como sacos e alguns
confeitos. Pode ser laminado com BOPP, PET, PE e papéis. Esta
estrutura pode ser pigmentada (FPLAF).
Fonte: Google imagens
17. Extrusão:
Os grãos dos polímeros são alimentados por gravidade ou por
sucção em uma extrusora e caem em uma rosca sem fim, a qual os
transportá-ra ao longo de um tubo aquecido que a envolve (ocorre a
transformação do material numa massa viscosa). Esse material é levado
através da extrusora e no final passará através de uma matriz.
Há dois tipos de matriz: na forma circular e na forma plana
20. • O plástico foi uma das mais importantes proezas do
homem;
• Maleável, impermeável, adaptável, resistente e com
inúmeras utilidades → tornou a vida bem mais prática;
• Grande aplicabilidade → indústria aeroespacial,
automotiva, construção civil, farmacêutica, naval, têxtil,
agrícola, entre outras. → forte colaboração no
desenvolvimento da sociedade do século passado;
• Enquanto as embalagens plásticas são percebidas como
vilãs do meio ambiente, 30% dos alimentos produzidos
no mundo são desperdiçados por falta de embalagem ou
por utilização de uma embalagem inadequada;
• O plástico leva séculos para decompor-se quando
descartado sem critério no meio ambiente → longas
cadeias moleculares de difícil degradação.
26. • Embalagens compostas: filmes a base de celulose
renovável, ou seja, provêm de madeira oriunda de
plantações gerenciadas;
• Estão sendo utilizadas para embalar frutas e vegetais,
revestir sacos de papéis para lixos úmidos, para balas e
doces, etc;
• O interesse por este filme aumentou no Brasil nos últimos 4
anos, porém o preço ainda é um fator dificultador →
máquinas arrojadas e caras.
Fonte: http://www.greenerpackage.com
28. Definições:
Podem ser definidas como um tipo de embalagem que
altera as condições do espaço interior para aumentar a
vida útil, promover a segurança ou preservar
propriedades sensoriais enquanto mantém a qualidade
do produto (Vermeiren et al. 1999).
Embalagens que alteram as condições do produto
embalado visando estender a vida-útil e aumentar a
segurança ou propriedades sensoriais, enquanto
mantém a qualidade do produto embalado (Ahvenainen,
2003).
29. As embalagens ativas provêm algumas
funções adicionais em comparação aos
tradicionais materiais de embalagem que se
limitam a proteger o produto embalado
contra influencias externas.
30. Requisitos
Ser segura em termos de saúde pública;
Absorver / emitir o gás ou vapor de interesse em
velocidade apropriada;
Ter capacidade de absorção do gás ou vapor de
interesse;
Não acarretar reações paralelas desfavoráveis;
Não causar alterações sensoriais no produto;
Manter-se estável durante a estocagem;
Ter qualidade consistente;
Ser compacta;
Ter um custo compatível com a aplicação.
31. Absorvedores de O2
Pílulas indicadoras de O2;
O indicador muda de cor rosa para azul em
concentrações > 0,5%;
O uso permite verificar:
Se a embalagem foi selada corretamente;
Se a embalagem foi feita com um material alta
barreira que não permite a entrada de gases.
33. Absorvedores de etileno
• Atualmente há estudos direcionados as caixas de
frutas frescas feitas de papelão ondulado;
• Aplicação de materiais ativos absorvedores de
etileno nos espaços vazios entre as ondas;
• Este produto pode reduzir perdas devido ao
amadurecimento mais rápido.
35. Outros exemplos de embalagens ativas
• Absorvedores e emissores de CO2;
• Reguladores de umidade;
• Liberador de antioxidante.
36. Causas de falhas nas embalagens ativas
• Barreira inadequada do material de embalagem;
• Falhas na região do fechamento o que permite
trocas gasosas entre o interior e o exterior da
embalagem;
• Especificação incorreta do tipo e / ou tamanho do
absorvedor ou emissor;
• Posicionamento inadequado do sachê no interior da
embalagem.
38. Definição
São embalagens que monitoram a condição do
alimento embalado, dando informações sobre a
qualidade do produto tanto durante o transporte
quanto durante o armazenamento.
39. Exemplo de embalagens inteligentes
Uma idéia simples e muito funcional. É um tipo de etiqueta que
pode ser colocada nas bandejas de carnes, queijos e similares.
A etiqueta muda de cor baseada na quantidade de substâncias
geradas dentro da embalagem, e caso o índice da substância
que indica a degradação do alimento ficar muito alto, a etiqueta
inutiliza o código de barras, impedindo que o alimento seja
vendido.
40. Outros exemplos:
• Indicadores Tempo-Temperatura: movimentação de cores, etc;
• Indicadores de Oxigênio: Pode ser laminado em um filme
polimérico;
• Incadores de CO2: Fitas que mudam de cor;
• Indicadores de crescimento microbiano: Embalagens que
foram desenvolvidas para detectar a presença de bactérias.
42. Filmes e revestimentos comestíveis
Vantagens:
• Controle da transferência de umidade do produto para o
ambiente;
• Controle de trocas gasosas entre o produto e o
ambiente;
• Controle da entrada de O2 no produto;
• Retenção de aditivos químicos na superfície do produto.
43. Filmes e revestimentos comestíveis
As formulações possibilitam a obtenção de propriedades
funcionais específicas, entre as quais são consideradas
como de maior interesse:
• Barreira à umidade, solutos e gases;
• Solubilidade em lipídeos ou em água;
• Cor e aparência adequadas;
• Características mecânicas adequadas.
44. Filmes e revestimentos comestíveis
A aplicação de filmes e coberturas tem uso muito
promissor no mercado mundial, pelas numerosas
vantagens que apresentam, notadamente nos seguintes
aspectos:
• São biodegradáveis, podendo ser consumidos como
parte do produto o que reduz a poluição ambiental;
• Apresentam custo e conveniência de uso vantajosos em
relação aos sistemas convencionais sintéticos;
• Podem ser incorporados com aditivos que melhoram as
propriedades sensoriais e nutricionais, além de oferecer
segurança ao produto (antimicrobianos);
45. Tipos de Polímeros
• Poliosídeos: celulose e derivados, amidos e
derivados, gomas, pectinas, etc.;
• Proteínas: vegetais ou animais;
• Lipídeos: seus derivados, ceras, etc.
46. Polissacarídeos
• Amido: barreira a vapor d’água e aperência untuosa
em alguns produtos;
• Celulose: excelentes barreiras a permeação de O2;
• Outros polissacarídeos: pectinatos, quitosanas, etc.
47. Lipídeos e resinas
• Ceras naturais: carnaúba, abelha;
• Óleos: parafina, óleo mineral e vegetal;
• Ácido oléico: usados como componente de
coberturas para alterar suas propriedades
mecânicas e de permeabilidade.
48. Filmes comestíveis a base de fécula
de açafrão
Extração da fécula;
Composição centesimal e análise do potencial
antimicrobiano da fécula;
Produção dos filmes emulsionados;
Caracterização dos filmes:
Análise de Microscopia Eletrônica de Varredura;
Análise de tração;
Análise de perfuração;
Cor e opacidade.
Aplicação dos filmes em queijos e comparação frente ao
controle embalado a vácuo;
51. Fontes de pesquisa
www.abief.com.br
Livro: Embalagens Flexíveis - Coleção Quattor - Vol. 1/ Nnamdi Anyadike
L.Vermeiren; F. Devlieghere; J. Debevere. Effectiveness of some recent antimicrobial
packaging concepts. Food additives and contaminants. v 19, n◦ 1, 2002, pag 163 – 171.
Livro: Requisitos de conservação de alimentos em embalagens flexíveis / Claire I.G.L.
Sarantópoulos; Léa Mariza de Oliveira; Érica Canavesi / Campinas : CETEA/ITAL, 2001
BOURTOOM, T. Edible films and coatings: Characteristics and properties. International
Food Research Journal. Canadá, v. 15, n°. 3, p. 1 – 12, 2008.
CALLEGARIN, F.; GALLO, J-A. Q.; DEBEAUFORT, F.; VOILLEY, A. Lipids and
biopackaging. Journal of American Oil Chemistry Society, Champaign, v. 74, n.10,
p.1183-1192, 1997.
Google imagens;
GALLO, J-A. Q.; DEBEAUFORT, F.; CALLEGARIN, F.; VOILLEY, A. Lipid hydrophobicity,
physical state and distribution effects on the properties of emulsion-based films. Journal of
Membrane Science, Amsterdan, v. 180, p. 37- 46, 2000.