SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Prof. MSc Felipe Correa de Mello


 Introdução ao estudo dos “sistemas
 PLANO DE MARKETING
 simbólicos”




                 2012
Caminhos para a análise dos sistemas simbólicos

1. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes;

2. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas;

3. Primeira síntese;

4. Produções simbólicas como instrumentos de dominação;

5. Segunda síntese;

6. O poder simbólico: dominação e violência simbólica;

7. Apêndice I: Ideologia - conceituações; alcances e limites
teóricos;

8. Apêndice II: Cultura: conceituação
Os diferentes universos simbólicos

Mito;

Arte;

Religião;

Ciência;

Códigos jurídicos;

Língua.
Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes


•Tradição neo-kantiana (tradição “idealista”);


•Presente nas obras de Durkheim, Cassirer e Panofsky (entre
outros);


•Aspecto ativo do conhecimento;


•Sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e de
construção do mundo dos objetos;


•Sistemas simbólicos compreendidos como instrumentos de
conhecimento e de comunicação.
Objetividade do sentido do mundo defini-se pela concordância das
subjetividades estruturantes .



senso=consenso
Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes

Para além de Kant: determinante histórico e social das categorias do
conhecimento:

•Poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma
ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular, do mundo social);


•Supõe aquilo que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, “uma concepção
homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância
entre as inteligência“(BOURDIEU, 2010: 9);


•Durhkeim    se inscreve na tradição kantiana. Porém, para fugir do apriorismo e do
empirismo, lança os fundamentos de uma sociologia das formas simbólicas (formas de
classificação). Deixam de ser formas transcendentais, para se tornarem formas sociais.


• Na mesma linha Panofsky trata esta perspectiva como uma forma história (sem todavia ir
até à reconstrução sistemática das suas condições sociais de produção).
Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas


•Tradição estruturalista inaugurada por Saussere;

• Nesta linha os sistemas simbólicos são analisados como passíveis de uma
análise estrutural. O objetivo central é o de apreender a lógica específica de
cada uma das “formas simbólicas”;

•Visa a isolar a estrutura imanente a cada produção simbólica;

• Como observa Bourdieu (2007:118), “seu mérito é o de dedicar-se a
resgatar a coerência dos sistemas simbólicos, considerados como tais, isto
é, um dos princípios mais importantes de sua eficácia”;

•Apresentada na obra de Levi-Strauss e no Foucault de As palavras e as
coisas;

•Nesta linha teórica podemos também encontrar a Semiótica, bem como a
hermenêutica de Paul Ricoeur (entre outros).
Visão teórica fundamentada na consideração de que as formas
simbólicas são, além de fenômenos sociais contextualizados, algo mais:
construções simbólicas complexas que “em virtude de suas
características estruturais, têm a possibilidade e afirmar representar
algo, dizer algo sobre algo” (J.B THOMPSON, 2004:34).

É, portanto, uma perspectiva que postula análises formais que venham
a iluminar as estruturas propriamente internas das formas simbólicas: seus
padrões e relações imanentes.
Primeira síntese:

Os sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e
comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque são
estruturados.

Durkheim (e depois dele, Radcliffe-Brown): função social do
simbolismo: autêntica função política que não se reduz à função de
comunicação dos estruturalistas.

Símbolos como instrumentos por excelência da integração social:

“enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles
tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que
contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a
integração lógica é a condição da integração moral”
(BOURDIEU, 2010: 10)
Produções simbólicas como instrumentos de dominação


•Tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas
simbólicos em detrimento de sua estrutura lógica e da sua função
gnoseológica.;

•Funcionalismo (diverso do estruturo-funcionalismo de Durkheim):
Explica as produções simbólicas relacionando-as com os interesses
da classe dominante.

•Ideologia em oposição ao mito (produto coletivo e coletivamente
apropriado) serve a interesses particulares que tendem a aparecer
como interesses universais;

•Cultura dominante: contribui para a integração real da classe
dominante; para a integração fictícia da sociedade no seu conjunto;
à desmobilização (falsa consciência) das classes dominadas; para a
legitimação da ordem estabelecida por meio do estabelecimento das
distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções.
“A cultura que une (intermediário de comunicação) é
também a cultura que separa (instrumento de
distinção) e que legitima distinções compelindo
todas as culturas (designadas como subculturas) a
definirem-se pela sua distância em relação à cultura
dominante” (BOURDIEU, 2010:11).
Segunda síntese:

Observa o sociólogo Pierre Bourdieu (2010: 11): “é enquanto instrumentos
estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que
os „sistemas simbólicos‟ cumprem sua função política de instrumentos de
imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para
assegurar a dominação de uma classe sobre outra(violência simbólica)
dando o reforço da sua própria força às relações de força que as
fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de
Weber, para a „domesticação dos dominados‟.”

Diferentes classes e frações de classes estão envolvidas numa luta
propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais
conforme aos seus interesses.
Poder simbólico

•“Poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e crer, de confirmar
ou de transformar a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o
mundo, portanto o mundo; poder quase          o mágico que permite obter o
equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao
efeito específico de mobilização, só se exerce se for reconhecido, quer
dizer, ignorado como arbitrário” (BOURDIEU, 2010: 14.)


•Isto significa que o poder simbólico não reside nos „sistemas simbólicos‟, mas
que se define “numa relação determinada --e por meio desta-- entre os que
exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, isto é, na própria
estrutura do campo em que se produz e se reproduz a crença” (idem: 14-15).


•Forma transformada (irreconhecível) transfigurada e legitimada, das outras
formas de poder.
Poder simbólico
                                      Produção da crença



“O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder
de manter a ordem ou a subverter, é a crença na legitimidade
das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção
não é a competência das palavras”. (BOURDIEU: 2007)
Poder simbólico
•Descrever as leis de transformação que regem a transmutação das
diferentes espécies de capital em capital simbólico;


•“Trabalho de dissimulação e de transfiguração (eufemização) que
garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força
fazendo    ignorar-reconhecer      a   violência     que      elas   encerram
objetivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de
produzir   efeitos   reais   sem   dispêndio       aparente     de   energia”
(BOURDIEU, 2010: 15);
Um dos efeitos da violência   simbólica é a transfiguração das
relações de dominação e de submissão em relações afetivas.


Transformação do poder em carisma ou encanto.
Ideologia: conceituações
                (Texto em anexo)
Pierre Bourdieu acerca da noção de ideologia:


“[...] tendo a evitar a palavra “ideologia” porque [...] tem sido com muita
frequência mal utilizada, ou empregada de modo muito vago. Parece
sugerir uma sorte de descrédito [...] Tratei em substituir o conceito de
ideologia por conceitos como “dominação simbólica” ou “poder
simbólico” ou “violência simbólica”, para controlar alguns usos e abusos
ao que este conceito está sujeito. Mediante o conceito de violência
simbólica trato de fazer visível uma forma de violência cotidiana não
percebida [...] o conceito de ideologia tem sido usado e tão abusado
que já não funciona” (entrevista dada a Terry Eagleton in “Doxa y vida
cotidiana: uma entrevista”, 2006: 296)
Poder simbólico

Linguagem é mais um instrumento de poder e ação do que
de comunicação. (contra uma “mera semiótica”)

Noção de capital e mercado simbólico importante neste
caminho;

“Muitas coisas não pode ser compreendidas em termos de
pura comunicação, e ao propor minha analogia
econômica somente intento generalizar e dar à reflexão da
filosofia analítica um fundamento sociológico que lhe
carece” (Doxa y vida cotidiana, p. 302. entrevista a T.
eagleton).



                                  Cultura:
                            Conceituações
Na literatura das ciências sociais, o estudo das formas simbólicas

geralmente tem sido feito sob a rubrica do conceito de   cultura
(THOMPSON: 2004)




Conceito de cultura possui uma longa história própria, e o sentido
que ele tem hoje é, em certa, medida, um produto desta história
(idem)
J.B Thompson (2004) distingue quatro tipos básicos de sentidos atribuídos ao
conceito de cultura:

1. Concepção clássica de cultura: surgido nas primeiras discussões sobre
cultura, especialmente as que tiveram lugar entre filósofos e historiadores
alemães nos séculos XVIII e XIX.

“Nessas discussões, o termo “cultura” era, geralmente, usado para se referir a um
processo que diferia, sob certos aspectos, do de “civilização” (THOMPSON, 2004:
166)

Duas formas antropológicas de cultura:

2. Concepção descritiva

Refere-se a um variado conjunto de
   valores, crenças, costumes, convenções, hábitos e práticas características de
   uma sociedade específica ou de um período histórico

3. Concepção simbólica

Interesse no simbolismo: “fenômenos culturais [...] são fenomenos simbólicos e o
    estudo da cultura está essencialmente interessado na interpretação dos
    símbolos e da ação simbólica” (idem: 166)
Concepção simbólica é apresentada , sobretudo, na obra do antropólogo
norte-americano Clifford Geertz.

Importância desta concepção: ponto de partida apropriado para o
desenvolvimento de uma abordagem construtiva no estudo dos fenômenos
culturais.

Fraqueza: dá atenção insuficiente às relações sociais estruturadas nas quais
os símbolos e as ações simbólicas estão sempre inseridas.
4. Concepção estrutural de cultura

•Conceito desenvolvido por J.B Thompson ;

•Conceito que vai     ao encontro do aporte teórico-metodológico
bourdesiano.

“De acordo com essa concepção, os fenômenos culturais podem
ser entendidos como formas simbólicas em contextos
estruturados; e a análise cultural pode ser pensada como o
estudo da constituição significativa e da contextualização das
formas simbólicas” (THOMPSON, 2004: 166)
Thompson encontra Bourdieu


Contextos sociais estruturados

Dizer que um espaço social é estruturado significa considerar que
as posições neste não se equivalem, tampouco são harmônicas.
Significa dizer que são espaços sociais “caracterizados por
assimetrias e diferenças relativamente estáveis em termos de
distribuição   de,    e   acesso    a,   recursos    de     vários
tipos, poder, oportunidades e chance na vida” (THOMPSON, 2007:
198).

O espaço social é concebido como um espaço multidimensional
de relações sociais entre agentes que compartilham interesses em
comum, disputam por troféus específicos; mas que não dispõem
dos mesmos recursos e competências. É um espaço de disputa
entre dominantes e dominados
Referências bibliográficas


BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand, 2010.

BOURDIEU, P. Razões Práticas. São Paulo: Papirus, 2007.

BOURDIEU, P. & EAGLETON, T. “Doxa y vida cotidiana: una entrevista” In Ideología. Un mapa
de la cuestión. ZIZEK, S. (comp.) Barcelona: Fondo Cultural: 2006.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes, 2009.

EAGLETON, T. Ideologia: uma introdução.São Paulo: Boitempo Editorial/ Editora da
UNESP, 2006.

FOUCAULT. M. As palavras e as coisas uma arqueologia das ciências humanas. São
Paulo: Martins Fontes, 2007.

MICELI, S. “A força do sentido” In BOURDIEU, P. Economia das trocas simbólicas. (seleção e
organização de Sérgio Miceli) São Paulo: Perspectiva, 2010.

PANOFSKY. E. Estudos de iconologia temas humanísticos na arte do renascimento.
Lisboa : Estampa, 1995.

THOMPSON. J.B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.
Recomendação de leitura complementar:


 Sobre o debate “cultura x civilização”:

 EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo, SP : UNESP, 2005.

 ELIAS, N. O processo civilizador. Vol 1. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2008

 Sobre hermenêutica:

 RICOUER, P. Hermenêutica e ideologias. Petrópolis, RJ : Editora Vozes, 2011.

 Sobre a “concepção simbólica de cultura”:

 GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro : LTC, 2008.

 Sobre ideologia em Marx:

 MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo : Expressão Popular, 2010, c200

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Foucault - o poder e o sujeito
Foucault - o poder e o sujeitoFoucault - o poder e o sujeito
Foucault - o poder e o sujeitoBruno Carrasco
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)humberto145
 
Cap 2 antropologia
Cap 2 antropologiaCap 2 antropologia
Cap 2 antropologiaJoao Balbi
 
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidades
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidadesSociologia Urbana e a vida nas grandes cidades
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidadesPaula Meyer Piagentini
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaRafael Oliveira
 
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em Weber
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberMax weber-Educação, racionalização e burocratização em Weber
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberIvone Bezerra
 
A perspectiva sociológica
A perspectiva sociológicaA perspectiva sociológica
A perspectiva sociológicaGabriella Vieira
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimentoErica Frau
 
A teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de AristótelesA teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de AristótelesAlan
 
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a DádivaApresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a DádivaCarolina Suptitz
 

Mais procurados (20)

Sociologia do poder
Sociologia do poder Sociologia do poder
Sociologia do poder
 
Foucault - o poder e o sujeito
Foucault - o poder e o sujeitoFoucault - o poder e o sujeito
Foucault - o poder e o sujeito
 
O QUE É POLÍTICA EM ARISTÓTELES
O QUE É POLÍTICA EM ARISTÓTELESO QUE É POLÍTICA EM ARISTÓTELES
O QUE É POLÍTICA EM ARISTÓTELES
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
 
Cap 2 antropologia
Cap 2 antropologiaCap 2 antropologia
Cap 2 antropologia
 
Durkheim: a educação como fato social!
Durkheim: a educação como fato social!Durkheim: a educação como fato social!
Durkheim: a educação como fato social!
 
Ideologia - karl marx
Ideologia - karl marxIdeologia - karl marx
Ideologia - karl marx
 
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidades
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidadesSociologia Urbana e a vida nas grandes cidades
Sociologia Urbana e a vida nas grandes cidades
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Sociologia da educação
Sociologia da educação Sociologia da educação
Sociologia da educação
 
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIAALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
ALIENAÇÃO E IDEOLOGIA
 
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em Weber
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberMax weber-Educação, racionalização e burocratização em Weber
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em Weber
 
A perspectiva sociológica
A perspectiva sociológicaA perspectiva sociológica
A perspectiva sociológica
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento
 
Aula 3 - Durkheim
Aula 3 - DurkheimAula 3 - Durkheim
Aula 3 - Durkheim
 
A teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de AristótelesA teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de Aristóteles
 
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a DádivaApresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva
Apresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva
 
O que é Filosofia?
O que é Filosofia?O que é Filosofia?
O que é Filosofia?
 
Antropologia.
Antropologia.Antropologia.
Antropologia.
 
Louis althusser
Louis althusserLouis althusser
Louis althusser
 

Semelhante a Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos

PODER SIMBÓLICO
PODER SIMBÓLICO PODER SIMBÓLICO
PODER SIMBÓLICO prefeitura
 
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - Gustavo Batista
 
Material de sociologia i
Material de sociologia iMaterial de sociologia i
Material de sociologia igabriela_eiras
 
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxIdentidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxJOOLUIZDASILVALOPES
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxssuser47aa16
 
introdução chartier - metodologia.pptx
introdução chartier - metodologia.pptxintrodução chartier - metodologia.pptx
introdução chartier - metodologia.pptxJooBraatz1
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasOtávio Miécio Santos Sampaio
 
Althusser resenha
Althusser   resenhaAlthusser   resenha
Althusser resenhaEsser99
 
Conceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaConceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaGilmar Rodrigues
 
Sociologia de durkheim
Sociologia de durkheimSociologia de durkheim
Sociologia de durkheimunisocionautas
 
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicação
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicaçãoEstereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicação
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicaçãoCassia Barbosa
 
O poder da ideologia
O poder da ideologiaO poder da ideologia
O poder da ideologiaKelly Ane
 
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicaGrupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicamoratonoise
 

Semelhante a Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos (20)

PODER SIMBÓLICO
PODER SIMBÓLICO PODER SIMBÓLICO
PODER SIMBÓLICO
 
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU - UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
UMA LEITURA DO CAMPO JURÍDICO EM BOURDIEU -
 
Met rp, minayo
Met rp, minayoMet rp, minayo
Met rp, minayo
 
Material de sociologia i
Material de sociologia iMaterial de sociologia i
Material de sociologia i
 
A sociologia weberiana
A sociologia weberianaA sociologia weberiana
A sociologia weberiana
 
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptxIdentidade coletivas e conflitos sociais.pptx
Identidade coletivas e conflitos sociais.pptx
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
 
A sociologia de weber.sónia
A sociologia de weber.sóniaA sociologia de weber.sónia
A sociologia de weber.sónia
 
introdução chartier - metodologia.pptx
introdução chartier - metodologia.pptxintrodução chartier - metodologia.pptx
introdução chartier - metodologia.pptx
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
 
Althusser resenha
Althusser   resenhaAlthusser   resenha
Althusser resenha
 
Conceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologiaConceitos básicos de sociologia
Conceitos básicos de sociologia
 
Teorias Sociológicas
Teorias SociológicasTeorias Sociológicas
Teorias Sociológicas
 
Sociologia de durkheim
Sociologia de durkheimSociologia de durkheim
Sociologia de durkheim
 
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicação
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicaçãoEstereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicação
Estereótipos femininos fomentados pelos meios de comunicação
 
51 t
51 t51 t
51 t
 
O poder da ideologia
O poder da ideologiaO poder da ideologia
O poder da ideologia
 
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticicaGrupo de estudos anarquistas josé oiticica
Grupo de estudos anarquistas josé oiticica
 
Para uma ontologia do ser social
Para uma ontologia do ser socialPara uma ontologia do ser social
Para uma ontologia do ser social
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 

Mais de Felipe Correa de Mello

Mais de Felipe Correa de Mello (12)

Classes sociais em Bourdieu
Classes sociais em BourdieuClasses sociais em Bourdieu
Classes sociais em Bourdieu
 
Metodologia
MetodologiaMetodologia
Metodologia
 
Consumo e motivação
Consumo e motivaçãoConsumo e motivação
Consumo e motivação
 
Psicologia das redes sociais
Psicologia das redes sociais Psicologia das redes sociais
Psicologia das redes sociais
 
Guia detalhado para análise do ambiente de marketing
Guia detalhado para análise do ambiente de marketingGuia detalhado para análise do ambiente de marketing
Guia detalhado para análise do ambiente de marketing
 
Curadoria web
Curadoria webCuradoria web
Curadoria web
 
Estrutura geral curso_bourdieu
Estrutura geral curso_bourdieuEstrutura geral curso_bourdieu
Estrutura geral curso_bourdieu
 
Introducao a sociologia de bourdieu
Introducao a sociologia de bourdieuIntroducao a sociologia de bourdieu
Introducao a sociologia de bourdieu
 
Comportamento do consumidor módulo 2 psicanálise
Comportamento do consumidor módulo 2 psicanáliseComportamento do consumidor módulo 2 psicanálise
Comportamento do consumidor módulo 2 psicanálise
 
Modelo de estrutura de plano de marketing
Modelo de estrutura de plano de marketingModelo de estrutura de plano de marketing
Modelo de estrutura de plano de marketing
 
Comunicação digital: aula gamification
Comunicação digital: aula gamification Comunicação digital: aula gamification
Comunicação digital: aula gamification
 
Introdução ao Plano de Marketing
Introdução ao Plano de MarketingIntrodução ao Plano de Marketing
Introdução ao Plano de Marketing
 

Último

praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 

Último (20)

praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 

Introdução ao estudo dos sistemas simbólicos

  • 1. Prof. MSc Felipe Correa de Mello Introdução ao estudo dos “sistemas PLANO DE MARKETING simbólicos” 2012
  • 2. Caminhos para a análise dos sistemas simbólicos 1. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes; 2. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas; 3. Primeira síntese; 4. Produções simbólicas como instrumentos de dominação; 5. Segunda síntese; 6. O poder simbólico: dominação e violência simbólica; 7. Apêndice I: Ideologia - conceituações; alcances e limites teóricos; 8. Apêndice II: Cultura: conceituação
  • 3. Os diferentes universos simbólicos Mito; Arte; Religião; Ciência; Códigos jurídicos; Língua.
  • 4. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes •Tradição neo-kantiana (tradição “idealista”); •Presente nas obras de Durkheim, Cassirer e Panofsky (entre outros); •Aspecto ativo do conhecimento; •Sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e de construção do mundo dos objetos; •Sistemas simbólicos compreendidos como instrumentos de conhecimento e de comunicação.
  • 5. Objetividade do sentido do mundo defini-se pela concordância das subjetividades estruturantes . senso=consenso
  • 6. Sistemas simbólicos como estruturas estruturantes Para além de Kant: determinante histórico e social das categorias do conhecimento: •Poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e, em particular, do mundo social); •Supõe aquilo que Durkheim chama o conformismo lógico, quer dizer, “uma concepção homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância entre as inteligência“(BOURDIEU, 2010: 9); •Durhkeim se inscreve na tradição kantiana. Porém, para fugir do apriorismo e do empirismo, lança os fundamentos de uma sociologia das formas simbólicas (formas de classificação). Deixam de ser formas transcendentais, para se tornarem formas sociais. • Na mesma linha Panofsky trata esta perspectiva como uma forma história (sem todavia ir até à reconstrução sistemática das suas condições sociais de produção).
  • 7. Sistemas simbólicos como estruturas estruturadas •Tradição estruturalista inaugurada por Saussere; • Nesta linha os sistemas simbólicos são analisados como passíveis de uma análise estrutural. O objetivo central é o de apreender a lógica específica de cada uma das “formas simbólicas”; •Visa a isolar a estrutura imanente a cada produção simbólica; • Como observa Bourdieu (2007:118), “seu mérito é o de dedicar-se a resgatar a coerência dos sistemas simbólicos, considerados como tais, isto é, um dos princípios mais importantes de sua eficácia”; •Apresentada na obra de Levi-Strauss e no Foucault de As palavras e as coisas; •Nesta linha teórica podemos também encontrar a Semiótica, bem como a hermenêutica de Paul Ricoeur (entre outros).
  • 8. Visão teórica fundamentada na consideração de que as formas simbólicas são, além de fenômenos sociais contextualizados, algo mais: construções simbólicas complexas que “em virtude de suas características estruturais, têm a possibilidade e afirmar representar algo, dizer algo sobre algo” (J.B THOMPSON, 2004:34). É, portanto, uma perspectiva que postula análises formais que venham a iluminar as estruturas propriamente internas das formas simbólicas: seus padrões e relações imanentes.
  • 9. Primeira síntese: Os sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque são estruturados. Durkheim (e depois dele, Radcliffe-Brown): função social do simbolismo: autêntica função política que não se reduz à função de comunicação dos estruturalistas. Símbolos como instrumentos por excelência da integração social: “enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação, eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a integração lógica é a condição da integração moral” (BOURDIEU, 2010: 10)
  • 10. Produções simbólicas como instrumentos de dominação •Tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas simbólicos em detrimento de sua estrutura lógica e da sua função gnoseológica.; •Funcionalismo (diverso do estruturo-funcionalismo de Durkheim): Explica as produções simbólicas relacionando-as com os interesses da classe dominante. •Ideologia em oposição ao mito (produto coletivo e coletivamente apropriado) serve a interesses particulares que tendem a aparecer como interesses universais; •Cultura dominante: contribui para a integração real da classe dominante; para a integração fictícia da sociedade no seu conjunto; à desmobilização (falsa consciência) das classes dominadas; para a legitimação da ordem estabelecida por meio do estabelecimento das distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções.
  • 11. “A cultura que une (intermediário de comunicação) é também a cultura que separa (instrumento de distinção) e que legitima distinções compelindo todas as culturas (designadas como subculturas) a definirem-se pela sua distância em relação à cultura dominante” (BOURDIEU, 2010:11).
  • 12. Segunda síntese: Observa o sociólogo Pierre Bourdieu (2010: 11): “é enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que os „sistemas simbólicos‟ cumprem sua função política de instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para assegurar a dominação de uma classe sobre outra(violência simbólica) dando o reforço da sua própria força às relações de força que as fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a „domesticação dos dominados‟.” Diferentes classes e frações de classes estão envolvidas numa luta propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais conforme aos seus interesses.
  • 13. Poder simbólico •“Poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e crer, de confirmar ou de transformar a visão do mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto o mundo; poder quase o mágico que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao efeito específico de mobilização, só se exerce se for reconhecido, quer dizer, ignorado como arbitrário” (BOURDIEU, 2010: 14.) •Isto significa que o poder simbólico não reside nos „sistemas simbólicos‟, mas que se define “numa relação determinada --e por meio desta-- entre os que exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, isto é, na própria estrutura do campo em que se produz e se reproduz a crença” (idem: 14-15). •Forma transformada (irreconhecível) transfigurada e legitimada, das outras formas de poder.
  • 14. Poder simbólico Produção da crença “O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder de manter a ordem ou a subverter, é a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não é a competência das palavras”. (BOURDIEU: 2007)
  • 15. Poder simbólico •Descrever as leis de transformação que regem a transmutação das diferentes espécies de capital em capital simbólico; •“Trabalho de dissimulação e de transfiguração (eufemização) que garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força fazendo ignorar-reconhecer a violência que elas encerram objetivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de produzir efeitos reais sem dispêndio aparente de energia” (BOURDIEU, 2010: 15);
  • 16. Um dos efeitos da violência simbólica é a transfiguração das relações de dominação e de submissão em relações afetivas. Transformação do poder em carisma ou encanto.
  • 17. Ideologia: conceituações (Texto em anexo)
  • 18. Pierre Bourdieu acerca da noção de ideologia: “[...] tendo a evitar a palavra “ideologia” porque [...] tem sido com muita frequência mal utilizada, ou empregada de modo muito vago. Parece sugerir uma sorte de descrédito [...] Tratei em substituir o conceito de ideologia por conceitos como “dominação simbólica” ou “poder simbólico” ou “violência simbólica”, para controlar alguns usos e abusos ao que este conceito está sujeito. Mediante o conceito de violência simbólica trato de fazer visível uma forma de violência cotidiana não percebida [...] o conceito de ideologia tem sido usado e tão abusado que já não funciona” (entrevista dada a Terry Eagleton in “Doxa y vida cotidiana: uma entrevista”, 2006: 296)
  • 19. Poder simbólico Linguagem é mais um instrumento de poder e ação do que de comunicação. (contra uma “mera semiótica”) Noção de capital e mercado simbólico importante neste caminho; “Muitas coisas não pode ser compreendidas em termos de pura comunicação, e ao propor minha analogia econômica somente intento generalizar e dar à reflexão da filosofia analítica um fundamento sociológico que lhe carece” (Doxa y vida cotidiana, p. 302. entrevista a T. eagleton). Cultura: Conceituações
  • 20. Na literatura das ciências sociais, o estudo das formas simbólicas geralmente tem sido feito sob a rubrica do conceito de cultura (THOMPSON: 2004) Conceito de cultura possui uma longa história própria, e o sentido que ele tem hoje é, em certa, medida, um produto desta história (idem)
  • 21. J.B Thompson (2004) distingue quatro tipos básicos de sentidos atribuídos ao conceito de cultura: 1. Concepção clássica de cultura: surgido nas primeiras discussões sobre cultura, especialmente as que tiveram lugar entre filósofos e historiadores alemães nos séculos XVIII e XIX. “Nessas discussões, o termo “cultura” era, geralmente, usado para se referir a um processo que diferia, sob certos aspectos, do de “civilização” (THOMPSON, 2004: 166) Duas formas antropológicas de cultura: 2. Concepção descritiva Refere-se a um variado conjunto de valores, crenças, costumes, convenções, hábitos e práticas características de uma sociedade específica ou de um período histórico 3. Concepção simbólica Interesse no simbolismo: “fenômenos culturais [...] são fenomenos simbólicos e o estudo da cultura está essencialmente interessado na interpretação dos símbolos e da ação simbólica” (idem: 166)
  • 22. Concepção simbólica é apresentada , sobretudo, na obra do antropólogo norte-americano Clifford Geertz. Importância desta concepção: ponto de partida apropriado para o desenvolvimento de uma abordagem construtiva no estudo dos fenômenos culturais. Fraqueza: dá atenção insuficiente às relações sociais estruturadas nas quais os símbolos e as ações simbólicas estão sempre inseridas.
  • 23. 4. Concepção estrutural de cultura •Conceito desenvolvido por J.B Thompson ; •Conceito que vai ao encontro do aporte teórico-metodológico bourdesiano. “De acordo com essa concepção, os fenômenos culturais podem ser entendidos como formas simbólicas em contextos estruturados; e a análise cultural pode ser pensada como o estudo da constituição significativa e da contextualização das formas simbólicas” (THOMPSON, 2004: 166)
  • 24. Thompson encontra Bourdieu Contextos sociais estruturados Dizer que um espaço social é estruturado significa considerar que as posições neste não se equivalem, tampouco são harmônicas. Significa dizer que são espaços sociais “caracterizados por assimetrias e diferenças relativamente estáveis em termos de distribuição de, e acesso a, recursos de vários tipos, poder, oportunidades e chance na vida” (THOMPSON, 2007: 198). O espaço social é concebido como um espaço multidimensional de relações sociais entre agentes que compartilham interesses em comum, disputam por troféus específicos; mas que não dispõem dos mesmos recursos e competências. É um espaço de disputa entre dominantes e dominados
  • 25. Referências bibliográficas BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand, 2010. BOURDIEU, P. Razões Práticas. São Paulo: Papirus, 2007. BOURDIEU, P. & EAGLETON, T. “Doxa y vida cotidiana: una entrevista” In Ideología. Un mapa de la cuestión. ZIZEK, S. (comp.) Barcelona: Fondo Cultural: 2006. DURKHEIM, E. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes, 2009. EAGLETON, T. Ideologia: uma introdução.São Paulo: Boitempo Editorial/ Editora da UNESP, 2006. FOUCAULT. M. As palavras e as coisas uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2007. MICELI, S. “A força do sentido” In BOURDIEU, P. Economia das trocas simbólicas. (seleção e organização de Sérgio Miceli) São Paulo: Perspectiva, 2010. PANOFSKY. E. Estudos de iconologia temas humanísticos na arte do renascimento. Lisboa : Estampa, 1995. THOMPSON. J.B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 2004.
  • 26. Recomendação de leitura complementar: Sobre o debate “cultura x civilização”: EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo, SP : UNESP, 2005. ELIAS, N. O processo civilizador. Vol 1. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 2008 Sobre hermenêutica: RICOUER, P. Hermenêutica e ideologias. Petrópolis, RJ : Editora Vozes, 2011. Sobre a “concepção simbólica de cultura”: GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro : LTC, 2008. Sobre ideologia em Marx: MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo : Expressão Popular, 2010, c200