2. Identidades Coletivas
O Estado Nacional como identidade
coletiva;
O Movimento Operário como
identidade coletiva e parte do conflito
nas relações de produção (Capital-
Trabalho);
3. O conflito social
na teoria sociológica clássica
Segundo Silva (2010):
Precursores na reflexão sobre os
fundamentos da ordem, Thomas Hobbes (O
estado natural é o estado negativo, o estado
contratual é o estado positivo) e Auguste
Comte: a solução dos conflitos sociais viria
com a evolução e o progresso científico e
tecnológico, produzindo uma sociedade
esclarecida, pacífica e harmoniosa.
4. O conflito social
na teoria sociológica clássica
Nas concepções de Marx: propriedade
privada e as classes antagônicas, até o
comunismo; depreende-se que o conflito é
uma demonstração de “anormalidade”
histórico-social. e Durkheim, anormal ou
patológico se rompe a coesão baseada na
solidariedade mecânica das sociedades
simples ou primitivas, em direção à divisão
do trabalho, anomia e regulação social...
“teórico conservador” .
5. O conflito social em Marx e
Durkheim
Desse modo, as concepções de Marx
(privilegiando o conflito) e Durkheim
(normatizando a coesão), aparentemente
antagônicas, apontam ambos para uma
perspectiva evolucionista e determinista à medida
que percebem o conflito a partir de uma visão
histórico-social e disfuncional de ordem
econômica e social (propriedade privada /divisão
do trabalho social). Embora relevantes para a
teoria social, essas abordagens não permitem,
portanto, a compreensão dos conflitos em si.
6. O conflito social
na teoria sociológica clássica
Weber propõe como domínio da sociologia o
estudo da ação social, das relações e das formas de
interação dos agentes, carregadas de
intencionalidade. Assim, Weber não encara o
conflito como resultado de um estado anormal ou
fase histórica negativa, mas como uma ação
cotidiana e histórica resultante da concorrência por
bens escassos, entendidos em sua multiplicidade
(materiais e simbólicos). “Todas as áreas da ação
social, sem exceção, mostram-se profundamente
influenciadas por complexos de dominação”
7. O conflito social
na teoria sociológica clássica
Georg Simmel, o conflito se constitui
numa “das mais vívidas interações”. O
dualismo das relações humanas estende-se
à globalidade das relações sociais; não
resulta de uma disfunção econômica ou
outra, mas forma, em todos os níveis, a
própria trama da vida social.
8. O conflito social
na teoria sociológica clássica
Norbert Elias, demonstra que o equilíbrio
de poder não se encontra apenas na arena
das relações entre Estados, mas também
como ocorrência cotidiana nas relações
humanas (“onde quer que haja uma
interdependência funcional entre pessoas”),
seja no modelo bipolar, seja, mais
usualmente, no multipolar.
9. Processo de globalização e a
redução do poder do Estado
Nacional
Segundo Eder (2003), O desencantamento
do Estado nacional, transformado em ator
coletivo racional, desloca a questão da
identidade coletiva do âmbito da nação
para o plano transnacional, onde são
tomadas as decisões legais imperativas, e é
preciso que surja uma identidade coletiva
compatível para controlar essas
instituições.
10. Sociedade pós-industrial
Perda da centralidade do trabalho e
do Movimento Operário enquanto
classe social (Touraine,1989);
A sociedade passa a ser vista como
conflito, pois ela é nada mais que a
luta de interesses opostos pelo
controle da capacidade de agir sobre
si mesma.
11. Surgimento de várias Identidades
Coletivas ou Novos Movimentos
Sociais
Coletividades mais definidas pelo seu
existir do que por sua atividade;
Identificação de formas de opressão que
extrapolam as relações de produção e não
atingem especificamente uma classe social
(machismo, poluição, racismo,
violência...).
12. Segundo Lopes (s/d), é necessário avançar
na compreensão das novas sociabilidades,
dentro de condições de crescente
interculturalidade aliada à renovação das
diferenças e das identidades coletivas
(étnicas, geracionais, de gênero,
territoriais, nacionais, regionais, locais)
que marcam o cenário atual.
13. Identidades Coletivas na
Amazônia
Segundo Teisserenc (2010), a
ambientalização dos conflitos sociais,
envolve uma grande diversidade de grupos
sociais implicados nas lutas. Novos
movimentos que se concretizam pela busca
de objetivos comuns, entre os quais:
Maior participação nas arenas políticas e
econômicas, inclusive na gestão dos
recursos;
14. Identidades Coletivas na
Amazônia
Democratização do poder político,
aceleração da descentralização
administrativa e econômica e crítica aos
sistemas clientelistas e corporativistas
sobre os quais está baseado o poder local;
Defesa do território, de seus recursos e do
ambiente, junto à organização das lutas
pela terra, pelo emprego e pela renda;
15. Identidades Coletivas na
Amazônia
Elaboração de um novo modo de produção e
da busca de novas formas de consumo;
Submissão das exigências do mercado às
exigências da qualidade de vida;
Crítica da racionalidade econômica e de sua
referência exclusiva à lógica do mercado, da
mesma forma, crítica às instituições
econômicas e de seus efeitos em termos de
conscientização ideológica e política.
16. Identidades Coletivas
Na concepção de Lopes (s/d), as identidades
coletivas são sistemas de reconhecimento e
diferenciação simbólicos das classes e dos
grupos sociais e a comunicação emerge
como espaço chave na
construção/reconstrução dessas identidades.
17. Identidades Coletivas
Por outro lado, a relação conflitiva e
enriquecedora com os “outros” permite
elaborar estratégias de resistência às
relações de dominação disfarçadas
existentes na sociedade. Ou seja, a
afirmação de uma identidade se fortalece e
se recria na comunicação - encontro e
conflito - com o outro.
18. Conflito Social
De acordo com Silva (2010), os conflitos na
sociedade humana não podem ser
circunscritos à perspectiva macro-histórica
ou macro-sociológica, cada nação, cada
cultura, cada sociedade engendra modelos de
relações sociais que são invariavelmente
tecidas com os fios do conflito. Ou seja,
podemos afirmar que a socialização humana
se estrutura na relação dialética da
cooperação - conflito.
19. Referências
EDER, Klaus. Identidades coletivas e mobilização de identidades.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 18, nº. 53,
outubro/2003. (p. 05 a 18)
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Para uma revisão das
identidades coletivas em tempo de globalização. ACTAS DO III
SOPCOM, VI LUSOCOM e II IBÉRICO – Volume III (p. 595-
602), s/d.
SILVA, Marcos José Diniz. O conflito social e suas mutações na
teoria sociológica. Qualit@s Revista Eletrônica, Vol.1. N°2,
2011.
TEISSERENC, Pierre. Ambientalização e Territorialização:
situando o debate no contexto da Amazônia brasileira.
Antropolítica, Niterói, n. 29, p. 153-179, 2. sem. 2010.
TOURAINE, Alain. Os Novos Conflitos Sociais: para evitar mal-
entendidos. Lua Nova. São Paulo: nº 17, junho de 1989, p. 5-18.