2. European Pressure Ulcer Advisory Panel
(EPUAP)
National Pressure Ulcer Advisory Panel
(NPUAP)
• Desenvolver recomendações para a prevenção e tratamento de
UP, baseadas em evidência científica, para serem utilizadas pelos
profissionais de saúde de todo o mundo.
3.
4. metodologia
• Nas elaboração das recomendações foi usada metodologia
cientifica para avaliar e identificar a pesquisa disponível.
• Na ausência de evidência definitiva foi usada a opinião de
peritos.
• A cada recomendações foi atribuída uma classificação por
nível de evidência.
• As recomendações foram disponibilizadas para 903
pessoas e 146 associações, de 63 países.
5. evidência
Evidencia A - a recomendação é suportada por evidência
cientifica directa proveniente de ensaios controlados,
adequadamente desenhados e implementados em UP.
Evidencia B - a recomendação é suportada por evidência
cientifica directa proveniente de series clínicas,
adequadamente desenhados e implementados em UP.
Evidencia C - a recomendação é suportada por evidência
cientifica indirecta ou opinião de peritos.
6.
7. uso das guidelines
• As guidelines são declarações, são linhas de orientação
desenvolvidas de forma sistemática para auxiliar o profissional
de saúde na tomada de decisão sobre os cuidados adequados a
situações clínicas específicas.
– Podem não ser adequadas a todas as situações
– Destinam-se unicamente a fins educativos e informacionais
– Não pretendem ser normas
– Não são regulamentação política
8. guidelines de prevenção de UP
As recomendações aplicam-se a todos os indivíduos vulneráveis,
em risco de desenvolver UP, de todos os grupos etários
São direccionadas para profissionais envolvidos nos cuidados a
doentes quer em ambiente hospitalar, quer em cuidados
continuados, quer em lares ou outras instituições.
9. úlcera de pressão (UP)
É uma lesão localizada da pele e/ou tecido adjacente,
normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da
pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.
Podem estar associados outros factores contribuintes cujo papel
ainda não se encontra totalmente esclarecido.
NPUAP/EPUAP, 2009
10. sistema de classificação de UP
Sistema para descrever o nível de tecidos destruídos
Linguagem comum para os profissionais indicarem a
situação/condição de uma UP
A classificação é uma parte da avaliação total da ferida
Não utilização da classificação inversa.
Ex: uma UP categoria IV, não se torna categoria III.
11. sistema de classificação das UP
• Categoria I – eritema não branqueável em pele intacta
– Pele intacta com eritema não branqueável de uma área
localizada, normalmente numa proeminência óssea,
descoloração da pele, calor, edema, tumefacção ou dor
podem também estar presentes.
• Descrição adicional: difícil de identificar em indivíduos de
pele escura
12. eritema branqueável
Área avermelhada que fica temporariamente branca ou
pálida quando é aplicada pressão com a extremidade do
dedo. O eritema branqueável num local sobre pressão é
habitualmente devida a uma resposta hiperémica reactiva
normal.
GTU - ULSM
13. sistema de classificação das UP
• Categoria II – perda parcial da espessura da pele ou flictena
– Perda parcial da espessura da derme que se apresenta como uma
ferida superficial (rasa) com leito vermelho e sem crosta. Pode
também apresentar-se como flictena fechada ou aberta preenchida
por líquido seroso ou sero-hemático
• Descrição adicional: Esta categoria não deve ser usada para
descrever fissuras da pele, lesões por adesivo, dermatite associada
a incontinência, maceração ou escoriação.
14.
15. sistema de classificação das UP
• Categoria III - Perda total da espessura da pele ( tecido subcutâneo visível)
– Perda total da espessura da pele. Pode estar visível o tecido adiposo
subcutâneo, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode
estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina húmida). Pode incluir lesão
cavitária.
• Descrição adicional: A profundidade de UP de categoria III varia com a
localização anatómica:
– Pode ser rasa (superficial) - a asa do nariz, orelhas, região occipital e
maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo)
– em zonas com adiposidade significativa podem desenvolver-se UP de
categoria III extremamente profundas.
16.
17. sistema de classificação das UP
• Categoria IV - Perda total da espessura dos tecidos (músculos
e ossos visíveis)
– Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos tendões e
músculos. Pode estar presente tecido desvitalizado (fibrina húmida) e/
ou necrótico. Frequentemente são cavitários e fistuladas.
– Descrição adicional: A profundidade de uma úlcera de pressão de
categoria IV varia com a localização anatómica:
• A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido
subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais.
• Uma úlcera de categoria IV pode atingir as estruturas de suporte
(ex. fascia, tendão ou cápsula articular)
• Existe osso/músculo exposto visível ou directamente palpável.
18.
19. UP categoria IV
• ÚLCERA DE PRESSÃO
– Uma crosta necrótica preta numa
proeminência óssea é uma úlcera de
pressão de cat. III ou IV.
– A necrose pode ser considerada presente
no calcanhar quando a pele está intacta e
se vislumbra uma mancha preta/azul por
baixo da pele (a lesão irá provavelmente
evoluir para uma crosta necrótica).
20. recomendações para a prevenção de UP
Avaliação e cuidados com a
Nutrição
pele
Avaliação risco
Alternância de decúbitos Superfícies de apoio
21. avaliação de risco
• Política de avaliação de risco
– Estabelecer uma política de avaliação de risco em todas as
instituições de saúde. (nível de evidência = C)
– Documentar todas as avaliações de risco. (nível de evidência = C)
• Prática de avaliação de risco
– Usar uma abordagem estruturada para avalição de risco para
identificar indivíduos em risco de desenvolver UP. (nível de
evidência = C)
– Na admissão do doente usar uma avaliação de risco e repeti-la tão
regular e frequente quanto a necessidade do indivíduo. (nível de
evidência = C)
– Desenvolver e implementar um plano de intervenção quando o
individuo é identificado como estando em risco de desenvolver UP
(nível de evidência = C)
22. avaliação da pele
• Inspeccionar regularmente a pele quanto a zonas de rubor.
(nível de evidência = B)
• A inspecção da pele deve incluir a avaliação do calor localizado,
edema e tumefacção (rigidez).
(nível de evidência = C)
• Documentar todas as avaliações da pele.
(nível de evidência = C)
23. cuidados com a pele
• Se possível, não posicionar o indivíduo sobre uma zona corporal
que ainda se encontre ruborizada
(nível de evidência = C)
• Não utilizar a massagem na prevenção das UP
(nível de evidência = B)
• Usar emolientes para hidratar a pele seca
(nível de evidência = B)
• Proteger a pele da exposição à humidade excessiva através do
uso de produtos barreira
(nível de evidência = C)
24. nutrição para a prevenção de UP
• Rastreio e avaliação do estado nutricional a todos os
indivíduos em risco de desenvolver UP
• Referenciar para o nutricionista todos os indivíduos em risco
nutricional e de desenvolvimento de UP
• Dar suplementos nutricionais, orais ou através de sonda de
alimentação, com alto teor proteico, como suplemento da
dieta habitual, a indivíduos em risco de desenvolver UP
(Nível de evidência: A)
25. alternância de decúbitos
• A alternância de decúbitos deve ser realizada para reduzir a duração e magnitude
da pressão exercida sobre as áreas vulneráveis do corpo.
(nível de evidência = A)
• A frequência dos posicionamentos é determinada pela tolerância dos tecidos, pelo
nível de actividade e mobilidade, pela condição clínica, pelos objectivos do
tratamento e pela avaliação da condição individual da pele.
(nível de evidência = C)
• A frequência dos posicionamentos é influenciada pelas superfícies de apoio em
uso . (nível de evidência = A)
• Registar o posicionamentos: a frequência e a posição adoptada.
(nível de evidência = C)
26. superfícies de apoio
• Usar colchões de espuma altamente específica em vez das espumas padrão
(standar), em todos os indivíduos em risco de desenvolver UP.
(nível de evidência = A)
• Não usar colchões de pressão alternada com células pequenas.
(nível de evidência = C)
• Usar superfícies de apoio para prevenção de UP nos calcâneos, mantendo-os
afastados da superfície da cama.
(nível de evidência = C)
• Evitar o uso de pele de carneiro sintética, dispositivos recortados em forma
de anel ou donut e luvas cheias de água.
(nível de evidência = B)
• Limitar o tempo que o indivíduo passa sentado sem alívio da pressão.
(nível de evidência = B)
27. qual a importância destas guidelines?
• Importância “teórica”:
– Prática baseada na evidência
– Linhas de orientação
• Importância “prática”:
– Qualidade de cuidados
– Satisfação profissional
28.
29. projecto de feridas na ULSM
• Criação do GTU da ULSM (2003)
• Implementação de protocolos de actuação na prevenção e tratamento de
UP (2004):
– Agency for Health Care Policy and Research (AHCPR) Clinical
Practice Guideline
– RNAO - Nursing Best Practice Guidelines
• Informatização dos registos de enfermagem - SAPE (2005)
• Indicadores relacionados com as UP (2006)
• Programa de melhoria continua da qualidade com base em indicadores
de resultado (2006)
• No fim de 2009 – base de dados com mais de 40 mil episódios de
internamento e mais de 25 mil doentes de risco para UP
32. Estudos epidemiológicos - Incidência e Prevalência
• NPUAP- Prevalência
– 3 a 14 % em hospitais Gerais
• ( Dealey, 2001)
• Singapura
– Prevalência 18,1 %
– Incidência 8,1%
• ( Chan EY, 2002)
• Itália
– Prevalência UP 18% ( doentes: 313)
• ( Landi F, 2007)
• Escócia
– Prevalência 12,8 a 20,3% (doentes: 208)
– Hospitalização > 5 dias, hipótese de 1 desenvolver UP é de 6%/semana
• (Schoonhoven L, 2007)
33. Estudos epidemiológicos - Incidência e Prevalência
• Irlanda
– Prevalência 18.5% (672 doentes adultos)
– 77% adquiridas no hospital
• (Gallagher, 2008)
• Alemanha Revisão de 2001-2007 (40247 doentes)
– Prevalência total 10.2%
– Taxas 13.9% (2001) a 7.3% (2007)
– Idade Média: 68
– Cuidados Intensivos: 24.5%
– Geriatria 19.8%
• (Kottner et al, 2009)
34. Para concluir…
• Prática baseada na evidência
• Indicadores de qualidade
• Programas de melhoria continua da qualidade
• Satisfação profissional
• …
35. “Nós somos ou tornamo-nos nas coisas que fazemos repetidamente. Portanto, a
excelência pode deixar de ser só um acontecimento e transformar-se num hábito”
Albert Einstein
Muito obrigado