O documento discute o uso da ultrassonografia e Doppler para avaliação do sistema urinário. A ultrassonografia pode avaliar a morfologia renal e identificar doenças. O Doppler fornece informações sobre a vascularização e hemodinâmica renais, auxiliando no diagnóstico de condições como insuficiência renal aguda e obstrução do sistema coletor. Os parâmetros Dopplervelocimétricos como índice de resistência podem estar alterados em várias patologias renais.
2. Introdução
Ultrassonografia modo-B
- Avaliação morfológica e estrutural
Ultrassonografia Doppler
- Avaliação da arquitetura vascular
(Doppler colorido) e hemodinâmica
(Doppler pulsado)
3. Condições clínicas nas quais a US
pode auxiliar na pesquisa diagnóstica
Poliuria/ Polidipsia
Hematuria/ disuria/ polaciuria
Vômitos de causa desconhecida
Abdome agudo
Anomalia renal palpável
Evidência clínica e laboratorial de nefropatia
Anormalidades em outros exames complementares
Diferenciar lesões sólidas de cavitárias
Ausência da imagem renal na urografia excretora
Suspeita de neoplasia
4. Bexiga
Órgão com
propriedades
acústicas ideais
5. Alterações em parede (cistite, polipos,
neoplasias)
Alterações de conteúdo (cálculos,
coágulos, debris celulares, cristais)
Alteração de topografia e contornos
6.
7.
8.
9. RIM
Aspectos de imagem x função
Avaliação em Modo – B
- Arquitetura renal (cortical, medular e
pelve)
- Tamanho e formato
- Relação córtico-medular
- Ecogenicidade
19. Artéria renal
Perfil de velocidade de
fluxo laminar parabólico
com padrão de baixa
resistividade; possui
pico sistólico amplo e
eventualmente com
incisura protodiastólica
IR normal abaixo de
0,70
21. Artéria renal
Segundo MELO (2006)
em cães:
ARD
- VPS 79.96± 8.82 ,
- VDF 28.86± 5.11
ARE
- VPS 80.22± 6.99
- VDF 29.62± 4.14
- IR = 0.64± 0.04
22. MÉDIA E DESVIO PADRÃO (DP) OBTIDOS DOS DIÂMETROS E
DAS VELOCIDADES DE PICO SISTÓLICO (VPS), VELOCIDADE
DIASTÓLICA FINAL (VDF) DAS ARTÉRIAS RENAIS (AR) EM
GATOS PERSA. SÃO PAULO, SP, BRASIL - 2007. N = NÚMERO
DE AMOSTRA.
N = 50 AR diâmetro AR VPS AR VDF AR IR
(cm) (cm/s) (cm/s)
Média 0,15 41,17 19,14 0,54
DP 0,01 9,40 5,50 0,07
Mínimo 0,12 22,45 10,59 0,39
Mediana 0,15 40,26 18,93 0,53
Máximo 0,17 64,50 31,83 0,70
Fonte: CARVALHO & CHAMMAS, 2009
23.
24.
25.
26. Traçado espectral de artéria renal (AR) com perfil típico de velocidade de fluxo
parabólico.
O pico sistólico é amplo e afilado,( ) com baixa resistência de fluxo
demonstrado pela porção diastólica contínua e cheia diminuindo gradualmente
durante a diástole ( ).
Após o pico sistólico, a velocidade cai um pouco ( ), depois se torna mais
alta novamente (pico de velocidade diastólico) e no restante da diástole
gradualmente diminui.
27. Espectro Doppler de artéria interlobar
cranial em cão normal - perfil típico de
velocidade de fluxo parabólico.
28. Protocolo de avaliação Doppler
renal
Modo-B: planos de imagem renal,
relação córtico-medular, espessura
cortical, espessura pelve renal
Vascular: diâmetro AR e AO
29. Protocolo de avaliação Doppler
renal (cont.)
Hemodinâmica
- método direto (artéria renal)
- método indireto (artérias intrarrenais) citado
somente na literatura médica
Doppler AR: VPS, IR, ASi
Doppler AO: VPS
Doppler AIL (três regiões): VPS, IR, ASi
30. Aplicações clínicas do Doppler renal
vascularização normal
insuficiência renal aguda
obstrução renal
massas renais
31. Mapeamento duplex
Doppler colorido de
rim de cão nefropata
crônico apresentando
rim esquerdo
hipovascularizado (A)
e rim direito de
arquitetura
totalmente alterada,
dimensões
diminuídas e
avascular (B).
32. Fatores hemodinâmicos que podem
alterar os parâmetros
Dopplervelocimétricos
Débito cardíaco
Perda da complacência das paredes
arteriais (estenose artéria renal)
Nefropatia ocasionando alteração da
impedância do leito vascular distal
35. Falsos Negativos - Nefropatias
nefropatia parenquimatosa
nefropatia obstrutiva há mais de 24h
36.
37. Estudos sugerem que as alterações
mais marcantes acontecem nos ramos
arteriais mais distais (artérias
arqueadas)
O espectro Doppler das AA têm
grande relevância clínica na avaliação
das nefropatias
38. O principal potencial de uso da técnica
está relacionado ao fato de que a
maior parte das alterações agudas
renais não promove alterações
detectáveis ao modo-B (nefrite
intersticial, necrose tubular aguda,
vasculites e vasculopatias)
39. Insuficiência Renal
Aguda
- pode haver aumento do tamanho do rim,
- pode haver diminuição difusa da vascularização,
- padrão espectral pode estar normal
- pode haver ausência de fluxo na fase diastólica
final (diástole zero)
- pode haver aumento da impedância vascular
40. A combinação de um exame US renal
normal e avaliação Doppler renal com
IR > 0,70 é sugestivo de doença renal
aguda tubulointersticial ou de
alterações vasculares
41. Falsos Positivos – alteração de IR sem
nefropatia
ICC e diminuição do débito cardíaco
Hipovolemia e hipotensão severa
Depleção de sódio
42. imagem triplex Doppler da artéria renal e da artéria interlobar cranial (aic) com
traçado espectral demonstrando o aumento da impedância vascular renal e dos
índices de resistividades.
43. Infarto renal
Achados normais não excluem o
diagnóstico
Fluxo reduzido ou ausente em um
segmento
Diminuição da VPS
46. Pelve dilatada x vasos hilares
proeminentes
impedância vascular
aumentada
Tx de falso negativo 27%
47. Em humanos: diferença de 0,10 ou
mais no IR entre rins obstruídos e não
obstruídos dentro do mesmo paciente
48. A) Imagem triplex Doppler de rim em gato com processo obstrutivo ocasionado por infecção urinária com espectro de artéria
interlobar evidenciando as diferenças entre as velocidades sistólica e diastólica no traçado espectral.
B) Imagem triplex de rim em gato com nefropatia obstrutiva demonstrando o aumento da resistência do leito vascular
49. Tumores renais x lesões focais
vasos geralmente de padrão espectral
arterial dentro da massa devem ser
considerados suspeitos
50.
51.
52. Outras aplicações em rim
trauma renal (efusão capsular > IR)
Trombose aguda renal (alterações precoces
em 24 horas, aspecto inalterado nos 07 dias
subsequentes e retração da superfície após
17 dias)
53. Futuro...?!
- transplante renal: monitoração pré e
pós operatória; verificar rejeição e
hemodinâmica do rim transplantado