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A segunda geração do
Romantismo
A segunda Geração
• A segunda geração do Romantismo tem seus
traços mais facilmente identificáveis no campo
da poesia e seu marco inicial é dado pela
publicação da poesia de Álvares de Azevedo, em
1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria,
ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor
existencial, o amor que oscila entre a
sensualidade e a idealização, entre outros temas
de grande carga subjetiva. Exemplares desse
período são as obras de Fagundes Varela,
Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo.
O início
• A publicação do livro Poesias, de Álvares de
Azevedo, em 1853, é considerada por parte da
crítica como marco inicial da segunda geração do
Romantismo no Brasil. Essa geração, cujos
maiores expoentes são Álvares de Azevedo,
Fagundes Varela e Casimiro de Abreu, tem a
marca do ultra-romantismo. A angústia, o
sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila
entre a sensualidade e a idealização são alguns
dos temas de grande carga subjetiva que tomam
o lugar do índio, da natureza e da pátria,
dominantes na geração anterior.
O Grande Inspirador
• Lord Byron
Em meio a toda essa agitação existencial, que se
tornou o paradigma do homem romântico que
busca a liberdade, Byron escreveu uma obra
grandiloqüente e passional.
Encantou o mundo inicialmente com seus poemas
narrativos folhetinescos, em que não faltam
elementos autobiográficos, como Childe Harold's
Pilgrimage, e depois o assustou com a faceta
satírica e satânica que apresenta em poemas
como Don Juan. Foi um dos principais poetas
ultra-românticos. O cinismo e o pessimismo de
sua obra haveriam de criar, juntamente com sua
mirabolante vida, uma legião de jovens poetas
"byronianos" por todo o mundo, chegando até o
Brasil na obra de grandes escritores, como
Álvares de Azevedo.
“Curtição”
O noturno, o aventuresco, o
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romantismo maldito.
Abrangem o amor e a morte
sob uma perspectiva
exacerbadamente
egocêntrica.
O Oceano
Rola, Oceano profundo e azul sombrio, rola!
Caminham dez mil frotas sobre ti, em vão;
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feita pelo homem sombra alguma se mantém,
exceto se, gota de chuva, ele também
se afunda a borbulhar com seu gemido,
sem féretro, sem túmulo, desconhecido.
Do passo do há traços em teus caminhos,
nem são presa teus campos. Ergues-te e o sacodes
de ti; desprezas os poderes tão mesquinhos
que usa para assolar a terra, já que podes
de teu seio atirá-lo aos céus; assim o lanças
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rumo a seus deuses - nos quais firma as esperanças
de achar um portou angra próxima, talvez -
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Tuas bordas são reinos, mas o tempo os traga:
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quando, porém, ao refrescar-se o mar, alguma
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sendo eu teu filho esse pavor me seduzia
e era agradável: nessas ondas eu confiava
e, como agora, a tua juba eu alisava.
Lord Byron
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Poetas romanticos
Fagundes Varela
Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu no
estado do Rio de Janeiro, na cidade de
Rio Claro, em 18 de Agosto de 1841.
Em 1861 publicou o primeiro livro de
poesia, Noturnas. No ano de 1859
Fagundes Varela viaja para São Paulo,
e em 1862 matricula-se na Faculdade
de Direito, que nunca seria concluída,
optando pela literatura e dissipando-
se na boemia, fortemente
influenciado pelo ''byronismo'' dos
estudantes paulistanos.
À LUCÍLIA
Se eu pudesse ao luar, Lucília bela,
Queimar-te a fronte de insensatos beijos,
Dobrar-te ao colo, minha flor singela,
Ao fogo insano de eternais desejos;
Ai! se eu pudesse de minh’alma aos elos
Prender tu’alma enfebrecida e cálida,
Erguer na vida os festivais castelos
Que tantas noites planejaste, pálida;
Ai! se eu pudesse nos teus olhos turvos
Beber a vida da volúpia ao véu,
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Talvez que as mágoas que meu peito ralam
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Como as violas que ao verão trescalam
Somem-se aos raios de celeste fogo!
Oh! vem Lucília! é tão formosa a aurora
Quando uma fada lhe batiza o alvor,
E a madressilva, que ao frescor vapora
Os ares peja de lascivo amor...
Sou moço ainda; de meu seio aos ermos
Posso-te louco arrebatar comigo...
De um mundo novo na solidão sem termos
Deitar-te à sombra de amoroso abrigo!
Tenho um dilúvio de ilusões na fronte,
Um mundo inteiro de esperanças n’alma,
Ergue-te acima de azulado monte,
Terás dos gênios do infinito a palma!...
(Fagundes Varela)
Casimiro de Abreu
Casimiro José Marques de
Abreu
(Barra de São João, 4 de
janeiro de 1839 — Nova
Friburgo,18 de outubro de
1860)
Em 1859 editou as suas
poesias reunidas sob o
título de Primaveras.
Saudades
O sino do campanário
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Eu solto aos ecos da serra
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Que no meu peito se encerra
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Saudades - Da minha terra!
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Como donzela vaidosa
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De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de magoa e de dor,
(Casimiro de Abreu)
Álvares de Azevedo
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu na
cidade de São Paulo em 12 de setembro de
1831. Ainda criança transferiu-se com a família
para o Rio de Janeiro, onde fez o curso
primário. A partir de 1851 o poeta passa a ter
fixação pela idéia da morte. Isso fica claro nas
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Taverna" (1855), a peça de teatro "Macário"
(1855) e o livro de poesias "Lira dos Vinte
Anos" (1853).
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Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
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Álvares de Azevedo
Características gerais do Ultra-
Romantismo
• liberdade criadora (o conteúdo é mais importante que a forma; são
comuns deslizes gramaticais);
• versificação livre;
• dúvida, dualismo;
• tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo,
satanismo, masoquismo, cinismo, autodestruição;
• fuga da realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação
(escapismo, evasão);
• desilusão adolescente;
• idealização do amor e da mulher;
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• saudosismo (saudade da infância e do passado);
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A Segunda GeraçãO Do Romantismo

  • 1. A segunda geração do Romantismo
  • 2. A segunda Geração • A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo, em 1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria, ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização, entre outros temas de grande carga subjetiva. Exemplares desse período são as obras de Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo.
  • 3. O início • A publicação do livro Poesias, de Álvares de Azevedo, em 1853, é considerada por parte da crítica como marco inicial da segunda geração do Romantismo no Brasil. Essa geração, cujos maiores expoentes são Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu, tem a marca do ultra-romantismo. A angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização são alguns dos temas de grande carga subjetiva que tomam o lugar do índio, da natureza e da pátria, dominantes na geração anterior.
  • 4. O Grande Inspirador • Lord Byron Em meio a toda essa agitação existencial, que se tornou o paradigma do homem romântico que busca a liberdade, Byron escreveu uma obra grandiloqüente e passional. Encantou o mundo inicialmente com seus poemas narrativos folhetinescos, em que não faltam elementos autobiográficos, como Childe Harold's Pilgrimage, e depois o assustou com a faceta satírica e satânica que apresenta em poemas como Don Juan. Foi um dos principais poetas ultra-românticos. O cinismo e o pessimismo de sua obra haveriam de criar, juntamente com sua mirabolante vida, uma legião de jovens poetas "byronianos" por todo o mundo, chegando até o Brasil na obra de grandes escritores, como Álvares de Azevedo.
  • 5. “Curtição” O noturno, o aventuresco, o macabro, o satânico, o incestuoso, os elementos do romantismo maldito. Abrangem o amor e a morte sob uma perspectiva exacerbadamente egocêntrica.
  • 6. O Oceano Rola, Oceano profundo e azul sombrio, rola! Caminham dez mil frotas sobre ti, em vão; de ruínas o homem marca a terra, mas se evola na praia o seu domínio. Na úmida extensão só tu causas naufrágios; não, da destruição feita pelo homem sombra alguma se mantém, exceto se, gota de chuva, ele também se afunda a borbulhar com seu gemido, sem féretro, sem túmulo, desconhecido. Do passo do há traços em teus caminhos, nem são presa teus campos. Ergues-te e o sacodes de ti; desprezas os poderes tão mesquinhos que usa para assolar a terra, já que podes de teu seio atirá-lo aos céus; assim o lanças tremendo uivando em teus borrifos escarninhos rumo a seus deuses - nos quais firma as esperanças de achar um portou angra próxima, talvez - e o devolves á terra: - jaza aí, de vez. Os armamentos que fulminam as muralhas das cidades de pedra - e tremem as nações ante eles, como os reis em suas capitais - , os leviatãs de roble, cujas proporções levam o seu criador de barro a se apontar como Senhor do Oceano e árbitro das batalhas, fundem-se todos nessas ondas tão fatais para a orgulhosa Armada ou para Trafalgar. Tuas bordas são reinos, mas o tempo os traga: Grécia, Roma, Catargo, Assíria, onde é que estão? Quando outrora eram livres tu as devastavas, e tiranos copiaram-te, a partir de então; manda o estrangeiro em praias rudes ou escravas; reinos secaram-se em desertos, nesse espaço, mas tu não mudas, salvo no florear da vaga; em tua fronte azul o tempo não põe traço; como és agora, viu-te a aurora da criação. Tu, espelho glorioso, onde no temporal reflete sua imagem Deus onipotente; calmo ou convulso, quando há brisa ou vendaval, quer a gelar o pólo, quer em cima ardente a ondear sombrio, - tu és sublime e sem final, cópia da eternidade, trono do Invisível; os monstros dos abismos nascem do teu lodo; insondável, sozinho avanças, és terrível. Amei-te, Oceano! Em meus folguedos juvenis ir levado em teu peito, como tua espuma, era um prazer; desde meus tempos infantis divertir-me com as ondas dava-me alegria; quando, porém, ao refrescar-se o mar, alguma de tuas vagas de causar pavor se erguia, sendo eu teu filho esse pavor me seduzia e era agradável: nessas ondas eu confiava e, como agora, a tua juba eu alisava. Lord Byron (Tradução de Castro Alves)
  • 8. Fagundes Varela Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Rio Claro, em 18 de Agosto de 1841. Em 1861 publicou o primeiro livro de poesia, Noturnas. No ano de 1859 Fagundes Varela viaja para São Paulo, e em 1862 matricula-se na Faculdade de Direito, que nunca seria concluída, optando pela literatura e dissipando- se na boemia, fortemente influenciado pelo ''byronismo'' dos estudantes paulistanos.
  • 9. À LUCÍLIA Se eu pudesse ao luar, Lucília bela, Queimar-te a fronte de insensatos beijos, Dobrar-te ao colo, minha flor singela, Ao fogo insano de eternais desejos; Ai! se eu pudesse de minh’alma aos elos Prender tu’alma enfebrecida e cálida, Erguer na vida os festivais castelos Que tantas noites planejaste, pálida; Ai! se eu pudesse nos teus olhos turvos Beber a vida da volúpia ao véu, Bem como os juncos sobre as ondas curvos A chuva bebem que derrama o céu, Talvez que as mágoas que meu peito ralam Em cinzas frias se perdessem logo, Como as violas que ao verão trescalam Somem-se aos raios de celeste fogo! Oh! vem Lucília! é tão formosa a aurora Quando uma fada lhe batiza o alvor, E a madressilva, que ao frescor vapora Os ares peja de lascivo amor... Sou moço ainda; de meu seio aos ermos Posso-te louco arrebatar comigo... De um mundo novo na solidão sem termos Deitar-te à sombra de amoroso abrigo! Tenho um dilúvio de ilusões na fronte, Um mundo inteiro de esperanças n’alma, Ergue-te acima de azulado monte, Terás dos gênios do infinito a palma!... (Fagundes Varela)
  • 10. Casimiro de Abreu Casimiro José Marques de Abreu (Barra de São João, 4 de janeiro de 1839 — Nova Friburgo,18 de outubro de 1860) Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.
  • 11. Saudades O sino do campanário Que fala tão solitário Com esse som mortuário Que nos enche de pavor. Então - Proscrito e sozinho - Eu solto aos ecos da serra Suspiros dessa saudade Que no meu peito se encerra Esses prantos de amargores São prantos cheios de dores: Saudades - Dos meus amores Saudades - Da minha terra! Nas horas mortas da noite Como é doce o meditar Quando as estrelas cintilam Nas ondas quietas do mar; Quando a lua majestosa Surgindo linda e formosa, Como donzela vaidosa Nas águas se vai mirar! Nessas horas de silêncio De tristezas e de amor, Eu gosto de ouvir ao longe, Cheio de magoa e de dor, (Casimiro de Abreu)
  • 12. Álvares de Azevedo Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu na cidade de São Paulo em 12 de setembro de 1831. Ainda criança transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde fez o curso primário. A partir de 1851 o poeta passa a ter fixação pela idéia da morte. Isso fica claro nas cartas destinadas à mãe e à irmã. De sua obra, toda ela publicada postumamente, destacam-se os contos do livro "Noite na Taverna" (1855), a peça de teatro "Macário" (1855) e o livro de poesias "Lira dos Vinte Anos" (1853).
  • 13. Adeus, meus Sonhos! Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh'alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já não vejo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores! Álvares de Azevedo
  • 14. Características gerais do Ultra- Romantismo • liberdade criadora (o conteúdo é mais importante que a forma; são comuns deslizes gramaticais); • versificação livre; • dúvida, dualismo; • tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo, satanismo, masoquismo, cinismo, autodestruição; • fuga da realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação (escapismo, evasão); • desilusão adolescente; • idealização do amor e da mulher; • subjetivismo, egocentrismo; • saudosismo (saudade da infância e do passado); • gosto pelo noturno; • consciência de solidão; • a morte: fuga total e definitiva da vida, solução para os sofrimentos; • sarcasmo, ironia.
  • 15. Gabriel Salles da Matta Machado ( Montador do Slide) Obrigado