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CANAIS DE
DISTRIBUIÇÃO
A importância da gestão de canais para
o sucesso da estratégia de marketing
Angela Halat Portugal – Fev./2016
Planos de marketing: mitos e limitações
•Crença de que o foco exclusivo no cliente final é capaz
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subvalorização de outros aspectos do mix de marketing.
•Estratégia e gestão de canais tratadas como função
logística ou comercial.
Entre o fabricante e o cliente final, há uma enorme rede de empresas e
indivíduos, com seus próprios interesses e graus variados de poder de
negociação.
Cenário real de mercado:
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Times de merchandising
e reposição
Por que os canais de distribuição são
um aspecto tão importante na
estratégia de marketing e vendas?
Em muitas categorias de produto, a
conveniência na compra é mais importante
do que a marca
•É o ponto de venda que tem maior potencial de gerar
conveniência na compra: localização, estacionamento,
horário de atendimento, etc.
•Para itens de conveniência ou de consumo imediato, a
compra dificilmente será adiada porque uma marca não
está disponível.
Em muitas categorias de produto, não há
marcas reconhecidas a ponto de influenciar o
consumidor comum.
•Alguns produtos têm uma relevância muito baixa para o
cliente e a sua compra é pouco frequente. O cliente não
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• A decisão é muito rápida: o shopper (aquele que faz a
compra) gasta em média 15 segundos diante da
gôndola.
•Apenas 40% dos produtos são percebidos pelo shopper.
•Momento da verdade: determina o sucesso dos esforços
de marketing e vendas.
•Presença e boa exposição no ponto de venda são
essenciais para consideração da marca pelo cliente.
Fonte: Nielsen, “A hora certa de ativar o shopper”
Varejo alimentar é altamente concentrado
•Entre os supermercados, as cinco maiores redes
controlam em torno de 40% das vendas totais do setor
no Brasil (ranking 2014 revista Supermercado Moderno)
Fonte: Universo Nielsen 2014
Categoria de Loja Nº Lojas
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Nº Lojas
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Faturamento
Bares 536 mil 48,9% 9,8%
Pequeno varejo 468 mil 42,7% 28,3%
Farma-cosmético 83 mil 7,6% 14,6%
Autosserviço – 5 a 9 check-outs 5,4 mil 0,5% 9,9%
Autosserviço – 10 a 19 check-outs 2,4 mil 0,2% 13,7%
Autosserviço – 20+ check-outs 1,0 mil 0,1% 23,6%
Varejo alimentar no Brasil
Grande varejo tem alto poder de negociação
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Comparativo entre a expansão da área de vendas
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9%
94%
Expansão da área de vendas Aumento nº de marcas
Fonte: Supermercado Moderno - 2013
Então o atendimento ao pequeno
varejo é uma tarefa mais fácil para
os fabricantes?
O pequeno varejo é altamente pulverizado,
especialmente em um país com dimensões
continentais como o Brasil
•O volume de negócios gerado por muitos pequenos
varejistas não cobre sequer os custos de atendimento
direto pela indústria.
•Vejamos, de novo, o caso do varejo alimentar no Brasil:
Fonte: Universo Nielsen 2014
Categoria de Loja Nº Lojas
Part. %
Nº Lojas
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Faturamento
Bares 536 mil 48,9% 9,8%
Pequeno varejo 468 mil 42,7% 28,3%
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Gestão de Canais de Distribuição

  • 1. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO A importância da gestão de canais para o sucesso da estratégia de marketing Angela Halat Portugal – Fev./2016
  • 2. Planos de marketing: mitos e limitações •Crença de que o foco exclusivo no cliente final é capaz de gerar os resultados esperados da estratégia de marketing. •Valorização excessiva do “P” de promoção e subvalorização de outros aspectos do mix de marketing. •Estratégia e gestão de canais tratadas como função logística ou comercial.
  • 3. Entre o fabricante e o cliente final, há uma enorme rede de empresas e indivíduos, com seus próprios interesses e graus variados de poder de negociação. Cenário real de mercado: Atacadistas Distribuidores exclusivos Grandes varejistas Pequeno varejo Representantes comerciais Times de merchandising e reposição
  • 4. Por que os canais de distribuição são um aspecto tão importante na estratégia de marketing e vendas?
  • 5. Em muitas categorias de produto, a conveniência na compra é mais importante do que a marca •É o ponto de venda que tem maior potencial de gerar conveniência na compra: localização, estacionamento, horário de atendimento, etc. •Para itens de conveniência ou de consumo imediato, a compra dificilmente será adiada porque uma marca não está disponível.
  • 6. Em muitas categorias de produto, não há marcas reconhecidas a ponto de influenciar o consumidor comum. •Alguns produtos têm uma relevância muito baixa para o cliente e a sua compra é pouco frequente. O cliente não conhece as marcas ou a diferença entre elas. •A decisão de compra é altamente influenciada pela equipe de vendas do varejista.
  • 7. Nos supermercados, em média 70% das decisões de compra ocorre em frente à gôndola • A decisão é muito rápida: o shopper (aquele que faz a compra) gasta em média 15 segundos diante da gôndola. •Apenas 40% dos produtos são percebidos pelo shopper. •Momento da verdade: determina o sucesso dos esforços de marketing e vendas. •Presença e boa exposição no ponto de venda são essenciais para consideração da marca pelo cliente. Fonte: Nielsen, “A hora certa de ativar o shopper”
  • 8. Varejo alimentar é altamente concentrado •Entre os supermercados, as cinco maiores redes controlam em torno de 40% das vendas totais do setor no Brasil (ranking 2014 revista Supermercado Moderno) Fonte: Universo Nielsen 2014 Categoria de Loja Nº Lojas Part. % Nº Lojas Part. % Faturamento Bares 536 mil 48,9% 9,8% Pequeno varejo 468 mil 42,7% 28,3% Farma-cosmético 83 mil 7,6% 14,6% Autosserviço – 5 a 9 check-outs 5,4 mil 0,5% 9,9% Autosserviço – 10 a 19 check-outs 2,4 mil 0,2% 13,7% Autosserviço – 20+ check-outs 1,0 mil 0,1% 23,6% Varejo alimentar no Brasil
  • 9. Grande varejo tem alto poder de negociação •Fusões e aquisições criaram gigantes do varejo, muito maiores que a maioria de seus fornecedores. •Disputa pelo espaço na gôndola ficou mais cara, acirrada e profissional Comparativo entre a expansão da área de vendas e o nº de marcas no mercado (2001 – 2009) 9% 94% Expansão da área de vendas Aumento nº de marcas Fonte: Supermercado Moderno - 2013
  • 10. Então o atendimento ao pequeno varejo é uma tarefa mais fácil para os fabricantes?
  • 11. O pequeno varejo é altamente pulverizado, especialmente em um país com dimensões continentais como o Brasil •O volume de negócios gerado por muitos pequenos varejistas não cobre sequer os custos de atendimento direto pela indústria. •Vejamos, de novo, o caso do varejo alimentar no Brasil: Fonte: Universo Nielsen 2014 Categoria de Loja Nº Lojas Part. % Nº Lojas Part. % Faturamento Bares 536 mil 48,9% 9,8% Pequeno varejo 468 mil 42,7% 28,3% Farma-cosmético 83 mil 7,6% 14,6% Autosserviço – 5 a 9 check-outs 5,4 mil 0,5% 9,9% Autosserviço – 10 a 19 check-outs 2,4 mil 0,2% 13,7% Autosserviço – 20+ check-outs 1,0 mil 0,1% 23,6%
  • 12. Os intermediários ajudam a viabilizar o atendimento ao pequeno varejo •Boa parceria com atacadistas, distribuidores e representantes comerciais é essencial para a amplitude na distribuição. •Os intermediários dão ao fabricante a possibilidade de expandir sua cobertura de mercado, sem aumento proporcional de custos. •Intermediários assumem custos e responsabilidades no processo de distribuição: estoque, processamento de pedidos, suporte imediato ao cliente, etc.
  • 13. Mas como obter uma boa parceria com canais e manter controle razoável sobre o processo de distribuição? •Boa política de remuneração. •Suporte técnico e comercial adequado. •Treinamento extensivo a toda equipe do intermediário. •Programas de marketing cooperado. •Merchandising e outras práticas. •Ações de incentivo: sell in e sell out. •Plano de trabalho, com metas e indicadores. •Integração de informações e processos. •Programas de relacionamento. •E muito mais...
  • 14. Em resumo: Para obter um bom desempenho no mercado, as empresas precisam tratar os canais de distribuição como um stakeholder relevante e também como um público-chave nas estratégias de marketing.