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EXERCÍCIO SOBRE SOCIOLOGIA
JURÍDICA
PODER E DOMINAÇÃO
PARA WEBER
Poder para Weber significa a
probabilidade de impor a própria
vontade dentro de uma relação social,
mesmo que contra toda a resistência e
qualquer que seja o fundamento dessa
probabilidade.
PODER
Quando Weber fala em fundamento,
ele se refere a certos recursos
necessários para a legitimação desse
poder. Em outras palavras, é preciso ter
alguma coisa a mais em relação aos
outros para que se possa “mandar”.
PODER
Os recursos e
fundamentos
podem variar,
gerando dessa
forma, diferentes
tipos de poder.
Poder político;
poder econômico,
poder eclesiástico
etc...
Deve-se ressaltar
que no
pensamento de
Weber, Poder
difere de
Dominação, não
obstante essa
diferença ser
bastante tênue.
PODER
Poder é um conceito mais genérico
enquanto Dominação é um conceito mais
específico. Weber irá dizer que o conceito
de poder é “Sociologicamente amorfo”
enquanto o conceito de dominação
aplica-se a casos muito mais específicos e
concretos, isto é, a casos em que o
predomínio da vontade de um sobre o
outro se dá em uma relação de mando e
obediência.
PODER
Dominação segundo ele, é um caso
especial de Poder. Dominação é um
estado de coisas pelo qual uma
vontade “manifesta” do ‘dominador” e
influi sobre os atos de outros. Ex. A
execução de uma ordem militar. O
decreto de um imperador. A ordem de
um técnico de futebol, etc.
PODER E DOMINAÇÃO
É aquela devida ao apreço puramente dito, à admiração
pessoal ao dominador e a seu carisma, ou seja, suas
qualidades, seus poderes.
Os tipos mais puros são com o dominador na posição de
profeta, herói guerreiro ou demagogo.
É importante distinguir que a origem do poder é intrínseca
às qualidades do líder, seus apóstolos não o obedecem por
sua posição ou cargo, ou mesmo pela tradição, mas pura e
simplesmente por suas qualidades, tendo esse carisma
desaparecido assim desaparece também sua dominação.
Dominação Carismática
A Dominação Carismática acontece
Em virtude de devoção afetiva à pessoa
do senhor e a seus dotes sobrenaturais
(carisma) e, particularmente: a
faculdades mágicas, revelações ou
heroísmo, poder intelectual ou de
oratória.
Dominação Carismática
Assim, percebe-se que esse tipo se baseia em
capacidades individuais ou pessoais, como afirma
novamente o próprio Weber, se obedece à figura
do líder em virtude de suas qualidades
excepcionais, e não a um estatuto jurídico ou a
uma tradição consolidada. Exemplo da mesma é o
de governantes que se destacaram pelo carisma
pessoal, como é o caso de Juscelino Kubitschek,
Getúlio Vargas ou o próprio Fernando Collor de
Melo.
Dominação Carismática
Um dos exemplos da administração
puramente regida pela vontade do Líder se
deu no período da Ascenção dos regimes
totalitários, antes de se oficializarem a
obediência dos apóstolos se devia apenas ao
carisma do líder, foi o que aconteceu na Itália
fascista por exemplo.
Dominação Carismática
No Brasil temos vários exemplos de liderança
carismática, apenas nos primeiros anos da
República, temos três casos de grande
importância, Lampião, o chefe do maior e
mais duradouro bando de cangaceiros;
Antônio Conselheiro, o profeta fundador do
Arraial de Canudos; e Padre Cícero, até hoje
cultuado como santo pelos sertanejos.
Dominação Carismática
A análise desses exemplos históricos leva-nos a perceber
que a autoridade carismática é em geral de caráter
autoritário, despótico, mas caracteriza uma força
revolucionária, afinal toda revolução elege seus líderes
em geral pelo carisma, por suas qualidades de liderança
essenciais à revolução.
Aconteceu com Robespierre, Marat e Danton na
Revolução Francesa, Oliver Cromwell na Revolução
Puritana e Martinho Lutero na Reforma Protestante.
Dominação Carismática
Dominação Tradicional
Esse é o segundo tipo de dominação, é o
poder da tradição, da ordem social em
sua mais pura forma, das instituições que
perduram no tempo, sendo a sua forma
mais pura o patriarcalismo, nessa
dominação quem manda é o Senhor, e
quem obedece é o súdito.
Dominação Tradicional
O senhor diferentemente do líder é
deificado através do tempo, dos
costumes, se o senhor vai de encontro
com algum aspecto consuetudinário
(fundado nos costumes) ele põe em risco
sua posição, já que abala a fonte de sua
legitimidade, a tradição.
em virtude da crença na santidade das
ordenações e dos poderes senhoriais de há
muito existentes.
Esse segundo tipo tem por base, como afirma o
autor em outro momento, nos mores – do
latim, costumes – santificados pelo meio social.
Exemplo disso é a dominação, no Brasil, dos
coronéis e de seus descendentes sobre os
currais eleitorais anteriormente formados. Mais
comum do ponto de vista histórico é o exemplo
das monarquias hereditárias.
Dominação Tradicional
A tradição é talvez a instituição mais forte
dentro de uma sociedade, já que é aceita como
correta pela maioria, é geralmente algo
incontestável, se sempre foi feito de uma
maneira para sempre o será pois ela é
corretíssima; não se pode datar o surgimento
exato de uma tradição, ela é imemorial, válida
desde sempre, por isto sua contestação é difícil
Dominação Tradicional
A derrocada do poder tradicional, dá-se
com o contato com novos povos, com a
modernização e o surgimento de novos
hábitos, que, aos poucos, mitigam a
tradição;
Dominação Tradicional
Mas enquanto permanece no poder, este
vai até o limite da tradição, apesar de que
as decisões são tomadas por virtude
própria do indivíduo, não existe código de
leis para determinar sua ação.
Dominação Tradicional
Weber distingue, para esse tipo de quadro
administrativo, dois tipos distintos:
A estrutura patriarcal: Esse é o tipo em que mais se
confunde o público-privado, os funcionários são
estritamente dependentes do senhor, muitas vezes
pertencentes a ele (escravos), seus direitos não
existem fora da personalidade do senhor.
Esse é o tipo mais puro de despotismo, comum aos
sultanatos e aos califados.
A estrutura estatamental:
Nesse caso, os funcionários não são
dependentes do senhor, são pessoas mais ou
menos ligadas a ele que conquistaram seu
cargo, prestando um favor, alcançando
grande mérito para o senhor, por acordos,
etc. nesse caso seu poder administrativo,
sobre o cargo, é limitado porém autônomo,
não depende, diretamente, do senhor.
Dominação Legal: baseada em estatutos,
obedece-se à ordem impessoal, objetiva e
legalmente estatuída e aos superiores por ela
determinados, em virtude da legalidade formal
de suas disposições e dentro do âmbito de
vigência destas
Dominação Legal
Dominação Legal-racional
A dominação legal ou legal-racional, está sendo a
forma mais sofisticada, para qual as outras
convergem; ela tem sua legitimidade fundada em
um estatuto; a forma mais pura é a burocracia; o
grupo dominante constitui uma empresa, e é
dividido em outras empresas, cada uma com sua
competência, limites e funções próprias.
Então a pessoa que está no poder não é mero
instrumento do próprio sistema, a regra estatuída
dá as diretrizes de como se deve governar, não se
obedece a pessoa, e sim o cargo estatuído.
O funcionário é aquele de formação, cuja função
é definida por contrato, se por um lado ele tem
direitos, por outro tem deveres, e isso cabe a
qualquer um que se estabelece sob o estatuto,
inclusive o chefe.
Dominação Legal-racional
Tanto o funcionário quanto o chefe agem
imparcialmente, sem caprichos pessoais,
enquanto está em seu cargo, e em seu turno
ele é a personificação do cargo, um
profissional; ao fim do mesmo ele é um
indivíduo livre, essas duas facetas, a priori,
não se misturam.
Dominação Legal-racional
7 - O Estado é constituído por instituições responsáveis pela formulação e execução de leis
e políticas públicas de um país. De acordo com Weber, o Estado possui o monopólio da
força e da violência, exercendo, assim, uma dominação legítima.
A partir da informação acima, assinale a alternativa que contém a característica do Estado
segundo Weber.
A) É definido pelos seus fins e não pelos seus meios, sendo sua finalidade fundamental o
exercício da dominação legítima junto às pessoas daquela sociedade.
B) É definido pelos seus meios e não pelos seus fins, sendo o seu meio peculiar o
monopólio legítimo do uso da força física na esfera da vida social daquela sociedade.
C) Constitui um instrumento de dominação de classe legítimo que não necessita de
qualquer justificativa para o exercício de sua autoridade.
D) Consiste em uma relação de dominação entre os homens sob a condição de que os
dominados se rebelam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores.
b
8 - Ao fazer uso da sociologia de Max Weber, podemos afirmar que fenômenos sociais
como, por exemplo, a moda, a formação do Estado ou o desenvolvimento da economia
capitalista, podem ser compreendidos por meio do conceito de ação social. Esta
afirmação implica considerar que:
A) estes fenômenos sociais são determinados pela estrutura econômica vigente em uma
dada sociedade e condicionam as condutas e os interesses dos indivíduos.
B) as estruturas sociais são constituídas a partir das ações dos indivíduos, os quais são
livres para realizar escolhas e orientam suas condutas com referência à ação de outros
indivíduos.
C) os fenômenos sociais são constituídos como sistemas orgânicos, de modo que os
indivíduos agem em cooperação com o todo, tendo em vista o bom funcionamento da
sociedade.
D) a conduta individual tem base exclusivamente racional e é orientada para o interesse
de transformação social, com vistas ao progresso da sociedade e à autonomia do
indivíduo.
b
1 - Assinale a opção que contenha as categorias básicas da
sociologia de Max Weber:
a) função social, tipo ideal, mais-valia
b) expropriação, compreensão, fato patológico
c) ação social, materialismo, idealismo
d) vontade de poder, julgamento de valor, solidariedade
mecânica
e) ação social, relação social, tipo ideal
e

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FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 05 - Dominações

  • 2. Poder para Weber significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. PODER
  • 3. Quando Weber fala em fundamento, ele se refere a certos recursos necessários para a legitimação desse poder. Em outras palavras, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa “mandar”. PODER
  • 4. Os recursos e fundamentos podem variar, gerando dessa forma, diferentes tipos de poder. Poder político; poder econômico, poder eclesiástico etc... Deve-se ressaltar que no pensamento de Weber, Poder difere de Dominação, não obstante essa diferença ser bastante tênue. PODER
  • 5. Poder é um conceito mais genérico enquanto Dominação é um conceito mais específico. Weber irá dizer que o conceito de poder é “Sociologicamente amorfo” enquanto o conceito de dominação aplica-se a casos muito mais específicos e concretos, isto é, a casos em que o predomínio da vontade de um sobre o outro se dá em uma relação de mando e obediência. PODER
  • 6. Dominação segundo ele, é um caso especial de Poder. Dominação é um estado de coisas pelo qual uma vontade “manifesta” do ‘dominador” e influi sobre os atos de outros. Ex. A execução de uma ordem militar. O decreto de um imperador. A ordem de um técnico de futebol, etc. PODER E DOMINAÇÃO
  • 7. É aquela devida ao apreço puramente dito, à admiração pessoal ao dominador e a seu carisma, ou seja, suas qualidades, seus poderes. Os tipos mais puros são com o dominador na posição de profeta, herói guerreiro ou demagogo. É importante distinguir que a origem do poder é intrínseca às qualidades do líder, seus apóstolos não o obedecem por sua posição ou cargo, ou mesmo pela tradição, mas pura e simplesmente por suas qualidades, tendo esse carisma desaparecido assim desaparece também sua dominação. Dominação Carismática
  • 8. A Dominação Carismática acontece Em virtude de devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente: a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória. Dominação Carismática
  • 9. Assim, percebe-se que esse tipo se baseia em capacidades individuais ou pessoais, como afirma novamente o próprio Weber, se obedece à figura do líder em virtude de suas qualidades excepcionais, e não a um estatuto jurídico ou a uma tradição consolidada. Exemplo da mesma é o de governantes que se destacaram pelo carisma pessoal, como é o caso de Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas ou o próprio Fernando Collor de Melo. Dominação Carismática
  • 10. Um dos exemplos da administração puramente regida pela vontade do Líder se deu no período da Ascenção dos regimes totalitários, antes de se oficializarem a obediência dos apóstolos se devia apenas ao carisma do líder, foi o que aconteceu na Itália fascista por exemplo. Dominação Carismática
  • 11. No Brasil temos vários exemplos de liderança carismática, apenas nos primeiros anos da República, temos três casos de grande importância, Lampião, o chefe do maior e mais duradouro bando de cangaceiros; Antônio Conselheiro, o profeta fundador do Arraial de Canudos; e Padre Cícero, até hoje cultuado como santo pelos sertanejos. Dominação Carismática
  • 12. A análise desses exemplos históricos leva-nos a perceber que a autoridade carismática é em geral de caráter autoritário, despótico, mas caracteriza uma força revolucionária, afinal toda revolução elege seus líderes em geral pelo carisma, por suas qualidades de liderança essenciais à revolução. Aconteceu com Robespierre, Marat e Danton na Revolução Francesa, Oliver Cromwell na Revolução Puritana e Martinho Lutero na Reforma Protestante. Dominação Carismática
  • 13. Dominação Tradicional Esse é o segundo tipo de dominação, é o poder da tradição, da ordem social em sua mais pura forma, das instituições que perduram no tempo, sendo a sua forma mais pura o patriarcalismo, nessa dominação quem manda é o Senhor, e quem obedece é o súdito.
  • 14. Dominação Tradicional O senhor diferentemente do líder é deificado através do tempo, dos costumes, se o senhor vai de encontro com algum aspecto consuetudinário (fundado nos costumes) ele põe em risco sua posição, já que abala a fonte de sua legitimidade, a tradição.
  • 15. em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes. Esse segundo tipo tem por base, como afirma o autor em outro momento, nos mores – do latim, costumes – santificados pelo meio social. Exemplo disso é a dominação, no Brasil, dos coronéis e de seus descendentes sobre os currais eleitorais anteriormente formados. Mais comum do ponto de vista histórico é o exemplo das monarquias hereditárias. Dominação Tradicional
  • 16. A tradição é talvez a instituição mais forte dentro de uma sociedade, já que é aceita como correta pela maioria, é geralmente algo incontestável, se sempre foi feito de uma maneira para sempre o será pois ela é corretíssima; não se pode datar o surgimento exato de uma tradição, ela é imemorial, válida desde sempre, por isto sua contestação é difícil Dominação Tradicional
  • 17. A derrocada do poder tradicional, dá-se com o contato com novos povos, com a modernização e o surgimento de novos hábitos, que, aos poucos, mitigam a tradição; Dominação Tradicional
  • 18. Mas enquanto permanece no poder, este vai até o limite da tradição, apesar de que as decisões são tomadas por virtude própria do indivíduo, não existe código de leis para determinar sua ação. Dominação Tradicional
  • 19. Weber distingue, para esse tipo de quadro administrativo, dois tipos distintos: A estrutura patriarcal: Esse é o tipo em que mais se confunde o público-privado, os funcionários são estritamente dependentes do senhor, muitas vezes pertencentes a ele (escravos), seus direitos não existem fora da personalidade do senhor. Esse é o tipo mais puro de despotismo, comum aos sultanatos e aos califados.
  • 20. A estrutura estatamental: Nesse caso, os funcionários não são dependentes do senhor, são pessoas mais ou menos ligadas a ele que conquistaram seu cargo, prestando um favor, alcançando grande mérito para o senhor, por acordos, etc. nesse caso seu poder administrativo, sobre o cargo, é limitado porém autônomo, não depende, diretamente, do senhor.
  • 21. Dominação Legal: baseada em estatutos, obedece-se à ordem impessoal, objetiva e legalmente estatuída e aos superiores por ela determinados, em virtude da legalidade formal de suas disposições e dentro do âmbito de vigência destas Dominação Legal
  • 22. Dominação Legal-racional A dominação legal ou legal-racional, está sendo a forma mais sofisticada, para qual as outras convergem; ela tem sua legitimidade fundada em um estatuto; a forma mais pura é a burocracia; o grupo dominante constitui uma empresa, e é dividido em outras empresas, cada uma com sua competência, limites e funções próprias.
  • 23. Então a pessoa que está no poder não é mero instrumento do próprio sistema, a regra estatuída dá as diretrizes de como se deve governar, não se obedece a pessoa, e sim o cargo estatuído. O funcionário é aquele de formação, cuja função é definida por contrato, se por um lado ele tem direitos, por outro tem deveres, e isso cabe a qualquer um que se estabelece sob o estatuto, inclusive o chefe. Dominação Legal-racional
  • 24. Tanto o funcionário quanto o chefe agem imparcialmente, sem caprichos pessoais, enquanto está em seu cargo, e em seu turno ele é a personificação do cargo, um profissional; ao fim do mesmo ele é um indivíduo livre, essas duas facetas, a priori, não se misturam. Dominação Legal-racional
  • 25. 7 - O Estado é constituído por instituições responsáveis pela formulação e execução de leis e políticas públicas de um país. De acordo com Weber, o Estado possui o monopólio da força e da violência, exercendo, assim, uma dominação legítima. A partir da informação acima, assinale a alternativa que contém a característica do Estado segundo Weber. A) É definido pelos seus fins e não pelos seus meios, sendo sua finalidade fundamental o exercício da dominação legítima junto às pessoas daquela sociedade. B) É definido pelos seus meios e não pelos seus fins, sendo o seu meio peculiar o monopólio legítimo do uso da força física na esfera da vida social daquela sociedade. C) Constitui um instrumento de dominação de classe legítimo que não necessita de qualquer justificativa para o exercício de sua autoridade. D) Consiste em uma relação de dominação entre os homens sob a condição de que os dominados se rebelam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. b
  • 26. 8 - Ao fazer uso da sociologia de Max Weber, podemos afirmar que fenômenos sociais como, por exemplo, a moda, a formação do Estado ou o desenvolvimento da economia capitalista, podem ser compreendidos por meio do conceito de ação social. Esta afirmação implica considerar que: A) estes fenômenos sociais são determinados pela estrutura econômica vigente em uma dada sociedade e condicionam as condutas e os interesses dos indivíduos. B) as estruturas sociais são constituídas a partir das ações dos indivíduos, os quais são livres para realizar escolhas e orientam suas condutas com referência à ação de outros indivíduos. C) os fenômenos sociais são constituídos como sistemas orgânicos, de modo que os indivíduos agem em cooperação com o todo, tendo em vista o bom funcionamento da sociedade. D) a conduta individual tem base exclusivamente racional e é orientada para o interesse de transformação social, com vistas ao progresso da sociedade e à autonomia do indivíduo. b
  • 27. 1 - Assinale a opção que contenha as categorias básicas da sociologia de Max Weber: a) função social, tipo ideal, mais-valia b) expropriação, compreensão, fato patológico c) ação social, materialismo, idealismo d) vontade de poder, julgamento de valor, solidariedade mecânica e) ação social, relação social, tipo ideal e