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Maria Hermínia Tavares de Almeida
Estaria a federação brasileira
passando por um processo de
recentralização, depois de uma
década e meia de experiência
descentralizadora?
 a descentralização foi defendida tanto em
nome da ampliação da democracia quanto do
aumento da eficiência do governo e da eficácia
de suas políticas.
 Supunha-se que o fortalecimento das instâncias
subnacionais, em especial dos municípios,
permitiria aos cidadãos influenciar as decisões
e exercer controle sobre os governos locais,
reduzindo a burocracia excessiva, o
clientelismo e a corrupção.
 Entenderemos por descentralização a
“transferência de autoridade e
responsabilidade, no que diz respeito a funções
públicas, do governo central para governos
locais ou intermediários, para organizações
governamentais semi-independentes e/ou para
o setor privado” (WORLD BANK, 2002).
 O federalismo dual - constitui o modelo
originário, simultaneamente descritivo e
prescritivo, no qual "os poderes do governo
geral e do Estado, ainda que existam e sejam
exercidos nos mesmos limites territoriais,
constituem soberanias distintas e separadas,
que atuam de forma separada e independente,
nas esferas que lhes são próprias“. (Arretche,
2004)
 o federalismo centralizado implica a transformação
dos governos estaduais e locais em agentes
administrativos do governo federal, que possui
forte envolvimento nos assuntos das unidades
subnacionais, primazia decisória e de recursos.
(Arretche, 2004)
 Já o federalismo cooperativo comporta graus
diversos de intervenção do poder federal e se
caracteriza por formas de ação conjunta entre
instâncias de governo, nas quais as unidades
subnacionais guardam significativa autonomia
decisória e capacidade própria de financiamento.
(Arretche, 2004)
 As federações contemporâneas, em boa
medida, não cabem mais no modelo de
federalismo dual. Elas são melhor descritas por
um dos dois modelos da tipologia baseada na
natureza das relações intergovernamentais: o
federalismo centralizado e o federalismo
cooperativo.
 No caso da federação brasileira remodelada
pela Constituição de 1988, o modelo
cooperativo adotado combinou a manutenção
de áreas próprias de decisão autônoma das
instâncias subnacionais; descentralização no
sentido forte de transferência de autonomia
decisória e de recursos para os governos
subnacionais e a transferência para outras
esferas de governo de responsabilidades pela
implementação e gestão de políticas e
programas definidos no nível federal.
 Depois de 1988, a descentralização de recursos
fiscais beneficiou estados e sobretudo
municípios.
 Em 1985, o Fundo de Participação dos Estados
(FPE) e o Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) chegavam respectivamente a
14% e 16% das receitas federais provenientes
de impostos. Em 1993, eles atingiram 21,5% e
22,5%.
 A convicção de que estados e municípios
tendiam a pegar carona nos esforços federais
de estabilização da moeda alimentou a
sabedoria convencional sobre a suposta
incompatibilidade entre federalismo
descentralizado e austeridade fiscal.
 Começou a ganhar força, entre analistas e os
decisores federais, a ideia de que a autonomia
dos governos subnacionais – especialmente a
autonomia para definir despesas e alocar
recursos – deveria ser restringida ou controlada
 Com o objetivo de ajustar as contas estaduais,
foram estabelecidas “metas de endividamento
total, superávit primário, gasto com salários,
arrecadação de impostos e privatização de
empresas estaduais.
 À negociação das dívidas estaduais seguiu-se a
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), proposta
pelo Executivo federal e votada pelo Congresso
em 2000.
 A LRF foi uma resposta específica – e
centralizadora – ao desafio de coordenar o
comportamento fiscal dos governos em um
sistema federativo.
 Apesar de restringir também o governo federal,
a nova lei inegavelmente significou limitação,
por meio de lei federal, da autonomia de
estados e municípios na alocação de suas
receitas
 A segunda forma de limitação da autonomia de
gasto dos governos subnacionais resultou de
regras voltadas a garantir a regularidade, a
estabilidade ou o uso adequado dos recursos
destinados a programas sociais.
 Mesmo antes da Constituição de 1988, o Congresso
Nacional aprovou a vinculação para gastos com
educação na razão de 18% e 25%, respectivamente,
das receitas tributárias líquidas do governo federal
e de estados e municípios. Em 2000, o Congresso
Nacional aprovou a vinculação para a saúde de
12% da receita tributária líquida do governo
federal.
 O governo federal transfere a estados e,
especialmente, municípios recursos vinculados
a programas sociais específicos, com frequência
sob a forma de fundos regidos por normas
rigorosas de utilização e dispêndio. Essas
transferências sustentam a trama complexa de
relações intergovernamentais, por meio das
quais se dá a provisão de serviços sociais
básicos como saúde, educação, assistência
social.
 Em alguns casos, transferiu-se a governos
subnacionais a prerrogativa de decidir o
conteúdo e o formato das políticas. Em outros,
estados e municípios tornaram-se responsáveis
pela execução e gestão de políticas e programas
definidos em nível federal. Finalmente,
governos transferiram a organismos não-
estatais a provisão de serviços sociais.
 A descentralização significou quase sempre
municipalização. No que respeita à atuação social,
a reforma da federação deixou os estados sem
atribuições claras.
 Ainda que a tendência geral fosse na direção do
aumento das responsabilidades dos governos
locais, nos marcos do federalismo cooperativo a
descentralização significou coisas diferentes e
ocorreu em ritmos diferentes, de acordo com o
desenho específico de cada política, com a
distribuição prévia de competências e de recursos
entre as três esferas de governo. (Quadro, p. 37)
 Na área da saúde, o governo federal está no
centro do arranjo cooperativo: detém o controle
do processo decisório, definindo o formato da
cooperação e a destinação dos recursos
transferidos. Os municípios são executores e
gestores de uma política definida no plano
federal.
 Na educação básica, o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (Fundef) é um
instrumento poderoso de influência do
governo federal sobre a municipalização do
ensino fundamental, mas estados e municípios,
ao longo do tempo, tiveram políticas próprias,
alicerçados no controle sobre recursos de seus
próprios orçamentos.
 Na assistência social, os governos federal e
estaduais são quase exclusivamente
repassadores de recursos, fundo a fundo, para
os municípios que possuem significativa
autonomia decisória e uma teia de relações com
organismos não-governamentais prestadores
de serviços.
 Em resumo, enquanto arranjos com diferentes
graus de descentralização e a cooperação
intergovernamental predominam nas áreas
tradicionais de política social, as novas iniciativas
dirigidas aos segmentos mergulhados na pobreza
extrema re-introduziram a centralização da
decisão, recursos e implementação na esfera
federal.
 A tensão entre impulsos centralizadores e
descentralizantes é constitutiva e sempre presente
nas relações intergovernamentais na federação
brasileira e produz diferentes resultados de acordo
com a questão de política pública em pauta.

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Recentralizando a federação

  • 2. Estaria a federação brasileira passando por um processo de recentralização, depois de uma década e meia de experiência descentralizadora?
  • 3.  a descentralização foi defendida tanto em nome da ampliação da democracia quanto do aumento da eficiência do governo e da eficácia de suas políticas.  Supunha-se que o fortalecimento das instâncias subnacionais, em especial dos municípios, permitiria aos cidadãos influenciar as decisões e exercer controle sobre os governos locais, reduzindo a burocracia excessiva, o clientelismo e a corrupção.
  • 4.  Entenderemos por descentralização a “transferência de autoridade e responsabilidade, no que diz respeito a funções públicas, do governo central para governos locais ou intermediários, para organizações governamentais semi-independentes e/ou para o setor privado” (WORLD BANK, 2002).
  • 5.  O federalismo dual - constitui o modelo originário, simultaneamente descritivo e prescritivo, no qual "os poderes do governo geral e do Estado, ainda que existam e sejam exercidos nos mesmos limites territoriais, constituem soberanias distintas e separadas, que atuam de forma separada e independente, nas esferas que lhes são próprias“. (Arretche, 2004)
  • 6.  o federalismo centralizado implica a transformação dos governos estaduais e locais em agentes administrativos do governo federal, que possui forte envolvimento nos assuntos das unidades subnacionais, primazia decisória e de recursos. (Arretche, 2004)  Já o federalismo cooperativo comporta graus diversos de intervenção do poder federal e se caracteriza por formas de ação conjunta entre instâncias de governo, nas quais as unidades subnacionais guardam significativa autonomia decisória e capacidade própria de financiamento. (Arretche, 2004)
  • 7.  As federações contemporâneas, em boa medida, não cabem mais no modelo de federalismo dual. Elas são melhor descritas por um dos dois modelos da tipologia baseada na natureza das relações intergovernamentais: o federalismo centralizado e o federalismo cooperativo.
  • 8.  No caso da federação brasileira remodelada pela Constituição de 1988, o modelo cooperativo adotado combinou a manutenção de áreas próprias de decisão autônoma das instâncias subnacionais; descentralização no sentido forte de transferência de autonomia decisória e de recursos para os governos subnacionais e a transferência para outras esferas de governo de responsabilidades pela implementação e gestão de políticas e programas definidos no nível federal.
  • 9.  Depois de 1988, a descentralização de recursos fiscais beneficiou estados e sobretudo municípios.  Em 1985, o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) chegavam respectivamente a 14% e 16% das receitas federais provenientes de impostos. Em 1993, eles atingiram 21,5% e 22,5%.
  • 10.  A convicção de que estados e municípios tendiam a pegar carona nos esforços federais de estabilização da moeda alimentou a sabedoria convencional sobre a suposta incompatibilidade entre federalismo descentralizado e austeridade fiscal.  Começou a ganhar força, entre analistas e os decisores federais, a ideia de que a autonomia dos governos subnacionais – especialmente a autonomia para definir despesas e alocar recursos – deveria ser restringida ou controlada
  • 11.  Com o objetivo de ajustar as contas estaduais, foram estabelecidas “metas de endividamento total, superávit primário, gasto com salários, arrecadação de impostos e privatização de empresas estaduais.  À negociação das dívidas estaduais seguiu-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), proposta pelo Executivo federal e votada pelo Congresso em 2000.
  • 12.  A LRF foi uma resposta específica – e centralizadora – ao desafio de coordenar o comportamento fiscal dos governos em um sistema federativo.  Apesar de restringir também o governo federal, a nova lei inegavelmente significou limitação, por meio de lei federal, da autonomia de estados e municípios na alocação de suas receitas
  • 13.  A segunda forma de limitação da autonomia de gasto dos governos subnacionais resultou de regras voltadas a garantir a regularidade, a estabilidade ou o uso adequado dos recursos destinados a programas sociais.  Mesmo antes da Constituição de 1988, o Congresso Nacional aprovou a vinculação para gastos com educação na razão de 18% e 25%, respectivamente, das receitas tributárias líquidas do governo federal e de estados e municípios. Em 2000, o Congresso Nacional aprovou a vinculação para a saúde de 12% da receita tributária líquida do governo federal.
  • 14.  O governo federal transfere a estados e, especialmente, municípios recursos vinculados a programas sociais específicos, com frequência sob a forma de fundos regidos por normas rigorosas de utilização e dispêndio. Essas transferências sustentam a trama complexa de relações intergovernamentais, por meio das quais se dá a provisão de serviços sociais básicos como saúde, educação, assistência social.
  • 15.  Em alguns casos, transferiu-se a governos subnacionais a prerrogativa de decidir o conteúdo e o formato das políticas. Em outros, estados e municípios tornaram-se responsáveis pela execução e gestão de políticas e programas definidos em nível federal. Finalmente, governos transferiram a organismos não- estatais a provisão de serviços sociais.
  • 16.  A descentralização significou quase sempre municipalização. No que respeita à atuação social, a reforma da federação deixou os estados sem atribuições claras.  Ainda que a tendência geral fosse na direção do aumento das responsabilidades dos governos locais, nos marcos do federalismo cooperativo a descentralização significou coisas diferentes e ocorreu em ritmos diferentes, de acordo com o desenho específico de cada política, com a distribuição prévia de competências e de recursos entre as três esferas de governo. (Quadro, p. 37)
  • 17.  Na área da saúde, o governo federal está no centro do arranjo cooperativo: detém o controle do processo decisório, definindo o formato da cooperação e a destinação dos recursos transferidos. Os municípios são executores e gestores de uma política definida no plano federal.
  • 18.  Na educação básica, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) é um instrumento poderoso de influência do governo federal sobre a municipalização do ensino fundamental, mas estados e municípios, ao longo do tempo, tiveram políticas próprias, alicerçados no controle sobre recursos de seus próprios orçamentos.
  • 19.  Na assistência social, os governos federal e estaduais são quase exclusivamente repassadores de recursos, fundo a fundo, para os municípios que possuem significativa autonomia decisória e uma teia de relações com organismos não-governamentais prestadores de serviços.
  • 20.  Em resumo, enquanto arranjos com diferentes graus de descentralização e a cooperação intergovernamental predominam nas áreas tradicionais de política social, as novas iniciativas dirigidas aos segmentos mergulhados na pobreza extrema re-introduziram a centralização da decisão, recursos e implementação na esfera federal.  A tensão entre impulsos centralizadores e descentralizantes é constitutiva e sempre presente nas relações intergovernamentais na federação brasileira e produz diferentes resultados de acordo com a questão de política pública em pauta.