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Bacia obstétrica
É formada lateralmente pelos dois ossos pélvicos e posteriormente pelo sacro e cóccix. O
osso pélvico é constituído pelo ílio, ísquio e púbis. A bacia articula-se com o lado oposto,
formando a sínfise púbica.
A 1ª vértebra sacral com a 5ª vértebra lombar forma o promontório. Quando o mesmo
não é atingido, existe um alta probabilidade de pelve normal. Se atingir (menor que
12cm), a probabilidade de desproporção ccefalopélvica é alta.
A bacia divide-se em grande bacia (falsa) e pequena bacia (verdadeira). São separadas
uma da outra pela linha terminal que passa pela borda superior da sínfise púbica e vai até
a borda superior do promontório. É na pequena bacia que ocorre a insinuação (passagem
da maior circunferência pelos limites do estreito superior da bacia).
A pequena bacia é dividida em três regiões: estreito superior (insinuação), cavidade
pélvica (descida) e estreito inferior (desprendimento).
Estreito superior: 1) ântero-posterior; 2) Transverso; 3) oblíquo; importante saber apenas
o 1º.
1) ântero-posterior:
- Conjugado anatômico ou promonto-suprapúbico: mede 11cm;
- Conjugado verdadeiro ou obstétrico: Vai do meio do promontório a superfície
interna da sínfise púbica. Mede 10,5 cm e sua diminuição pode ser uma etiologia da DCP.
- Conjugado diagononal ou promonto-subpúbico: vai do meio do promontório a
borda inferior da sínfise púbica. Mede 12cm. Não é mensurável na bacia normal, pois é
inatingível.
Cavidade pélvica: é a região compreendida entre a abertura superior e inferior, sendo
percorrida durante a descida da apresentação no trabalho do parto. Divide em maior e
menor dimensão, sendo que a menor dimensão é o mais importante, pois é nele que ocorre
a maioria dos casos de parada na progressão da descida. Vai do arco subpúbico, passa
pela espinha esquiática atingindo a 4ª e 5ª vértebra.
Classificação da bacia:
Ginecóide: arredondada, diâmetros transversos pouco maiores que os antero-posteriores,
sacro inclinado para trás, espinhas pouco salientes. 62%
Andróide: diâmetros antero-posteriores maiores que os transversos, diâmetros transversos
reduzidos. 11%
Platipelóide: transverso máximo muito próximo ao sacro, ficando o transverso médio
pequeno. 8%
Antropóide: transverso máximo muito próximo ao sacro, ficando o transverso médio
pequeno.18,5%
Planos de HODGE: 4 ao todo
1º paralelo passa pela borda superior do pube e pelo promontório;
2º corresponde à borda inferior do pube;
3º é traçado nas espinhas ciáticas;
4º parte da ponta do coccige e confunde-se com o assoalho pélvico.
Obs: plano 0 de Delee corresponde ao 3 de HODGE.
Estática fetal
É a relação do feto com a bacia e com o útero. São elas: atitude, situação, apresentação e
posição fetal.
Atitude: É a relação das diversas partes do feto entre si. O feto se aloja na cavidade uterina
em atitude de flexão generalizada, o que da a forma ovóide. Isso se deve ao fato do feto
possuir 50cm e o útero apenas 30cm. Lembrar: ovóide córmico (tronco e MMSI) e ovóide
cefálico. O que pode afetar: alteração do contorno da cavidade uterina, anomalias do
pescoço, alteração no liquido amniótico.
Situação: Denomina-se à relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino. Longitudinal
(paralelo) e Transversa (perpendiculares).
Apresentação: É a região fetal que se loca na área do estreito superior da bacia, ocupando-
a em seu todo. Pode ser cefálica, pélvica e córmica. O pólo cefálico pode-se apresentar-
se fletido com o mento em contato com o tórax, ou cefálica defletidas: 1ºgrau ou
bregmáticas (fontanela), de 2ºgrau ou de fronte, e na deflexão máxima que são as de 3º
grau ou apresentações de face. A apresentação pélvica pode ser: completa (sai 1º os pés)
ou incompleta (o MMII esta no tórax, logo sai a nádega 1º).
Posição: É a relação entre o dorso do feto e o lado direito ou esquerdo da pelve materna.
Direita: quando o dorso do feto está do lado direito da pelve materna. Esquerda: quando
o dorso do feto está do lado esquerdo da pelve materna.
Manobras de Leopold: As três primeiras devem ser feitas do lado direito da paciente e
olha para frente. Já a última deve ser feita com o examinador olhando para os pés da
paciente.
1ª: delimita-se o fundo de útero com as duas mãos encurvadas e observa-se o pólo fetal
que o ocupa.
2ª: Palpa cada lado do abdome, percebendo-se as costas e no outro lado as pequenas
partes. Portanto, visa identificar a posição fetal.
3ª: Comprime com os dedos acima da sínfise púbica, para verificar a insinuação.
4ª: Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer o pólo
cefálico ou o pélvico, e, assim, determinar o tipo de apresentação do feto.
Mecanismo de Parto
É o estudo da mecânica do parto que envolve os movimentos do ovóide fetal sob a ação
das contrações uterinas durante o trajeto pela pelvigenital, visando a redução dos
diâmetros fetais e acomodando-os aos diâmetros pélvicos. São os movimentos passivos
que o feto executa no transcurso do canal do parto. Tempos do mecanismo do parto:
1) Insinuação: É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do
estreito superior.
2) Descida: A cabeça desloca do estreito superior para o inferior.
3) Rotação interna da cabeça: Finalidade de colocar a linha de orientação no diâmetro do
estreito inferior.
4) Desprendimento da cabeça: Deflexão e desprendimento da cabeça com retropulsão do
cóccix.
5) Rotação externa da cabeça e rotação interna das espáduas (tronco).
6) Desprendimento das espáduas (tronco).
Obs: se a prova for de múltipla escolha, o professor pode colocar apenas insinuação,
descida e desprendimento.
Fases clínicas do parto e assistência ao parto
Primeiramente, o trabalho de parto irá se dividir em:
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  • 1. Bacia obstétrica É formada lateralmente pelos dois ossos pélvicos e posteriormente pelo sacro e cóccix. O osso pélvico é constituído pelo ílio, ísquio e púbis. A bacia articula-se com o lado oposto, formando a sínfise púbica. A 1ª vértebra sacral com a 5ª vértebra lombar forma o promontório. Quando o mesmo não é atingido, existe um alta probabilidade de pelve normal. Se atingir (menor que 12cm), a probabilidade de desproporção ccefalopélvica é alta. A bacia divide-se em grande bacia (falsa) e pequena bacia (verdadeira). São separadas uma da outra pela linha terminal que passa pela borda superior da sínfise púbica e vai até a borda superior do promontório. É na pequena bacia que ocorre a insinuação (passagem da maior circunferência pelos limites do estreito superior da bacia). A pequena bacia é dividida em três regiões: estreito superior (insinuação), cavidade pélvica (descida) e estreito inferior (desprendimento). Estreito superior: 1) ântero-posterior; 2) Transverso; 3) oblíquo; importante saber apenas o 1º. 1) ântero-posterior: - Conjugado anatômico ou promonto-suprapúbico: mede 11cm; - Conjugado verdadeiro ou obstétrico: Vai do meio do promontório a superfície interna da sínfise púbica. Mede 10,5 cm e sua diminuição pode ser uma etiologia da DCP. - Conjugado diagononal ou promonto-subpúbico: vai do meio do promontório a borda inferior da sínfise púbica. Mede 12cm. Não é mensurável na bacia normal, pois é inatingível. Cavidade pélvica: é a região compreendida entre a abertura superior e inferior, sendo percorrida durante a descida da apresentação no trabalho do parto. Divide em maior e menor dimensão, sendo que a menor dimensão é o mais importante, pois é nele que ocorre a maioria dos casos de parada na progressão da descida. Vai do arco subpúbico, passa pela espinha esquiática atingindo a 4ª e 5ª vértebra. Classificação da bacia: Ginecóide: arredondada, diâmetros transversos pouco maiores que os antero-posteriores, sacro inclinado para trás, espinhas pouco salientes. 62% Andróide: diâmetros antero-posteriores maiores que os transversos, diâmetros transversos reduzidos. 11% Platipelóide: transverso máximo muito próximo ao sacro, ficando o transverso médio pequeno. 8%
  • 2. Antropóide: transverso máximo muito próximo ao sacro, ficando o transverso médio pequeno.18,5% Planos de HODGE: 4 ao todo 1º paralelo passa pela borda superior do pube e pelo promontório; 2º corresponde à borda inferior do pube; 3º é traçado nas espinhas ciáticas; 4º parte da ponta do coccige e confunde-se com o assoalho pélvico. Obs: plano 0 de Delee corresponde ao 3 de HODGE. Estática fetal É a relação do feto com a bacia e com o útero. São elas: atitude, situação, apresentação e posição fetal. Atitude: É a relação das diversas partes do feto entre si. O feto se aloja na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, o que da a forma ovóide. Isso se deve ao fato do feto possuir 50cm e o útero apenas 30cm. Lembrar: ovóide córmico (tronco e MMSI) e ovóide cefálico. O que pode afetar: alteração do contorno da cavidade uterina, anomalias do pescoço, alteração no liquido amniótico. Situação: Denomina-se à relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino. Longitudinal (paralelo) e Transversa (perpendiculares). Apresentação: É a região fetal que se loca na área do estreito superior da bacia, ocupando- a em seu todo. Pode ser cefálica, pélvica e córmica. O pólo cefálico pode-se apresentar- se fletido com o mento em contato com o tórax, ou cefálica defletidas: 1ºgrau ou bregmáticas (fontanela), de 2ºgrau ou de fronte, e na deflexão máxima que são as de 3º grau ou apresentações de face. A apresentação pélvica pode ser: completa (sai 1º os pés) ou incompleta (o MMII esta no tórax, logo sai a nádega 1º). Posição: É a relação entre o dorso do feto e o lado direito ou esquerdo da pelve materna. Direita: quando o dorso do feto está do lado direito da pelve materna. Esquerda: quando o dorso do feto está do lado esquerdo da pelve materna. Manobras de Leopold: As três primeiras devem ser feitas do lado direito da paciente e olha para frente. Já a última deve ser feita com o examinador olhando para os pés da paciente.
  • 3. 1ª: delimita-se o fundo de útero com as duas mãos encurvadas e observa-se o pólo fetal que o ocupa. 2ª: Palpa cada lado do abdome, percebendo-se as costas e no outro lado as pequenas partes. Portanto, visa identificar a posição fetal. 3ª: Comprime com os dedos acima da sínfise púbica, para verificar a insinuação. 4ª: Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer o pólo cefálico ou o pélvico, e, assim, determinar o tipo de apresentação do feto. Mecanismo de Parto É o estudo da mecânica do parto que envolve os movimentos do ovóide fetal sob a ação das contrações uterinas durante o trajeto pela pelvigenital, visando a redução dos diâmetros fetais e acomodando-os aos diâmetros pélvicos. São os movimentos passivos que o feto executa no transcurso do canal do parto. Tempos do mecanismo do parto: 1) Insinuação: É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior. 2) Descida: A cabeça desloca do estreito superior para o inferior. 3) Rotação interna da cabeça: Finalidade de colocar a linha de orientação no diâmetro do estreito inferior. 4) Desprendimento da cabeça: Deflexão e desprendimento da cabeça com retropulsão do cóccix. 5) Rotação externa da cabeça e rotação interna das espáduas (tronco). 6) Desprendimento das espáduas (tronco). Obs: se a prova for de múltipla escolha, o professor pode colocar apenas insinuação, descida e desprendimento. Fases clínicas do parto e assistência ao parto Primeiramente, o trabalho de parto irá se dividir em: - Fase passiva (