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ENFERMAGEM
EM SAÚDE DA
MULHER II
Docente: Mônica Camilo
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES LOCAIS E
GERAIS
Modificações locais e gerais para o desenvolvimento harmonioso da gravidez
ANATÔMICAS
FISIOLÓGICAS SUCESSO DA GRAVIDEZ
BIOQUÍMICAS
- Importância do reconhecimento e compreensão destas alterações pelo
enfermeiro
-Evitar intervenções desnecessárias
CRESCIMENTO
UTERINO
ESTÍMULO
HORMONAL
ESTÍMULO
NERVOSO
DESENVOLVIMENTO
FETAL
VOLUME
PESO
FORMA
POSIÇÃO
COLORAÇÃO
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO:
MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
VOLUME NÃO-GRAVÍDICO GRAVÍDICO
PESO 50-70g 800-1200g
CAPACIDADE 6-10ml 5-10l
COMPRIMENTO 7-8 cm 30-35 cm
LARGURA 5 cm 24 cm
PROFUNDIDADE 2,5 cm 22 cm
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
CONSISTÊNCIA: amolecida devido a
embebição gravídica (relaxina)
Istmo: Sinal de Hegar - diagnóstico
clínico da gestação
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
VOLUME: três fases
•Hiperplasia do miométrio: anterior à nidação - preparo.
•Hipertrofia do miométrio:  volume das células - influência hormonal
(estrógeno, progesterona e somatomamotropina coriônica)
•Estiramento: segunda metade da gestação (estímulo hormonal e mecânico).
Possibilita a palpação do feto e a
visualização dos movimentos fetais
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
ISTMO: Pequeno no início da gestação
Expande no final da gestação
12ª a 16ª s: incorpora-se à
cavidade uterina
LIMITES: inferior: orifício interno do colo
superior: impreciso... Anel de Bandl
POSIÇÃO: A medida que o útero sai da pelve ocorre desvio à direita
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
colo uterino de não-grávida colo uterino de grávida
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
DEXTRORROTAÇÃO: pressão pelo sigmóide
•apoio na bexiga
•compressão ureter direito e bexiga
•estase urinária aparecimento
e reincidência de infecção.
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
PESO:
decúbito dorsal compressão
vasos abdominais.
•aorta
•cava inferior: mais afetada
(menor resistência de parede)
•redução de fluxo sanguíneo
hipotensão supina.
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
TAMANHO FORMA
Não gravídico piriforme intrapélvico
10 semanas piriforme sínfise púbica
12 semanas piriforme globoso
20 semanas globoso cilíndrica
28 semanas ovóide
40 semanas apêndice xifóide
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
COLO: tecido conjuntivo edemaciado
CARACTERÍSTICA: Coloração arroxeada pela
vascularização aumentada
Consistência amolecida (SINAL DE GOODEL)
Tampão mucoso: muco espesso, não filante, opaco,
oblitera o canal cervical – proteção
POSIÇÃO: posterior e longo durante a gestação e
anterior e curto (esvaecido) final da gestação e
trabalho de parto.
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NOS
OVÁRIOS
OVÁRIOS: discreto crescimento devido à
embebição gravídica e o aumento da
vascularização.
NOVOS FOLÍCULOS: amadurecimento inibido
ou atrésico
CORPO LÚTEO gravídico: manutenção da
gravidez nesta fase
VASCULARIZAÇÃO OVARIANA: aumentada
podendo passar de 0,9 cm para 2,6 cm de
diâmetro no termo
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA
E VULVA
VAGINA: paredes vaginais aumentadas
perda da rugosidade natural
hipertrofia da musculatura lisa vaginal
afrouxamento do tecido conjuntivo
consistência de figo maduro
Aumento da
vascularização
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA
E VULVA
VAGINA:
alteração na tonalidade – arroxeada (Sinal de Chadwick)
maior afluxo de secreção cervical e vaginal – Bacilos Döderlein.
manutenção do ph entre 3,5 e 6 (protetor de proliferação bacteriana)
Aumento da
vascularização
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA
E VULVA
VULVA: Edema, hipertrofia da pele
pequenos lábios entreabertos
tonalidade violácea – aumento da vascularização (Sinal de Jacquelmier)
EXTERNAMENTE: hiperpigmentação que estende ao períneo
Alterações que se
não são conhecidas
corre-se o risco de
medicalização
desnecessária
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NAS
MAMAS
MAMAS: Início da gestação: hipersensibilidade – regride  na 10ª semana.
Preparação para a lactação:  volume, nodulações (hipertrofia alveolar).
Aumento da vascularização: rede venosa de Haller.
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES NAS
MAMAS
MAMAS: Mamilo:  volume e hiperpigmentação da aréola primária
aréola secundária (Sinal de Hunter)
Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas hipertróficas e
salientes
Estrias: induzidas pelo crescimento das mamas
Produção de colostro - 10 semanas.
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
Aumento da área cardíaca – observada em raio X
Aumento da frequência cardíaca – 10bpm
Aumento do consumo de oxigênio
Aumento da pressão venosa femural
Aumento dos fatores de coagulação
Aumento do fluxo sg periférico
Manifestações Clínicas:
Dispnéia aos esforços
Taquicardia
Edema de membros inferiores
Síndrome de hipotensão supina
APARELHO CIRCULATÓRIO
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
 volemia – mais acentuado no plasma (30 a 40%)
Alterações no hematócrito
Alterações no metabolismo de ferro
“Anemia fisiológica”
Apesar de: aumentar a eritropoiese
Há: queda progressiva da concentração de - hemoglobina
- glóbulos vermelhos
- hematócrito
Aumento de leucócitos - plaquetas
ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS
Eritropoiese
Demanda feto-placentária
Aumento necessidade Fe
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
APARELHO URINÁRIO
RIM:  cerca de 1 cm na gestação e
demora  6 meses para retornar,
dilatação dos ureteres e pelve renal
(risco de Infecção urinária)
 volemia materna e 
resistência vascular levam a
aumento de 30 a 50% a taxa de
filtração glomerular
Poliúria ( freqüência urinária)
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
APARELHO URINÁRIO
BEXIGA: pressionada pelo
útero permite a piora ou
surgimento de incontinência
vesical aos esforços
A redução o peristaltismo
facilita a estase urinária
infecção urinária.
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
APARELHO RESPIRATÓRIO
.
Órgãos superiores edemaciados
Respiração: sensação de dispnéia –
afastar causa patológica (discreta
elevação da FR)respiração ofegante
(diafragmática)
Costelas inferiores se elevam e se
afastam
Diafragma – eleva-se 4cm
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
Náuseas e vômitos início da gestação
OBJETIVO: aumento da absorção de nutrientes para fornecer ao concepto.
Alteração nas papilas gustativas – alimentos ácidos
Gengivas edemaciadas - sangramentos
 Apetite e sede – diminuição da glicose ou pelo 
gordura alterando o balanço energético
Hipotônico - lentidão da evolução do bolo alimentar
Tempo de esvaziamento gástrico: maior aumentando o
contato dos alimentos com suco gástrico facilitando a
degradação.
APARELHO DIGESTIVO
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
ESTÔMAGO: alterações topográficas
decorrentes crescimento uterino.
aumento da pressão
abdominal causada pelo crescimento do
útero facilita o refluxo gástricos
relaxamento cárdia
APARELHO DIGESTIVO
ESTÔMAGO:
INTESTINO
DELGADO
INTESTINO
CROSSO
UTERO
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
INTESTINO DELGADO: bolo alimentar lento
visando melhor aproveitamento
alimentar.
INTESTINO GROSSO: período prolongado
do bolo fecal ocasiona maior
reabsorção de água resultando
em obstipação.
APARELHO DIGESTIVO
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
PELE
Vascularização:
Aparecimento de eritema palmar
Aumento dos pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas
Estrias
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
PELEHormonal: melanocítico – eleva a pigmentação:
Melasma (antigo cloasma)
Hiperpegmentação da linha alba – linha nigra
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
POSTURA E DEAMBULAÇÃO
Marcha anserina: passos mais curtos,
base de sustentação alargada e
aumento do ângulo dos pés
Decorrente da alteração do
posicionamento do útero e mamas, da
embebição e aumento do peso
Assistência pré-natal de baixo
risco
ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO
MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
POSTURA E DEAMBULAÇÃO
Centro de gravidade alterado:
Decorrente do útero apoiar-se na parede
abdominal; aumento do peso;
Modificação da curvatura da coluna
aumentando a lordose
Dor nos ligamentos redondos – dor
Síndrome do Tunel Carpeano –
amortecimento, fraqueza
Assistência pré-natal de baixo
risco
Centro De Gravidade Na
Gestante
Assistência pré-natal de baixo
risco
Exame Físico Geral
Deve ser considerado:
-Fácies; estado psíquico; estado de nutrição; musculatura; peso e altura;
mucosas visíveis;
-pele (cor, umidade, manchas, cicatrizes, tumores, calosidades);
-fâneros (unha, cabelos, cílios, sobrancelhas, pêlos); secreção sudoríparas
e sebáceas;
-circulação; edema; estado das extremidades e das articulações; gânglios
linfáticos; temperatura, pulso e pressão arterial;
Em geral a gestante possui rosto cheio, olhar vivo, respiração ativa, cintura
alargada.
Assistência pré-natal de baixo
risco
Exame Físico Geral
Inspeção obstétrica:
• Cabeça: cabelo e Lanugem: limites do couro
cabeludo (Sinal de Halban);
•Pigmentação na face (cloasma ou melasma) e no
abdome (Linha nigra);
•Pescoço – hipertrofia da tireóide, evidente no 5 e 6
mês (Sinal de Cordel);
•Alterações Nas Mamas (Presença De Colostro – A Partir Do 2 Mês,
Avaliar Mamilo E Coloração) - Cuidados;
•Sinal De Hunter – Aparecimento Da Aréola Secundária
•Rede De Haller – Trama De Vasos Venosos Na Pele
•Tubérculos De Montegomery – De 12 A 15
Exame Físico Geral
•Mensuração obstétrica: identificar a AU (normograma da gestante)
e CA.
• MMII – edema, varizes, avaliar trombose –
Sinal de Bandeira ou Homam);
Exame Físico GeralExame Físico Geral
•Abdome: aumento uterino, forma, posição, auxílio na
identificação da idade gestacional,
Sinal de Cullen – arroxeamento do umbigo
Linha nigra
Presença de estrias ou víbices gravídicas;
Exame Físico Geral
Inspeção dos genitais:
presença de pêlos pubianos,
malformações de grandes
lábios, clítoris, intróito vaginal
e períneo.
Especular: inspeção das
paredes vaginais, conteúdo
vaginal, coleta de material
oncótico (?)
Exame Físico Geral
Cardiotocografia: exame para avaliar a vitalidade fetal;
registro contínuo da freqüência cardíaca (FC), contratilidade
uterina (CU) e dos movimentos fetais (MF). Geralmente
realizado em 20min.
É colocado um transdutor para captar a FC e outro para a
CU, o procedimento pode ser registrado em traçado
eletrocardiográfico.
Exame Físico Geral
•Toque vaginal: no trabalho de
parto - condições do colo, bolsa
das águas, fase do trabalho de
parto, bacia, variedade de
posição e apresentação fetal
Exame Físico Geral
• QUESTÃO 02. (valor 1,0). T.M.A. apresenta uma postura da mulher
grávida que se desarranja, precedendo mesmo a expansão de volume
do útero gestante, decorrente da alteração do posicionamento do útero
e mamas, da embebição e aumento do peso, decorrente do útero
apoiar-se na parede abdominal; aumento do peso. Nesse contexto,
observamos a marcha alterada devido aos seguintes fatores:
a) O aumento do volume abdominal desviando o centro de gravidade de
gestante para posterior tem que ser compensado, possibilitando assim,
a posição ereta.
b) O principal mecanismo de compensação é a escoliose acentuada na
postura de grávida, acompanhada de aumento de base (pés afastados).
c) O andar de gestante é peculiar, chamado por alguns de “marcha
anserina”.
d) Dor nos ligamentos redondos – dor; Síndrome do Tunel Carpeano –
enrijecimento e força.
O organismo materno adapta-se para receber o concepto.
A maternidade, portanto, inicia-se no momento da
concepção e durante a gravidez, o organismo materno
realiza todos os esforços para proteger o filho, às custas,
muitas vezes de graves repercussões sobre o próprio
organismo. É o mérito da maternidade
(NEME)

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  • 5. ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO VOLUME NÃO-GRAVÍDICO GRAVÍDICO PESO 50-70g 800-1200g CAPACIDADE 6-10ml 5-10l COMPRIMENTO 7-8 cm 30-35 cm LARGURA 5 cm 24 cm PROFUNDIDADE 2,5 cm 22 cm
  • 6. ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO CONSISTÊNCIA: amolecida devido a embebição gravídica (relaxina) Istmo: Sinal de Hegar - diagnóstico clínico da gestação
  • 7. ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO VOLUME: três fases •Hiperplasia do miométrio: anterior à nidação - preparo. •Hipertrofia do miométrio:  volume das células - influência hormonal (estrógeno, progesterona e somatomamotropina coriônica) •Estiramento: segunda metade da gestação (estímulo hormonal e mecânico). Possibilita a palpação do feto e a visualização dos movimentos fetais
  • 8. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO ISTMO: Pequeno no início da gestação Expande no final da gestação 12ª a 16ª s: incorpora-se à cavidade uterina LIMITES: inferior: orifício interno do colo superior: impreciso... Anel de Bandl POSIÇÃO: A medida que o útero sai da pelve ocorre desvio à direita
  • 9. ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
  • 10. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO colo uterino de não-grávida colo uterino de grávida
  • 11. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO DEXTRORROTAÇÃO: pressão pelo sigmóide •apoio na bexiga •compressão ureter direito e bexiga •estase urinária aparecimento e reincidência de infecção.
  • 12. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO PESO: decúbito dorsal compressão vasos abdominais. •aorta •cava inferior: mais afetada (menor resistência de parede) •redução de fluxo sanguíneo hipotensão supina.
  • 13. ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO TAMANHO FORMA Não gravídico piriforme intrapélvico 10 semanas piriforme sínfise púbica 12 semanas piriforme globoso 20 semanas globoso cilíndrica 28 semanas ovóide 40 semanas apêndice xifóide
  • 14. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NO ÚTERO COLO: tecido conjuntivo edemaciado CARACTERÍSTICA: Coloração arroxeada pela vascularização aumentada Consistência amolecida (SINAL DE GOODEL) Tampão mucoso: muco espesso, não filante, opaco, oblitera o canal cervical – proteção POSIÇÃO: posterior e longo durante a gestação e anterior e curto (esvaecido) final da gestação e trabalho de parto.
  • 15. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NOS OVÁRIOS OVÁRIOS: discreto crescimento devido à embebição gravídica e o aumento da vascularização. NOVOS FOLÍCULOS: amadurecimento inibido ou atrésico CORPO LÚTEO gravídico: manutenção da gravidez nesta fase VASCULARIZAÇÃO OVARIANA: aumentada podendo passar de 0,9 cm para 2,6 cm de diâmetro no termo
  • 16. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA E VULVA VAGINA: paredes vaginais aumentadas perda da rugosidade natural hipertrofia da musculatura lisa vaginal afrouxamento do tecido conjuntivo consistência de figo maduro Aumento da vascularização
  • 17. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA E VULVA VAGINA: alteração na tonalidade – arroxeada (Sinal de Chadwick) maior afluxo de secreção cervical e vaginal – Bacilos Döderlein. manutenção do ph entre 3,5 e 6 (protetor de proliferação bacteriana) Aumento da vascularização
  • 18. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NA VAGINA E VULVA VULVA: Edema, hipertrofia da pele pequenos lábios entreabertos tonalidade violácea – aumento da vascularização (Sinal de Jacquelmier) EXTERNAMENTE: hiperpigmentação que estende ao períneo Alterações que se não são conhecidas corre-se o risco de medicalização desnecessária
  • 19. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NAS MAMAS MAMAS: Início da gestação: hipersensibilidade – regride  na 10ª semana. Preparação para a lactação:  volume, nodulações (hipertrofia alveolar). Aumento da vascularização: rede venosa de Haller.
  • 20. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES NAS MAMAS MAMAS: Mamilo:  volume e hiperpigmentação da aréola primária aréola secundária (Sinal de Hunter) Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas hipertróficas e salientes Estrias: induzidas pelo crescimento das mamas Produção de colostro - 10 semanas.
  • 21. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS Aumento da área cardíaca – observada em raio X Aumento da frequência cardíaca – 10bpm Aumento do consumo de oxigênio Aumento da pressão venosa femural Aumento dos fatores de coagulação Aumento do fluxo sg periférico Manifestações Clínicas: Dispnéia aos esforços Taquicardia Edema de membros inferiores Síndrome de hipotensão supina APARELHO CIRCULATÓRIO
  • 22. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS  volemia – mais acentuado no plasma (30 a 40%) Alterações no hematócrito Alterações no metabolismo de ferro “Anemia fisiológica” Apesar de: aumentar a eritropoiese Há: queda progressiva da concentração de - hemoglobina - glóbulos vermelhos - hematócrito Aumento de leucócitos - plaquetas ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS Eritropoiese Demanda feto-placentária Aumento necessidade Fe
  • 23. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS APARELHO URINÁRIO RIM:  cerca de 1 cm na gestação e demora  6 meses para retornar, dilatação dos ureteres e pelve renal (risco de Infecção urinária)  volemia materna e  resistência vascular levam a aumento de 30 a 50% a taxa de filtração glomerular Poliúria ( freqüência urinária)
  • 24. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS APARELHO URINÁRIO BEXIGA: pressionada pelo útero permite a piora ou surgimento de incontinência vesical aos esforços A redução o peristaltismo facilita a estase urinária infecção urinária.
  • 25. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS APARELHO RESPIRATÓRIO . Órgãos superiores edemaciados Respiração: sensação de dispnéia – afastar causa patológica (discreta elevação da FR)respiração ofegante (diafragmática) Costelas inferiores se elevam e se afastam Diafragma – eleva-se 4cm
  • 26. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS Náuseas e vômitos início da gestação OBJETIVO: aumento da absorção de nutrientes para fornecer ao concepto. Alteração nas papilas gustativas – alimentos ácidos Gengivas edemaciadas - sangramentos  Apetite e sede – diminuição da glicose ou pelo  gordura alterando o balanço energético Hipotônico - lentidão da evolução do bolo alimentar Tempo de esvaziamento gástrico: maior aumentando o contato dos alimentos com suco gástrico facilitando a degradação. APARELHO DIGESTIVO
  • 27. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS
  • 28. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS ESTÔMAGO: alterações topográficas decorrentes crescimento uterino. aumento da pressão abdominal causada pelo crescimento do útero facilita o refluxo gástricos relaxamento cárdia APARELHO DIGESTIVO ESTÔMAGO: INTESTINO DELGADO INTESTINO CROSSO UTERO
  • 29. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS INTESTINO DELGADO: bolo alimentar lento visando melhor aproveitamento alimentar. INTESTINO GROSSO: período prolongado do bolo fecal ocasiona maior reabsorção de água resultando em obstipação. APARELHO DIGESTIVO
  • 30. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS PELE Vascularização: Aparecimento de eritema palmar Aumento dos pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas Estrias
  • 31. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS PELEHormonal: melanocítico – eleva a pigmentação: Melasma (antigo cloasma) Hiperpegmentação da linha alba – linha nigra
  • 32. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS POSTURA E DEAMBULAÇÃO Marcha anserina: passos mais curtos, base de sustentação alargada e aumento do ângulo dos pés Decorrente da alteração do posicionamento do útero e mamas, da embebição e aumento do peso
  • 33. Assistência pré-natal de baixo risco ADAPTAÇÃO DO ORGANISMO MATERNO: MODIFICAÇÕES GERAIS POSTURA E DEAMBULAÇÃO Centro de gravidade alterado: Decorrente do útero apoiar-se na parede abdominal; aumento do peso; Modificação da curvatura da coluna aumentando a lordose Dor nos ligamentos redondos – dor Síndrome do Tunel Carpeano – amortecimento, fraqueza
  • 34. Assistência pré-natal de baixo risco Centro De Gravidade Na Gestante
  • 35. Assistência pré-natal de baixo risco Exame Físico Geral Deve ser considerado: -Fácies; estado psíquico; estado de nutrição; musculatura; peso e altura; mucosas visíveis; -pele (cor, umidade, manchas, cicatrizes, tumores, calosidades); -fâneros (unha, cabelos, cílios, sobrancelhas, pêlos); secreção sudoríparas e sebáceas; -circulação; edema; estado das extremidades e das articulações; gânglios linfáticos; temperatura, pulso e pressão arterial; Em geral a gestante possui rosto cheio, olhar vivo, respiração ativa, cintura alargada.
  • 36. Assistência pré-natal de baixo risco Exame Físico Geral Inspeção obstétrica: • Cabeça: cabelo e Lanugem: limites do couro cabeludo (Sinal de Halban); •Pigmentação na face (cloasma ou melasma) e no abdome (Linha nigra); •Pescoço – hipertrofia da tireóide, evidente no 5 e 6 mês (Sinal de Cordel);
  • 37. •Alterações Nas Mamas (Presença De Colostro – A Partir Do 2 Mês, Avaliar Mamilo E Coloração) - Cuidados; •Sinal De Hunter – Aparecimento Da Aréola Secundária •Rede De Haller – Trama De Vasos Venosos Na Pele •Tubérculos De Montegomery – De 12 A 15 Exame Físico Geral
  • 38. •Mensuração obstétrica: identificar a AU (normograma da gestante) e CA. • MMII – edema, varizes, avaliar trombose – Sinal de Bandeira ou Homam); Exame Físico GeralExame Físico Geral
  • 39. •Abdome: aumento uterino, forma, posição, auxílio na identificação da idade gestacional, Sinal de Cullen – arroxeamento do umbigo Linha nigra Presença de estrias ou víbices gravídicas; Exame Físico Geral
  • 40. Inspeção dos genitais: presença de pêlos pubianos, malformações de grandes lábios, clítoris, intróito vaginal e períneo. Especular: inspeção das paredes vaginais, conteúdo vaginal, coleta de material oncótico (?) Exame Físico Geral
  • 41. Cardiotocografia: exame para avaliar a vitalidade fetal; registro contínuo da freqüência cardíaca (FC), contratilidade uterina (CU) e dos movimentos fetais (MF). Geralmente realizado em 20min. É colocado um transdutor para captar a FC e outro para a CU, o procedimento pode ser registrado em traçado eletrocardiográfico. Exame Físico Geral
  • 42. •Toque vaginal: no trabalho de parto - condições do colo, bolsa das águas, fase do trabalho de parto, bacia, variedade de posição e apresentação fetal Exame Físico Geral
  • 43.
  • 44. • QUESTÃO 02. (valor 1,0). T.M.A. apresenta uma postura da mulher grávida que se desarranja, precedendo mesmo a expansão de volume do útero gestante, decorrente da alteração do posicionamento do útero e mamas, da embebição e aumento do peso, decorrente do útero apoiar-se na parede abdominal; aumento do peso. Nesse contexto, observamos a marcha alterada devido aos seguintes fatores: a) O aumento do volume abdominal desviando o centro de gravidade de gestante para posterior tem que ser compensado, possibilitando assim, a posição ereta. b) O principal mecanismo de compensação é a escoliose acentuada na postura de grávida, acompanhada de aumento de base (pés afastados). c) O andar de gestante é peculiar, chamado por alguns de “marcha anserina”. d) Dor nos ligamentos redondos – dor; Síndrome do Tunel Carpeano – enrijecimento e força.
  • 45. O organismo materno adapta-se para receber o concepto. A maternidade, portanto, inicia-se no momento da concepção e durante a gravidez, o organismo materno realiza todos os esforços para proteger o filho, às custas, muitas vezes de graves repercussões sobre o próprio organismo. É o mérito da maternidade (NEME)