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Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Chefia : Dr. Valdemar Mano Sanches
Dr.Brunno Rosique Lara
Anatomia Cirúrgica das Mamas
Embriologia
Na sexta semana, o embrião humano de 9mm apresenta uma crista linear
ectodérmica (crista mamária) que se estende da axila até a região inguinal.
As cristas mamárias desaparecem rapidamente com o crescimento do embrião, exceto
na região peitoral.
Por volta do 4°. mês o desenvolvimento mamário continua com um alargamento e
crescimento do ectoderma em direção ao mesoderma abaixo, e aproximadamente 20
ramificações secundárias começam a se formar. Esse tecido mamário continua a se
ramificar formando os ductos lactíferos, que continuamcrescendo e se canalizando.
No sétimo mês os ductos acinares estão formados. Todos os ductos lactíferos se
concentram e se abrem em uma pequena depressão puntiforme na pele. Essa área
demonstra proliferação do mesoderma, com formação de fibras musculares lisas
dispostas de forma longitudinal e circular na papila primitiva (mamilo).
Logo após o nascimento o mamilo achatado começa a se elevar.
A aréola surge no ectoderma por volta do 5°. mês. A aréola contém glândulas
apócrinas (glândulas sebáceas) que são lóbulos mamários rudimentares (Montgomery)
Tanto o homem quanto a mulher possuem mamas; normalmente elas são bem
desenvolvidas apenas na mulher.
Nos homens, estas glândulas geralmente são rudimentares por toda a vida.
Arquitetura
Na mulher adulta jovem, situa-se entre a 2° e 6° costelas, tendo como limite medial a
margem lateral do esterno, e lateralmente a linha axilar média. Existe uma extensão da
mama para a axila (cauda de Spence). Dois terços repousam sobre o músculo peitoral
maior; um terço cobre o músculo serrátil anterior. Sua borda inferior sobrepõe-se à
parte superior da bainha do músculo reto abdominal.
Sua forma varia durante a idade e de acordo com a raça, podendo ser: hemisférica, cônica, piriforme, achatada, etc
O mamilo localiza-se no nível do 4°. espaço intercostal ligeiramente lateral a linha hemiclavivular.
A base da mama está separada dos músculos peitorais pela fáscia profunda. Entre a mama e esta fáscia há uma área de tecido
conjuntivo frouxo que contém pouca gordura. Embora facilmente separável da fáscia profunda, a glândula mamária é firmemente
fixada à pele pelos ligamentos suspensores (ligamentos de Cooper).
A glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada; isto explica por que ela não tem cápsula especial ou bainha.
Na fase adulta é formada por 20 ou mais lobos, cada um deles continuando-se por um ducto lactífero e terminando na papila
mamária. Os lobos constituem-se por lóbulos, cada umcontendo de 10 a 100 ácinos.
O lóbulo é considerado a unidade estrutural básica da glândula mamária.
Fisiologia
Existem três fases no desenvolvimento das mamas.
A fase inicial ocorre entre o nascimento e a puberdade. Durante esse período há um aumento gradual do tecido glandular e do
estroma ao redor.
O aumento do tecido glandular é caracterizado por alongamento dos pequenos ductos e aumento das ramificações.
Vários hormônios estão intimamente envolvidos no desenvolvimento das mamas (estrógeno, progesterona, cortisona, prolactina,
insulina, tiroxina e hormônio do crescimento).
A progesterona é o hormônio que tem maior efeito sobre o sistema alveolar. A prolactina promove alterações fisiológicas
levando a diferenciação final das células alveolares em células produtoras de leite.
A mama madura varia de densidade ou consistência, de acordo coma fase do ciclo menstrual em que se realiza o exame.
Na fase proliferativa (3° ao 7° dia), há um aumento no nível de estrogênio, que causa proliferação epitelial. Durante essa fase o
estroma é denso e caracterizado por um aumento dos fibroblastos e das células plasmáticas.
Durante a segunda semana do ciclo menstrual (fase lútea) ocorre diferenciação celular, juntamente com um aumento da
produção de progesterona.
A fase secretora (21° a 27° dia) ocorre sob influência do estrógeno, da progesterona e da prolactina. Nessa fase o volume da
mama aumenta de 15 a 30 ml, associado a retenção de água no estroma. O estroma muda de denso e compacto para edematoso
com congestão venosa.
A fase final (28°...) é associada a redução dos níveis de estrógeno e progesterona. O estroma retorna a consistência comp acta, e
com aumento do infiltrado de células plasmáticas.
Na menopausa há diminuição do estrógeno e redução acentuada da progesterona. Essa fase é associada a uma involução das
mamas com atrofia gradual do tecido glandular. Há uma regressão incompleta do tecido epitelial glandular associado a diminuição
da celularidade e da vascularização do estroma.
Ocorre substituição do tecido epitelial e do estroma por gordura, com um pequeno aumento das fibras elásticas no tecido
conjuntivo do estroma.
Suprimento Arterial
A irrigação da mama é feita por três vias principais:
A artéria torácica interna (mamária interna) localizada próxima ao esterno, abaixo das cartilagens costais, emite ramos
perfurantes através dos espaços intercostais (2° ao 4°), que suprem60% do fluxo sanguíneo da mama, principalmente para a porção
medial.
Os ramos mamários se estendem até o mamilo formando uma rede de anastomoses com os ramos da artéria torácica lateral e
alguns ramos dos vasos intercostais.
A artéria torácica lateral usualmente é um ramo direto da artéria axilar, ocasionalmente pode ser um ramo da artéria tóraco -
acromial ou da a. subescapular.
Esta artéria supre 30% do fluxo sanguíneo do quadrante superior externo e porção lateral da mama.
A porção lateral inferior da mama é suprida por ramos cutâneos das artérias intercostais do 3°. 4° e 5°. espaços.
A mama recebe também uma pequena porção de sangue através de ramos da artéria axilar, artéria torácica superior (tóraco -
acromial) e artéria subescapular
Drenagem Venosa
São duas vias principais:
A primeira é formada pelo sistema superficial que possui uma rede transversa e uma longitudinal. As veias transversais,
localizadas no subcutâneo ao longo de toda a porção medial da mama, drenam para a veia torácica interna. O sistema longitudinal
drena em direção cranial para as veias do pescoço.
A segunda via, o sistema de drenagem profunda, está na parede torácica nas veias intercostais, que drenam para as veias
vertebrais, veia ázigos e veia cava superior.
A região lateral da mama e a área do músculo peitoral drenam para veia axilar.
Drenagem Linfática
As quatro principais vias de drenagem linfática da mama são: a cutânea, a torácica interna, a intercostal posterior, e a axilar.
Os vasos linfáticos seguemos vasos sanguíneos e possuemválvulas que guiama linfa na direção do fluxo venoso.
Os vasos linfáticos da pele usualmente drenam
para os linfonodos axilares. Os linfáticos
superficiais da porção medial da mama drenam
para a cadeia mamária interna, e podem cruzar a
linha média. A porção inferior da mama drena
para gânglios linfáticos da bainha do músculo reto
abdominal e para vasos linfáticos
subdiafragmáticos.
A aréola possui um plexo subareolar (Sappey)
de vasos linfáticos que drenam para linfonodos
peitorais anteriores. Os vasos linfáticos
retroareolares passam pelos linfonodos
interpeitorais (Rotter`s) e drenam para os gânglios
axilares profundos (via de Grozzman`s). Da face
profunda da mama, os linfáticos passamatravés do
músculo peitoral maior e drenam para o grupo
apical de linfonodos axilares.
Inervação
A mama recebe fibras nervosas sensitivas e do
sistema simpático autônomo. A inervação
sensorial da região superior é feita pelos nervos
supraclaviculares originados do terceiro e quarto
plexos cervicais. Os ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais (2° ao 6°.) suprem a região medial e inferior. Os ramos
cutâneos laterais (3°. Ao 6°.) seguem no subcutâneo ate a região hemiclavicular e aréola. Acredita-se que o ramo cutâneo lateral
de T4 seja a inervação primária do mamilo.
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  • 1. Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Chefia : Dr. Valdemar Mano Sanches Dr.Brunno Rosique Lara Anatomia Cirúrgica das Mamas Embriologia Na sexta semana, o embrião humano de 9mm apresenta uma crista linear ectodérmica (crista mamária) que se estende da axila até a região inguinal. As cristas mamárias desaparecem rapidamente com o crescimento do embrião, exceto na região peitoral. Por volta do 4°. mês o desenvolvimento mamário continua com um alargamento e crescimento do ectoderma em direção ao mesoderma abaixo, e aproximadamente 20 ramificações secundárias começam a se formar. Esse tecido mamário continua a se ramificar formando os ductos lactíferos, que continuamcrescendo e se canalizando. No sétimo mês os ductos acinares estão formados. Todos os ductos lactíferos se concentram e se abrem em uma pequena depressão puntiforme na pele. Essa área demonstra proliferação do mesoderma, com formação de fibras musculares lisas dispostas de forma longitudinal e circular na papila primitiva (mamilo). Logo após o nascimento o mamilo achatado começa a se elevar. A aréola surge no ectoderma por volta do 5°. mês. A aréola contém glândulas apócrinas (glândulas sebáceas) que são lóbulos mamários rudimentares (Montgomery) Tanto o homem quanto a mulher possuem mamas; normalmente elas são bem desenvolvidas apenas na mulher. Nos homens, estas glândulas geralmente são rudimentares por toda a vida. Arquitetura Na mulher adulta jovem, situa-se entre a 2° e 6° costelas, tendo como limite medial a margem lateral do esterno, e lateralmente a linha axilar média. Existe uma extensão da mama para a axila (cauda de Spence). Dois terços repousam sobre o músculo peitoral maior; um terço cobre o músculo serrátil anterior. Sua borda inferior sobrepõe-se à parte superior da bainha do músculo reto abdominal. Sua forma varia durante a idade e de acordo com a raça, podendo ser: hemisférica, cônica, piriforme, achatada, etc O mamilo localiza-se no nível do 4°. espaço intercostal ligeiramente lateral a linha hemiclavivular. A base da mama está separada dos músculos peitorais pela fáscia profunda. Entre a mama e esta fáscia há uma área de tecido conjuntivo frouxo que contém pouca gordura. Embora facilmente separável da fáscia profunda, a glândula mamária é firmemente fixada à pele pelos ligamentos suspensores (ligamentos de Cooper). A glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada; isto explica por que ela não tem cápsula especial ou bainha. Na fase adulta é formada por 20 ou mais lobos, cada um deles continuando-se por um ducto lactífero e terminando na papila mamária. Os lobos constituem-se por lóbulos, cada umcontendo de 10 a 100 ácinos. O lóbulo é considerado a unidade estrutural básica da glândula mamária. Fisiologia Existem três fases no desenvolvimento das mamas. A fase inicial ocorre entre o nascimento e a puberdade. Durante esse período há um aumento gradual do tecido glandular e do estroma ao redor. O aumento do tecido glandular é caracterizado por alongamento dos pequenos ductos e aumento das ramificações. Vários hormônios estão intimamente envolvidos no desenvolvimento das mamas (estrógeno, progesterona, cortisona, prolactina, insulina, tiroxina e hormônio do crescimento). A progesterona é o hormônio que tem maior efeito sobre o sistema alveolar. A prolactina promove alterações fisiológicas levando a diferenciação final das células alveolares em células produtoras de leite.
  • 2. A mama madura varia de densidade ou consistência, de acordo coma fase do ciclo menstrual em que se realiza o exame. Na fase proliferativa (3° ao 7° dia), há um aumento no nível de estrogênio, que causa proliferação epitelial. Durante essa fase o estroma é denso e caracterizado por um aumento dos fibroblastos e das células plasmáticas. Durante a segunda semana do ciclo menstrual (fase lútea) ocorre diferenciação celular, juntamente com um aumento da produção de progesterona. A fase secretora (21° a 27° dia) ocorre sob influência do estrógeno, da progesterona e da prolactina. Nessa fase o volume da mama aumenta de 15 a 30 ml, associado a retenção de água no estroma. O estroma muda de denso e compacto para edematoso com congestão venosa. A fase final (28°...) é associada a redução dos níveis de estrógeno e progesterona. O estroma retorna a consistência comp acta, e com aumento do infiltrado de células plasmáticas. Na menopausa há diminuição do estrógeno e redução acentuada da progesterona. Essa fase é associada a uma involução das mamas com atrofia gradual do tecido glandular. Há uma regressão incompleta do tecido epitelial glandular associado a diminuição da celularidade e da vascularização do estroma. Ocorre substituição do tecido epitelial e do estroma por gordura, com um pequeno aumento das fibras elásticas no tecido conjuntivo do estroma. Suprimento Arterial A irrigação da mama é feita por três vias principais: A artéria torácica interna (mamária interna) localizada próxima ao esterno, abaixo das cartilagens costais, emite ramos perfurantes através dos espaços intercostais (2° ao 4°), que suprem60% do fluxo sanguíneo da mama, principalmente para a porção medial. Os ramos mamários se estendem até o mamilo formando uma rede de anastomoses com os ramos da artéria torácica lateral e alguns ramos dos vasos intercostais. A artéria torácica lateral usualmente é um ramo direto da artéria axilar, ocasionalmente pode ser um ramo da artéria tóraco - acromial ou da a. subescapular. Esta artéria supre 30% do fluxo sanguíneo do quadrante superior externo e porção lateral da mama. A porção lateral inferior da mama é suprida por ramos cutâneos das artérias intercostais do 3°. 4° e 5°. espaços. A mama recebe também uma pequena porção de sangue através de ramos da artéria axilar, artéria torácica superior (tóraco - acromial) e artéria subescapular Drenagem Venosa São duas vias principais: A primeira é formada pelo sistema superficial que possui uma rede transversa e uma longitudinal. As veias transversais, localizadas no subcutâneo ao longo de toda a porção medial da mama, drenam para a veia torácica interna. O sistema longitudinal drena em direção cranial para as veias do pescoço. A segunda via, o sistema de drenagem profunda, está na parede torácica nas veias intercostais, que drenam para as veias vertebrais, veia ázigos e veia cava superior. A região lateral da mama e a área do músculo peitoral drenam para veia axilar.
  • 3. Drenagem Linfática As quatro principais vias de drenagem linfática da mama são: a cutânea, a torácica interna, a intercostal posterior, e a axilar. Os vasos linfáticos seguemos vasos sanguíneos e possuemválvulas que guiama linfa na direção do fluxo venoso. Os vasos linfáticos da pele usualmente drenam para os linfonodos axilares. Os linfáticos superficiais da porção medial da mama drenam para a cadeia mamária interna, e podem cruzar a linha média. A porção inferior da mama drena para gânglios linfáticos da bainha do músculo reto abdominal e para vasos linfáticos subdiafragmáticos. A aréola possui um plexo subareolar (Sappey) de vasos linfáticos que drenam para linfonodos peitorais anteriores. Os vasos linfáticos retroareolares passam pelos linfonodos interpeitorais (Rotter`s) e drenam para os gânglios axilares profundos (via de Grozzman`s). Da face profunda da mama, os linfáticos passamatravés do músculo peitoral maior e drenam para o grupo apical de linfonodos axilares. Inervação A mama recebe fibras nervosas sensitivas e do sistema simpático autônomo. A inervação sensorial da região superior é feita pelos nervos supraclaviculares originados do terceiro e quarto plexos cervicais. Os ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais (2° ao 6°.) suprem a região medial e inferior. Os ramos cutâneos laterais (3°. Ao 6°.) seguem no subcutâneo ate a região hemiclavicular e aréola. Acredita-se que o ramo cutâneo lateral de T4 seja a inervação primária do mamilo.