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UNIDADE 3
Gil Vicente,
Auto da Feira
Pieter Bruegel, o Velho, A Dança dos
Camponeses, vers 1568, KHM Vienne
Pieter Bruegel, o Velho,
A Feira em Hoboken (1559)
Datação do auto
Existe alguma indecisão na datação do auto:
• I. S. Révah — 1526 e 1527;
• Paul Teyssier — data incerta;
• António José Saraiva — 1528;
• Artur Ribeiro Gonçalves — 1528;
• Angelina Vasques Martins — 1527.
Crítica ao mercado das
virtudes e dos vícios em
que se tornou o mundo
Natureza e intenção do auto
Auto de moralidade
através
da alegoria da «feira»
Auto da Feira
O contexto histórico
1517 — O Papa Leão X publica
a Bula das Indulgências (referente
à possibilidade de um fiel receber uma
indulgência se ajudasse, com esmolas,
a construção da Basílica de São Pedro).
1517 — Em outubro, Martinho Lutero
escreve as 95 Teses contra as
Indulgências, expostas publicamente
na catedral de Wittenberg, na Alemanha.
Opõe-se à noção de que o perdão
do pecado possa ser atribuído por meio
de um pagamento. Este acontecimento
vai desencadear a Reforma Protestante.
Lucas Cranach,
Martinho Lutero (1528).
O contexto histórico
1526 — O Papa Clemente VII alia-se
a Francisco I (França) e a Henrique VIII
(Inglaterra) contra o imperador Carlos V.
6 de maio de 1527 — As tropas do
imperador Carlos V invadem Roma,
pilham a cidade e roubam os seus
habitantes. O Papa refugia-se em
Castel Sant’Angelo durante cerca de
sete meses. Carlos V deixa de perseguir
os protestantes nos territórios
germânicos do seu império.
Anthony Van Dyck, Retrato Equestre
do Imperador Carlos V (1620).
Johannes Lingelbach, Saque de Roma de 1527 (século XVII).
• Possibilidade de debate de ideias.
• Ambiente geral de hostilidade e crítica ao clero e à Santa Sé.
• Atmosfera de tensão e de discussão teológica.
• O mundo é apresentado
como uma feira em que
um Serafim (o Bem) e um
Diabo (o Mal) vendem
virtudes e vícios
• Roma = a corte papal:
deseja comprar a paz
trocando indulgências,
perdões e bens de valor
material
• Chegada de novos
feirantes, que procuram
apenas bens materiais
• Chegada da juventude
do monte, simples
e ingénua, devota da
Virgem Maria
(não desejam comprar
virtudes, pensam que
o Céu é como a Serra)
Peça de teatro
de temática religiosa
A obra
Auto de moralidade Alegoria
Auto da Feira
Farsa
Amâncio Vaz
Denis Lourenço
Branca Anes, a brava
Marta Dias, a mansa
Nove moças do monte
Três moços do monte
Vicente
Mateus
Diabo
Serafim
Vv. 511-992
Mercúrio
Tempo
Serafim
Diabo
Roma
Vv. 182-510
Mercúrio
A estrutura da ação
Vv. 1-181
1.ª parte:
Sermão burlesco
2.ª parte:
Auto de moralidade
Sequência de episódios ligados
pelo espaço/situação: feira (o mundo)
3.ª parte:
Farsa
Amâncio Vaz
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Branca Anes, a brava
Marta Dias, a mansa
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Vicente
Mateus
Diabo
Serafim
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Mercúrio
Tempo
Serafim
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Vv. 182-510
Mercúrio
A estrutura da ação
Vv. 1-181
1.ª parte:
Sermão burlesco
2.ª parte:
Auto de moralidade
Sequência de episódios ligados
pelo espaço/situação: feira (o mundo)
3.ª parte:
Farsa
1.ª parte — Sermão burlesco
Intervenção de uma divindade pagã:
• Efeito cómico ou de distanciamento
• Exemplo de influência renascentista
• Capta a atenção dos ouvintes
• Satiriza a confiança na astrologia enquanto fenómeno que antevê ou decifra
os acontecimentos da vida através da intervenção dos astros
• Discorre sobre os deuses e a organização do céu e dos astros
• Menciona a astrologia e os signos do Zodíaco
• Ordena a execução da feira na corte de Portugal no dia de Natal
Devaneio sobre as noções de astrologia
As realidades triviais e banais a que as aplica
Confronto entre
Efeito
cómico
• Deus mensageiro
• Deus do comércio
• Apto para os negócios
Mercúrio
2.ª parte — Moralidade (figuras alegóricas)
Mercúrio
Mercador-mor da feiraTempo
Anjo enviado por Deus a pedido do TempoSerafim
Opõem-se à participação
do Diabo na feira
aos valores da sociedade (sobretudo através das falas do Diabo)
aos comportamentos dos membros da Igreja (através do diálogo
que Roma mantém com os mercadores)
Crítica
Mercador rival, seguro do seu sucesso naquelas ocasiões, sabe que
venderá muito
Diabo
• Cliente principal da feira, símbolo da Igreja e da corte papal
• Preocupada com a agressividade de que é alvo por parte de «três amigos»
que tinha — Alemanha, Inglaterra e França (v. 354)
Roma
Troca direta
«chamada das Graças,
à honra da Virgem parida em Belém» (vv. 184-185)
Feira das virtudes
Mercador-mor
da feira
Tempo
Um anjo enviado
por Deus que
convida os que
querem os seus
«produtos»
Serafim
Vendem:
Virtudes  Razão  Justiça  Verdade 
Paz  Bons conselhos  Temor a Deus
Cronos, deus do
Tempo, escultura
em ouro.
O Anjo — pormenor
de Fra Angelico,
Anunciação (século XV).
Em troca de jubileus
(indulgências)
Troca direta
«chamada das Graças,
à honra da Virgem parida em Belém» (vv. 184-185)
Feira das virtudes
Mercador-mor
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Tempo
Um anjo enviado
por Deus que
convida os que
querem os seus
«produtos»
Serafim
Vendem:
Virtudes  Razão  Justiça  Verdade 
Paz  Bons conselhos  Temor a Deus
≠
Deseja adquirir:
Paz  Verdade  Fé
Símbolo
da Igreja
Roma
Vende:
Artes de enganar 
Ruindade  Falsas
manhas  Hipocrisias
Mercador rival
Diabo
3.ª parte — Farsa
Dois lavradores; querem trocar
as esposas, de quem se queixam
Amâncio Vaz
e Denis Lourenço
Vêm comprar bens materiais
e não encontram o que procuram
Branca Anes, a brava,
e Marta Dias, a mansa
Pretende vender
a mulher porque
é violenta, brava e
«muito destemperada»
(v. 524)
Amâncio
Queixa-se do
marido, pois este
só come, dorme, «nam
faz nunca nada»
(v. 638)
Branca
≠
Pretende vender
a mulher porque
é passiva, mansa
«mole e desatada»
(v. 543)
Denis
Pretende
comprar anéis,
sombreiros e burel;
com uma jaculatória,
afasta o Diabo
Marta
≠
Nove moças do monte e Três moços do monte —
devotos da Virgem, vêm divertidos, a cantar, naturalmente bons e simples.
Vicente e Mateus fazem a corte a algumas das moças, sem efeito.
Branca indica que o Serafim
fala «per pincéus» (v. 753)
Marta e Branca desejam
tecidos, louça e anéis
Roma oferece rituais, poder
Intenções de quem pretende
negociar
Linguagem do Serafim
Serafim oferece consciência
Serafim pede vida santa
Graças e virtudes morais
da tenda do Serafim
Opõe
Feira
≠
Mundo espiritual Mundo material
≠
≠
≠
Durante o dia de Natal
É sempre o mesmo durante
as três partes da peça
Um cofre contendo
um espelho (vv. 485-492)
Tenda para
o Tempo e o Serafim
O espaço e o tempo
Feira das virtudes
montada por Mercúrio
Tenda para
o Diabo
2.ª parte 3.ª parte1.ª parte
Espaço
Tempo
As personagens e a sua caracterização
Pieter Bruegel, o Velho, A Dança dos Camponeses (1568) (pormenor).
Mercador-mor da Feira
Tempo
Não vende, troca:
Virtudes  Remédios contra fortunas
ou adversidades  Conselhos sábios 
Amor e razão  Justiça e verdade  Paz 
Temor às Chaves dos Céus
Ajudante do Tempo
Serafim
Enviado por Deus
Pertence à esfera mais elevada dos anjos
Apela
Necessita de um ajudante que o proteja
dos maus compradores, habituados
a fazer negócios com o Diabo
Às igrejas, mosteiros,
pastores de almas,
Papas adormecidos
Aos governantes,
aos «Príncipes
altos»
Crítica à
manipulação
dos governantes
• Crítica à vida desregrada
e à hipocrisia do clero
• Apelo a uma religiosidade
mais verdadeira
As figuras alegóricas
Chamada de atenção para
a necessidade de mudança na Igreja
Aos membros do clero:
Naipes (baralhos de cartas) (v. 318) — sacerdotes 
Falsas manhas de viver (v. 333) — clérigo, leigo ou
frade  Hipocrisia (v. 337) — bispos  Unguento
«com que voe do convento» (v. 343) — freira
Satisfeito e bem-sucedido,
seguro do seu êxito
Enaltece a sua capacidade
de vender todas
as mercadorias que transporta
No seu diálogo com Roma, é cínico
e irónico, mostrando uma visão
materialista do mundo
Confronto com o Tempo e o Serafim
Afirma não poder ser expulso da feira
por ser «o maior dela» (v. 250), uma vez
que tem sempre clientes que compram
o que traz consigo
Vende
Artes de enganar e coisas para esquecer (vv. 288-
289)  Perfumaduras — remédios (v. 313)  Virotes
— setas (v. 316)
Cornelius Galle, o Velho,
Lucifer (1595).
Surge em cena como
símbolo da oposição
ao Serafim
Diabo
Figura interessada no poder
temporal e nos bens materiais
Representa a corte pontifícia
em que predomina a corrupção
Perturbada com a controvérsia
e agressividade de que é alvo
(saque de Roma por Carlos V)
Sente-se atacada pelos reinos
cristãos (lutas religiosas)
Cliente habitual do Diabo
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Roma
Deseja mudar de comportamento
«paz, / que me livre da canseira» (vv. 359-360)
«a paz firme e de verdade» (v. 368)
Brasão
da cidade-estado
do Vaticano,
sede da Igreja
Católica.
Crítica à corrupção
e desregramento da Igreja
Roma deseja comprar:
• paz
• verdade
• fé
(v. 383)
Brasão
da cidade-estado
do Vaticano,
sede da Igreja
Católica.
O Diabo propõe-lhe:
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• mentiras
• enganos
(vv. 397-416)
Antiga colaboração entre
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«Tudo isso tu vendias,
E tudo isso feirei»
(vv. 417-418)
Diálogo do Diabo
com Roma
Espelho = Autoconhecimento
Tomada de consciência
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às indulgências conferidas
a quem oferecesse dinheiro
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Basílica de São Pedro
Serafim explica-lhe que
pode alcançar a paz:
«a troco de santa vida» (v. 450)
Brasão
da cidade-estado
do Vaticano,
sede da Igreja
Católica.
Oferta de Mercúrio:
«Um espelho […], que foi
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Insatisfação e desilusão:
• apresentação dos defeitos
dos esposos
• desejo de troca ou venda
dos esposos
Retrato cómico de um
mundo desconcertado
Branca — símbolo
da desarmonia
Marta — símbolo
da harmonia
Os lavradores e suas
esposas descontentes
com o casamento
Os tipos sociais
A alegria da vida simples
A importância do «folgar» ≠ vender
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a linguagem espiritual do Serafim
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Branca — símbolo
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Marta — símbolo
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sem pedir nada em troca
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Monólogo de Mercúrio
No seu discurso inicial, Mercúrio satiriza a crença supersticiosa na influência
que os astros teriam na vida humana.
Critica ainda a falsa erudição de quem confunde a ciência astronómica com
a astrologia.
Dissolução dos costumes
Discurso do Diabo
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Mentalidade materialista (dialética entre enriquecer/empobrecer).
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Questões sociais
da época de Gil Vicente
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Diálogos de Roma com os vendedores
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de 1526-1527).
Casamento
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Mundo de opostos: cada casal considera o cônjuge do outro melhor do que o
seu.
Tentativa de venda ou troca dos parceiros reveladora de que os cônjuges
se consideram um bem material e não seres humanos.
Incapacidade de compreender o sacramento matrimonial e a sua
indissolubilidade.
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influência do pensamento de Erasmo de Roterdão).
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esferas divina e terrena.
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Cómico de situação
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quando surgem as suas esposas e ouvem
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o seu direito de participar na feira
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tentando manipular Roma
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Auto da Feira de Gil Vicente

  • 2. Pieter Bruegel, o Velho, A Dança dos Camponeses, vers 1568, KHM Vienne Pieter Bruegel, o Velho, A Feira em Hoboken (1559)
  • 3. Datação do auto Existe alguma indecisão na datação do auto: • I. S. Révah — 1526 e 1527; • Paul Teyssier — data incerta; • António José Saraiva — 1528; • Artur Ribeiro Gonçalves — 1528; • Angelina Vasques Martins — 1527.
  • 4. Crítica ao mercado das virtudes e dos vícios em que se tornou o mundo Natureza e intenção do auto Auto de moralidade através da alegoria da «feira» Auto da Feira
  • 5. O contexto histórico 1517 — O Papa Leão X publica a Bula das Indulgências (referente à possibilidade de um fiel receber uma indulgência se ajudasse, com esmolas, a construção da Basílica de São Pedro). 1517 — Em outubro, Martinho Lutero escreve as 95 Teses contra as Indulgências, expostas publicamente na catedral de Wittenberg, na Alemanha. Opõe-se à noção de que o perdão do pecado possa ser atribuído por meio de um pagamento. Este acontecimento vai desencadear a Reforma Protestante. Lucas Cranach, Martinho Lutero (1528).
  • 6. O contexto histórico 1526 — O Papa Clemente VII alia-se a Francisco I (França) e a Henrique VIII (Inglaterra) contra o imperador Carlos V. 6 de maio de 1527 — As tropas do imperador Carlos V invadem Roma, pilham a cidade e roubam os seus habitantes. O Papa refugia-se em Castel Sant’Angelo durante cerca de sete meses. Carlos V deixa de perseguir os protestantes nos territórios germânicos do seu império. Anthony Van Dyck, Retrato Equestre do Imperador Carlos V (1620).
  • 7. Johannes Lingelbach, Saque de Roma de 1527 (século XVII). • Possibilidade de debate de ideias. • Ambiente geral de hostilidade e crítica ao clero e à Santa Sé. • Atmosfera de tensão e de discussão teológica.
  • 8. • O mundo é apresentado como uma feira em que um Serafim (o Bem) e um Diabo (o Mal) vendem virtudes e vícios • Roma = a corte papal: deseja comprar a paz trocando indulgências, perdões e bens de valor material • Chegada de novos feirantes, que procuram apenas bens materiais • Chegada da juventude do monte, simples e ingénua, devota da Virgem Maria (não desejam comprar virtudes, pensam que o Céu é como a Serra) Peça de teatro de temática religiosa A obra Auto de moralidade Alegoria Auto da Feira Farsa
  • 9. Amâncio Vaz Denis Lourenço Branca Anes, a brava Marta Dias, a mansa Nove moças do monte Três moços do monte Vicente Mateus Diabo Serafim Vv. 511-992 Mercúrio Tempo Serafim Diabo Roma Vv. 182-510 Mercúrio A estrutura da ação Vv. 1-181 1.ª parte: Sermão burlesco 2.ª parte: Auto de moralidade Sequência de episódios ligados pelo espaço/situação: feira (o mundo) 3.ª parte: Farsa
  • 10. Amâncio Vaz Denis Lourenço Branca Anes, a brava Marta Dias, a mansa Nove moças do monte Três moços do monte Vicente Mateus Diabo Serafim Vv. 511-992 Mercúrio Tempo Serafim Diabo Roma Vv. 182-510 Mercúrio A estrutura da ação Vv. 1-181 1.ª parte: Sermão burlesco 2.ª parte: Auto de moralidade Sequência de episódios ligados pelo espaço/situação: feira (o mundo) 3.ª parte: Farsa
  • 11. 1.ª parte — Sermão burlesco Intervenção de uma divindade pagã: • Efeito cómico ou de distanciamento • Exemplo de influência renascentista • Capta a atenção dos ouvintes • Satiriza a confiança na astrologia enquanto fenómeno que antevê ou decifra os acontecimentos da vida através da intervenção dos astros • Discorre sobre os deuses e a organização do céu e dos astros • Menciona a astrologia e os signos do Zodíaco • Ordena a execução da feira na corte de Portugal no dia de Natal Devaneio sobre as noções de astrologia As realidades triviais e banais a que as aplica Confronto entre Efeito cómico • Deus mensageiro • Deus do comércio • Apto para os negócios Mercúrio
  • 12. 2.ª parte — Moralidade (figuras alegóricas) Mercúrio Mercador-mor da feiraTempo Anjo enviado por Deus a pedido do TempoSerafim Opõem-se à participação do Diabo na feira aos valores da sociedade (sobretudo através das falas do Diabo) aos comportamentos dos membros da Igreja (através do diálogo que Roma mantém com os mercadores) Crítica Mercador rival, seguro do seu sucesso naquelas ocasiões, sabe que venderá muito Diabo • Cliente principal da feira, símbolo da Igreja e da corte papal • Preocupada com a agressividade de que é alvo por parte de «três amigos» que tinha — Alemanha, Inglaterra e França (v. 354) Roma
  • 13. Troca direta «chamada das Graças, à honra da Virgem parida em Belém» (vv. 184-185) Feira das virtudes Mercador-mor da feira Tempo Um anjo enviado por Deus que convida os que querem os seus «produtos» Serafim Vendem: Virtudes  Razão  Justiça  Verdade  Paz  Bons conselhos  Temor a Deus Cronos, deus do Tempo, escultura em ouro. O Anjo — pormenor de Fra Angelico, Anunciação (século XV).
  • 14. Em troca de jubileus (indulgências) Troca direta «chamada das Graças, à honra da Virgem parida em Belém» (vv. 184-185) Feira das virtudes Mercador-mor da feira Tempo Um anjo enviado por Deus que convida os que querem os seus «produtos» Serafim Vendem: Virtudes  Razão  Justiça  Verdade  Paz  Bons conselhos  Temor a Deus ≠ Deseja adquirir: Paz  Verdade  Fé Símbolo da Igreja Roma Vende: Artes de enganar  Ruindade  Falsas manhas  Hipocrisias Mercador rival Diabo
  • 15. 3.ª parte — Farsa Dois lavradores; querem trocar as esposas, de quem se queixam Amâncio Vaz e Denis Lourenço Vêm comprar bens materiais e não encontram o que procuram Branca Anes, a brava, e Marta Dias, a mansa Pretende vender a mulher porque é violenta, brava e «muito destemperada» (v. 524) Amâncio Queixa-se do marido, pois este só come, dorme, «nam faz nunca nada» (v. 638) Branca ≠ Pretende vender a mulher porque é passiva, mansa «mole e desatada» (v. 543) Denis Pretende comprar anéis, sombreiros e burel; com uma jaculatória, afasta o Diabo Marta ≠ Nove moças do monte e Três moços do monte — devotos da Virgem, vêm divertidos, a cantar, naturalmente bons e simples. Vicente e Mateus fazem a corte a algumas das moças, sem efeito.
  • 16. Branca indica que o Serafim fala «per pincéus» (v. 753) Marta e Branca desejam tecidos, louça e anéis Roma oferece rituais, poder Intenções de quem pretende negociar Linguagem do Serafim Serafim oferece consciência Serafim pede vida santa Graças e virtudes morais da tenda do Serafim Opõe Feira ≠ Mundo espiritual Mundo material ≠ ≠ ≠
  • 17. Durante o dia de Natal É sempre o mesmo durante as três partes da peça Um cofre contendo um espelho (vv. 485-492) Tenda para o Tempo e o Serafim O espaço e o tempo Feira das virtudes montada por Mercúrio Tenda para o Diabo 2.ª parte 3.ª parte1.ª parte Espaço Tempo
  • 18. As personagens e a sua caracterização Pieter Bruegel, o Velho, A Dança dos Camponeses (1568) (pormenor).
  • 19. Mercador-mor da Feira Tempo Não vende, troca: Virtudes  Remédios contra fortunas ou adversidades  Conselhos sábios  Amor e razão  Justiça e verdade  Paz  Temor às Chaves dos Céus Ajudante do Tempo Serafim Enviado por Deus Pertence à esfera mais elevada dos anjos Apela Necessita de um ajudante que o proteja dos maus compradores, habituados a fazer negócios com o Diabo Às igrejas, mosteiros, pastores de almas, Papas adormecidos Aos governantes, aos «Príncipes altos» Crítica à manipulação dos governantes • Crítica à vida desregrada e à hipocrisia do clero • Apelo a uma religiosidade mais verdadeira As figuras alegóricas Chamada de atenção para a necessidade de mudança na Igreja
  • 20. Aos membros do clero: Naipes (baralhos de cartas) (v. 318) — sacerdotes  Falsas manhas de viver (v. 333) — clérigo, leigo ou frade  Hipocrisia (v. 337) — bispos  Unguento «com que voe do convento» (v. 343) — freira Satisfeito e bem-sucedido, seguro do seu êxito Enaltece a sua capacidade de vender todas as mercadorias que transporta No seu diálogo com Roma, é cínico e irónico, mostrando uma visão materialista do mundo Confronto com o Tempo e o Serafim Afirma não poder ser expulso da feira por ser «o maior dela» (v. 250), uma vez que tem sempre clientes que compram o que traz consigo Vende Artes de enganar e coisas para esquecer (vv. 288- 289)  Perfumaduras — remédios (v. 313)  Virotes — setas (v. 316) Cornelius Galle, o Velho, Lucifer (1595). Surge em cena como símbolo da oposição ao Serafim Diabo
  • 21. Figura interessada no poder temporal e nos bens materiais Representa a corte pontifícia em que predomina a corrupção Perturbada com a controvérsia e agressividade de que é alvo (saque de Roma por Carlos V) Sente-se atacada pelos reinos cristãos (lutas religiosas) Cliente habitual do Diabo Entra em cena a cantar Roma Deseja mudar de comportamento «paz, / que me livre da canseira» (vv. 359-360) «a paz firme e de verdade» (v. 368) Brasão da cidade-estado do Vaticano, sede da Igreja Católica.
  • 22. Crítica à corrupção e desregramento da Igreja Roma deseja comprar: • paz • verdade • fé (v. 383) Brasão da cidade-estado do Vaticano, sede da Igreja Católica. O Diabo propõe-lhe: • ruindade • mentiras • enganos (vv. 397-416) Antiga colaboração entre as duas personagens: «Tudo isso tu vendias, E tudo isso feirei» (vv. 417-418) Diálogo do Diabo com Roma
  • 23. Espelho = Autoconhecimento Tomada de consciência Símbolo de verdade e sinceridade Crítica concreta às indulgências conferidas a quem oferecesse dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro Serafim explica-lhe que pode alcançar a paz: «a troco de santa vida» (v. 450) Brasão da cidade-estado do Vaticano, sede da Igreja Católica. Oferta de Mercúrio: «Um espelho […], que foi da Virgem Sagrada» (vv. 487-488) Diálogo do Serafim e de Mercúrio com Roma Roma tenta ajustar o que traz para trocar: • «estações» (v. 457) • «perdões» (v. 459) • «o poder na terra» (v. 463) • «jubileus» (v. 473)
  • 24. Insatisfação e desilusão: • apresentação dos defeitos dos esposos • desejo de troca ou venda dos esposos Retrato cómico de um mundo desconcertado Branca — símbolo da desarmonia Marta — símbolo da harmonia Os lavradores e suas esposas descontentes com o casamento Os tipos sociais
  • 25. A alegria da vida simples A importância do «folgar» ≠ vender Desconhecem a linguagem espiritual do Serafim (diálogo de Gilberto com o anjo) mas são verdadeiros devotos da Virgem (cantiga de louvor entoada no final) Insatisfação e desilusão: • apresentação dos defeitos dos esposos • desejo de troca ou venda dos esposos Retrato cómico de um mundo desconcertado Branca — símbolo da desarmonia Marta — símbolo da harmonia Os lavradores e suas esposas descontentes com o casamento Os tipos sociais As moças e os moços Ideia de bondade redentora: a Virgem recompensa os bons sem pedir nada em troca (vv. 964-968)
  • 26. Os temas Crítica à superstição Monólogo de Mercúrio No seu discurso inicial, Mercúrio satiriza a crença supersticiosa na influência que os astros teriam na vida humana. Critica ainda a falsa erudição de quem confunde a ciência astronómica com a astrologia. Dissolução dos costumes Discurso do Diabo Valorização excessiva do dinheiro. Mentalidade materialista (dialética entre enriquecer/empobrecer). Sobrevivência através de estratagemas dissolutos. Imoralidade do clero. Questões sociais da época de Gil Vicente
  • 27. Decadência da Igreja de Roma Diálogos de Roma com os vendedores Poder temporal (político e económico) do clero. Indulgências em troca de valores monetários. Conflitos bélicos em que a Igreja se envolveu com os países europeus (crise de 1526-1527). Casamento Diálogos dos dois casais Mundo de opostos: cada casal considera o cônjuge do outro melhor do que o seu. Tentativa de venda ou troca dos parceiros reveladora de que os cônjuges se consideram um bem material e não seres humanos. Incapacidade de compreender o sacramento matrimonial e a sua indissolubilidade.
  • 28. Religiosidade pura Discurso de Roma Mostra arrependimento face aos erros. Diálogos das moças e moços do campo Regresso a uma religiosidade mais simples, mais verdadeira (possível influência do pensamento de Erasmo de Roterdão). Verdadeira devoção à Virgem. Diálogo de Gilberto com o Serafim Perguntas ingénuas do pastor possibilitadoras de uma aproximação das esferas divina e terrena.
  • 29. Estilo e linguagem Presença de arcaísmos medievais e inovações renascentistas Utilização do latim na primeira parte do auto Língua em transição Linguagem de Mercúrio: discurso ambíguo, linguagem cómica e persuasiva Linguagem cuidada do Tempo, do Serafim e de Roma: introdução de fórmulas hebraicas no discurso Registos de língua variados Linguagem popular: o registo popular que os lavradores e os moços do campo partilham Linguagem corrente do Diabo: dialoga com todos os clientes; utiliza ironia e estratégias retóricas Expressões populares, provérbios, interjeições; ironia.Coloquialidade
  • 30. Cómicos Roma, representante da Igreja, deseja comprar paz, verdade e fé numa feira Cómico de situação Os lavradores pretendem vender e trocar os cônjuges Os lavradores têm de se esconder quando surgem as suas esposas e ouvem a conversa atrás de uma silveira Ironia do Diabo quando defende o seu direito de participar na feira Cómico de linguagem Linguagem persuasiva do Diabo, tentando manipular Roma Linguagem fluida dos lavradores e esposas (expressões populares) Mercúrio, deus pagão, prepara uma feira em que surgem as figuras da religião cristã como feirantes e clientes Linguagem popular do diálogo de Mateus e Vicente (duplos sentidos) com as moças