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1
Modalidades organizativas
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o
necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Para que as situações de aprendizagem ocorram, é
necessário que o professor planeje situações em que
a criança possa utilizar a leitura e escrita com um
propósito, isto é, com uma função social.
De forma a otimizar o tempo e contemplar os objetos
de conhecimento previstos em documentos que guiam
a ação do professor, sejam eles oficiais ou os
planejamentos específicos da escola, podemos nos
valer das modalidades organizativas de ensino,
propostas por Délia Lerner.
A organização das situações de
aprendizagem
As modalidades organizativas
otimizam o tempo didático.
2
Lerner divide as modalidades organizativas em quatro tipos: projetos, sequências
didáticas, atividades habituais ou cotidianas e atividades ocasionais. Ainda de
acordo com autora, essas modalidades organizativas auxiliam o professor na gestão do
tempo quando rompem com a correlação linear entre parcelas do conhecimento e tempo.
Assim, não se trata unicamente em aumentar o tempo ou reduzir conteúdos, mas em
produzir, de forma qualitativa, uma mudança no tempo didático utilizável.
A organização das situações de
aprendizagem
3
Projetos didáticos são investigações sobre determinadas
temáticas, envolvendo os propósitos didáticos e sociais,
que partem de um questionamento ou de uma situação-
problema a ser resolvida, respondida e solucionada.
Os projetos preveem a produção de um produto final, a
elaboração de um artefato ou de alguma situação que
apresente, para interlocutores reais, a materialização de uma
investigação, tais como: podcasts sobre assuntos explorados,
livros coletivos de textos, panfletos, booktubes de indicação
literária, entre outros.
Projetos
didáticos
Os projetos didáticos partem de
um problema a ser investigado.
4
A frequência e periodicidade de um projeto didático são determinadas de
acordo com a temática, sua complexidade e o tempo necessário para as
investigações, por isso são variáveis.
Ao planejar o desenvolvimento de um projeto e havendo a definição do
produto final, em conjunto com os alunos, deve-se prever a data para que o
mesmo esteja finalizado, assim como o cronograma de atividades.
Projeto
s
5
Há projetos que serão desenvolvidos ao longo de semanas, outros que podem
demandar investigações durante todo o semestre. Desse modo, quando os objetivos
estão claros e declarados no projeto, a adequação das atividades ao tempo acontecem
de forma orgânica.
Projeto
s
6
Projetos
interdisciplinares
O projeto interdisciplinar
enriquece as descobertas
dos alunos.
Vale ressaltar que uma das características mais interessantes de
um projeto pedagógico é o fato de que o conteúdo não se
apresenta de forma fragmentada. Diversos conteúdos, no
desenvolvimento dessa modalidade organizativa, são
desenvolvidos enquanto uma temática é investigada.
Desse modo, um projeto pode ser interdisciplinar, mas essa não
é uma obrigatoriedade. A interdisciplinaridade enriquece as
investigações e otimiza o tempo didático, visto que uma mesma
atividade possibilita a exploração de objetos de conhecimento de
diferentes componentes curriculares.
12
Diferente dos projetos, as sequências não culminam em
um produto final. Elas são planejadas com o objetivo de
explorar uma temática de forma não fragmentada ao
longo de um período determinado pelo professor, em
função dos objetivos estabelecidos e de acordo com as
etapas previstas para a análise do objeto de estudo.
Consistem em uma série de atividades para a análise de
uma determinada temática ou para o estudo de gênero.
Elas apresentam uma gradação de descobertas sobre o
objeto de estudo, havendo uma continuidade entre a
atividade anterior e a subsequente.
Sequências
didáticas
As sequências didáticas
promovem a construção de
conhecimentos.
8
Elaboradas a partir de um critério que prevê a ampliação de conhecimentos
acerca do objeto de estudos, a sequência de atividades otimiza o tempo escolar
nessa modalidade.
Além disso, promove a possibilidade do conhecimento significativo de um objeto
de conhecimento em etapas que se complementam e se ampliam.
Sequências
didáticas
9
Os gêneros do discurso são objetos de conhecimento que
permitem a elaboração de sequências didáticas robustas e
relevantes.
As etapas previstas em uma sequência de gêneros
possibilitam ao aluno o conhecimento de características
estruturantes do texto; recursos linguísticos; efeitos de
sentido; especificação de personagens; marcadores
temporais e espaciais; entre outros.
Os livros literários também podem ser explorados em
sequências didáticas que privilegiam a leitura, podendo
ser lidos e discutidos em capítulos entre pares.
Sequências didáticas e
gêneros
Leituras literárias podem ser
exploradas em situações
sequenciadas.
10
Atividades
habituais
Há atividades que fazem
parte da rotina habitual
do aluno na escola.
Como sugere o próprio nome, as atividades habituais
fazem parte do cotidiano escolar, ou seja, acontecem com
uma frequência determinada, podendo ser diária, semanal,
quinzenal ou com outra periodicidade definida.
Nas séries iniciais, em que o processo de aprendizagem da
língua escrita, codificação e decodificação está sendo
construída e se solidificando, as atividades habituais criam
uma rotina de aprendizagem e exploração de determinados
objetos de conhecimento.
11
Essas atividades auxiliam na organização da rotina do dia e usam diversas
estratégias para fazer a chamada e definir as atividades a serem realizadas. Elas
também propiciam o desenvolvimento da oralidade (fala espontânea), oralização
(leitura de textos em voz alta em situações de roda de conversa) e a leitura e escuta
(em situações de leitura compartilhada), entre outras.
As atividades habituais precisam ser planejadas pelo professor e contempladas de
acordo com a periodicidade estabelecida para que a rotina seja criada.
Atividades
habituais
12
Essas atividades derivam de situações pontuais. Elas
podem surgir a partir de acontecimentos presentes na
mídia, que despertam a atenção dos alunos; material
trazido por um aluno ou professor, que desperte a
curiosidade de exploração do grupo; filme; peça de
teatro; lançamento de livro; data específica que motiva
uma exploração de fatos; entre outros.
Não é possível determinar a frequência, duração ou
periodicidade das situações ocasionais, uma vez que
surgem em momentos específicos.
Atividades
ocasionais
Atividades ocasionais derivam
de acontecimentos da mídia.
13
A valorização do interesse dos alunos em situações ocasionais é de suma
importância. No entanto, o professor precisa evitar que essas atividades
adquiram uma periodicidade que comprometerá o planejamento. Como o
próprio nome sugere, elas são atividades pontuais, isto é, nem todos os
temas apresentados precisam ser transformados em objetos de estudo.
Alguns podem ser discutidos nas rodas de conversa.
Além disso, frente aos temas trazidos, o professor precisa planejar como
explorá-lo, bem como a duração da exploração, que deve ser de acordo com
a situação que despertou a necessidade do estudo.
Atividades
ocasionais
14
Atividades de
sistematização
Atividades de sistematização
retomam objetos de
conhecimento.
São atividades consideradas ocasionais e têm por objetivo
sistematizar, de tempos em tempos, os objetos de
conhecimento explorados anteriormente. Elas não
apresentam frequência definida ou periodicidade.
Elas são determinadas pelo professor de forma a
estabelecer relações entre objetos anteriormente
explorados ou previstos para a exploração. Também
são definidas quando o professor percebe a
necessidade de retomar objetos anteriores, visto que
constatou não estarem sendo aplicadas ou que algumas
delas ainda não se apresentaram de forma consistente.
15
As atividades de sistematização podem ter por objetivo a retomada das características de um
gênero ao começar uma fábula ou narrativa de aventura com a expressão “Era uma vez”. O
professor pode retomar qual é o gênero que apresenta esse marcador e quais são os outros
que podem estar presentes nos gêneros citados.
As atividades de sistematização promovem a manutenção dos objetos de conhecimento,
possibilitando aos alunos a reflexão sobre aprendizagens anteriores e a aplicação dessas em
situações diversas e constantes.
Sistematização e manutenção do
saber
16
Planejar as aulas, fazendo uso das modalidades organizativas, possibilita ao professor a
distribuição dos objetos de estudo previstos. Desta forma, evita a fragmentação, dá sentido
ao ensino-aprendizagem dos objetos em relações dialógicas e colaborativas de construção
de saberes e otimiza o tempo de aula.
Além disso, as modalidades organizativas rompem com o paradigma de escolarização dos
saberes, visando a objetivos que são compartilhados por alunos e professores.
Planejamento e tempo
didático
17
BARROS, Eliana M. D.; RIOS-REGISTRO, Eliane S. (Orgs.). Experiências com sequências
didáticas de gêneros textuais. São Paulo: Pontes, 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso em: 28
out. 2019.
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
REYES, Yolanda. Ler e brincar, tecer e cantar: literatura, escrita e educação. São Paulo:
Pulo do Gato, 2012.
Referência
bibliográfica
18
NERY, Alfredina. Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade. In:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão
da criança de seis anos de idade. Brasília, 2007. Disponível em:
<http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_2547_405///Modalidades%20O
rganizativas%20do%20trabalho%20pedagogico%20uma%20possibilidade.pdf>. Acesso em:
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Modalidades organizativas otimizam tempo didático

  • 1. 1 Modalidades organizativas LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
  • 2. Para que as situações de aprendizagem ocorram, é necessário que o professor planeje situações em que a criança possa utilizar a leitura e escrita com um propósito, isto é, com uma função social. De forma a otimizar o tempo e contemplar os objetos de conhecimento previstos em documentos que guiam a ação do professor, sejam eles oficiais ou os planejamentos específicos da escola, podemos nos valer das modalidades organizativas de ensino, propostas por Délia Lerner. A organização das situações de aprendizagem As modalidades organizativas otimizam o tempo didático. 2
  • 3. Lerner divide as modalidades organizativas em quatro tipos: projetos, sequências didáticas, atividades habituais ou cotidianas e atividades ocasionais. Ainda de acordo com autora, essas modalidades organizativas auxiliam o professor na gestão do tempo quando rompem com a correlação linear entre parcelas do conhecimento e tempo. Assim, não se trata unicamente em aumentar o tempo ou reduzir conteúdos, mas em produzir, de forma qualitativa, uma mudança no tempo didático utilizável. A organização das situações de aprendizagem 3
  • 4. Projetos didáticos são investigações sobre determinadas temáticas, envolvendo os propósitos didáticos e sociais, que partem de um questionamento ou de uma situação- problema a ser resolvida, respondida e solucionada. Os projetos preveem a produção de um produto final, a elaboração de um artefato ou de alguma situação que apresente, para interlocutores reais, a materialização de uma investigação, tais como: podcasts sobre assuntos explorados, livros coletivos de textos, panfletos, booktubes de indicação literária, entre outros. Projetos didáticos Os projetos didáticos partem de um problema a ser investigado. 4
  • 5. A frequência e periodicidade de um projeto didático são determinadas de acordo com a temática, sua complexidade e o tempo necessário para as investigações, por isso são variáveis. Ao planejar o desenvolvimento de um projeto e havendo a definição do produto final, em conjunto com os alunos, deve-se prever a data para que o mesmo esteja finalizado, assim como o cronograma de atividades. Projeto s 5
  • 6. Há projetos que serão desenvolvidos ao longo de semanas, outros que podem demandar investigações durante todo o semestre. Desse modo, quando os objetivos estão claros e declarados no projeto, a adequação das atividades ao tempo acontecem de forma orgânica. Projeto s 6
  • 7. Projetos interdisciplinares O projeto interdisciplinar enriquece as descobertas dos alunos. Vale ressaltar que uma das características mais interessantes de um projeto pedagógico é o fato de que o conteúdo não se apresenta de forma fragmentada. Diversos conteúdos, no desenvolvimento dessa modalidade organizativa, são desenvolvidos enquanto uma temática é investigada. Desse modo, um projeto pode ser interdisciplinar, mas essa não é uma obrigatoriedade. A interdisciplinaridade enriquece as investigações e otimiza o tempo didático, visto que uma mesma atividade possibilita a exploração de objetos de conhecimento de diferentes componentes curriculares. 12
  • 8. Diferente dos projetos, as sequências não culminam em um produto final. Elas são planejadas com o objetivo de explorar uma temática de forma não fragmentada ao longo de um período determinado pelo professor, em função dos objetivos estabelecidos e de acordo com as etapas previstas para a análise do objeto de estudo. Consistem em uma série de atividades para a análise de uma determinada temática ou para o estudo de gênero. Elas apresentam uma gradação de descobertas sobre o objeto de estudo, havendo uma continuidade entre a atividade anterior e a subsequente. Sequências didáticas As sequências didáticas promovem a construção de conhecimentos. 8
  • 9. Elaboradas a partir de um critério que prevê a ampliação de conhecimentos acerca do objeto de estudos, a sequência de atividades otimiza o tempo escolar nessa modalidade. Além disso, promove a possibilidade do conhecimento significativo de um objeto de conhecimento em etapas que se complementam e se ampliam. Sequências didáticas 9
  • 10. Os gêneros do discurso são objetos de conhecimento que permitem a elaboração de sequências didáticas robustas e relevantes. As etapas previstas em uma sequência de gêneros possibilitam ao aluno o conhecimento de características estruturantes do texto; recursos linguísticos; efeitos de sentido; especificação de personagens; marcadores temporais e espaciais; entre outros. Os livros literários também podem ser explorados em sequências didáticas que privilegiam a leitura, podendo ser lidos e discutidos em capítulos entre pares. Sequências didáticas e gêneros Leituras literárias podem ser exploradas em situações sequenciadas. 10
  • 11. Atividades habituais Há atividades que fazem parte da rotina habitual do aluno na escola. Como sugere o próprio nome, as atividades habituais fazem parte do cotidiano escolar, ou seja, acontecem com uma frequência determinada, podendo ser diária, semanal, quinzenal ou com outra periodicidade definida. Nas séries iniciais, em que o processo de aprendizagem da língua escrita, codificação e decodificação está sendo construída e se solidificando, as atividades habituais criam uma rotina de aprendizagem e exploração de determinados objetos de conhecimento. 11
  • 12. Essas atividades auxiliam na organização da rotina do dia e usam diversas estratégias para fazer a chamada e definir as atividades a serem realizadas. Elas também propiciam o desenvolvimento da oralidade (fala espontânea), oralização (leitura de textos em voz alta em situações de roda de conversa) e a leitura e escuta (em situações de leitura compartilhada), entre outras. As atividades habituais precisam ser planejadas pelo professor e contempladas de acordo com a periodicidade estabelecida para que a rotina seja criada. Atividades habituais 12
  • 13. Essas atividades derivam de situações pontuais. Elas podem surgir a partir de acontecimentos presentes na mídia, que despertam a atenção dos alunos; material trazido por um aluno ou professor, que desperte a curiosidade de exploração do grupo; filme; peça de teatro; lançamento de livro; data específica que motiva uma exploração de fatos; entre outros. Não é possível determinar a frequência, duração ou periodicidade das situações ocasionais, uma vez que surgem em momentos específicos. Atividades ocasionais Atividades ocasionais derivam de acontecimentos da mídia. 13
  • 14. A valorização do interesse dos alunos em situações ocasionais é de suma importância. No entanto, o professor precisa evitar que essas atividades adquiram uma periodicidade que comprometerá o planejamento. Como o próprio nome sugere, elas são atividades pontuais, isto é, nem todos os temas apresentados precisam ser transformados em objetos de estudo. Alguns podem ser discutidos nas rodas de conversa. Além disso, frente aos temas trazidos, o professor precisa planejar como explorá-lo, bem como a duração da exploração, que deve ser de acordo com a situação que despertou a necessidade do estudo. Atividades ocasionais 14
  • 15. Atividades de sistematização Atividades de sistematização retomam objetos de conhecimento. São atividades consideradas ocasionais e têm por objetivo sistematizar, de tempos em tempos, os objetos de conhecimento explorados anteriormente. Elas não apresentam frequência definida ou periodicidade. Elas são determinadas pelo professor de forma a estabelecer relações entre objetos anteriormente explorados ou previstos para a exploração. Também são definidas quando o professor percebe a necessidade de retomar objetos anteriores, visto que constatou não estarem sendo aplicadas ou que algumas delas ainda não se apresentaram de forma consistente. 15
  • 16. As atividades de sistematização podem ter por objetivo a retomada das características de um gênero ao começar uma fábula ou narrativa de aventura com a expressão “Era uma vez”. O professor pode retomar qual é o gênero que apresenta esse marcador e quais são os outros que podem estar presentes nos gêneros citados. As atividades de sistematização promovem a manutenção dos objetos de conhecimento, possibilitando aos alunos a reflexão sobre aprendizagens anteriores e a aplicação dessas em situações diversas e constantes. Sistematização e manutenção do saber 16
  • 17. Planejar as aulas, fazendo uso das modalidades organizativas, possibilita ao professor a distribuição dos objetos de estudo previstos. Desta forma, evita a fragmentação, dá sentido ao ensino-aprendizagem dos objetos em relações dialógicas e colaborativas de construção de saberes e otimiza o tempo de aula. Além disso, as modalidades organizativas rompem com o paradigma de escolarização dos saberes, visando a objetivos que são compartilhados por alunos e professores. Planejamento e tempo didático 17
  • 18. BARROS, Eliana M. D.; RIOS-REGISTRO, Eliane S. (Orgs.). Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. São Paulo: Pontes, 2014. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso em: 28 out. 2019. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. REYES, Yolanda. Ler e brincar, tecer e cantar: literatura, escrita e educação. São Paulo: Pulo do Gato, 2012. Referência bibliográfica 18
  • 19. NERY, Alfredina. Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2007. Disponível em: <http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_2547_405///Modalidades%20O rganizativas%20do%20trabalho%20pedagogico%20uma%20possibilidade.pdf>. Acesso em: 28 out. 2019. Referência bibliográfica 19