SlideShare uma empresa Scribd logo
VARIÁVEL ALEATÓRIA
• Definição: Seja (Ε) um experimento
  aleatório e seja (S) um espaço amostral
  associado ao experimento. Uma função
  de X, que associe a cada elemento s
  ∈ S um número real x(s), é denominada
  variável aleatória.
                 X


          s              x(s)

          S              X(S)
Exemplos de Variáveis aleatórias
• Número obtido no lançamento de um dado;
• Número de caras obtido no lançamento de duas moedas;
• Número de itens defeituosos em uma amostra retirada,
  aleatoriamente, de um lote;
• Número de defeitos em um azulejo que sai da linha de
  produção;
• Número de pessoas que visitam um determinado site, num
  certo período de tempo;
• Volume de água perdida por dia, num sistema de
  abastecimento;
• Resistência ao desgaste de um tipo de aço, num teste padrão;
• Tempo de resposta de um sistema computacional;
• Grau de empeno em um azulejo que sai da linha de produção.
Exemplo 1

• Suponha que lançamos duas moedas.
  Definimos uma variável aleatória como
  sendo o número de caras obtido nas duas
  moedas.
  – Encontre o espaço amostral
  – Calcule as probabilidades da v.a.
Solução
• Espaço amostral
    S = { ( coroa, coroa ) , ( coroa, cara ) , ( cara, coroa ) , ( cara, cara )}


                       0                     1                     2               x
    X = número de caras = { 0,1, 2}
• As probabilidades:
                                         1 1 1
    P( X = 0 ) = P (coroa, coroa) = * =
                                         2 2 4
                                                      1 1 1 1 2
    P( X = 1) = P{ ( coroa, car ) , ( cara, coroa )} = * + * =
                                                      2 2 2 2 4
                                       1 1 1
    P( X = 2 ) = P( cara, cara ) = * =
                                       2 2 4
Variáveis Aleatórias Discretas
• Variável aleatória discreta
  – Os possíveis resultados estão contidos em um
    conjunto finito ou enumerável
  – Exemplos:
     • Número de caras obtido no lançamento de duas moedas;
     • Número de itens defeituosos em uma amostra retirada,
       aleatoriamente, de um lote;
     • Número de defeitos em um azulejo que sai da linha de
       produção;
     • Número de pessoas que visitam um determinado site, num
       certo período de tempo;
FUNÇÃO DE PROBABILIDADE OU
  DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE
• Se X for uma V.A. discreta, com os
  possíveis valores { x1 , x2 , , xn , }, então a
  distribuição de probabilidade de X pode ser
  apresentada pela chamada função de
  probabilidade, que associa a cada valor
  possível x i a sua probabilidade de ocorrência
  P ( xi )  , ou seja:
                  P( X = xi ) = P( xi ) = p i

• Uma função de probabilidade                   deve
  satisfazer i) 0 ≤ P( x ) ≤1
                        i
                 ∞
             ii ) ∑P ( x i ) =1
                i=1
Exemplo 2
• Seja X a variável aleatória que indica o
  número de caras no lançamento de 3
  moedas. Apresente a distribuição de X em
  uma tabela.
Solução
    {
S = ( coroa, coroa, coroa ) , ( coroa, coroa, cara ) , ( coroa, cara, coroa ) , ( cara, coroa, coroa ) ,
    ( cara, cara, coroa ) , ( cara, coroa, cara ) , ( coroa, cara, cara ) , ( cara, cara, cara )        }
X = número de caras = { 0,1, 2,3}
                                             1 1 1 1
P( X = 0 ) = P(coroa, coroa, coroa) =          * * =
                                             2 2 2 8
                                                                                              1 1 1 3
P( X = 1) = P{ ( coroa, coroa, cara ) , ( coroa, cara, coroa ) , ( cara, coroa, coroa )} = 3 * * * =
                                                                                              2 2 2 8
                                                                                            1 1 1 3
P( X = 2 ) = P{ ( cara, cara, coroa ) , ( cara, coroa, cara ) , ( coroa, cara, cara )} = 3 * * * =
                                                                                            2 2 2 8
                                       1 1 1 1
P( X = 3) = P( cara, cara, cara ) = * * =
                                        2 2 2 8

        X                                   P(X=x)
        0                                   1/8
        1                                   3/8
        2                                   3/8
        3                                   1/8
Função de distribuição acumulada

• Outra forma de representar uma distribuição
  de probabilidades de uma variável aleatória é
  através de distribuição acumulada, que é
  definida por:

  F ( x) = P ( X ≤ x), ∀x ∈ ℜ,
  ℜ é conjunto onde a variável aleatória está
  definida
Exemplo 3
• Seja a variável aleatória do exemplo 2,
  encontre a função de distribuição
  acumulada.
  X                 P(X=x)
  0                 1/8
  1                 3/8
  2                 3/8
  3                 1/8
Solução
          0     se   x<0
           18
                se   0 ≤ x <1
F ( x ) = 4 8   se   1≤ x < 2
          7 8   se   2≤ x<3
          1
                se   x≥3
                                 F(x)
                             1
                            ⅞

                            ⅝

                            ⅜

                            ⅛

                                        0   1   2   3   x
Variáveis Aleatórias Contínuas
• Variável aleatória contínua
   – Os possíveis resultados abrangem todo um intervalo de números reais
   – Exemplos:
       •   Volume de água perdida por dia, num sistema de abastecimento;
       •   Resistência ao desgaste de um tipo de aço, num teste padrão;
       •   Tempo de resposta de um sistema computacional;
       •   Grau de empeno em um azulejo que sai da linha de produção.
Obs:
  Há variáveis aleatórias discretas, com grande número de
  possíveis resultados, em que é preferível usar um modelo
  aproximado contínuo no lugar de um modelo exato discreto:
   – Número de transações por segundo de uma CPU
   – Número de defeitos numa amostra de 5000 itens
FUNÇÃO DENSIDADE DE
          PROBAILIDADE
• As probabilidades de eventos associados a
  uma variável aleatória contínua X podem ser
  calculadas através de uma função densidade
  de probabilidade f, que deve satisfazer:
   i ) f ( x ) ≥ 0, ∀x ∈ℜ
      +∞

   ii ) ∫ f ( x) dx =1                    f(x)
      −∞




Se A = [a, b], então P( A) = ∫ f ( x)dx
                               b


                               a
                                                 a   b   x
Exemplo 4
• Seja a variável aleatória T definida como o
  tempo de resposta na consulta a um banco
  de dados, em minutos. Suponha que essa
  variável aleatória tenha a seguinte função
  densidade de probabilidade:
           2e −2 t ,
   f (t) =             para t ≥ 0
           0,          para t < 0

  Calcular a probabilidade de a resposta
  demorar mais do que 3 minutos.
Solução

                                                     ∞

  ( t ≥ 3) = ∫ f ( t ) dt = ∫ 2e − 2t dt = 2− 1 e − 2t  = 0 + e − 2 (3) = e −6 = 0,0025
             ∞            ∞

P                                            2         
             3              3                          3
FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
     ACUMULADA
• Como X é uma variável aleatória contínua
  com função de densidade de probabilidade
  f, definimos sua função de distribuição
  acumulada por:
                            x

   F ( x) = P ( X ≤ x) = ∫ f ( s )ds, ∀x ∈ ℜ
                            −∞


OBS:    dF ( x )
                 = f ( x)
         dx
Exemplo 5

• Considere a função densidade de probabilidade
  do exemplo 4 e obtenha a função de
  distribuição acumulada.
              2e −2 t ,
      f (t) =             para t ≥ 0
              0,          para t < 0
Solução
                         t                 t

Para t < 0 ⇒ F ( t ) =   ∫ f ( s ) ds = ∫ 0dt = 0
                         −∞               −∞

                              f ( s ) ds = ∫ 0ds + ∫ 2e −2 s ds = 0 + [ − e −2 s ] 0 = 1 − e −2 t
                          t                0         t

Para t ≥ 0 ⇒ F ( t ) =
                                                                                   t
                          ∫
                         −∞               −∞         0




Resumindo, a função de distribuição
acumulada da variável aleatória T é dada por:
       1 − e −2 t , para t ≥ 0
F(t) = 
       0,           para t < 0
Variáveis Aleatórias Bidimensionais
• Definição
  – Seja E um experimento e S um espaço amostral
    associado a E. Sejam X = X ( s ) e Y = Y ( s ) duas
    funções, cada uma associando um número real
    a cada resultado s ∈ S . Denotaremos (X, Y) uma
    v. a. bidimensional.
            S                            X(s)
                         X

             s

                          Y              Y(s)
Variável Aleatória Discreta
              Bidimensional
• (X, Y) será uma v.a. discreta bidimensional
  se os valores possíveis de (X, Y) forem
  finitos ou infinitos numeráveis, isto é, os
  valores possíveis de (X, Y) possam ser
  representados por ( x , y ), i = 1,2, , n,  ; j = 1, 2,  , m., 
                               i   j
Função de Probabilidade ou
Distribuição de Probabilidade de (X, Y)
• Seja (X, Y) uma v.a. discreta bidimensional. A
  cada resultado possível( x , y ) associaremos um
                             i   j



  número p( x , y ) representando P( X = x , Y = y ) e
                    i   j                 i     j


  satisfazendo as seguintes condições:
   a ) p ( xi , y j ) ≥ 0
   b) ∑∑ p ( xi , y j ) =1
       ∞     ∞


       i=1   j=1
Exemplo 6
• Duas linhas de produção fabricam um certo tipo de peça. Suponha que a
  capacidade (em qualquer dia) seja 5 peças na linha I e 3 peças na linha II.
  Admita que o número de peças realmente produzidas em qualquer linha seja
  uma v.a. e que (X, Y) represente a v.a. bidimensional que fornece o número de
  peças produzidas pela linha I e a linha II, respectivamente. A tabela 1 dá a
  distribuição de probabilidade conjunta de (X, Y)
            Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y)
                   X       0       1       2       3      4          5      Soma
             Y
                       0      0    0,01    0,03    0,05   0,07       0,09    0,25
                       1   0,01    0,02    0,04    0,05   0,06       0,08    0,26
                       2   0,01    0,03    0,05    0,05   0,05       0,06    0,25
                       3   0,01    0,02    0,04    0,06   0,06       0,05    0,24
                           0,03    0,08    0,16    0,21   0,24       0,28       1


                               (       )       (
   Cada casa representa p xi , y j = P X = xi , Y = y j          )
   Se B = {mais peças são produzidas pela linha I que pela linha II}, calcule P(B)
Solução

P( B ) = p(1,0) + p (2,0) + p(2,1) + p(3,0) + p(3,1) + p(3,2) + p(4,0) +
         p(4,1) + p(4,2) + p(4,3) + p(5,0) + p(5,1) + p(5,2) + p(5,3) =
        0,01 + 0,03 + 0,04 + 0,05 + 0,05 + 0,05 + 0,07 + 0,06 + 0,05 +
        0,06 + 0,09 + 0,08 + 0,06 + 0,05
P( B ) = 0,75
Variável Aleatória Contínua
             Bidimensional
• (X, Y) será uma v.a. contínua bidimensional
  se (X, Y) puder assumir todos os valores em
  algum conjunto não-numerável do plano
  euclidiano.
• Se (X, Y) assumir todos os valores no
  retângulo{ ( x, y ) | a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d } ou todos os
  valores no circulo { ( x, y ) | x + y ≤ 1} ,
                                  2    2


  poderemos dizer que (X, Y) é uma v.a.
  bidimensional contínua.
Função Densidade de Probabilidade
           Conjunta
• Seja (X, Y) uma v.a. contínua
  assumindo todos os valores em uma
  região ℜ do plano euclidiano. A função
  densidade de probabilidade conjunta f é
  uma função que satisfaz as seguintes
  condições:
  a ) f ( x, y ) ≥ 0 para todo ( x, y ) ∈ ℜ
  b) ∫∫ f ( x, y ) dxdy = 1
     ℜ
Exemplo 7
• Suponha que um fabricante de lâmpadas esteja
  interessado no número de lâmpadas
  encomendadas a ele durante os meses de
  janeiro e fevereiro. Sejam X e Y,
  respectivamente, o número de lâmpadas
  encomendadas durante esses dois meses.
  Admitiremos que (X, Y) seja uma v.a. contínua
  bidimensional com a seguinte fdp conjunta
             {
   f ( x, y ) = c, se 5000 ≤ x ≤ 10000 e 4000 ≤ y ≤ 9000
                0, nos demais casos
  Se   B = { X ≥ Y}   , calcule P(B)
Solução
• Determinar c
+∞ +∞                           9000 10000
                                                              1
 ∫∫   f ( x, y )dxdy = 1 ⇒ ∫ ∫ cdxdy = 1 ⇒ 5000 c = 1 ⇒ c =
                                                    2
                                                                   = 5000 −2
−∞ −∞                     4000 5000                         5000 2

• Calculo de P(B)
                                              Y=X
        9000


        4000

                         5000         10000
                     1
               10000 x
                                   1                     1 10000
P( B ) = ∫ ∫              dydx =      2 ∫
                                          y |4000 dx =
                                             x
                                                           2 ∫
                                                               ( x − 4000) dx = 0,7
         5000 4000 5000          5000                  5000 5000
                        2
Exercício 1
• Calcular a probabilidade de B usando o
  seguinte artifício:

                       ( )
          P( B ) = 1 − P B
Função de Distribuição Acumulada

• Seja (X, Y) uma v.a. bidimensional. A
 função de distribuição acumulada F(x)
 da v.a. (X, Y) é definida como:
  F ( x, y ) = P ( X ≤ x, Y ≤ y )

OBS:    ∂2 F ( x, y )
                      = f ( x, y )
           ∂x∂y
Distribuição de Probabilidade
              Marginal
• Caso Discreto: Seja (X, Y) uma v.a. discreta
  bidimensional.
  – A distribuição marginal de X:
                                                                             ∞
    p( xi ) = P( X = xi ) = P( X = xi , Y = y1 ou X = xi , Y = y2 ou ) = ∑ p( xi , y j )
                                                                             j =1


  – A distribuição marginal de Y:
                                       ∞
        q( y j ) = P (Y = y j ) = ∑ p ( xi , y j )
                                       i =1
Exemplo 8

• Represente em forma de tabela as funções
  marginal de X e Y do exemplo 6.
     Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y)
            X       0      1       2       3       4      5      Soma
      Y
                0      0   0,01    0,03    0,05   0,07    0,09    0,25
                1   0,01   0,02    0,04    0,05   0,06    0,08    0,26
                2   0,01   0,03    0,05    0,05   0,05    0,06    0,25
                3   0,01   0,02    0,04    0,06   0,06    0,05    0,24
                    0,03   0,08    0,16    0,21   0,24    0,28       1
Solução

Distribuição Marginal de X   Distribuição Marginal de Y

  0           0,03             0           0,25
  1           0,08             1           0,26
  2           0,16             2           0,25
  3           0,21             3           0,24
  4           0,24           Soma           1
  5           0,28
Soma           1
Distribuição de Probabilidade
               Marginal
• Caso Contínuo:

  – Função densidade de probabilidade marginal de X
               ∞

     g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy
              −∞



  – Função densidade de probabilidade marginal de Y
                   ∞

      h( y ) = ∫ f ( x, y ) dx
                   −∞
Exemplo 9
• Suponha-se que (X, Y) seja uma v.a.
  contínua bidimensional com fdp conjunta
             {
   f ( x, y ) = 2( x + y − 2 xy ) , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 1
                0,                  para quaisquer outros valores
  Encontre          g ( x ) e h( y )
Solução
• A função marginal de X:
          1                1

  g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫ 2( x + y − 2 xy ) dy = 1, então
          0                0


  g ( x ) = 1, 0 ≤ x ≤ 1



• A função marginal de Y:
          1                1

  h( y ) = ∫ f ( x, y ) dx = ∫ 2( x + y − 2 xy ) dx = 1, então
          0                0


  h( y ) = 1, 0 ≤ y ≤ 1
Distribuição de Probabilidade
             Condicionada
• Caso Discreto:

                                           p ( xi , y j )
   p ( xi y j ) = P ( X = xi Y = y j ) =                    ,   q( y j ) > 0
                                             q( y j )
                                           p ( xi , y j )
   q ( y j xi ) = P ( Y = y j X = xi ) =                    ,   p ( xi ) > 0
                                             p ( xi )
Exemplo 10
• Consideremos o exemplo 6 da linha de
  produção I e II. Suponhamos que se deseja
  calcular as seguintes probabilidades
  condicionada:
       P( X = 2 Y = 2) e P( Y = 2 X = 2)
     Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y)
            X       0      1       2       3       4      5      Soma
      Y
                0      0   0,01    0,03    0,05   0,07    0,09    0,25
                1   0,01   0,02    0,04    0,05   0,06    0,08    0,26
                2   0,01   0,03    0,05    0,05   0,05    0,06    0,25
                3   0,01   0,02    0,04    0,06   0,06    0,05    0,24
                    0,03   0,08    0,16    0,21   0,24    0,28       1
Solução


                  p( 2,2) P( X = 2, Y = 2) 0,05
P( X = 2 Y = 2) =         =                 =      = 0,2
                   q( 2)      Q(Y = 2)        0,25
                  p (2,2) P ( X = 2, Y = 2 ) 0,02
P( Y = 2 X = 2) =         =                 =      = 0,125
                   p ( 2)     P( X = 2)       0,16
Distribuição de Probabilidade
            Condicionada
• Caso Contínuo:

                 f ( x, y )
      g( x y) =             , h( y ) > 0
                  h( y )
                 f ( x, y )
      h( y x ) =            , g ( x) > 0
                  g ( x)
Exemplo 11
• Suponha-se que (X, Y) seja uma v.a.
  contínua bidimensional tenha uma fdp
  conjunta dada por:
                  2 xy
                 
    f ( x, y ) =  x + 3 ,   0 ≤ x ≤1 e 0 ≤ y ≤ 2
                 0,
                            caso contrário
 Calcular as probabilidades condicionada
    g ( x y ) e h( y x )
Solução
• Como                         f ( x, y )                        f ( x, y )
                 g( x y) =                  e     h( y x ) =
                                h( y )                            g ( x)

• Temos que calcular g ( x ) e h( y )
             1             1
                                      xy   1 1
   h( y ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫  x 2 + dx = + y     0≤ y≤2
            0                 0       3    3 6
         2             2
                                 2 xy          2
  g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫  x + dy = 2 x + x
                                               2
                                                      0 ≤ x ≤1
            0                 0     3          3

            f ( x, y ) x 2 + xy 3 ( 3 x 2 + xy ) 3 6 x 2 + 2 xy
 g( x y) =             =          =               =             , 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 2
             h( y )      1 3+ y 6    ( 2 + y) 6        2+ y
            f ( x, y )    x + xy 3 3x + y
                           2

 h( y x ) =            = 2         =         , 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 2
             g ( x)      2x + 2x 3 6x + 2
Variáveis Aleatórias Independentes

• Caso Discreto
  – Se (X, Y) é uma v.a. discreta bidimensional. Diremos
    que X e Y são v.a.’s independentes se, e somente se,
     p( x , y ) = p( x ) q( y )
        i   j       i   j
                                                 i, j para quaisquer
    P (.X = x ,é, = y ) = P( X = x ) Q(Y = y )
         Isto Y i   j         i
                                                        i, j
                              para todo        .
Exemplo 12
• Mostre que X e Y da v.a. bidimensional do
  exemplo 6 são independentes.
   Tabela 1: Distribução   de probabilidade conjunto de (X, Y)
          X       0        1       2       3       4      5      Soma
    Y
            0        0     0,01    0,03    0,05   0,07    0,09    0,25
            1     0,01     0,02    0,04    0,05   0,06    0,08    0,26
            2     0,01     0,03    0,05    0,05   0,05    0,06    0,25
            3     0,01     0,02    0,04    0,06   0,06    0,05    0,24
                  0,03     0,08    0,16    0,21   0,24    0,28       1
Solução
• Para que X e Y sejam independentes,
  temos:
   p ( x , y ) = p( x ) q ( y ) ou P ( X = x , Y = y ) = P( X = x ) Q(Y = y )
       i   j       i     j                  i       j            i



• Da tabela temos:
    P( X = 0, Y = 0 ) = P( X = 0) Q( Y = 0) , ou seja
    0 ≠ 0,03 * 0,25, então X e Y não são independentes
Variáveis Aleatórias Independentes

• Caso Contínuo:
  – Se (X, Y) é uma v.a. contínua bidimensional.
    Diremos que X e Y são v.a.’s independentes se,
    e somente se, f ( x, y ) = g ( x ) * h( y ) para todo ( x, y ),
    onde f ( x, y ) é a fdp conjunta e g ( x ) e h( y ) são
    as fdp’s marginais de X e Y, respectivamente.
Exemplo 13
• Seja X e Y a duração da vida de dois
  dispositivos eletrônicos. Suponha-se que
  sua fdp conjunta seja dada por:
    f ( x, y ) = e − ( x+ y )
                              , x ≥ 0, y ≥ 0
  Mostre que x e Y são independentes.
Solução
Como:
f ( x, y ) = e − ( x + y ) = e − x − y = e − x * e − y = g ( x ) * h ( y )


Então X e Y são independentes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lei De Ampere
Lei De AmpereLei De Ampere
Lei De Amperedalgo
 
Aula de LOGARITMOS
Aula de LOGARITMOSAula de LOGARITMOS
Aula de LOGARITMOS
José Junior Barreto
 
Função logarítmica
Função logarítmicaFunção logarítmica
Função logarítmica
NathalyNara
 
Aula 22 probabilidade - parte 1
Aula 22   probabilidade - parte 1Aula 22   probabilidade - parte 1
Método estatístico
Método estatísticoMétodo estatístico
Método estatístico
Paulo Carioca
 
Profº Marcelo Santos Chaves Cálculo I (limites trigonométricos)
Profº Marcelo Santos Chaves   Cálculo I (limites trigonométricos)Profº Marcelo Santos Chaves   Cálculo I (limites trigonométricos)
Profº Marcelo Santos Chaves Cálculo I (limites trigonométricos)
MarcelloSantosChaves
 
18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurinGabriela Cristina
 
Aula 10: Exercícios
Aula 10: ExercíciosAula 10: Exercícios
Aula 10: Exercícios
Adriano Silva
 
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações Parciais
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações ParciaisResumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações Parciais
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações ParciaisGustavo Fernandes
 
Medidas de tendencia central
Medidas de tendencia centralMedidas de tendencia central
Medidas de tendencia central
rosania39
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integrais
Diego Rodrigues Vaz
 
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas   estatística - medidas - central e dispersãoFórmulas   estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersãomarioferreiraneto
 
Introdução à Estatística
Introdução à EstatísticaIntrodução à Estatística
Introdução à Estatística
Carlos Santos Junior
 
Testes de hipóteses
Testes de hipótesesTestes de hipóteses
Testes de hipóteses
CLT Valuebased Services
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
Aulas De Matemática Apoio
 
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1]   cópiaAula de distribuição de probabilidade[1]   cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópiaTuane Paixão
 
Caracteristica de uma funcao quadratica
Caracteristica de uma funcao quadraticaCaracteristica de uma funcao quadratica
Caracteristica de uma funcao quadratica
Paulo Mutolo
 
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de EstatísticaAula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
Josimar M. Rocha
 

Mais procurados (20)

Lei De Ampere
Lei De AmpereLei De Ampere
Lei De Ampere
 
Aula de LOGARITMOS
Aula de LOGARITMOSAula de LOGARITMOS
Aula de LOGARITMOS
 
Função logarítmica
Função logarítmicaFunção logarítmica
Função logarítmica
 
Aula 22 probabilidade - parte 1
Aula 22   probabilidade - parte 1Aula 22   probabilidade - parte 1
Aula 22 probabilidade - parte 1
 
Função exponencial
Função exponencialFunção exponencial
Função exponencial
 
Método estatístico
Método estatísticoMétodo estatístico
Método estatístico
 
Profº Marcelo Santos Chaves Cálculo I (limites trigonométricos)
Profº Marcelo Santos Chaves   Cálculo I (limites trigonométricos)Profº Marcelo Santos Chaves   Cálculo I (limites trigonométricos)
Profº Marcelo Santos Chaves Cálculo I (limites trigonométricos)
 
18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin
 
Aula 10: Exercícios
Aula 10: ExercíciosAula 10: Exercícios
Aula 10: Exercícios
 
distribuição-t-student
distribuição-t-studentdistribuição-t-student
distribuição-t-student
 
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações Parciais
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações ParciaisResumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações Parciais
Resumo sobre Integração de Funções Racionais e Frações Parciais
 
Medidas de tendencia central
Medidas de tendencia centralMedidas de tendencia central
Medidas de tendencia central
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integrais
 
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas   estatística - medidas - central e dispersãoFórmulas   estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
 
Introdução à Estatística
Introdução à EstatísticaIntrodução à Estatística
Introdução à Estatística
 
Testes de hipóteses
Testes de hipótesesTestes de hipóteses
Testes de hipóteses
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
 
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1]   cópiaAula de distribuição de probabilidade[1]   cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
 
Caracteristica de uma funcao quadratica
Caracteristica de uma funcao quadraticaCaracteristica de uma funcao quadratica
Caracteristica de uma funcao quadratica
 
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de EstatísticaAula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
 

Semelhante a Variável aleatória1

Variaveis+aleatorias
Variaveis+aleatoriasVariaveis+aleatorias
Variaveis+aleatoriasFagner Talles
 
Apostila 2 calculo i derivadas
Apostila 2 calculo i derivadasApostila 2 calculo i derivadas
Apostila 2 calculo i derivadastrigono_metrico
 
Matematica2 16
Matematica2 16Matematica2 16
Matematica2 16
Débora Bastos
 
Análise matemática
Análise matemáticaAnálise matemática
Análise matemática
Sónia Alexandre
 
1º TRABALHO de CÁLCULO I
1º TRABALHO de CÁLCULO I1º TRABALHO de CÁLCULO I
1º TRABALHO de CÁLCULO I
marcelotorraca
 
Funçao quadratica-revisao 2
Funçao quadratica-revisao 2Funçao quadratica-revisao 2
Funçao quadratica-revisao 2Magda Damião
 
Funçao quadratica-revisao
Funçao quadratica-revisaoFunçao quadratica-revisao
Funçao quadratica-revisaoMagda Damião
 
Polinomios 17122016
Polinomios 17122016Polinomios 17122016
Polinomios 17122016
Antonio Carneiro
 
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabaritoprofzwipp
 
2ª lista de exercícios 2º ano equações, inequações e funções trigonométricas
2ª lista de exercícios 2º ano  equações, inequações e funções trigonométricas2ª lista de exercícios 2º ano  equações, inequações e funções trigonométricas
2ª lista de exercícios 2º ano equações, inequações e funções trigonométricas
carlos josé gomes
 
Formulário de Análise Matemática
Formulário de Análise MatemáticaFormulário de Análise Matemática
Formulário de Análise Matemática
Pedro Dias
 
Aula funcoes 1° e 2° graus
Aula   funcoes 1° e 2° grausAula   funcoes 1° e 2° graus
Aula funcoes 1° e 2° grausDaniel Muniz
 
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
Elisângela Rodrigues
 
Assintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesAssintotas e Descontinuidades
Assintotas e Descontinuidades
Carlos Campani
 

Semelhante a Variável aleatória1 (20)

Variaveis+aleatorias
Variaveis+aleatoriasVariaveis+aleatorias
Variaveis+aleatorias
 
Apostila 2 calculo i derivadas
Apostila 2 calculo i derivadasApostila 2 calculo i derivadas
Apostila 2 calculo i derivadas
 
Matematica2 16
Matematica2 16Matematica2 16
Matematica2 16
 
Apostila integrais
Apostila integraisApostila integrais
Apostila integrais
 
Análise matemática
Análise matemáticaAnálise matemática
Análise matemática
 
P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)
 
1º TRABALHO de CÁLCULO I
1º TRABALHO de CÁLCULO I1º TRABALHO de CÁLCULO I
1º TRABALHO de CÁLCULO I
 
Funçao quadratica-revisao 2
Funçao quadratica-revisao 2Funçao quadratica-revisao 2
Funçao quadratica-revisao 2
 
Funçao quadratica-revisao
Funçao quadratica-revisaoFunçao quadratica-revisao
Funçao quadratica-revisao
 
Prova 1a
Prova 1aProva 1a
Prova 1a
 
Polinomios
PolinomiosPolinomios
Polinomios
 
Polinomios 17122016
Polinomios 17122016Polinomios 17122016
Polinomios 17122016
 
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
2010 volume3 cadernodoaluno_matematica_ensinomedio_3aserie_gabarito
 
2ª lista de exercícios 2º ano equações, inequações e funções trigonométricas
2ª lista de exercícios 2º ano  equações, inequações e funções trigonométricas2ª lista de exercícios 2º ano  equações, inequações e funções trigonométricas
2ª lista de exercícios 2º ano equações, inequações e funções trigonométricas
 
Formulário de Análise Matemática
Formulário de Análise MatemáticaFormulário de Análise Matemática
Formulário de Análise Matemática
 
estatística básica 2
estatística básica 2estatística básica 2
estatística básica 2
 
Aula funcoes 1° e 2° graus
Aula   funcoes 1° e 2° grausAula   funcoes 1° e 2° graus
Aula funcoes 1° e 2° graus
 
Mat logaritmos 005
Mat logaritmos  005Mat logaritmos  005
Mat logaritmos 005
 
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
2-1_Var aleatorias discretas e distribuicoes.pdf
 
Assintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesAssintotas e Descontinuidades
Assintotas e Descontinuidades
 

Variável aleatória1

  • 1. VARIÁVEL ALEATÓRIA • Definição: Seja (Ε) um experimento aleatório e seja (S) um espaço amostral associado ao experimento. Uma função de X, que associe a cada elemento s ∈ S um número real x(s), é denominada variável aleatória. X s x(s) S X(S)
  • 2. Exemplos de Variáveis aleatórias • Número obtido no lançamento de um dado; • Número de caras obtido no lançamento de duas moedas; • Número de itens defeituosos em uma amostra retirada, aleatoriamente, de um lote; • Número de defeitos em um azulejo que sai da linha de produção; • Número de pessoas que visitam um determinado site, num certo período de tempo; • Volume de água perdida por dia, num sistema de abastecimento; • Resistência ao desgaste de um tipo de aço, num teste padrão; • Tempo de resposta de um sistema computacional; • Grau de empeno em um azulejo que sai da linha de produção.
  • 3. Exemplo 1 • Suponha que lançamos duas moedas. Definimos uma variável aleatória como sendo o número de caras obtido nas duas moedas. – Encontre o espaço amostral – Calcule as probabilidades da v.a.
  • 4. Solução • Espaço amostral S = { ( coroa, coroa ) , ( coroa, cara ) , ( cara, coroa ) , ( cara, cara )} 0 1 2 x X = número de caras = { 0,1, 2} • As probabilidades: 1 1 1 P( X = 0 ) = P (coroa, coroa) = * = 2 2 4 1 1 1 1 2 P( X = 1) = P{ ( coroa, car ) , ( cara, coroa )} = * + * = 2 2 2 2 4 1 1 1 P( X = 2 ) = P( cara, cara ) = * = 2 2 4
  • 5. Variáveis Aleatórias Discretas • Variável aleatória discreta – Os possíveis resultados estão contidos em um conjunto finito ou enumerável – Exemplos: • Número de caras obtido no lançamento de duas moedas; • Número de itens defeituosos em uma amostra retirada, aleatoriamente, de um lote; • Número de defeitos em um azulejo que sai da linha de produção; • Número de pessoas que visitam um determinado site, num certo período de tempo;
  • 6. FUNÇÃO DE PROBABILIDADE OU DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE • Se X for uma V.A. discreta, com os possíveis valores { x1 , x2 , , xn , }, então a distribuição de probabilidade de X pode ser apresentada pela chamada função de probabilidade, que associa a cada valor possível x i a sua probabilidade de ocorrência P ( xi ) , ou seja: P( X = xi ) = P( xi ) = p i • Uma função de probabilidade deve satisfazer i) 0 ≤ P( x ) ≤1 i ∞ ii ) ∑P ( x i ) =1 i=1
  • 7. Exemplo 2 • Seja X a variável aleatória que indica o número de caras no lançamento de 3 moedas. Apresente a distribuição de X em uma tabela.
  • 8. Solução { S = ( coroa, coroa, coroa ) , ( coroa, coroa, cara ) , ( coroa, cara, coroa ) , ( cara, coroa, coroa ) , ( cara, cara, coroa ) , ( cara, coroa, cara ) , ( coroa, cara, cara ) , ( cara, cara, cara ) } X = número de caras = { 0,1, 2,3} 1 1 1 1 P( X = 0 ) = P(coroa, coroa, coroa) = * * = 2 2 2 8 1 1 1 3 P( X = 1) = P{ ( coroa, coroa, cara ) , ( coroa, cara, coroa ) , ( cara, coroa, coroa )} = 3 * * * = 2 2 2 8 1 1 1 3 P( X = 2 ) = P{ ( cara, cara, coroa ) , ( cara, coroa, cara ) , ( coroa, cara, cara )} = 3 * * * = 2 2 2 8 1 1 1 1 P( X = 3) = P( cara, cara, cara ) = * * = 2 2 2 8 X P(X=x) 0 1/8 1 3/8 2 3/8 3 1/8
  • 9. Função de distribuição acumulada • Outra forma de representar uma distribuição de probabilidades de uma variável aleatória é através de distribuição acumulada, que é definida por: F ( x) = P ( X ≤ x), ∀x ∈ ℜ, ℜ é conjunto onde a variável aleatória está definida
  • 10. Exemplo 3 • Seja a variável aleatória do exemplo 2, encontre a função de distribuição acumulada. X P(X=x) 0 1/8 1 3/8 2 3/8 3 1/8
  • 11. Solução 0 se x<0  18  se 0 ≤ x <1 F ( x ) = 4 8 se 1≤ x < 2 7 8 se 2≤ x<3 1  se x≥3 F(x) 1 ⅞ ⅝ ⅜ ⅛ 0 1 2 3 x
  • 12. Variáveis Aleatórias Contínuas • Variável aleatória contínua – Os possíveis resultados abrangem todo um intervalo de números reais – Exemplos: • Volume de água perdida por dia, num sistema de abastecimento; • Resistência ao desgaste de um tipo de aço, num teste padrão; • Tempo de resposta de um sistema computacional; • Grau de empeno em um azulejo que sai da linha de produção. Obs: Há variáveis aleatórias discretas, com grande número de possíveis resultados, em que é preferível usar um modelo aproximado contínuo no lugar de um modelo exato discreto: – Número de transações por segundo de uma CPU – Número de defeitos numa amostra de 5000 itens
  • 13. FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBAILIDADE • As probabilidades de eventos associados a uma variável aleatória contínua X podem ser calculadas através de uma função densidade de probabilidade f, que deve satisfazer: i ) f ( x ) ≥ 0, ∀x ∈ℜ +∞ ii ) ∫ f ( x) dx =1 f(x) −∞ Se A = [a, b], então P( A) = ∫ f ( x)dx b a a b x
  • 14. Exemplo 4 • Seja a variável aleatória T definida como o tempo de resposta na consulta a um banco de dados, em minutos. Suponha que essa variável aleatória tenha a seguinte função densidade de probabilidade: 2e −2 t , f (t) =  para t ≥ 0 0, para t < 0 Calcular a probabilidade de a resposta demorar mais do que 3 minutos.
  • 15. Solução ∞ ( t ≥ 3) = ∫ f ( t ) dt = ∫ 2e − 2t dt = 2− 1 e − 2t  = 0 + e − 2 (3) = e −6 = 0,0025 ∞ ∞ P  2  3 3  3
  • 16. FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO ACUMULADA • Como X é uma variável aleatória contínua com função de densidade de probabilidade f, definimos sua função de distribuição acumulada por: x F ( x) = P ( X ≤ x) = ∫ f ( s )ds, ∀x ∈ ℜ −∞ OBS: dF ( x ) = f ( x) dx
  • 17. Exemplo 5 • Considere a função densidade de probabilidade do exemplo 4 e obtenha a função de distribuição acumulada. 2e −2 t , f (t) =  para t ≥ 0 0, para t < 0
  • 18. Solução t t Para t < 0 ⇒ F ( t ) = ∫ f ( s ) ds = ∫ 0dt = 0 −∞ −∞ f ( s ) ds = ∫ 0ds + ∫ 2e −2 s ds = 0 + [ − e −2 s ] 0 = 1 − e −2 t t 0 t Para t ≥ 0 ⇒ F ( t ) = t ∫ −∞ −∞ 0 Resumindo, a função de distribuição acumulada da variável aleatória T é dada por: 1 − e −2 t , para t ≥ 0 F(t) =  0, para t < 0
  • 19. Variáveis Aleatórias Bidimensionais • Definição – Seja E um experimento e S um espaço amostral associado a E. Sejam X = X ( s ) e Y = Y ( s ) duas funções, cada uma associando um número real a cada resultado s ∈ S . Denotaremos (X, Y) uma v. a. bidimensional. S X(s) X s Y Y(s)
  • 20. Variável Aleatória Discreta Bidimensional • (X, Y) será uma v.a. discreta bidimensional se os valores possíveis de (X, Y) forem finitos ou infinitos numeráveis, isto é, os valores possíveis de (X, Y) possam ser representados por ( x , y ), i = 1,2, , n,  ; j = 1, 2,  , m.,  i j
  • 21. Função de Probabilidade ou Distribuição de Probabilidade de (X, Y) • Seja (X, Y) uma v.a. discreta bidimensional. A cada resultado possível( x , y ) associaremos um i j número p( x , y ) representando P( X = x , Y = y ) e i j i j satisfazendo as seguintes condições: a ) p ( xi , y j ) ≥ 0 b) ∑∑ p ( xi , y j ) =1 ∞ ∞ i=1 j=1
  • 22. Exemplo 6 • Duas linhas de produção fabricam um certo tipo de peça. Suponha que a capacidade (em qualquer dia) seja 5 peças na linha I e 3 peças na linha II. Admita que o número de peças realmente produzidas em qualquer linha seja uma v.a. e que (X, Y) represente a v.a. bidimensional que fornece o número de peças produzidas pela linha I e a linha II, respectivamente. A tabela 1 dá a distribuição de probabilidade conjunta de (X, Y) Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y) X 0 1 2 3 4 5 Soma Y 0 0 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,25 1 0,01 0,02 0,04 0,05 0,06 0,08 0,26 2 0,01 0,03 0,05 0,05 0,05 0,06 0,25 3 0,01 0,02 0,04 0,06 0,06 0,05 0,24 0,03 0,08 0,16 0,21 0,24 0,28 1 ( ) ( Cada casa representa p xi , y j = P X = xi , Y = y j ) Se B = {mais peças são produzidas pela linha I que pela linha II}, calcule P(B)
  • 23. Solução P( B ) = p(1,0) + p (2,0) + p(2,1) + p(3,0) + p(3,1) + p(3,2) + p(4,0) + p(4,1) + p(4,2) + p(4,3) + p(5,0) + p(5,1) + p(5,2) + p(5,3) = 0,01 + 0,03 + 0,04 + 0,05 + 0,05 + 0,05 + 0,07 + 0,06 + 0,05 + 0,06 + 0,09 + 0,08 + 0,06 + 0,05 P( B ) = 0,75
  • 24. Variável Aleatória Contínua Bidimensional • (X, Y) será uma v.a. contínua bidimensional se (X, Y) puder assumir todos os valores em algum conjunto não-numerável do plano euclidiano. • Se (X, Y) assumir todos os valores no retângulo{ ( x, y ) | a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d } ou todos os valores no circulo { ( x, y ) | x + y ≤ 1} , 2 2 poderemos dizer que (X, Y) é uma v.a. bidimensional contínua.
  • 25. Função Densidade de Probabilidade Conjunta • Seja (X, Y) uma v.a. contínua assumindo todos os valores em uma região ℜ do plano euclidiano. A função densidade de probabilidade conjunta f é uma função que satisfaz as seguintes condições: a ) f ( x, y ) ≥ 0 para todo ( x, y ) ∈ ℜ b) ∫∫ f ( x, y ) dxdy = 1 ℜ
  • 26. Exemplo 7 • Suponha que um fabricante de lâmpadas esteja interessado no número de lâmpadas encomendadas a ele durante os meses de janeiro e fevereiro. Sejam X e Y, respectivamente, o número de lâmpadas encomendadas durante esses dois meses. Admitiremos que (X, Y) seja uma v.a. contínua bidimensional com a seguinte fdp conjunta { f ( x, y ) = c, se 5000 ≤ x ≤ 10000 e 4000 ≤ y ≤ 9000 0, nos demais casos Se B = { X ≥ Y} , calcule P(B)
  • 27. Solução • Determinar c +∞ +∞ 9000 10000 1 ∫∫ f ( x, y )dxdy = 1 ⇒ ∫ ∫ cdxdy = 1 ⇒ 5000 c = 1 ⇒ c = 2 = 5000 −2 −∞ −∞ 4000 5000 5000 2 • Calculo de P(B) Y=X 9000 4000 5000 10000 1 10000 x 1 1 10000 P( B ) = ∫ ∫ dydx = 2 ∫ y |4000 dx = x 2 ∫ ( x − 4000) dx = 0,7 5000 4000 5000 5000 5000 5000 2
  • 28. Exercício 1 • Calcular a probabilidade de B usando o seguinte artifício: ( ) P( B ) = 1 − P B
  • 29. Função de Distribuição Acumulada • Seja (X, Y) uma v.a. bidimensional. A função de distribuição acumulada F(x) da v.a. (X, Y) é definida como: F ( x, y ) = P ( X ≤ x, Y ≤ y ) OBS: ∂2 F ( x, y ) = f ( x, y ) ∂x∂y
  • 30. Distribuição de Probabilidade Marginal • Caso Discreto: Seja (X, Y) uma v.a. discreta bidimensional. – A distribuição marginal de X: ∞ p( xi ) = P( X = xi ) = P( X = xi , Y = y1 ou X = xi , Y = y2 ou ) = ∑ p( xi , y j ) j =1 – A distribuição marginal de Y: ∞ q( y j ) = P (Y = y j ) = ∑ p ( xi , y j ) i =1
  • 31. Exemplo 8 • Represente em forma de tabela as funções marginal de X e Y do exemplo 6. Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y) X 0 1 2 3 4 5 Soma Y 0 0 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,25 1 0,01 0,02 0,04 0,05 0,06 0,08 0,26 2 0,01 0,03 0,05 0,05 0,05 0,06 0,25 3 0,01 0,02 0,04 0,06 0,06 0,05 0,24 0,03 0,08 0,16 0,21 0,24 0,28 1
  • 32. Solução Distribuição Marginal de X Distribuição Marginal de Y 0 0,03 0 0,25 1 0,08 1 0,26 2 0,16 2 0,25 3 0,21 3 0,24 4 0,24 Soma 1 5 0,28 Soma 1
  • 33. Distribuição de Probabilidade Marginal • Caso Contínuo: – Função densidade de probabilidade marginal de X ∞ g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy −∞ – Função densidade de probabilidade marginal de Y ∞ h( y ) = ∫ f ( x, y ) dx −∞
  • 34. Exemplo 9 • Suponha-se que (X, Y) seja uma v.a. contínua bidimensional com fdp conjunta { f ( x, y ) = 2( x + y − 2 xy ) , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 1 0, para quaisquer outros valores Encontre g ( x ) e h( y )
  • 35. Solução • A função marginal de X: 1 1 g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫ 2( x + y − 2 xy ) dy = 1, então 0 0 g ( x ) = 1, 0 ≤ x ≤ 1 • A função marginal de Y: 1 1 h( y ) = ∫ f ( x, y ) dx = ∫ 2( x + y − 2 xy ) dx = 1, então 0 0 h( y ) = 1, 0 ≤ y ≤ 1
  • 36. Distribuição de Probabilidade Condicionada • Caso Discreto: p ( xi , y j ) p ( xi y j ) = P ( X = xi Y = y j ) = , q( y j ) > 0 q( y j ) p ( xi , y j ) q ( y j xi ) = P ( Y = y j X = xi ) = , p ( xi ) > 0 p ( xi )
  • 37. Exemplo 10 • Consideremos o exemplo 6 da linha de produção I e II. Suponhamos que se deseja calcular as seguintes probabilidades condicionada: P( X = 2 Y = 2) e P( Y = 2 X = 2) Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y) X 0 1 2 3 4 5 Soma Y 0 0 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,25 1 0,01 0,02 0,04 0,05 0,06 0,08 0,26 2 0,01 0,03 0,05 0,05 0,05 0,06 0,25 3 0,01 0,02 0,04 0,06 0,06 0,05 0,24 0,03 0,08 0,16 0,21 0,24 0,28 1
  • 38. Solução p( 2,2) P( X = 2, Y = 2) 0,05 P( X = 2 Y = 2) = = = = 0,2 q( 2) Q(Y = 2) 0,25 p (2,2) P ( X = 2, Y = 2 ) 0,02 P( Y = 2 X = 2) = = = = 0,125 p ( 2) P( X = 2) 0,16
  • 39. Distribuição de Probabilidade Condicionada • Caso Contínuo: f ( x, y ) g( x y) = , h( y ) > 0 h( y ) f ( x, y ) h( y x ) = , g ( x) > 0 g ( x)
  • 40. Exemplo 11 • Suponha-se que (X, Y) seja uma v.a. contínua bidimensional tenha uma fdp conjunta dada por:  2 xy  f ( x, y ) =  x + 3 , 0 ≤ x ≤1 e 0 ≤ y ≤ 2 0,  caso contrário Calcular as probabilidades condicionada g ( x y ) e h( y x )
  • 41. Solução • Como f ( x, y ) f ( x, y ) g( x y) = e h( y x ) = h( y ) g ( x) • Temos que calcular g ( x ) e h( y ) 1 1  xy  1 1 h( y ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫  x 2 + dx = + y 0≤ y≤2 0 0  3 3 6 2 2  2 xy  2 g ( x ) = ∫ f ( x, y ) dy = ∫  x + dy = 2 x + x 2 0 ≤ x ≤1 0 0  3 3 f ( x, y ) x 2 + xy 3 ( 3 x 2 + xy ) 3 6 x 2 + 2 xy g( x y) = = = = , 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 2 h( y ) 1 3+ y 6 ( 2 + y) 6 2+ y f ( x, y ) x + xy 3 3x + y 2 h( y x ) = = 2 = , 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 2 g ( x) 2x + 2x 3 6x + 2
  • 42. Variáveis Aleatórias Independentes • Caso Discreto – Se (X, Y) é uma v.a. discreta bidimensional. Diremos que X e Y são v.a.’s independentes se, e somente se, p( x , y ) = p( x ) q( y ) i j i j i, j para quaisquer P (.X = x ,é, = y ) = P( X = x ) Q(Y = y ) Isto Y i j i i, j para todo .
  • 43. Exemplo 12 • Mostre que X e Y da v.a. bidimensional do exemplo 6 são independentes. Tabela 1: Distribução de probabilidade conjunto de (X, Y) X 0 1 2 3 4 5 Soma Y 0 0 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,25 1 0,01 0,02 0,04 0,05 0,06 0,08 0,26 2 0,01 0,03 0,05 0,05 0,05 0,06 0,25 3 0,01 0,02 0,04 0,06 0,06 0,05 0,24 0,03 0,08 0,16 0,21 0,24 0,28 1
  • 44. Solução • Para que X e Y sejam independentes, temos: p ( x , y ) = p( x ) q ( y ) ou P ( X = x , Y = y ) = P( X = x ) Q(Y = y ) i j i j i j i • Da tabela temos: P( X = 0, Y = 0 ) = P( X = 0) Q( Y = 0) , ou seja 0 ≠ 0,03 * 0,25, então X e Y não são independentes
  • 45. Variáveis Aleatórias Independentes • Caso Contínuo: – Se (X, Y) é uma v.a. contínua bidimensional. Diremos que X e Y são v.a.’s independentes se, e somente se, f ( x, y ) = g ( x ) * h( y ) para todo ( x, y ), onde f ( x, y ) é a fdp conjunta e g ( x ) e h( y ) são as fdp’s marginais de X e Y, respectivamente.
  • 46. Exemplo 13 • Seja X e Y a duração da vida de dois dispositivos eletrônicos. Suponha-se que sua fdp conjunta seja dada por: f ( x, y ) = e − ( x+ y ) , x ≥ 0, y ≥ 0 Mostre que x e Y são independentes.
  • 47. Solução Como: f ( x, y ) = e − ( x + y ) = e − x − y = e − x * e − y = g ( x ) * h ( y ) Então X e Y são independentes