- As sementes desempenham um papel fundamental na agricultura há mais de 10 mil anos, permitindo o estabelecimento de civilizações sedentárias.
- Ao longo da história, as sementes passaram por processos de adaptação e melhoramento genético para suprir as necessidades alimentares de uma população em crescimento.
- No século XIX, laboratórios de análise de sementes foram criados para estabelecer padrões de qualidade e combater fraudes, marcando o início da regulamentação do mercado de
Hoje o objetivo do produtor rural é produzir mais gastando menos e pensando nisso as plantas daninhas representam um caminho totalmente contrário. Além de disputar por nutrientes, água e luz com as culturas, podem ser hospedeiras de organismos nocivos as plantas de interesse.
Nos últimos anos os gastos com o controle de plantas daninhas vêm aumentando, em parte, se devem ao aumento no número de casos de resistência a defensivos agrícolas, somado a isso, um controle ineficiente as plantas daninhas infestadas nas lavouras. Hoje, no Brasil, temos 49 casos de resistência registrada.
Portanto, mostra-se importante saber identificar e controlar as plantas daninhas, visando aumentar a produtividade e diminuir os custos.
Hoje o objetivo do produtor rural é produzir mais gastando menos e pensando nisso as plantas daninhas representam um caminho totalmente contrário. Além de disputar por nutrientes, água e luz com as culturas, podem ser hospedeiras de organismos nocivos as plantas de interesse.
Nos últimos anos os gastos com o controle de plantas daninhas vêm aumentando, em parte, se devem ao aumento no número de casos de resistência a defensivos agrícolas, somado a isso, um controle ineficiente as plantas daninhas infestadas nas lavouras. Hoje, no Brasil, temos 49 casos de resistência registrada.
Portanto, mostra-se importante saber identificar e controlar as plantas daninhas, visando aumentar a produtividade e diminuir os custos.
Introdução à cultura e aspectos econômicos do milhoGeagra UFG
Estima-se que o milho surgiu há cerca de 7000 anos, no litoral mexicano, tendo como ancestral o teosinto, pois apresentam semelhança morfológica e mesmo número de cromossomos. Com a eventualidade das grandes navegações o grão acabou sendo disperso pelos continentes. No que se refere à alimentação, o milho é um componente indispensável e por esse motivo é cultivado em quase todo o mundo.
O Brasil é o terceiro maior produtor e maior exportador do mundo, segundo à CONAB. Muito disso se deve pela alta produção e produtividade que chegaram a 27 milhões de toneladas e 6.189 kg/ha, respectivamente, segundo o levantamento da companhia para milho na safra 22/23.
A produção é destinada a vários fins e dentre eles a produção de etanol que vem crescendo cada ano. Estima-se que até 2030 a produção de etanol de milho ocupará a casa de 20% de todo o montante do combustível no Brasil. Além disso, as plantas de usinas estão se expandindo ainda mais pelo país com a expectativa de mais 9 unidades ainda no ano de 2023.
Outro ponto importante em relação ao cenário atual de milho são os preços em queda chegando abaixo de R$60,00. A safra 22/23 contou com clima favorável à cultura na maior parte do país, o que levou à grande oferta do grão e consequentemente, menor preço. Uma forma de proteger o capital para esses momentos é explorando as ferramentas de comercialização no mercado futuro.
Uma das estratégias relacionadas a proteção de capital é o Hedge, onde o produtor fecha contratos financeiros no futuro com preço do mês de vencimento em questão. Essa ferramenta possibilita que o detentor da produção se proteja de possíveis quedas no preço da commodity.
Aula apresentada na disciplina de Fitopatologia Básica, da UFMT campus de Cuiabá.
* Conteitos de nematoides: classificação, anatomia, importância ecológica, ciclo;
* Nematoides relacionados a doenças em plantas: como os nematoides se relacionam a doenças, nematoides e o triângulo - doença, ciclo das relações patógeno-hospedeiro;
- Prinicipais fitonematoides: Meloidogyne spp., Heterodera glycines, Pratylenchus spp., Rotylenchulus reiniformis, Radopholus similis, Nematoides emergentes, Outros nematoides, Nematoides quarentenários.
O feijoeiro é uma planta de ciclo anual com seu ciclo variando de 65 a 100 dias que apresenta uma morfologia composta por um caule principal, podendo se ramificar, raiz do tipo pivotante apresentando nódulos (FBN), suas folhas são simples e compostas do tipo trifoliolada e possui inflorescência composta por uma quilha que contém o androceu e o gineceu. Ele possui diferentes hábitos de crescimento podendo ser determinado ou indeterminado, ereto, semiereto, prostrado ou trepador.
O feijão apresenta ao todo 11 estádios fenológicos, sendo 5 no vegetativo contando com V0 germinação, V1 emergência, V2 abertura das folhas primárias, V3 primeira trifólio aberto, V4 terceiro trifólio aberto esse último se perpetua até os estádios reprodutivos da planta que são compostos por R5 pré-floração, R6 floração, R7 formação das vagens, R8 enchimento dos grãos e R9 maturação fisiológica. Conhecer esses estádios são fundamentais para a determinação dos tratos culturais.
O feijoeiro é uma planta com alta exigência hídrica, essa exigência pode variar de 250 a 300 mm por ciclo, a depender de diversos fatores, como a cultivar utilizada, condições do solo, entre outros. Cada estádio de desenvolvimento do feijão exige uma quantidade determinada de água, se houver escassez em R6 será o estádio que mais afetará a produtividade pois irá ocorrer abortamento das flores. O feijão é uma planta que exige temperaturas entre 15 e 27ºC e é considerada uma planta fotoneutra, ou seja, a quantidade de luz não afeta diretamente o rendimento dos grãos e nem seu ciclo de vida.
Quanto a fisiologia do feijoeiro é uma planta de metabolismo C3, isso explica essa alta exigência hídrica, pois sem água ela fotorrespira e pode não produzir uma quantidade considerável de matéria seca. Seus principais hormônios são as Giberelinas, Citocininas, Auxinas, Acído Abscisico e Etileno. Quanto sua Ecofisiologia, é uma planta que responde muito a temperatura em qualquer estádio fenológico estabelecendo assim uma temperatura ótima na faixa de 22 a 25ºC.
Fenologia e fisiologia da cultura do milhoGeagra UFG
O milho é uma cultura de ciclo anual e crescimento determinado, no qual o crescimento vegetativo se finaliza após o florescimento. a cultura apresenta ao todo 14 estádios fenológicos (VE; v1; v2; v3; v6; v10; v14; vt; r1; r2; r3; r4; r5 e r6) os quais tem o desenvolvimento intermediado por hormônios. Nos intervalos entre esses estádios existem diferentes exigências climáticas e potenciais produtivos.
Os principais hormônios são as auxinas, giberelina, etileno, citocinina e ácido abscísico. responsáveis pelo alongamento celular, regulação de crescimento e germinação, envelhecimento e maturação da clorofila, crescimento por multiplicação e inibição da germinação, respectivamente.
Como uma planta de metabolismo c4, o milho apresenta vantagens quando comparado à plantas de metabolismo c3, dentre elas à eficiência da fotossíntese diante de condições desvantajosas ao vegetal. pelo fato de ser uma planta de dias curtos a exposição à dias longos pode promover um atraso no seu florescimento diante do aumento da fase vegetativa.
Outro ponto importante em relação ao melhor desenvolvimento da cultura são as condições ecofisiológicas ideais, dentre elas a textura do solo com teores de argila entre 30 e 35% propiciando uma boa retenção de água e nutrientes, faixa de temperatura ideal entre 23 e 28°C viabilizando a chegada de luz para todas as plantas, evitando o atraso na maturação dos grãos perante redução de disponibilidade de luz.
O potencial produtivo e a produtividade podem ser afetados diante do estádio no qual são feitas as aplicações. diante disso, é recomendado evitar a aplicação de herbicidas nos estádios v5/v7, pois pode acarretar a redução no número de fileiras por espiga.
Saber o momento correto e ideal a se realizar operações de manejo de forma com que a cultura que está a campo possa alcançar o seu máximo potencial é de extrema importância para a obtenção de maiores produtividades aliadas a menores custos com insumos agrícolas e operacional. Para isso, se faz necessário conhecer a morfologia e como se dá o desenvolvimento fenológico das culturas, assim será possível realizar o manejo de maneira mais precisa e eficaz. Diante do exposto, esta apresentação aborda a morfologia, fenologia e momento indicado a se realizar aplicações em soja, milho e algodão, três culturas de extrema importância para o agronegócio brasileiro.
Apresentação
Empenhada em auxiliar o pequeno produtor, a
Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, que
oferece valiosas instruções sobre o trabalho no campo.
Elaboradas em linguagem simples e objetiva,
as publicações abordam temas relacionados à
agropecuária e mostram como otimizar a atividade
rural. A criação de animais, técnicas de plantio,
práticas de controle de pragas e doenças, adubação
alternativa e fabricação de conservas de frutas são
alguns dos assuntos tratados.
De forma independente ou reunidas em
associações, as famílias poderão beneficiar-se
dessas informações e, com isso, diminuir custos,
aumentar a produção de alimentos, criar outras fontes
de renda e agregar valor a seus produtos.
Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicional
de ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca a
pesquisa a seu alcance e oferece alternativas de
melhoria na qualidade de vida.
Fernando do Amaral Pereira
Gerente-Geral
Embrapa Informação Tecnológica
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/100102
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
Segundo a Embrapa, “doenças de plantas são anormalidades provocadas geralmente por microrganismos, como bactérias, fungos, nematoides e vírus, mas podem ainda ser causadas por falta ou excesso de fatores essenciais para o crescimento das plantas, tais como nutrientes, água e luz”. E essas doenças classificadas por McNew em 1960, em grupos, levando em consideração principalmente os processos fisiológicos das plantas que as doenças afetavam diretamente.
No MID (Manejo Integrado de Doenças), da cultura da soja um dos fatores primordiais é o conhecimento dos sintomas e sinais de cada doença que acomete a cultura afim de saber quais medidas de controle adotar, seja cultural, química, genética ou biológica. As principais doenças que infectam as sojas na região do cerrado são:
- Antracnose (Colletotrichum truncatum);
- Mofo-branco (Sclerotina sclerotiorum);
- Cescorporiose e mancha-púrpura (Cercospora kikuchi);
- Mancha-alvo (Corynespora cassicola);
- Mancha-parda (Septoria glycines);
- Míldio (Peronospora manshurica);
- Oídio (Microsphaera diffusa);
- Ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi);
-Mela ou Tombamento por Rhizoctonia (Rhizoctonia solani);
-Nematoide do cisto (Heterodera glycines).
Dentre essas as que mais ocorreram durante a safra 21/22 foram Cercosporiose, Mancha-alvo e Ferrugem-asiática (essa em cultivares mais tardias). As outras ocorreram porém em pontos e regiões isoladas.
No manejo de doenças da soja, deve-se adotar medidas preventivas, pois essas possuem uma eficiência melhor. Dentre as técnicas de manejo, temos o controle químico com a utilização fungicidas, há diversos fungicidas no mercado, com diferentes grupos químicos e alvos, dentro dessa classe os produtos comerciais que mais se destacam é o Fox Xpro (Bayer), Ellatus (Syngenta), Standak Top (TS) (Basf), Bravonil (Syngenta), entre outros. O controle genético também é muito utilizado, esse se resume em cultivares com resistência ou tolerância as doenças. O controle cultural também é de fundamental importância, como exemplo desse temos a utilização de sementes sadias e certificadas, rotação de culturas, limpeza de maquinários entre outras práticas. O controle biológico não é muito empregado ainda, porém é uma área que está com crescimento acelerado, são produtos bem específicos e geralmente são a base do fungo Trichoderma spp. e da bactéria Bacillus spp.
Entre os componentes de um programa de sementes, o de produção é o mais importante, sendo, obviamente, os demais também indispensáveis. Para que a semente realmente tenha impacto na agricultura, para maior obtenção de alimento para a humanidade, é necessário que, além de ser de alta qualidade e de uma variedade melhorada, também seja utilizada em larga escala pelo agricultor (Peske, 2003).
Introdução à cultura e aspectos econômicos do milhoGeagra UFG
Estima-se que o milho surgiu há cerca de 7000 anos, no litoral mexicano, tendo como ancestral o teosinto, pois apresentam semelhança morfológica e mesmo número de cromossomos. Com a eventualidade das grandes navegações o grão acabou sendo disperso pelos continentes. No que se refere à alimentação, o milho é um componente indispensável e por esse motivo é cultivado em quase todo o mundo.
O Brasil é o terceiro maior produtor e maior exportador do mundo, segundo à CONAB. Muito disso se deve pela alta produção e produtividade que chegaram a 27 milhões de toneladas e 6.189 kg/ha, respectivamente, segundo o levantamento da companhia para milho na safra 22/23.
A produção é destinada a vários fins e dentre eles a produção de etanol que vem crescendo cada ano. Estima-se que até 2030 a produção de etanol de milho ocupará a casa de 20% de todo o montante do combustível no Brasil. Além disso, as plantas de usinas estão se expandindo ainda mais pelo país com a expectativa de mais 9 unidades ainda no ano de 2023.
Outro ponto importante em relação ao cenário atual de milho são os preços em queda chegando abaixo de R$60,00. A safra 22/23 contou com clima favorável à cultura na maior parte do país, o que levou à grande oferta do grão e consequentemente, menor preço. Uma forma de proteger o capital para esses momentos é explorando as ferramentas de comercialização no mercado futuro.
Uma das estratégias relacionadas a proteção de capital é o Hedge, onde o produtor fecha contratos financeiros no futuro com preço do mês de vencimento em questão. Essa ferramenta possibilita que o detentor da produção se proteja de possíveis quedas no preço da commodity.
Aula apresentada na disciplina de Fitopatologia Básica, da UFMT campus de Cuiabá.
* Conteitos de nematoides: classificação, anatomia, importância ecológica, ciclo;
* Nematoides relacionados a doenças em plantas: como os nematoides se relacionam a doenças, nematoides e o triângulo - doença, ciclo das relações patógeno-hospedeiro;
- Prinicipais fitonematoides: Meloidogyne spp., Heterodera glycines, Pratylenchus spp., Rotylenchulus reiniformis, Radopholus similis, Nematoides emergentes, Outros nematoides, Nematoides quarentenários.
O feijoeiro é uma planta de ciclo anual com seu ciclo variando de 65 a 100 dias que apresenta uma morfologia composta por um caule principal, podendo se ramificar, raiz do tipo pivotante apresentando nódulos (FBN), suas folhas são simples e compostas do tipo trifoliolada e possui inflorescência composta por uma quilha que contém o androceu e o gineceu. Ele possui diferentes hábitos de crescimento podendo ser determinado ou indeterminado, ereto, semiereto, prostrado ou trepador.
O feijão apresenta ao todo 11 estádios fenológicos, sendo 5 no vegetativo contando com V0 germinação, V1 emergência, V2 abertura das folhas primárias, V3 primeira trifólio aberto, V4 terceiro trifólio aberto esse último se perpetua até os estádios reprodutivos da planta que são compostos por R5 pré-floração, R6 floração, R7 formação das vagens, R8 enchimento dos grãos e R9 maturação fisiológica. Conhecer esses estádios são fundamentais para a determinação dos tratos culturais.
O feijoeiro é uma planta com alta exigência hídrica, essa exigência pode variar de 250 a 300 mm por ciclo, a depender de diversos fatores, como a cultivar utilizada, condições do solo, entre outros. Cada estádio de desenvolvimento do feijão exige uma quantidade determinada de água, se houver escassez em R6 será o estádio que mais afetará a produtividade pois irá ocorrer abortamento das flores. O feijão é uma planta que exige temperaturas entre 15 e 27ºC e é considerada uma planta fotoneutra, ou seja, a quantidade de luz não afeta diretamente o rendimento dos grãos e nem seu ciclo de vida.
Quanto a fisiologia do feijoeiro é uma planta de metabolismo C3, isso explica essa alta exigência hídrica, pois sem água ela fotorrespira e pode não produzir uma quantidade considerável de matéria seca. Seus principais hormônios são as Giberelinas, Citocininas, Auxinas, Acído Abscisico e Etileno. Quanto sua Ecofisiologia, é uma planta que responde muito a temperatura em qualquer estádio fenológico estabelecendo assim uma temperatura ótima na faixa de 22 a 25ºC.
Fenologia e fisiologia da cultura do milhoGeagra UFG
O milho é uma cultura de ciclo anual e crescimento determinado, no qual o crescimento vegetativo se finaliza após o florescimento. a cultura apresenta ao todo 14 estádios fenológicos (VE; v1; v2; v3; v6; v10; v14; vt; r1; r2; r3; r4; r5 e r6) os quais tem o desenvolvimento intermediado por hormônios. Nos intervalos entre esses estádios existem diferentes exigências climáticas e potenciais produtivos.
Os principais hormônios são as auxinas, giberelina, etileno, citocinina e ácido abscísico. responsáveis pelo alongamento celular, regulação de crescimento e germinação, envelhecimento e maturação da clorofila, crescimento por multiplicação e inibição da germinação, respectivamente.
Como uma planta de metabolismo c4, o milho apresenta vantagens quando comparado à plantas de metabolismo c3, dentre elas à eficiência da fotossíntese diante de condições desvantajosas ao vegetal. pelo fato de ser uma planta de dias curtos a exposição à dias longos pode promover um atraso no seu florescimento diante do aumento da fase vegetativa.
Outro ponto importante em relação ao melhor desenvolvimento da cultura são as condições ecofisiológicas ideais, dentre elas a textura do solo com teores de argila entre 30 e 35% propiciando uma boa retenção de água e nutrientes, faixa de temperatura ideal entre 23 e 28°C viabilizando a chegada de luz para todas as plantas, evitando o atraso na maturação dos grãos perante redução de disponibilidade de luz.
O potencial produtivo e a produtividade podem ser afetados diante do estádio no qual são feitas as aplicações. diante disso, é recomendado evitar a aplicação de herbicidas nos estádios v5/v7, pois pode acarretar a redução no número de fileiras por espiga.
Saber o momento correto e ideal a se realizar operações de manejo de forma com que a cultura que está a campo possa alcançar o seu máximo potencial é de extrema importância para a obtenção de maiores produtividades aliadas a menores custos com insumos agrícolas e operacional. Para isso, se faz necessário conhecer a morfologia e como se dá o desenvolvimento fenológico das culturas, assim será possível realizar o manejo de maneira mais precisa e eficaz. Diante do exposto, esta apresentação aborda a morfologia, fenologia e momento indicado a se realizar aplicações em soja, milho e algodão, três culturas de extrema importância para o agronegócio brasileiro.
Apresentação
Empenhada em auxiliar o pequeno produtor, a
Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, que
oferece valiosas instruções sobre o trabalho no campo.
Elaboradas em linguagem simples e objetiva,
as publicações abordam temas relacionados à
agropecuária e mostram como otimizar a atividade
rural. A criação de animais, técnicas de plantio,
práticas de controle de pragas e doenças, adubação
alternativa e fabricação de conservas de frutas são
alguns dos assuntos tratados.
De forma independente ou reunidas em
associações, as famílias poderão beneficiar-se
dessas informações e, com isso, diminuir custos,
aumentar a produção de alimentos, criar outras fontes
de renda e agregar valor a seus produtos.
Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicional
de ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca a
pesquisa a seu alcance e oferece alternativas de
melhoria na qualidade de vida.
Fernando do Amaral Pereira
Gerente-Geral
Embrapa Informação Tecnológica
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/100102
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
Segundo a Embrapa, “doenças de plantas são anormalidades provocadas geralmente por microrganismos, como bactérias, fungos, nematoides e vírus, mas podem ainda ser causadas por falta ou excesso de fatores essenciais para o crescimento das plantas, tais como nutrientes, água e luz”. E essas doenças classificadas por McNew em 1960, em grupos, levando em consideração principalmente os processos fisiológicos das plantas que as doenças afetavam diretamente.
No MID (Manejo Integrado de Doenças), da cultura da soja um dos fatores primordiais é o conhecimento dos sintomas e sinais de cada doença que acomete a cultura afim de saber quais medidas de controle adotar, seja cultural, química, genética ou biológica. As principais doenças que infectam as sojas na região do cerrado são:
- Antracnose (Colletotrichum truncatum);
- Mofo-branco (Sclerotina sclerotiorum);
- Cescorporiose e mancha-púrpura (Cercospora kikuchi);
- Mancha-alvo (Corynespora cassicola);
- Mancha-parda (Septoria glycines);
- Míldio (Peronospora manshurica);
- Oídio (Microsphaera diffusa);
- Ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi);
-Mela ou Tombamento por Rhizoctonia (Rhizoctonia solani);
-Nematoide do cisto (Heterodera glycines).
Dentre essas as que mais ocorreram durante a safra 21/22 foram Cercosporiose, Mancha-alvo e Ferrugem-asiática (essa em cultivares mais tardias). As outras ocorreram porém em pontos e regiões isoladas.
No manejo de doenças da soja, deve-se adotar medidas preventivas, pois essas possuem uma eficiência melhor. Dentre as técnicas de manejo, temos o controle químico com a utilização fungicidas, há diversos fungicidas no mercado, com diferentes grupos químicos e alvos, dentro dessa classe os produtos comerciais que mais se destacam é o Fox Xpro (Bayer), Ellatus (Syngenta), Standak Top (TS) (Basf), Bravonil (Syngenta), entre outros. O controle genético também é muito utilizado, esse se resume em cultivares com resistência ou tolerância as doenças. O controle cultural também é de fundamental importância, como exemplo desse temos a utilização de sementes sadias e certificadas, rotação de culturas, limpeza de maquinários entre outras práticas. O controle biológico não é muito empregado ainda, porém é uma área que está com crescimento acelerado, são produtos bem específicos e geralmente são a base do fungo Trichoderma spp. e da bactéria Bacillus spp.
Entre os componentes de um programa de sementes, o de produção é o mais importante, sendo, obviamente, os demais também indispensáveis. Para que a semente realmente tenha impacto na agricultura, para maior obtenção de alimento para a humanidade, é necessário que, além de ser de alta qualidade e de uma variedade melhorada, também seja utilizada em larga escala pelo agricultor (Peske, 2003).
Apresenta uma breve história do surgimento dos complexos, relacionando-os com uma Geometria e, ainda, apresentado os polígonos regulares formados pelas raízes de números complexos.
4. Histórico
Dez mil anos atrás o homem verificou que a semente, quando plantada em
condições adequadas origem a uma planta igual a àquela que a formou
e que está multiplicaria dezenas, ou até centenas de vezes, a semente
original.
Na época enormes modificações nos processos mentais dos seres
humanos as sementes passaram a ser material de grande importância
para a tranqüilidade e prosperidade dos povos.
Divisão do trabalho:
agricultores que só produzissem sementes,
enquanto outros produzissem grãos.
5. Histórico
Relatos históricos de cerca de 10 mil anos:
As sementes passaram a desempenhar um papel cada vez mais
importante para um número cada vez maior de populações humanas.
• No Oriente Médio, transformação verificada entre 7500 e 6750 a.C., com o início da cultura dos cereais;
• Na América do Sul, cerca de 5600 a.C., com o plantio do feijão;
• Na América Central e na China (milho e arroz, respectivamente), por volta de 5000 a.C.
• As gramíneas, constituíram-se na base de todas as civilizações do mundo:
• O trigo, provavelmente a mais velha planta cultivada da Humanidade, serviu de sustento para as
civilizações da Mesopotâmia e do Nilo, e para aquelas que se desenvolveram posteriormente na
Europa;
• O arroz foi e é a base de civilizações Asiáticas;
• O sorgo, na África
• O milho, nas Américas.
• Ao lado dessas gramíneas, outras espécies serviram, para fornecer os complementos em proteínas e
lipídios, destacando-se, entre elas, as leguminosas.
6. Histórico
As sementes passaram por muitos processos de adaptação e
sobrevivência ao longo destes milhares de anos de história.
A produção de sementes teve impulso após a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
Mecanização dos meios de produção e transporte
Maior concentração urbana e redução da população rural
Aparecimento de novas cidades
Maior produção de alimentos e matéria prima para a indústrias.
7. Histórico
Objeto de fraudes:
Desde os primórdios, mas a partir do século XIX foram tomadas as
primeiras providências efetivas para tentar coibir abusos desse tipo.
Em 1816, em Berna, Suíça, surgiu o primeiro decreto proibindo a venda de
sementes de trevo adulteradas.
Mistura de trevo + areia ou sementes de outra espécies mais baratas.
Trevo com 50% de pureza e 18% de germinação
A promulgação de uma lei para evitar fraude não chega a ser suficiente.
criar um órgão ou instituição que verifique, mediante critérios
padronizados, e se a lei em questão está sendo ou não observada.
8. Histórico
No caso de sementes esse órgão é um LABORATÓRIO no qual as
sementes, que se propõem vender, sejam analisadas para verificar se
enquadram nos padrões de qualidade impostos pela lei.
Em 1869, na Alemanha primeiro laboratório de análise de sementes do
mundo, chefiado por Friederich Nobbe (botânico e geneticista alemão).
- se tornava necessária a criação de regras para analisar sementes
que fossem observadas por todos os laboratórios, com resultados
próximos.
Nobbe trabalhou durante 7 anos e em 1876, editou seu “Handbuch der
Samenkund” com 631 páginas.
- por 50 anos, o manual orientou trabalhos dos laboratórios de sementes.
9. Histórico
Em 1897, norte-americano Jenkins lançou novo manual de regras para
análise de sementes.
Em 1893, só na Alemanha tinha registro de 40 laboratórios; e EUA, em
1905, 130 laboratórios.
Produtores, compradores, analistas e pesquisadores de sementes, já
estavam perfeitamente integrados. Talvez o fator mais importante para o
comércio de sementes, era não somente uma rígida observação das regras
mais sim sua observação completa.
Em 1908, nos EUA, uniram-se e fundaram a
“Association of Official Seed Analysts” (AOSA).
10. Histórico
No plano internacional, a organização do setor sementeiro demorou um
pouco mais para acontecer em virtude das grandes dificuldades de
comunicação da época.
Em 1906, em Hamburgo, Alemanha foi realizada a Conferência
Européia para Análise de Sementes.
Em 1921 Associação Européia.
Em 1924, em Copenhague, Dinamarca, foi transformada na
International Seed Testing Association (ISTA).
A ISTA, em 1931, pela primeira vez, conseguiu editar
regras internacionais para análise de sementes.
11. Histórico – no Brasil
Apontam o ano de 1956 como sendo aquele em que, pela primeira vez, se
organizou um manual de Regras para Análise de Sementes (RAS), por
iniciativa da Divisão de Sementes e Mudas da Secretaria de Agricultura do
Estado de são Paulo. (Eng. Agr. Oswaldo Bacchi).
A partir da edição de 1967, por decisão do Ministério da Agricultura, as
RAS passaram a ter validade nacional.
12. Histórico – no Brasil
Evolução no Brasil
1957 - Manual de DISEM
1965 - Lei 4727
1977 - Lei 6507
1992 - RAS - ABRATES
1999 - SNPC Portaria – 215 / Soja transgênica – 293
2001 - ISO 17.025
2003 - 05/08 Nova Lei de sementes - 10.711
13. Importância das sementes
Semente dupla função em culturas de expressão econômica.
1. Material utilizado para a multiplicação de plantas
(implantação da cultura)
2. Estrutura colhida para a comercialização
(grãos para consumo)
“SEMENTES” e “GRÃOS”
destinam à identificação das formas de utilização;
ponto de vista botânico não há distinção;
atributos de qualidade não são os mesmos, de modo que o manejo de
uma cultura deve ser dirigido ao atendimento da finalidade de utilização do produto.
Ex.: Sementes devem atingir requisitos mínimos de pureza varietal e de germinação
>>> aspectos não considerados para grãos.
14. Importância das sementes
1. Como mecanismo de perpetuação da espécie
meio de sobrevivência da espécie.
difusão da vida.
As sementes teriam surgido como extensão da heterosporia (esporos
assexuais) com resposta a pressões ambientais.
Sucesso da semente como órgão de perpetuação e disseminação das
espécies vegetais deve-se:
1. Capacidade de distribuir a germinação no tempo
mecanismos da dormência.
2. Capacidade de distribuir a germinação no espaço
mecanismos de dispersão:
espinhos, asas, pêlos, mucilagem, rugosidade, etc.
15. Importância das sementes
2. Como elemento modificador da história do homem
Nômade
Semente-planta-semente
A semente é a “ pedra fundamental” da civilização.
Sedentária
Comunidade: organização social, econômica e política
16. Importância das sementes
3. Como alimento
Tecidos básicos: meristemáticos (“eixo embrionário”);
tecido de reserva (cotiledonar, endospermático ou perispermático);
tecido de proteção mecânica (envoltório da semente, “casca”).
Tecido de reserva:
- carboidratos
- lipídios
- proteínas
Na composição química das sementes – quantidade é variável.
17. Importância das sementes
Tecido de reserva:
sementes amiláceas
sementes oleaginosas
sementes protéicas
Amido:
substância de mais
fácil obtenção para a
confecção de diversos
tipos de alimentos.
Gramíneas – base de
todas as civilizações
do mundo.
Trigo: serviu de sustento para as civilizações da Mesopotâmia e do Nilo;
Arroz: base das civilizações asiáticas;
Sorgo: na África;
Milho: nas Américas
Além dos carboidratos serem facilmente industrialiuzáveis;
São alimentos calóricos (sensação de saciedade);
Em gramíneas, por ex., ocorrem em proporções superiores à 60%
18. Importância das sementes
As sementes foram, e ainda são, a maneira mais fácil e mais barata de
alimentação de um povo.
- Em 1972, Kozlowski & Gunn: composição percentual na dieta
humana de grãos (cereais e leguminosas) e produtos de origem animal
(carne, leite, ovos, etc).
Países subdesenvolvidos: 65-75% (grãos) / 25-35% (origem animal)
Países desenvolvidos: +35% (grãos) / +65% (origem animal)
Além do valor como alimento (direta/indiretamente), também constitui matéria-prima
para a produção de vários artigos essenciais ou representam os materiais de
multiplicação de plantas importantes para a produção de:
- vestuário; - produtos medicinais; - bebidas;
- madeira; - papel; - combustíveis; - rações para animais; - etc.
19. Importância das sementes
4. Como material de pesquisa
Tamanho e forma: recipientes pequenos; armazenadas em grande quantidade.
Desidratação: conservar por longos períodos de tempo.
Organização fisiológica e bioquímica.
Tecnologia de armazenamento de sementes
Bancos de germoplasma
20. Importância das sementes
Melhoramento genético de plantas via sexuada
As sementes constituem o centro das alterações genéticas naturais ou das
planejadas pelos melhoristas.
Características de concentram nas sementes obtenção e difusão das
características incorporadas aos novos cultivares.
Mecanismo mais rápido e eficiente de difusão de novos cultivares.
21. Importância das sementes
5. Como inimigo do homem
problemas causados por sementes
Mecanismos de dispersão e de dormência
Conquista da Terra x controle de plantas daninhas
Sementes produzidas com cuidado e de origem idônea
- sementes de plantas daninhas, que podem hospedar organismos nocivos, causar
dificuldades à colheita e ao beneficiamento, impedir a comercialização dos lotes
- queda de 5-10% da produção mundial de grãos.
Disseminação de pragas e doenças
22. - Principal veículo de reprodução das plantas através do tempo e no
espaço.
- Forma de distribuir os melhoramentos genéticos às sucessivas
gerações.
- Importância econômica como alimento (correspondem a 60-70% dos
alimentos consumidos mundialmente).
- Transformadas pela agroindústria em uma variedade de produtos.
(EMBRAPA, 2005)
Importância da semente
23. O mercado de sementes
Semente MAIS IMPORTANTE INSUMO AGRÍCOLA
1. Conduz ao campo as características genéticas
determinantes do desempenho do cultivar;
2. Responsável ou contribui decisivamente para o
sucesso do estabelecimento do estande desejado,
fornecendo a base para a produção rentável.
24. O mercado de sementes
Novos desafios da AGRICULTURA
Crescimento populacional;
Aumento da renda média nos países em desenvolvimento;
Aumento da demanda por alimentos;
Aumento da produtividade;
Produção sustentável;
Novas fontes de energia.
38. Considerações Finais
Percebe-se a importância da semente, desde os primórdios da
humanidade até os dias atuais.
Semente insumo básico em qualquer produção agrícola;
Uma das soluções para alimentar a crescente população mundial passa
pelo aumento na produção de grãos, proporcionado pela utilização de
sementes de alta qualidade.