1. Em 1995, consegui finalmente
realizar um grande sonho.
Com a participação e incentivo de
minha esposa e de meus filhos,
me tornei agricultor, embora
tenha percebido logo os enormes
desafios que teria pela frente e
que todos vocês conhecem muito
bem: a falta de financiamento aos
pequenos e médios agricultores,
a ausência de políticas de
incentivos por parte do governo
federal e o difícil acesso às
pesquisas e tecnologias.
Novatos no ramo, recorremos a
colegas agricultores e pecuaristas
para que nos aconselhassem
sobre os caminhos que
deveríamos seguir em direção a
bons resultados na nossa
propriedade.
Foi quando optamos pela
agropecuária, que, apesar de
complexa, parecia ser a atividade
mais acessível a iniciantes no
Agronegócio.
Com ajuda de técnicos da ESALQ,
investimos em pastagens de alta
qualidade e nos tornamos
pecuaristas respeitados na região
pela exuberância dos nossos
plantéis. Porém, em 2004, os
frigoríficos unidos deram início a
uma política de preços
totalmente desfavoráveis aos
produtores.
Decidimos, então, pesquisar
outras alternativas. Após longos
estudos, optamos por nos dedicar
à heveicultura e passamos a
planejar a transição para esta
nova atividade.
Foi quando meu amigo Rui
Novaes Filho, pioneiro na
heveicultura, me apresentou ao
Dr.Paulo Gonçalves,
agrônomo-chefe na área de
heveicultura do IAC, que, com
muita competência, nos orientou
e nos encaminhou aos melhores
técnicos na formação de
seringais.
Com a ajuda deles, montamos um
viveiro próprio para produção de
mudas de qualidade que
formariam o nosso seringal em
alto grau de excelência.
No início de 2005, demos início
ao nosso plantio e, com recursos
próprios, meus e de meus filhos,
atingimos em torno de 170.000
árvores de seringueira, hoje com
parte em plena produção.
Narrei rapidamente esta nossa
trajetória no agronegócio para
demonstrar que, mesmo sem
incentivo por parte do governo
federal nem qualquer linha de
crédito que financiasse nossos
projetos, conseguimos vencer
com muito trabalho, dedicação e
com ajuda dos profissionais do
IAC e da ESALQ.
Sinto muito orgulho de ser
agricultor e tenho profundo
respeito aos meus colegas
agricultores, que, com muita
tenacidade e amor à terra,
contribuem fortemente para o
desenvolvimento do País. O setor
do Agronegócio, atualmente,
representa 23 % do nosso PIB e
mais de 40% do total das
exportações do Brasil.
Não poderia encerrar sem render
as mais respeitosas homenagens
a todos vocês e, em especial, ao
INSTITUTO AGRONÔMICO DE
CAMPINAS, que vem prestando
inestimáveis contribuições à
agricultura nos seus 130 anos de
existência.
Um ótimo Fórum a todos e muito
obrigado.
O
Instituto de Economia
Agrícola (IEA), órgão
ligado à Secretaria
Estadual de Agricultura
e Abastecimento,
apontou que as
importações do setor
foram de US$ 2,48 bilhões no
primeiro semestre. No ano
passado, o valor foi de US$
2,18 bilhões — aumento de
13,8%. O saldo da balança do
agronegócio fechou em US$
6,96 bilhões no período, com
alta de 5,6% se comparado aos
US$ 6,59 bilhões de 2016.
Em análise, especialistas do
IEA informaram que a balança
comercial do Estado de São
Paulo nos primeiros seis
meses deste ano foi de US$
23,34 bilhões de importações e
US$ 15,20 bilhões em
exportações. O saldo foi de um
déficit de US$ 8,14 bilhões.
Segundo os analistas, a
situação seria pior se não fosse
o desempenho positivo do
agronegócio.
Conforme o estudo do
instituto, os cinco principais
grupos nas exportações do
agronegócio paulista no
começo deste ano foram
complexo sucroalcooleiro
(US$ 4,13 bilhões), complexo
soja (US$ 1,06 bilhão), carnes
(US$ 863,83 milhões),
produtos florestais (US$ 830,15
milhões), e sucos (US$ 808,33
milhões). De acordo com os
especialistas do IEA, os cinco
agregados foram responsáveis
por 81,5% das vendas externas
setoriais paulistas.
As informações do instituto
mostraram que os produtos
que apresentam os maiores
crescimentos em 2017 frente
ao ano anterior foram lácteos
(78,1%), produtos apícolas
(61,0%), rações para animais
(40,4%), complexo
sucroalcooleiro (27,9%),
produtos hortícolas,
leguminosas, raízes e
tubérculos (27,1%), bebidas
(24,8%), produtos alimentícios
diversos (16,8%), café (16,3%),
demais produtos de origem
vegetal (10,7%), produtos
florestais (5,1%) e frutas
(0,3%).
Participação
Os dados do IEA apontaram
que no primeiro semestre de
2017 as exportações do
agronegócio brasileira subiram
7% em relação a 2016. O valor
passou de US$ 45 bilhões para
US$ 48,14 bilhões. O montante
representou 44,7% do total
exportado pelo País no
acumulado de janeiro a junho.
As importações também
aumentaram. A alta foi de
19,9%, passando de US$ 6,09
bilhões para US$ 7,30 bilhões.
O superávit atingiu US$ 40,84
bilhões (10,2% do total). O
crescimento foi de 5% se
comparado aos US$ 38,91
bilhões do ano anterior.
De acordo com a
instituição, os cinco principais
grupos foram complexo soja
(US$ 19,96 bilhões), carnes
(US$ 7,31 bilhões), complexo
sucroalcooleiro (US$ 5,88
bilhões), produtos florestais
(US$ 5,44 bilhões) e café (US$
2,63 bilhões). Eles
responderam por 85,6% das
vendas externas do
agronegócio nacional.
Conforme o estudo do IEA,
as exportações do agronegócio
paulista responderam por
19,6% do valor nacional. As
importações representaram
34% do total do País. Quando
analisado os grupos de
produtos paulistas frente ao
volume nacional, os destaques
ficaram com sucos (87,0%),
produtos alimentícios diversos
(76,3%), complexo
sucroalcooleiro (70,3%),
plantas vivas e produtos de
floricultura (62,3%), demais
produtos de origem vegetal
(56,5%), lácteos (56,4%),
rações para animais (43,5%),
demais produtos de origem
animal (42,7%), produtos
oleaginosos (41,5%), bebidas
(32,3%), produtos apícolas
(31,7%), e animais vivos
(27,4%).
O
quarto capítulo do Fórum RAC 2017, realizado
no dia 30 de setembro, na Casa de Campo do
Royal Palm Plaze Hotel Resort, que teve como
tema “Necessidades e oportunidades de
investimentos no agronegócio: da pesquisa ao
consumo”, mostrou a importância do
agronegócio para a economia nacional. Em tempos
de crise, a agricultura foi responsável por 44,7% de
tudo o que foi exportado pelo País no primeiro
semestre deste ano. Reforçar o setor e também usar a
tecnologia para potencializá-lo são medidas que
tornam o Brasil mais competitivo no cenário
econômico mundial.
A força do agronegócio no Estado de São Paulo é
medida pelos números que mostram a importância
do setor para a economia local. Dados do Instituto de
Economia Agrícola (IEA) detalham que no primeiro
semestre deste ano as exportações do segmento
agrícola somaram US$ 9,44 bilhões. O crescimento
foi de 7,6% em relação aos US$ 8,77 bilhões do
acumulado de janeiro a junho de 2016.
Dado é o Instituto de Economia
Agrícola, órgão ligado aos
governos estadual e federal
Produtos que apresentaram
crescimento no volume de
exportações do agronegócio
brasileiro
Produtos apícolas: 46,6%
Complexo sucroalcooleiro:
+32%
Rações para animais: 29,2%
Produtos hortícolas,
leguminosas, raízes e
tubérculos: 22,3%
Produtos alimentícios
diversos: 16,3%
Complexo soja: 15,9%
Frutas: 9,9%
Café: 9,8%
Demais produtos de origem
vegetal: 9%
Produtos florestais: 8,4%
Carnes: 4,7%
Lácteos: 4,5%
Bebidas: 3%
Plantas vivas e produtos de
floricultura: 2,2%
Demais produtos de origem
animal: 1,4%
Animais vivos: 1,3%
Cacau e seus produtos: 1%
Pescados: 0,8%
Cereais, farinhas e preparações: -63,9%
Fibras e produtos têxteis: -39,3%
Fumo e seus produtos: -20%
Sucos: -15,5%
Produtos oleaginosos: -8,9%
Chá, mate e especiarias: -3,1%
Couros, produtos de couro e peleteria: -2,2%
Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA)
Sylvino de Godoy Neto,
Presidente do Grupo RAC
DISCURSO
Cedoc/RAC
Exportação subiu 7% no 1º semestre
fórum rac 2017
UM MOTOR PARA O DESENVOLVIMENTO
Bom dia
a todos
Editor: Carlãozinho Lemes
Textos: Adriana Leite e Teresa
Costa
Fotos: César Rodrigues, Leandro
Ferreira e Cedoc RAC
Diagramação: Tadeu Collaço Tratamento de imagem:
Eduardo Costa, Laert Silva e
Marcos Marquezin
Este suplemento é parte integrante do Correio Popular e não pode ser vendido separadamente
Homens bem treinados e
máquinas cada vez mais
avançadas garantem o
sucesso de um setor
important[issimo
SAIBA MAIS
Produtos que apresentaram queda no volume
de exportações do agronegócio brasileiro
EXPEDIENTE
Contato: cidades@rac.com.br
E2 CORREIO POPULAR FÓRUM RAC 2017
Campinas, terça-feira, 3 de outubro de 2017