1. Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 22 - Brasília, 10 de abril de 2013.
Secretaria de Agricultura
e Desenvolvimento Rural
Emater completa 35 anos
No dia 7 de abril, a Empresa
de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater-DF) com-
pletou 35 anos. A data é conside-
rada um marco e será celebrada
nesta sexta-feira (12), a partir das
13h30, com homenagens de pro-
dutores, de parceiros do setor
agrícola e do governador Agnelo
Queiroz. Nesses 35 anos de atu-
ação, a produção agropecuária do
DF ganhou destaque internacional
e promete manter-se como um dos
mais produtivos do Brasil.
São mais de cinco mil agriculto-
res familiares atendidos e que fa-
zem parte da história da agricultura
do Distrito Federal, repleta de vitó-
rias construídas pela persistência
do produtor e do apoio constante
da extensão rural, que leva as po-
líticas públicas e tecnologias ade-
quadas às condições locais e às
necessidades da agricultura fami-
liar.
Todo o trabalho em prol do de-
senvolvimento rural é feito por
mais de 300 servidores, lotados
na sede e nas 19 gerências locais
situadas nos núcleos rurais do DF
e no Centro de Treinamento (Cen-
trer), em Planaltina-DF.
Além da transmissão de tecno-
logias e conhecimento a Emater-
-DF atua levando a o trabalhador
rural dignidade e desenvolvimento
social. Isso porque executa diver-
sas políticas públicas e proporcio-
nam acesso a benefícios sociais
que garantem melhor qualidade de
vida às famílias rurais.
O trabalho é articulado com
os objetivos da Secretaria de
Agricultura e executado com o
apoio de diversos parceiros, como
a Ceasa-DF.
Programação
A programação começa às
13h30 com homenagem aos em-
pregados que aderiram ao último
Programa de Demissão Voluntária
(PDV) e às equipes de extensionis-
tas e administrativos do ano, que
foram escolhidos por meio de vota-
ção interna.
Outro momento importante será
o anúncio dos vencedores do con-
curso do melhor Queijo Candango,
uma trabalho inovador feito pela
Emater-DF junto aos laticínios lo-
cais. Na ocasião, os presentes po-
derão conhecer as características
de fabricação e degustar o queijo.
Às 15h30, o governador Agnelo
Queiroz participa da solenidade de
entrega de sete tratores e imple-
mentos agrícolas às associações
que foram comtempladas por meio
do edital lançado pela Emater.
2. Seagri-DF debate estratégias de combate
à mosca branca
A secretaria de Agricultura
e Desenvolvimento Rural do
Distrito Federal realizou, no
dia 4, uma reunião no auditó-
rio da Emater-DF para debater
formas de combater a mosca
branca, que tem causado sé-
rios prejuízos às lavouras de
feijão, milho, soja, algodão e
tomate, entre outras, nas re-
giões Centro-Oeste, Nordeste
e Sudeste. Para debater o as-
sunto estavam presentes os
secretários de Agricultura do
Distrito Federal, Lúcio Vala-
dão; de Goiás, Antônio Lima;
o chefe do Departamento de
Pesquisa e Desenvolvimento
da Embrapa, Celso Moretti; o
diretor geral do Instituto Minei-
ro de Agropecuária, Altino Neto,
que representou o secretário de
Agricultura, Elmiro Nascimento;
o representante da Federação
de Agricultura e Pecuária do
Distrito Federal, Roberto Melo;
o representante do Ministério
da Agricultura, Welisson Ama-
ral, entre outras autoridades,
pesquisadores e produtores.
Durante o debate foram dis-
cutidas as consequências so-
cioeconômicas que as doenças
transmitidas pela mosca bran-
ca causam para grandes, mé-
dios e pequenos agricultores.
A facilidade de reprodução e a
capacidade de se alojar em vá-
rias espécies vegetais para se
reproduzir, além da resistência
aos defensivos agrícolas, têm
sido um desafio para o enfren-
tamento da praga nas lavouras
do Brasil. Foram bordadas as
possibilidade de se adotar prá-
ticas de combate específicas
para cada cultivo – como o va-
zio sanitário para o feijão – que
consiste em deixar o solo sem
plantas vivas da cultura hospe-
deira em determinado período
do ano. A abertura de negocia-
ções para conseguir dos órgãos
reguladores permissão, mesmo
que temporária, para produzir
mistura de defensivos e poten-
cializar a efetividade da elimi-
nação da praga e a produção
de variedades de plantas, por
meio de pesquisa, resistentes
à mosca branca e às doenças
transmitidas por ela também fo-
ram discutidas.
Mobilização
A articulação promovida pela
Seagri-DF juntamente com os
produtores do DF e Entorno foi
crucial para iniciar uma ampla
mobilização, que envolve o go-
verno federal, as autoridades
de Minas Gerai e Goiás, além
dos produtores das três uni-
dades da federação. “Há uma
ação articulada de governo, en-
tre as unidades da federação, o
governo federal e o setor pro-
dutivo”, ressaltou o secretário
Lúcio Valadão. O envolvimento
dos agricultores durante os pro-
cessos de discussão, elabora-
ção e aprovação de propostas,
além da definição das ações,
será fundamental para que as
medidas de combate à mosca
branca sejam amplamente pra-
ticadas.
A rápida ação, promovida
pelo estreito diálogo entre o
poder público e os produtores
evitará mais perdas nas lavou-
ras, que, em alguns casos são
superiores a 50%. “Quero agra-
decer o rápido atendimento que
recebemos da Secretaria de
Agricultura do DF e dos demais
estados, além da Embrapa, que
realiza muitos esforços para
nos ajudar”, disse Hélio Dalbe-
lo, produtor de feijão que regis-
trou sensíveis perdas devido
à mosca branca. “A quebra de
safra, apresar de aumentar o
preço dos produtos, traz prejuí-
zos para todo mundo, inclusive
o produtor. Com o preço maior,
Em reunião, executores de contratos e convênios trataram sobre gargalos e propostas de soluções
o consumidor compra menos e
vai perdendo o hábito de comer
o feijão, por exemplo, além de
fazer com que entrem muitos
aventureiros no setor, o que
também é ruim. Temos que ter
mais oferta e tecnificação da
produção”, avaliou Hélio.
Doenças
A principal doença transmiti-
da pela mosca branca é o mo-
saico. Causado por um vírus,
a doença reduz gravemente a
produtividade e o desenvolvi-
mento das plantas, causando
grandes prejuízos nas lavou-
ras. As hortaliças, produzidas
principalmente por agricultores
familiares, também são afeta-
das pela praga, que, ao se ali-
mentar, expele toxinas nocivas
às plantas, que também com-
prometem o desenvolvimento
da produção. Além disso, as
substâncias tornam o aspecto
dos alimentos menos atraente,
pois eles ficam escurecidos, o
que causa rejeição do consu-
midor e a diminuição das ven-
das.
Mosca branca
A mosca branca ocorre em
todo o mundo e é caracterizada
por se adaptar facilmente a vá-
rios climas. Para se reproduzir,
o inseto utiliza-se de mais de
600 tipos de plantas hospedei-
ras. A mosca branca deposita
ovos no hospedeiro e se ali-
menta dele, adaptando a pró-
pria morfologia às característi-
cas da planta atacada. O inseto
se espalhou pelo mundo por
meio da comercialização e do
transporte de plantas ornamen-
tais realizada entre os países
da Europa, Ásia e Américas.
Devido à facilidade de ade-
quação a regiões de clima tro-
pical, subtropical e temperado,
se transformou também no
principal transmissor de mais
de uma centena de viroses,
além do mosaico, descritas em
diferentes partes do planeta.
“Estamos bastante preocupa-
dos com essa praga. Ela tem
causado muitos danos. Acre-
dito que esse problema ocorre
devido a um desiquilíbrio exis-
tente no campo. Temos que
implementar o manejo integra-
do de pragas nas culturas que
compõem o ambiente e utilizar
menos produtos químicos, pois
eles não estão controlando
a mosca branca. Temos que
construir alternativas de mane-
jar o ambiente”, alertou a pes-
quisadora da Embrapa, Eliane
Quintela. “Temos que fazer uma
reflexão sobre a nossa matriz
produtiva, pra que produtores,
juntamente com pesquisado-
res e extensionistas, possam
construir uma saída para esse
cenário”, disse Marcelo Piccin,
presidente da Emater-DF.
Encaminhamentos
Para definir estratégias, será
marcado novo encontro, onde
serão traçadas as linhas de
ações para o combate à mosca
branca. Foram propostos, ain-
da, a criação de grupo de tra-
balho para tratar a questão, a
elaboração de documento para
ser encaminhado ao Ministério
da Agricultura e a criação de
normas específicas para o ma-
nejo da praga. Também será re-
alizado fórum, em 15 de maio,
durante a feira agropecuária
Agrobrasília sobre o assunto.
“É preciso buscar coesão nas
propostas para que todos os
seguimentos envolvidos sejam
favoráveis”, afirmou Antônio
Lima.
3. Consea-DF faz visita técnica a participantes do PAA
Na última quinta-feira (04),
aconteceu na Embrapa Sede a
reunião Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutri-
cional (Consea), com o intuito
de acompanhar as políticas pú-
blicas governamentais imple-
mentadas no Distrito Federal.
Durante a reunião foram
apresentadas as ações de-
senvolvidas ao longo de 2011
e 2012, as principais linhas de
ação do Sistema Público de
Agricultura — composto por
Ceasa-DF, Emater-DF e Secre-
taria de Agricultura do Distrito
Federal (Seagri-DF) — e os re-
sultados obtidos. Em função do
êxito do PAA no DF as metas
também foram pautadas, bem
como a ampliação dos progra-
mas de governo voltados para
amenizar o problema da extre-
ma pobreza.
O conselho — formado por
representantes do governo e
da sociedade civil — visitou,
um dia antes da reunião (na
quarta-feira, dia 4), proprieda-
des no assentamento Betinho,
na região rural de Brazlândia.
O objetivo era conhecer como
funcionam as políticas de com-
pras institucionais e como os
programas estão contribuindo
para a melhoria de vida dos
agricultores. Os conselheiros
visitaram também o Banco de
Alimentos da Ceasa-DF, na
terça-feira (3). “A participação
ativa do Consea no Programa
de Aquisição de Alimentos é
importantíssima. O Conselho
deve, além de fiscalizar o Pro-
grama, apontar melhorias e
ajustes. O que houve de mais
rico nessa visita foi a troca de
experiências”, avaliou o sub-
secretário de Desenvolvimento
Rural, José Nilton Lacerda.
GDF constrói mais PECs na área rural
O GDF, por meio da Secreta-
ria de Agricultura e Desenvolvi-
mento Rural (Seagri) e da Com-
panhia Urbanizadora da Nova
Capital do Brasil (Novacap),
está construindo mais Pontos
de Encontros Comunitários
(PECs) nas áreas rurais do Dis-
trito Federal. Nesta nova etapa
serão construídos nos núcle-
os rurais de Tabatinga e Buriti
Vermelho. “É muito importante
a ação do governo nas comu-
nidades rurais. Muitas pessoas
daqui não têm como ir à cida-
de para frequentar uma aca-
demia”, avaliou Tarcísio Müller,
produtor rural de Tabatinga.
As academias a céu aberto
já foram construídas nos núcle-
os rurais Jardim, Cariru, Capão
Seco, Lamarão e Taquara. A
ação faz parte dos objetivos do
governo Agnelo de levar mais
qualidade de vida à toda a po-
pulação do Distrito Federal.
Produtoras recebem representantes do Consea no Assentamento Betinho
Brasília terá Queijo Candango
Para unir os laticínios, va-
lorizar a produção e a
tradição local, a Empresa de
Assistência Técnica e Exten-
são Rural (Emater-DF) propõe,
junto aos produtores, a fabrica-
ção do Queijo Candango.
A formulação, elaborada
pelo laticinista da empresa,
José Roberto de Oliveira, foi
repassada à cinco laticínios in-
teressados na fabricação. Tra-
ta-se de um queijo meia cura,
que tem o objetivo de ser um
produto diferenciado dos que
estão no mercado, com quali-
dade, reputação e valor agre-
gado.
O primeiro passo desse pro-
cesso foi a realização, na útli-
ma semana, do concurso que
elegeu o melhor Queijo Can-
dango. O júri foi composto por
10 provadores de diferentes
origens e formações variadas,
combinando especialistas, téc-
nicos e consumidores, que
analisaram – de forma cega –
todos os queijos apresentados,
avaliando-os, de forma objetiva
e independente, por meio de
parâmetros como textura, aro-
ma, odor, sabor e aspecto ao
corte e revestimento exterior.
O resultado será divulgado
na solenidade comemorativa
dos 35 anos da Emater-DF, a
ser realizada no dia 12 de abril.
Segundo o laticinista José Ro-
berto, o método de fabricação
do laticínio vencedor servirá
de referência para os demais
participantes. “Continuaremos
acompanhando a produção do
Queijo Candango em todos os
laticínios até chegarmos a um
patamar de qualidade elevado
e padronizado”, explicou.
Ana Laura Costa, proprietá-
ria do Laticínio Mariana, acre-
dita que o Distrito Federal me-
rece ter um queijo diferenciado.
“É importante lançar no merca-
do um queijo meia cura e ainda
mais com uma homenagem à
Brasília. Atualmente não temos
na nossa linha de produção um
queijo com essas característi-
cas”, disse.
O presidente da Emater-
-DF, Marcelo Piccin, agrade-
ceu a participação dos jurados
e mencionou a importância do
trabalho da empresa no cam-
po. “A Emater tem um papel
fundamental no desenvolvi-
mento rural e na garantia do
abastecimento local com pro-
dutos de qualidade. Essa ação
é um exemplo de valorização
da nossa cultura alimentar e
do queijo produzido na nossa
região. O governador Agnelo
tem dado prioridade para o de-
senvolvimento das políticas pú-
blicas voltadas à agricultura do
DF”, falou.
Registro - Com a fabricação
do queijo, os empreendedo-
res – por meio de associação
– poderão solicitar o registro
da receita e da forma de fabri-
cação no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI).
Assim, o queijo estará protegi-
do de falsificações, bem como
servirá de garantia para o con-
sumidor, indicando que se trata
de um produto diferenciado.
Emater desenvolve junto aos laticínios do DF um queijo meia cura, diferenciado e que caracteriza as tradições locais
4. Informativo produzido pelas assessorias de comunicação social:
Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) - 3051-6347
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) - 3340-3002
Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) - 3363-1024
Fernando Kubota e José
Capilé são agricultores
familiares da região rural de
Brazlândia. Ambos têm acesso
às políticas públicas de fomen-
to à agricultura no Brasil, e vi-
ram sua produção crescer nos
últimos anos graças ao crédito
rural e à assistência técnica de
qualidade prestada pela Ema-
ter-DF. Esses exemplos de su-
cesso despertaram o interesse
do vice-presidente do Conselho
de Ministros de Cuba, Marino
Murillo, que está no Brasil para
fortalecer a agenda bilateral e
regional. Na manhã desta ter-
ça-feira (9), o vice-presidente
cubano visitou as duas proprie-
dades, onde pôde conhecer a
experiência brasileira que vem
proporcionando aumento da
renda no campo e mais segu-
rança alimentar.
A visita começou na cháca-
ra do produtor Fernando Kubo-
ta, cujo forte é a plantação de
goiabas. Kubota foi o primeiro
agricultor brasileiro a ser bene-
ficiado com o programa Pronaf
Mais Alimentos, do governo
federal. Em 2008, ele adquiriu
um trator e, posteriormente,
um caminhão; além disso, im-
plantou estufas. Com os equi-
pamentos, pôde aumentar a
produção.
Em seguida, a delegação
conheceu o agricultor José Ca-
pilé, produtor de morangos no
assentamento Betinho, tam-
bém beneficiário do mesmo
programa. Capilé possui um
trator e um caminhão adquiri-
dos com recursos do Mais Ali-
mentos, além de outros maqui-
nários que possibilitaram um
salto na produção.
O vice-presidente cubano
se mostrou bastante interessa-
do nos programas de crédito e
do dia-a-dia dos agricultores.
Conversando diretamente com
eles, Marino Murillo questionou
detalhes sobre lavoura, mer-
cado, equipamentos, insumos,
colheita e rotina da família e dos
trabalhadores rurais. A comitiva
era composta ainda pelos vice-
-ministros da Agricultura, Julio
Pérez, da Economia, Joaquín
Valverde, além de assessores
de áreas afins.
De acordo com informa-
ções do Palácio do Itamaraty,
o comércio entre Brasil e Cuba
cresceu mais de 600% entre
2003 e 2012. No ano passado,
a corrente de comércio bilateral
alcançou o recorde histórico de
US$ 661,6 milhões. A coopera-
ção entre os dois países inclui
financiamentos para a realiza-
ção de projetos nos setores de
alimentos, agricultura e infraes-
trutura.
Vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba conhece experiências de sucesso
Agricultura do DF é modelo de desenvolvimento