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Ultrassonografia na
avaliação do sistema
urinário

Cibele Figueira Carvalho
(DVM, MSc, PhD)
Introdução

   Ultrassonografia modo-B
-   Avaliação morfológica e estrutural

 Ultrassonografia Doppler
- Avaliação da arquitetura vascular
  (Doppler colorido) e hemodinâmica
  (Doppler pulsado)
Condições clínicas nas quais a US
pode auxiliar na pesquisa diagnóstica

Poliuria/ Polidipsia
Hematuria/ disuria/ polaciuria
Vômitos de causa desconhecida
Abdome agudo
Anomalia renal palpável
Evidência clínica e laboratorial de nefropatia
Anormalidades em outros exames complementares
Diferenciar lesões sólidas de cavitárias
Ausência da imagem renal na urografia excretora
Suspeita de neoplasia
Bexiga
   Órgão com
    propriedades
    acústicas ideais
   Alterações em parede (cistite, polipos,
    neoplasias)
   Alterações de conteúdo (cálculos,
    coágulos, debris celulares, cristais)
   Alteração de topografia e contornos
RIM
   Aspectos de imagem x função

 Avaliação em Modo – B
- Arquitetura renal (cortical, medular e
  pelve)
- Tamanho e formato
- Relação córtico-medular
- Ecogenicidade
Corte longitudinal




Nautrup, 2001
Corte dorsal




Nautrup, 2001
Corte transversal




Nautrup, 2001
Condições clínicas que levam a
  insuficiência renal

Insuficiência renal aguda     Insuficiência renal crônica
*necrose tubular aguda        *rins policísticos
*necrose cortical             *glomerulonefrite
*nefrite intersticial aguda   *pielonefrite crônica
*doenças glomerulares         *diabetes mellitus
                              *doenças auto-imunes
                              *exposição à nefrotoxinas
ALTERAÇÕES RENAIS DETECTADAS AO US

Defeitos congênitos – displasia renal/agenesia
Trauma
Abscesso/Hematoma
Calcificações/Mineralizações
Urolitíase
Infarto
Hidronefrose
Cisto renal
Neoplasia
Dioctophyma renale

Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal crônica
 Estudo Doppler renal
- Mapeamento Doppler colorido da
  vasculatura intrarrenal e extra
- Estudo Doppler pulsado dos vasos
VASCULARIZAÇÃO RENAL




Fonte: Melo et al., 2006
Artéria renal

   Perfil de velocidade de
    fluxo laminar parabólico
    com padrão de baixa
    resistividade; possui
    pico sistólico amplo e
    eventualmente com
    incisura protodiastólica
   IR normal abaixo de
    0,70
Fonte: Melo et al., 2006
Artéria renal
Segundo MELO (2006)
  em cães:
 ARD
- VPS 79.96± 8.82 ,
- VDF 28.86± 5.11


ARE
- VPS 80.22± 6.99
- VDF 29.62± 4.14


- IR = 0.64± 0.04
MÉDIA E DESVIO PADRÃO (DP) OBTIDOS DOS DIÂMETROS E
DAS VELOCIDADES DE PICO SISTÓLICO (VPS), VELOCIDADE
DIASTÓLICA FINAL (VDF) DAS ARTÉRIAS RENAIS (AR) EM
GATOS PERSA. SÃO PAULO, SP, BRASIL - 2007. N = NÚMERO
DE AMOSTRA.

    N = 50       AR diâmetro      AR VPS    AR VDF    AR IR
                    (cm)           (cm/s)    (cm/s)




     Média          0,15           41,17     19,14    0,54



      DP            0,01           9,40      5,50     0,07



    Mínimo          0,12           22,45     10,59    0,39



    Mediana         0,15           40,26     18,93    0,53



    Máximo          0,17           64,50     31,83    0,70




Fonte: CARVALHO & CHAMMAS, 2009
Traçado espectral de artéria renal (AR) com perfil típico de velocidade de fluxo
parabólico.
O pico sistólico é amplo e afilado,( ) com baixa resistência de fluxo
demonstrado pela porção diastólica contínua e cheia diminuindo gradualmente
durante a diástole ( ).
Após o pico sistólico, a velocidade cai um pouco ( ), depois se torna mais
alta novamente (pico de velocidade diastólico) e no restante da diástole
gradualmente diminui.
Espectro Doppler de artéria interlobar
cranial em cão normal - perfil típico de
velocidade de fluxo parabólico.
Protocolo de avaliação Doppler
renal
   Modo-B: planos de imagem renal,
    relação córtico-medular, espessura
    cortical, espessura pelve renal
   Vascular: diâmetro AR e AO
Protocolo de avaliação Doppler
renal (cont.)

 Hemodinâmica
- método direto (artéria renal)
- método indireto (artérias intrarrenais) citado
  somente na literatura médica

   Doppler AR: VPS, IR, ASi
   Doppler AO: VPS
   Doppler AIL (três regiões): VPS, IR, ASi
Aplicações clínicas do Doppler renal

   vascularização normal
   insuficiência renal aguda
   obstrução renal
   massas renais
Mapeamento duplex
Doppler colorido de
rim de cão nefropata
crônico apresentando
rim esquerdo
hipovascularizado (A)
e rim direito de
arquitetura
totalmente alterada,
dimensões
diminuídas e
avascular (B).
Fatores hemodinâmicos que podem
alterar os parâmetros
Dopplervelocimétricos
   Débito cardíaco
   Perda da complacência das paredes
    arteriais (estenose artéria renal)
   Nefropatia ocasionando alteração da
    impedância do leito vascular distal
Estenose renal




Estenose de AR bilateral
Bulldog frances, 2anos, macho
Falsos Negativos - Nefropatias

   nefropatia parenquimatosa
   nefropatia obstrutiva há mais de 24h
   Estudos sugerem que as alterações
    mais marcantes acontecem nos ramos
    arteriais mais distais (artérias
    arqueadas)
   O espectro Doppler das AA têm
    grande relevância clínica na avaliação
    das nefropatias
   O principal potencial de uso da técnica
    está relacionado ao fato de que a
    maior parte das alterações agudas
    renais não promove alterações
    detectáveis ao modo-B (nefrite
    intersticial, necrose tubular aguda,
    vasculites e vasculopatias)
Insuficiência Renal
   Aguda
-   pode haver aumento do tamanho do rim,
-   pode haver diminuição difusa da vascularização,
-   padrão espectral pode estar normal
-   pode haver ausência de fluxo na fase diastólica
    final (diástole zero)
-   pode haver aumento da impedância vascular
   A combinação de um exame US renal
    normal e avaliação Doppler renal com
    IR > 0,70 é sugestivo de doença renal
    aguda tubulointersticial ou de
    alterações vasculares
Falsos Positivos – alteração de IR sem
nefropatia


   ICC e diminuição do débito cardíaco
   Hipovolemia e hipotensão severa
   Depleção de sódio
imagem triplex Doppler da artéria renal e da artéria interlobar cranial (aic) com
traçado espectral demonstrando o aumento da impedância vascular renal e dos
índices de resistividades.
Infarto renal

   Achados normais não excluem o
    diagnóstico
   Fluxo reduzido ou ausente em um
    segmento
   Diminuição da VPS
Obstrução do Sistema
Coletor

  perveidade ureteral
- jatos ureterais
   Pelve dilatada x vasos hilares
    proeminentes
   impedância vascular
    aumentada
   Tx de falso negativo 27%
   Em humanos: diferença de 0,10 ou
    mais no IR entre rins obstruídos e não
    obstruídos dentro do mesmo paciente
A) Imagem triplex Doppler de rim em gato com processo obstrutivo ocasionado por infecção urinária com espectro de artéria
interlobar evidenciando as diferenças entre as velocidades sistólica e diastólica no traçado espectral.
B) Imagem triplex de rim em gato com nefropatia obstrutiva demonstrando o aumento da resistência do leito vascular
Tumores renais x lesões focais

     vasos geralmente de padrão espectral
      arterial dentro da massa devem ser
      considerados suspeitos
Outras aplicações em rim

   trauma renal (efusão capsular > IR)
   Trombose aguda renal (alterações precoces
    em 24 horas, aspecto inalterado nos 07 dias
    subsequentes e retração da superfície após
    17 dias)
  Futuro...?!
- transplante renal: monitoração pré e
   pós operatória; verificar rejeição e
   hemodinâmica do rim transplantado
Conclusões

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Ultrassonografia do sistema urinário

  • 1. Ultrassonografia na avaliação do sistema urinário Cibele Figueira Carvalho (DVM, MSc, PhD)
  • 2. Introdução  Ultrassonografia modo-B - Avaliação morfológica e estrutural  Ultrassonografia Doppler - Avaliação da arquitetura vascular (Doppler colorido) e hemodinâmica (Doppler pulsado)
  • 3. Condições clínicas nas quais a US pode auxiliar na pesquisa diagnóstica Poliuria/ Polidipsia Hematuria/ disuria/ polaciuria Vômitos de causa desconhecida Abdome agudo Anomalia renal palpável Evidência clínica e laboratorial de nefropatia Anormalidades em outros exames complementares Diferenciar lesões sólidas de cavitárias Ausência da imagem renal na urografia excretora Suspeita de neoplasia
  • 4. Bexiga  Órgão com propriedades acústicas ideais
  • 5. Alterações em parede (cistite, polipos, neoplasias)  Alterações de conteúdo (cálculos, coágulos, debris celulares, cristais)  Alteração de topografia e contornos
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. RIM  Aspectos de imagem x função  Avaliação em Modo – B - Arquitetura renal (cortical, medular e pelve) - Tamanho e formato - Relação córtico-medular - Ecogenicidade
  • 13. Condições clínicas que levam a insuficiência renal Insuficiência renal aguda Insuficiência renal crônica *necrose tubular aguda *rins policísticos *necrose cortical *glomerulonefrite *nefrite intersticial aguda *pielonefrite crônica *doenças glomerulares *diabetes mellitus *doenças auto-imunes *exposição à nefrotoxinas
  • 14. ALTERAÇÕES RENAIS DETECTADAS AO US Defeitos congênitos – displasia renal/agenesia Trauma Abscesso/Hematoma Calcificações/Mineralizações Urolitíase Infarto Hidronefrose Cisto renal Neoplasia Dioctophyma renale Insuficiência renal aguda Insuficiência renal crônica
  • 15.
  • 16.
  • 17.  Estudo Doppler renal - Mapeamento Doppler colorido da vasculatura intrarrenal e extra - Estudo Doppler pulsado dos vasos
  • 19. Artéria renal  Perfil de velocidade de fluxo laminar parabólico com padrão de baixa resistividade; possui pico sistólico amplo e eventualmente com incisura protodiastólica  IR normal abaixo de 0,70
  • 20. Fonte: Melo et al., 2006
  • 21. Artéria renal Segundo MELO (2006) em cães: ARD - VPS 79.96± 8.82 , - VDF 28.86± 5.11 ARE - VPS 80.22± 6.99 - VDF 29.62± 4.14 - IR = 0.64± 0.04
  • 22. MÉDIA E DESVIO PADRÃO (DP) OBTIDOS DOS DIÂMETROS E DAS VELOCIDADES DE PICO SISTÓLICO (VPS), VELOCIDADE DIASTÓLICA FINAL (VDF) DAS ARTÉRIAS RENAIS (AR) EM GATOS PERSA. SÃO PAULO, SP, BRASIL - 2007. N = NÚMERO DE AMOSTRA. N = 50 AR diâmetro AR VPS AR VDF AR IR (cm) (cm/s) (cm/s) Média 0,15 41,17 19,14 0,54 DP 0,01 9,40 5,50 0,07 Mínimo 0,12 22,45 10,59 0,39 Mediana 0,15 40,26 18,93 0,53 Máximo 0,17 64,50 31,83 0,70 Fonte: CARVALHO & CHAMMAS, 2009
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Traçado espectral de artéria renal (AR) com perfil típico de velocidade de fluxo parabólico. O pico sistólico é amplo e afilado,( ) com baixa resistência de fluxo demonstrado pela porção diastólica contínua e cheia diminuindo gradualmente durante a diástole ( ). Após o pico sistólico, a velocidade cai um pouco ( ), depois se torna mais alta novamente (pico de velocidade diastólico) e no restante da diástole gradualmente diminui.
  • 27. Espectro Doppler de artéria interlobar cranial em cão normal - perfil típico de velocidade de fluxo parabólico.
  • 28. Protocolo de avaliação Doppler renal  Modo-B: planos de imagem renal, relação córtico-medular, espessura cortical, espessura pelve renal  Vascular: diâmetro AR e AO
  • 29. Protocolo de avaliação Doppler renal (cont.)  Hemodinâmica - método direto (artéria renal) - método indireto (artérias intrarrenais) citado somente na literatura médica  Doppler AR: VPS, IR, ASi  Doppler AO: VPS  Doppler AIL (três regiões): VPS, IR, ASi
  • 30. Aplicações clínicas do Doppler renal  vascularização normal  insuficiência renal aguda  obstrução renal  massas renais
  • 31. Mapeamento duplex Doppler colorido de rim de cão nefropata crônico apresentando rim esquerdo hipovascularizado (A) e rim direito de arquitetura totalmente alterada, dimensões diminuídas e avascular (B).
  • 32. Fatores hemodinâmicos que podem alterar os parâmetros Dopplervelocimétricos  Débito cardíaco  Perda da complacência das paredes arteriais (estenose artéria renal)  Nefropatia ocasionando alteração da impedância do leito vascular distal
  • 33. Estenose renal Estenose de AR bilateral Bulldog frances, 2anos, macho
  • 34.
  • 35. Falsos Negativos - Nefropatias  nefropatia parenquimatosa  nefropatia obstrutiva há mais de 24h
  • 36.
  • 37. Estudos sugerem que as alterações mais marcantes acontecem nos ramos arteriais mais distais (artérias arqueadas)  O espectro Doppler das AA têm grande relevância clínica na avaliação das nefropatias
  • 38. O principal potencial de uso da técnica está relacionado ao fato de que a maior parte das alterações agudas renais não promove alterações detectáveis ao modo-B (nefrite intersticial, necrose tubular aguda, vasculites e vasculopatias)
  • 39. Insuficiência Renal  Aguda - pode haver aumento do tamanho do rim, - pode haver diminuição difusa da vascularização, - padrão espectral pode estar normal - pode haver ausência de fluxo na fase diastólica final (diástole zero) - pode haver aumento da impedância vascular
  • 40. A combinação de um exame US renal normal e avaliação Doppler renal com IR > 0,70 é sugestivo de doença renal aguda tubulointersticial ou de alterações vasculares
  • 41. Falsos Positivos – alteração de IR sem nefropatia  ICC e diminuição do débito cardíaco  Hipovolemia e hipotensão severa  Depleção de sódio
  • 42. imagem triplex Doppler da artéria renal e da artéria interlobar cranial (aic) com traçado espectral demonstrando o aumento da impedância vascular renal e dos índices de resistividades.
  • 43. Infarto renal  Achados normais não excluem o diagnóstico  Fluxo reduzido ou ausente em um segmento  Diminuição da VPS
  • 44.
  • 45. Obstrução do Sistema Coletor  perveidade ureteral - jatos ureterais
  • 46. Pelve dilatada x vasos hilares proeminentes  impedância vascular aumentada  Tx de falso negativo 27%
  • 47. Em humanos: diferença de 0,10 ou mais no IR entre rins obstruídos e não obstruídos dentro do mesmo paciente
  • 48. A) Imagem triplex Doppler de rim em gato com processo obstrutivo ocasionado por infecção urinária com espectro de artéria interlobar evidenciando as diferenças entre as velocidades sistólica e diastólica no traçado espectral. B) Imagem triplex de rim em gato com nefropatia obstrutiva demonstrando o aumento da resistência do leito vascular
  • 49. Tumores renais x lesões focais  vasos geralmente de padrão espectral arterial dentro da massa devem ser considerados suspeitos
  • 50.
  • 51.
  • 52. Outras aplicações em rim  trauma renal (efusão capsular > IR)  Trombose aguda renal (alterações precoces em 24 horas, aspecto inalterado nos 07 dias subsequentes e retração da superfície após 17 dias)
  • 53.  Futuro...?! - transplante renal: monitoração pré e pós operatória; verificar rejeição e hemodinâmica do rim transplantado