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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO
LATINO-AMERICANA – UNILA
GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA
Disciplina: Fundamentos Históricos, Teórico-metodológicos do Serviço
Social II
Discentes: Filipe Neri, Leonardo Lucas, JasleidySolórzano e Sofia Bertolini
Docente: Mirella Rocha
FOZ DO IGUAÇU, 18 DE MAIO DE 2016.
SUMÁRIO
1. CONTEXTO SOCIOHISTÓRICO..............................................................................................1
1.1 GUERRA FRIA E AMEAÇA COMUNISTA............................................................................1
1.2 RELAÇÕES ECONOMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS CUBA/EUA..............................................2
1.2.1 CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIOLÓGICO DE CUBA PRÉ-REVOLUÇÃO CUBANA – DITADURA MILITAR DE
MONCADA E BATISTA .....................................................................................................................................................2
1.3 PROCESSO DE REVOLUÇÃO EM CUBA...................................................................................6
1.3.1 REVOLUÇÃO CUBANA ......................................................................................................................................6
1.3.2 O PAPEL DE FIDEL CASTRO E DE CHE GUEVARA NA REVOLUÇÃO CUBANA ...........................................7
1.4 ESTRATÉGIAS DE REPRESSÃO..........................................................................................8
1.4.1 ENMIENDA PLATT .............................................................................................................................................8
2. ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA ...........................................................................10
2.2. ANÁLISE CRÍTICA.......................................................................................................... 11
3. SOU CUBA – POEMA.........................................................................................................13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................15
1. CONTEXTO SOCIOHISTÓRICO
1.1 GUERRA FRIA E AMEAÇA COMUNISTA
Para situarmos este trabalho, primeiramente, é preciso entender o contexto sócio
histórico no qual o mundo se insere, dividindo-se em Capitalismo, Socialismo e “Países
subdesenvolvidos”. Donde houvera intenso enfoque na disseminação ideológica nos países
latino-americanos e Caribenhos. Este trabalho vem a falar especificamente de Cuba que fora
dominada veemente mesmo antes das contrarrevoluções preventivas em toda América Latina,
sendo assim obediente a ordem norte-americana de dominação.
“Nunca escapou aos analistas da ditadura brasileira que sua emergência inseriu-se
num contexto que transcendia largamente as fronteiras do país, inscrevendo-se num
mosaico internacional em que uma sucessão de golpes de Estado (relativamente
incruentos uns, sanguinolentos outros, como na indonésia) era somente o sintoma de
um processo de fundo: movendo-se na moldura de uma substancial alteração na
divisão internacional capitalista do trabalho, os centros imperialistas, sob
hegemonismo norte-americano, patrocinaram, especialmente no curso dos anos
sessenta uma contrarrevolução preventiva em escala planetária (com rebatimentos
principais no chamado Terceiro Mundo,onde se desenvolviam, diversamente, amplos
movimentos de libertação nacional e social.” (NETTO, 2015, p. 30)
Antes da revolução cubana, já em todo o resto da latinoamerica, a propagação se impôs
através da força, implementada por instituições que compactuavam com ideologias
zoologicamente anticomunistas. Os centros hegemônicos encontravam-se em constante
disputas. Do ponto de vista econômico-político-social os países subdesenvolvidos foram
sujeitos a tais ideologias. As massas eram passíveis da absorção que as superpotências, então,
colocavam-se levando a cabo em seus planos de dominação.
A guerra fria foi o processo de conflito de interesses desarmados na qual a única
intenção era a consolidação de um centro hegemônico. Cuba, vista como porta de “entrada”
para os soviéticos, passaram por diversas transformações revolucionárias. A expropriação dos
bens privados, a expulsão de empresas multinacionais capitalistas, fechamento de cassinos, etc.
Através da ideologia, os norte-americanos impuseram um dever ser dominando assim
geopoliticamente toda latinoamérica no âmbito político, econômico, social, tecnológico e
militar, na qual os países mais influenciados, antes, foram os caribenhos, onde terminando a
segunda guerra, os norte-americanos adotaram uma estratégia de contenção ao invés do
confronto direto, visando o embargo da expansão das ideias marxistas, leninistas etc. Sendo
que, esta, não impediu o surgimento de regimes que pendiam ao comunismo/socialismo na
américa-latina.
1.2 RELAÇÕES ECONOMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS CUBA/EUA
1.2.1 CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIOLÓGICO DE CUBA PRÉ-REVOLUÇÃO
CUBANA – DITADURA MILITAR DE MONCADA E BATISTA
Em 1925, Cuba se encontrava como uma “Republica midiatizada”- (Termino
Historiográfico que faz referência as neocoloniais de 1902 a 1958)1-, depois da declaração de
Cuba como República Independente em 1902, USA e as alianças políticas do momento
originaram a ideia de que os “povos caribenhos não tem capacidade para se autogovernar ”
criando assim um novo processo de intervenção estadunidense. Nos anos 1906 a 1909 nasce o
exército cubano que tenderá a obrigação de mediar os conflitos dados pela disputa do poder. O
poderio norte-americano se estabelece mediante a concessão de Indústrias açucareiras, grandes
empresas e terrenos, as maiores partes das riquezas nacionais pertenciam ao capital estrangeiro2,
já em 1925 e com estes antecedentes, Cuba se apresentava ao mundo como uma “colônia do
neocolonizador”, neste mesmo ano Gerardo Machado representante do partido Liberal assumia
a presidência do país caribenho com a consigna de “Honra, estrada e escolas”.
Os primeiros anos de governo de Machado estariam encaminhados à regulação da
indústria e a “proteção” dos produtos do capital externo, em 1927 Machado prorrogara seu
mandato de 4 a 6 anos mediante câmbios constitucionais, em 1928 o general Machado era
proclamado novamente presidente. O Partido Comunista Cubano fundado em 1925, a
“Associação de Veteranos e Patriotas” e a sociedade secreta ABC – Sociedade secreta de
intelectuais contra-machadistas - repudiavam as medidas constitucionais adotadas em Cuba e
exigiam uma reestruturação do estado Nacional.
1
Manuel Sanguily, 1924: “Casi toda la tierra cubana ha ido pasando a manos extrañas, al punto que nuestro pueblo, en su
inmensa mayoría gente pobre, va asemejándose rápidamente a los colonos de la vieja Roma[...] La industria y el comercio no
están tampoco en manos de cubanos, a quienes apenas si les quedan, como signos de su periclitante soberanía, la bandera
nacional y los empleos públicos[...]” Facetas de la vida de Cuba republicana. 1902-1952, Municipio de La Habana, Oficina
del Historiador de la Ciudad, 1954 (Col. Historia Cubana y Americana, 13), pp. 54-55.
2
“La política cubana adquirió un carácter claramente distributivo poco después de la independencia. Como gran parte de la
riqueza nacional pasó rápidamente a manos extranjeras, los cargos públicos dejaban a quienes lograban ocuparlos, así como a
sus seguidores, acceso a los mecanismos de asignación de recursos y beneficios en la única empresa que era enteramente
cubana: el gobierno”. Louis A. Pérez, (“Cuba, c. 1930-1959”, en Leslie Bethell [ed.], (Historia de América Latina. México
y el Caribe desde 1930, Barcelona, Crítica-Cambridge University Press, 1998, t. 13, p. 152)
No início da década dos 30, com a crise de 19293 e “Grande Depressão” dos Estados
Unidos gerada pela caída do Wall Street, os movimentos populares tomavam força exigindo a
abolição da Ementa Platt4 e o fim das fraudes em comícios eleitorais. Os Estados Unidos
reconheciam a soberania Cubana sobre a ilha de Pinos, a situação financeira, econômica e social
de Cuba entrava em decadência, a produção de açúcar, as exportações e os salários decresciam
a tal ponto de gerar a emergência de reorganizar o “equilíbrio social”. O surgimento dos
movimentos populares (em sua maioria comunistas) traziam consigo o enfrentamento do povo
contra o Estado que mediante uma greve nacional dada pela aliança entre militares e políticos
logram o derrocamento da Ditadura de Machado o 12 de agosto de 1933, no mesmo ano
Franklim Delano Rosevelt propagava a ideologia do desenvolvimento na América Latina e o
Caribe mediante a Política da Boa Vizinhança através da ideologia de “América para os
americanos”.
“El desempleo en los Estados Unidos aumentó al 25%, no obstante seruno de los más
bajos del mundo teniendo en cuenta que en algunos países alcanzó hasta el 33%.
Ciudades de todo el mundo se vieron gravemente afectadas, especialmente las que
dependían de la industria pesada,y la construcción se detuvo prácticamente en muchas
áreas. La agricultura y las zonas rurales sufrieron la caída de los precios de las
cosechas en un 60%. La crisis repercutió directamente sobre la economía
latinoamericana, que se caracterizada en la exportación de materia prima y en la
importación de productos industriales”. (O VERAZ)
O mundo se vê afetado politicamente pela crise econômica da Grande Depressão
desembarcando em um túmulo de golpes militares decorrentes em toda América - Latina esta
crise econômica afetará ao mundo politicamente, trazendo como resultado o derrocamento de
diferentes governos durante a Grande Depressão tendo início em Peru - 1929; Argentina - 1930,
Panamá - 1931; Chile y Espanha - 1932; Cuba - 1933; Grécia - 1935; Nicarágua - 1936,
enquanto do outro lado do mundo se organizava o plano Condor na URSS, o extremo bipolar
do capitalismo marcava efervescência a nível mundial com o “VI Congresso Mundial da
Internacional Comunista” no qual se falaria sobre a emergência da restauração do mundo em
crise mediante a aprovação do Programa da Internacional Comunista.
3
Desplomó el precio y las exportaciones de azúcar y tabaco, las principales de la isla
4
La Enmienda Platt fue agregada como apéndice a la Constitución de 1901 como garantía de intervención en la naciente
República por partede su todopoderoso…. El gobierno de Cuba consentiría en que los Estados Unidos ejerciesen el derecho
de intervención para preservar la independencia cubana (Citado en Emeterio S. Santovenia, Armonías y conflictos entorno
a Cuba, México, FCE, 1956, pp. 272-273)
“A elección como presidente de Franklin Delano Roosevelt y el establecimiento del
New Deal en 1932 marcó el inicio del final de la Gran Depresión en Estados Unidos”.
(O VERAZ)
Com a política da boa vizinhança propagando-se pela América, os Estados Unidos
reforçavam a Ementa Platt, e estabelece o financiamento do Plano Condor pelo mundo, em
Cuba as revoltas estudantis universitárias foram reprimidas pelo Governo, a rinha efetuada traz
a morte de Rafael Trejo - líder da revolta Universitária Antimachadista – o que cede passo a
indignação do povo que se armou em revoltas contra o general Machado. A resposta do governo
leva a suspensão das garantias constitucionais.
“La declaración de la ley marcial con el uso de tribunales militares en lugar de los
tribunales civiles, la imposición de una estricta censura, y el brutal asesinato o
encarcelamiento de los opositores políticos del Presidente, no han logrado frenar la
campaña de terrorismo iniciada por los opositores del presidente Machado”.
(Semanario El Veraz, San Juan, Puerto Rico)
Em 8 de agosto de 1933 mediante carta do Presidente Roosevelt se exigia a renúncia do
presidente Machado e, em 12 de agosto do mesmo ano as revoltas populares levariam às forças
antimachadistas a toma do poder mediante a promessa de um governo socialista promovido
pela aliança político-militar que outorga o poder a Fulgencio Batista. A carta do presidente
estadunidense no significaria outra cosa mais que a conservação dos ideais Norte-americanos
como modelo para Cuba, assim mediante o respaldo da revolta à greve nacional do 33, o
governo estadunidense implantava sua hegemonia mediante o discurso abandonativo do
governo “ditatorial” que no primeiro momento foi promovido por ele. Ou seja, USA apoiava o
processo de destituição presidencial do Moncada para poder estabelecer o plano Condor dentro
da Cuba com a finalidade de exercer maior poderio econômico dentro da Ilha.
Depois da saída do Machado do poder o Representante do presidente dos Estados
Unidos, Mr. Welles (embaixador de USA em Cuba) criou um governo provisório comandado
por Carlos Cespedes - com duração de 22 dias - que foi reconhecido imediatamente por USA,
depois, Ramón Grau Sam Martín assumiria a presidência em um mandato com vigência de 136
dias, depois a figura do Sargento Fulgencio Batista <<the Man>> aparece no cenário político
da Cuba com a toma do governo provisório –governo de Grau. O governador Welles temia
perder o controle que exercia em Cuba então recomenda aos USA não reconhecer o presidente
cubano.
“Ningún gobierno puede mantenerse aquí sin el reconocimiento de EEUU”, escribió Mr
Welles a sus superiores. (Rene Diaz, Citação, Rebelião, Carta de Welles ao governo dos EEUU)
Os estados Unidos não legitimariam a Ramón Grau San Martín, quem em sua curta
instância derrubou a Emenda Platt e introduziu algumas ideias progressistas, com o fim de
apaziguar os ânimos de Cuba os EEUU criaram uma Comissão especial para Cuba
“el fin de analizar la urgente situación revolucionaria que se vivía en Cuba, EEUU
creó una ‘Comisión de Asuntos Cubanos’ en la que no participó ningún cubano más
que en forma de ‘cooperación privada y no oficial’. Esta Comisión llegó a la siguiente
conclusión: “La palabra revolución, a la caída de Machado, resumió en sí misma el
anhelo general de drásticas reformas en la vida política, social y económica de la
Nación cubana”. (R. Diaz. Rebelión. Cuba, 1958 una revolución inevitable)
Fulgêncio Batista - declarado chefe das forças militares cubanas, durante o governo
provisório - se aliou junto aos EEUU para estabelecer em Cuba um governo aliado aos USA,
enquanto em Cuba, os descontentes sociais aumentavam devido à caída, a redução e as
restrições econômicas que afetaram as inversões e exportação açucareira. A população cubana
era obrigada a trabalhar em troca de comida, fato que levou ao descontentamento que em 1935
faz surgir o Sindicato Nacional de Trabalhadores Cubanos, as forças antimachadistas que
tomaram o poder prometiam a mudança mediante uma reestruturação socialista, porém não
cumpriram, se manteve a repressão aos movimentos e manifestações sociais. Em 1940, Batista
se candidatava a presidência do governo Cubano em representação da “União Socialista-
Democratica”. Em 1941 Cuba declara a guerra contra as hegemonias do mundo. Por outro lado,
Batista culminaria seu mandato com a perdida dos comícios eleitorais de 1944 com a que
Ramon Grau voltaria ao poder.
“Según Washington,‘el volumen y el tamaño de la corrupción’, su alineamiento con
la política exterior estadounidense y su dependencia del mercado estadounidense
marcaron su gobierno. Batista permitió también que Washington utilizara el espacio
aéreo, marítimo y terrestre, dispusiera de varias bases aéreas y navales con uso
exclusivo durante la Segunda Guerra Mundial, sin reciprocidad, poniendo así la
soberanía nacional entre paréntesis.” (S. Lamrani. 5º verdades sobre a ditadura de
Fulgencio Batista Cuba. 2013)
Em 1948 Carlos Socarras ganha as eleições presidenciais a qual duraria hasta 1952
quando Batista instaura um golpe de estado – a três meses dos comícios presidenciais – e declara
uma ditadura militar reconhecida pelos Estados Unidos.
“Aumentó el salario de las fuerzas armadas y de la policía (de 67 pesos a 100 pesos y
de 91 pesos a 150 pesos respectivamente), se otorgó un salario anual superior al del
presidente de Estados Unidos (pasó de 26.400 dólares a 144.000 dólares frente a los
100.000 dólares de Truman), suspendió el Congreso y entregó el poder legislativo al
Consejo de Ministros, suprimió el derecho de huelga, restableció la pena de muerte
(prohibida por la Constitución de 1940) y suspendió las garantías constitucionales”.
(S. Lamrani. 5º verdades sobre a ditadura de Fulgencio Batista Cuba. 2013)
A ditadura militar iniciada nos 52 estará caracterizada por medidas anticonstitucionais,
a aliança militarizada feita por Batista e os Estados Unidos garantia a permanência da Ditadura
e a dependência de Cuba do sistema político e econômico de USA. No ano 1954 o ditador
anunciava eleições presidenciais, onde concorreu como único candidato. A Constituição de 40
que ele mesmo instaurou foi trocada por uma nova que eliminava as garantias civis. A Cuba de
Batista será a Cuba do caos, que só culminaria com o aparecimento do Fidel Castro e Luis
Hernesto Guevara em 1959 com a Revolução Cubana.
1.3 PROCESSO DE REVOLUÇÃO EM CUBA
1.3.1 REVOLUÇÃO CUBANA
A revolução de 1959 foi, de certo, uma profunda inflexão no modo a qual os
trabalhadores lutaram contra a ordem e o capitalismo. Depois de fracassadas as lutas de
independência iniciadas na segunda metade do século passado, é caracterizada efetivamente
como uma revolução, não por ter tomado o poder, mas sim por ter desenvolver no seu pano de
fundo uma profunda inflexão nas instâncias societárias-político-econômico-ideológico bem
como no próprio sujeito, causando profundas modificações em sua estrutura e relações. A
revolução não é apenas um produto histórico da mobilização dos setores democráticos
populares, mas é, também, o desenvolvimento de um programa de transformações
democráticas, nacionais e socialistas que modificou substancialmente, culturalmente,
economicamente e socialmente a população cubana, levando ao mundo exterior à ilha socialista
uma análise em sua complexidade do significado da revolução, somando assim sua polêmica
de projeção para a América Latina, causando diversas contrarrevoluções e “revoluções
preventivas” . Estas sempre encaradas como exemplo a se seguir ou um caos a se evitar. O que
para a polarização radical na abordagem do fenômeno cubano, pelo próprio fato de que ele
envolve a todos no continente, como atração ou repulsa, apontando “vias de superação da crise
capitalista” ou assinalando caminhos a recusar “para preservar a democracia”.
1.3.2 O PAPEL DE FIDEL CASTRO E DE CHE GUEVARA NA REVOLUÇÃO
CUBANA
Fidel Castro era militante da esquerda cubana, advogado, estava pretendendo disputar a
vaga de deputado pelo Partido do Povo Cubano nas eleições, mas com o golpe do Estado,
resolveu organizar uma luta armada junto ao seu irmão Raul Castro e cerca de 124 ativistas do
movimento estudantil, em 1953, Raul atacou o quartel de Moncada, que era o segundo quartel
mais importante de Cuba. Fracassando totalmente com vários militantes do movimento mortos
e ele, por fim, preso. Depois, o movimento reivindicatório popular exigiu que o então presidente
a anistiar todos os seus presos políticos, inclusive Fidel, que depois foi para o México, para se
preparar, e foi lá onde conheceu Che Guevara, Fidel e Che então decidem uma nova tentativa
de revolução, e, logo em 1956: Fidel, Che e mais 80 guerrilheiros embarcaram num pequeno
iate, Tuxpán, no México, indo em direção a Cuba.
Chegando em cuba, no oitavo dia, recebem um ataque aéreo de surpresa e também das
tropas terrestres do ditador. Ficando vivos apenas 14 guerrilheiros, Fidel e Che estavam entre
os sobreviventes, depois, foram para as montanhas buscando apoio de camponeses a causa, no
dia a dia, eles vão convencendo os camponeses, movimentos ilegais de Havana ficavam
mandando dinheiro para a guerrilha, há uma profunda inflexão no movimento de resistência
donde começa a transformar-se em exército de camponeses armados. Com suas ideias
movendo-os, sobretudo desejando um pedaço de terra, a reforma agrária. Em 1957, a Rádio
Rebelde, transmitia a voz de Fidel onde o mesmo proclamou para os ouvintes, já em 1958 a voz
de Fidel já estava pelas grandes cidades cubanas. Outros movimentos também lutaram e
resistiram por toda Cuba, nas cidades havia o movimento operário, estudantil, e tantas outros
movimentos que se contrapuseram ao regime de ditadura.
A revolução, com tática de guerrilha, inflexionou-se à guerra convencional. As greves
da cidade eram tendenciadas a apoiar a guerrilha, os rebeldes armados vão tomando a cidade
com a chegada do ano novo, numa escada acelerada, que ocuparam toda Havana. Fulgêncio,
com todos os seus ministros generais fugiram para Flórida e outros para Rep. Dominicana.
Em 1959 o governo revolucionário assume o poder na guerra fria, aliando-se à URSS,
contra o a hegemonia da ideologia capitalista norte-americana. Já em 60, todas as empresas
multinacionais estavam expulsas dos EUA e o Estado Cubano se apossou de todas elas. No
corrente ano ainda há a reforma agrária, todos os latifúndios foram estatizados, beneficiando
mais de 190 mil camponeses. Logo em acontece o embargo econômico.
Em 1961, Fidel declarou Cuba socialista. Ainda depois do embargo, com o socialismo,
muitas conquistas com ajuda da URSS sendo fundamental. Milhares de escolas de boa
qualidade, totalmente gratuitas e em todos os níveis, até o superior, incluindo refeições e todo
material escolar, zerou o índice de analfabetismo, saúde pública gratuita e estatal, etc.
1.4 ESTRATÉGIAS DE REPRESSÃO
1.4.1 ENMIENDA PLATT
A Ementa Platt é um anexo à Constituição Cubana de 1901 proposta por o senador
estadunidense Orville Platt, que planteia regular as relações políticas sócias e econômicas com
a ilha, depois de que USA outorgara financiamento para sua independência de Espanha e
estabelecera uma ocupação militarizada dentro de Cuba, esta emenda restringia Cuba a fazer e
manter acordos com governos estrangeiros que representaram um risco para sua soberania,
assim também estabelecia a proibição de adquirir dívidas ou empréstimos que não poderia
pagar.
A Emenda Platt ficou em vigência de 1902 até 1934, depois de ser rechaçada pela nova
constituição todos os regulamentos da ementa foram repudiados com exceção dos artigos que
autorizavam a ocupação militar estadunidense em Cuba o que deu passo a abertura da base
naval de Guantanamo em território Cubano
Normativas para Cuba estabelecidas pelo Governo dos Estados Unidos mediante a
Ementa Platt segundo o acervo da Biblioteca Jurídica Virtual do Instituto de Investigações
Cientificas da universidade Nacional Autônoma de México:
I.- Que el Gobierno de Cuba nunca celebrará con ningún Poder o Poderes extranjeros
ningún tratado u otro convenio que pueda menoscabar o tienda a menoscabar la
Independencia de Cuba ni en manera alguna autorice o permita a ningún Poder o
Poderes extranjeros, obtener por colonización o para propósitos militares o navales, o
de otra manera, asiento en o control sobre ninguna porción de dicha Isla.
II.- Que dicho Gobierno no asumirá o contraerá ninguna deuda pública para el pago de
cuyos intereses y amortización definitiva después de cubierto los gastos del Gobierno,
resulten inadecuados los ingresos ordinarios.
III.- Que el Gobierno de Cuba consiente que los Estados Unidos puedan ejercitar el
derecho de intervenir para la conservación de la Independencia cubana, el
mantenimiento de un Gobierno adecuado para la protección de vidas, propiedad y
libertad individual y para cumplir las obligaciones que con respecto a Cuba han sido
impuestas a los Estados Unidos por el tratado de París y que deben ahora ser asumidas
y cumplidas por el Gobierno de Cuba.
IV.- Que todos los actos realizados por los Estados Unidos en Cuba, durante su
ocupación militar, sean tenidos por válidos, ratificados y que todos los derechos
legalmente adquiridos a virtud de ellos, sean mantenidos y protegidos.
V.- Que el Gobierno de Cuba ejecutará y en cuanto fuese necesario cumplirá los planes
ya hechos y otros que mutuamente se convengan para elsaneamiento de las poblaciones
de la Isla, con el fin de evitar el desarrollo de enfermedades epidémicas e infecciones,
protegiendo así al pueblo y al comercio de Cuba, lo mismo que el comercio y el pueblo
de los puertos del Sur de los Estados Unidos.
VI.- Que la Isla de Pinos será omitida de los límites de Cuba propuestos por la
Constitución, dejándose para su futuro arreglo por Tratado la propiedad de la misma.
VII.- Que para poneren condiciones a los Estados Unidos de mantenerla Independencia
de Cuba y proteger al pueblo de la misma, así como para su propia defensa,el Gobierno
de Cuba venderá o arrendará a los Estados Unidos las tierras necesarias para carboneras
o estaciones navales en ciertos puntos determinados que se convendrán con el
Presidente de los Estados Unidos. VIII.- Que para mayor seguridad en lo futuro, el
Gobierno de Cuba insertará las anteriores disposiciones en un Tratado Permanente con
los Estados Unidos.
2. ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA
2.1.FICHA TÉCNICA
SOY CUBA
Data de
lançamento: agosto
de 1964 (Rússia)
Direção: Mikhail
Kalatozov
Música composta
por: Carlos Fariñas
Indicações: Prêmio
Independent Spirit
de Melhor Filme
Estrangeiro
Roteiro: Yevgeny
Yevtushenko, Enriq
ue Pineda Barnet
2.2.ANÁLISE CRÍTICA
O filme Soy Cuba, foi gravado no ano de 1964, dirigido pelo cineasta russo Mikhail
Kalatozov (1903 – 1973), demasiadamente realista, retrata a luta cubana pela garantia de novos
tempos. Um filme brilhante tanto político como artisticamente, remete-nos sobre um retrato
vivo de uma Cuba pré-revolucionária, pré-Fidel Castro em pleno regime ditatorial. Uma pena
ser um clássico do cinema ironicamente e erroneamente esquecido. Renegado pelo ocidente e
por todo seu capitalismo.
Durante os seus cento e trinta minutos, a obra nos mostra as várias perspectivas de Cuba,
na intersecção de várias histórias: do ponto de vista dos trabalhadores, do turismo (também
sexual), dos camponeses, dos operários e dos revolucionários. Todas as pessoas vítimas de um
Estado repressor e opressor. Tudo isso em um filme vibrante e pulsante onde as cenas falam
mais que as palavras. É preciso, acima de tudo sensibilidade para entender o filme.
A obra cinematográfica ambienta-se num período que decorre da inflexão do regime
Batista e da ascensão do regime revolucionário cubano em uma época transitória. Nesse
período, Cuba sofria com a forte influência americana, passando, logo após, por consideráveis,
importantes e profundas mudanças com o modo de vista comunista. Kalatozov fez o filme Soy
Cuba em resposta as atitudes dos Estados Unidos da América – EUA quando estes realizaram
um bloqueio naval a ilha cubana.
“Farei um filme em Cuba, isso vai ser minha resposta e de todo o povo soviético contra
o bloqueio naval, esta cruel agressão do imperialismo norte americano”, (SOY CUBA: O
MAMUTE SIBERIANO, 2005).
Para os diretores e produtores, Soy Cuba era uma “etapa dos sonhos, da efervescência,
da paixão renovadora”, (SOY CUBA: O MAMUTE SIBERIANO, 2005).
Além de nos apresentar como se deu a revolução, Soy Cuba nos mostra ainda, e nos faz
refletir sobre as expressões da “questão social” retratadas através do recrudescimento do
pauperismo, a profunda miséria e a precariedade vivida à época, como por exemplo: a miséria
urbana, a exploração da mão-de-obra e da força de trabalho e a exploração sexual através do
turismo. Além de tudo, observamos o massacre coletivo realizado com a ditadura imposta por
Fulgêncio Batista contra os povos testemunhos. Existia um colossal contraste entre as riquezas
da ilha – cassinos, bares e motéis – e a pobreza avassaladora da população cubana. Essas cenas
são retratadas também na segunda parte do poema.
“Sou Cuba.
Por que foges? Não viestes se divertir? Então divirta-se. Esta não é uma imagem feliz?
Não desvie o seu olhar! Veja! Eu sou Cuba. Dos cassinos, bares e bordéis. Mas as
mãos destas crianças e velhos também são minhas. Sou Cuba”. (SOY CUBA, 1964,
tradução nossa)
A cultura cubana, com sua presença marcante nas músicas, mostra-nos uma cultura
popular muito viva e que não merecia, de forma alguma, o servilismo e a dependência
estadunidense a que estavam submetidos. A revolução deveria de acontecer de qualquer forma
e com qualquer que fossem as consequências. Consequências essas que foram duras e difíceis,
porém, libertadoras.
Uma das cenas que mais nos chocaram foi quando um trabalhador do campo, idoso, que
tenta viver longe de todo e qualquer tipo de dependência militarista e ditatorial tem sua vida
findada, onde, o dono das terras as vende e o camponês não tem direito sequer sobre sua
plantação. Porém, Soy Cuba não quer nos mostrar apenas a vida singular de um camponês que
perde suas plantações ou um estudante idealista e revolucionário que entra em marcha contra
um regime. Fala de um povo em luta, mostrando-nos as contradições situadas em Cuba. Para
além disso, mostra o surgimento e reconhecimento de novos sujeitos no cenário político.
A relação patriarcal e machista também é revelada através das cenas de Soy Cuba.
Mulheres eram abusadas física, sexual e psicologicamente pelos americanos que diziam que
“nada é proibido em Cuba”, menos a liberdade.
Analisamos também que em decorrência da Revolução Cubana, marca-se o início dos
processos ditatoriais em toda América Latina financiados pelos Estados Unidos, mediante o
plano Condor, como forma de precaução ao sistema comunista e disseminação do capitalismo.
Assim também, o plano Condor planejava extinguir os movimentos contrários a ideologia do
desenvolvimento.
A Revolução Cubana simbolizou a ruptura da ideologia do desenvolvimento, como uma
etapa obrigatória para que os países considerados ‘subdesenvolvidos’ se desenvolvam,
demonstrando que não existe passos essenciais, indispensáveis e imprescindíveis para chegar
ao desenvolvimento. Pois o progresso dos povos não possui determinantes sócio-históricos
semelhantes. Cuba traz consigo outra possibilidade de estrura sócio-economica e política, onde
os países não dependem de hegemonias nem determinantes históricos politicamente
reproduzidos e mecanizados.
Soy Cuba nos fez refletir sobre o papel dos Assistentes Sociais durante o período
supracitado e constatamos que, na época vigente, predominava-se um programa de formação
“salubrista”, de perfil filantrópico e assistencialista com enfoque nas propostas europeias e
norte-americanas psicologizando e trabalhando com caso, grupo e comunidade. Além da
caridade e repressão. Durantes esse período, várias escolas de Trabalho Social foram fechadas.
Porém, após o triunfo da revolução popular, o Trabalho Social, bem como o papel dos
trabalhadores sociais passaram por significativas mudanças.
Findamos esse trabalho com a perspectiva que Soy Cuba é poema, é alma, é história, é
passado, é presente, é futuro, é dor, é humanidade, é revolução. Somos Cuba.
3. SOU CUBA – POEMA
Sou Cuba.
Certa vez Cristóvão Colombo desembarcou aqui. Ele escreveu em seu diário: “É a terra mais
maravilhosa já vista por olhos humanos. Obrigado, Sr. Colombo. ”
Quando você me viu pela primeira vez eu sorria e cantava. Eu saudei as suas velas com a copa
de minhas palmeiras. Achei que seus navios trariam felicidade.
Sou Cuba.
Seus barcos, meu açúcar levaram. Minhas lágrimas, eles deixaram. Que estranha coisa é o
açúcar, Sr. Colombo. Ele contém tantas lágrimas, e ainda assim, é doce.
Sou Cuba.
Por que foges? Não viestes se divertir? Então divirta-se. Esta não é uma imagem feliz? Não
desvie o seu olhar! Veja! Eu sou Cuba. Dos cassinos, bares e bordéis. Mas as mãos destas
crianças e velhos também são minhas. Sou Cuba.
Sou Cuba.
Às vezes parece que na seiva de minhas palmeiras corre sangue. Às vezes parece que o
murmúrio que nos rodeia, não vem do oceano, mas das lágrimas represadas. Quem responde
por este sangue? Quem é o responsável por estas lágrimas?
Sou Cuba.
Eis aqui os homens sobre os quais serão feitas minhas lendas. Que vem de todas as partes, das
montanhas de Sierra Maestra. Que vem lutar pela liberdade.
Sou Cuba.
Tuas mãos antes pegavam nas enxadas. Mas agora há um rifle em tuas mãos. Você não dispara
para matar. Dispara no passado. Você está disparando para proteger seu futuro
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOY CUBA. Direção e Produção de Mikhail Kalatozov. Rússia: Instituto Cubano Del Arte e
Industrias Cinematográficos, 1964. Disponível em: <http://mcaf.ee/23qjn>. Acesso em 15 de
maio de 2016.
SOY CUBA: O mamute siberiano. Direção de Vicente Ferraz. Brasil: Três mundos produções:
2005. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dFIxLesq7IU>. Acessoem 15 de maio de
2016.
____. REVOLUÇÃO CUBANA, uma revolução na América Latina. Disponível em:
<http://revolucoes.org.br/v1/sites/default/files/revolucao_cubana_0.pdf>. Acesso em 15 de
maio de 2016.
____. SOY CUBA: entre a realidade e a utopia. Disponível em:
<http://www.relici.org.br/index.php/relici/article/view/46>. Acesso em 15 de maio de 2016.
____. Revista Serviço Social & Sociedade. Ed. 121: Desafios ao Serviço Social em Diversos
Países. Disponível em: < https://books.google.com.br>. Acesso em 15 de maio de 2016.
____. Avesso do Trabalho III: Saúde do trabalhador e questões contemporâneas. Disponível
em <http://editora.expressaopopular.com.br >. Aceso em 15 de maio de 2016.
____. A REVOLUÇÃO CUBANA. Disponível em: <http://www.mortalcombate.net >. Acesso em 18
de maio de 2016.

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Soy cuba - Análise crítica

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA – UNILA GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA Disciplina: Fundamentos Históricos, Teórico-metodológicos do Serviço Social II Discentes: Filipe Neri, Leonardo Lucas, JasleidySolórzano e Sofia Bertolini Docente: Mirella Rocha FOZ DO IGUAÇU, 18 DE MAIO DE 2016.
  • 2. SUMÁRIO 1. CONTEXTO SOCIOHISTÓRICO..............................................................................................1 1.1 GUERRA FRIA E AMEAÇA COMUNISTA............................................................................1 1.2 RELAÇÕES ECONOMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS CUBA/EUA..............................................2 1.2.1 CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIOLÓGICO DE CUBA PRÉ-REVOLUÇÃO CUBANA – DITADURA MILITAR DE MONCADA E BATISTA .....................................................................................................................................................2 1.3 PROCESSO DE REVOLUÇÃO EM CUBA...................................................................................6 1.3.1 REVOLUÇÃO CUBANA ......................................................................................................................................6 1.3.2 O PAPEL DE FIDEL CASTRO E DE CHE GUEVARA NA REVOLUÇÃO CUBANA ...........................................7 1.4 ESTRATÉGIAS DE REPRESSÃO..........................................................................................8 1.4.1 ENMIENDA PLATT .............................................................................................................................................8 2. ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA ...........................................................................10 2.2. ANÁLISE CRÍTICA.......................................................................................................... 11 3. SOU CUBA – POEMA.........................................................................................................13 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................15
  • 3. 1. CONTEXTO SOCIOHISTÓRICO 1.1 GUERRA FRIA E AMEAÇA COMUNISTA Para situarmos este trabalho, primeiramente, é preciso entender o contexto sócio histórico no qual o mundo se insere, dividindo-se em Capitalismo, Socialismo e “Países subdesenvolvidos”. Donde houvera intenso enfoque na disseminação ideológica nos países latino-americanos e Caribenhos. Este trabalho vem a falar especificamente de Cuba que fora dominada veemente mesmo antes das contrarrevoluções preventivas em toda América Latina, sendo assim obediente a ordem norte-americana de dominação. “Nunca escapou aos analistas da ditadura brasileira que sua emergência inseriu-se num contexto que transcendia largamente as fronteiras do país, inscrevendo-se num mosaico internacional em que uma sucessão de golpes de Estado (relativamente incruentos uns, sanguinolentos outros, como na indonésia) era somente o sintoma de um processo de fundo: movendo-se na moldura de uma substancial alteração na divisão internacional capitalista do trabalho, os centros imperialistas, sob hegemonismo norte-americano, patrocinaram, especialmente no curso dos anos sessenta uma contrarrevolução preventiva em escala planetária (com rebatimentos principais no chamado Terceiro Mundo,onde se desenvolviam, diversamente, amplos movimentos de libertação nacional e social.” (NETTO, 2015, p. 30) Antes da revolução cubana, já em todo o resto da latinoamerica, a propagação se impôs através da força, implementada por instituições que compactuavam com ideologias zoologicamente anticomunistas. Os centros hegemônicos encontravam-se em constante disputas. Do ponto de vista econômico-político-social os países subdesenvolvidos foram sujeitos a tais ideologias. As massas eram passíveis da absorção que as superpotências, então, colocavam-se levando a cabo em seus planos de dominação. A guerra fria foi o processo de conflito de interesses desarmados na qual a única intenção era a consolidação de um centro hegemônico. Cuba, vista como porta de “entrada” para os soviéticos, passaram por diversas transformações revolucionárias. A expropriação dos bens privados, a expulsão de empresas multinacionais capitalistas, fechamento de cassinos, etc. Através da ideologia, os norte-americanos impuseram um dever ser dominando assim geopoliticamente toda latinoamérica no âmbito político, econômico, social, tecnológico e militar, na qual os países mais influenciados, antes, foram os caribenhos, onde terminando a segunda guerra, os norte-americanos adotaram uma estratégia de contenção ao invés do confronto direto, visando o embargo da expansão das ideias marxistas, leninistas etc. Sendo
  • 4. que, esta, não impediu o surgimento de regimes que pendiam ao comunismo/socialismo na américa-latina. 1.2 RELAÇÕES ECONOMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS CUBA/EUA 1.2.1 CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIOLÓGICO DE CUBA PRÉ-REVOLUÇÃO CUBANA – DITADURA MILITAR DE MONCADA E BATISTA Em 1925, Cuba se encontrava como uma “Republica midiatizada”- (Termino Historiográfico que faz referência as neocoloniais de 1902 a 1958)1-, depois da declaração de Cuba como República Independente em 1902, USA e as alianças políticas do momento originaram a ideia de que os “povos caribenhos não tem capacidade para se autogovernar ” criando assim um novo processo de intervenção estadunidense. Nos anos 1906 a 1909 nasce o exército cubano que tenderá a obrigação de mediar os conflitos dados pela disputa do poder. O poderio norte-americano se estabelece mediante a concessão de Indústrias açucareiras, grandes empresas e terrenos, as maiores partes das riquezas nacionais pertenciam ao capital estrangeiro2, já em 1925 e com estes antecedentes, Cuba se apresentava ao mundo como uma “colônia do neocolonizador”, neste mesmo ano Gerardo Machado representante do partido Liberal assumia a presidência do país caribenho com a consigna de “Honra, estrada e escolas”. Os primeiros anos de governo de Machado estariam encaminhados à regulação da indústria e a “proteção” dos produtos do capital externo, em 1927 Machado prorrogara seu mandato de 4 a 6 anos mediante câmbios constitucionais, em 1928 o general Machado era proclamado novamente presidente. O Partido Comunista Cubano fundado em 1925, a “Associação de Veteranos e Patriotas” e a sociedade secreta ABC – Sociedade secreta de intelectuais contra-machadistas - repudiavam as medidas constitucionais adotadas em Cuba e exigiam uma reestruturação do estado Nacional. 1 Manuel Sanguily, 1924: “Casi toda la tierra cubana ha ido pasando a manos extrañas, al punto que nuestro pueblo, en su inmensa mayoría gente pobre, va asemejándose rápidamente a los colonos de la vieja Roma[...] La industria y el comercio no están tampoco en manos de cubanos, a quienes apenas si les quedan, como signos de su periclitante soberanía, la bandera nacional y los empleos públicos[...]” Facetas de la vida de Cuba republicana. 1902-1952, Municipio de La Habana, Oficina del Historiador de la Ciudad, 1954 (Col. Historia Cubana y Americana, 13), pp. 54-55. 2 “La política cubana adquirió un carácter claramente distributivo poco después de la independencia. Como gran parte de la riqueza nacional pasó rápidamente a manos extranjeras, los cargos públicos dejaban a quienes lograban ocuparlos, así como a sus seguidores, acceso a los mecanismos de asignación de recursos y beneficios en la única empresa que era enteramente cubana: el gobierno”. Louis A. Pérez, (“Cuba, c. 1930-1959”, en Leslie Bethell [ed.], (Historia de América Latina. México y el Caribe desde 1930, Barcelona, Crítica-Cambridge University Press, 1998, t. 13, p. 152)
  • 5. No início da década dos 30, com a crise de 19293 e “Grande Depressão” dos Estados Unidos gerada pela caída do Wall Street, os movimentos populares tomavam força exigindo a abolição da Ementa Platt4 e o fim das fraudes em comícios eleitorais. Os Estados Unidos reconheciam a soberania Cubana sobre a ilha de Pinos, a situação financeira, econômica e social de Cuba entrava em decadência, a produção de açúcar, as exportações e os salários decresciam a tal ponto de gerar a emergência de reorganizar o “equilíbrio social”. O surgimento dos movimentos populares (em sua maioria comunistas) traziam consigo o enfrentamento do povo contra o Estado que mediante uma greve nacional dada pela aliança entre militares e políticos logram o derrocamento da Ditadura de Machado o 12 de agosto de 1933, no mesmo ano Franklim Delano Rosevelt propagava a ideologia do desenvolvimento na América Latina e o Caribe mediante a Política da Boa Vizinhança através da ideologia de “América para os americanos”. “El desempleo en los Estados Unidos aumentó al 25%, no obstante seruno de los más bajos del mundo teniendo en cuenta que en algunos países alcanzó hasta el 33%. Ciudades de todo el mundo se vieron gravemente afectadas, especialmente las que dependían de la industria pesada,y la construcción se detuvo prácticamente en muchas áreas. La agricultura y las zonas rurales sufrieron la caída de los precios de las cosechas en un 60%. La crisis repercutió directamente sobre la economía latinoamericana, que se caracterizada en la exportación de materia prima y en la importación de productos industriales”. (O VERAZ) O mundo se vê afetado politicamente pela crise econômica da Grande Depressão desembarcando em um túmulo de golpes militares decorrentes em toda América - Latina esta crise econômica afetará ao mundo politicamente, trazendo como resultado o derrocamento de diferentes governos durante a Grande Depressão tendo início em Peru - 1929; Argentina - 1930, Panamá - 1931; Chile y Espanha - 1932; Cuba - 1933; Grécia - 1935; Nicarágua - 1936, enquanto do outro lado do mundo se organizava o plano Condor na URSS, o extremo bipolar do capitalismo marcava efervescência a nível mundial com o “VI Congresso Mundial da Internacional Comunista” no qual se falaria sobre a emergência da restauração do mundo em crise mediante a aprovação do Programa da Internacional Comunista. 3 Desplomó el precio y las exportaciones de azúcar y tabaco, las principales de la isla 4 La Enmienda Platt fue agregada como apéndice a la Constitución de 1901 como garantía de intervención en la naciente República por partede su todopoderoso…. El gobierno de Cuba consentiría en que los Estados Unidos ejerciesen el derecho de intervención para preservar la independencia cubana (Citado en Emeterio S. Santovenia, Armonías y conflictos entorno a Cuba, México, FCE, 1956, pp. 272-273)
  • 6. “A elección como presidente de Franklin Delano Roosevelt y el establecimiento del New Deal en 1932 marcó el inicio del final de la Gran Depresión en Estados Unidos”. (O VERAZ) Com a política da boa vizinhança propagando-se pela América, os Estados Unidos reforçavam a Ementa Platt, e estabelece o financiamento do Plano Condor pelo mundo, em Cuba as revoltas estudantis universitárias foram reprimidas pelo Governo, a rinha efetuada traz a morte de Rafael Trejo - líder da revolta Universitária Antimachadista – o que cede passo a indignação do povo que se armou em revoltas contra o general Machado. A resposta do governo leva a suspensão das garantias constitucionais. “La declaración de la ley marcial con el uso de tribunales militares en lugar de los tribunales civiles, la imposición de una estricta censura, y el brutal asesinato o encarcelamiento de los opositores políticos del Presidente, no han logrado frenar la campaña de terrorismo iniciada por los opositores del presidente Machado”. (Semanario El Veraz, San Juan, Puerto Rico) Em 8 de agosto de 1933 mediante carta do Presidente Roosevelt se exigia a renúncia do presidente Machado e, em 12 de agosto do mesmo ano as revoltas populares levariam às forças antimachadistas a toma do poder mediante a promessa de um governo socialista promovido pela aliança político-militar que outorga o poder a Fulgencio Batista. A carta do presidente estadunidense no significaria outra cosa mais que a conservação dos ideais Norte-americanos como modelo para Cuba, assim mediante o respaldo da revolta à greve nacional do 33, o governo estadunidense implantava sua hegemonia mediante o discurso abandonativo do governo “ditatorial” que no primeiro momento foi promovido por ele. Ou seja, USA apoiava o processo de destituição presidencial do Moncada para poder estabelecer o plano Condor dentro da Cuba com a finalidade de exercer maior poderio econômico dentro da Ilha. Depois da saída do Machado do poder o Representante do presidente dos Estados Unidos, Mr. Welles (embaixador de USA em Cuba) criou um governo provisório comandado por Carlos Cespedes - com duração de 22 dias - que foi reconhecido imediatamente por USA, depois, Ramón Grau Sam Martín assumiria a presidência em um mandato com vigência de 136 dias, depois a figura do Sargento Fulgencio Batista <<the Man>> aparece no cenário político da Cuba com a toma do governo provisório –governo de Grau. O governador Welles temia perder o controle que exercia em Cuba então recomenda aos USA não reconhecer o presidente cubano.
  • 7. “Ningún gobierno puede mantenerse aquí sin el reconocimiento de EEUU”, escribió Mr Welles a sus superiores. (Rene Diaz, Citação, Rebelião, Carta de Welles ao governo dos EEUU) Os estados Unidos não legitimariam a Ramón Grau San Martín, quem em sua curta instância derrubou a Emenda Platt e introduziu algumas ideias progressistas, com o fim de apaziguar os ânimos de Cuba os EEUU criaram uma Comissão especial para Cuba “el fin de analizar la urgente situación revolucionaria que se vivía en Cuba, EEUU creó una ‘Comisión de Asuntos Cubanos’ en la que no participó ningún cubano más que en forma de ‘cooperación privada y no oficial’. Esta Comisión llegó a la siguiente conclusión: “La palabra revolución, a la caída de Machado, resumió en sí misma el anhelo general de drásticas reformas en la vida política, social y económica de la Nación cubana”. (R. Diaz. Rebelión. Cuba, 1958 una revolución inevitable) Fulgêncio Batista - declarado chefe das forças militares cubanas, durante o governo provisório - se aliou junto aos EEUU para estabelecer em Cuba um governo aliado aos USA, enquanto em Cuba, os descontentes sociais aumentavam devido à caída, a redução e as restrições econômicas que afetaram as inversões e exportação açucareira. A população cubana era obrigada a trabalhar em troca de comida, fato que levou ao descontentamento que em 1935 faz surgir o Sindicato Nacional de Trabalhadores Cubanos, as forças antimachadistas que tomaram o poder prometiam a mudança mediante uma reestruturação socialista, porém não cumpriram, se manteve a repressão aos movimentos e manifestações sociais. Em 1940, Batista se candidatava a presidência do governo Cubano em representação da “União Socialista- Democratica”. Em 1941 Cuba declara a guerra contra as hegemonias do mundo. Por outro lado, Batista culminaria seu mandato com a perdida dos comícios eleitorais de 1944 com a que Ramon Grau voltaria ao poder. “Según Washington,‘el volumen y el tamaño de la corrupción’, su alineamiento con la política exterior estadounidense y su dependencia del mercado estadounidense marcaron su gobierno. Batista permitió también que Washington utilizara el espacio aéreo, marítimo y terrestre, dispusiera de varias bases aéreas y navales con uso exclusivo durante la Segunda Guerra Mundial, sin reciprocidad, poniendo así la soberanía nacional entre paréntesis.” (S. Lamrani. 5º verdades sobre a ditadura de Fulgencio Batista Cuba. 2013)
  • 8. Em 1948 Carlos Socarras ganha as eleições presidenciais a qual duraria hasta 1952 quando Batista instaura um golpe de estado – a três meses dos comícios presidenciais – e declara uma ditadura militar reconhecida pelos Estados Unidos. “Aumentó el salario de las fuerzas armadas y de la policía (de 67 pesos a 100 pesos y de 91 pesos a 150 pesos respectivamente), se otorgó un salario anual superior al del presidente de Estados Unidos (pasó de 26.400 dólares a 144.000 dólares frente a los 100.000 dólares de Truman), suspendió el Congreso y entregó el poder legislativo al Consejo de Ministros, suprimió el derecho de huelga, restableció la pena de muerte (prohibida por la Constitución de 1940) y suspendió las garantías constitucionales”. (S. Lamrani. 5º verdades sobre a ditadura de Fulgencio Batista Cuba. 2013) A ditadura militar iniciada nos 52 estará caracterizada por medidas anticonstitucionais, a aliança militarizada feita por Batista e os Estados Unidos garantia a permanência da Ditadura e a dependência de Cuba do sistema político e econômico de USA. No ano 1954 o ditador anunciava eleições presidenciais, onde concorreu como único candidato. A Constituição de 40 que ele mesmo instaurou foi trocada por uma nova que eliminava as garantias civis. A Cuba de Batista será a Cuba do caos, que só culminaria com o aparecimento do Fidel Castro e Luis Hernesto Guevara em 1959 com a Revolução Cubana. 1.3 PROCESSO DE REVOLUÇÃO EM CUBA 1.3.1 REVOLUÇÃO CUBANA A revolução de 1959 foi, de certo, uma profunda inflexão no modo a qual os trabalhadores lutaram contra a ordem e o capitalismo. Depois de fracassadas as lutas de independência iniciadas na segunda metade do século passado, é caracterizada efetivamente como uma revolução, não por ter tomado o poder, mas sim por ter desenvolver no seu pano de fundo uma profunda inflexão nas instâncias societárias-político-econômico-ideológico bem como no próprio sujeito, causando profundas modificações em sua estrutura e relações. A revolução não é apenas um produto histórico da mobilização dos setores democráticos populares, mas é, também, o desenvolvimento de um programa de transformações democráticas, nacionais e socialistas que modificou substancialmente, culturalmente, economicamente e socialmente a população cubana, levando ao mundo exterior à ilha socialista uma análise em sua complexidade do significado da revolução, somando assim sua polêmica de projeção para a América Latina, causando diversas contrarrevoluções e “revoluções
  • 9. preventivas” . Estas sempre encaradas como exemplo a se seguir ou um caos a se evitar. O que para a polarização radical na abordagem do fenômeno cubano, pelo próprio fato de que ele envolve a todos no continente, como atração ou repulsa, apontando “vias de superação da crise capitalista” ou assinalando caminhos a recusar “para preservar a democracia”. 1.3.2 O PAPEL DE FIDEL CASTRO E DE CHE GUEVARA NA REVOLUÇÃO CUBANA Fidel Castro era militante da esquerda cubana, advogado, estava pretendendo disputar a vaga de deputado pelo Partido do Povo Cubano nas eleições, mas com o golpe do Estado, resolveu organizar uma luta armada junto ao seu irmão Raul Castro e cerca de 124 ativistas do movimento estudantil, em 1953, Raul atacou o quartel de Moncada, que era o segundo quartel mais importante de Cuba. Fracassando totalmente com vários militantes do movimento mortos e ele, por fim, preso. Depois, o movimento reivindicatório popular exigiu que o então presidente a anistiar todos os seus presos políticos, inclusive Fidel, que depois foi para o México, para se preparar, e foi lá onde conheceu Che Guevara, Fidel e Che então decidem uma nova tentativa de revolução, e, logo em 1956: Fidel, Che e mais 80 guerrilheiros embarcaram num pequeno iate, Tuxpán, no México, indo em direção a Cuba. Chegando em cuba, no oitavo dia, recebem um ataque aéreo de surpresa e também das tropas terrestres do ditador. Ficando vivos apenas 14 guerrilheiros, Fidel e Che estavam entre os sobreviventes, depois, foram para as montanhas buscando apoio de camponeses a causa, no dia a dia, eles vão convencendo os camponeses, movimentos ilegais de Havana ficavam mandando dinheiro para a guerrilha, há uma profunda inflexão no movimento de resistência donde começa a transformar-se em exército de camponeses armados. Com suas ideias movendo-os, sobretudo desejando um pedaço de terra, a reforma agrária. Em 1957, a Rádio Rebelde, transmitia a voz de Fidel onde o mesmo proclamou para os ouvintes, já em 1958 a voz de Fidel já estava pelas grandes cidades cubanas. Outros movimentos também lutaram e resistiram por toda Cuba, nas cidades havia o movimento operário, estudantil, e tantas outros movimentos que se contrapuseram ao regime de ditadura. A revolução, com tática de guerrilha, inflexionou-se à guerra convencional. As greves da cidade eram tendenciadas a apoiar a guerrilha, os rebeldes armados vão tomando a cidade com a chegada do ano novo, numa escada acelerada, que ocuparam toda Havana. Fulgêncio, com todos os seus ministros generais fugiram para Flórida e outros para Rep. Dominicana.
  • 10. Em 1959 o governo revolucionário assume o poder na guerra fria, aliando-se à URSS, contra o a hegemonia da ideologia capitalista norte-americana. Já em 60, todas as empresas multinacionais estavam expulsas dos EUA e o Estado Cubano se apossou de todas elas. No corrente ano ainda há a reforma agrária, todos os latifúndios foram estatizados, beneficiando mais de 190 mil camponeses. Logo em acontece o embargo econômico. Em 1961, Fidel declarou Cuba socialista. Ainda depois do embargo, com o socialismo, muitas conquistas com ajuda da URSS sendo fundamental. Milhares de escolas de boa qualidade, totalmente gratuitas e em todos os níveis, até o superior, incluindo refeições e todo material escolar, zerou o índice de analfabetismo, saúde pública gratuita e estatal, etc. 1.4 ESTRATÉGIAS DE REPRESSÃO 1.4.1 ENMIENDA PLATT A Ementa Platt é um anexo à Constituição Cubana de 1901 proposta por o senador estadunidense Orville Platt, que planteia regular as relações políticas sócias e econômicas com a ilha, depois de que USA outorgara financiamento para sua independência de Espanha e estabelecera uma ocupação militarizada dentro de Cuba, esta emenda restringia Cuba a fazer e manter acordos com governos estrangeiros que representaram um risco para sua soberania, assim também estabelecia a proibição de adquirir dívidas ou empréstimos que não poderia pagar. A Emenda Platt ficou em vigência de 1902 até 1934, depois de ser rechaçada pela nova constituição todos os regulamentos da ementa foram repudiados com exceção dos artigos que autorizavam a ocupação militar estadunidense em Cuba o que deu passo a abertura da base naval de Guantanamo em território Cubano Normativas para Cuba estabelecidas pelo Governo dos Estados Unidos mediante a Ementa Platt segundo o acervo da Biblioteca Jurídica Virtual do Instituto de Investigações Cientificas da universidade Nacional Autônoma de México: I.- Que el Gobierno de Cuba nunca celebrará con ningún Poder o Poderes extranjeros ningún tratado u otro convenio que pueda menoscabar o tienda a menoscabar la Independencia de Cuba ni en manera alguna autorice o permita a ningún Poder o Poderes extranjeros, obtener por colonización o para propósitos militares o navales, o de otra manera, asiento en o control sobre ninguna porción de dicha Isla.
  • 11. II.- Que dicho Gobierno no asumirá o contraerá ninguna deuda pública para el pago de cuyos intereses y amortización definitiva después de cubierto los gastos del Gobierno, resulten inadecuados los ingresos ordinarios. III.- Que el Gobierno de Cuba consiente que los Estados Unidos puedan ejercitar el derecho de intervenir para la conservación de la Independencia cubana, el mantenimiento de un Gobierno adecuado para la protección de vidas, propiedad y libertad individual y para cumplir las obligaciones que con respecto a Cuba han sido impuestas a los Estados Unidos por el tratado de París y que deben ahora ser asumidas y cumplidas por el Gobierno de Cuba. IV.- Que todos los actos realizados por los Estados Unidos en Cuba, durante su ocupación militar, sean tenidos por válidos, ratificados y que todos los derechos legalmente adquiridos a virtud de ellos, sean mantenidos y protegidos. V.- Que el Gobierno de Cuba ejecutará y en cuanto fuese necesario cumplirá los planes ya hechos y otros que mutuamente se convengan para elsaneamiento de las poblaciones de la Isla, con el fin de evitar el desarrollo de enfermedades epidémicas e infecciones, protegiendo así al pueblo y al comercio de Cuba, lo mismo que el comercio y el pueblo de los puertos del Sur de los Estados Unidos. VI.- Que la Isla de Pinos será omitida de los límites de Cuba propuestos por la Constitución, dejándose para su futuro arreglo por Tratado la propiedad de la misma. VII.- Que para poneren condiciones a los Estados Unidos de mantenerla Independencia de Cuba y proteger al pueblo de la misma, así como para su propia defensa,el Gobierno de Cuba venderá o arrendará a los Estados Unidos las tierras necesarias para carboneras o estaciones navales en ciertos puntos determinados que se convendrán con el Presidente de los Estados Unidos. VIII.- Que para mayor seguridad en lo futuro, el Gobierno de Cuba insertará las anteriores disposiciones en un Tratado Permanente con los Estados Unidos.
  • 12. 2. ANÁLISE CRÍTICA DO FILME: SOY CUBA 2.1.FICHA TÉCNICA SOY CUBA Data de lançamento: agosto de 1964 (Rússia) Direção: Mikhail Kalatozov Música composta por: Carlos Fariñas Indicações: Prêmio Independent Spirit de Melhor Filme Estrangeiro Roteiro: Yevgeny Yevtushenko, Enriq ue Pineda Barnet
  • 13. 2.2.ANÁLISE CRÍTICA O filme Soy Cuba, foi gravado no ano de 1964, dirigido pelo cineasta russo Mikhail Kalatozov (1903 – 1973), demasiadamente realista, retrata a luta cubana pela garantia de novos tempos. Um filme brilhante tanto político como artisticamente, remete-nos sobre um retrato vivo de uma Cuba pré-revolucionária, pré-Fidel Castro em pleno regime ditatorial. Uma pena ser um clássico do cinema ironicamente e erroneamente esquecido. Renegado pelo ocidente e por todo seu capitalismo. Durante os seus cento e trinta minutos, a obra nos mostra as várias perspectivas de Cuba, na intersecção de várias histórias: do ponto de vista dos trabalhadores, do turismo (também sexual), dos camponeses, dos operários e dos revolucionários. Todas as pessoas vítimas de um Estado repressor e opressor. Tudo isso em um filme vibrante e pulsante onde as cenas falam mais que as palavras. É preciso, acima de tudo sensibilidade para entender o filme. A obra cinematográfica ambienta-se num período que decorre da inflexão do regime Batista e da ascensão do regime revolucionário cubano em uma época transitória. Nesse período, Cuba sofria com a forte influência americana, passando, logo após, por consideráveis, importantes e profundas mudanças com o modo de vista comunista. Kalatozov fez o filme Soy Cuba em resposta as atitudes dos Estados Unidos da América – EUA quando estes realizaram um bloqueio naval a ilha cubana. “Farei um filme em Cuba, isso vai ser minha resposta e de todo o povo soviético contra o bloqueio naval, esta cruel agressão do imperialismo norte americano”, (SOY CUBA: O MAMUTE SIBERIANO, 2005). Para os diretores e produtores, Soy Cuba era uma “etapa dos sonhos, da efervescência, da paixão renovadora”, (SOY CUBA: O MAMUTE SIBERIANO, 2005). Além de nos apresentar como se deu a revolução, Soy Cuba nos mostra ainda, e nos faz refletir sobre as expressões da “questão social” retratadas através do recrudescimento do pauperismo, a profunda miséria e a precariedade vivida à época, como por exemplo: a miséria urbana, a exploração da mão-de-obra e da força de trabalho e a exploração sexual através do turismo. Além de tudo, observamos o massacre coletivo realizado com a ditadura imposta por Fulgêncio Batista contra os povos testemunhos. Existia um colossal contraste entre as riquezas da ilha – cassinos, bares e motéis – e a pobreza avassaladora da população cubana. Essas cenas são retratadas também na segunda parte do poema.
  • 14. “Sou Cuba. Por que foges? Não viestes se divertir? Então divirta-se. Esta não é uma imagem feliz? Não desvie o seu olhar! Veja! Eu sou Cuba. Dos cassinos, bares e bordéis. Mas as mãos destas crianças e velhos também são minhas. Sou Cuba”. (SOY CUBA, 1964, tradução nossa) A cultura cubana, com sua presença marcante nas músicas, mostra-nos uma cultura popular muito viva e que não merecia, de forma alguma, o servilismo e a dependência estadunidense a que estavam submetidos. A revolução deveria de acontecer de qualquer forma e com qualquer que fossem as consequências. Consequências essas que foram duras e difíceis, porém, libertadoras. Uma das cenas que mais nos chocaram foi quando um trabalhador do campo, idoso, que tenta viver longe de todo e qualquer tipo de dependência militarista e ditatorial tem sua vida findada, onde, o dono das terras as vende e o camponês não tem direito sequer sobre sua plantação. Porém, Soy Cuba não quer nos mostrar apenas a vida singular de um camponês que perde suas plantações ou um estudante idealista e revolucionário que entra em marcha contra um regime. Fala de um povo em luta, mostrando-nos as contradições situadas em Cuba. Para além disso, mostra o surgimento e reconhecimento de novos sujeitos no cenário político. A relação patriarcal e machista também é revelada através das cenas de Soy Cuba. Mulheres eram abusadas física, sexual e psicologicamente pelos americanos que diziam que “nada é proibido em Cuba”, menos a liberdade. Analisamos também que em decorrência da Revolução Cubana, marca-se o início dos processos ditatoriais em toda América Latina financiados pelos Estados Unidos, mediante o plano Condor, como forma de precaução ao sistema comunista e disseminação do capitalismo. Assim também, o plano Condor planejava extinguir os movimentos contrários a ideologia do desenvolvimento. A Revolução Cubana simbolizou a ruptura da ideologia do desenvolvimento, como uma etapa obrigatória para que os países considerados ‘subdesenvolvidos’ se desenvolvam, demonstrando que não existe passos essenciais, indispensáveis e imprescindíveis para chegar ao desenvolvimento. Pois o progresso dos povos não possui determinantes sócio-históricos semelhantes. Cuba traz consigo outra possibilidade de estrura sócio-economica e política, onde os países não dependem de hegemonias nem determinantes históricos politicamente reproduzidos e mecanizados.
  • 15. Soy Cuba nos fez refletir sobre o papel dos Assistentes Sociais durante o período supracitado e constatamos que, na época vigente, predominava-se um programa de formação “salubrista”, de perfil filantrópico e assistencialista com enfoque nas propostas europeias e norte-americanas psicologizando e trabalhando com caso, grupo e comunidade. Além da caridade e repressão. Durantes esse período, várias escolas de Trabalho Social foram fechadas. Porém, após o triunfo da revolução popular, o Trabalho Social, bem como o papel dos trabalhadores sociais passaram por significativas mudanças. Findamos esse trabalho com a perspectiva que Soy Cuba é poema, é alma, é história, é passado, é presente, é futuro, é dor, é humanidade, é revolução. Somos Cuba. 3. SOU CUBA – POEMA Sou Cuba. Certa vez Cristóvão Colombo desembarcou aqui. Ele escreveu em seu diário: “É a terra mais maravilhosa já vista por olhos humanos. Obrigado, Sr. Colombo. ” Quando você me viu pela primeira vez eu sorria e cantava. Eu saudei as suas velas com a copa de minhas palmeiras. Achei que seus navios trariam felicidade. Sou Cuba. Seus barcos, meu açúcar levaram. Minhas lágrimas, eles deixaram. Que estranha coisa é o açúcar, Sr. Colombo. Ele contém tantas lágrimas, e ainda assim, é doce. Sou Cuba. Por que foges? Não viestes se divertir? Então divirta-se. Esta não é uma imagem feliz? Não desvie o seu olhar! Veja! Eu sou Cuba. Dos cassinos, bares e bordéis. Mas as mãos destas crianças e velhos também são minhas. Sou Cuba. Sou Cuba. Às vezes parece que na seiva de minhas palmeiras corre sangue. Às vezes parece que o murmúrio que nos rodeia, não vem do oceano, mas das lágrimas represadas. Quem responde por este sangue? Quem é o responsável por estas lágrimas? Sou Cuba.
  • 16. Eis aqui os homens sobre os quais serão feitas minhas lendas. Que vem de todas as partes, das montanhas de Sierra Maestra. Que vem lutar pela liberdade. Sou Cuba. Tuas mãos antes pegavam nas enxadas. Mas agora há um rifle em tuas mãos. Você não dispara para matar. Dispara no passado. Você está disparando para proteger seu futuro
  • 17. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOY CUBA. Direção e Produção de Mikhail Kalatozov. Rússia: Instituto Cubano Del Arte e Industrias Cinematográficos, 1964. Disponível em: <http://mcaf.ee/23qjn>. Acesso em 15 de maio de 2016. SOY CUBA: O mamute siberiano. Direção de Vicente Ferraz. Brasil: Três mundos produções: 2005. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dFIxLesq7IU>. Acessoem 15 de maio de 2016. ____. REVOLUÇÃO CUBANA, uma revolução na América Latina. Disponível em: <http://revolucoes.org.br/v1/sites/default/files/revolucao_cubana_0.pdf>. Acesso em 15 de maio de 2016. ____. SOY CUBA: entre a realidade e a utopia. Disponível em: <http://www.relici.org.br/index.php/relici/article/view/46>. Acesso em 15 de maio de 2016. ____. Revista Serviço Social & Sociedade. Ed. 121: Desafios ao Serviço Social em Diversos Países. Disponível em: < https://books.google.com.br>. Acesso em 15 de maio de 2016. ____. Avesso do Trabalho III: Saúde do trabalhador e questões contemporâneas. Disponível em <http://editora.expressaopopular.com.br >. Aceso em 15 de maio de 2016. ____. A REVOLUÇÃO CUBANA. Disponível em: <http://www.mortalcombate.net >. Acesso em 18 de maio de 2016.