2. Compartimentos anatômicos: São espaços bem delimitados existentes no aparelho locomotor, cujas paredes são formadas por ossos e estruturas osteofasciais , que são elementos relativamente inelásticos. A síndrome do compartimento se desenvolve quando há aumento da pressão no espaço compartimental, de modo a comprometer a perfusão tissular e colocar em risco a viabilidade das estruturas aí existentes.
3.
4.
5.
6. Resulta na perda completa da musculatura afetada, sendo esta substituída por tecido cicatricial,que, retraído, produz deformidade distais.
13. Sintomatologia Quadro clínico varia conforme a fase do processo compressivo e pode englobar desde queixas leves até situações dramáticas. Dor referida no local do compartimento afetado que não melhora com a imobilização do membro. Dor crescente , caráter pulsátil, causando um estado de intranquilidade que leva o paciente a queixar-se de forma constante
14. A dor pode estar abrandada ou ausente quando há lesão de nervo associada ou quando o paciente faz uso de narcóticos , entorpecentes ou analgésicos fortes ou está sob ação de anestesia ( p. ex., sob uso de cateter peridural) A palpação: Região do compartimento apresenta-se tensa. Pele pode estar brilhante e quente com aparência de celulite. Alteração da coloração cutânea ( escurecimento , palidez) Paresia de extremidades Casos tardios manifestam flictenas
15. Os clássicos seis Ps Pain. Pressure. Pulso. Paraesthesia. Paresia. Pink color. Não devem ser utilizados para fazer diagnóstico precoce da síndrome do compartimento, pois só aparecem tardiamente, quando as alterações são irreversíveis e as sequelas inevitáveis.
16.
17.
18. Tratamento Evitar analgésicos que possam mascarar a dor Manter a extremidade na altura do coração , não sendo recomendável elevá-la ou abaixá-la. A elevação juntamente com o uso de anticoagulente está indicada quando é feito o diagnóstico de outra condição: a phlegmasiacelureadolens . Por isso diagnóstico diferencia é importante e pode ser necessário a avaliação do cirurgião vascular.
19. Síndrome aguda do compartimento Fasciotomiadescompressiva de urgência Permite a expansão dos tecidos, a normalização da pressão e, como consequência , a reperfusão
34. Diagnóstico O diagnóstico do pé torto congênito é evidente, observando-se as deformidade referidas: Pé equino varo, cavo,aduto e supino. O grau de deformidade e flexibilidade é variável. Além das deformidades características do PTC , observam-se uma atrofia da perna e um tamanho menor do pé.
36. PTC postural é flexível e corrigido com manipulação ou necessita somente de algumas trocas de gesso para obter a correção das deformidades. PTC Idiopático ou verdadeiro, a deformidade é mais acentuada e pouco flexível. PTC teratológico caracteriza-se pela rigidez, associação a síndromes, dificuldade de correção e altas taxas de recidiva
37. Radiografia A radiografia avalia os ossos do pé, mas o exame é de pouca importância porque se encontram poucos ossos ossificados e não aparecem bem na radiografia. Deve-se avaliar o ângulo entre o eixo longitudinal do tálus e do calcâneo que se encontra diminuído ( ângulo de Kite)
38. >Ângulo de Kite maior o varismo < Ângulo de Kite maior o valgismo
39.
40. Tratamento O objetivo do tratamento é um pé Plantígrado , indolor, flexível, com boa força muscular e que permita o uso de calçado comum. O tratamento é iniciado o mais precocemente possível , por meio de manipulação e trocas de gesso. Caso não se obtenha um resultado satisfatório, indica-se o tratamento cirúrgico.
41. Os métodos de manipulação para corrigir a deformidade e a imobilização com trocas seriadas de gesso mais conhecidos são de Kite e Ponseti.
42.
43.
44. O tratamento cirúrgico é indicado após 9 meses, e é realizado uma liberação das estruturas mediais e posterolaterais do pé, com a correção da deformidade e fixação da articulação talonavicular e subtalar. Em crianças com mais de 4 anos e deformidades rígidas pode-se usar a talectomia.
45.
46. Deformidades graves em crianças acima de 10 anos podem ser corrigidas com fixador externo de Ilizarov ou com artrodese tríplice.
49. Definição Deformidade assimétrica envolvendo a cabeça e o pescoço. A contratura unilateral do músculo esternocleidomastóideo provoca a inclinação da cabeça no sentido do lado envolvido e a rotação do queixo em direção ao ombro do lado oposto
50. Deformidade mais comum nas meninas Lado direito envolvido em 75% dos casos Uma em cada 5 crianças (20%) com torcicolo muscular congênito desenvolve displasia do quadril. A condição não é genética sendo comum a ausência de história familiar.
51. Etiologia Esta deformidade é devida a fibrose do músculo esternocleidomastóideo , que se contrai e encurta. A causa exata dessa fibrose muscular nesta deformidade congênita ainda não foi determinada. O torcicolo muscular congênito não é causado por traumatismo de parto. A evidência clínica e científica indica que esta deformidade é mais provavelmente, o resultado de uma oclusão venosa resultante de mau posicionamento intra-uterino e síndrome compartimental.
52. Quadro clínico Cabeça inclinada em direção ao músculo contraído Queixo voltado para o ombro contralateral Se manifesta no parto ou pode se desenvolver no início do período neonatal por volta da segunda ou terceira semanas de vida. A inclinação lateral da cabeça para o lado oposto e a rotação do queixo para o lado envolvido são situações restritas.
53.
54. Trata-se de uma massa insensível , inicialmente semimole que depois se torna enrijecida
57. Caso o torcicolo não seja tratado,as deformidades secundárias da face e da cabeça se desenvolvem durante o primeiro ano de vida. Do lado do músculo contraído a face torna-se achatada A face e o crânio ipsilaterais se achatam devido devido ao remodelamento para a acomodação na cama Assimetria da face aumenta com o crescimento do esqueleto Olhos e orelhas ficam desnivelados Pode ocorrer o desenvolvimento gradual de uma escoliose cervicotorácica com concavidade no sentido do lado afetado.
58. Diagnóstico Ao elaborar a história de uma criança com torcicolo elaborar as seguintes perguntas específicas: 1) A ordem do nascimento – o torcicolo é mais comum no primeiro filho 2)A apresentação do parto- ele é mais frequente nos partos fórceps e com apresentação de nádegas 3) Houve quaisquer lesões ou evidência de traumatismo? A clavícula foi fraturada por compressão dos ombros durante o parto difícil? Quando isso ocorre a tensão sobre o músculo esternocleidomastóideo inclina a cabeça em direção ao lado afetado e gira o queixo para o lado oposto. No RN é comum diagnosticar incorretamente uma fratura de clavícula com torcicolo muscular congênito.
59. 4) A cabeça se apresenta inclinada sem deformidade de rotação? - A simples inclinação da cabeça sem rotação , indica um problema mais difuso, tal como uma doença inflamatória (linfadenite cervical ou artrite reumatóide) 5) A criança gira voluntariamente e ativamente o queixo de um lado para o outro? Existe um torcicolo alternado? - Essa condição sugere tumor na medula espinhal ou do cérebro (fossa posterior).
60. Exame Físico Deverá se metódico e completo NÃO COMECE O EXAME TORCENDO OU ESTICANDO O PESCOÇO. Hiperextensão do joelho e quadril é anormal sugestivo de displasia do quadril Reexamine os quadris das crianças Portadoras de torcicolo muscular congênito na sexta semana, aos 3 e 6 meses e com 1 ano para descartar qualquer luxação ou subluxação do desenvolvimento pós natal
61. Tratamento Na criança o tratamento consiste em exercícios passivos para estirar o músculo esternocleidomastóideo retraído. Esses exercícios são feitos pelos pais após a instrução adequada.
62. Exercício Aplique contração segurando o ombro ipsilateral e o peito com uma das mãos e inclinando a cabeça lateralmente com a outra para longe do músculo contraído Mantenha o músculo esticado e conte até 10 Os exercícios devem ser executados de 20 a 30 vezes em cada sessão , quatro a seis vezes ao dia
63. Tratamento cirúrgico Na criança entre os 12 e 18 meses e acima dessa idade, é pouco provável que a manipulação possa alongar o cordão fibroso que substitui o músculo esternocleidomastóideo. Recomenda-se a divisão cirúrgica desse músculo, particularmente quando a restrição de amplitude de rotação do pescoço é maior que 30 graus e existe uma deformidade facial. Realiza-se a liberação distal do músculo em questão por meio de excisão parcial da inserção clavicular e prolongamento em Z da inserção do esterno.
66. Definição Heuter (1871) introduziu o termo háluxvalgo e descreveu o desvio lateral do grande dedo que se distancia do eixo mediano do corpo. Os aspectos anatomopatológicos e etiológicos são extremamente variáveis, o que dificulta um conceito universal, e portanto a designação inicial representa um conceito genérico , que engloba múltiplas variantes.
67. A morfologia do háluxvalgo evidencia o desvio medial do primeiro metatarsal, a saliência interna da articulação metatarsofalângica e o desvio lateral do primeiro dedo.
68. Etiologia Vários fatores que produzem ou predispõem ao aparecimento do háluxvalgo são descritos. O uso de calçados inadequados tem sido considerado a principal causa A posição em varo do 1 metatarsiano, que é normal até 12 graus seria outro fator etiológico.
69. Fatores intrínsecos Pé plano valgo Hipermobilidade da primeira articulação metatarsocuneiforme
70. Forma inclinada ou convexa da primeira articulação metatarsocuneiforme. Esquema e radiografia da forma plana (estável) Forma convexa (instável) Forma inclinada (instável)
71.
72. Relação entre as superfícies articulares da articulação metatarsofalângica do hálux (congruência articular) Primeiro metatarsal curto ou em varo 1 metatarsal curto e em varo que conduz o valgismo do hálux Esquema articulação congruente Rx articulação congruente Articulação não congruente
75. Quadro clínico Valorizar a presença de dor Acometimento da função Grau do desvio do alinhamento Os sinais e sintomas são explicitados em uma escala numérica elaborada por Kitaoka e colaboradores. Anamnese : antecedentes familiares,avaliação detalhada em relação a dor, questionamentos sobre limitações da atividades,desconforto com realação ao tipo de calçado etc... Dor geralmente relatada na face interna da articulação metatarsofalângica do hálux que se intensifica com a deambulação e com utilização de calçados inadequados.
76. Inspeção estática Desalinhamento do hálux Região inflamatória sob a face medial da cabeça do 1 metatarsal ( atrito com o calçado) Calosidade plantar sob a articulação interfalângica é consequência do desvio e pronação do hálux. A presença de deformidade em garra dos dedos menores caracteriza o estágio mais avançado. Identificar associação de alterações anatômicas do háluxvalgo com o tipo de pé (cavo valgo, plano valgo etc..)
77. Inspeção dinâmica Marcha claudicante Dificuldade de apoio do antepé Palpação de pontos dolorosos Buscar sinais de hipermobilidade da primeira articulação metatarsocuneiforme (fator agravante do desvio em varo do primeiro metatarsal)
78. Exame radiográfico Deve conter: Projeções básicas de frente e perfil em posição ortostática Axial para os sesamóides Parâmetros usuais Ângulo articular metatarsal distal Normal até 15 graus
81. -Ângulo de valgismo do hálux mede o desvio em valgo da articulação metatarsofalângica e sua gravidade 10 a 20 graus leve 20 a 40 graus moderada Acima de 40 graus grave Ângulo intermetatarsiano do 1 e 2 não deve ser maior que 12 graus
82. Tratamento Conservador Visa somento alívio dos sintomas Recomenda-se uso de calçados adequados Exercícios Prótese para alívio de possível metatarsalgia
83. Cirúrgico Dor é o fator fundamental para o tratamento cirúrgico Indicação por estática é discutida e não deve ser indicada Artroplastia de Keller Osteotomia do primeiro metatarsiano