A Síndrome do Túnel do Carpo ocorre quando nervos passam por um canal estreito no pulso, levando à dormência, formigamento ou dor. É causada por aumento da pressão no túnel, devido a traumas, inflamações ou doenças. O diagnóstico envolve testes que simulam a compressão, e o tratamento inclui imobilização, injeções ou cirurgia para aliviar a pressão no nervo.
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Sindrome-do-tunel-do-carpo
1. Síndrome do Túnel doSíndrome do Túnel do
CarpoCarpo
Alunas:Alunas:
Jéssica Oliveira e Monique Fernandes
Professora:Professora:
Geovanna Lima Ximenes
2. Túnel do Carpo
É um canal que tem, em média, 3cm de largura
formado por pequenos ossos situados no punho,
que lhe servem de base, e um ligamento
transverso, que compõe o teto do túnel.
Por esse canal, passam o nervo mediano e nove
tendões responsáveis pela flexão dos dedos.
O nervo mediano que vem do antebraço e passa
para a mão através desse canal estreito, enerva o
polegar, as duas faces do indicador e do dedo
médio e a face interna do quarto dedo.
Essas características anatômicas fazem dele um
túnel rígido e qualquer aumento de pressão em seu
interior comprime o nervo mediano contra o
ligamento transverso, gerando a síndrome do túnel
do carpo.
3. Um corte transverso deixa ver a região do carpo,
os ossículos e o ligamento transverso.
4. Todas as situações que provocam
aumento do tecido sinovial, que
reveste os tendões e serve para
nutri-los, sejam elas traumáticas,
inflamatórias, tumorais ou
medicamentosas, aumentam também
a pressão dentro desse canal, o que
gera compressão do nervo e o
aparecimento de diversos sintomas.
5. Sinais e Sintomas
Dor ou dormência à noite nas mãos,
principalmente após uso intensivo destas
durante o dia. A dor pode ser intensa a
ponto de acordar o paciente e pode ir para o
braço e até o ombro
Ocorre diminuição da sensação dos dedos,
com exceção do dedo mínimo e sensação de
sudorese nas mãos. Com a perda da
sensação nos dedos, pode haver dificuldade
de amarrar os sapatos e pegar objetos.
Algumas pessoas podem apresentar até
dificuldade de distinguir o quente e o frio.
Atividades que promovem a flexão do punho
por longo período podem aumentar a dor.
6. Também são freqüentes as sensações de
choques em determinadas posições da mão
como segurar um objeto com força, segurar
volante do carro ou descascar frutas e
legumes.
Com muita freqüência as pessoas imaginam
que estão tendo “derrame” ou “problemas de
circulação” procurando assistência médica
especializada nessa área.
Esses sintomas de dormência e formigamento
podem melhorar e piorar ao longo de meses ou
até anos, fazendo com que o diagnóstico
preciso e correto seja retardado.
7. Algumas causas
Trabalho manual com movimentos repetidos (L.E.R)
Lesão do Esforço Repetitivo
Tem associação com alterações hormonais como
menopausa e gravidez (geralmente desaparece ao fim
da gravidez); fato que explica o porque de haver mais
mulheres acometidas que homens.
Diabetes mellitus, por causa da alteração do tecido
sinovial e porque o nervo mediano apresenta alterações
secundárias decorrentes da glicemia elevada.
Artrite reumatóide, doenças da tireóide dentre outras.
8. Diagnóstico
Existem dois testes que ajudam a estabelecer o
diagnóstico clínico: o teste de Phalen e o teste de
Tinel.
O primeiro consiste em dobrar o punho do paciente
e mantê-lo fletido durante um minuto. Como nessa
posição aumenta a pressão intracarpeana de quatro
a cinco vezes, se houver compressão do nervo, os
sintomas pioram na área enervada.
O outro teste, que não é tão específico quanto o de
Phalen, consiste em percutir o nervo mediano, o
que provoca sensação de choque e formigamento
se ele estiver comprometido.
Embora o diagnóstico seja basicamente clínico,
podemos recorrer a um exame complementar, a
eletroneuromiografia, para esclarecer alguns casos.
10. eletroneuromiografia
São colocadas agulhas em
determinados pontos.
Essas agulhas estão
ligadas a um aparelho que
emite um pequeno
choque, o que torna
possível medir a condução
sensitiva e motora do
nervo dentro do túnel.
11. Tratamento
Deve levar em conta o grau de comprometimento da
doença: leve, moderado e grave.
Se for leve, indica-se a colocação de uma órtese, isto é,
de um aparelho que mantém o punho em posição de
extensão e associar o uso de um antiinflamatório.
12. A imobilização deve ser mantida durante um mês, período em
que deve ocorrer a melhora dos sintomas.
Se por ventura esse tratamento for ineficaz, cabe utilizar uma
medida um pouco mais agressiva, ou seja, a aplicação de
cortisona dentro do canal. Essa droga diminui a reação do tecido
sinovial que, ao proliferar, comprime o nervo. O alívio da pressão
acarreta melhora dos sintomas. Como procedimento prévio,
coloca-se xilocaína para adormecer a área em que vai ser dada a
injeção com cortisona.
13. Cirurgia
A cirurgia promove a abertura do ligamento
anular do carpo. É muito importante entender
que essa abertura deve ser feita distante do
nervo mediano. Não é raro encontrar, na
nossa prática clínica, casos em que a cirurgia
não deu certo, porque a abertura foi feita
inadvertidamente na projeção do nervo, que
continua prensado, provocando até piora dos
sintomas.
Essa abertura provoca uma alteração que
deve desaparecer em três meses. Nas
primeiras quatro semanas depois da cirurgia,
especialmente, há perda de força da mão,
porque o canal do carpo aumenta de
diâmetro e isso provoca uma alteração
biodinâmica dos tendões.
14. É um tratamento definitivo que faz
desaparecer os sintomas. A recidiva
só ocorre quando a proliferação
sinovial é decorrente de uma doença
anterior que continua sem
tratamento adequado.
A cirurgia por via endoscópica tem
sido recentemente utilizada com
bons resultados e a grande
vantagem de pequena incisão e,
consequentemente, menor cicatriz.
Deve ser feita por profissionais
experientes e para casos
selecionados.
15. Fisioterapia
Caso os sintomas persistam, o
tratamento fisioterápico será
essencial.
A diminuição do edema gerado
pela inflamação das estruturas
vizinhas ao nervo mediano deverá
ser o primeiro objetivo do
tratamento fisioterápico (a
tendinite é a principal causa) por
isso devemos utilizar o ultra-som
que possui princípios analgésicos e
anti-inflamatórios acompanhados
de manipulações da região
acometida.
16. A orientação quanto as atividades da vida
diária (AVDs) devem ser dadas privilegiando a
biomecânica funcional do membro.
Exercícios de alongamento dos flexores dos
dedos e do punho sob orientação do
profissional são benéficos para melhorar a
função e aumentar a formação de líquido
sinovial auxiliando com isso, a lubrificação dos
tendões, bainhas e fáscias adjacentes (tendões
lubrificados diminuem o atrito entre as bainhas
evitando a inflamação).
17. Prevenção
Realizar pausa entre os
movimentos repetitivos
Alongamentos da
musculatura envolvida
Realizar atividades
diversificadas
Ter um ambiente de
trabalho ergonomicamente
correto.