2. INTRODUÇÃO
A síndrome de angústia respiratória (SAR), antigamente
conhecida como doença da membrana hialina devido a
formação de uma membrana nos alvéolos pulmonares, é
uma síndrome de recém nascidos prematuros, que se
caracteriza por insuficiência respiratória progressiva e
podendo ser fatal, em consequência de atelectasia
(bloqueio na passagem do ar pelos brônquios, ou seja
‘murchar’) e imaturidade dos pulmões. A SAR acontece
normalmente em recém-nascidos prematuros e entre 28 e
37 semanas de gestação podendo chegar a incidência de
50 a 70% principalmente entre as 28 a 30 semanas
aumentando de acordo com o grau de prematuridade. Para
os que sobrevivem há risco de complicações respiratórias
e neurológicas crônicas.
3. FATORES QUE LEVAM A SAR
Pulmão imaturo (diminuição de surfactante)
Acidose (complicação metabólica e respiratória)
Hipóxia (diminuição de O2)
Hipovolemia (diminuição de volume)
Diabetes
Parto cesariano eletivo
Estresse fetal
4. • EXEMPLO DE ATELECTASIA PULMONAR :
Expansibilidade diminuída.
Ausculta diminuída ou ausente nas áreas das lesões.
5. FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA
A função pulmonar adequada ao nascimento depende de :
Quantidade adequada de surfactante (mistura
lipoproteica) que diminui o esforço respiratório.
Uma área de superfície adequada nos espaços aéreos
para possibilitar a troca gasosa.
A SAR constitui, na diminuição do surfactante pulmonar,
desenvolvimento incompleto dos pulmões e parede
torácica altamente complacente (mais flexível que a
capacidade normal dos pulmões).
6. COMO OCORRE:
1º O pulmão prematuro leva a diminuição do surfactante.
2º Com isso os alvéolos não funcionam direito e ocorre o
seu colapso.
3º Isso leva a atelectasia ( o pulmão “murcha”)
4º Que leva a hipóxia (diminuição do O2) e a retenção
de CO2.
5º Tem-se a acidose (diminuição do pH sanguíneo) que
leva a vasoconstrição e diminuição do fluxo de
sanguíneo pulmonar.
6º O que leva a lesão dos capilares e entram os
fibrinogênios para auxiliar na lesão.
7º Daí ocorre a diminuição da complacência pulmonar.
9. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os sintomas são habitualmente observados logo após o
nascimento através de alguns sintomas :
Sinais e Sintomas Primários
Grunhidos ou sons expiratórios (quando o recém-nascido não
está chorando).
Retrações esternais, supraesternais, subesternarnais, e
intercostais ( tentativa excessiva de puxar o ar ocasionando
maior evidencia na caixa torácica).
Batimento das asas do nariz à inspiração.
Taquipneia com menos de 60 respirações por minuto.
Hipotermia (diminuição da temperatura).
Cianose ( diminuição de O2 e mudança da coloração corporal
normal para arroxeada).
Diminuição dos sons respiratórios e sons respiratórios secos
“em lixa” .
Edema pulmonar.
10. A medida que progride
As retrações tornam-se acentuadas.
O edema periférico aumenta.
O tônus muscular diminui.
A cianose aumenta.
A temperatura corporal cai.
Ocorrem curtos períodos de apneia.
Pode ocorrer bradicardia ( diminuição do batimento cardíaco).
As alterações na distribuição do sangue pelo corpo resultam em
coloração cinza-pálido da pele.
Diminuição dos sons respiratórios.
Sinais e Sintomas Secundários
Hipotensão
Edema das mãos e dos pés.
Ausência dos sons intestinais no início da doença.
Diminuição do débito urinário.
12. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Teste dos corpos lamelares ( mede uma forma de
armazenamento do surfactante no líquido amniótico.
Exames laboratoriais – Exemplos:
Pa CO2 – elevada .
Pressão parcial de oxigênio arterial (Pa CO2) – baixas .
pH sanguíneo – baixo, devido à acidose metabólica.
Cálcio – baixos níveis.
Glicose sérica – baixa .
Radiografia de tórax.
Provas de função pulmonar.
13. TRATAMENTO
O diagnostico é fundamental para começar o tratamento.
No recém-nascido a doença começa ase manifestar de 6 a
24h após o nascimento.
Tratamento de Suporte
Manutenção da oxigenação, se necessário com suporte
ventilatório.
Manutenção da temperatura corporal normal.
Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico
(líquidos e íons).
Manutenção da nutrição.
Antibióticos quando necessário.
Evitar hipotensão ( diminuição da pressão arterial).
14. TRATAMENTO AGRESSIVO
Administração de surfactante exógeno nos pulmões em uma
fase precoce da doença.
Ventilação de alta frequência (bombas de oxigênio).
Intubação.
Complicações
Nos casos não-complicados a recuperação ocorre dentro de 3 a
4 dias.
As complicações do tratamento geralmente são decorrentes das
altas concentrações de oxigênio administradas durante períodos
pronlongados.
Vazamento de ar : pneumotórax, pneumomediastino,
pneumopericárdio.
Hipotensão
Insuficiência cardíaca.
Hemorragia intravascular.
15. CONCLUSÃO
A síndrome de angústia respiratória acomete um elevado
número de recém-nascidos e sua mortalidade é alta, o que
exige dos profissionais da saúde agilidade,
responsabilidade e competência no caso.
Nós como técnicos em analises clinicas assumimos
fundamental papel no processo, pois cabe a nós a analise,
coleta de material para o rápido tratamento do caso clínico
, portanto conhecer a análise permite criticidade e rápida
ação.