2. DEFINIÇÃO
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é
uma doença comum, evitável e tratável,
caracterizada por obstrução persistente,
geralmente progressiva e associada a uma
elevação crônica da resposta inflamatória nas
vias aéreas e nos pulmões devido a partículas ou
gases nocivos.
3. EXACERBAÇÃO
Evento agudo, caracterizado por um
agravamento dos sintomas respiratórios além
das variações normais diárias e que conduz uma
mudança na medicação.
Exacerbações e comorbidades contribuem para
a gravidade global individualmente.
4. DIAGNÓSTICO
Considerar DPOC quando:
Dispneia progressiva, piora ao exercício ou
persistente – sibilos*
Tosse crônica ou expectoração (tosse
intermitente ou não produtiva
*asma, TB, bronquiectasias, ICC, doenças, alergias,
Exposição a fator de risco
Espirometria
6. • Deve ser feito o diagnóstico funcional de
obstrução ao fluxo de ar que se baseia na
relação entre volume expiratório forçado em 1
segundo (VEF1) e capacidade vital forçada
(CVF), considerando se anormal um
valor inferior a 0,7 pós-broncodilatador
7. Classificação segundo a gravidade
• GOLD 1 (leve) VEF1 ≥ 80% do previsto
• GOLD 2 (moderada) 50% ≤ VEF1 < 80%
do previsto
• GOLD 3 (grave) 30% ≤ VEF1 < 50% do
previsto
• GOLD 4 (muito grave) VEF1 < 30% do
previsto
8. FATORES DE RISCO
Idade superior a 40 anos.
Extremos: Tabagismo
• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene).
• Exposição ocupacional a poeiras e produtos
químicos ocupacionais.
• Suscetibilidade individual
• Fatores relacionados à infância: baixo
peso ao nascer, infecções respiratórias na
infância, entre outros.
9. FISIOPATOLOGIA
• A limitação do fluxo aéreo é progressivo
• Resposta inflamatória por toda a via aérea,
parênquima e musculatura pulmonar a partículas ou
gases nocivos
• Formação de tecido cicatricial e estreitamento da luz
das vias aéreas periféricas(como se observa na
bronquite crônica)
• Alterações parenquimatosas (pela ativação de
proteinases)
• Destruição do parênquima (como no enfisema)
• Espessamento da parede vascular
10.
11.
12. Manifestações clínicas
Inicialmente, tosse, produtiva de escarro e
dispneia aos esforços.
Tosse crônica , produção de escarro e limitação
do fluxo ar.
Dispneia intensa que dificulta a realização de
atividades e exercícios brandos.
Perda de peso.
Utilização de musculatura acessória ao respirar.
Hiperinsuflação crônica "tórax em barril"
13. Exames auxiliares de diagnóstico
Espirometria: para fins práticos, normalmente
os pacientes apresentam relação VEF1/CVF
(volume expiratório forçado no primeiro
segundo/capacidade vital forçada) abaixo de
0,70, o que caracteriza obstrução.
14. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da
obstrução. A ausência de resposta ao
broncodilatador inalatório (400μg de
salbutamol), 15 minutos após a espirometria
simples, contribui para o diagnóstico diferencial
de asma em favor da DPOC.
15. Raio X de tórax: contribui pouco para o
diagnóstico. Pode ser importante para o
diagnóstico diferencial de outras pneumopatias
como as infecciosas e bronquiectasia
Bacterioscopia e cultura de escarro: indicada
para casos em que haja falha no tratamento das
exacerbações ou em pacientes hospitalizados.
Pode ser útil para o diagnóstico diferencial de
tuberculose ou outras infecções.
16. Hemograma completo: trata-se de exame útil
para avaliar anemia (indicativa de deficiência
nutricional, perda sanguínea ou doença crônica)
ou policitemia, indicativa de hipoxemia crônica.
A anemia pode ser um fator agravante da
dispneia e da baixa tolerância ao exercício.
17. tratamento
O Objetivo no tratamento da exacerbação da DPOC
1. Tratar infecção, TEP, pneumotórax, isquemia
cardíaca, arritmia ICC;
2. Melhorar a oxigenação do paciente (manter
SPO2 entre 90 - 92%);
3. Diminuir a resistência das vias aéreas
(broncodilatadores, corticoides e fisioterapia
respiratória;
4. Melhorar a função da musculatura
respiratória(suporte ventilatória não invasiva,
nutrição adequada ventilação mecânica .
18. Ttt. Cont.
• Cessação do TBG
• TTO Medicamentoso:
• Anticolinérgicos –Ipratrópio;
• Corticóides-Fluticasona;
• Metilxantinas–Teofilina que vem sendo
substituída pelo Salmeterol de ação mais
prolongada
• Antibióticos-Azitromicina
19. Fármacos
Beclometasona: cápsula inalante ou pó inalante de 200
e 400 mcg e aerossol de 200 mcg e 250 mcg.
Budesonida: cápsula ou pó de inalação e aerossol bucal
de 200 mcg e cápsula para inalação de 400 mcg ou pó
inalante e aerossol oral de 200 mcg.
Formoterol + budesonida: cápsula ou pó para inalação
de 6 mcg + 200 mcg e de 12 mcg + 400 mcg.
Fenoterol: solução aerossol de 100 mcg/dose.
Formoterol: cápsula ou pó para inalação de 12 mcg.
Salbutamol: aerossol oral de 100 mcg e solução para
inalação de 5 mg/mL.
20. Salmeterol: pó para inalação de 50 mcg.
Prednisona: comprimidos de 5 mg e 20 mg.
Prednisona: solução oral de 3,0 mg/mL e 1,0 mg/mL.
hidrocortisona: pó para solução injetável de 100 mg e
500 mg.
Brometo de ipratrópio: solução para inalação de 0,25
mg/mL e solução para inalação oral de 20mcg/dose.
Brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol: pó
inalante de 62,5 mcg + 25 mcg
21. complicações mais frequentes
complicações da DPOC englobam a
pneumonia, atelectasia, pneumotórax e cor
pulmonares
Uso de suporte ventilatório em alguns casos.
23. Bronquite cronica
Definido pela inflamação da mucosa dos
brônquios;
Há hipertrofia das glândulas submucosas da
traquéia e brônquios e células caliciformes das
pequenas vias aéreas resultando em
aumentando o produção de muco.
24.
25. Fisiopatologia
Bronquite crônica: espessamento da mucosa
brônquica (dilatação,
edema) - estreitamento crônico do brônquio –
hipertrofia das
glândulas mucosas- acúmulo de muco e
secreções bloqueia as VAdificuldade
na troca gasosa.
26. Sinais e sintomas
Tosse Crônica;
Expectoração espessa e abundante (durante 3
meses ao ano, por 2 anos consecutivos);
Dispnéia;
Distúrbios do sono;
Incapacidade física quando complicada por
infecções pulmonares.
Aumenta o risco de infecções, p.ex.Pneumonias
27. Enfisema pulmonar
O enfisema pulmonar é uma doença respiratória
na qual os pulmões perdem a elasticidade
devido à exposição constante a poluente ou
tabaco, principalmente, o que leva à destruição
dos alvéolos.
28.
29. Fisiopatologia
Há dilatação anormal e permanente de espaços
aéreos terminais levando à destruição dos
alvéolos (ficam hiperinsuflados – dificultando as
trocas gasosas)
• muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos
e os restantes ficam com o seu funcionamento
alterado.
30. Tipos de enfizemas
• Centro lobular ou centro acinar: a lesão
localiza-se no centro do ácino, na sua
extremidade mais proximal, estando os
ductos, sacos alveolares e alvéolos íntegros.
• Peri lobular ou peri acinar: lesão na periferia
do ácino.
• Pan lobular ou pan acinar: compromete todo
o ácino.
31.
32. Cuidados de enfermagem no adulto e
na criança
1- Controlar SV (T, PA, FR, FC, sat.o2)
2- Manter oximetria de pulso
3- Observar padrão respiratório
4- Encaminhar ao banho de chuveiro na cadeira
com auxílio mantendo oxigenoterapia ou Realizar
Banho no leito
5- Manter cabeceira elevada- posição fowler/semi-
Fowler e alinhamento corporal
6- Fazer Mudança de decúbito
7- Manter meias elásticas em MMII
33. 8- Estimular e observar aceitação alimentar e
ingestão hídrica
9- Pesar
10- Estimular tosse e expectoração e Observar
cor e aspecto da expectoração
11- Manter Colchão de ar
12- Atentar para técnicas assépticas
13- Realizar aspiração naso/endotraqueal
14- Promover Comunicação não-verbal
15- Manter fixação dos dispositivos
invasivos
34. 16- Administrar ATB conforme PM
17- Administrar oxigenioterapia conforme
Prescrição Médica (PM)
18- Observar aspecto e frequência das
evacuações
19- Observar eliminações vesicais e
controlar diurese
20- Observar sono e repouso
21- Oferecer lazer (livros, revistas, TV)
22- Realizar Balanço Hídrico
23- Orientar e estimular visitas
35. Referências bibliográficas
1. ANDRADE, Maria Teresa Soy. (1998). Cuidados
Intensivos: Guias Práticos de Enfermagem. 1ªed, Rio
de Janeiro: McGraw Hill-Interamericana do Brasil
Ltda
2. Viana WN Síndrome de Angústia Respiratória
Aguda após Berlim Pulmão RJ2015;24(3):3135
3. Hofnanian. A. Estratégias ventilatórias na
síndrome do desconforto respiratorio agudo.
Paciente crítico, diagnóstico e tratamento, Hospital
Sírio Libanês