O documento discute a morte em idosos, com foco nos principais fatores de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer, além de quedas. Também aborda os direitos dos pacientes terminais e os cuidados necessários com idosos nessa situação, como controle da dor e conforto.
2. O medo da morte é sem dúvida um tema que desperta muita
curiosidade e talvez seja um dos mais estudados. Mas, nem sempre a ideia
de morte é vista com sofrimento ou tabus doloridos. Existem filosofias e
hábitos de vidas, pelo mundo, onde a morte é entendida como um processo
muito natural e às vezes até mesmo esperada e de certa forma
comemorada.
O IDOSO E A MORTE
3. Admite-se, ainda, ser a morte um processo natural, universal e
inevitável, entretanto não conseguimos imaginar nossa própria morte e
acabamos projetando-a nos outros, pois é quase impossível conceber o
mundo sem a nossa presença.
Falar de morte para idosos nos faz crer que primeiramente devemos
entender quem são estes idosos, de onde vem, suas crenças e condições
de vida, para depois falarmos de suas reações frente a morte.
4. O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Em 2020, pela
primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas com 65 anos ou
mais superará o de crianças com idade igual ou inferior a 5 anos.
As doenças do aparelho circulatório e as neoplasias malignas são as
principais causas da mortalidade entre idosos;
PRINCIPAIS CAUSAS DE
MORTE EM IDOSOS
5. O diabetes representa 80%
da mortalidade por
doenças endócrinas,
nutricionais e metabólicas.
6. As quedas e as complicações delas
decorrentes, também são causas de morte na
terceira idade.
A morte não acomete apenas idosos. Isto é fato. Mas em
muito casos, na melhor das hipóteses, ela ameaça fazer sua visita
indesejada em idade avançada.
7. DEFINIÇÃO DE PACIENTE
EM FASE TERMINAL
São considerados pacientes
terminais aqueles que sofrem de
uma enfermidade incurável e com
prognóstico fechado, assim como
os que estão em processo
irreversível da morte.
8. Aqueles que sabem de sua real
condição de saúde;
E aqueles que não têm
conhecimento de seu estado de
saúde;
9. Tenho o direito de ser tratado como um ser humano vivo até que eu
morra;
Tenho o direito de manter uma sensação de esperança, embora possa
estar mudando seu foco;
Tenho o direito de ser cuidado por aqueles que podem manter uma
sensação de esperança, embora isso possa mudar;
Tenho o direito de expressar meus sentimentos e emoções e de abordar
a morte da minha própria maneira;
10. Tenho o direito de participar nas decisões relativas ao meu cuidado;
Tenho o direito de esperar continua atenção médica e de enfermagem, ainda
que as metas de “cura” devam ser trocadas por metas de “conforto”;
Tenho o direito de não morrer sozinho;
Tenho o direito de ficar sem dor;
Tenho o direito de ter minhas perguntas respondidas de maneira honesta;
Direitos da pessoa em fase terminal:
11. Tenho o direito de não ser enganado;
Tenho o direito de ter ajuda de minha família e ajuda
para ela na aceitação de minha morte;
Tenho o direito de reter minha individualidade e de
não ser julgado por minhas decisões, que podem ser
contrarias ás crenças dos outros;
Tenho o direito de morrer em paz e com dignidade;
12. Tenho o direito de discutir e aumentar minhas experiências
religiosas e/ os espirituais, independentes do que elas significam
para os outros;
Tenho o direito de esperar que santidade do corpo humano seja
respeitada depois da morte;
Tenho o direito de ser cuidado por pessoas carinhosas, sensíveis e
instruídas que tentarão compreender minhas necessidades e
serão capazes de ter alguma satisfação ao me ajudarem diante da
morte;
Direitos da pessoa em fase terminal
13. O que ainda resta fazer quando não há mais nada a fazer!!
Os principais sintomas presentes na fase terminal
de um paciente são dor, fadiga, dispneia, náusea
e vômitos, constipação, confusão mental, inquietação,
anorexia.
O processo de morte é uma experiência muito
marcante para o paciente, seus familiares e para a equipe clínica.
A Medicina Paliativa é uma especialidade médica intimamente
associada à Geriatria, e os cuidados ao fim da vida representam uma
questão de saúde pública.
CUIDADOS COM O IDOSO EM
FASE TERMINAL
14. Quando não há mais o que fazer a nível de tratamento médicos, o indicado é
que se promova o melhor conforto e dignidade ao paciente possível.
Dentre algumas medidas são elas:
Aos poucos ele vai retirando medicações que não vão mais fazer efeito algum
sobre o paciente;
Não submeter o paciente a tratamento invasivos;
Controlar a dor, o desconforto e a angustia respiratória;
A família deve ser comunicada da real situação de saúde do idoso;
A família é de total importância para ajudar o paciente a “partir em paz”;
CUIDADOS COM O IDOSO EM
FASE TERMINAL
15. Considera-se que cuidar de idoso em fase terminal provoca estresse físico e ,
sobretudo, psicológico;
É comum que a equipe hospitalar tenha a população idosa como difícil de
lidar, percebendo os pacientes como queixosos, não como colaborativos;
O idoso hospitalizado precisa de ajuda;
O profissional tem que ter um cuidado diferenciado;
A família é importante na recuperação do idoso;
Para cuidar do idoso hospitalizado, é fundamental que haja qualificação
técnica e humana;
16. Entender a situação difícil que o idoso está passando e respeite seu
estado de humor diferenciado, que muitas vezes pode irritar familiares;
Fale menos e ouça mais;
Evite ao máximo discussões desnecessárias com a família;
Evite chorar, gritar e demonstrar desespero na frente do idoso;
Este não é o momento para discutir divisão de bens;
Incentive os familiares a ficarem próximos do idoso, neste momento ele
quer se sentir acolhido por aqueles que ama.
Aceitar a ajuda de outras pessoas.
Respeite as vontades do paciente terminal.
17. Envolvem a limpeza e o preparo do corpo de modo que o mesmo seja entregue a
família o mais integro possível.
Puxe as cortinas em torno do leito;
Calçar luvas;
Remova todo o equipamento médico, tais como cateter intravenoso, cateter
urinário e etc.
Abaixe as pálpebras;
Eleve discretamente a altura da cabeça;
Reponha ou mantenha as dentaduras na boca;
Higienizar o corpo;
Realizar tamponamento de cavidades e orifícios ;
O CUIDADO PÓS-MORTE
COM O CORPO DO IDOSO
18. Envolva o corpo com tipo de cobertura adequado, cubra-o com um lençol;
Fixe um etiqueta de identificação na parte externa do corpo envolvido;
Organize a área próxima à cama e descarte o equipamento sujo;
Retire as luvas e lave as mãos;
Saia do quarto e feche a porta;
Transporte o corpos ao necrotério, área na qual o corpo do indivíduo
falecido é mantido temporariamente;
Faça um inventario dos pertences e envie-os à administração, onde serão
entregues à família;
Notifique o pessoal da manutenção após a remoção do corpo do quarto;
Organizar prontuário e exames do paciente;
Realizar evolução no Prontuário.
O CUIDADO PÓS-MORTE
COM O CORPO DO IDOSO