3. A missão tradicional do profissional de
saúde é aliviar o sofrimento humano;
se puder curar, cura; se não puder
curar, alivia; se não puder aliviar,
consola.
4. A morte, em si, pode representar algo
totalmente diferente entre as diferentes
pessoas, e totalmente diferente em
diferentes épocas da vida de uma mesma
pessoa.
VISÃO DA MORTE NAS DIVERSAS IDADES:
- Infância: é vista como reversível
- adolescente : uma grande contradição, algo muito
distante
- adulto: divide espaço com seus compromissos e
responsabilidades, passa a ser uma possibilidade.
- Idoso: ser idoso é sinônimo de morte
5. O adulto é preparado, pela própria
vida, uns mais outros menos, para a
velhice. Mas, raramente alguém é
preparado para a morte.
6. Para viver os momentos terminais sem o
terror, temor e tormento da idéia do fim e
da perda, é necessário cultivar um certo
desapego em relação à vida, ter a
consciência de que na morte, não
podemos levar nada conosco; nem os
bens, nem os amigos, nem os diplomas,
nem o sucesso. Deixar de ser para essas
coisas significa, obrigatoriamente, que
essas coisas também deixam de ser para
quem vai morrer.
7. Os 5 Estágios da Dor da Morte
A reação psíquica determinada pela experiência
com a morte foi descrita por Elisabeth Kubler-
Ross como tendo cinco estágios:
Negação e Isolamento: "Isso não pode
estar acontecendo."
Cólera (Raiva): "Por que eu? Não é justo."
Negociação: "Me deixe viver apenas até
meus filhos crescerem."
Depressão: "Estou tão triste. Por que se
preocupar com qualquer coisa?"
Aceitação: "Tudo vai acabar bem."
9. CUIDADOS PALIATIVOS
Paliativo é um tipo de cuidado
multiprofissional aos pacientes
cuja doença não responde aos
tratamentos curativos. Os Cuidados
Paliativos são interdisciplinares e
se ocupam do paciente, da família
e do entorno social do paciente
10. CUIDADOS PALIATIVOS
Os Cuidados Paliativos não prolongam a
vida, nem tampouco aceleram a morte.
Eles somente tentam estar presentes e
oferecer conhecimentos médicos e
psicológicos suficientes para o suporte
físico, emocional e espiritual durante a
fase terminal e de agonia do paciente,
bem como melhorar a maneira de sua
família e amigos lidarem com essa
questão
11. CUIDADOS PALIATIVOS
É claro que os profissionais
contratados para essas tarefas
poderão fazê-las melhor,
tecnicamente, mas o que importa é a
maneira e o carinho com que são
realizadas. Havendo a qualidade
afetiva dos cuidados, os cuidadores,
além da família podem e devem ser
envolvidos no Tratamento Paliativo.
12. CUIDADOS PALIATIVOS
Envelhecimento populacional é
fenômeno mundial
Novas condições clínicas
Mudanças na sociedade
Mudanças na organização familiar
Novas “formas de morrer” -
“medicalização” da morte
13. CUIDADOS PALIATIVOS
Assegurar uma morte digna (cuidados de
higiene e conforto, controle de sintomas e
alívio da dor)
Mesmo na fase terminal de uma doença, a
qualidade de vida dos pacientes pode ser
mantida em níveis satisfatórios, utilizando-
se adequadamente as técnicas da paliação.
14. CUIDADOS PALIATIVOS
Tem como foco a pessoa, e não a
doença ou órgão
É indicada para qualquer paciente
com doença que ameaça a vida
Indicada para o idoso com
fragilidade, declínio funcional e
falência orgânica
15. LIDANDO COM A DOR
Há a dor periférica, a dor fantasma, a dor
central, a dor em cólica, a dor aguda, a dor
crônica, a dor indefinida, em pontada e até
mesmo a dor da solidão, da finitude, a dor
do medo, da angústia e assim por diante. Há
momentos, na vida das pessoas, onde todas
essas dores se confundem e o médico deve
procurar aliviá-las; algumas outras
requerem também sedativos, ansiolíticos e
antidepressivos, outras ainda requerem
mais, precisam de carinho, consolo e
atenção.
16. LIDANDO COM A DOR
Mas, ainda que tenha um rasgo de verdade na
questão de “pensar positivamente” para o
alívio da dor, nunca devemos esquecer que
é tão impossível ao deprimido pensar
positivamente quanto ao míope enxergar
bem sem óculos. Com certeza absoluta,
podemos dizer que não é o pensamento
negativo que leva à Depressão, mas o
inverso.
17. DOR E DEPRESSÃO
Os pacientes cujo quadro doloroso são
valorizado pelos cuidadores mostram
maior incidência de Depressão do que
aqueles cujos cuidadores se interessaram
por suas dores. Isso pode sugerir que a
atenção médica à percepção da dor influi
na qualidade afetiva, ao contrário do que
podem pensar alguns médicos que evitam
perguntar por suas dores com medo de
“lembrar” os pacientes a sentirem-nas.
18. DEPRESSÃO
Se a Depressão pode, perfeitamente,
conduzir a uma redução do conforto,
da qualidade de vida e a um aumento
da percepção dolorosa, o caminho
inverso é igualmente verdadeiro; a
Depressão pode também suceder a
uma diminuição da qualidade de
vida, de desconforto ou de dor
19. Existe uma terrível diferença entre o ponto de
vista do paciente e o ponto de vista de seu
médico, assim como existe uma terrível
diferença entre o ponto de vista da família e
do médico ou, ainda, entre o ponto de vista
do paciente e da família. Entre os elementos
desse tripé deveria ser, evidentemente, do
paciente o privilégio das prerrogativas,
decisões e desejos.
20. QUALIDADE DE VIDA
ASPECTOS SOCIAIS
ASPECTOS ECONÔMICOS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL ARAUJO JORGE – SERV.
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
27. O que é pior: ter câncer ou
ter medo de ter câncer?
Estudos do Hospital A.C. de Camargo
verificaram que na década de 80 as
chances de cura para os pacientes
tratados de câncer de língua era 40%
> que nas décadas de 50 e 60.
Principalmente em função dos
avanços tecnológicos (quimio e
radioterapia)
28. O que é pior: ter câncer ou
ter medo de ter câncer?
O mesmo estudo porem mostrou que
pouco se avançou no diagnóstico nas
fases iniciais
O medo de ser portador da doença afasta
o paciente do diagnóstico e determina a
diferença de resultados terapêuticos, que
chegam a quase 100% de cura nas lesões
iniciais e caem para menos do que 30%
nas lesões avançadas.
29. O que é pior: ter câncer ou
ter medo de ter câncer?
Talvez exista medo de diagnosticar o
câncer por parte dos próprios
cirurgiões dentistas, que podem
considerar que estarão assinando o
atestado de óbito de seus pacientes
ao identificarem uma lesão dessa
natureza
30. Podemos afirmar que nos dias de hoje o câncer
deve ser visto como uma doença muito grave, mas
para a qual existe tratamento e que quanto mais
precoce for realizado, maior chance de cura trará.
Muita coisa evoluiu na área da cancerologia, porém
o comportamento social continua o mesmo, com a
doença sendo vista como algo pecaminoso que deva
ser escondido.
O câncer deve ser visto como uma doença que
pode acontecer com qualquer um e que não é motivo
de vergonha.
31. o medo paralisante da doença deve dar
lugar a uma postura correta de prevenção.
Prevenção é possível, mas requer ação
tanto dos pacientes, como dos
profissionais
É importante que toda a população seja
informada de que as formas de tratamento
evoluíram muito nos últimos anos
o medo e o estigma de uma doença
incurável poderão ser vencidos
34. Montaigne
“Seja quando for que a vossa
vida se acabe, fica inteira. A
utilidade da vida não está no
prazo, mas no uso.Tal houve
que durou muito e viveu
pouco...”