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LEPIDÓPTEROS DO BRASIL
                                           (Agenda de Campo)
                                             Geraldo Salgado-Neto




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AGRADECIMENTOS




                    A execução deste trabalho contou com o auxílio de amigos e colegas,
              agradecemos especialmente aos colegas Antônio Carlos Paim, José Augusto Teston,
              Gustavo Shwartz, Tiago B. Breier e Marcelo Lopes, que colaboraram nas coletas e
              identificação das espécies de lepidópteros em especial ao professor Adelino Alvarez
              Filho na identificação das plantas hospedeiras.
                    Agradecemos ao professor Aldo Mellender de Araújo, mentor da idéia original
              de elaborar uma agenda de campo com lepidópteros do sul do Brasil, para facilitar o
              reconhecimento em campo.
                    Agradecimentos especiais aos professores Ana Beatriz Moraes, Rocco A. Di
              Mare e Dionísio Link pelos constantes estímulos e orientações.
                    Gostaríamos de expressar nossa gratidão a todos os colegas e amigos que
              através de constantes estímulos e sugestões levaram á elaboração deste trabalho,
              especialmente a Eduardo Lucof.




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PREFÁCIO



                    Este trabalho tem por objetivos proporcionar um tipo de guia de campo,
              descrevendo características e ilustrando as espécies carismáticas de borboletas e
              mariposas comuns no sul do Brasil, sem a ambição, de representar um levantamento
              completo.
                    Destina-se especialmente a divulgar aspectos da biologia dos lepidópteros aos
              estudantes dos cursos universitários de ciências biológicas (graduação), aos
              naturalistas, técnicos agrícolas, administradores de secretarias do meio ambiente e
              pessoas leigas que se interessam pela natureza.
                    O conteúdo deste livro representa parte dos resultados dos estudos realizados
              de 1995 à 2001 sobre coletas piloto realizadas na região do planalto central e
              depressão central, nos municípios de Santa Maria – Tupanciretã – Santo Ângelo e
              posteriormente estendendo-se à outras localidades do Rio Grande do Sul e outros
              estados do Brasil.
                    As espécies coletadas foram identificadas, utilizando-se a bibliografia
              correspondente recomendada (ver referências), com chaves para identificação e
              comparações com a coleção do Museu Gama D’eça e Victor Bersani da UFSM.
                    As espécies capturadas com rede entomológica foram acondicionadas em
              papel contact transparente para conservação das cores das escamas e para facilitar o
              escaneamento, constituindo as ilustrações do presente livro, onde foi registrado o
              local, data e número da coleta, bem como, uma breve descrição das espécies e
              algumas características do local de coleta.
                    As ilustrações representam a face dorsal das asas dianteiras e traseiras, mais
              útil na identificação das espécies, para facilitar o nome científico, logo abaixo da
              figura. As borboletas podem ser melhor observadas se fotografadas ou estudadas
              próximas às suas fontes de alimento ou próximas às suas plantas-hospedeiras. As
              fotos são facilmente obtidas para a maioria das espécies, e representam uma
              recordação   muito   mais    agradável   que   espécimes   mortos    ou   quebrados,
              recomendamos deixar as borboletas em paz.


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INTRODUÇÃO


              “Natura nusquam magis est tota quam in minimis” Plínio, o velho (23-79 d.c.)

              “Em parte alguma encontramos a natureza na sua totalidade, como nas suas menores
              criaturas.”

                   A mariposa como símbolo da feminilidade remonta a era neolítica, sua imagem
              representa a odisséia da vida e da fertilidade, na cultura Asteca representa a
              fertilidade e a vegetação, estava vinculada a alma e ao fogo do espírito e ao
              renascimento. Assim a lagarta que se transforma em mariposa era uma metáfora do
              conceito da vida depois da morte, do velho corpo apegado a terra que passa a uma
              forma mais nova e mais bela.
                   Os xamãs atribuem à mariposa a condição de protetora e guardiã dos lugares de
              poder, não existem energias negativas onde elas aparecem, como animal de poder a
              mariposa destaca a importância da transformação no contínuo processo de
              desenvolvimento e na evolução espiritual, ensina a apreciar a existência e a não
              desistir de seguir seus objetivos, algumas vivem pouco tempo e manifestam a
              necessidade de utilizar da melhor forma possível o tempo e os recursos.
                   A mariposa relembra a importância da liberdade, sem restrições auto-impostas e
              a necessidade de ter a mente aberta para analisar os problemas e as dificuldades em
              uma perspectiva mais ampla, a mariposa é um animal de poder que pode ajudar a
              aceitar o sofrimento derivado da mudança, deixando para trás velhos conceitos e
              atitudes e a ter a coragem de construir novas situações em conformidade com as
              asas da esperança.
                   Atualmente temos registro de aproximadamente 800.000 espécies de insetos já
              catalogadas, este número representa a maior diversidade do reino animal e a
              Entomologia é a parte das ciências biológicas que estuda os insetos; é uma palavra
              formada pelo radical grego entomo, cujo significado corresponde, em latim, ao de
              Insecta, isto é dividido segmentado (CARRERA, 1989).
                   Borboletas e mariposas são insetos muito numerosos e fáceis de reconhecer na
              natureza, juntas formam um grupo maior ou ordem conhecido como lepidópteros (do
              grego lepido, escama, e ptero, asa) (WHALLEY, 1988).


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A ordem divide-se em 80 famílias, que abrangem cerca de 120.000 espécies. A
              separação em borboletas e mariposas baseia-se em uma série de diferenças
              observáveis; Borboletas (Lepidóptera, Rhopalocera) (aproximadamente 10.000
              espécies) são insetos diurnos, muitas vezes com cores vivas, fáceis de reconhecer;
              Contrastam     com     a   maioria    das     Mariposas   (Lepidoptera,   Heterocera)
              (aproximadamente 100.000 espécies) em geral pouco coloridas, furtivas e noturnas
              (BROWN, Jr. 1979). Existem ainda os Microlepidópteros (traças).
                   A existência de fósseis comprova que as primeiras mariposas surgiram há 140
              milhões de anos, as borboletas vieram depois; os fósseis mais antigos datam de 40
              milhões de anos. Quando os primeiros hominídeos surgiram à aproximadamente 5
              milhões de anos atrás, elas já tinham a forma que conhecemos hoje (WHALLEY,
              1988).
                   Multifacetadas “jóias da natureza”, as borboletas são transformadas pelo homem
              em símbolos de liberdade, leveza, luz, alegria, harmonia simétrica, renovação e
              renascimento; e em uma das mais antigas alegorias da ressurreição e transformação
              representada na metamorfose da lagarta (BROWN, Jr. 1979).
                   Em diversidade de espécies de lepidópteros registrados no mundo a Indonésia
              ocupa o primeiro lugar, o Brasil ocupa o quarto lugar com aproximadamente 74.000
              espécies registradas, 3.130 somente de espécies de borboletas.
                   Na ciência, as borboletas são usadas em estudos de ecologia das populações e
              evolução, inclusive dispersão e migração; na genética da seleção natural, baseada
              em variação e adaptação e em fatores e processos básicos como: alimentação,
              predação, parasitismo, competição e defesa (substâncias tóxicas, camuflagem e
              mimetismo) (BROWN, Jr. 1979).
                   Dentro da Genética Ecológica, para abordar questões evolutivas, as borboletas,
              podem representar interessantes modelos para estudos, além de serem organismos
              indicadores (bioindicadores) da diversidade orgânica do meio em questão (EHRLICH
              & RAVEN, 1964).
                   No Brasil, as borboletas têm importância em pesquisas sobre biogeografia e
              interações inseto/planta e são usadas como bioindicadores em levantamentos,
              determinação de prioridades, planejamento e administração de reservas biológicas
              naturais, pois são fáceis de encontrar e avaliar.



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SEX RATIO

              Sexagem: Diferenças sexuais entre indivíduos adultos (Lepidópteros)
              observamos a parte final do abdômen para maior diferenciação




              -A fêmea possui um ovipositor para posturas;     - O macho possui pênis (edeago);
              -Abdômen maior e abaulado, podendo sair          - Abdômen menor e reto, com
                  ovos a menor pressão;                         clásper, ganchos para prender na
              -Glândula de cheiro característico                 fêmea no momento da cópula.
              (feromônios).
              -Geralmente as fêmeas são bem maiores que os machos, estão sob ação de seleção
              sexual, apresentando dimorfismo sexual.




                   “Um dia os homens descobrirão que estes discos voadores, estavam apenas
              observando a vida dos Insetos” (Mario Quintana).


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MIMETISMO




                    Um dos pontos mais interessantes da ecologia evolutiva é o estudo do
              mimetismo. No entanto, apesar de estar sendo estudado a mais de cem anos e já se
              ter um número enorme de publicações sobre este assunto, ainda existem muitos
              pontos não esclarecidos na teoria. Uma das revisões mais abrangentes é de
              BROWER (1988).
                    O Mimetismo Mülleriano foi inicialmente proposto por MÜLLER (1878, 1879),
              que observou a grande semelhança entre as borboletas dos gêneros Ituna spp.
              (Nymphalidae, danainae) e Thyridia spp. (Nymphalidae, ithomiinae) e entre Eueides
              spp. (Nymphalidae, heliconiini) e Actinote spp. (Nymphalidae, acraeinae). Ele propôs
              que a semelhança entre padrões de cores das asas nessas borboletas reduziria a
              pressão de predação em cada uma dessas espécies.
                    Como ambas eram consideradas impalatáveis a predadores, haveria uma
              soma nos efeitos de proteção conferidos às duas. Essa proposição diferia da feita por
              BATES alguns anos antes (1862) que considerava que uma espécie considerada
              palatável, chamada de mímico, ganhava proteção quando se tornava parecida com
              uma espécie impalatável, chamada de modelo.
                   Quando escreveu o famoso livro: “A Origem das Espécies”, em 1859, Darwin
              não tinha provas da realidade da seleção natural, a primeira prova foi fornecida três
              anos mais tarde pelo naturalista britânico chamado Henry Walter Bates, que tinha sido
              companheiro na expedição à Amazônia do co-descobridor da teoria da evolução pela
              seleção natural, Alfred Russel Wallace; Segundo o próprio Bates (1863):
                   “Dediquei atenção especial às borboletas porque verifiquei que elas se prestam
              mais que qualquer outro grupo do reino animal ao estudo das modificações que todas
              as espécies sofrem quando se alteram as condições de vida locais.
                   Esta vantagem acidental, é devida, em parte à simplicidade e a fácil identificação
              dos caracteres específicos desses insetos, e em parte à facilidade com que
              numerosas séries de espécimes podem ser obtidas e postas lado a lado para a
              comparação.

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A fácil identificação dos caracteres acima mencionados se deve provavelmente
              ao fato de todos os sinais externos de modificação na espécie serem exagerados e
              muito visíveis, uma vez que afetam a estrutura, a forma e a cor das asas que são
              cobertas por minúsculas escamas coloridas, formando desenhos regulares que
              variam de acordo com as mais leves mudanças nas condições ás quais as espécies
              se acham expostas.
                   Podemos dizer que nas asas a natureza escreve, como se numa lousa, a
              história das mutações da espécie tal a precisão com que ficam registradas nelas as
              mudanças.
                   Uma vez que as leis da natureza devem ser as mesmas para todos os seres, as
              conclusões fornecidas por esse grupo de insetos, hão de poder ser aplicadas a todo o
              mundo orgânico, por conseguinte o estudo das borboletas, seres escolhidos para
              típicar a inconstância e a frivolidade; Ao invés de ser desprezado, ainda há de ser um
              dia considerado um dos mais importantes ramos da ciência biológica (BATES, 1863)“.
                       Depois de haver passado onze anos embrenhado na selva Amazônica
              Brasileira, Bates embarcou de volta para a Inglaterra em 1860, levando uma
              espantosa coleção de animais e plantas.
                   Mas em particular foram as borboletas que acabaram se tornando o principal
              objeto de suas investigações, entre todas aquelas centenas de caixas repletas de
              exemplares belos e exóticos, havia uma que reservava algo de muito mais importante,
              ela estava rotulada com a palavra Heliconinae, indicando tecnicamente o conteúdo:
              um grupo bem característico de borboletas tropicais.
                   Quando o naturalista passou a examiná-las detidamente com o auxílio de sua
              lupa (lente de bolso), verificou surpreendido, que a caixa estava cheia de falsas
              heliconinae. O fenômeno ficou conhecido como “o estranho caso das borboletas
              imitadoras” foi considerado na época um dos maiores enigmas biológicos ligados à
              história evolutiva das espécies, pois evidenciavam um alto padrão de imitações entre
              animais sem nenhum parentesco entre si, este fenômeno, parcialmente esclarecido
              por Bates, tem hoje o nome de Mimetismo Batesiano, em sua homenagem (BATES,
              1862).
                   Este fenômeno foi suficiente para despertar em sua mente uma série de
              recordações da época em que caçava insetos nas florestas Amazônica, em algumas
              regiões que visitara as borboletas Heliconinae eram abundantes, e a despeito de seus

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coloridos chamativos, raras vezes eram atacadas pelos pássaros caçadores de
              insetos.
                   Bates (1862) entregou-se, então, a uma série de suposições: “Se aquelas
              borboletas não eram perseguidas pelos seus predadores naturais, possivelmente não
              deveriam servir de alimento, e a causa mais provável daquilo seria um gosto muito
              ruim, devido aos alcalóides de origem vegetal, absorvidos pela lagarta ao alimentar-se
              de sua planta-hospedeira, talvez se o colorido de certas borboletas comestíveis se
              aproximasse do padrão Heliconinae, elas tivessem alguma vantagem na luta pela
              sobrevivência, ao se passar por repulsivas frente aos seus predadores. Daí por
              diante, através de sucessivos cruzamentos entre si, as imitadoras produziriam raças
              cada vez mais parecidas com seus modelos”.
                   Atualmente o nome usado para este fenômeno é Mimetismo, e embora sendo
              uma palavra derivada da mímica, ela indica um mecanismo genético colocado em
              funcionamento por um processo de seleção natural.
                   Em outras palavras: nenhum animal chega a se parecer com outro movido por
              uma intenção, ou vontade própria, ainda que esta semelhança lhe confira vantagem
              na luta pela sobrevivência.
                     Quanto mais abundante for uma espécie de borboleta impalatável e repulsiva
              numa determinada área, tanto mais rápido será o aprendizado da população de
              pássaros predadores, pois, uma experiência desagradável pode permanecer na
              memória de um animal por um certo tempo.
                   Pequenas variações de colorido ou desvios na distribuição dos desenhos das
              asas podem condenar a borboleta ao ataque da ave. Assim ficam geralmente
              poupados os indivíduos que menos se afastam do tipo padrão, estes, ao se acasalar,
              perpetuarão o padrão “sinal de reconhecimento” inalterado nas gerações seguintes.
                   Mas da mesma forma como acontecem variações desastrosas entre as
              borboletas do grupo repulsivo – impalatável, também podem ocorrer desvios de
              padrão entre as do grupo comestível – palatável que viva na mesma área. Uma
              pequena mutação genética pode produzir sobre as asas das comestíveis uma
              discreta mancha colorida ou desenho que se assemelhe vagamente com o sinal das
              repulsivas, isso já é suficiente para provocar, no mínimo, momentos de hesitação
              entre as aves predadoras durante as investidas sobre essas formas variantes.



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Como resultado, as formas variantes passam então a escapar das aves
              predadoras com mais freqüência do que as formas menos desviadas do antigo
              colorido, então, dos sucessivos acasalamentos dessas sobreviventes, resultam
              descendentes com o novo sinal de imitação cada vez mais aperfeiçoado formando os
              anéis miméticos.
                   São os próprios predadores que através da sua constante ação de predação,
              indiretamente aperfeiçoam os padrões de imitação que irão enganá-los no futuro. Se
              tudo corresse só por conta dos disfarces, as imitadoras deixariam de ter problemas
              depois que as cores das suas asas atingisse um certo grau de perfeição na imitação.
              Não sendo mais perseguidas, elas poderiam se multiplicar à vontade, tornando-se
              mais abundantes do que as verdadeiras “repulsivas”, mas isso não acontece.
                   Um mecanismo de correção começa a funcionar sempre que as “imitadoras”
              começam a se tornar mais numerosas; As aves novas ainda sem aprendizado, que
              usam atacar as borboletas de todos os padrões acabam comendo mais borboletas
              palatáveis do que impalatáveis, e assim não criam os mecanismos que as fariam
              evitar o padrão da espécie modelo.
                   Automaticamente, começa a diminuir o número das “imitadoras” até que elas se
              tornam tão raras que os pássaros predadores acertam cada vez mais nas
              impalatáveis. O mecanismo então se refaz, as palatáveis ficam outra vez defendidas
              pela imitação, e começam a proliferar. E assim o ciclo vai se repetindo
              indefinidamente, de forma que o equilíbrio, embora momentaneamente alterado,
              sempre se restabelece”.
                   No patrimônio genético de uma espécie, certos genes evoluem sob a ação da
              seleção natural, ao passo que outros evoluem sob a ação do acaso, é o que sugere
              os diversos resultados obtidos pelo biólogo inglês TURNER, (1971a, 1971b, 1977,
              1981, 1984a, 1984b). Nas borboletas do gênero Heliconius spp. da América do sul,
              TURNER, et al., (1979), demonstraram que em todas as espécies miméticas, os
              genes responsáveis pelo mimetismo estão sempre presentes no estado homozigótico,
              este fato leva a pensar que uma única variante genética foi retida pela seleção
              natural, pelo contrário, os genes responsáveis pela síntese de enzimas que nada têm
              a ver com o mimetismo apresentam uma grande variedade de alelos, tanto nas
              espécies miméticas como nas não miméticas, isto sugere que, em grande parte, os



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alelos foram retidos ao acaso, e isto até nas espécies que sofreram a ação da seleção
              natural relativamente ao mimetismo, corroborando a teoria neutralista.
                   As borboletas do gênero Heliconius spp., que habitam as florestas úmidas da
              América Neotropical, parecem ter evoluído como resposta à ecologia particular destes
              ambientes, a suas plantas hospedeiras, competidores, predadores e parasitas, bem
              como ao ambiente físico. Estas borboletas apresentam padrões aposemáticos, e são
              impalatáveis a diversos predadores (TURNER, 1981).




                                   Heliconius melpomene, L I N N A E U S , 1 7 5 8



                    Heliconius spp. têm um comportamento social altamente desenvolvido, que
              inclui a formação de repousos comunais, aos quais são bastante fiéis. Segundo
              GILBERT (1975), estes “dormitórios” são localizados por inspeção visual, mesmo em
              baixas condições de luminosidade.
                   Outra característica deste gênero é a utilização de passifloráceas como única
              planta hospedeira. TURNER (1981) argumentou que o fato de nenhum heliconídeo se
              alimentar de outra planta é uma forte razão para acreditar que no início da adaptação
              uma borboleta ancestral desenvolveu defesas contra os glicosídeos cianogênicos e
              outros alcalóides contidos nas passifloras. As larvas (lagartas) alimentam-se dos
              meristemas destas plantas, o que GILBERT & SINGER (1975) sugeriram ser uma
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adaptação recente deste gênero, as fêmeas de Heliconius erato são hábeis em
              reconhecer e evitar plantas hospedeiras que já foram ovipositadas por outras, uma
              vez que suas larvas são canibais.
                   Existe uma regularidade diária em visitar os locais onde ocorrem as plantas
              hospedeiras, e as fêmeas que estão ovipositando despendem muito tempo
              inspecionando-as.




                                   Heliconius melpomene L I N N A E U S , 1 7 5 8


                   Talvez, pelo motivo das plantas competirem com poucos outros herbívoros,
              algumas espécies de Passiflora spp. desenvolveram defesas especiais contra as
              Heliconius spp. pelos em forma de gancho que imobilizam larvas recém eclodidas
              (GILBERT, 1971) e estruturas que imitam os ovos de Heliconius spp. (provavelmente,
              para reduzir a competição à qual sua descendência seria submetida, as fêmeas de
              algumas espécies de Heliconius spp. tendem a não por seus ovos em plantas que já
              possuem ovos, ou estruturas que se assemelham a ovos (WILLIAMS & GILBERT,
              1981) é em casos como este, no qual a interação ecológica é tão especializada que
              cada espécie exerce uma pressão seletiva primária sobre a outra, que podemos
              esperar respostas coevolucionárias recíprocas de espécies individuais, segundo
              (EHRLICH & RAVEN, 1964) este é o fator para a coevolução.
                   A utilização de pólen na alimentação, além de néctar, proporciona as borboletas
              Heliconius spp. uma produção contínua de ovos durante toda a vida, já que são
              capazes de absorver aminoácidos livres utilizados na produção de ovos (GILBERT,
              1972)
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Heliconius erato phyllis FABRICIUS, 1775
                                                    fêmea - dorsal

                      A subespécie phyllis explora ambientes que compreendem regiões tropicais e
              subtropicais (BROWN, Jr. 1979). Apesar da ampla distribuição, apresenta uma
              dispersão diária bastante restrita, e, portanto, um acentuado sedentarismo.
                      Heliconius erato phyllis, FABRICIUS, 1775 pertence à família Nymphalidae, seu
              nome popular é Maria-boba. Sua distribuição geográfica abrange a região Neotropical,
              ocupando a maior parte do território brasileiro (com exceção da região norte), uma
              pequena região ao leste da Bolívia, quase todo o território Paraguaio, a República do
              Uruguai e um trecho do nordeste da Argentina (BROWN, Jr. 1979).
                      Ao longo da sua distribuição a Heliconius erato phyllis, participa de vários anéis
              miméticos, entre eles como co-mímico de Heliconius melpomene. TURNER (1981)
              apresentou um modelo para a evolução de mimetismo mülleriano no gênero
              Heliconius e SAALFELD & ARAÚJO (1981) salientaram que H. e. phyllis caracteriza-
              se por apresentar um conjunto de subpopulações com pequeno fluxo gênico entre
              elas.
                      A H. e. phyllis é muito encontrada em bordas de mato, florestas abertas ou
              perturbadas e clareiras em florestas densas, dorme em grupos de 3 a 30 indivíduos,
              normalmente em ramos secos.
                      A larva (lagarta) é encontrada em Passiflora (suberosa, plectostemma,
              sidaefolia) estudos comprovam a preferência por Passiflora capsularis. O adulto
              alimenta-se durante o dia de Lantana spp. e Eupatorium spp.



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Heliconius erato phyllis
                                               ventral (Red Raylets).

                   Nas asas anteriores do lado ventral, pode-se observar os Red Raylets,
              pequenos pontos vermelhos que variam em número de 1-7, diminuem o número de
              pontos vermelhos em agosto e setembro, também se pode observar o retângulo
              creme na borda da asa anterior, a média do número de pontos vermelhos diminui no
              período em que ocorrem indivíduos sem retângulo creme, a presença de retângulo
              creme é devido á um gene recessivo e não apresenta diferenças entre os sexos
              (SHEPPARD, et al ., 1985).
                   Aparentemente os genes que acionam a presença e o número de Red Raylets,
              estão ligados ao ambiente, e a umidade, pois quanto maior a umidade do ar, maior o
              número de Red Raylets.
                   No mimetismo Batesiano o mímico é ecologicamente um parasita do modelo e no
              mimetismo Mülleriano os co-mímicos são mutualistas. Segundo FISHER (1930) os critérios
              para reconhecer a existência do mimetismo são três:


              -Convergência superficial em linhas filéticas divergentes, envolvendo adaptações
              complexas em estruturas e funções;
              -Simpatria geográfica e micro-espacial razoável entre os táxons;
              -Prova do efeito na natureza através de observação ecológica intensa e
              experimentação em campo e laboratório.




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1- COLETA

              DATA: 23-12-1994

              LOCAL: Tupanciretã RS
                    Encontramos várias posturas de aproximadamente 300 ovos, no tronco de um
              gerivá - Syagrus romanzoffianum, planta autóctone da região sul e provavelmente a
              planta hospedeira original das lagartas que observamos alimentando-se das folhas
              durante a noite, gradualmente observamos a destruição total das folhas do coqueiro,
              de dia as lagartas abrigavam-se em um abrigo construído com folhas e seda chamado
              cartucho.
                    Supõe-se que estas borboletas estão se adaptando biológica e gradualmente às
              palmeiras exóticas introduzidas como plantas ornamentais tais como: leque-chinês:
              Livistona chinensis, Butiá: Butia capitata, Palmeira real: Archontophoenix
              cunninghamiana, Phoenix canariensis (LINK, 1979).




                             Fêmea                                                      Macho

                    Brassolis astyra GODART, 1824, Família Nymphalidae, morphinae, nome
              popular: borboleta-rapé, atinge até 10 cm de envergadura, as asas são marrom-
              escuro, com uma faixa alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente as
              asas anteriores, o corpo é volumoso e escuro, com a porção terminal do abdômen
              arruivado, a face inferior das asas é um pouco mais clara, apresentando a mesma
              faixa alaranjada e também na parte ventral manchas ocelares, as mais nítidas se
              encontram, uma perto do ápice da asa anterior e a outra, um pouco maior, abaixo da
              célula discal da asa posterior.
                    Estas borboletas se adaptaram ao ambiente urbano, na primavera as lagartas
              abandonam as palmeiras hospedeiras e empupam geralmente em estruturas
              arquitetônicas humanas, a forma adulta possui probóscide não-funcional portanto só
              se alimenta na fase larval, chegando a ser pragas em palmeiras em alguns anos de
              acordo com as condições climáticas, outras espécies de brassolídeos também são
              consideradas pragas de palmeiras.




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2- COLETA
                   DATA: 09-09-1995
                   LOCAL: Irai RS




                                                  Macho

                           Brassolis sophorae LINNAEUS, 1758, Família Nymphalidae, morphinae,
                   espécie adaptada ao ambiente urbano, raramente na floresta, é rara no Rio
                   Grande do Sul, sendo encontrada normalmente no norte do estado, probóscide
                   não-funcional, coloração geral marrom-escuro, asas anteriores e posteriores na
                   parte dorsal mostram uma faixa amarelo-alaranjada de contorno irregular
                   cruzando transversalmente, na parte ventral é um pouco mais clara, apresenta a
                   mesma faixa alaranjada nas asas anteriores e possui uma mancha ocelar perto
                   do ápice, nas asas posteriores duas manchas nítidas. Larvas em palmeiras
                   naturais e exóticas.




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3- COLETA
                   DATA: 09-04-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (Rincão do canto e Camobi - berleze)




                                         Fêmea                                  Macho

                           Opsiphanes invirae, HÜBNER, 1818, Família Nymphalidae, morphinae,
                   a face superior das asas é de coloração marrom-escura, a asa anterior é
                   atravessada por uma faixa alaranjada e apresenta perto do ápice duas
                   pequenas manchas brancas, a asa posterior também possui uma faixa
                   alaranjada acompanhando a borda externa. A face inferior das asas apresenta
                   um mosaico de pontos e estrias em diversos tons de marrom e três nítidas
                   manchas ocelares, uma na asa anterior e duas na posterior, as lagartas
                   normalmente alimentam-se de gerivá - Syagrus romanzoffianum, e outras
                   palmáceas, as larvas são solitárias e controladas por parasitóides, observamos
                   hiperparasitismo entre os complexos de parasitóides ligados á esta espécie.
                           Os adultos são ávidos por frutas em fermentação, secreção de troncos e
                   fezes de animais, podem detectá-los a mais de um quilômetro de distância, a
                   Opsiphanes invirae, pode ser observada de janeiro a junho e de agosto a
                   novembro, são de hábitos crepusculares.
                           A subespécie foi determinada como Opsiphanes invirae amplificatus,
                   STICHEL, 1904.




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4- COLETA
                   DATA: 18-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas)




                                                  Macho


                     Anosia   plexippus      ou    Danaus     plexippus,     LINNAEUS,      Família
              Nymphalidae/danainae, atualmente Danaus plexippus erippus, CRAMER, 1775,
              chamada popularmente de borboleta-monarca, é uma borboleta comum em todo
              continente americano, muito conhecida devido as migrações aos milhares do México
              aos EUA, é um panapaná gigantesco, a borboleta é marrom-alaranjada com asas
              marginadas de preto, grande parte da faixa marginal preta apresenta duas fileiras de
              pequenos pontos brancos. A larva é amarelada com listas pretas e dois apêndices
              filiformes em cada extremidade do corpo, alimenta-se de Asclepias curassavica
              (camará ou oficial-de-sala), pode ser confundida facilmente com Danaus gillippus.
                     Observamos a monarca fêmea ovipositando nos botões florais de Asclepias
              curassavica, devido aos alcalóides absorvidos pela lagarta, torna o adulto impalatável
              aos seus predadores.




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5- COLETA
                   DATA: 19-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas)




                                                Macho

                   Anosia gillippus      ou Danaus gillippus,        CRAMER, 1775, Família
              Nymphalidae/danainae, conhecida popularmente como borboleta vice-rei, é mimética
              batesiana da borboleta monarca, porém é mais escura e não apresenta linhas pretas,
              ao longo das nervuras, apresenta manchas brancas no meio das asas.
                   Suas larvas são encontradas em Asclepias curassavica e Oxipetalum e
              eventualmente em outras plantas da família Asclepiadaceae. O macho esfrega os
              pincéis de feromônios (glândulas em bolsas nas asas posteriores) nas antenas das
              fêmeas em vôo, em resposta a fêmea pousa e a cópula ocorre, o macho desprovido
              de pincéis, são capazes de cortejar a fêmea mas incapazes de seduzi-la, portanto o
              feromônio é afrodisíaco.
                   Os machos possuem bolsas nas asas posteriores para armazenar cetonas, que
              somente ocorrem após a ingestão do alcalóide precursor e após a introdução dos
              pincéis de pêlos na bolsa das asas posteriores, com os pincéis molhados de cetona, o
              macho esfrega nas antenas da fêmea, é um feromônio sedutor afrodisíaco, indutor da
              cópula.




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6- COLETA
                   DATA: 21-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores)
                   Observar o padrão de coloração tigre, anel tigre (preto, laranja, amarelo e branco).




                                 Macho                             Macho

                   Mechanitis       lysimnia      lysimnia,      FABRICIUS,      1793,      Família
              Nymphalidae/ithomiinae, nome popular é pequena- bandeira-espanhola, pertence ao
              anel mimético mülleriano tigre, é impalatável aos predadores, suas larvas alimentam-
              se das folhas do tomateiro bravo Solanum sinzibrifolium, solanácea que possui
              solaninas, como substâncias secundárias, garante a impalatabilidade dos adultos
              assim muitas outras borboletas à imitam, principalmente pierídeos (BATES, 1862).
                   O adulto alimenta-se de Eupatorium, a impalatabilidade do adulto pode ser
              provada através do teste da Nephila, esta aranha não suporta a Mechanitis lysimnia,
              que ao perceber estar em uma teia de aranha permanece estática, os olhos da
              aranha são incapazes de perceber o padrão aposemático, a borboleta avisa a aranha
              através de infoquímicos, chamados alomônios, secreções em forma de gotículas
              amarelas que saem do abdômen, a Nephila detém o seu ataque pois detecta o
              alomônio através de pêlos tubulares quimiossensíveis, a aranha imediatamente
              recorta a teia em volta da borboleta e a solta da sua teia.
                   A pupa ou crisálida da Mechanitis lysimnia, é toda espelhada, provavelmente
              para disfarçar-se de parasitóides.




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7- COLETA
                   DATA: 06-09-1995
                   LOCAL: Irai RS




                                        Macho                     Fêmea



                     Placidula euryanassa, FELDER & FELDER, 1860, Família Nymphalidae,
                   ithomiinae, pode ser facilmente confundida com a Mechanitis lysimnia, pois
                   todas fazem parte do anel mülleriano tigre, a borboleta possui cheiro
                   característico de gerânio, a parte ventral do abdômen é amarela, geralmente as
                   lagartas são gregárias encontradas em Brugmansia suaveolens e Brugmansia
                   candida antiga Datura, Cyphomandra betacea, Solanáceas, próximas a riachos.




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8 – COLETA




              DATA: 09-09-1995
              LOCAL: Caxambu Minas Gerais

              Coleta no Parque das águas




                                               Fêmea Dorsal                    Ventral


                    Mechanitis     polymnia    casabranca,      HAENSCH,       1905,    Família
                   Nymphalidae/ithomiinae, pertence ao anel mimético mülleriano tigre, é
                   impalatável aos predadores, suas larvas são gregárias e alimentam-se de
                   diversas espécies perenes do tomateiro bravo Solanum, solanácea que possui
                   solaninas, como substâncias secundárias. Esta espécie é raramente encontrada
                   no Rio Grande do Sul.




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9 - COLETA
                   DATA: 21-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS campus UFSM




                                          Macho                 Macho

                    Actinote carycina, JORDAN, 1913, Família Acraeidae/acreinae, é chamada
                   popularmente de borboleta-palha, são diversas espécies semelhantes entre si, o
                   que torna difícil a identificação, faixa oblíqua subapical de cor amarelo ocre nas
                   asas anteriores, as asas posteriores com a região central alaranjada e os bordos
                   escurecidos, as larvas vivem sobre compostas normalmente Cambará-do-campo
                   Moquinia polymorpha, os adultos alimentam-se do néctar de Eupatorium e
                   Mikania, Compositae. O adulto tem as asas com aspecto oleoso, e a vida curta
                   de 4 -10 dias, o grupo é predominantemente Africano, com apenas um único
                   gênero no sul do Brasil, composto por mais de 20 espécies semelhantes.




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10 - COLETA
                   DATA: 19-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (centro)
                   Praga das couves




                                                    Fêmea

                    Ascia monuste orseis, LATREILLE, 1764, Família: Pieridae/pierinae, nome
                   popular Branca-da-couve, praga da couve e de diversas crucíferas, ovos
                   amarelos ovipositados na face inferior das folhas de couve, as crisálidas podem
                   ser encontradas no caule ou na face inferior das folhas, existe complexo de
                   parasitóides associados a esta espécie.




                                                      Macho

                     Eurema elathea, CRAMER, 1777, Família: Pieridae, borboleta comum em
                   floresta secundária, a larva é polífaga, mas prefere: Zornia, Styloranthes
                   (Fabaceae) e Cassia, mas ocorre em plantas venenosas como Thevetia
                   (Apocynaceae). O macho possui uma barra preta e laranja, na beirada inferior
                   das asas anteriores.




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11 - COLETA
                   DATA: 26-03-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores)
                   Passeio pela serra, observamos a diversidade




                                    Macho dorsal


                    Dryas iulia alcionea, CRAMER, 1779, Família Nymphalidae, Nome popular:
                   Fogo-no-ar ou labareda, tem coloração vermelho-arruivado, asas marginadas de
                   preto, pertence ao anel mimético mülleriano laranja, e pode ser confundida com
                   a Dione juno, o adulto alimenta-se de Eupatorium, as fêmeas ovipositam em
                   plantas do gênero Passiflora, em gavinhas e galhos secos, estudos comprovam
                   a preferência pela espécie Passiflora suberosa.
                    Dríades, na mitologia grega, são as ninfas das árvores (carvalho) que cuida
                   dos bosques, observamos um panapaná de dezenas de indivíduos da espécie
                   Dryas iulia, sobre o esterco do gado, provavelmente sugando sais minerais e
                   matéria orgânica.




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Fêmea                           Macho


                    Parides anchises nephalion, GODART, 1919, Família Papilionidae/Troidini,
                   possuem uma mancha branca no meio da asa anterior, no macho a mancha
                   branca é menor e não invade a célula discal, na fêmea a mancha branca é bem
                   maior e invade a célula discal, o tamanho e a intensidade da mancha na célula
                   discal é bastante variável. Além disso, as manchas vermelhas nas asas
                   posteriores são em número maior nas fêmeas e podem também variar em
                   tamanho e coloração, em alguns exemplos os machos apresentam dois padrões
                   de coloração vermelha e rosa-claro, na mesma mancha.
                    Observamos que a P. a. nephalion, pode ficar presa pelas patas aos tubos
                   polínicos colantes da Asclepias curassavica, a borboleta fica se debatendo até
                   gastar todas as suas energias e cair extenuada no chão.




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Fêmea                            Macho



                     Junonia evarete, CRAMMER, 1779, Família: Nymphalidae/kallimini, nome
                   popular olho-de-pavão-diurno, é uma borboleta de vôo muito rápido e baixo
                   pousando com as asas abertas, no chão ou sobre a vegetação herbácea, habita
                   lugares abertos (descampado) e ensolarados, a fêmea coloca os ovos sob as
                   folhas do gervão-cheiroso Lantana, as larvas podem ser encontradas também
                   sobre Stachytarpheta, Gervão (Verbenaceae). A fêmea é mais colorida e muito
                   agressiva e agitada.




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Fêmea                            Macho


                    Vanessa brasiliensis, MOORE, 1883, Família: Nymphalidae/nymphalini, seu
              habitat é lugares abertos, pousa em pedras e flores em topos de morros, no chão,
              areia, na beira dos caminhos, larva em diversas compositae herbáceas, oviposita o
              seu ovo escondido na axila da folha.




                                   Fêmea                          Macho


                    Phaloe cruenta, HÜBNER, 1823, Família: Pericopidae, nome popular é
                   borboleta-espumadeira, pois tem o hábito de espumar ao ser capturada,
                   provavelmente para assustar o predador, é uma mariposa e a fêmea tem o
                   ovipositor vermelho.




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Macho                             Fêmea

                    Dryadula phaetusa, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae, ocorrem em
                   campos e brejos, a fêmea possui as asas anteriores na parte dorsal mais
                   pálidas, e pode ser até amarela, o macho possui as asas anteriores na parte
                   dorsal, mais vivamente avermelhadas, grupos podem ser encontrados dormindo
                   em fileiras por baixo de folhas de gramíneas, a larva ocorre em Passiflora.




                                                    Fêmea


                   Adelpha syma, GODART, 1823, Família: Nymphalidae/limnetidini, comum em
                   florestas perturbadas, larvas em morangos silvestres Rubeus fructicosus,
                   Rosaceae.




                                                  Macho

                    Adelpha zea, Família: Nymphalidae/Limnetidini, nome popular é borboleta-
                   coração.
              31




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Macho

                            Hamadryas feronia, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae/epicallini,
                   nome popular borboleta-estaladeira ou assenta-pau-de-barriga-cinzenta, devido
                   ao ruído que produz durante o vôo, parece um pica-pau, tem o costume de
                   pousar no tronco das árvores com as asas abertas e coladas no substrato.
                   É um belo exemplo de padrão de coloração críptico ou camuflagem pois a
                   borboleta se confunde com os líquenes, a fêmea oviposita, na extremidade dos
                   brotos da trepadeira Dalechampia, euphorbiaceae, a crisálida possui
                   prolongamentos cefálicos característicos.
                    O adulto alimenta-se da resina que exsuda do tronco das árvores, (DARWIN,
                   1859) observou estas borboletas no Rio de Janeiro, e as chamou de borboleta-
                   carijó, o ruído emitido ocorre somente durante o cortejo, através de um saco
                   membranoso característico na base das asas anteriores (DOUBLEDAY, 1845).




                                                          Macho

                           Hamadryas februa, HÜBNER, 1823, Família: Nymphalidae/epicallini,
                   comum em floresta perturbada, pousa em troncos de árvores com as asas
                   abertas, mostrando apenas a face dorsal.
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12 - COLETA

                   DATA: 03-04-1995

                   LOCAL: Santa Maria RS (campus UFSM-prédio 17)




                                       Macho

                            Caligo illioneus, CRAMER, 1775, forma: pampeiro, FRUHSTORFER,
                   1904, Família: Nymphalidae/morphinae, muito parecida com a borboleta-coruja
                   Caligo beltrao, esta borboleta é uma das maiores do Brasil, possui olhos ou
                   ocelos na face inferior das asas posteriores, o que deu o nome popular de
                   corujão, pois mimetiza os olhos de uma coruja, este fato faz com que os
                   pássaros predadores não se aproximem, no entanto encontramos exemplares
                   com as asas bicadas, fato que denuncia estas borboletas serem altamente
                   palatáveis.
                            Esta espécie pode ser encontrada de março a abril, voa próximo ao solo
                   no crepúsculo e ao amanhecer sobre o leito dos rios e na borda das matas à
                   procura de frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de certas
                   árvores atacadas por moscas ou moléstias é comum em lugares antrópicos,
                   cidades, jardins, campos e lavouras de cana-de-açúcar, raro em florestas
                   nativas.
                            Esta espécie é comum, mas não é abundante, passa o dia pousada no
                   tronco de árvores em locais sombrios e úmidos, à noite se fixa sob alguma folha,
                   o ciclo completo de ovo a adulto dura três meses e meio, sendo a média de vida
                   do adulto de três meses, os ovos ovipositados isolados ou em pequenos grupos,
                   são depositados na face superior e inferior das folhas de diversas marantáceas,
                   as larvas aceitam folhas de bananeira Musa paradisiaca, na dieta. As larvas
                   podem ser encontradas em bananeiras, palmeiras, canas-de-açúcar,
                   cyperaceae, marantaceae, heliconiaceae e outras monocotiledoneas, o adulto e
                   a larva possuem um cheiro característico.
              33




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Macho                    Fêmea



                    Eresia lansdorfi, GODART, 1819, existe a forma amarela sulphurata, ZIKAN,
                   1937, Família: Nymphalidae/melitaeini, pertence ao complexo grupo phyciodes,
                   imita Heliconius erato phyllis e Heliconius besckei, lagarta em diversas
                   acanthaceae, juntam-se em flores e barro avidamente, formando panapaná.




                                          Macho                              Fêmea


                     Methona themisto, HUBNER, 1818, Família: Nymphalidae/ithomiinae, seu
                   nome popular é borboleta-do-manacá, devido estar intimamente associada á
                   esta planta, que é o único alimento das lagartas e pouso dos adultos, embora
                   sejam boas voadoras, percorrendo longas distâncias de uma população para
                   outra, a borboleta passa a maior parte do tempo nas proximidades do manacá.
                     Os machos procurando as fêmeas novas, e as fêmeas fazendo posturas de
                   ovos isolados sob as folhas o acasalamento é violento, o macho no vôo segura e
                   joga a fêmea no chão forçando a cópula, o adulto vive mais de três meses
                   alimentando-se de néctar de diferentes flores, os estágios de ovo á lagarta são
                   rápidos no máximo 30 dias no verão, a lagarta é bem visível sobre a planta,
                   preta com listas amarelas, a crisálida se fixa na folha do manacá: Brunfelsia
                   pilosa e Brunfelsia uniflora, Solanaceae, geralmente de flores brancas e
                   perfumadas, as lagartas podem se alimentar também de jasmin-manga. A
                   borboleta possui um cheiro característico parecido com o do Manacá, os machos
                   possuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, localizados nas costas das
                   asas posteriores.




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13 - COLETA
                   DATA: 06-04-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   Morro do Gustavo e pedreira do Link




                                          Macho                            Fêmea

                     Dione juno juno, CRAMER, 1779, Família: Nymphalidae/heliconidae, seu
              nome popular é lágrimas-de-prata, devido as manchas prateadas em forma de gotas,
              podem ser confundidas com Dryas iulia, pela parte dorsal principalmente o macho,
              por ser mais avermelhado, as larvas são gregárias e alimentam-se de várias
              espécies de maracujás, Passiflora.




                                              Fêmea




                     Dione moneta, HÜBNER, 1825, Família: Nymphalidae/heliconidae, coletada de
              uma teia de aranha, em São Martinho da Serra, altamente migratória, larva em
              Passiflora warmingii, a larva é coberta de tricomas glândulosos, não é comum na
              região central do estado do Rio Grande do Sul, no entanto pode ter migrado de
              regiões ao norte.



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Fêmea


                           Biblis    hyperia   nectanabis,  FRUHSTORFER,         1909,    Família:
                    Nymphalidae/biblidinae, a fêmea oviposita em Trajia volubilis, euphorbiaceae,
                    que é um cipó urticante (liana) se desenvolve nas bordas de florestas e matas
                    secundárias, suas populações no centro do estado do Rio Grande do Sul não
                    são constantes, podendo desaparecer completamente em certas épocas,
                    concentram-se em fontes de álcool de fermentações através de frutos em
                    decomposição, o vermelho das asas lembra a faixa escarlate da Heliconius
                    erato phyllis, podendo ser um mimético.




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14 - COLETA
                   DATA: 09-04-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   Rincão do canto (seu Jairo)
                   Observamos as borboletas nas fezes de animais.
                                              Fêmea




                      Diaethria meridionalis, BATES, 1864, família: Nymphalidae, antiga Callicore
              meridionalis, descrita por Wenry Walter Bates, chamada popularmente de borboleta-
              oitenta-e-oito, as asas superiores são negras com reflexo metálico azulado. Superfície
              inferior das asas anteriores avermelhada preta e branca no ápice, nas asas
              posteriores é esbranquiçada com as margens avermelhadas. As lagartas vivem sobre
              plantas silvestres e também cacaueiros.
                      Observamos também Diaethria candrena, GODART, 1821, larvas em Celtis,
              Ulmaceae.




                                              Fêmea
                     Paulogramma pyracmon, GODART, 1823, família: Nymphalidae, comum em
              florestas úmidas a beira de riachos.
                     As asas posteriores mostram uma série de arabescos formando no centro
              nitidamente o número oitenta e oito, em Catagramma, aparece o número oitenta,
              catagrama do grego significa: “letra-em-baixo”




                                     Fêmea
                    Observamos muitas espécies de Diaethria, sobre o esterco de animais nas
              poças d’água e na beira dos riachos, pousadas sugando água sais minerais e
              substâncias nitrogenadas, comuns em vários habitats inclusive os antrópicos, larvas
              em ulmáceas e sapindáceas, são consideradas como portadoras de sorte.
              37




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Fêmea                              Macho

                           Chlosyne lacinia saundersi, DOUBLEDAY, 1847 Família: Nymphalidae,
                    borboleta abundante no morro do elefante, em Santa Maria – RS, pousam em
                    grandes agregações em barro úmido, observamos rituais de corte em que o
                    macho rodopia em volta da fêmea durante horas até que pousam em uma folha
                    ao sol e finalmente copulam, o aprimoramento dos rituais de corte se da com o
                    tempo e a experiência dos casais, larvas em compostas: Acanthospermum,
                    Ambrosia, Helianthus (girassol-praga).




                                                Macho

                           Doxocopa kallina, STAUOL, 1888, Família: Nymphalidae, larvas em
                    Celtis, ulmaceae, adultos visitam frutos caídos, flores e barro úmido, esta
                    borboleta gosta muito de pousar no ombro das pessoas, para sugar os sais do
                    suor.




                                                Fêmea

                           Dynamine mylitta, CRAMER, 1782, muito comum em florestas
                    perturbadas com grande crescimento de Dalechampia.

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15 - COLETA
                   DATA: 18-04-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   campus UFSM, prédio 17




                                        Fêmea

                            Eryphanis reevesi, DOBLEDAY, 1849, Família: Morphinae, nome
                    popular: ferrete, borboleta de hábitos crepusculares, comum em frutos no chão
                    (fermentados) e seiva de árvores, larvas em bambus, esta borboleta é
                    distribuída pelo sudeste brasileiro, geralmente em regiões montanhosas até
                    1800 metros de altitude, durante o dia repousa no tronco das árvores, sendo
                    difícil ser localizada devido ao padrão da face inferior das asas, voa ao
                    crepúsculo e ao amanhecer, é atraída pela luz artificial (fototaxia).
                            Os ovos são colocados isolados ou em pequenos grupos sob as folhas
                    de bambus ou gramíneas bambusiformes como a Olyra, as larvas localizam-se
                    na parte superior das folhas e se confundem de maneira extraordinária com o
                    vegetal hospedeiro, as crisálidas parecem uma folha seca de bambu
                    (mimetismo), a lagarta se parece com a da Opsiphanes, é marrom claro e
                    possui cauda bífida e projeções na cabeça.




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Macho


                           Morpho aega, HÜBNER, 1822, Família: Morphidae, esta borboleta é
                    chamada popularmente de seda-azul, devido a cor azul metálica, que na
                    presente figura está bem diminuída devido ao contact, os morfoideos
                    compreendem apenas trinta espécies exclusivamente da América tropical, a
                    Morpho aega, possui duas manchas brancas pequenas, na margem anterior na
                    frente da célula discal, a face inferior das asas é marrom com cinco manchas
                    ocelares, duas nas asas anteriores e três nas posteriores.
                           As fêmeas podem ser além de azuis, amarelas ou amarelo-azuladas,
                    também podem ser chamadas de telão-de-seda-azul, as larvas das espécies
                    do gênero Morpho, alimentam-se de Ingá: Inga uruguensis, leguminosa ou de
                    Tambuatá: Cupania vernalis, sapindácea.




                                      Morpho menelaus, LINNAEUS, 1758

                                 Fêmea                                       Macho


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16 - COLETA
                     DATA: 21-04-1995
                     LOCAL: São Martinho da Serra Rs
                      Água Negra


                      Na região de São Martinho da Serra, são característicos o cerro mesa, morro
                   formando um platô, o cume achatado é coberto por vegetação de encosta, floresta
                   estacional decidual mesófila da fralda da serra geral, muito característico são os
                   vales em (v) escavados no basalto e arenito pelos cursos de água, acompanhados
                   pela mata de galeria.




                                                Fêmea

                            Sea amiflonea, Família: Dioptidae, comum em matas de altitude, larvas
                      em passifloráceas (maracujazinho miúdo), os dioptídeos são mariposas
                      semelhantes a borboletas, possuem ocelos pouco visíveis ou ausentes,
                      coloração negra, com uma lista longitudinal amarela nas asas posteriores.




                                                Fêmea


                             Eacles sp., Família Adelocephalidae, mariposa, exemplo de mimetismo
                      críptico, semelhante à uma folha seca.




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17 - COLETA
                   DATA: 29-05-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS
                   Cascatas do Banrisul
                    Rapel na serra (Bar Timbaúba)




                              Macho              Fêmea               Macho

                           Pantherodes pardalaria, HÜBNER, Família: Geometridae, nome popular
                    é oncinha ou pantera, devido ao colorido de suas asas, que são de fundo
                    amarelo com numerosas manchas cinzentas, mais escuras na margem e no
                    centro, é uma mariposa com certa semelhança a borboletas, os geometridae
                    alcançam mais de 5000 espécies na América tropical as mariposas deste
                    grupo, são principalmente noturnas e freqüentemente atraídos pela luz, as
                    larvas são do tipo mede-palmos, o adulto é encontrado próximo a cachoeiras e
                    lugares úmidos.




                                       Macho



                          Urbanus sp., Família: Hesperiidae/pyrginae, a antena é mais grossa
                    antes da ponta dobrada, dando o aspecto de um gancho para a ponta da
                    antena, muitas espécies tem a asa posterior prolongada, cauda, com função
                    desconhecida provavelmente, distrair predadores, pois em muitas espécies na
                    natureza está faltando.

              42




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Macho




                     Siproeta   stelenes    meridionalis,   FRUHSTORFER,         1909,     Família
              Nymphalidae/kallimini seu nome popular é folha-no-ar, encontrada alimentando-se de
              butiás podres no chão Butia capitata. As larvas alimentam-se de folhas de
              acantháceas, possui um colorido verde incomum, possui o hábito de se alimentar
              tanto de néctar quanto de sucos de frutos em fermentação e pode ser facilmente
              confundida com outra borboleta verde a Philaethria wernickei, heliconídeo do qual é
              mimético, esta não possui a pequena cauda nas asas posteriores, e outras diferenças
              na coloração das asas.




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Fêmea                                         Macho

                     Heraclides anchysiades capys, HÜBNER, 1806, Família: Papilionidae,
              conhecida popularmente como rosa-no-luto, as fêmeas ovipositam nas folhas de
              Citrus, suas larvas são pragas para as plantas cítricas, suas asas posteriores são
              pretas aveludadas tendo na parte central duas grandes manchas vermelhas ou
              rosadas divididas pelas nervuras escuras, as asas anteriores são pretas com a
              metade basal mais escura, as larvas chamadas de bicho de rumo reúnem-se de dia
              nos troncos das laranjeiras, à noite espalham-se atacando as folhas, as larvas
              possuem glândulas próximas à cabeça chamadas de osmetério, quando são
              ameaçadas estendem o osmetério emitindo substâncias repelentes contra predadores
              (alomônios: ácido isobutírico) comum em cidades, campos e pomares. O padrão de
              coloração, possui variações nas manchas rosas e claras das asas em diferentes
              populações de diferentes localidades geográficas.




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Macho                              Fêmea


                           Epityches eupompe, GEYER, 1832, Família: Ithominae, esta borboleta é
                    muito parecida com a Episcada munda, a diferença é na venação da asa
                    posterior, a Epityches eupompe, possui os detalhes amarelos nas asas
                    transparentes, a larva alimenta-se de Aureliana lucida, e Acnistus, solanaceae.
                    Os ithomiinae agrupam-se em bolsões de muitas espécies (panapaná),
                    concentradas em áreas pequenas, eventualmente produzidas por altas
                    concentrações de feromônios emitidos pelos machos, através de pincéis de
                    pêlos difusores de feromônios, localizados nas costas das asas posteriores
                    (agentes esterificantes) secreção de lactona, cuja função é de repelente para
                    outros machos, atuando como marcador territorial.




                                                     Macho

                           Episcada munda, WEYMER, 1975, Família: Ithominae, pincéis de pêlos
                    difusores de feromônios sexuais (líquido laranja) localizados na face dorsal das
                    asas posteriores, as larvas são comuns em solanáceas: Solanum, Laxiflorum
                    caavurana.




                                                     Macho


                          Episcada philoclea, HEW, 1854, Família: Ithominae, bem mais clara que
                    a Episcada munda.



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18 - COLETA
                   DATA: 13-06-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   Campus UFSM




                                                 Macho

                           Atlides polybe, LINNAEUS, 1763, Família: Lycaenidae, o nome popular
                    é chocolate, larva em erva-de-passarinho, loranthaceae, abdômen na parte
                    ventral alaranjada e dorsal azul metálico, borboleta com cheiro bem
                    característico, devido a mancha androconial localizada na asa anterior só dos
                    machos, nas asas posteriores ocorrem prolongamentos filamentosos
                    semelhantes a antenas.




                   19 - COLETA
                   DATA: 12-08-1995
                   LOCAL: Tupanciretã Rs




                                                Macho
                    Iridopsis sp. WARREN, 1894, Família: Geometridae/ennominae, mariposa
                   atraída pela luz, machos com grandes antenas filiformes e plumosas, asas
                   marchetadas de castanho-escuro e com linhas sinuosas escuras ao longo das
                   margens externas de ambas as asas cinza-claro, linhas em ziguezague, não se
                   sabe a planta hospedeira de sua larva.


              46




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20 - COLETA
                   DATA: 24-08-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   UFSM




                                     Fêmea                             Macho

                           Sematura lunus ou Nothus lunus, LINNAEUS, no Rio Grande do Sul,
                    ocorre a Sematura diana, GUENÉE, Família: Manidíinae/uraníidae, seu nome
                    popular é cambaxira, a forma e o padrão combinam-se para tornar invisível
                    esta mariposa sematurídea da América do Sul e Central, os ocelos da cauda
                    podem ser usados para deter predadores, as asas posteriores possuem um
                    prolongamento caudiforme longo e expandido, no ápice espatuliforme, asas
                    marrom-claro com numerosas listas amarelas e algumas escuras, no
                    prolongamento caudiforme existem três ocelos negros filetados de amarelo,
                    imita borboletas papilionidae com cauda de andorinha, é uma mariposa diurna.




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21 - COLETA
                   DATA: 26-08-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   Parque Itaimbé




                                        Macho
                            Pterourus scamander, BOISDUVAL, 1836, Família: Papilionidae, larvas
                    em lauraceas: Ocotea, Persea, Nectandra, Cryptocaria; e também em
                    magnoliáceas: Michelia, Tabauma. E muitas outras plantas urbanas, os
                    machos adultos são territoriais e guardam suas plantas de alimentação:
                    Brunfelsia, primavera (Solanaceae), os machos possuem androcônias, pêlos
                    ou escamas modificadas para apaziguar as fêmeas durante os cortejos aéreos
                    vigorosos e prolongados, essas estruturas localizam-se na margem interna da
                    asa posterior, muitos papilionídeos possuem um prolongamento da asa na veia
                    M3 da asa posterior, recebendo o nome de rabo-de-andorinha ou espadinha:
                    swallowtails ou swordtails.
                            As fêmeas de muitas espécies são raramente vistas e até
                    desconhecidas devido aos hábitos, os machos defendem territórios
                    vigorosamente, geralmente com flores de alimentação, nas horas mais quentes
                    do dia, em agosto no fim do inverno começam a aparecer sendo o seu pico de
                    densidade populacional no mês de dezembro, esta espécie habita campos de
                    flores, matas sazonais e frias, zonas rurais (abacatais) e cidades, chegando até
                    ser praga de abacateiros, imita Battus polydamas, por ser impalatável.
                            Pode atacar muitas outras famílias de plantas exóticas e ornamentais
                    em cidades.




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22 - COLETA
                   DATA: 27-08-1995
                   LOCAL: Itaara Rs
                   região das cascatas (Timbaúva)




                                               Macho

                    Doxocopa laurentia, GODART, 1824, Família: Nymphalidae/apaturinae nome
                   popular é furta-cor ou mal-casados, devido ao acentuado dimorfismo sexual, o
                   macho possui traços azuis-metálicos, a fêmea é escura e pequena, as lagartas
                   não possuem espinhos mas tem longos chifres na cabeça, a planta hospedeira é
                   Celtis spinosa, ulmaceae, possuem o primeiro par de patas atrofiadas, a
                   probóscide ou espiro tromba verde-claro.




                                             Macho


                          Pteromya carlia, SCHAUS, 1902, Família: Nymphalidae/ithomiinae, a
                    planta hospedeira da larva é Solanum caavurana, solanaceae, os machos
                    possuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, nas asas posteriores. Os
                    ithomíneos são quase restritos as regiões neotropicais, os transparentes são
                    todos muito parecidos e devem ser identificados pela venação posterior,
                    agrupam-se em bolsões (panapaná) por várias razões, geralmente onde a
                    umidade permanece maior ou onde os recursos estão concentrados, esta
                    espécie estava a beira do riacho sobre Lantana, verbenaceae.

              49




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23 - COLETA
                   DATA: 02-09-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs
                   Cascata do sapo – estrada do perau velho
                   Passeio com a turma de Biologia-95 - UFSM

                                 Macho




                                   Fêmea
                   Battus polystichtus, BUTLER, 1874, Família: Papilionidae, as subespécies do sul
              do Brasil tem muito menos amarelo nas asas, do que as espécies do norte, larvas
              negras e reluzentes agrupadas em Aristolochia triangularis, (cipó-mil-homens).
                    Battus polystichtus, voa em dossel de floresta ou campo aberto, o macho possui
              a parte dorsal do abdômen amarela a fêmea não tem amarelo. O macho possui sete
              manchas amarelas na lateral do abdômen e a parte dorsal deste é amarelo creme
              constituído de sete segmentos coloridos. O macho é territorial.




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24 – COLETA
                   DATA: 11-09-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs (centro)




                                            Fêmea                        Macho
                           Automeris illustris, WALKER, Família: Saturnidae, nome popular: olho-
                    de-pavão-alaranjado, caracteriza-se por grande mancha ocelar de cores vivas
                    na porção central das asas posteriores, nas fêmeas as asas anteriores são
                    chocolate claro com uma linha transversal mais clara e uma mancha marrom
                    escura na parte ventral da asa anterior, as asas anteriores são cor de abóbora
                    e a mancha acelar apresenta a íris pardo escura, marginada de amarelo.
                           Nos machos as asas anteriores são cinza-amarelado com as linhas e
                    manchas mais acentuadas, nas posteriores á mancha ocelar apresenta uma
                    grande pupila branca, as larvas em laboratório parecem aceitar várias espécies
                    de plantas na alimentação, a lagarta é robusta e muito urticante (taturana), a
                    lagarta é polífaga já foi encontrada em: mangueira, ingázeiro, goiabeira, roseira
                    e algumas sobre madressilva: Lonicera; Estas foram encontradas sobre
                    leguminosas, várias espécies de Acácia.
                           As larvas ao transformarem-se em pupas, constroem um casulo irregular
                    com fios de seda cinza-claro, em gravetos e empupam em um período de 15
                    dias. No sul do Brasil, foram notificados vários acidentes com taturanas
                    urticantes, principalmente as do gênero: Lonomia, em 28 municípios de regiões
                    agrícolas do Rio Grande do Sul, no verão de 1991 a Lonomia, fez 25 vítimas,
                    uma das quais morreu 40 dias depois do contato com a proteína fibrinolítica
                    anticoagulante que se encontra nos exsudados dos pêlos e na hemolinfa da
                    lagarta, que é capaz de alterar a cascata de coagulação de uma pessoa,
                    apenas com uma pequena fração da toxina: 16 a 18 Kda (kilodaltons).
                           O erucismo, conjunto de sintomas causados pelo contato com a
                    taturana: hemorragia interna, queimadura, edema, eritema, congestão cutânea,
                    vermelhidão na pele; ao apresentar estes sintomas procure um médico
                    imediatamente.
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25 – COLETA
                   DATA: 20-09-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs (água negra)




                                                  Macho

                           Mimoides lysithous, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae.




                                  Macho                      Fêmea

                            Mimoides lysithous rurik, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae, a larva
                   é encontrada em Rollinia exalbida (araticum) annonaceae, e outras annonaceas,
                   comuns nas capoeiras (pequenas matas no campo) e em florestas naturais e
                   perturbadas imita diversas Parides, quando adulto, mas, pousa à beira d´água,
                   hábito raríssimo em Parides.
                            Larva possui diversos tubérculos e muitas manchas claras, lagartas em
                   Annona cacans,        Rollinia sylvatica e Rollinia emarginata, todas da família
                   annonaceae, existe grande variação muitas formas na espécie Mimoides
                   lysithous, quanto ao colorido das asas anteriores, normalmente é uma faixa
                   vertical até o ápice da asa.
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Macho                         Fêmea

                           Mimoides lysithous lysithous, HÜBNER, 1821, forma: extendatus,
                   WEYMER, 1895, Família: Papilionidae, encontrada em florestas naturais e
                   perturbadas, imita diversas Parides, quando adulto, porém, pousa à beira
                   d´água, hábito raríssimo em Parides. Lagartas em Annona cacans, Rollinia
                   sylvatica e Rollinia emarginata, todas da família annonaceae.



                   26 – COLETA
                   DATA: 20-09-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs (água negra)




                                                Macho

                           Parides agavus, DRURY, 1782, Família: Papilionidae, tribo troidini, o
              macho possui um excesso de vermelho e uma linha branca na dobra da asa posterior,
              larva em Aristolochia triangularis (cipó-jarrinha) prefere lugares sombrios, no interior
              de matas e florestas, próximo a cachoeiras e córregos de água, abundante nos vales
              da serra geral (depressão central).


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27 – COLETA
                   DATA: 20-09-1995
                   LOCAL: Santa Maria Rs (campestre do divino)



                                            Macho




                                            Fêmea

                            Euryades corethrus, BOISDUVAL, Família: Papilionidae, a fêmea é
                   maior que o macho, que possui uma pigmentação mais escura, sensivelmente
                   visível, a fêmea que já copulou possui um lacre em forma de (y) no final do
                   abdômen, deixado pelo macho, para que não copule outra vez, larva em
                   Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, aristolochiaceae e Hydrocotyle,
                   umbelliferae, seu habitat preferencial é campo aberto, topos de morros, o adulto
                   alimenta-se de Vernonia e Eupatorium, compostas.
                            Observamos cerca de 10 indivíduos, estáticos pelo vento frio, em um
                   morro, do tipo serro-mesa em Campestre do divino, Santa Maria-RS.




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Fêmea


                           Erebus odora, LINNAEUS, 1758, Família: Noctuidae, espécie bastante
                   grande e comum, aproximadamente 13 centímetros de envergadura, ocorrendo
                   dos Estados Unidos ao Paraguai, o adulto é escuro com numerosas linhas e
                   manchas de cores mais claras, algumas aveludadas e brilhantes, larva em
                   várias Leguminosas chamadas Acácias.
                           Os palpos labiais são tão longos que parecem dois pares de antenas, os
                   machos possuem antenas plumosas, a função dos palpos labiais é provar os
                   alimentos.




                                      Macho



                         Eteona tisiphone, BOISDUVAL, 1836, Família: Nymphalidae, larva em
                   bambus, as fêmeas imitam Actinote.


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28 – COLETA
                   DATA: 20-09-1994
                   LOCAL: Santa Maria RS (água negra)




                                      Fêmea

                     Heraclides astyalus astyalus, GODART, 1819, Família: Papilionidae/papilionini,
              fêmeas com as asas bicadas, fêmeas melaneas, ocorrem em floresta aberta, flores e
              areia úmida.




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29 – COLETA
                    DATA: 15-10-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS
                   Rincão do soturno
                    machos albinos, capturados em areia úmida




                                               Macho




                     Heraclides    astyalus,  forma:   oebalus,  GODART,      1819, Família:
              Papilionidae/papilionini, macho capturado em areia úmida, larva em Esembeckia
              febrifuga, Rutaceae, e eventualmente em Citrus, a fêmea é geralmente melanea
              (escura), porém existem fêmeas amarelas da forma: oebalus, geneticamente
              recessivas, sem ligação com o cromossomo (y), a fêmea melanea (escura), imita
              Battus polydamas.




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30 – COLETA
                   DATA: 08-10-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS (centro)




                                                          Fêmea

                             Eacles imperialis, DRURY, Superfamília: Saturnoidea, família:
              adelocephalidae, mariposas grandes geralmente com mais de 10 centímetros de
              envergadura, habitantes de matas de lugares elevados, mariposa amarelada com
              pontos escuros esparsos, cada asa apresenta uma faixa diagonal marrom-
              avermelhada, próxima à margem.
                     Os ovos são verde-escuros com uma fina penugem clara, as larvas
              apresentam espinhos dorsais e são encontradas em Celtis spinosa (ulmaceae) e
              Erytrina cristagalli (leguminosae), constróem casulo, a crisálida ocorre no solo.




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31 – COLETA
                   DATA: 15-10-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS
                   Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)
                    Acompanhamos o Rio Soturno, área poluída.




                                                Macho

                          Heraclides hectorides, ESPER, 1794, Família: Papilionidae/papilionini, a
                    fêmea imita Parides, habita floresta densa, os machos pousam na areia úmida
                    e defendem flores de alimentação vigorosamente, larvas em Piper amalago,
                    piperaceae, raramente em rutaceae, gêneros: Zanthoxylum, Citrus.




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Macho                         Macho

                            Parides      bunichus     perrhebus,     HÜBNER,     1821,      Família:
                   Papilionidae/Papilionini, na asa posterior, manchas duplas em forma de vidro de
                   relógio, lagarta vermelho-negra com tubérculos amarelos, alimenta-se de várias
                   espécies de Aristolochia, especialmente Aristolochia arcuata.
                     Esta borboleta é encontrada em campos e moitas floridas e também em
                   florestas de altitude, mesófila de encosta e formações secundárias antrópicas.




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32 – COLETA
                   DATA: 03-11-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS
                   Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)




                                                 Fêmea


                           Ituna ilione, CRAMER, 1775, Família: Nymphalidae/ithomiinae, segundo
                   MÜLLER, 1879, forma um anel mimético com três espécies de ithomiinae e duas
                   espécies de mariposas diurnas, larvas em Ficus glabra, moraceae, a família
                   depende de alcalóides pirrolizidínicos para a defesa dos adultos e síntese de
                   feromônios sexuais (perfumes atraentes).
                           Nos machos os feromônios são difundidos por pincéis de pêlos nas
                   costas das asas posteriores, os ithomideos são restritos às regiões neotropicais,
                   os danaideos são grandes e muito diversificados na Ásia e pouco diversificados
                   nas Américas, os machos possuem pincéis no abdômen, este espécime estava
                   pousado em Brunfelsia, solanaceae.




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33 – COLETA
                   DATA: 15-10-1995
                   LOCAL: Santa Maria RS
                   Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)




                                 Macho

                     Phoebis neocypris, HÜBNER, 1823, Família: Pierinae, as larvas alimentam-se
                   de plantas parasíticas principalmente loranthaceae (erva-de-passarinho), larvas
                   gregárias, os adultos ocorrem em grande panapaná, no barro úmido a beira de
                   regatos, fato interessante estas borboletas surgirem na época de grande
                   florescimento de maria-mole, Senecio brasiliensis, compositae, fato que
                   confunde a borboleta com o amarelo intenso da sua planta de alimentação, os
                   pierideos possuem abundância de pigmentos pteridinas (brancas, amarelas,
                   avermelhadas).




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34 – COLETA
                   DATA: 15-05-1995
                   LOCAL: Tupanciretã RS (Espinilho)




                                                           Macho


                     Phoebis philea philea, LINNAEUS, 1763, Família: Pierídae/coliadinae, larvas
                   em Cassia, leguminosa, ocorre desde o sul dos EUA, é fortemente migratória,
                   migra em (panapaná) grupos de milhões, ocorre apenas em certos anos no
                   interior do Brasil, as fêmeas são diferentes, as brancas são mais comuns que a
                   amarela, os adultos encontram-se em áreas abertas ou florestas, machos em
                   flores e areia úmida.




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35 – COLETA
                   DATA: 29-11-1995
                   LOCAL: Tupanciretã RS (centro)
                               Fêmea                                        Macho




                                                 Macho Ventral


                    Heraclides thoas brasiliensis, ROTHSCH & JORD, 1906, Família:
                   Papilionidae/papilionini, larvas em diversas espécies de Piper, também em
                   diversas rutaceae inclusive Citrus, Esembeckia e Zanthoxylum, não constituindo
                   praga, os adultos são ativos nas horas mais quentes do dia, os machos
                   defendem flores de alimentação vigorosamente, ausentes no inverno.




              64




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36 – COLETA
                   DATA: 12-12-1995
                   LOCAL: Tupanciretã RS (centro)                Fêmea




                                                        Macho
                   Morpho epistrophus argentinus, FRUHSTORFER, 1907 atualização da
              nomenclatura antiga: Morpho catenarius, PERTY, 1811, forma: marmorata,
              FRUHSTORFER, 1912, Família: Morphidae, é uma espécie comum na zona sueste
              do estado do Rio Grande do Sul, e rara na zona missioneira, na região central é
              comum preferindo voar nas clareiras e trilhas dos matos, é uma borboleta vistosa de
              grande envergadura (10 centímetros) tanto as asas anteriores quanto posteriores
              apresentam uma série de manchas escuras, na face inferior da asa posterior
              apresenta uma série de seis manchas ocelares nítidas.As larvas são vermelhas e
              gregárias, passam o inverno e primavera nas folhas de Ingá: Inga uruguensis, no Rio
              Grande do Sul a planta hospedeira é a Acacia longifolia, e Cupania vernalis
              (camboatá) e também Scutia buxifolia, (coronilla).
              65




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37 – COLETA
                   DATA: 06-04-1996
                   LOCAL: Tupanciretã RS
                   Encosta dos trilhos, campo de Eupatorium, asteraceae




                                        Fêmea                          Macho



                    Tatochila autodice, HÜBNER, Família: Pierinae/pieridae, esta espécie chega a
                   ser praga em crucíferas, o adulto possui um cheiro de menta, derivado de óleos
                   de mostarda, pois a lagarta alimenta-se de plantas com glicosinolatos,
                   normalmente crucíferas do gênero Brassica:



                   Brassica oleraceae var. capitata (repolho-branco)
                   Brassica oleraceae var. botrytis (couve-flor)
                   Sinapsis alba (mostarda-branca)
                   Brassica napus (nabo)
                   Brassica nigra (mostarda-preta)
                   Lepidium sativum (mastruço)




              66




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38 – COLETA
                   DATA: 04-04-1996
                   LOCAL: Tupanciretã RS




                                              Macho

                    Battus polydamas, LINNAEUS, 1758, Família: Papilionidae, borboleta comum
              em ambientes abertos e perturbados, aceita em laboratório todas as espécies de
              Aristolochia, comendo a planta inteira em pequenos grupos de lagartas cinzas,
              vermelhas ou marrons, devastando plantas de grande porte até a raiz, as larvas são
              tuberculadas, com longos filamentos no tórax, a planta hospedeira no estado do Rio
              Grande do Sul é Aristolochia fimbriata.




              67




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39 – COLETA
                   DATA: 25-02-2001
                   LOCAL: Tupanciretã RS




                                             Fêmea

                    Eunica eburnea, FRUHSTORFER, 1907, Família: Nymphalidae/biblidinae,
                   prefere locais de vegetação primária e secundária, lagarta em Gymnanthes,
                   euphorbiaceae.




              68




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40 – COLETA
                   DATA: 20-09-1996
                   LOCAL: Tupanciretã RS




                                                  Fêmea
                    Rothschildia jacobaeae, WALKER, 1855, Família: Saturniidae, conhecida
              popularmente como, mariposa-espelho, devido as áreas transparentes e brilhantes
              em suas asas, é também chamada de bicho-da-seda-brasileiro, pois seu casulo é
              feito de seda de boa qualidade, embora não seja explorada comercialmente.
                    O adulto ultrapassa 15 centímetros de envergadura, as asas apresentam tons
              variando entre o marrom, o castanho e o avermelhado, tanto as asas anteriores
              quanto as asas posteriores tem uma lista transversal sinuosa de coloração
              avermelhada-amarelada e uma área mais ou menos triangular transparente.
                    A lagarta é robusta de coloração verde-claro com tubérculos vermelhos, as
              larvas são polífagas e podem ser encontradas em: Cephalanthus glabratus, (sarandi
              colorado); Citrus sinensis, (laranja doce); Ilex paraguariensis, (erva-mate); Lonicera
              japonica, (madressilva); Ricinus communis, (mamona).
                    Os adultos possuem antenas bipectinadas ou plumosas são mais longas no
              macho do que na fêmea, as peças bucais são rudimentares e os adultos não se
              alimentam.




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LEPIDÓPTEROS DO SUL DO BRASIL

  • 1. LEPIDÓPTEROS DO BRASIL (Agenda de Campo) Geraldo Salgado-Neto Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 2. AGRADECIMENTOS A execução deste trabalho contou com o auxílio de amigos e colegas, agradecemos especialmente aos colegas Antônio Carlos Paim, José Augusto Teston, Gustavo Shwartz, Tiago B. Breier e Marcelo Lopes, que colaboraram nas coletas e identificação das espécies de lepidópteros em especial ao professor Adelino Alvarez Filho na identificação das plantas hospedeiras. Agradecemos ao professor Aldo Mellender de Araújo, mentor da idéia original de elaborar uma agenda de campo com lepidópteros do sul do Brasil, para facilitar o reconhecimento em campo. Agradecimentos especiais aos professores Ana Beatriz Moraes, Rocco A. Di Mare e Dionísio Link pelos constantes estímulos e orientações. Gostaríamos de expressar nossa gratidão a todos os colegas e amigos que através de constantes estímulos e sugestões levaram á elaboração deste trabalho, especialmente a Eduardo Lucof. 4 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 3. PREFÁCIO Este trabalho tem por objetivos proporcionar um tipo de guia de campo, descrevendo características e ilustrando as espécies carismáticas de borboletas e mariposas comuns no sul do Brasil, sem a ambição, de representar um levantamento completo. Destina-se especialmente a divulgar aspectos da biologia dos lepidópteros aos estudantes dos cursos universitários de ciências biológicas (graduação), aos naturalistas, técnicos agrícolas, administradores de secretarias do meio ambiente e pessoas leigas que se interessam pela natureza. O conteúdo deste livro representa parte dos resultados dos estudos realizados de 1995 à 2001 sobre coletas piloto realizadas na região do planalto central e depressão central, nos municípios de Santa Maria – Tupanciretã – Santo Ângelo e posteriormente estendendo-se à outras localidades do Rio Grande do Sul e outros estados do Brasil. As espécies coletadas foram identificadas, utilizando-se a bibliografia correspondente recomendada (ver referências), com chaves para identificação e comparações com a coleção do Museu Gama D’eça e Victor Bersani da UFSM. As espécies capturadas com rede entomológica foram acondicionadas em papel contact transparente para conservação das cores das escamas e para facilitar o escaneamento, constituindo as ilustrações do presente livro, onde foi registrado o local, data e número da coleta, bem como, uma breve descrição das espécies e algumas características do local de coleta. As ilustrações representam a face dorsal das asas dianteiras e traseiras, mais útil na identificação das espécies, para facilitar o nome científico, logo abaixo da figura. As borboletas podem ser melhor observadas se fotografadas ou estudadas próximas às suas fontes de alimento ou próximas às suas plantas-hospedeiras. As fotos são facilmente obtidas para a maioria das espécies, e representam uma recordação muito mais agradável que espécimes mortos ou quebrados, recomendamos deixar as borboletas em paz. 5 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 4. INTRODUÇÃO “Natura nusquam magis est tota quam in minimis” Plínio, o velho (23-79 d.c.) “Em parte alguma encontramos a natureza na sua totalidade, como nas suas menores criaturas.” A mariposa como símbolo da feminilidade remonta a era neolítica, sua imagem representa a odisséia da vida e da fertilidade, na cultura Asteca representa a fertilidade e a vegetação, estava vinculada a alma e ao fogo do espírito e ao renascimento. Assim a lagarta que se transforma em mariposa era uma metáfora do conceito da vida depois da morte, do velho corpo apegado a terra que passa a uma forma mais nova e mais bela. Os xamãs atribuem à mariposa a condição de protetora e guardiã dos lugares de poder, não existem energias negativas onde elas aparecem, como animal de poder a mariposa destaca a importância da transformação no contínuo processo de desenvolvimento e na evolução espiritual, ensina a apreciar a existência e a não desistir de seguir seus objetivos, algumas vivem pouco tempo e manifestam a necessidade de utilizar da melhor forma possível o tempo e os recursos. A mariposa relembra a importância da liberdade, sem restrições auto-impostas e a necessidade de ter a mente aberta para analisar os problemas e as dificuldades em uma perspectiva mais ampla, a mariposa é um animal de poder que pode ajudar a aceitar o sofrimento derivado da mudança, deixando para trás velhos conceitos e atitudes e a ter a coragem de construir novas situações em conformidade com as asas da esperança. Atualmente temos registro de aproximadamente 800.000 espécies de insetos já catalogadas, este número representa a maior diversidade do reino animal e a Entomologia é a parte das ciências biológicas que estuda os insetos; é uma palavra formada pelo radical grego entomo, cujo significado corresponde, em latim, ao de Insecta, isto é dividido segmentado (CARRERA, 1989). Borboletas e mariposas são insetos muito numerosos e fáceis de reconhecer na natureza, juntas formam um grupo maior ou ordem conhecido como lepidópteros (do grego lepido, escama, e ptero, asa) (WHALLEY, 1988). 6 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 5. A ordem divide-se em 80 famílias, que abrangem cerca de 120.000 espécies. A separação em borboletas e mariposas baseia-se em uma série de diferenças observáveis; Borboletas (Lepidóptera, Rhopalocera) (aproximadamente 10.000 espécies) são insetos diurnos, muitas vezes com cores vivas, fáceis de reconhecer; Contrastam com a maioria das Mariposas (Lepidoptera, Heterocera) (aproximadamente 100.000 espécies) em geral pouco coloridas, furtivas e noturnas (BROWN, Jr. 1979). Existem ainda os Microlepidópteros (traças). A existência de fósseis comprova que as primeiras mariposas surgiram há 140 milhões de anos, as borboletas vieram depois; os fósseis mais antigos datam de 40 milhões de anos. Quando os primeiros hominídeos surgiram à aproximadamente 5 milhões de anos atrás, elas já tinham a forma que conhecemos hoje (WHALLEY, 1988). Multifacetadas “jóias da natureza”, as borboletas são transformadas pelo homem em símbolos de liberdade, leveza, luz, alegria, harmonia simétrica, renovação e renascimento; e em uma das mais antigas alegorias da ressurreição e transformação representada na metamorfose da lagarta (BROWN, Jr. 1979). Em diversidade de espécies de lepidópteros registrados no mundo a Indonésia ocupa o primeiro lugar, o Brasil ocupa o quarto lugar com aproximadamente 74.000 espécies registradas, 3.130 somente de espécies de borboletas. Na ciência, as borboletas são usadas em estudos de ecologia das populações e evolução, inclusive dispersão e migração; na genética da seleção natural, baseada em variação e adaptação e em fatores e processos básicos como: alimentação, predação, parasitismo, competição e defesa (substâncias tóxicas, camuflagem e mimetismo) (BROWN, Jr. 1979). Dentro da Genética Ecológica, para abordar questões evolutivas, as borboletas, podem representar interessantes modelos para estudos, além de serem organismos indicadores (bioindicadores) da diversidade orgânica do meio em questão (EHRLICH & RAVEN, 1964). No Brasil, as borboletas têm importância em pesquisas sobre biogeografia e interações inseto/planta e são usadas como bioindicadores em levantamentos, determinação de prioridades, planejamento e administração de reservas biológicas naturais, pois são fáceis de encontrar e avaliar. 7 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 6. SEX RATIO Sexagem: Diferenças sexuais entre indivíduos adultos (Lepidópteros) observamos a parte final do abdômen para maior diferenciação -A fêmea possui um ovipositor para posturas; - O macho possui pênis (edeago); -Abdômen maior e abaulado, podendo sair - Abdômen menor e reto, com ovos a menor pressão; clásper, ganchos para prender na -Glândula de cheiro característico fêmea no momento da cópula. (feromônios). -Geralmente as fêmeas são bem maiores que os machos, estão sob ação de seleção sexual, apresentando dimorfismo sexual. “Um dia os homens descobrirão que estes discos voadores, estavam apenas observando a vida dos Insetos” (Mario Quintana). 8 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 7. MIMETISMO Um dos pontos mais interessantes da ecologia evolutiva é o estudo do mimetismo. No entanto, apesar de estar sendo estudado a mais de cem anos e já se ter um número enorme de publicações sobre este assunto, ainda existem muitos pontos não esclarecidos na teoria. Uma das revisões mais abrangentes é de BROWER (1988). O Mimetismo Mülleriano foi inicialmente proposto por MÜLLER (1878, 1879), que observou a grande semelhança entre as borboletas dos gêneros Ituna spp. (Nymphalidae, danainae) e Thyridia spp. (Nymphalidae, ithomiinae) e entre Eueides spp. (Nymphalidae, heliconiini) e Actinote spp. (Nymphalidae, acraeinae). Ele propôs que a semelhança entre padrões de cores das asas nessas borboletas reduziria a pressão de predação em cada uma dessas espécies. Como ambas eram consideradas impalatáveis a predadores, haveria uma soma nos efeitos de proteção conferidos às duas. Essa proposição diferia da feita por BATES alguns anos antes (1862) que considerava que uma espécie considerada palatável, chamada de mímico, ganhava proteção quando se tornava parecida com uma espécie impalatável, chamada de modelo. Quando escreveu o famoso livro: “A Origem das Espécies”, em 1859, Darwin não tinha provas da realidade da seleção natural, a primeira prova foi fornecida três anos mais tarde pelo naturalista britânico chamado Henry Walter Bates, que tinha sido companheiro na expedição à Amazônia do co-descobridor da teoria da evolução pela seleção natural, Alfred Russel Wallace; Segundo o próprio Bates (1863): “Dediquei atenção especial às borboletas porque verifiquei que elas se prestam mais que qualquer outro grupo do reino animal ao estudo das modificações que todas as espécies sofrem quando se alteram as condições de vida locais. Esta vantagem acidental, é devida, em parte à simplicidade e a fácil identificação dos caracteres específicos desses insetos, e em parte à facilidade com que numerosas séries de espécimes podem ser obtidas e postas lado a lado para a comparação. 9 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 8. A fácil identificação dos caracteres acima mencionados se deve provavelmente ao fato de todos os sinais externos de modificação na espécie serem exagerados e muito visíveis, uma vez que afetam a estrutura, a forma e a cor das asas que são cobertas por minúsculas escamas coloridas, formando desenhos regulares que variam de acordo com as mais leves mudanças nas condições ás quais as espécies se acham expostas. Podemos dizer que nas asas a natureza escreve, como se numa lousa, a história das mutações da espécie tal a precisão com que ficam registradas nelas as mudanças. Uma vez que as leis da natureza devem ser as mesmas para todos os seres, as conclusões fornecidas por esse grupo de insetos, hão de poder ser aplicadas a todo o mundo orgânico, por conseguinte o estudo das borboletas, seres escolhidos para típicar a inconstância e a frivolidade; Ao invés de ser desprezado, ainda há de ser um dia considerado um dos mais importantes ramos da ciência biológica (BATES, 1863)“. Depois de haver passado onze anos embrenhado na selva Amazônica Brasileira, Bates embarcou de volta para a Inglaterra em 1860, levando uma espantosa coleção de animais e plantas. Mas em particular foram as borboletas que acabaram se tornando o principal objeto de suas investigações, entre todas aquelas centenas de caixas repletas de exemplares belos e exóticos, havia uma que reservava algo de muito mais importante, ela estava rotulada com a palavra Heliconinae, indicando tecnicamente o conteúdo: um grupo bem característico de borboletas tropicais. Quando o naturalista passou a examiná-las detidamente com o auxílio de sua lupa (lente de bolso), verificou surpreendido, que a caixa estava cheia de falsas heliconinae. O fenômeno ficou conhecido como “o estranho caso das borboletas imitadoras” foi considerado na época um dos maiores enigmas biológicos ligados à história evolutiva das espécies, pois evidenciavam um alto padrão de imitações entre animais sem nenhum parentesco entre si, este fenômeno, parcialmente esclarecido por Bates, tem hoje o nome de Mimetismo Batesiano, em sua homenagem (BATES, 1862). Este fenômeno foi suficiente para despertar em sua mente uma série de recordações da época em que caçava insetos nas florestas Amazônica, em algumas regiões que visitara as borboletas Heliconinae eram abundantes, e a despeito de seus 10 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 9. coloridos chamativos, raras vezes eram atacadas pelos pássaros caçadores de insetos. Bates (1862) entregou-se, então, a uma série de suposições: “Se aquelas borboletas não eram perseguidas pelos seus predadores naturais, possivelmente não deveriam servir de alimento, e a causa mais provável daquilo seria um gosto muito ruim, devido aos alcalóides de origem vegetal, absorvidos pela lagarta ao alimentar-se de sua planta-hospedeira, talvez se o colorido de certas borboletas comestíveis se aproximasse do padrão Heliconinae, elas tivessem alguma vantagem na luta pela sobrevivência, ao se passar por repulsivas frente aos seus predadores. Daí por diante, através de sucessivos cruzamentos entre si, as imitadoras produziriam raças cada vez mais parecidas com seus modelos”. Atualmente o nome usado para este fenômeno é Mimetismo, e embora sendo uma palavra derivada da mímica, ela indica um mecanismo genético colocado em funcionamento por um processo de seleção natural. Em outras palavras: nenhum animal chega a se parecer com outro movido por uma intenção, ou vontade própria, ainda que esta semelhança lhe confira vantagem na luta pela sobrevivência. Quanto mais abundante for uma espécie de borboleta impalatável e repulsiva numa determinada área, tanto mais rápido será o aprendizado da população de pássaros predadores, pois, uma experiência desagradável pode permanecer na memória de um animal por um certo tempo. Pequenas variações de colorido ou desvios na distribuição dos desenhos das asas podem condenar a borboleta ao ataque da ave. Assim ficam geralmente poupados os indivíduos que menos se afastam do tipo padrão, estes, ao se acasalar, perpetuarão o padrão “sinal de reconhecimento” inalterado nas gerações seguintes. Mas da mesma forma como acontecem variações desastrosas entre as borboletas do grupo repulsivo – impalatável, também podem ocorrer desvios de padrão entre as do grupo comestível – palatável que viva na mesma área. Uma pequena mutação genética pode produzir sobre as asas das comestíveis uma discreta mancha colorida ou desenho que se assemelhe vagamente com o sinal das repulsivas, isso já é suficiente para provocar, no mínimo, momentos de hesitação entre as aves predadoras durante as investidas sobre essas formas variantes. 11 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 10. Como resultado, as formas variantes passam então a escapar das aves predadoras com mais freqüência do que as formas menos desviadas do antigo colorido, então, dos sucessivos acasalamentos dessas sobreviventes, resultam descendentes com o novo sinal de imitação cada vez mais aperfeiçoado formando os anéis miméticos. São os próprios predadores que através da sua constante ação de predação, indiretamente aperfeiçoam os padrões de imitação que irão enganá-los no futuro. Se tudo corresse só por conta dos disfarces, as imitadoras deixariam de ter problemas depois que as cores das suas asas atingisse um certo grau de perfeição na imitação. Não sendo mais perseguidas, elas poderiam se multiplicar à vontade, tornando-se mais abundantes do que as verdadeiras “repulsivas”, mas isso não acontece. Um mecanismo de correção começa a funcionar sempre que as “imitadoras” começam a se tornar mais numerosas; As aves novas ainda sem aprendizado, que usam atacar as borboletas de todos os padrões acabam comendo mais borboletas palatáveis do que impalatáveis, e assim não criam os mecanismos que as fariam evitar o padrão da espécie modelo. Automaticamente, começa a diminuir o número das “imitadoras” até que elas se tornam tão raras que os pássaros predadores acertam cada vez mais nas impalatáveis. O mecanismo então se refaz, as palatáveis ficam outra vez defendidas pela imitação, e começam a proliferar. E assim o ciclo vai se repetindo indefinidamente, de forma que o equilíbrio, embora momentaneamente alterado, sempre se restabelece”. No patrimônio genético de uma espécie, certos genes evoluem sob a ação da seleção natural, ao passo que outros evoluem sob a ação do acaso, é o que sugere os diversos resultados obtidos pelo biólogo inglês TURNER, (1971a, 1971b, 1977, 1981, 1984a, 1984b). Nas borboletas do gênero Heliconius spp. da América do sul, TURNER, et al., (1979), demonstraram que em todas as espécies miméticas, os genes responsáveis pelo mimetismo estão sempre presentes no estado homozigótico, este fato leva a pensar que uma única variante genética foi retida pela seleção natural, pelo contrário, os genes responsáveis pela síntese de enzimas que nada têm a ver com o mimetismo apresentam uma grande variedade de alelos, tanto nas espécies miméticas como nas não miméticas, isto sugere que, em grande parte, os 12 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 11. alelos foram retidos ao acaso, e isto até nas espécies que sofreram a ação da seleção natural relativamente ao mimetismo, corroborando a teoria neutralista. As borboletas do gênero Heliconius spp., que habitam as florestas úmidas da América Neotropical, parecem ter evoluído como resposta à ecologia particular destes ambientes, a suas plantas hospedeiras, competidores, predadores e parasitas, bem como ao ambiente físico. Estas borboletas apresentam padrões aposemáticos, e são impalatáveis a diversos predadores (TURNER, 1981). Heliconius melpomene, L I N N A E U S , 1 7 5 8 Heliconius spp. têm um comportamento social altamente desenvolvido, que inclui a formação de repousos comunais, aos quais são bastante fiéis. Segundo GILBERT (1975), estes “dormitórios” são localizados por inspeção visual, mesmo em baixas condições de luminosidade. Outra característica deste gênero é a utilização de passifloráceas como única planta hospedeira. TURNER (1981) argumentou que o fato de nenhum heliconídeo se alimentar de outra planta é uma forte razão para acreditar que no início da adaptação uma borboleta ancestral desenvolveu defesas contra os glicosídeos cianogênicos e outros alcalóides contidos nas passifloras. As larvas (lagartas) alimentam-se dos meristemas destas plantas, o que GILBERT & SINGER (1975) sugeriram ser uma 13 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 12. adaptação recente deste gênero, as fêmeas de Heliconius erato são hábeis em reconhecer e evitar plantas hospedeiras que já foram ovipositadas por outras, uma vez que suas larvas são canibais. Existe uma regularidade diária em visitar os locais onde ocorrem as plantas hospedeiras, e as fêmeas que estão ovipositando despendem muito tempo inspecionando-as. Heliconius melpomene L I N N A E U S , 1 7 5 8 Talvez, pelo motivo das plantas competirem com poucos outros herbívoros, algumas espécies de Passiflora spp. desenvolveram defesas especiais contra as Heliconius spp. pelos em forma de gancho que imobilizam larvas recém eclodidas (GILBERT, 1971) e estruturas que imitam os ovos de Heliconius spp. (provavelmente, para reduzir a competição à qual sua descendência seria submetida, as fêmeas de algumas espécies de Heliconius spp. tendem a não por seus ovos em plantas que já possuem ovos, ou estruturas que se assemelham a ovos (WILLIAMS & GILBERT, 1981) é em casos como este, no qual a interação ecológica é tão especializada que cada espécie exerce uma pressão seletiva primária sobre a outra, que podemos esperar respostas coevolucionárias recíprocas de espécies individuais, segundo (EHRLICH & RAVEN, 1964) este é o fator para a coevolução. A utilização de pólen na alimentação, além de néctar, proporciona as borboletas Heliconius spp. uma produção contínua de ovos durante toda a vida, já que são capazes de absorver aminoácidos livres utilizados na produção de ovos (GILBERT, 1972) 14 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 13. Heliconius erato phyllis FABRICIUS, 1775 fêmea - dorsal A subespécie phyllis explora ambientes que compreendem regiões tropicais e subtropicais (BROWN, Jr. 1979). Apesar da ampla distribuição, apresenta uma dispersão diária bastante restrita, e, portanto, um acentuado sedentarismo. Heliconius erato phyllis, FABRICIUS, 1775 pertence à família Nymphalidae, seu nome popular é Maria-boba. Sua distribuição geográfica abrange a região Neotropical, ocupando a maior parte do território brasileiro (com exceção da região norte), uma pequena região ao leste da Bolívia, quase todo o território Paraguaio, a República do Uruguai e um trecho do nordeste da Argentina (BROWN, Jr. 1979). Ao longo da sua distribuição a Heliconius erato phyllis, participa de vários anéis miméticos, entre eles como co-mímico de Heliconius melpomene. TURNER (1981) apresentou um modelo para a evolução de mimetismo mülleriano no gênero Heliconius e SAALFELD & ARAÚJO (1981) salientaram que H. e. phyllis caracteriza- se por apresentar um conjunto de subpopulações com pequeno fluxo gênico entre elas. A H. e. phyllis é muito encontrada em bordas de mato, florestas abertas ou perturbadas e clareiras em florestas densas, dorme em grupos de 3 a 30 indivíduos, normalmente em ramos secos. A larva (lagarta) é encontrada em Passiflora (suberosa, plectostemma, sidaefolia) estudos comprovam a preferência por Passiflora capsularis. O adulto alimenta-se durante o dia de Lantana spp. e Eupatorium spp. 15 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 14. Heliconius erato phyllis ventral (Red Raylets). Nas asas anteriores do lado ventral, pode-se observar os Red Raylets, pequenos pontos vermelhos que variam em número de 1-7, diminuem o número de pontos vermelhos em agosto e setembro, também se pode observar o retângulo creme na borda da asa anterior, a média do número de pontos vermelhos diminui no período em que ocorrem indivíduos sem retângulo creme, a presença de retângulo creme é devido á um gene recessivo e não apresenta diferenças entre os sexos (SHEPPARD, et al ., 1985). Aparentemente os genes que acionam a presença e o número de Red Raylets, estão ligados ao ambiente, e a umidade, pois quanto maior a umidade do ar, maior o número de Red Raylets. No mimetismo Batesiano o mímico é ecologicamente um parasita do modelo e no mimetismo Mülleriano os co-mímicos são mutualistas. Segundo FISHER (1930) os critérios para reconhecer a existência do mimetismo são três: -Convergência superficial em linhas filéticas divergentes, envolvendo adaptações complexas em estruturas e funções; -Simpatria geográfica e micro-espacial razoável entre os táxons; -Prova do efeito na natureza através de observação ecológica intensa e experimentação em campo e laboratório. 16 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 15. 1- COLETA DATA: 23-12-1994 LOCAL: Tupanciretã RS Encontramos várias posturas de aproximadamente 300 ovos, no tronco de um gerivá - Syagrus romanzoffianum, planta autóctone da região sul e provavelmente a planta hospedeira original das lagartas que observamos alimentando-se das folhas durante a noite, gradualmente observamos a destruição total das folhas do coqueiro, de dia as lagartas abrigavam-se em um abrigo construído com folhas e seda chamado cartucho. Supõe-se que estas borboletas estão se adaptando biológica e gradualmente às palmeiras exóticas introduzidas como plantas ornamentais tais como: leque-chinês: Livistona chinensis, Butiá: Butia capitata, Palmeira real: Archontophoenix cunninghamiana, Phoenix canariensis (LINK, 1979). Fêmea Macho Brassolis astyra GODART, 1824, Família Nymphalidae, morphinae, nome popular: borboleta-rapé, atinge até 10 cm de envergadura, as asas são marrom- escuro, com uma faixa alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente as asas anteriores, o corpo é volumoso e escuro, com a porção terminal do abdômen arruivado, a face inferior das asas é um pouco mais clara, apresentando a mesma faixa alaranjada e também na parte ventral manchas ocelares, as mais nítidas se encontram, uma perto do ápice da asa anterior e a outra, um pouco maior, abaixo da célula discal da asa posterior. Estas borboletas se adaptaram ao ambiente urbano, na primavera as lagartas abandonam as palmeiras hospedeiras e empupam geralmente em estruturas arquitetônicas humanas, a forma adulta possui probóscide não-funcional portanto só se alimenta na fase larval, chegando a ser pragas em palmeiras em alguns anos de acordo com as condições climáticas, outras espécies de brassolídeos também são consideradas pragas de palmeiras. 17 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 16. 2- COLETA DATA: 09-09-1995 LOCAL: Irai RS Macho Brassolis sophorae LINNAEUS, 1758, Família Nymphalidae, morphinae, espécie adaptada ao ambiente urbano, raramente na floresta, é rara no Rio Grande do Sul, sendo encontrada normalmente no norte do estado, probóscide não-funcional, coloração geral marrom-escuro, asas anteriores e posteriores na parte dorsal mostram uma faixa amarelo-alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente, na parte ventral é um pouco mais clara, apresenta a mesma faixa alaranjada nas asas anteriores e possui uma mancha ocelar perto do ápice, nas asas posteriores duas manchas nítidas. Larvas em palmeiras naturais e exóticas. 18 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 17. 3- COLETA DATA: 09-04-1995 LOCAL: Santa Maria RS (Rincão do canto e Camobi - berleze) Fêmea Macho Opsiphanes invirae, HÜBNER, 1818, Família Nymphalidae, morphinae, a face superior das asas é de coloração marrom-escura, a asa anterior é atravessada por uma faixa alaranjada e apresenta perto do ápice duas pequenas manchas brancas, a asa posterior também possui uma faixa alaranjada acompanhando a borda externa. A face inferior das asas apresenta um mosaico de pontos e estrias em diversos tons de marrom e três nítidas manchas ocelares, uma na asa anterior e duas na posterior, as lagartas normalmente alimentam-se de gerivá - Syagrus romanzoffianum, e outras palmáceas, as larvas são solitárias e controladas por parasitóides, observamos hiperparasitismo entre os complexos de parasitóides ligados á esta espécie. Os adultos são ávidos por frutas em fermentação, secreção de troncos e fezes de animais, podem detectá-los a mais de um quilômetro de distância, a Opsiphanes invirae, pode ser observada de janeiro a junho e de agosto a novembro, são de hábitos crepusculares. A subespécie foi determinada como Opsiphanes invirae amplificatus, STICHEL, 1904. 19 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 18. 4- COLETA DATA: 18-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas) Macho Anosia plexippus ou Danaus plexippus, LINNAEUS, Família Nymphalidae/danainae, atualmente Danaus plexippus erippus, CRAMER, 1775, chamada popularmente de borboleta-monarca, é uma borboleta comum em todo continente americano, muito conhecida devido as migrações aos milhares do México aos EUA, é um panapaná gigantesco, a borboleta é marrom-alaranjada com asas marginadas de preto, grande parte da faixa marginal preta apresenta duas fileiras de pequenos pontos brancos. A larva é amarelada com listas pretas e dois apêndices filiformes em cada extremidade do corpo, alimenta-se de Asclepias curassavica (camará ou oficial-de-sala), pode ser confundida facilmente com Danaus gillippus. Observamos a monarca fêmea ovipositando nos botões florais de Asclepias curassavica, devido aos alcalóides absorvidos pela lagarta, torna o adulto impalatável aos seus predadores. 20 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 19. 5- COLETA DATA: 19-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas) Macho Anosia gillippus ou Danaus gillippus, CRAMER, 1775, Família Nymphalidae/danainae, conhecida popularmente como borboleta vice-rei, é mimética batesiana da borboleta monarca, porém é mais escura e não apresenta linhas pretas, ao longo das nervuras, apresenta manchas brancas no meio das asas. Suas larvas são encontradas em Asclepias curassavica e Oxipetalum e eventualmente em outras plantas da família Asclepiadaceae. O macho esfrega os pincéis de feromônios (glândulas em bolsas nas asas posteriores) nas antenas das fêmeas em vôo, em resposta a fêmea pousa e a cópula ocorre, o macho desprovido de pincéis, são capazes de cortejar a fêmea mas incapazes de seduzi-la, portanto o feromônio é afrodisíaco. Os machos possuem bolsas nas asas posteriores para armazenar cetonas, que somente ocorrem após a ingestão do alcalóide precursor e após a introdução dos pincéis de pêlos na bolsa das asas posteriores, com os pincéis molhados de cetona, o macho esfrega nas antenas da fêmea, é um feromônio sedutor afrodisíaco, indutor da cópula. 21 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 20. 6- COLETA DATA: 21-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores) Observar o padrão de coloração tigre, anel tigre (preto, laranja, amarelo e branco). Macho Macho Mechanitis lysimnia lysimnia, FABRICIUS, 1793, Família Nymphalidae/ithomiinae, nome popular é pequena- bandeira-espanhola, pertence ao anel mimético mülleriano tigre, é impalatável aos predadores, suas larvas alimentam- se das folhas do tomateiro bravo Solanum sinzibrifolium, solanácea que possui solaninas, como substâncias secundárias, garante a impalatabilidade dos adultos assim muitas outras borboletas à imitam, principalmente pierídeos (BATES, 1862). O adulto alimenta-se de Eupatorium, a impalatabilidade do adulto pode ser provada através do teste da Nephila, esta aranha não suporta a Mechanitis lysimnia, que ao perceber estar em uma teia de aranha permanece estática, os olhos da aranha são incapazes de perceber o padrão aposemático, a borboleta avisa a aranha através de infoquímicos, chamados alomônios, secreções em forma de gotículas amarelas que saem do abdômen, a Nephila detém o seu ataque pois detecta o alomônio através de pêlos tubulares quimiossensíveis, a aranha imediatamente recorta a teia em volta da borboleta e a solta da sua teia. A pupa ou crisálida da Mechanitis lysimnia, é toda espelhada, provavelmente para disfarçar-se de parasitóides. 22 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 21. 7- COLETA DATA: 06-09-1995 LOCAL: Irai RS Macho Fêmea Placidula euryanassa, FELDER & FELDER, 1860, Família Nymphalidae, ithomiinae, pode ser facilmente confundida com a Mechanitis lysimnia, pois todas fazem parte do anel mülleriano tigre, a borboleta possui cheiro característico de gerânio, a parte ventral do abdômen é amarela, geralmente as lagartas são gregárias encontradas em Brugmansia suaveolens e Brugmansia candida antiga Datura, Cyphomandra betacea, Solanáceas, próximas a riachos. 23 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 22. 8 – COLETA DATA: 09-09-1995 LOCAL: Caxambu Minas Gerais Coleta no Parque das águas Fêmea Dorsal Ventral Mechanitis polymnia casabranca, HAENSCH, 1905, Família Nymphalidae/ithomiinae, pertence ao anel mimético mülleriano tigre, é impalatável aos predadores, suas larvas são gregárias e alimentam-se de diversas espécies perenes do tomateiro bravo Solanum, solanácea que possui solaninas, como substâncias secundárias. Esta espécie é raramente encontrada no Rio Grande do Sul. 24 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 23. 9 - COLETA DATA: 21-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS campus UFSM Macho Macho Actinote carycina, JORDAN, 1913, Família Acraeidae/acreinae, é chamada popularmente de borboleta-palha, são diversas espécies semelhantes entre si, o que torna difícil a identificação, faixa oblíqua subapical de cor amarelo ocre nas asas anteriores, as asas posteriores com a região central alaranjada e os bordos escurecidos, as larvas vivem sobre compostas normalmente Cambará-do-campo Moquinia polymorpha, os adultos alimentam-se do néctar de Eupatorium e Mikania, Compositae. O adulto tem as asas com aspecto oleoso, e a vida curta de 4 -10 dias, o grupo é predominantemente Africano, com apenas um único gênero no sul do Brasil, composto por mais de 20 espécies semelhantes. 25 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 24. 10 - COLETA DATA: 19-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS (centro) Praga das couves Fêmea Ascia monuste orseis, LATREILLE, 1764, Família: Pieridae/pierinae, nome popular Branca-da-couve, praga da couve e de diversas crucíferas, ovos amarelos ovipositados na face inferior das folhas de couve, as crisálidas podem ser encontradas no caule ou na face inferior das folhas, existe complexo de parasitóides associados a esta espécie. Macho Eurema elathea, CRAMER, 1777, Família: Pieridae, borboleta comum em floresta secundária, a larva é polífaga, mas prefere: Zornia, Styloranthes (Fabaceae) e Cassia, mas ocorre em plantas venenosas como Thevetia (Apocynaceae). O macho possui uma barra preta e laranja, na beirada inferior das asas anteriores. 26 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 25. 11 - COLETA DATA: 26-03-1995 LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores) Passeio pela serra, observamos a diversidade Macho dorsal Dryas iulia alcionea, CRAMER, 1779, Família Nymphalidae, Nome popular: Fogo-no-ar ou labareda, tem coloração vermelho-arruivado, asas marginadas de preto, pertence ao anel mimético mülleriano laranja, e pode ser confundida com a Dione juno, o adulto alimenta-se de Eupatorium, as fêmeas ovipositam em plantas do gênero Passiflora, em gavinhas e galhos secos, estudos comprovam a preferência pela espécie Passiflora suberosa. Dríades, na mitologia grega, são as ninfas das árvores (carvalho) que cuida dos bosques, observamos um panapaná de dezenas de indivíduos da espécie Dryas iulia, sobre o esterco do gado, provavelmente sugando sais minerais e matéria orgânica. 27 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 26. Fêmea Macho Parides anchises nephalion, GODART, 1919, Família Papilionidae/Troidini, possuem uma mancha branca no meio da asa anterior, no macho a mancha branca é menor e não invade a célula discal, na fêmea a mancha branca é bem maior e invade a célula discal, o tamanho e a intensidade da mancha na célula discal é bastante variável. Além disso, as manchas vermelhas nas asas posteriores são em número maior nas fêmeas e podem também variar em tamanho e coloração, em alguns exemplos os machos apresentam dois padrões de coloração vermelha e rosa-claro, na mesma mancha. Observamos que a P. a. nephalion, pode ficar presa pelas patas aos tubos polínicos colantes da Asclepias curassavica, a borboleta fica se debatendo até gastar todas as suas energias e cair extenuada no chão. 28 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 27. Fêmea Macho Junonia evarete, CRAMMER, 1779, Família: Nymphalidae/kallimini, nome popular olho-de-pavão-diurno, é uma borboleta de vôo muito rápido e baixo pousando com as asas abertas, no chão ou sobre a vegetação herbácea, habita lugares abertos (descampado) e ensolarados, a fêmea coloca os ovos sob as folhas do gervão-cheiroso Lantana, as larvas podem ser encontradas também sobre Stachytarpheta, Gervão (Verbenaceae). A fêmea é mais colorida e muito agressiva e agitada. 29 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 28. Fêmea Macho Vanessa brasiliensis, MOORE, 1883, Família: Nymphalidae/nymphalini, seu habitat é lugares abertos, pousa em pedras e flores em topos de morros, no chão, areia, na beira dos caminhos, larva em diversas compositae herbáceas, oviposita o seu ovo escondido na axila da folha. Fêmea Macho Phaloe cruenta, HÜBNER, 1823, Família: Pericopidae, nome popular é borboleta-espumadeira, pois tem o hábito de espumar ao ser capturada, provavelmente para assustar o predador, é uma mariposa e a fêmea tem o ovipositor vermelho. 30 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 29. Macho Fêmea Dryadula phaetusa, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae, ocorrem em campos e brejos, a fêmea possui as asas anteriores na parte dorsal mais pálidas, e pode ser até amarela, o macho possui as asas anteriores na parte dorsal, mais vivamente avermelhadas, grupos podem ser encontrados dormindo em fileiras por baixo de folhas de gramíneas, a larva ocorre em Passiflora. Fêmea Adelpha syma, GODART, 1823, Família: Nymphalidae/limnetidini, comum em florestas perturbadas, larvas em morangos silvestres Rubeus fructicosus, Rosaceae. Macho Adelpha zea, Família: Nymphalidae/Limnetidini, nome popular é borboleta- coração. 31 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 30. Macho Hamadryas feronia, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae/epicallini, nome popular borboleta-estaladeira ou assenta-pau-de-barriga-cinzenta, devido ao ruído que produz durante o vôo, parece um pica-pau, tem o costume de pousar no tronco das árvores com as asas abertas e coladas no substrato. É um belo exemplo de padrão de coloração críptico ou camuflagem pois a borboleta se confunde com os líquenes, a fêmea oviposita, na extremidade dos brotos da trepadeira Dalechampia, euphorbiaceae, a crisálida possui prolongamentos cefálicos característicos. O adulto alimenta-se da resina que exsuda do tronco das árvores, (DARWIN, 1859) observou estas borboletas no Rio de Janeiro, e as chamou de borboleta- carijó, o ruído emitido ocorre somente durante o cortejo, através de um saco membranoso característico na base das asas anteriores (DOUBLEDAY, 1845). Macho Hamadryas februa, HÜBNER, 1823, Família: Nymphalidae/epicallini, comum em floresta perturbada, pousa em troncos de árvores com as asas abertas, mostrando apenas a face dorsal. 32 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 31. 12 - COLETA DATA: 03-04-1995 LOCAL: Santa Maria RS (campus UFSM-prédio 17) Macho Caligo illioneus, CRAMER, 1775, forma: pampeiro, FRUHSTORFER, 1904, Família: Nymphalidae/morphinae, muito parecida com a borboleta-coruja Caligo beltrao, esta borboleta é uma das maiores do Brasil, possui olhos ou ocelos na face inferior das asas posteriores, o que deu o nome popular de corujão, pois mimetiza os olhos de uma coruja, este fato faz com que os pássaros predadores não se aproximem, no entanto encontramos exemplares com as asas bicadas, fato que denuncia estas borboletas serem altamente palatáveis. Esta espécie pode ser encontrada de março a abril, voa próximo ao solo no crepúsculo e ao amanhecer sobre o leito dos rios e na borda das matas à procura de frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de certas árvores atacadas por moscas ou moléstias é comum em lugares antrópicos, cidades, jardins, campos e lavouras de cana-de-açúcar, raro em florestas nativas. Esta espécie é comum, mas não é abundante, passa o dia pousada no tronco de árvores em locais sombrios e úmidos, à noite se fixa sob alguma folha, o ciclo completo de ovo a adulto dura três meses e meio, sendo a média de vida do adulto de três meses, os ovos ovipositados isolados ou em pequenos grupos, são depositados na face superior e inferior das folhas de diversas marantáceas, as larvas aceitam folhas de bananeira Musa paradisiaca, na dieta. As larvas podem ser encontradas em bananeiras, palmeiras, canas-de-açúcar, cyperaceae, marantaceae, heliconiaceae e outras monocotiledoneas, o adulto e a larva possuem um cheiro característico. 33 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 32. Macho Fêmea Eresia lansdorfi, GODART, 1819, existe a forma amarela sulphurata, ZIKAN, 1937, Família: Nymphalidae/melitaeini, pertence ao complexo grupo phyciodes, imita Heliconius erato phyllis e Heliconius besckei, lagarta em diversas acanthaceae, juntam-se em flores e barro avidamente, formando panapaná. Macho Fêmea Methona themisto, HUBNER, 1818, Família: Nymphalidae/ithomiinae, seu nome popular é borboleta-do-manacá, devido estar intimamente associada á esta planta, que é o único alimento das lagartas e pouso dos adultos, embora sejam boas voadoras, percorrendo longas distâncias de uma população para outra, a borboleta passa a maior parte do tempo nas proximidades do manacá. Os machos procurando as fêmeas novas, e as fêmeas fazendo posturas de ovos isolados sob as folhas o acasalamento é violento, o macho no vôo segura e joga a fêmea no chão forçando a cópula, o adulto vive mais de três meses alimentando-se de néctar de diferentes flores, os estágios de ovo á lagarta são rápidos no máximo 30 dias no verão, a lagarta é bem visível sobre a planta, preta com listas amarelas, a crisálida se fixa na folha do manacá: Brunfelsia pilosa e Brunfelsia uniflora, Solanaceae, geralmente de flores brancas e perfumadas, as lagartas podem se alimentar também de jasmin-manga. A borboleta possui um cheiro característico parecido com o do Manacá, os machos possuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, localizados nas costas das asas posteriores. 34 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 33. 13 - COLETA DATA: 06-04-1995 LOCAL: Santa Maria Rs Morro do Gustavo e pedreira do Link Macho Fêmea Dione juno juno, CRAMER, 1779, Família: Nymphalidae/heliconidae, seu nome popular é lágrimas-de-prata, devido as manchas prateadas em forma de gotas, podem ser confundidas com Dryas iulia, pela parte dorsal principalmente o macho, por ser mais avermelhado, as larvas são gregárias e alimentam-se de várias espécies de maracujás, Passiflora. Fêmea Dione moneta, HÜBNER, 1825, Família: Nymphalidae/heliconidae, coletada de uma teia de aranha, em São Martinho da Serra, altamente migratória, larva em Passiflora warmingii, a larva é coberta de tricomas glândulosos, não é comum na região central do estado do Rio Grande do Sul, no entanto pode ter migrado de regiões ao norte. 35 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 34. Fêmea Biblis hyperia nectanabis, FRUHSTORFER, 1909, Família: Nymphalidae/biblidinae, a fêmea oviposita em Trajia volubilis, euphorbiaceae, que é um cipó urticante (liana) se desenvolve nas bordas de florestas e matas secundárias, suas populações no centro do estado do Rio Grande do Sul não são constantes, podendo desaparecer completamente em certas épocas, concentram-se em fontes de álcool de fermentações através de frutos em decomposição, o vermelho das asas lembra a faixa escarlate da Heliconius erato phyllis, podendo ser um mimético. 36 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 35. 14 - COLETA DATA: 09-04-1995 LOCAL: Santa Maria Rs Rincão do canto (seu Jairo) Observamos as borboletas nas fezes de animais. Fêmea Diaethria meridionalis, BATES, 1864, família: Nymphalidae, antiga Callicore meridionalis, descrita por Wenry Walter Bates, chamada popularmente de borboleta- oitenta-e-oito, as asas superiores são negras com reflexo metálico azulado. Superfície inferior das asas anteriores avermelhada preta e branca no ápice, nas asas posteriores é esbranquiçada com as margens avermelhadas. As lagartas vivem sobre plantas silvestres e também cacaueiros. Observamos também Diaethria candrena, GODART, 1821, larvas em Celtis, Ulmaceae. Fêmea Paulogramma pyracmon, GODART, 1823, família: Nymphalidae, comum em florestas úmidas a beira de riachos. As asas posteriores mostram uma série de arabescos formando no centro nitidamente o número oitenta e oito, em Catagramma, aparece o número oitenta, catagrama do grego significa: “letra-em-baixo” Fêmea Observamos muitas espécies de Diaethria, sobre o esterco de animais nas poças d’água e na beira dos riachos, pousadas sugando água sais minerais e substâncias nitrogenadas, comuns em vários habitats inclusive os antrópicos, larvas em ulmáceas e sapindáceas, são consideradas como portadoras de sorte. 37 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 36. Fêmea Macho Chlosyne lacinia saundersi, DOUBLEDAY, 1847 Família: Nymphalidae, borboleta abundante no morro do elefante, em Santa Maria – RS, pousam em grandes agregações em barro úmido, observamos rituais de corte em que o macho rodopia em volta da fêmea durante horas até que pousam em uma folha ao sol e finalmente copulam, o aprimoramento dos rituais de corte se da com o tempo e a experiência dos casais, larvas em compostas: Acanthospermum, Ambrosia, Helianthus (girassol-praga). Macho Doxocopa kallina, STAUOL, 1888, Família: Nymphalidae, larvas em Celtis, ulmaceae, adultos visitam frutos caídos, flores e barro úmido, esta borboleta gosta muito de pousar no ombro das pessoas, para sugar os sais do suor. Fêmea Dynamine mylitta, CRAMER, 1782, muito comum em florestas perturbadas com grande crescimento de Dalechampia. 38 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 37. 15 - COLETA DATA: 18-04-1995 LOCAL: Santa Maria Rs campus UFSM, prédio 17 Fêmea Eryphanis reevesi, DOBLEDAY, 1849, Família: Morphinae, nome popular: ferrete, borboleta de hábitos crepusculares, comum em frutos no chão (fermentados) e seiva de árvores, larvas em bambus, esta borboleta é distribuída pelo sudeste brasileiro, geralmente em regiões montanhosas até 1800 metros de altitude, durante o dia repousa no tronco das árvores, sendo difícil ser localizada devido ao padrão da face inferior das asas, voa ao crepúsculo e ao amanhecer, é atraída pela luz artificial (fototaxia). Os ovos são colocados isolados ou em pequenos grupos sob as folhas de bambus ou gramíneas bambusiformes como a Olyra, as larvas localizam-se na parte superior das folhas e se confundem de maneira extraordinária com o vegetal hospedeiro, as crisálidas parecem uma folha seca de bambu (mimetismo), a lagarta se parece com a da Opsiphanes, é marrom claro e possui cauda bífida e projeções na cabeça. 39 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 38. Macho Morpho aega, HÜBNER, 1822, Família: Morphidae, esta borboleta é chamada popularmente de seda-azul, devido a cor azul metálica, que na presente figura está bem diminuída devido ao contact, os morfoideos compreendem apenas trinta espécies exclusivamente da América tropical, a Morpho aega, possui duas manchas brancas pequenas, na margem anterior na frente da célula discal, a face inferior das asas é marrom com cinco manchas ocelares, duas nas asas anteriores e três nas posteriores. As fêmeas podem ser além de azuis, amarelas ou amarelo-azuladas, também podem ser chamadas de telão-de-seda-azul, as larvas das espécies do gênero Morpho, alimentam-se de Ingá: Inga uruguensis, leguminosa ou de Tambuatá: Cupania vernalis, sapindácea. Morpho menelaus, LINNAEUS, 1758 Fêmea Macho 40 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 39. 16 - COLETA DATA: 21-04-1995 LOCAL: São Martinho da Serra Rs Água Negra Na região de São Martinho da Serra, são característicos o cerro mesa, morro formando um platô, o cume achatado é coberto por vegetação de encosta, floresta estacional decidual mesófila da fralda da serra geral, muito característico são os vales em (v) escavados no basalto e arenito pelos cursos de água, acompanhados pela mata de galeria. Fêmea Sea amiflonea, Família: Dioptidae, comum em matas de altitude, larvas em passifloráceas (maracujazinho miúdo), os dioptídeos são mariposas semelhantes a borboletas, possuem ocelos pouco visíveis ou ausentes, coloração negra, com uma lista longitudinal amarela nas asas posteriores. Fêmea Eacles sp., Família Adelocephalidae, mariposa, exemplo de mimetismo críptico, semelhante à uma folha seca. 41 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 40. 17 - COLETA DATA: 29-05-1995 LOCAL: Santa Maria RS Cascatas do Banrisul Rapel na serra (Bar Timbaúba) Macho Fêmea Macho Pantherodes pardalaria, HÜBNER, Família: Geometridae, nome popular é oncinha ou pantera, devido ao colorido de suas asas, que são de fundo amarelo com numerosas manchas cinzentas, mais escuras na margem e no centro, é uma mariposa com certa semelhança a borboletas, os geometridae alcançam mais de 5000 espécies na América tropical as mariposas deste grupo, são principalmente noturnas e freqüentemente atraídos pela luz, as larvas são do tipo mede-palmos, o adulto é encontrado próximo a cachoeiras e lugares úmidos. Macho Urbanus sp., Família: Hesperiidae/pyrginae, a antena é mais grossa antes da ponta dobrada, dando o aspecto de um gancho para a ponta da antena, muitas espécies tem a asa posterior prolongada, cauda, com função desconhecida provavelmente, distrair predadores, pois em muitas espécies na natureza está faltando. 42 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 41. Macho Siproeta stelenes meridionalis, FRUHSTORFER, 1909, Família Nymphalidae/kallimini seu nome popular é folha-no-ar, encontrada alimentando-se de butiás podres no chão Butia capitata. As larvas alimentam-se de folhas de acantháceas, possui um colorido verde incomum, possui o hábito de se alimentar tanto de néctar quanto de sucos de frutos em fermentação e pode ser facilmente confundida com outra borboleta verde a Philaethria wernickei, heliconídeo do qual é mimético, esta não possui a pequena cauda nas asas posteriores, e outras diferenças na coloração das asas. 43 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 42. Fêmea Macho Heraclides anchysiades capys, HÜBNER, 1806, Família: Papilionidae, conhecida popularmente como rosa-no-luto, as fêmeas ovipositam nas folhas de Citrus, suas larvas são pragas para as plantas cítricas, suas asas posteriores são pretas aveludadas tendo na parte central duas grandes manchas vermelhas ou rosadas divididas pelas nervuras escuras, as asas anteriores são pretas com a metade basal mais escura, as larvas chamadas de bicho de rumo reúnem-se de dia nos troncos das laranjeiras, à noite espalham-se atacando as folhas, as larvas possuem glândulas próximas à cabeça chamadas de osmetério, quando são ameaçadas estendem o osmetério emitindo substâncias repelentes contra predadores (alomônios: ácido isobutírico) comum em cidades, campos e pomares. O padrão de coloração, possui variações nas manchas rosas e claras das asas em diferentes populações de diferentes localidades geográficas. 44 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 43. Macho Fêmea Epityches eupompe, GEYER, 1832, Família: Ithominae, esta borboleta é muito parecida com a Episcada munda, a diferença é na venação da asa posterior, a Epityches eupompe, possui os detalhes amarelos nas asas transparentes, a larva alimenta-se de Aureliana lucida, e Acnistus, solanaceae. Os ithomiinae agrupam-se em bolsões de muitas espécies (panapaná), concentradas em áreas pequenas, eventualmente produzidas por altas concentrações de feromônios emitidos pelos machos, através de pincéis de pêlos difusores de feromônios, localizados nas costas das asas posteriores (agentes esterificantes) secreção de lactona, cuja função é de repelente para outros machos, atuando como marcador territorial. Macho Episcada munda, WEYMER, 1975, Família: Ithominae, pincéis de pêlos difusores de feromônios sexuais (líquido laranja) localizados na face dorsal das asas posteriores, as larvas são comuns em solanáceas: Solanum, Laxiflorum caavurana. Macho Episcada philoclea, HEW, 1854, Família: Ithominae, bem mais clara que a Episcada munda. 45 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 44. 18 - COLETA DATA: 13-06-1995 LOCAL: Santa Maria Rs Campus UFSM Macho Atlides polybe, LINNAEUS, 1763, Família: Lycaenidae, o nome popular é chocolate, larva em erva-de-passarinho, loranthaceae, abdômen na parte ventral alaranjada e dorsal azul metálico, borboleta com cheiro bem característico, devido a mancha androconial localizada na asa anterior só dos machos, nas asas posteriores ocorrem prolongamentos filamentosos semelhantes a antenas. 19 - COLETA DATA: 12-08-1995 LOCAL: Tupanciretã Rs Macho Iridopsis sp. WARREN, 1894, Família: Geometridae/ennominae, mariposa atraída pela luz, machos com grandes antenas filiformes e plumosas, asas marchetadas de castanho-escuro e com linhas sinuosas escuras ao longo das margens externas de ambas as asas cinza-claro, linhas em ziguezague, não se sabe a planta hospedeira de sua larva. 46 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 45. 20 - COLETA DATA: 24-08-1995 LOCAL: Santa Maria Rs UFSM Fêmea Macho Sematura lunus ou Nothus lunus, LINNAEUS, no Rio Grande do Sul, ocorre a Sematura diana, GUENÉE, Família: Manidíinae/uraníidae, seu nome popular é cambaxira, a forma e o padrão combinam-se para tornar invisível esta mariposa sematurídea da América do Sul e Central, os ocelos da cauda podem ser usados para deter predadores, as asas posteriores possuem um prolongamento caudiforme longo e expandido, no ápice espatuliforme, asas marrom-claro com numerosas listas amarelas e algumas escuras, no prolongamento caudiforme existem três ocelos negros filetados de amarelo, imita borboletas papilionidae com cauda de andorinha, é uma mariposa diurna. 47 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 46. 21 - COLETA DATA: 26-08-1995 LOCAL: Santa Maria Rs Parque Itaimbé Macho Pterourus scamander, BOISDUVAL, 1836, Família: Papilionidae, larvas em lauraceas: Ocotea, Persea, Nectandra, Cryptocaria; e também em magnoliáceas: Michelia, Tabauma. E muitas outras plantas urbanas, os machos adultos são territoriais e guardam suas plantas de alimentação: Brunfelsia, primavera (Solanaceae), os machos possuem androcônias, pêlos ou escamas modificadas para apaziguar as fêmeas durante os cortejos aéreos vigorosos e prolongados, essas estruturas localizam-se na margem interna da asa posterior, muitos papilionídeos possuem um prolongamento da asa na veia M3 da asa posterior, recebendo o nome de rabo-de-andorinha ou espadinha: swallowtails ou swordtails. As fêmeas de muitas espécies são raramente vistas e até desconhecidas devido aos hábitos, os machos defendem territórios vigorosamente, geralmente com flores de alimentação, nas horas mais quentes do dia, em agosto no fim do inverno começam a aparecer sendo o seu pico de densidade populacional no mês de dezembro, esta espécie habita campos de flores, matas sazonais e frias, zonas rurais (abacatais) e cidades, chegando até ser praga de abacateiros, imita Battus polydamas, por ser impalatável. Pode atacar muitas outras famílias de plantas exóticas e ornamentais em cidades. 48 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 47. 22 - COLETA DATA: 27-08-1995 LOCAL: Itaara Rs região das cascatas (Timbaúva) Macho Doxocopa laurentia, GODART, 1824, Família: Nymphalidae/apaturinae nome popular é furta-cor ou mal-casados, devido ao acentuado dimorfismo sexual, o macho possui traços azuis-metálicos, a fêmea é escura e pequena, as lagartas não possuem espinhos mas tem longos chifres na cabeça, a planta hospedeira é Celtis spinosa, ulmaceae, possuem o primeiro par de patas atrofiadas, a probóscide ou espiro tromba verde-claro. Macho Pteromya carlia, SCHAUS, 1902, Família: Nymphalidae/ithomiinae, a planta hospedeira da larva é Solanum caavurana, solanaceae, os machos possuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, nas asas posteriores. Os ithomíneos são quase restritos as regiões neotropicais, os transparentes são todos muito parecidos e devem ser identificados pela venação posterior, agrupam-se em bolsões (panapaná) por várias razões, geralmente onde a umidade permanece maior ou onde os recursos estão concentrados, esta espécie estava a beira do riacho sobre Lantana, verbenaceae. 49 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 48. 23 - COLETA DATA: 02-09-1995 LOCAL: Santa Maria Rs Cascata do sapo – estrada do perau velho Passeio com a turma de Biologia-95 - UFSM Macho Fêmea Battus polystichtus, BUTLER, 1874, Família: Papilionidae, as subespécies do sul do Brasil tem muito menos amarelo nas asas, do que as espécies do norte, larvas negras e reluzentes agrupadas em Aristolochia triangularis, (cipó-mil-homens). Battus polystichtus, voa em dossel de floresta ou campo aberto, o macho possui a parte dorsal do abdômen amarela a fêmea não tem amarelo. O macho possui sete manchas amarelas na lateral do abdômen e a parte dorsal deste é amarelo creme constituído de sete segmentos coloridos. O macho é territorial. 50 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 49. 24 – COLETA DATA: 11-09-1995 LOCAL: Santa Maria Rs (centro) Fêmea Macho Automeris illustris, WALKER, Família: Saturnidae, nome popular: olho- de-pavão-alaranjado, caracteriza-se por grande mancha ocelar de cores vivas na porção central das asas posteriores, nas fêmeas as asas anteriores são chocolate claro com uma linha transversal mais clara e uma mancha marrom escura na parte ventral da asa anterior, as asas anteriores são cor de abóbora e a mancha acelar apresenta a íris pardo escura, marginada de amarelo. Nos machos as asas anteriores são cinza-amarelado com as linhas e manchas mais acentuadas, nas posteriores á mancha ocelar apresenta uma grande pupila branca, as larvas em laboratório parecem aceitar várias espécies de plantas na alimentação, a lagarta é robusta e muito urticante (taturana), a lagarta é polífaga já foi encontrada em: mangueira, ingázeiro, goiabeira, roseira e algumas sobre madressilva: Lonicera; Estas foram encontradas sobre leguminosas, várias espécies de Acácia. As larvas ao transformarem-se em pupas, constroem um casulo irregular com fios de seda cinza-claro, em gravetos e empupam em um período de 15 dias. No sul do Brasil, foram notificados vários acidentes com taturanas urticantes, principalmente as do gênero: Lonomia, em 28 municípios de regiões agrícolas do Rio Grande do Sul, no verão de 1991 a Lonomia, fez 25 vítimas, uma das quais morreu 40 dias depois do contato com a proteína fibrinolítica anticoagulante que se encontra nos exsudados dos pêlos e na hemolinfa da lagarta, que é capaz de alterar a cascata de coagulação de uma pessoa, apenas com uma pequena fração da toxina: 16 a 18 Kda (kilodaltons). O erucismo, conjunto de sintomas causados pelo contato com a taturana: hemorragia interna, queimadura, edema, eritema, congestão cutânea, vermelhidão na pele; ao apresentar estes sintomas procure um médico imediatamente. 51 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 50. 25 – COLETA DATA: 20-09-1995 LOCAL: Santa Maria Rs (água negra) Macho Mimoides lysithous, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae. Macho Fêmea Mimoides lysithous rurik, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae, a larva é encontrada em Rollinia exalbida (araticum) annonaceae, e outras annonaceas, comuns nas capoeiras (pequenas matas no campo) e em florestas naturais e perturbadas imita diversas Parides, quando adulto, mas, pousa à beira d´água, hábito raríssimo em Parides. Larva possui diversos tubérculos e muitas manchas claras, lagartas em Annona cacans, Rollinia sylvatica e Rollinia emarginata, todas da família annonaceae, existe grande variação muitas formas na espécie Mimoides lysithous, quanto ao colorido das asas anteriores, normalmente é uma faixa vertical até o ápice da asa. 52 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 51. Macho Fêmea Mimoides lysithous lysithous, HÜBNER, 1821, forma: extendatus, WEYMER, 1895, Família: Papilionidae, encontrada em florestas naturais e perturbadas, imita diversas Parides, quando adulto, porém, pousa à beira d´água, hábito raríssimo em Parides. Lagartas em Annona cacans, Rollinia sylvatica e Rollinia emarginata, todas da família annonaceae. 26 – COLETA DATA: 20-09-1995 LOCAL: Santa Maria Rs (água negra) Macho Parides agavus, DRURY, 1782, Família: Papilionidae, tribo troidini, o macho possui um excesso de vermelho e uma linha branca na dobra da asa posterior, larva em Aristolochia triangularis (cipó-jarrinha) prefere lugares sombrios, no interior de matas e florestas, próximo a cachoeiras e córregos de água, abundante nos vales da serra geral (depressão central). 53 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 52. 27 – COLETA DATA: 20-09-1995 LOCAL: Santa Maria Rs (campestre do divino) Macho Fêmea Euryades corethrus, BOISDUVAL, Família: Papilionidae, a fêmea é maior que o macho, que possui uma pigmentação mais escura, sensivelmente visível, a fêmea que já copulou possui um lacre em forma de (y) no final do abdômen, deixado pelo macho, para que não copule outra vez, larva em Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, aristolochiaceae e Hydrocotyle, umbelliferae, seu habitat preferencial é campo aberto, topos de morros, o adulto alimenta-se de Vernonia e Eupatorium, compostas. Observamos cerca de 10 indivíduos, estáticos pelo vento frio, em um morro, do tipo serro-mesa em Campestre do divino, Santa Maria-RS. 54 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 53. Fêmea Erebus odora, LINNAEUS, 1758, Família: Noctuidae, espécie bastante grande e comum, aproximadamente 13 centímetros de envergadura, ocorrendo dos Estados Unidos ao Paraguai, o adulto é escuro com numerosas linhas e manchas de cores mais claras, algumas aveludadas e brilhantes, larva em várias Leguminosas chamadas Acácias. Os palpos labiais são tão longos que parecem dois pares de antenas, os machos possuem antenas plumosas, a função dos palpos labiais é provar os alimentos. Macho Eteona tisiphone, BOISDUVAL, 1836, Família: Nymphalidae, larva em bambus, as fêmeas imitam Actinote. 55 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 54. 28 – COLETA DATA: 20-09-1994 LOCAL: Santa Maria RS (água negra) Fêmea Heraclides astyalus astyalus, GODART, 1819, Família: Papilionidae/papilionini, fêmeas com as asas bicadas, fêmeas melaneas, ocorrem em floresta aberta, flores e areia úmida. 56 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 55. 29 – COLETA DATA: 15-10-1995 LOCAL: Santa Maria RS Rincão do soturno machos albinos, capturados em areia úmida Macho Heraclides astyalus, forma: oebalus, GODART, 1819, Família: Papilionidae/papilionini, macho capturado em areia úmida, larva em Esembeckia febrifuga, Rutaceae, e eventualmente em Citrus, a fêmea é geralmente melanea (escura), porém existem fêmeas amarelas da forma: oebalus, geneticamente recessivas, sem ligação com o cromossomo (y), a fêmea melanea (escura), imita Battus polydamas. 57 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 56. 30 – COLETA DATA: 08-10-1995 LOCAL: Santa Maria RS (centro) Fêmea Eacles imperialis, DRURY, Superfamília: Saturnoidea, família: adelocephalidae, mariposas grandes geralmente com mais de 10 centímetros de envergadura, habitantes de matas de lugares elevados, mariposa amarelada com pontos escuros esparsos, cada asa apresenta uma faixa diagonal marrom- avermelhada, próxima à margem. Os ovos são verde-escuros com uma fina penugem clara, as larvas apresentam espinhos dorsais e são encontradas em Celtis spinosa (ulmaceae) e Erytrina cristagalli (leguminosae), constróem casulo, a crisálida ocorre no solo. 58 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 57. 31 – COLETA DATA: 15-10-1995 LOCAL: Santa Maria RS Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo) Acompanhamos o Rio Soturno, área poluída. Macho Heraclides hectorides, ESPER, 1794, Família: Papilionidae/papilionini, a fêmea imita Parides, habita floresta densa, os machos pousam na areia úmida e defendem flores de alimentação vigorosamente, larvas em Piper amalago, piperaceae, raramente em rutaceae, gêneros: Zanthoxylum, Citrus. 59 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 58. Macho Macho Parides bunichus perrhebus, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae/Papilionini, na asa posterior, manchas duplas em forma de vidro de relógio, lagarta vermelho-negra com tubérculos amarelos, alimenta-se de várias espécies de Aristolochia, especialmente Aristolochia arcuata. Esta borboleta é encontrada em campos e moitas floridas e também em florestas de altitude, mesófila de encosta e formações secundárias antrópicas. 60 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 59. 32 – COLETA DATA: 03-11-1995 LOCAL: Santa Maria RS Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo) Fêmea Ituna ilione, CRAMER, 1775, Família: Nymphalidae/ithomiinae, segundo MÜLLER, 1879, forma um anel mimético com três espécies de ithomiinae e duas espécies de mariposas diurnas, larvas em Ficus glabra, moraceae, a família depende de alcalóides pirrolizidínicos para a defesa dos adultos e síntese de feromônios sexuais (perfumes atraentes). Nos machos os feromônios são difundidos por pincéis de pêlos nas costas das asas posteriores, os ithomideos são restritos às regiões neotropicais, os danaideos são grandes e muito diversificados na Ásia e pouco diversificados nas Américas, os machos possuem pincéis no abdômen, este espécime estava pousado em Brunfelsia, solanaceae. 61 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 60. 33 – COLETA DATA: 15-10-1995 LOCAL: Santa Maria RS Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo) Macho Phoebis neocypris, HÜBNER, 1823, Família: Pierinae, as larvas alimentam-se de plantas parasíticas principalmente loranthaceae (erva-de-passarinho), larvas gregárias, os adultos ocorrem em grande panapaná, no barro úmido a beira de regatos, fato interessante estas borboletas surgirem na época de grande florescimento de maria-mole, Senecio brasiliensis, compositae, fato que confunde a borboleta com o amarelo intenso da sua planta de alimentação, os pierideos possuem abundância de pigmentos pteridinas (brancas, amarelas, avermelhadas). 62 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 61. 34 – COLETA DATA: 15-05-1995 LOCAL: Tupanciretã RS (Espinilho) Macho Phoebis philea philea, LINNAEUS, 1763, Família: Pierídae/coliadinae, larvas em Cassia, leguminosa, ocorre desde o sul dos EUA, é fortemente migratória, migra em (panapaná) grupos de milhões, ocorre apenas em certos anos no interior do Brasil, as fêmeas são diferentes, as brancas são mais comuns que a amarela, os adultos encontram-se em áreas abertas ou florestas, machos em flores e areia úmida. 63 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 62. 35 – COLETA DATA: 29-11-1995 LOCAL: Tupanciretã RS (centro) Fêmea Macho Macho Ventral Heraclides thoas brasiliensis, ROTHSCH & JORD, 1906, Família: Papilionidae/papilionini, larvas em diversas espécies de Piper, também em diversas rutaceae inclusive Citrus, Esembeckia e Zanthoxylum, não constituindo praga, os adultos são ativos nas horas mais quentes do dia, os machos defendem flores de alimentação vigorosamente, ausentes no inverno. 64 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 63. 36 – COLETA DATA: 12-12-1995 LOCAL: Tupanciretã RS (centro) Fêmea Macho Morpho epistrophus argentinus, FRUHSTORFER, 1907 atualização da nomenclatura antiga: Morpho catenarius, PERTY, 1811, forma: marmorata, FRUHSTORFER, 1912, Família: Morphidae, é uma espécie comum na zona sueste do estado do Rio Grande do Sul, e rara na zona missioneira, na região central é comum preferindo voar nas clareiras e trilhas dos matos, é uma borboleta vistosa de grande envergadura (10 centímetros) tanto as asas anteriores quanto posteriores apresentam uma série de manchas escuras, na face inferior da asa posterior apresenta uma série de seis manchas ocelares nítidas.As larvas são vermelhas e gregárias, passam o inverno e primavera nas folhas de Ingá: Inga uruguensis, no Rio Grande do Sul a planta hospedeira é a Acacia longifolia, e Cupania vernalis (camboatá) e também Scutia buxifolia, (coronilla). 65 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 64. 37 – COLETA DATA: 06-04-1996 LOCAL: Tupanciretã RS Encosta dos trilhos, campo de Eupatorium, asteraceae Fêmea Macho Tatochila autodice, HÜBNER, Família: Pierinae/pieridae, esta espécie chega a ser praga em crucíferas, o adulto possui um cheiro de menta, derivado de óleos de mostarda, pois a lagarta alimenta-se de plantas com glicosinolatos, normalmente crucíferas do gênero Brassica: Brassica oleraceae var. capitata (repolho-branco) Brassica oleraceae var. botrytis (couve-flor) Sinapsis alba (mostarda-branca) Brassica napus (nabo) Brassica nigra (mostarda-preta) Lepidium sativum (mastruço) 66 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 65. 38 – COLETA DATA: 04-04-1996 LOCAL: Tupanciretã RS Macho Battus polydamas, LINNAEUS, 1758, Família: Papilionidae, borboleta comum em ambientes abertos e perturbados, aceita em laboratório todas as espécies de Aristolochia, comendo a planta inteira em pequenos grupos de lagartas cinzas, vermelhas ou marrons, devastando plantas de grande porte até a raiz, as larvas são tuberculadas, com longos filamentos no tórax, a planta hospedeira no estado do Rio Grande do Sul é Aristolochia fimbriata. 67 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 66. 39 – COLETA DATA: 25-02-2001 LOCAL: Tupanciretã RS Fêmea Eunica eburnea, FRUHSTORFER, 1907, Família: Nymphalidae/biblidinae, prefere locais de vegetação primária e secundária, lagarta em Gymnanthes, euphorbiaceae. 68 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 67. 40 – COLETA DATA: 20-09-1996 LOCAL: Tupanciretã RS Fêmea Rothschildia jacobaeae, WALKER, 1855, Família: Saturniidae, conhecida popularmente como, mariposa-espelho, devido as áreas transparentes e brilhantes em suas asas, é também chamada de bicho-da-seda-brasileiro, pois seu casulo é feito de seda de boa qualidade, embora não seja explorada comercialmente. O adulto ultrapassa 15 centímetros de envergadura, as asas apresentam tons variando entre o marrom, o castanho e o avermelhado, tanto as asas anteriores quanto as asas posteriores tem uma lista transversal sinuosa de coloração avermelhada-amarelada e uma área mais ou menos triangular transparente. A lagarta é robusta de coloração verde-claro com tubérculos vermelhos, as larvas são polífagas e podem ser encontradas em: Cephalanthus glabratus, (sarandi colorado); Citrus sinensis, (laranja doce); Ilex paraguariensis, (erva-mate); Lonicera japonica, (madressilva); Ricinus communis, (mamona). Os adultos possuem antenas bipectinadas ou plumosas são mais longas no macho do que na fêmea, as peças bucais são rudimentares e os adultos não se alimentam. 69 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version