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RESUMO DO ENREDO
    A obra conta a história de amor vivida por Martim, um português, e Iracema uma índia

    tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por
    Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem
    juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e
    passam a morar na tribo de Poti (Potiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor
    por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa
    transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os
    tabajaras e os potiguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martim, que quot;roubouquot; Iracema, mas
    Martim é amigo de Poti, índio potiguara, que irá protegê-lo.
    Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que

    são aliados dos potiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim
    começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de
    Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo
    que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho.
    Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou
    por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer
    visitas regulares aos dois.
    Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de

    Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá
    o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz
    recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à
    Martim. Iracema é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde
    seria batizado de Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio
    desta bela história de amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos
    brancos, preocupados apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.
PERSONAGENS
    1) Iracema - a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asas da

    graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era mais doce que seu
    sorriso, nem a baunilha rescendia no bosque como se hálito perfumado. Era mais rápida que a
    ema selvagem. Índia da tribo tabajara, filha de Araquém. Demonstrou muita coragem e
    sensibilidade. Revelou-se amiga, companheira, amorosa, amante, submissa e confiante.
    Renunciou tudo pelo amor de Martim. Representa bem o elemento indígena que se casa com o
    branco para formar uma nova raça: a brasileira.
         2) Martim - o seu nome na língua indígena significa quot;filho de guerreiroquot;. Era português e

    veio ao Brasil numa expedição, quando fez amizade com Jacaúna, chefe dos potiguaras, dos
    quais recebeu o nome de Coatiabo - quot;guerreiro pintadoquot;. Tinha nas faces o branco das areias
    que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas, os cabelos do sol.
    Corajoso, valente, audaz, representa bem o branco conquistador, que se impôs aos índios na
    colonização do Brasil.
         3) Araquém - pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha os olhos cavos e rugas

    profundas, compridos e raros cabelos brancos. Era um grande conselheiro, tinha o dom da
    sabedoria e da liderança.
         4) Andira - irmão do pajé Araquém. Provou ser um grande e impetuoso guerreiro. É o velho

    herói. É feroz Andira que bebeu mais sangue na guerra que beberam já tantos guerreiros. Ele
    viu muitos combates na vida, escapelou muitos potiguaras. Nunca temeu o inimigo. Seu nome
    significa quot;morcegoquot;.
         5) Caubi - irmão de Iracema. Tinha o ouvido sutil, era capaz de pressentir a boicininga

    (cascavel) entre rumores da mata; tinha o olhar que melhor vê nas trevas. Era bom
    caçador, corajoso, guerreiro destemido que não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua
    choupana distante.
PERSONAGENS
        6) Irapuã - chefe dos tabajaras, manhoso, traiçoeiro, ciumento, corajoso, valente, um

    grande guerreiro. Estava sempre lembrando a Iracema sobre a necessidade de se conservar
    virgem, pois ela guardava o segredo de Jurema. O seu nome significa quot;mel redondoquot;. De certa
    forma, Irapuã representa, com sua oposição, um esforço no sentimento de guardar e preservar
    as tradições indígenas.
        7) Poti - guerreiro destemido, irmão do chefe dos potiguaras.

    Prudente, valente, audaz, livre, ligeiro e muito vivo. Tinha uma grande amizade por Martim a
    quem considerava irmão e de quem era aliado.
        8) Jacaúna - o grande Jacaúna, o chefe dos potiguaras, senhor das praias do mar. O seu

    colar de guerra, com os dentes dos inimigos vencidos, era um brasão e troféu de valentia. Era
    corajoso, exímio guerreiro, forte. Seu nome tem o significado de quot;jacarandá-pretoquot;.
        9) Batuireté - avô de Poti, maior chefe. Tinha a cabeça nua de cabelos, cheio de

    rugas, Morava numa cabana na Serra do Maranguab (sabedor de guerra). Batuireté significa
    quot;valente nadadorquot;.
        10) Jatobá - pai de Poti. Conduziu os potiguaras a muitas vitórias. Robusto e valente.

        11) Moacir - o nascido do sofrimento, o quot;filho da dorquot;. É, na alegoria de Alencar, o primeiro

    brasileiro - fruto da união do branco com o índio. Mal nasceu, já exilava da terra que o gerou.
    Estaria nisso a predestinação errante da gente nordestina?
TEMPO
    O encontro da natureza (Iracema) e da civilização (Martim)

    projeta-se na duplicidade da marcação temporal. Há em Iracema
    um tempo poético, marcado pelos ritmos da natureza e pela
    percepção sensorial de sua passagem (as estações, a lua, o
    sol, a brisa), e que predomina no corpo da narrativa, e um tempo
    histórico, cronológico. O tempo histórico situa-se nos primeiros
    anos do século XVII, quando Portugal ainda estava sob o
    domínio espanhol (União Ibérica), e por forças da união das
    coroas ibéricas, a dinastia castelhana ou filipina reinava em
    Portugal e em suas colônias ultramarinas.
    A ação inicia-se entre 1603 e o começo de 1604, e prolonga-se
    até 1611. O episódio amoroso entre Martim e Iracema, do
    encontro à morte da protagonista, dá-se em 1604 e ocupa quase
    todo o romance, do capítulo II ao XXXII.
ESPAÇO
    A valorização da cor local, do típico, do exótico inscreve-se na

    intenção nacionalista de embelezar e engrandecer a terra natal
    por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens
    de um Nordeste paradisíaco, primitivo, que nada tem a ver com a
    aspereza do sertão do semi-árido. É o Nordeste da praias e das
    serras (Ibiapaba), dos rios (Parnaíba e Jaguaribe) e dos campos
    de Ipu.
       Pág. 09 – “ Verdes mares bravios de minha terra natal, onde conta a
    jandaia
    nas frondes da Carnaúba...”

       Pág. 14 – “ O pajé lobrigou os dois vultos... “
FOCO NARRATIVO
    A narrativa é em terceira pessoa e o narrador

    é onisciente e onipresente.
   Pág. 11 – “Iracema saiu do banho; o aljôfar d’água ainda a roreja, como a
doce
mangaba que corou em manhã de chuva...”
VEROSSIMILHANÇA
    A relação do casal serviria de alegoria para a formação

    da nação brasileira. A índia Iracema representaria a
    natureza virgem e a inocência, enquanto o colonizador
    Martim (referência explicita ao deus romano da guerra
    Marte) representa a cultura européia. Da junção dos dois
    surgirá a nação brasileira, representada
    alegoricamente, pelo filho do casal, Moacir (quot;filho da
    dorquot;).
    Para alguns críticos, a palavra Iracema é um anagrama
    de América, tratando-se o livro pois de uma metáfora
    sobre a colonização americana pelos europeus. O
    desenvolvimento da história e, principalmente o
    final, assemelham-se em muito a história do novo
    continente.
MOVIMENTO LITERÁRIO
     Indigenista. Exalta a bravura do índio.

     Para José de Alencar, como explicita o subtítulo de seu romance, Iracema é
     uma quot;Lenda do Cearáquot;. É também, segundo diferentes críticos e historiadores,
     um poema em prosa, um romance poemático, um exemplo de prosa poética,
     um romance histórico-indianista, uma narrativa épico-lírica ou mito poética.
     Cada uma dessas definições põe em relevo um aspecto da obra e nenhuma a
     esgota: a lenda, a narrativa, a poesia, o heroísmo, o lirismo, a história, o mito.

       Pág. 11 – “ Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o
    sertão e
    as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, de grande nação
    Tabajara.”
CONCLUSÕES
    Conclui-se do presente trabalho, que este revela o

    ambiente do romantismo no Brasil, descrevendo a
    união de uma mulher índia com um homem branco.
    O momento histórico do Brasil permitiu esta

    obra, dando roupa nova ao romantismo, com
    características próprias, advindo da
    independência, tornando o índio, um símbolo
    nacional.
    A obra Iracema marca a revalorização de nosso

    passado literário, com liberdade no escrever, dentro
    de forças definitivamente brasileiras e não mais sob
    a influências estrangeiras.
BIBLIOGRAFIA

    Alencar, José de Iracema. São Paulo:

    FTD, 1992.

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Iracema

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  • 2. RESUMO DO ENREDO A obra conta a história de amor vivida por Martim, um português, e Iracema uma índia  tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Potiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os potiguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martim, que quot;roubouquot; Iracema, mas Martim é amigo de Poti, índio potiguara, que irá protegê-lo. Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que  são aliados dos potiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho. Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer visitas regulares aos dois. Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de  Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizado de Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, preocupados apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.
  • 3. PERSONAGENS 1) Iracema - a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asas da  graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era mais doce que seu sorriso, nem a baunilha rescendia no bosque como se hálito perfumado. Era mais rápida que a ema selvagem. Índia da tribo tabajara, filha de Araquém. Demonstrou muita coragem e sensibilidade. Revelou-se amiga, companheira, amorosa, amante, submissa e confiante. Renunciou tudo pelo amor de Martim. Representa bem o elemento indígena que se casa com o branco para formar uma nova raça: a brasileira. 2) Martim - o seu nome na língua indígena significa quot;filho de guerreiroquot;. Era português e  veio ao Brasil numa expedição, quando fez amizade com Jacaúna, chefe dos potiguaras, dos quais recebeu o nome de Coatiabo - quot;guerreiro pintadoquot;. Tinha nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas, os cabelos do sol. Corajoso, valente, audaz, representa bem o branco conquistador, que se impôs aos índios na colonização do Brasil. 3) Araquém - pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha os olhos cavos e rugas  profundas, compridos e raros cabelos brancos. Era um grande conselheiro, tinha o dom da sabedoria e da liderança. 4) Andira - irmão do pajé Araquém. Provou ser um grande e impetuoso guerreiro. É o velho  herói. É feroz Andira que bebeu mais sangue na guerra que beberam já tantos guerreiros. Ele viu muitos combates na vida, escapelou muitos potiguaras. Nunca temeu o inimigo. Seu nome significa quot;morcegoquot;. 5) Caubi - irmão de Iracema. Tinha o ouvido sutil, era capaz de pressentir a boicininga  (cascavel) entre rumores da mata; tinha o olhar que melhor vê nas trevas. Era bom caçador, corajoso, guerreiro destemido que não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua choupana distante.
  • 4. PERSONAGENS 6) Irapuã - chefe dos tabajaras, manhoso, traiçoeiro, ciumento, corajoso, valente, um  grande guerreiro. Estava sempre lembrando a Iracema sobre a necessidade de se conservar virgem, pois ela guardava o segredo de Jurema. O seu nome significa quot;mel redondoquot;. De certa forma, Irapuã representa, com sua oposição, um esforço no sentimento de guardar e preservar as tradições indígenas. 7) Poti - guerreiro destemido, irmão do chefe dos potiguaras.  Prudente, valente, audaz, livre, ligeiro e muito vivo. Tinha uma grande amizade por Martim a quem considerava irmão e de quem era aliado. 8) Jacaúna - o grande Jacaúna, o chefe dos potiguaras, senhor das praias do mar. O seu  colar de guerra, com os dentes dos inimigos vencidos, era um brasão e troféu de valentia. Era corajoso, exímio guerreiro, forte. Seu nome tem o significado de quot;jacarandá-pretoquot;. 9) Batuireté - avô de Poti, maior chefe. Tinha a cabeça nua de cabelos, cheio de  rugas, Morava numa cabana na Serra do Maranguab (sabedor de guerra). Batuireté significa quot;valente nadadorquot;. 10) Jatobá - pai de Poti. Conduziu os potiguaras a muitas vitórias. Robusto e valente.  11) Moacir - o nascido do sofrimento, o quot;filho da dorquot;. É, na alegoria de Alencar, o primeiro  brasileiro - fruto da união do branco com o índio. Mal nasceu, já exilava da terra que o gerou. Estaria nisso a predestinação errante da gente nordestina?
  • 5. TEMPO O encontro da natureza (Iracema) e da civilização (Martim)  projeta-se na duplicidade da marcação temporal. Há em Iracema um tempo poético, marcado pelos ritmos da natureza e pela percepção sensorial de sua passagem (as estações, a lua, o sol, a brisa), e que predomina no corpo da narrativa, e um tempo histórico, cronológico. O tempo histórico situa-se nos primeiros anos do século XVII, quando Portugal ainda estava sob o domínio espanhol (União Ibérica), e por forças da união das coroas ibéricas, a dinastia castelhana ou filipina reinava em Portugal e em suas colônias ultramarinas. A ação inicia-se entre 1603 e o começo de 1604, e prolonga-se até 1611. O episódio amoroso entre Martim e Iracema, do encontro à morte da protagonista, dá-se em 1604 e ocupa quase todo o romance, do capítulo II ao XXXII.
  • 6. ESPAÇO A valorização da cor local, do típico, do exótico inscreve-se na  intenção nacionalista de embelezar e engrandecer a terra natal por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens de um Nordeste paradisíaco, primitivo, que nada tem a ver com a aspereza do sertão do semi-árido. É o Nordeste da praias e das serras (Ibiapaba), dos rios (Parnaíba e Jaguaribe) e dos campos de Ipu. Pág. 09 – “ Verdes mares bravios de minha terra natal, onde conta a jandaia nas frondes da Carnaúba...” Pág. 14 – “ O pajé lobrigou os dois vultos... “
  • 7. FOCO NARRATIVO A narrativa é em terceira pessoa e o narrador  é onisciente e onipresente. Pág. 11 – “Iracema saiu do banho; o aljôfar d’água ainda a roreja, como a doce mangaba que corou em manhã de chuva...”
  • 8. VEROSSIMILHANÇA A relação do casal serviria de alegoria para a formação  da nação brasileira. A índia Iracema representaria a natureza virgem e a inocência, enquanto o colonizador Martim (referência explicita ao deus romano da guerra Marte) representa a cultura européia. Da junção dos dois surgirá a nação brasileira, representada alegoricamente, pelo filho do casal, Moacir (quot;filho da dorquot;). Para alguns críticos, a palavra Iracema é um anagrama de América, tratando-se o livro pois de uma metáfora sobre a colonização americana pelos europeus. O desenvolvimento da história e, principalmente o final, assemelham-se em muito a história do novo continente.
  • 9. MOVIMENTO LITERÁRIO Indigenista. Exalta a bravura do índio.  Para José de Alencar, como explicita o subtítulo de seu romance, Iracema é uma quot;Lenda do Cearáquot;. É também, segundo diferentes críticos e historiadores, um poema em prosa, um romance poemático, um exemplo de prosa poética, um romance histórico-indianista, uma narrativa épico-lírica ou mito poética. Cada uma dessas definições põe em relevo um aspecto da obra e nenhuma a esgota: a lenda, a narrativa, a poesia, o heroísmo, o lirismo, a história, o mito. Pág. 11 – “ Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, de grande nação Tabajara.”
  • 10. CONCLUSÕES Conclui-se do presente trabalho, que este revela o  ambiente do romantismo no Brasil, descrevendo a união de uma mulher índia com um homem branco. O momento histórico do Brasil permitiu esta  obra, dando roupa nova ao romantismo, com características próprias, advindo da independência, tornando o índio, um símbolo nacional. A obra Iracema marca a revalorização de nosso  passado literário, com liberdade no escrever, dentro de forças definitivamente brasileiras e não mais sob a influências estrangeiras.
  • 11. BIBLIOGRAFIA Alencar, José de Iracema. São Paulo:  FTD, 1992.